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Macroeconomia II 2020 - Revisão - Macro Básica e História

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REVISÃO
MACRO BÁSICA: 
ANÁLISE MACRO E POLÍTICA ECONÔMICA
Economia: Micro e Macro (Vasconcellos): Cap. 8
MACROECONOMIA II
Prof. Andrés Vivas Frontana
e-mail: andresvf@fecap.br
1
SADNFDSFASD
DEFINIÇÃO DE MACRO
Macroeconomia: 
é o estudo do funcionamento da economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento dos grandes agregados (produção, consumo, investimento, emprego, moeda, preços, renda da população etc.), bem como as suas relações mútuas.
Apresenta uma visão telescópica dos fenômenos econômicos. 
DEFINIÇÃO DE MACRO
Custo da visão telescópica: perdem-se pormenores importantes
Vantagem: melhor compreensão de algumas das interações mais importantes da economia, que se estabelecem entre
 Mercados de Bens e Serviços
 Mercado de Trabalho
 Mercados Financeiros
ESTRUTURA DA ANÁLISE MACRO
	Parâmetros para subdividir estudo da Macroeconomia:
 Tempo
Questões conjunturais de curto prazo (nível de produção, desemprego de recursos, nível de preços etc., analisados no curto prazo)
Comportamento dos agregados no longo prazo (as mesmas variáveis no longo prazo, além de crescimento econômico, progresso tecnológico etc.)
ESTRUTURA DA ANÁLISE MACRO
Parâmetros para subdividir estudo da Macroeconomia:
 Objeto de estudo (o modelo do fluxo circular da renda facilita a compreensão desta subdivisão)
 Parte Real
 Mercado de Bens e Serviços
 Mercado de Trabalho
 Parte Monetária
 Mercado Financeiro
 Mercado de Divisas
Empresas
Famílias
Mercado de
fatores de
produção
Mercado de 
bens e serviços
Consumo $
Receita $
Salários, aluguéis, lucro
Renda $
Venda de bens e serviços
Compra de bens e serviços
Trabalho, capital, terra
Insumos de produção
Governo
Taxas e impostos
Taxas e impostos
Bens e serviços públicos e subsídios
Bens e serviços públicos e subsídios
FLUXO CIRCULAR DA RENDA
ESTRUTURA DA ANÁLISE MACRO
		MERCADOS	VARIÁVEIS DETERMINADAS
	Parte Real da Economia	Mercado de Bens e Serviços	Produto Nacional (Y)
Nível Geral de Preços (P)
		Mercado de Trabalho	Nível de Emprego (L)
Salários Nominais (w)
	Parte Monetária da Economia	Mercado Financeiro (Monetário e Títulos)	Estoque de Moeda (M)
Taxa de Juros Nominal (i)
		Mercado de Divisas	Volume de Divisas (US$)
Taxa de Câmbio (e)
ANÁLISE MACRO E POLÍTICA ECONÔMICA
Análise Macroeconômica: 
 interessada em saber como são determinadas e como funcionam as variáveis agregadas da economia (procura ter a objetividade da ciência).
Política Econômica: 
 diz respeito à atuação do governo sobre essas variáveis agregadas, tentando mudar o seu comportamento (é normativa).
POLÍTICA ECONÔMICA
Por meio da Política Econômica o governo estabelece metas para tentar afetar o funcionamento das variáveis macroeconômicas, segundo determinados interesses prevalecentes nas forças dominantes da sociedade.
METAS DE POLÍTICA ECONÔMICA
Metas socialmente mais aceitas:
1) Alto Nível de Emprego
2) Estabilidade de Preços
3) Distribuição de Renda Socialmente Justa
4) Crescimento Econômico (ou Desenvolvimento Econômico?)
