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Macroeconomia II 2020 - Modelo IS-LM - Economia Fechada

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MACRO BÁSICA: DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL
MODELO IS-LM (Economia Fechada)
Froyen: Capítulos 5 a 8
Manual de Macro – Cap. 5
Blanchard: Capítulos 3, 4 e 5
LM
IS
i
Y
MACROECONOMIA II
Prof. Andrés Vivas Frontana
e-mail: andresvf@fecap.br
1
SADNFDSFASD
MODELO IS-LM
É um modelo de equilíbrio simultâneo dos mercados do produto e da moeda, que estão interligados pelas variáveis renda nacional (Y) e taxa de juros (r).
Revela, de forma simplificada (é um modelo de curto prazo e supõe preços constantes), os principais objetivos e dificuldades da política econômica em uma economia fechada.
É um modelo utilizado pela maioria dos macroeconomistas e que forma a estrutura básica dos modelos macroeconômicos.
 MODELO IS-LM
Mercado de Bens e Serviços (Produto)
LM
IS
i
Y
Prof. Andrés Vivas Frontana
e-mail: andresvf@fecap.br
MACROECONOMIA II
3
SADNFDSFASD
DEMANDA E OFERTA AGREGADA
A Oferta Agregada (Y) é a quantidade total de produto que as empresas desejam e podem ofertar.
A Demanda Agregada (DA) é a quantidade total de produto que os quatro grupos de agentes econômicos (famílias, empresas, governo e resto do mundo) desejam e podem adquirir.
 Y = f
COMPONENTES DA OFERTA
CAPITAL
TRABALHO
DEMAIS INSUMOS
TECNOLOGIA
Demanda agregada
COMPONENTES DA DEMANDA NO PIB
C = CONSUMO
I = INVESTIMENTO
G = GASTOS DO GOVERNO
	(T = TRIBUTOS financiam G)
X = EXPORTAÇÃO
M = IMPORTAÇÃO
Demanda do setor privado
Demanda do setor público
Demanda do resto do mundo
COMPONENTES DA DEMANDA NO PIB
Consumo (C): despesas das famílias com bens e serviços, exceto a aquisição de nova moradia. 
Investimento (I): despesas com bens de capital (máquinas/equipamentos), estoques e construções, incluindo as aquisições de novas moradias pelas famílias (FBCF + Δestoques).
Gastos do Governo (G): despesas com bens e serviços pelos governos federal, estadual e municipal (exclui pagamentos de transferências). 
Exportações Líquidas (X-M): despesa de não residentes em bens e serviços produzidos no país (Exportações) menos despesa de residentes com bens e serviços estrangeiros (Importações).
COMPONENTES DA DEMANDA NO PIB
C = f (renda disponível – salários, tributação –, riqueza nacional real, crédito, confiança, propensão a consumir, expectativas etc.)
I = f (taxa de juros – corrente e esperada – e rentabilidade – passada e futura –, a qual depende de: renda nacional atual e futura, disponibilidade de crédito, nível de capacida-de ociosa, ambiente regulatório, estabilidade de preços, confiança, expectativas etc.)
G = f (política fiscal, arrecadação, estoque da dívida)
X – M = f (política cambial e comercial, demanda e oferta externa)
DEMANDA AGREGADA - MODELOS
Economia com setor privado (economia fechada e sem governo)
DA = C + I
Economia com setor privado e governo (fechada ao comércio exterior): 
DA = C + I + G
Economia com setor privado, governo e aberta ao comércio exterior: 
DA = C + I + G + (X – M)
EQUILÍBRIO - MERCADO DE BENS
Oferta agregada = Y
Demanda Agregada: DA = C + I + G + (X – M)
Em equilíbrio, Y = DA
Portanto: Y = C + I + G + X – M
Produto = Despesa
Oferta Agregada = Demanda Agregada
EQUILÍBRIO - MERCADO DE BENS
No equilíbrio Y = DA, o que os empresários planejam produzir coincide com o que os consumidores planejam consumir. Portanto, não se formam estoques.
Mas a produção e as vendas em um determinado ano não precisam ser iguais. A diferença entre a produção e as vendas num período é chamada de Investimentos em Estoques. Se a produção exceder as vendas, haverá acúmulo de estoques; caso contrário, redução de estoques
Produção – Vendas = Investimentos em estoques
Produção = Vendas + Investimentos em estoques
EQUILÍBRIO - MERCADO DE BENS
Desequilíbrios (considerando I = FBCF):
Se Y > DA  formação de estoques, tendência de recessão e de deflação de preços
Se Y < DA  redução de estoques, tendência de superaquecimento e inflação
Em qualquer economia, o desequilíbrio é a situação típica. 
É a variação de estoques (Investimentos em Estoques) que garante contabilmente a identidade Y = DA (Produto  Despesa)
A Política Econômica procura oferecer ferramentas para a correção dos desequilíbrios. Essas ferramentas são principalmente as políticas Fiscal, Monetária, Cambial, Comercial e de Rendas.
DEMANDA DO PRODUTO
 Demanda Agregada: DA = C + I + G + (X – M)
 Modelagem do Mercado de Produto – vamos examinar um componente da demanda agregada de cada vez:
Função Consumo e Função Poupança
Investimento Agregado 
Demanda do Setor Público
Demanda do Setor Externo
CONSUMO AGREGADO - MODELAGEM
O principal determinante do Consumo é a renda disponível:
C = f(YD)  C = C0 + c.YD
	em que: 
	C0 = Consumo Autônomo (engloba o efeito de todos os demais fatores determinantes do consumo);
	c = Propensão Marginal a Consumir (PMgC  revela a sensibilidade do consumo em relação à renda disponível).
YD = renda disponível = Y – T
	(a renda disponível corresponde à diferença entre a renda bruta e a tributação aplicada pelo governo; isto porque os indivíduos consomem em relação à sua renda líquida, e não à sua renda total).
CONSUMO AGREGADO - MODELAGEM
Alguns livros, como o Froyen, usam notação diferente:
C = a + b.YD
em que: 
a  C0 Consumo Autônomo;
b  c  c1 Propensão Marg. a Consumir (PMgC).
C
C0
YD
Função Consumo: C = C0 + c.YD
C0: intercepto vertical
c : PMgC, coeficiente angular
c = C
 	YD
Restrição: 0 < PMgC < 1 (45o)
c 
CONSUMO AGREGADO - MODELAGEM
Obs.: O intercepto C0 (consumo autônomo) indica quanto as pessoas consumiriam se a sua renda fosse igual a zero.
Interpretação gráfica da Função Consumo
C
C0
YD
C
CONSUMO AGREGADO - MODELAGEM
Distúrbios (flutuações) no consumo
C’
C0’
Os distúrbios no consumo resultam de mudança do consumo autônomo C0. Por exemplo, maior oferta de crédito, mudança de expectativas (“febre” de compras), mudanças na riqueza (mesmo que aparente, como a valorização de ações) etc.
PROPENSÃO MARGINAL A CONSUMIR
Propensão Marginal a Consumir (PMgC)
c = C
 YD
A propensão marginal a consumir (c) mostra a sensibilidade do consumo a variações na renda, ou seja, quanto de uma parcela adicional de renda será alocada em consumo.
A PMgC costuma variar um pouco durante as fases do ciclo econômico (menor na prosperidade e maior nas fases de recessão), atingindo, no Brasil, uma média de 75%.
PROPENSÃO MÉDIA A CONSUMIR
A razão entre o nível de consumo C e o nível de renda Y, conhecida como propensão média a consumir (PMeC), cai à medida que a renda aumenta.
Ou seja, famílias de renda mais alta tendem a poupar mais do que as famílias de baixa renda.
Isso pode ser visualizado graficamente com o auxílio de uma diagonal de 45o.
Propensão Média a Consumir (PMeC)
PMeC = C
 	 YD
FUNÇÃO CONSUMO e PMeC
C
C
YD
 Y = C (reta de 45o)
	 PMeC = C
 Y
C0
À medida que a renda (Y) aumenta, cai a Propensão Média a Consumir (PMeC, razão entre consumo e renda).
Portanto, famílias com renda mais alta tendem a poupar mais do que as de baixa renda.
FUNÇÃO POUPANÇA
Poupança é a parcela da renda que não é consumida:
S = YD – C
C = C0 + c.YD  S = YD – (C0 + c. YD)
S = – C0 + (1 – c)YD
– C0 = “poupança autônoma” (“despoupança”)
(1 – c) = propensão marginal a poupar (PMgS)
PMgS = 1 – c = S
 	 YD
FUNÇÃO POUPANÇA
S
– C0
YD
Função Poupança: S = – C0 + (1 – c)YD
(1 - c)
0
– C0 : intercepto vertical
1 – c: PMgS, coefic. angular
 1 – c = S
 Y
0 < PMgS < 1
A negatividade do intercepto C0 indica que, para baixos níveis de renda, a poupança é negativa. A “despoupança” ocorre quando o consumo é maior do que a renda (consome-se a riqueza, isto é, a poupança realizada e acumulada).
