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slides aula 03

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1
Prof.ª Karla Knihs
Direito Internacional Público
Aula 3
Conversa inicial
Nesta aula, estudaremos especificamente os 
Tratados Internacionais, tendo em vista que 
são as principais fontes do DIP
Previstos formalmente no art. 38, “a”, ECIJ
Tratados
Embora não sejam hierarquicamente 
superiores aos costumes, os tratados 
são mais aplicados na prática, posto que 
trazem maior segurança jurídica para as 
Relações Internacionais 
Sua regulamentação se dá por um novo ramo 
do DIP: o Direito dos Tratados, que regula a 
sua celebração, entrada em vigor e extinção, 
conforme veremos a seguir
Tratados Internacionais
Segundo Husek (2010), tratado é o acordo 
formal concluído entre os sujeitos de Direito 
Internacional Público, destinado a produzir 
efeitos jurídicos na órbita internacional 
É a manifestação de vontades de tais entes, 
um ato jurídico formal que envolve, pelo 
menos, duas vontades 
Conceito
2
A formação de um tratado é simultaneamente 
internacional e interna, porque o Congresso 
Nacional intervém em fase anterior à sua 
consecução no campo internacional 
(arts. 21, I; 84, VIII; e 49, I) 
O parágrafo 2° do art. 5° da Constituição 
Federal estabelece a emergência de se 
obedecer aos tratados no que diz respeito 
aos direitos e garantias individuais para 
brasileiros e estrangeiros residentes no país
a) O Direito Internacional convencional é 
colocado na ordem jurídica interna num 
grau hierárquico superior ao da lei
b) Em caso de conflito, o tratado se 
sobrepõe à lei interna (Husek, 2010)
Classificação dos tratados
Quanto à forma
Número de partes - o tratado pode ser 
bilateral ou multilateral
Procedimento
Há tratados que necessitam de ratificação 
e/ou adesão; outros, não
Tratados solenes ou em devida forma 
Quanto à matéria
Tratados contratuais
Tratados normativos ou tratados-leis 
Tratados especiais ou de categorias 
especiais 
Processo de conclusão
3
A validade do tratado depende da capacidade 
das partes, da habilitação de seus agentes e 
do consentimento
A representação das partes no caso dos 
Estados é feita pelo chefe de Estado e/ou 
plenipotenciário, que pode ser o ministro 
de Estado responsável pelas Relações 
Exteriores ou o chefe de missão diplomática
Convenção de Viena sobre o Direito dos 
Tratados = Manual de como criar tratados Outros representantes poderão ser admitidos 
quando possuidores de uma carta de plenos 
poderes expedida pelo chefe de Estado
A referida carta deve mencionar 
que o Presidente da República nomeia 
determinada pessoa, qualificando-a 
como seu plenipotenciário para assinar, 
em determinada cidade, em nome do 
governo, determinada convenção
1. Elaboração e adoção do texto e sua autenticação
Plenos poderes para negociar
Elementos formais do tratado: 
Preâmbulo – enumeração das partes e 
exposição dos motivos 
Dispositivo – corpo do tratado com 
caráter jurídico obrigatório
Cláusulas finais – mecanismos do tratado, 
tais como procedimento de emenda, de 
revisão, entrada em vigor etc. 
2. Decisão do Estado de se submeter ao tratado –
Adoção do texto e assinaturas
A assinatura de um tratado não representa, em 
regra, a obrigação, porém atesta que as cláusulas 
pactuais, conforme postas, são autênticas 
O Estado normalmente se obriga por intermédio da 
ratificação. A assinatura é dada ao término dos 
trabalhos de negociação, fixando o texto 
convencional
O comprometimento definitivo depende de futura 
ratificação, salvo se o representante do Estado 
estiver autorizado, por meio de simples assinatura, 
a obrigá-lo internacionalmente
3. Notificação internacional dessa decisão
Ratificação: é o ato unilateral com que o copartícipe
da feitura de um tratado expressa em definitivo sua 
vontade de se responsabilizar, nos termos do 
tratado, perante a comunidade internacional 
4. Entrada em vigor do tratado, conforme as suas 
disposições
Reservas: não se tratando de acordo bilateral, é 
possível a existência de "reservas" 
Reserva é uma declaração unilateral do sujeito 
de Direito Internacional visando excluir ou 
modificar para si o efeito jurídico de um ou 
vários dispositivos do tratado
Fases internas
1. Negociações, 
adoção e 
assinatura
2. Referendo 
parlamentar 3. Ratificação
4. Promulgação 
e publicação
Fases 
internacionais Adesão
Direito Internacional Público
Processo de formação dos tratados:
4
Hierarquia das Normas 
Internacionais
Entre as normas, o único caso em que 
se pode aplicar o princípio hierárquico, 
propriamente, é quando do conflito entre 
uma norma de jus cogens e uma norma 
convencional ou costumeira
O que é o jus cogens: “A norma do jus 
cogens é aquela norma imperativa de Direito 
Internacional geral, aceita e reconhecida pela 
sociedade internacional em sua totalidade, 
como uma norma cuja derrogação é proibida 
e só pode sofrer modificação por meio de 
outra norma da mesma natureza.” (Convenção de Viena, 
1969, artigo 53, citado por Novo, S.d.)