PROPENSÃO A CONSUMIR E A POUPAR 
PMgS + PMgC = 1
PMeS + PMeC = 1
Evidência empírica:
Segmentos sociais e países mais pobres apresentam maior PMgC. Qual a intuição por trás disto?
INVESTIMENTO AGREGADO
Recordando: em economia, a palavraInvestimento se refere às despesas com a aquisição de “bens de capital”, que compreendem: 
Máquinas e equipamentos para a produção
Novas instalações/construções
Novas moradias
Por essa razão, a função investimento também é chamada de demanda de capital.
O Investimento, no sentido econômico, é também conhecido como formação bruta de capital fixo.
 Aplicação financeira não é “investimento” no contexto da Teoria Econômica!

INVESTIMENTO AGREGADO - MODELAGEM
Além dos bens de capital, a variação de estoques também é classificada como investimento na Contabilidade Nacional.	 
O investimento agregado é função de:
I = f (taxa de juros – corrente e esperada – e rentabilidade – passada e futura –, a qual depende de: renda nacional atual e futura, disponibilidade de crédito, nível de capacida-de ociosa, ambiente regulatório, estabilidade de preços, confiança, expectativas etc.)
INVESTIMENTO AGREGADO - MODELAGEM
Vamos considerar neste modelo que o investimento depende essencialmente da taxa de juros (r), ou seja, I = f (r)
Em uma especificação linear:
I = I0 – a.r
 Em que:
I0 = investimento autônomo (efeito de outros fatores, especialmente das expectativas de lucro)
a = propensão marginal a investir (sensibilidade do investimento em relação à taxa de juros)
Especificação da Função Investimento
INVESTIMENTO AGREGADO - MODELAGEM
 Os modelos têm dois tipos de variáveis:
Variáveis endógenas – dependem de outras variáveis do modelo (são explicadas pelo modelo)
Variáveis exógenas – não explicáveis pelo modelo (são consideradas como dadas)
Especificação da Função Investimento
INVESTIMENTO AGREGADO - MODELAGEM
Vamos considerar, por enquanto, o Investimento como dado (determinado externamente ao modelo), isto é, autônomo em relação à renda (Y), para uma taxa de juros (r) dada (enquanto não incluímos o mercado monetário no modelo):
 I = Ī
Considera-se, portanto, que os empresários definem o investimento sem responder significativamente a variações na renda nacional (trata-se de uma simplificação).
Especificação da Função Investimento
INVESTIMENTO AGREGADO - MODELAGEM
Investimento em relação à renda (simplificação)
r
I
I = I0 - ar
I
I = Ī
Investimento em função da taxa de juros
Especificação da Função Investimento
Y
I0
1/a
DEMANDA DO SETOR PÚBLICO
G é o gasto do setor público.
Não se faz distinção, aqui, entre gastos de consumo e de investimento do setor público. Ambos são incluídos indistintamente em G.
Como fizemos com o Investimento, podemos considerar G exógeno (autônomo em relação à renda). Trata-se de uma variável controlada pelos instrumentos normais de política econômica.
Portanto, G = G*
	(normalmente, a maioria dos textos não utiliza o asterisco, e é o que faremos aqui também).
DEMANDA DO SETOR PÚBLICO
T são os tributos arrecadados pelo setor público.
Os tributos variam em função da renda.
T = t0 + t.Y
 t0 = tributação autônoma (tributos não relacionados com a renda, como os tributos sobre propriedade)
 t = sensibilidade da receita tributária à renda (na verdade, é a própria alíquota média do imposto sobre a renda)
	T e G descrevem a Política Fiscal (as decisões do governo relativas aos impostos e aos gastos).
	Se há equilíbrio orçamentário: T = G  T – G = 0
DEMANDA DO SETOR EXTERNO
As exportações (X) dependem da taxa de câmbio e da renda internacional
X = f (e, Ymundo)
X = X0 (autônomo em relação à renda doméstica)
As importações (M) dependem da taxa de câmbio e da renda doméstica
M = f (e, Y)
M = m0 + m.Y
PRODUTO DE EQUILÍBRIO
Para simplificar, consideremos (X-M) = 0 (economia fechada, ou com transações correntes em equilíbrio). Consideremos também que T seja autônomo (não dependa da renda, sendo totalmente controlado pelo Governo). Então,
DA = C + I + G
	Substituindo C e I pelas expressões já obtidas:
 DA = C0 + c (Y – T) + Ī + G
O equilíbrio no mercado de bens requer que a produção seja igual à demanda:
Y = DA
 Y = C0 + c (Y – T) + Ī + G
DEMANDA AGREGADA COMPLETA
DA = C + I + G + (X – M)
DA
Y
DA = C + I + G
DA = C + I
DA = C
} I
} G
} (X – M) > 0
 Y (Produção) = DA (reta de 45o)
 c0 {
C0 – cT {
EQUILÍBRIO NO MERCADO DE BENS
DA = C + I + G
DA
Y
 Y = DA (reta de 45o)
Y*
Gasto
Autônomo
Para simplificar, consideremos (X-M) = 0 (balança em transações correntes em equilíbrio).
O produto de equilíbrio (Y*) é determinado pela condição de que a produção (Y) seja igual à demanda (DA)
O NÍVEL DO PLENO EMPREGO
Existe um nível de produto que permite, em teoria, o emprego de todos os fatores de produção. Este nível pode ser chamado de YPE (produto de pleno emprego).
Uma contribuição fundamental de Keynes à Macroeconomia foi a ideia de que o nível equilíbrio da renda (Y*, como no gráfico anterior) não necessariamente é o nível que emprega todos os fatores de produção (YPE).
Em outras palavras, o equilíbrio entre as decisões agregadas de oferta e de demanda não garante o pleno emprego dos fatores.
O NÍVEL DO PLENO EMPREGO
DA = C + I + G
DA
Y
 Y = DA (reta de 45o)
Y*
 YPE
YPE
Graficamente:
O NÍVEL DO PLENO EMPREGO
Quando Y*  YPE , há necessidade de políticas macroeconômicas voltadas para a estabilização da economia.
Se Y* < YPE , diz-se que há um hiato deflacionário.
Se Y* > YPE , diz-se que há um hiato inflacionário.
HIATO DEFLACIONÁRIO
DA = C + I + G
DA
Y
 Y = DA (reta de 45o)
Y*
YPE
YPE
Y* < YPE
Hiato deflacionário é a situação de insuficiência de demanda agregada em relação à oferta agregada de pleno emprego (YPE).
HIATO DEFLACIONÁRIO
O hiato deflacionário decorre da insuficiência de demanda: a procura global de bens e serviços é inferior à capacidade produtiva da economia, pressionando os preços para baixo.
Em algumas situações, com expectativas pessimistas em relação ao futuro, o hiato deflacionário pode levar a uma espiral de queda de preços e de salários. 
Para controlar a deflação, o governo precisará estimular a demanda agregada. 
HIATO INFLACIONÁRIO
DA = C + I + G
DA
Y
 Y = DA (reta de 45o)
Y*
YPE
YPE
Y* > YPE
Hiato inflacionário é o excesso de demanda agregada em relação à oferta agregada de pleno emprego (YPE).
HIATO INFLACIONÁRIO
Quando há hiato inflacionário, ocorre uma inflação de demanda: a procura global de bens e serviços supera a capacidade produtiva da economia.
Se não controlado, o hiato inflacionário pode levar a uma espiral de aumento de preços e salários. 
Para controlar a inflação, o governo precisará reduzir a demanda agregada. 
COMO CHEGAR AO PLENO EMPREGO?
Uma forma: se Y* < YPE , o governo poderá aumentar seus gastos planejados (G), manejando o orçamento público e expandindo a demanda agregada. 
A demanda agregada também se expandirá se ocorrer um aumento das despesas de investimento (I) [mas o governo não poderá aumentar diretamente o investimento, que é decidido pelo setor privado].
Note-se, contudo, que tanto os gastos adicionais do governo quanto o aumento das despesas de investimento estão sujeitos a um efeito multiplicador.
O MULTIPLICADOR KEYNESIANO
Podemos resolver o modelo simplificado (economia fechada) da seguinte forma:
Y = C + I + G
Y = C0 + c.(Y – T) + I + G
Y = 1 . [C0 – c.T + I + G]
		 1 - c
	O termo 1 / (1 – c) é chamado multiplicador de gastos ou multiplicador keynesiano.
	Ex: se c = 0,8  multiplicador = 5
O MULTIPLICADOR KEYNESIANO
MULTIPLICADOR DE GASTOS
I ou G inicial
CONSUMO
POUPANÇA
SOMA
10
8,00
2,00
10,00
6,40
1,60
8,00
5,12
1,28
6,40
4,10
1,02
5,12
3,28
0,82
4,10
2,62
0,66
3,28
2,10
0,52
2,62
1,68
0,42
2,10
1,34
0,34
1,68
1,07
0,27
1,34
0,86
0,21
1,07
0,69
0,17
0,86
0,55
0,14
0,69
0,44
0,11
0,55
0,35
0,09
0,44
0,28
0,07
0,35
0,23
0,06
0,28
n
0,00
0,00
0,00
SOMA
40,00
10,00
50,00
m = 1/PMgS
5 = 1/0,2
45
EQUILÍBRIO NO MERCADO DE BENS
DA0
DA
Y
 Y = DA (reta de 45o)
Y*0
Aumento no Gasto
Autônomo
Efeitos do aumento do gasto autônomo sobre o produto:
DA1
A Produção dependeda Demanda, que depende da Renda, que é igual à Produção
Y*1
O MULTIPLICADOR KEYNESIANO
	Ou seja, quanto maior a Propensão Marginal a Consumir (PMgC), maior o efeito dos gastos autônomos (consumo autônomo, investimento e gastos públicos) sobre a economia, no curto prazo.
O MULTIPLICADOR KEYNESIANO
Todos os componentes da Demanda Agregada têm o seu multiplicador. Por razões óbvias, o multiplicador dos impostos é negativo. No modelo simples:
Consumo autônomo: 1 / (1 – c)
Investimentos: 1 / (1 – c)
Impostos: – c / (1 – c)
Gastos do governo: 1 / (1 – c)
Se considerarmos T = tY e M = mY, teremos o seguinte modelo, mais amplo:
Y = 1 . [C0 + I + G + X]
 1 - c (1 - t) + m
INVESTIMENTO IGUAL À POUPANÇA
Um modo alternativo de pensar o equilíbrio no mercado de bens (além da igualdade entre produção e demanda) é em termos de Investimento e Poupança.
A Poupança Privada (S) é igual à renda disponível (YD) menos as despesas com consumo (C):
S  YD - C
S  Y - T - C
Conforme visto anteriormente, a equação de equilíbrio do mercado de bens (sem o setor externo) é:
Y = C + I + G
INVESTIMENTO IGUAL À POUPANÇA
Y = C + I + G
Subtraindo os impostos T e o consumo C dos dois lados:
Y - T - C = I + G - T
O lado esquerdo é justamente a Poupança S, portanto,
S = I + G - T
I = S + (T - G)
	I é o Investimento
	S é a Poupança Privada
	(T - G) é a Poupança Pública
	Se T > G, o governo terá superávit orçamentário
	e T < G, haverá déficit orçamentário
INVESTIMENTO IGUAL À POUPANÇA
Portanto, a equação
I = S + (T - G)
	fornece outra maneira de pensar o equilíbrio do mercado de bens: diz que esse equilíbrio requer que o Investimento seja igual à Poupança (soma das poupanças privada e pública).
Essa maneira de examinar o equilíbrio explica por que a condição de equilíbrio do mercado de bens é chamada de relação IS (“Investimento é igual à Poupança”).
O que as empresas desejam investir deve ser igual ao que as pessoas e o governo desejam poupar.
EQUILÍBRIO NO MERCADO DE BENS
Em resumo, há dois modos equivalentes de apresentar a condição de equilíbrio no mercado de bens:
OFERTA = DEMANDA
INVESTIMENTO = POUPANÇA
Verificação:
S = Y - T - C
S = Y - T - C0 - c(Y - T)
S = - C0 + (1 - c)(Y - T)
EQUILÍBRIO NO MERCADO DE BENS
S = - C0 + (1 - c)(Y - T)
 (1 - c) é a propensão a poupar, que também varia entre zero e um.
 No equilíbrio, I = S + (T - G)
I = - C0 + (1 - c)(Y - T) + (T - G)
 Portanto,
Y = 1 . [C0 – c.T + I + G]
 1 - c
 MODELO IS-LM
O Mercado de Moeda
LM
IS
i
Y
Prof. Andrés Vivas Frontana
e-mail: andresvf@fecap.br
MACROECONOMIA II
54
SADNFDSFASD
SISTEMA MONETÁRIO
	SISTEMA MONETÁRIO: conjunto de instituições responsáveis pela emissão de moeda.
 
	MEIOS DE PAGAMENTO: consiste na totalidade de ativos possuídos pelo público que pode ser utilizada a qualquer momento para a liquidação de qualquer compromisso futuro ou à vista. É o estoque de moeda disponível para uso da sociedade.
Ou seja, os Meios de Pagamento representam o total de ativos de liquidez imediata do setor não-monetário (ou não-bancário).
SISTEMA MONETÁRIO
Em termos agregados, a quantidade de Meios de Pagamento presente numa economia num dado momento está relacionada com a quantidade de papel-moeda existente e com os depósitos à vista do público nos bancos comerciais.
Ou seja, o Sistema Monetário (ou Sistema Bancário) produz dois tipos de moeda: o papel-moeda, ou moeda corrente, de emissão do Banco Central, e os depósitos à vista, ou moeda escritural, de emissão dos bancos comerciais.
MEIOS DE PAGAMENTO
Portanto, o estoque de Meios de Pagamento, ou o Saldo dos Meios de Pagamento (M), corresponde a: 
M = PMPP + DV
	PMPP = papel moeda em poder do público (moeda manual), emitido pelo Banco Central, e
	DV = depósitos à vista nos bancos comerciais (moeda escritural, ou moeda bancária)
	Ou seja, 
M = moeda manual + moeda escritural
MEIOS DE PAGAMENTO
O desenvolvimento do Sistema Financeiro tem permitido a ampliação da liquidez dos ativos financeiros (surgimento de aplicações financeiras com resgate automático, mercados secundários para rápida negociação dos ativos etc.), o que complica a tarefa de definir o que incluir na categoria Meios de Pagamento.
Esses ativos financeiros, que rendem juros e são de alta liquidez, constituem-se em quase-moedas.
MEIOS DE PAGAMENTO
	QUASE-MOEDA: ativo financeiro que rende juros e apresenta alta liquidez.
O surgimento das quase-moedas levou a novos conceitos de Agregados Monetários, cuja diferença decorre do grau de liquidez dos ativos considerados.
AGREGADOS MONETÁRIOS - CONCEITOS
		Agregado	Definição
	Haveres Monetários	M0	PMPP → Moeda em poder do público (papel-moeda e moedas metálicas).
		M1	M0 + DV (depósitos à vista nos bancos comerciais).
	Haveres Monetários 
+
Quase-moeda	M2	M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias (privadas).
		M3	M2 + quotas de fundo de renda fixa + operações compromissadas com títulos públicos federais (operações registradas no Selic).
		M4	M3 + títulos públicos (federais, estaduais e municipais) de alta liquidez.
BASE MONETÁRIA
Além dos agregados apresentados, temos outro que é considerado o agregado monetário primário, pois corresponde a praticamente toda a moeda “física” disponível (papel moeda e moeda metálica): a Base Monetária.
	BASE MONETÁRIA = PMPP + Reservas Bancárias
A Base Monetária é o dinheiro com poder de multiplicação. É essa variável que o Banco Central pode tentar controlar, por meio da gestão da emissão monetária e do nível de reservas mantido pelos bancos comerciais (Política Monetária). 
RIQUEZA FINANCEIRA
De forma simplificada, os ativos financeiros podem ser divididos em dois grupos:
Moeda
Títulos (demais ativos não-monetários)
Assim, os indivíduos dividem sua riqueza financeira (WF) entre dois ativos, a moeda (M) e os Títulos (B). 
WF = B + M 
O equilíbrio de um mercado implica o equilíbrio do outro: se MD = MS, então BD = BS.
Idem para desequilíbrios: se MD > MS, então BD < BS (e vice-versa).
OFERTA E DEMANDA DE MOEDA
O preço da moeda no tempo é a taxa de juros.
A taxa de juros é formada a partir da interação entre a OFERTA e a DEMANDA por moeda (ou, alternativamente, por títulos).
Estudaremos separadamente a oferta e a demanda por moeda para formarmos o modelo do mercado monetário.