Artigo 53 – Convenção de Viena
Tratado em conflito com uma norma imperativa 
de Direito Internacional geral (jus cogens)
É nulo um tratado que, no momento de sua 
conclusão, conflite com uma norma imperativa 
de Direito Internacional geral. Para os fins da 
presente Convenção, uma norma imperativa de 
Direito Internacional geral é uma norma aceita 
e reconhecida pela comunidade internacional 
dos Estados como um todo, como norma da qual 
nenhuma derrogação é permitida, e que só pode 
ser modificada por norma ulterior de Direito 
Internacional geral da mesma natureza
Processo de internalização dos 
tratados no direito brasileiro
Por determinação constitucional, os tratados 
internacionais, entendidos no seu sentido 
amplo, entram no ordenamento jurídico 
brasileiro por um processo de transformação 
denominado internação, internalização, 
incorporação ou recepção dos tratados 
internacionais
Internalização
5
Artigo 49, inciso I, Constituição de 1988: 
“É da competência exclusiva do Congresso 
Nacional:
I - Resolver definitivamente sobre tratados, 
acordos ou atos internacionais que acarretem 
encargos ou compromissos gravosos ao 
patrimônio nacional; [...]”
Artigo 84, inciso VIII, CR/88:
“Compete privativamente ao Presidente da 
República:
VIII - Celebrar tratados, convenções e atos 
internacionais, sujeitos a referendo do 
Congresso Nacional; [...]”
No ordenamento jurídico brasileiro, o 
processo de internalização dos tratados 
começa depois da assinatura, quando o 
Ministro das Relações Exteriores encaminha 
uma Exposição de Motivos ao Presidente da 
República 
Se, após receber o documento, o Presidente 
da República concordar com o tratado, ele 
encaminha uma Mensagem ao Congresso 
Nacional 
No Congresso, o tratado será examinado na 
Câmara dos Deputados e, depois, no Senado 
Federal 
Uma vez aprovado, o Congresso emite um 
Decreto Legislativo 
O ato seguinte é a ratificação pelo Presidente 
da República e, por fim, a promulgação por 
meio de decreto de execução, também de 
competência do chefe do Poder Executivo da 
União
Importante ressaltar que, no caso 
dos tratados internacionais de Direitos 
Humanos, a Emenda Constitucional n. 
45/2004 incluiu o parágrafo 3º no art. 5º 
do texto constitucional para prever a 
possibilidade de esses tratados serem 
submetidos a procedimento idêntico ao 
necessário para aprovação das emendas 
constitucionais (em dois turnos, nas duas 
casas, por três quintos dos votos)
Quando aprovado de acordo com este 
rito, o tratado de Direitos Humanos 
passa a ter status equivalente ao de 
emenda constitucional
Na prática
6
Um exemplo clássico de tratado sem o 
consentimento de uma das partes é o 
Tratado de Versalhes (1919). 
Tratado de Versalhes. biancagenu, 
17 out. 2013. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=jERjRj
Felps>. Acesso em 1 mar. 2019.
Tratado de Versalhes
Finalizando
Se o tratado de Direitos Humanos for aprovado com 
quórum de três quintos e em dois turnos, nas duas 
casas, ele terá o status de norma constitucional
Caso contrário, o status será de norma supralegal,pois estará abaixo da Constituição, mas acima da lei 
O nosso ordenamento jurídico já traz um exemplo 
de tratado internacional de Direitos Humanos que 
foi recepcionado como norma constitucional: é o 
Tratado sobre Direitos das Pessoas com Deficiência, 
Decreto n. 6.949/2009, único que, atualmente, 
possui natureza jurídica de emenda constitucional
Direitos Humanos
Tratado
Conceito: acordo formal concluído entre 
sujeitos de Direito Internacional
Destinado a produzir efeitos jurídicos na 
órbita internacional
Terminologia: tratado, convenção, carta, 
pacto, modus vivendi, ato, estatuto, 
declaração, protocolo, acordo, ajuste, 
compromisso, convênio, memorando, 
regulamento, concordata
Vamos repassar os principais conceitos 
vistos na aula de hoje?
Classificação:
Formal
Quanto ao número de partes:
bilateral
multilateral
plurilateral
Quanto ao procedimento:
solene ou em devida forma
acordo de forma simplificada
Classificação:
Material:
Contratuais
Especiais
Representantes de Estado:
Chefes de Estado plenipotenciários
Outros representantes

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