OFERTA MONETÁRIA
Estoque de moeda nominal:
M* = PMPP + DV
Oferta monetária (MS) é definida como o valor real dos meios de pagamento existentes no país em um dado momento:
MS = M* / P
P  nível de preços
Portanto, o poder aquisitivo da moeda (seu valor real) decresce quando o nível de preços aumenta (inflação).
OFERTA MONETÁRIA
Modelo 1: Oferta Exógena
Por meio de instrumentos de Política Monetária (compulsórios, redesconto, mercado aberto etc.), o governo é capaz de controlar a oferta monetária nominal M*, desde que esta seja independente da taxa de juros. 
Esta situação é conhecida como oferta monetária exógena. 
Supondo preços estáveis, o governo controla a oferta monetária MS.
OFERTA MONETÁRIA
Modelo 2: Oferta Endógena
A oferta monetária é endógena quando influenciada significativamente pela taxa de juros, sem o controle do governo. 
Por meio dos empréstimos, os bancos criam moeda. 
Quanto maior a taxa de juros, maior o estímulo dos bancos para a concessão de crédito.
OFERTA MONETÁRIA
Tipos de Oferta Monetária
i
MS
MS
i
M
M
Exógena
Endógena
OFERTA MONETÁRIA
Para muitos economistas, o poder do governo de controlar o estoque de moeda é inócuo, pois, em virtude do alto grau de substituição existente entre a moeda e os ativos financeiros (M2, M3 e M4), existe um só mercado para tais títulos.
Nessas circunstâncias, o controle da quantidade de moeda torna-se praticamente inútil.
DEMANDA MONETÁRIA
A moeda é desejada em virtude dos serviços que presta (meio de troca, unidade de medida e reserva de valor).
A quantidade de moeda demandada é limitada pelarenda e/ou pela riqueza líquida de cada pessoa e condicionada pelo seu custo.
O custo da moeda é o custo de oportunidade representado pela rentabilidade de um ativo alternativo no mercado financeiro, ou seja, a taxa de juros.
Portanto, a demanda por moeda também é influen-ciada pelas expectativas das pessoas quanto à rentabilidade dos ativos financeiros (taxa de juros).
Motivo transação: as pessoas mantêm saldos monetários para fazer pagamentos.
Motivo precaução: incerteza quanto ao futuro e necessidade de manter moeda para cobrir despesas imprevistas.
Motivo especulação (ou portfolio): a moeda não rende juros, mas não tem risco.
MOTIVOS PARA A DEMANDA POR MOEDA
MOTIVOS PARA A DEMANDA POR MOEDA
Motivos transação e precaução: 
As pessoas mantêm saldos monetários para fazer pagamentos. A demanda para saldar transações é proporcional à renda real das pessoas.
Como há incerteza sobre esses pagamentos, as pessoas mantêm um pouco mais do que o volume de pagamentos esperado. A demanda precaucional também depende da renda.
As demandas por transação e por precaução são sensíveis às mudanças nas taxas de juros (custo de estocagem).
MOTIVOS PARA A DEMANDA POR MOEDA
Motivo especulação: 
A demanda especulativa por moeda consiste em saldos ociosos, desejados e mantidos pelas pessoas, para eventual aplicação futura no mercado financeiro.
A riqueza financeira do investidor só é mantida na forma de moeda porque sempre existe incerteza acerca do comportamento futuro da taxa de juros (rendimento dos títulos).
MOTIVOS PARA A DEMANDA POR MOEDA
Motivo especulação: 
Se houver expectativa de mudança nas taxas de juros que possa causar perdas de capital com títulos, de forma a tais perdas excederem os ganhos dos títulos com juros, o indivíduo será estimulado a reter moeda.
 A moeda não rende juros, mas não tem risco de perda de capital.
A moeda será mantida pelos que “especulam” com mudanças futuras das taxas de juros.
Quanto maior a taxa de juros, menor a aloca-ção dos recursos em moeda; e vice-versa.
MOTIVOS PARA A DEMANDA POR MOEDA
Motivo especulação: 
Se um indivíduo achar que as taxas de juros irão cair, então o preço (e o retorno) dos títulos aumentará. Os títulos pagarão juros e haverá ganho de capital.
Se houver previsão de aumento dos juros, é possível que a perda de capital esperada com os títulos exceda os retornos com juros.
Nesse caso, o retorno esperado sobre os títulos seria negativo e a moeda seria o ativo preferido.
MOTIVOS PARA A DEMANDA POR MOEDA
Motivo especulação: 
A moeda demandada na expectativa de uma queda nos preços dos títulos (um aumento das taxas de juros) representa a demanda especulativa por moeda (concepção keynesiana).
Quando a taxa de juros real está acima de um nível considerado normal, os aplicadores preveem queda na taxa de juros (e vice-versa). É por isso que juros altos implicam baixa demanda por moeda.
MOTIVOS PARA A DEMANDA POR MOEDA
Motivo especulação – dois conceitos:
Preferência pela liquidez: apesar de não render juros (ter rentabilidade zero), a moeda é, muitas vezes, preferida a outros ativos pela sua liquidez (facilidade de conversão em outros títulos ou bens). Por definição, a moeda é o ativo mais líquido que existe.
Armadilha da liquidez: se a taxa de juros cair a um nível demasiadamente baixo, as pessoas poderão fugir dos títulos, passando a desejar a conversão de toda a sua riqueza em moeda. Essa situação foi denominada por Keynes de “armadilha da liquidez”.
O MODELO DO MERCADO MONETÁRIO
O mercado monetário estará em equilíbrio quando houver igualdade entre a oferta e a demanda de moeda:
MS = MD
Oferta monetária: MS = M* / P (oferta exógena)
Demanda monetária: é a soma da demanda transacional-precaucional com a demanda especulativa
Demanda monetária: MD = Mt + Me
(Mt = demanda transacional-precaucional;
 Me = demanda especulativa)
O MODELO DO MERCADO MONETÁRIO
Demanda transacional-precaucional
Mt = k.Y – d.i 	
em que: 
k = coeficiente de sensibilidade relativo à renda nacional;
Y = renda real;
d = coeficiente de sensibilidade relativo à taxa de juros;
i = taxa de juros nominal (e real, se os preços forem constantes).
O MODELO DO MERCADO MONETÁRIO
Demanda transacional-precaucional
Mt
k
d
i
Mt
Y
Função da Renda
Função da Taxa de Juros
O MODELO DO MERCADO MONETÁRIO
Demanda especulativa
Me = – m’. i
em que:
i = taxa de juros nominal (e real, se os preços forem constantes);
m’ = coeficiente de sensibilidade da demanda especulativa.
Se a taxa de juros cair a um nível muito baixo (i0), a demanda por títulos tornar-se-á nula, enquanto a demanda por moeda se torna infinita (é a “armadilha da liquidez”).
O MODELO DO MERCADO MONETÁRIO
Demanda especulativa por moeda
i
i0
M
in
Se i  i0, a demanda por moeda será infinita (armadilha da liquidez)
O MODELO DO MERCADO MONETÁRIO
Demanda monetária: MD = Mt + Me
Mt = k.Y – d.i
Me = – m’.i
Portanto, MD = k.Y – d.i – m’.i
MD = k.Y – m.i
em que:
m = d + m’  proporção em que o aumento na taxa de juros afeta a demanda por moeda 
k  proporção da renda real mantida na forma de moeda (encaixe desejado; 0 < k < 1)
Y  renda real; i  taxa de juros.
O MODELO DO MERCADO MONETÁRIO
Equilíbrio do mercado monetário:
MS = MD
Substituindo as equações anteriores,
M* / P = k.Y – m.i
Conclusão:
i = (1 / m) . [ k.Y – (M*/P) ]
A taxa de juros de equilíbrio i é inversamente influenciada pela quantidade de moeda em circulação M*.
Portanto, o governo pode influenciar a taxa de juros de equilíbrio por meio do controle da oferta monetária (política monetária). 
MERCADO DE MOEDA
M 
i
(taxa de juros)
MD
MS
i0
ie
ie é a taxa de juros nominal de equilíbrio, supondo que a renda nacional Y seja constante
DISTÚRBIO DE DEMANDA
M
i
MD
MS
MD’
i1’
i1
Distúrbios na demanda por moeda podem ocorrer devido a uma mudança na demanda transacional-precaucio-nal ou especulativa (sobretudo mudanças em Y).
POLÍTICA MONETÁRIA
MD
MS
MS’
i
M
i1’
i1
As mudanças na oferta de moeda são definidas pelo governo (ou pelo Banco Central, já que se supõe que a oferta é exógena) e são chamadas de Política Monetária.
DISTÚRBIO E POLÍTICA MONETÁRIA
CONCLUSÃO:
Na medida em que, 
por um lado, um aumento da demanda de moeda, provocado por um distúrbio monetário, produz um aumento da taxa de juros e que, 
por outro lado, um incremento da quantidade de moeda em circulação provoca uma redução da taxa de juros, 
pode-se afirmar que o efeito de um distúrbio sobre a taxa de juros pode ser contrabalançado pela política monetária.
 MACRO BÁSICA: DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL
MODELO IS-LM (Economia Fechada)
LM
IS
i
Y
Prof. Andrés Vivas Frontana
e-mail: andresvf@fecap.br
MACROECONOMIA II
88
SADNFDSFASD
O MODELO IS-LM
Modelo de equilíbrio simultâneo dos mercados do produto e da moeda, que estão interligados pelas variáveis renda nacional (Y) e taxa de juros (r).
Revela, de forma simplificada (é um modelo de curto prazo e supõe preços constantes), os principais objetivos e dificuldades da política econômica em uma economia fechada.
É um modelo utilizado pela maioria dos macroeconomistas e que forma a estrutura básica dos modelos macroeconômicos.
O MODELO IS-LM
O Modelo IS-LM tem a vantagem adicional de permitir que a análise seja facilmente estendida para a economia aberta, por meio de uma adaptação denominada Modelo Mundell-Fleming, a ser analisado mais adiante.
Principais modelos macroeconômicos:
	Modelo IS-LM (Modelo Hicks-Hansen)  Economia fechada
	Modelo IS-LM-BP (Modelo Mundell-Fleming)  Economia aberta
A CURVA IS – MERCADO DO PRODUTO
Especificação do modelo do mercado do produto, em uma economia fechada:
	(1) Condição de Equilíbrio: Y = C + I + G
	(2) Renda Disponível: YD = Y – T 	 
	(3) Consumo: C = C0 + c.YD 		 
	(4) Investimento: I = I0 – a.r 	
	(5) Tributação: T = t0 + t.Y
	(6) Gasto do Governo: G = G*		
Solução algébrica do modelo  substituindo as equações (2) a (6) na condição de equilíbrio (1):
Y = C0 – c.t0 + I0 + G* _ a .r 
 1 – c.(1 – t) 1 – c.(1 – t)
Esta equação é chamada de Curva IS.
Ela representa o equilíbrio do mercado do produto, relacionando a renda real (Y) à taxa de juros (r). 
No mercado de bens e serviços (produto), quanto maior a taxa de juros real, menor a renda (há uma relação inversa entre a renda nacional e a taxa de juros real no mercado do produto).
A CURVA IS – MERCADO DO PRODUTO
Por que há uma relação inversa entre a renda nacional e a taxa de juros real no mercado do produto?
A CURVA IS – MERCADO DO PRODUTO
I
r
Y
DA
OA=DA
C + I(r1)
C + I(r2)
Y1
Y2
r1
r2
I1
I2
Representação gráfica da Curva IS:
A CURVA IS – MERCADO DO PRODUTO
Y (produto)
r 
(taxa de juros)
IS
Condição alternativa de equilíbrio  o modelo do mercado do produto também pode ser representado na forma diagramática por:
 I = S + T – G, ou
S + T = I + G
em que:
S + T = vazamentos da renda;
I + G = injeções de renda
S = – C0 + (1 – c)(Y – T)
A CURVA IS – MERCADO DO PRODUTO
r
r
Y
Y
S + T
S + T
I + G
I + G
IS
r1
r0
Y0
Y1
(S + T)0
(S + T)1
(I + G)1
(I + G)0
A
B
A CURVA IS – MERCADO DO PRODUTO
Deslocamentos da curva IS:
Y = C0 – c.t0 + I0 + G* _ a . r
 1 – c(1 – t) 1 – c(1 – t) 
A CURVA IS – MERCADO DO PRODUTO
IS
IS’
r, i
Y
A posição da Curva IS está sujeita a desloca-mentos provocados por distúrbios causados por oscilações das variáveis exógenas.
A compreensão dos distúrbios e da política econômica que podem deslocar ou mudar a inclinação da Curva IS é crucial para o entendi-mento do modelo IS-LM e do modelo macroeconô-mico geral.
Y = C0 – c.t0 + I0 + G* _ a . r
 1 – c.(1 – t) 1 – c.(1 – t)
Qualquer mudança nas variáveis do primeiro termo da equação da reta acima provocam deslocamento da Curva IS.
Os destaques são o consumo autônomo (C0), o investimento autônomo (I0) e os elementos da política fiscal (em especial os gastos públicos G*). Ou seja, o governo pode deslocar a curva IS no curto prazo mediante política fiscal.
Mudanças nestas despesas deslocam a curva e alteram a sua posição: quanto maior a despesa, mais para a direita se localizará a curva IS. Uma contração nas despesas desloca a curva para a esquerda.
A CURVA IS – MERCADO DO PRODUTO
Y = C0 – c.t0 + I0 + G* _ a . r
 1 – c.(1 – t) 1 – c.(1 – t)
Qualquer mudança no segundo termo (coeficiente angular da reta) afeta a inclinação da curva IS. 
Os destaques são os parâmetros “a” (sensibilidade do investimento a variações na taxa de juros) e “c” (propensão marginal a consumir).
Quanto maior a elasticidade do investimento em relação à taxa de juros (a), mais horizontal será a curva IS, isto é, menor sua inclinação (mais elástica é a curva).
Quanto maior a propensão marginal a consumir (c), maior será o multiplicador de gastos e maior será o impacto de variações dos juros sobre a renda. Portanto, menor será a inclinação da IS (mais horizontal, elástica).
A CURVA IS – MERCADO DO PRODUTO
A CURVA LM – MERCADO DE MOEDA
Especificação do modelo do mercado monetário, em uma economia fechada :
	(1) Condição de equilíbrio: MS = MD
	(2) Demanda monetária: MD = k.Y – m.i 
	(3) Oferta monetária: MS = M*/P 
	(4) Preços constantes: P = P0 (inflação esperada e = 0)
A CURVA LM – MERCADO DE MOEDA
OBSERVAÇÃO: 
No modelo do mercado do produto, o investimento foi formulado em termos da taxa de juros real (r), porque essa é a taxa relevante para a decisão de investir. 
No mercado monetário, a taxa de juros utilizada é a nominal (i), pois esta corresponde à taxa de rentabilidade dos ativos financeiros. 
No modelo IS-LM, entretanto, essa distinção não é relevante, pois o modelo presume preços constantes (r = i).
A CURVA LM – MERCADO DE MOEDA
Solução algébrica do modelo  substituindo as equações (2) a (4) na condição de equilíbrio (1):
i = – (M*/P0) + k . Y
 m m
(em que i = r + e; supõe-se aqui que e = 0)
Esta equação é chamada de Curva LM.
Ela representa o equilíbrio do mercado de moeda.
Pela curva LM, há uma relação direta entre a renda nacional (Y) e a taxa de juros (nominal ou real) no mercado monetário: quanto maior a renda, maior a taxa de juros. 
Isto decorre do fato de que, mantida constante a oferta de moeda (MS), um aumento da renda (Y) aumentará a demanda transacional por moeda (Mt), elevando a taxa de juros (i, r).
Efeito do aumento da renda sobre a demanda de moeda:
A CURVA LM – MERCADO DE MOEDA
M
P
r, i 
(taxa de juros)
M/P
r2
r1
MD(Y2)
MD(Y1)
Y2 > Y1
Representação gráfica da Curva LM:
A CURVA LM – MERCADO DE MOEDA
LM
r, i 
(taxa de juros)
Y (produto)
O modelo do mercado da moeda também pode ser representado na forma de um conjunto de diagramas, permitindo visualização das funções e dos efeitos de distúrbios e da política econômica.
Basta levar em conta que:
a demanda transacional (Mt) tem relação direta com a renda (Y);
a demanda especulativa (Me) tem relação inversa com a taxa de juros (r, i)
em equilíbrio, a oferta monetária (M*) é igual à demanda monetária (MD = Mt + Me)  M* = Mt + Me
A CURVA LM – MERCADO DE MOEDA
A CURVA LM – MERCADO DE MOEDA
r
r
Y
Y
Mt
Me
LM
r1
r0
Y0
Y1
Mt1
Mt0
Me1
Me0
A
B
Mt
Me
Além de mostrar a origem da Curva LM, esse sistema de diagramas pode ser usado para revelar o efeito de distúrbios (variações na demanda por moeda) e da política monetária (M*) sobre a posição da Curva LM no espaço (r, Y).
A CURVA LM – MERCADO DE MOEDA
Deslocamentos da curva LM:
 i = – (M*/P0) + k .Y
 m m
A CURVA LM – MERCADO DE MOEDA
LM
LM’
r, i
Y
A posição da Curva LM está sujeita a desloca-mentos provocados por distúrbios causados por oscilações das variáveis exógenas.
A compreensão dos distúrbios e da política econômica que podem deslocar ou mudar a inclinação da Curva LM é crucial para o entendi-mento do modelo IS-LM e do modelo macroeconômico geral.
A CURVA LM – MERCADO DE MOEDA
i = – (M*/P0) + k . Y
 m m
Qualquer mudança nas variáveis do primeiro termo da equação da reta acima provoca deslocamento da Curva LM.
O destaque é a oferta real de moeda (M*/P0). Ou seja, como o nível de preços é considerado constante no curto prazo, o governo pode deslocar a curva LM por meio da política monetária.
Assim, expansões na oferta de moeda (M*) deslocam a curva LM para a direita, ao passo que contrações deslocam a LM para a esquerda.
A CURVA LM – MERCADO DE MOEDA
i = – (M*/P0) + k . Y
 m m
Qualquer mudança no segundo termo (coeficiente angular da reta, definido por k e m) afeta a inclinação da curva LM. 
Quanto maior a elasticidade da demanda de moeda em relação à renda (k), maior a inclinação da curva LM (uma pequena variação na renda levará a grande expansão da demanda de moeda, exigindo maior elevação da taxa de juros para compensá-la, isto é, ajustar MD ao MS fixo).
Quanto maior a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros (m), menor a inclinação da curva LM (se a demanda de moeda for muito sensível à taxa de juros, um grande aumento na renda – e em MD – será compensado por aumento relativamente pequeno na taxa de juros).
O MODELO IS-LM – EQUILÍBRIO SIMULTÂNEO
A solução algébrica do sistema de duas equações fornece os valores de equilíbrio de Y e de i.
IS: Y = C0 – c.t0 + I0 + G* _ a . r
 1 – c.(1 – t) 1 – c.(1 – t)
LM: i = – (M*/P0) + k . Y 
 m m
Trata-se de um sistema com duas equações (IS e LM) e duas incógnitas, Y e i (r = i – e, ou i = r + e). A solução do modelo determina endogenamente os valores de Y e i.
OBS: C0, c, t0, t, I0, a, k, m são parâmetros considerados constantes no curto prazo. G* e M*/P são variáveis de política, exógenas ao modelo.
O MODELOIS-LM – EQUILÍBRIO SIMULTÂNEO
Equilíbrio simultâneo dos dois mercados:
Y = C0 – c.t0 + I0 + G* _ a . – (M*/P0) + k .Y e 
 1 – c.(1 – t) 1 – c.(1 – t) m m 
Y = m.(C0 – c.t0 + I0 + G*) _ a .(– (M*/P0) – m. e)
 (1 – c + c.t).m + a.k (1 – c + c.t).m + a.k 
i = – (M*/P0) + k . m.(C0 – c.t0 + I0 + G*) _ a .(– (M*/P0) – m.e)
 m m (1 – c + c.t).m + a.k (1 – c + c.t).m + a.k 
No equilíbrio IS-LM, Y e i dependem de (M*/P) e de G*
 Política fiscal expansionista G*  Y, i
 Política monetária expansionista (M*/P)  Y, i
O inverso ocorre se as políticas forem contracionistas.
O MODELO IS-LM – EQUILÍBRIO SIMULTÂNEO
Demonstração de que a taxa de juros cai (↓i)quando ocorre uma política monetária expansionista (↑M):
i = – (M*/P0) + k . m.(C0 – c.t0 + I0 + G*) _ a .(– (M*/P0) – m.e)
 m m (1 – c + c.t).m + a.k (1 – c + c.t).m + a.k
 1 > ak * 1 . 
 m (1 – c + c.t).m2 + a.k.m ak 
 1 > 1 . 
 akm (1 – c + c.t).m2 + a.k.m 
 0 < c < 1 → (1 – c +ct).m2 > 0 
 
O MODELO IS-LM – EQUILÍBRIO SIMULTÂNEO
Representação gráfica do equilíbrio simultâneo dos dois mercados:
r, i 
(taxa de juros)
Y (produto)
(r, i)0
Y0
LM
IS
O modelo IS-LM mostra que existe apenas uma combinação da taxa de juros real (r0) e do valor da renda nacional (Y0) que satisfaz o equilíbrio nos mercados do produto e da moeda simultaneamente (ponto E).
E
RESUMO DO MODELO IS-LM
Há apenas uma combinação de renda nacional (Y) e de taxa de juros (r) que satisfaz simultaneamente o equilíbrio dos mercados de produto e de moeda.
O objetivo do modelo IS-LM é mostrar o efeito dos distúrbios e das políticas econômicas sobre o equilíbrio de renda e de juros.
Distúrbios: alterações nos parâmetros (ex.: aumento do consumo autônomo, devido ao aumento do estoque de riqueza real ou ao aumento do crédito).
Política econômica: ação deliberada do governo por meio de G* (política fiscal) e/ou de M*/P (política monetária).
O MODELO IS-LM – EQUILÍBRIO SIMULTÂNEO
Desequilíbrios e reajustamentos:
r, i 
(taxa de juros)
Y (produto)
MS > MD
YS > YD
LM
IS
As combinações de taxas de juros e renda nacional que ocorrem fora das curvas IS e LM represen-tam situações de dese-quilíbrio (desigualdades entre oferta e demanda nos mercados do produto e da moeda).
Tais desequilíbrios provocam reajustamentos na taxa de juros e na renda nacional, por força dos excessos de demanda ou de oferta.
MS > MD
YS < YD
MS < MD
YS > YD
MS < MD
YS < YD
O MODELO IS-LM – EQUILÍBRIO SIMULTÂNEO
Regras de ajustamento
Primeira regra de ajustamento: sempre que houver desequilíbrios no mercado de bens, o ajuste se dará via quantidades, alterando o nível de produto.
Segunda regra de ajustamento: desequilíbrios no mercado monetário são corrigidos com variações na taxa de juros.
O MODELO IS-LM – EQUILÍBRIO SIMULTÂNEO
Regras de ajustamento
Como as correções no mercado de bens dependem de modificações no volume de emprego e de produção, enquanto o mercado monetário é corrigido por alterações nos preços dos ativos financeiros, processo que ocorre diariamente no mercado, supõe-se que o mercado monetário se ajuste mais rapidamente do que o mercado de bens.
Regra geral de ajustamento: as correções são rápidas no mercado monetário e mais lentas no mercado de bens.
O MODELO IS-LM – POLÍTICAS ECONÔMICAS
Política monetária expansionista: desloca a curva LM para a direita
r, i 
(taxa de juros)
Y (produto)
LM’
LM
IS
Yi
Yf
(r, i)0
(r, i)2
(r, i)1
Ei
Ef
M  MS>MD  r  I  Y  MD  r (r2<r0) 
O MODELO IS-LM – POLÍTICA MONETÁRIA
Mecanismo de transmissão da Política Monetária:
1) a mudança na oferta de moeda gera um desequilíbrio no portfólio dos agentes, de modo a alterar a taxa de juros; e
2) a mudança na taxa de juros deve afetar o investimento e, com isso, a demanda agregada.
Eficácia da Política Monetária depende:
1) da elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros (m); e
2) da elasticidade do investimento em relação à taxa de juros (a).
O MODELO IS-LM – POLÍTICA MONETÁRIA
Eficácia da Política Monetária:
1) Se a demanda de moeda for muito sensível à taxa de juros (“m” elevado), uma pequena variação na taxa de juros será suficiente para ajustar o mercado monetário. Assim, a alteração no investimento (e na renda) será pequena.
	Portanto, quanto maior a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros, menor será a eficácia da política monetária.
	Logo, quanto mais vertical a LM (“m” menor), mais eficaz será a política monetária.
O MODELO IS-LM – POLÍTICA MONETÁRIA
Eficácia da Política Monetária:
2) Se o investimento for pouco sensível em relação à taxa de juros (“a” reduzido), mesmo que a ampliação da oferta de moeda gere grande mudança na taxa de juros, a variação no investimento (e na renda) será pequena. 
	Portanto, quanto maior a elasticidade do investimento em relação à taxa de juros, maior será a eficácia da política monetária.
	Logo, quanto mais horizontal a IS (“a” maior), mais eficaz será a política monetária.
O MODELO IS-LM – POLÍTICA MONETÁRIA
Eficácia da Política Monetária
	A eficácia da Política Monetária será tanto maior quanto maior for a inclinação da LM e menor a inclinação da IS.
(r, i)0
Y0
LM0
IS
E1
Y1
(r, i)1
LM1
r, i 
(taxa de juros)
Y (produto)
E0
Y1’
Exige M maior
IS mais inclinada
LM menos inclinada
O MODELO IS-LM – POLÍTICA MONETÁRIA
Eficácia da Política Monetária
Casos Especiais: Armadilha da Liquidez
Situação na qual a demanda de moeda é infinitamente elástica em relação à taxa de juros.
Quando a taxa de juros se encontra em nível muito baixo, qualquer aumento na oferta de moeda é retido pelo público (demanda especulativa, pois esperam-se aumentos futuros nos juros).
Nesse caso, a LM será totalmente horizontal e a política monetária não terá efeito algum sobre a renda.
O MODELO IS-LM – POLÍTICA MONETÁRIA
Eficácia da Política Monetária
Casos Especiais: Armadilha da Liquidez
	A Política Monetária é totalmente ineficaz
IS
LM
r, i 
Y 
O MODELO IS-LM – POLÍTICA MONETÁRIA
Eficácia da Política Monetária
Casos Especiais: Armadilha da Liquidez
	Na verdade, o que geralmente se tem é uma forma não linear da demanda de moeda e da LM.
IS
LM
r, i 
Y 
O MODELO IS-LM – POLÍTICA MONETÁRIA
Eficácia da Política Monetária
Casos Especiais: Caso Clássico
Situação na qual a demanda de moeda independe da taxa de juros, isto é, a elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros é nula (para clássicos, MD só depende da renda Y).
É o mundo da Teoria Quantitativa da Moeda, em que a MD não depende dos juros (LM é vertical).
Nesse caso, amplia-se a eficácia da política monetária (Obs.: esta conclusão, contudo, não é compatível com o modelo clássico).
O MODELO IS-LM – POLÍTICA MONETÁRIA
Eficácia da Política Monetária
Casos Especiais: Caso Clássico
	A Política Monetária é eficaz
IS
LM1
r, i 
Y 
LM2
MODELO IS-LM - EXERCÍCIOS
1. Quais são as possíveis fontes de deslocamentos das curvas IS e LM?
2. Utilize diagramas IS-LM para ilustrar os efeitos sobre o nível de equilíbrio da renda e sobre a taxa de juros das seguintes políticas:
a) Política fiscal expansionista.
b) Política fiscal contracionista.
c) Política monetária expansionista.
d) Política monetária contracionista.
3. Qual o efeito de um distúrbio no consumo – por exemplo, um aumento do consumo autônomo devido ao crédito consignado – sobre o equilíbrio da renda? Como esse distúrbio poderia ser contrabalançado por meio de política econômica?
4. Quando a política monetária é mais eficaz, quando a elasticidade juro da demanda por investimento é alta ou baixa? Mostre graficamente.5. É correto afirmar que abaixo da curva IS tem-se excesso de oferta de bens, enquanto abaixo da curva LM tem-se excesso de oferta de moeda? Por que?
O MODELO IS-LM – POLÍTICAS ECONÔMICAS
Política fiscal expansionista: desloca a curva IS para a direita
r, i 
Y
LM
IS0
IS1
Y0
Y2
(r, i)f
(r, i)i
Y1
Ei
Ef
Y0Y1 =  G
 = multiplicador de gastos
G  Y =  G  MD>MS  r  I  Y (Y2>Y0) 
O MODELO IS-LM – POLÍTICA FISCAL
Eficácia da Política Fiscal depende:
do tamanho do multiplicador de gastos (), o qual determina a magnitude do deslocamento da curva IS; 
da elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros (m); e
da elasticidade do investimento em relação à taxa de juros (a).
O MODELO IS-LM – POLÍTICA FISCAL
Eficácia da Política Fiscal:
1) Quanto maior o multiplicador de gastos (o qual depende principalmente da propensão marginal a consumir), maior o deslocamento da IS e da renda e, portanto, maior a eficácia da política fiscal.
O MODELO IS-LM – POLÍTICA FISCAL
Eficácia da Política Fiscal:
2) Quanto maior a sensibilidade da demanda de moeda à taxa de juros (“m” maior), maior será o impacto da política fiscal, uma vez que esta gerará pequena variação na taxa de juros e, portanto, pequena compensação negativa por parte do investimento.
	Logo, quanto mais horizontal a LM, mais eficaz será a política fiscal.
O MODELO IS-LM – POLÍTICA FISCAL
Eficácia da Política Fiscal:
3) Quanto maior a sensibilidade do investimento em relação à taxa de juros (“a” maior), menor será o efeito da política fiscal sobre a renda, uma vez que qualquer mudança na taxa de juros gerará grande impacto sobre o investimento, compensando o aumento dos gastos do governo.
	Logo, quanto mais vertical a IS, mais eficaz será a política fiscal.
O MODELO IS-LM – POLÍTICA FISCAL
Eficácia da Política Fiscal
	A eficácia da Política Fiscal será tanto maior quanto maior for a inclinação da IS e menor a inclinação da LM.
(r, i)0
Y0
LM
E1
Y1
(r, i)1
IS1
r, i 
(taxa de juros)
Y (produto)
E0
IS0
O MODELO IS-LM – POLÍTICA FISCAL
Eficácia da Política Fiscal
Casos Especiais: Armadilha da Liquidez
Situação na qual a demanda de moeda é infinitamente elástica em relação à taxa de juros (LM é horizontal).
Nesse caso, o efeito da política fiscal é semelhante ao do modelo keynesiano simples: a taxa de juros não se altera em resposta ao deslocamento da IS (não há redução do investimento). 
A eficácia da política fiscal é máxima, com o efeito multiplicador funcionando plenamente.
O MODELO IS-LM – POLÍTICA FISCAL
Eficácia da Política Fiscal
Casos Especiais: Armadilha da Liquidez
	A Política Fiscal tem eficácia máxima.
IS0
LM
r, i 
Y 
IS1
Y0
Y1
O MODELO IS-LM – POLÍTICA FISCAL
Eficácia da Política Fiscal
Casos Especiais: Caso Clássico
Situação na qual a demanda de moeda independe da taxa de juros (LM é vertical).
Nesse caso, o aumento do gasto público não leva a qualquer alteração da renda, modificando apenas a taxa de juros (redução do investimento).
A redução do investimento privado tem a mesma magnitude da variação do gasto público (efeito deslocamento, ou crowding-out, pleno). A política fiscal é totalmente ineficaz.
O MODELO IS-LM – POLÍTICA FISCAL
Eficácia da Política Fiscal
Casos Especiais: Caso Clássico
	A Política Fiscal é totalmente ineficaz.
LM
IS0
r, i 
Y 
IS1
IS-LM – COMBINAÇÃO DE POLÍTICAS
Como existem diversos objetivos a serem atingidos (metas de política econômica), bem como restrições que não podem ser superadas ou violadas, o governo geralmente não utiliza um único instrumento (política fiscal ou política monetária), mas uma combinação de políticas.
As políticas fiscal e monetária, em geral, não são independentes: há regras de reação de uma política à outra.
IS-LM – COMBINAÇÃO DE POLÍTICAS
Exemplo 1:
Meta do Executivo (Pol. Fiscal): preservar nível de renda.
Banco Central: resolve fazer política monetária restritiva.
r
Y
LM1
LM2
IS1
Y1
r3
2
1
IS2
r1
3
Resultado:
Y é mantido constante
r sofre grande elevação (r3 > r1)
Troca de I por G (crowding-out)
IS-LM – COMBINAÇÃO DE POLÍTICAS
Exemplo 2:
Meta do Banco Central: estabilidade dos juros (I cte ou r = rext) 
Executivo: resolve aumentar gastos públicos.
r
Y
LM2
LM1
IS1
Y1
2
1
IS2
r1
3
Resultado:
Y sofre grande elevação (Y3>Y1), se houver capa-cidade ociosa 
r constante (oferta de moeda endógena, ou passiva)
Y3
IS-LM – COMBINAÇÃO DE POLÍTICAS
Exemplo 3:
Meta do Banco Central: manutenção do nível de renda (manter estabilidade de preços ou das contas externas).
Executivo: resolve aumentar gastos públicos.
r
Y
LM1
LM2
IS1
Y1
r3
2
1
IS2
r1
3
Resultado:
Y é mantido cte
r sofre grande elevação (r3 > r1): crowding-out induzido pela política monetária (troca de I por G).
IS-LM – COMBINAÇÃO DE POLÍTICAS
Tanto a política monetária como a política fiscal podem afetar o nível de renda, mas elas possuem efeitos opostos sobre a taxa de juros.
Composição do produto pode ser critério para determinar qual instrumento utilizar (depende de uma avaliação das condições vigentes).
	Ex. 1: Aumento de G pode levar a redução de I (crowding-out).
	Ex. 2: Redução de T para consumidores amplia C com redução de I (aumento nos juros).
	Ex. 3: Aumento de M leva a aumento de I (queda nos juros), sem afetar C diretamente (mas sim indiretamente, via crédito e aumento da renda).
 MACRO BÁSICA: DETERMINAÇÃO DA RENDA NACIONAL –
MODELO DA-OA
DEMANDA AGREGADA A PARTIR DO MODELO IS-LM
Froyen: Capítulos 5 a 8
Manual de Macro – Cap. 5
LM
IS
i
Y
MACROECONOMIA II
145
SADNFDSFASD
IS-LM – DEDUÇÃO DA DEMANDA AGREGADA
Modelo IS-LM considera nível de preços constante (P = cte). Permitindo que este varie, é possível deduzir a Demanda Agregada a partir do modelo.
	Demanda Agregada: quanto os agentes econômicos estão dispostos a adquirir de produto nacional (Y) a cada nível de preços (P).
Modelo IS-LM introduz a relação entre produto e nível de preços através do comportamento do estoque real de moeda (M/P).
IS-LM – DEDUÇÃO DA DEMANDA AGREGADA
Impacto de uma elevação no nível de preços (P):
Mantido o estoque de moeda (M = cte), ocorrerá uma redução da oferta real de moeda (M/P), deslocando a LM para a esquerda, com r, I e Y. 
r
Y
LM2 (M1/P2)
IS
Y1
r2
r1
LM1 (M1/P1)
Y2
P1 < P2
IS-LM – DEDUÇÃO DA DEMANDA AGREGADA
Assim, dados os gastos autônomos (IS estável) e mantido constante o estoque nominal de moeda (M), é possível obter a função Demanda Agregada (P, Y). 
P
Y
DA
Y1
P2
P1
Y2
Ao longo da curva de Demanda Agregada (DA), tanto o mercado de bens como o mercado monetário estão em equilíbrio, conforme descrito no Modelo IS-LM
IS-LM – INCLINAÇÃO DA DEM. AGREGADA
A inclinação da curva de Demanda Agregada depende dos mesmos fatores que determinam a eficácia da Política Monetária, pois o impacto de uma mudança no nível de preços (P) ou no estoque nominal de moeda (M) é exatamente o mesmo: altera-se a oferta real de moeda (M/P), provocando o deslocamento da LM.
Assim, a inclinação da Demanda Agregada refletirá o impacto da mudança da oferta real de moeda (M/P) sobre o nível de renda (Y), ou seja, a variação da renda provocada por um deslocamento da curva LM.
IS-LM – INCLINAÇÃO DA DEM. AGREGADA
Portanto, 
	i) quanto menor a sensibilidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros (“m” menor) 
 e 
	ii) quanto maior a sensibilidade do investimento em relação à taxa de juros (“a” maior), 
	menor será a inclinação da Demanda Agregada, isto é, maior será a resposta da quantidade demandada (Y) em relação a uma variação no nível de preços (P). 
IS-LM – POSIÇÃO DA DEMANDA AGREGADA
Diferentes impactos da mudança da oferta real de moeda (M/P) sobre a Demanda Agregada: 
	i) modificações no nível de preços (P) provocam movimentos ao longo da curva de demanda, ou seja, altera-se a quantidade demandada (Y).
	Se M = cte e P, então r, I, Y (LM se desloca para a direita). Portanto, ao longo da curva de demanda, maiores níveis de renda estão associados a menores taxasde juros acompanhando a queda dos preços.
IS-LM – POSIÇÃO DA DEMANDA AGREGADA
Diferentes impactos da mudança da oferta real de moeda (M/P) sobre a Demanda Agregada: 
	ii) variações no estoque de moeda (M) provocam deslocamentos da curva de demanda.
	Dado P e se M (LM se desloca para a direita), então r, I, Y (não induzida por queda dos preços). Ou seja, para qualquer nível de preços, a quantidade demandada (Y) será maior.
Y
DA2(M2)
Y2
P
P1
Y1
DA1(M1)
IS-LM – POSIÇÃO DA DEMANDA AGREGADA
Outra variável que influi na posição da Demanda Agregada são os gastos autônomos: consumo autônomo (C0), investimento autônomo (I0) e política fiscal (G).
	Ex.: Política fiscal expansionista (G). Aumento dos gastos desloca a curva IS para a direita. Dado P e dada a curva LM, então r, Y. Logo, a curva de Demanda Agregada se desloca para a direita.
Portanto, Políticas Monetária ou Fiscal expansionistas deslocam a DA para a direita. 
IS-LM – POSIÇÃO DA DEMANDA AGREGADA
Diferentes impactos das políticas expansionistas: 
	i) Política Monetária: na nova curva DA tem-se taxas de juros menores associadas a um mesmo nível de renda, ou seja, o crescimento da DA se dará com um aumento do investimento (I).
	ii) Política Fiscal: na nova curva DA tem-se taxas de juros mais elevadas associadas a um mesmo nível de renda, ou seja, o crescimento da renda se faz acompanhado de uma maior participação do setor público na demanda (isto é, G e I).
Assim, tanto a Política Monetária como a Fiscal podem afetar a DA, mas levam a resultados diferentes em termos de composição do produto.
IS-LM – DEMANDA AGREGADA
Curva de Demanda Agregada – Resumo:
A curva de DA se inclina negativamente porque um aumento de preços reduz os saldos reais de moeda (M/P) e aumenta a taxa de juros, reduzindo o nível de equilíbrio dos gastos e do produto.
Tanto a Política Monetária como a Política Fiscal expansionistas deslocam a curva de DA para a direita, elevando o nível de equilíbrio dos gastos e do produto a cada nível de preços.
MODELO IS-LM – EFEITO PIGOU
Efeito Pigou: consumo depende não apenas da renda disponível (YD), mas também do estoque real de riqueza (W). Supondo que o volume real de moeda (M/P) faça parte da riqueza, variações de preços afetarão também a curva IS. Se houver uma queda no nível de preços (P2<P1):
r
Y
LM2(M/P2)
LM1(M/P1)
IS(P1)
Y1
IS2 (P2)
r1
Resultado:
Y sofre elevação maior se for considerado o Efeito Pigou (Y2’ > Y2)
r poderá aumentar ou cair, dependendo da intensidade do efeito Pigou.
Y2’
Y2
r2’
MODELO IS-LM – EFEITO PIGOU
Efeito Pigou na Demanda Agregada
P
Y
DA com efeito Pigou
DA sem efeito Pigou
Y1
P1
Y2’
Y2
P2
Com o Efeito Pigou, a curva DA tende a ser mais elástica, uma vez que a variação dos preços afeta a demanda por dois mecanismos:
P,(M/P), r, I, Y
2) (M/P), W, C, Y (efeito riqueza).
MODELO IS-LM – EFEITO FISHER
Efeito Fisher: i = r + e (ver Capítulo 2)
Ao considerar-se a variação de preços, as taxas de juros nominal e real deixam de ser iguais.
i
Y
LM
IS1 (e = 0)
Y1
i2
IS2(e > 0)
r2
Dada a taxa de juros nominal, um aumento em e reduz r e aumenta o investimento I, deslocando a curva IS para a direita.
Esse deslocamento da IS é igual à variação em e medida verticalmente.
i1 = r1
e
Y2
MODELO IS-LM – EFEITO FISHER
O efeito sobre a renda Y dependerá dos mesmos fatores que afetam a eficácia da política fiscal (inclinação das curvas IS e LM).
Quanto mais inclinada a IS e menos inclinada a LM, maior o impacto de aumentos de e sobre a renda.
No caso clássico, um aumento de e será totalmente repassado para i, mantendo r inalterada (Y não será afetado).
Na armadilha da liquidez, um aumento de e provocará redução de igual magnitude em r.
MODELO IS-LM – EFEITO FISHER
	Efeito Fisher no modelo clássico
	Efeito Fisher na armadilha da liquidez
LM
IS1 (e = 0)
i 
Y 
IS2(e > 0)
LM
i 
Y 
i2 
r2=r1=i1 
e
IS2(e > 0)
IS1 (e = 0)
i1=i2=r1 
r2 
Y1 
Y2 
e
MODELO IS-LM – EFEITO FISHER
Efeito Fisher com Deflação
i
Y
LM
IS1 (e = 0)
Y2
r2
IS2(e < 0)
i2
Apesar das taxas nominais em queda, as taxas reais se elevam, provocando queda do investimento e da renda (caso da Grande Depressão dos anos 1930 nos EUA).
i1 = r1
e<0
Y1
{
{

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