METAS DE POLÍTICA ECONÔMICA
Crescimento Econômico:
  aumento da utilização dos recursos
  aumento dos recursos disponíveis
  avanço tecnológico
Medida de Crescimento:
  Renda Nacional Per Capita(Y/População)
Crescimento Econômico não é sinônimo de Desenvolvimento Econômico
Desenvolvimento: Crescimento da Renda Per Capita + Melhora dos Indicadores de Bem-estar
PIB Per capita – Países selecionados (1000-2000)
Produtividade do trabalho na produção de luz
Iluminação artificial e Atividade Econômica
Meio Ambiente e Atividade Econômica
PIB e Desemprego - Inglaterra
Taxas de desemprego em países selecionados da OCDE (1960-2014)
Criação e destruição de empregos durante os ciclos de negócios nos EUA (2000 Q1–2010 Q2)
Ascensão e queda da participação do emprego na indústria (1870-2013)
Taxa de Inflação – Reino Unido
Inflação e volatilidade em economias de alta e baixa renda
Distribuição da renda – Países selecionados (1980)
Distribuição da renda – Países selecionados (2014)
METAS DE POLÍTICA ECONÔMICA
Objetivos de Política Econômica não são independentes uns dos outros.
Muitas vezes, as metas entram em conflito umas com as outras. 
 Ex.: estabilidade e crescimento
Outras vezes, atingir uma meta pode ajudar a alcançar outras.
 Ex.: crescimento e emprego
POLÍTICA ECONÔMICA
Envolve a atuação do governo sobre a capacidade produtiva (produção agregada) e as despesas planejadas (demanda agregada), com o objetivo de permitir à economia atingir determinadas metas (por exemplo, operar no pleno emprego, com baixas taxas de inflação, distribuição justa de renda e crescimento econômico).
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA ECONÔMICA
a) Política Fiscal:
	Refere-se a todos os instrumentos que o governo dispõe para a arrecadação de tributos (política tributária) e a alocação de suas despesas (política de gastos).
Política Tributária: 
	determina o nível de tributação e define a estrutura e as alíquotas de impostos.
Política de Gastos: 
	determina a alocação das despesas do governo, por meio de Orçamento.
	A Política Fiscal é utilizada também para estimular ou inibir consumo e investimento.
A Grande Depressão e a crise financeira global: política fiscal
b) Política Monetária:
	Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda e de crédito e sobre as taxas de juros. 
Instrumentos de Política Monetária: 
Emissões de moeda
Reservas compulsórias (% sobre os depósitos que os bancos comerciais devem reter junto ao banco central);
Open market (ou mercado aberto, que é a compra e a venda de títulos públicos);
Redesconto (empréstimos do banco central)
Regulamentação sobre crédito e tx de juros
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA ECONÔMICA
A Política Econômica normalmente é executada por meio de uma combinação de instrumentos fiscais e monetários.     
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA ECONÔMICA
c) Políticas Cambial e Comercial: 
	São as políticas que atuam sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia. 
Política Cambial: 
	Refere-se à atuação do Governo sobre a taxa de câmbio (câmbio fixo, flutuante, flutuante sujo, bandas cambiais).
Política Comercial: 
	Refere-se aos instrumentos de incentivo às exportações e/ou estímulo / desestímulo às importações (fiscais, creditícios, legais etc.).  
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA ECONÔMICA
d) Política de Rendas: 
	Diz respeito à fixação de controles sobre preços e salários. Normalmente, tais controles são utilizados como política de combate à inflação.  
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA ECONÔMICA
Flutuações na produção e o tamanho do governo nos EUA (1870–2015)
Ambiente Setorial
Impactos Setoriais
Agricultura, Indústria (bens de consumo duráveis, consumo não-duráveis, intermediários, bens de capital), Comércio e Serviços, Infraestrutura, Alta Tecnologia, Financeiro
Ambiente
Macroeconômico
Mercados e Variáveis Macroeconômicas
  Reais e Monetárias
  Internas e Externas
Política Econômica
(Fiscal, Monetária, Cambial, Comercial, Rendas)
Ambiente
Microeconômico
(Cadeia de Valor)
Empresa
Estrutura de Mercado
(concorrencial, oligopólio, monopólio)
Produtos
Clientes
Mercados
Receitas
Recursos
Fornecedores
Financiadores
Custos
IMPACTOS DO AMBIENTE MACRO
REVISÃO
MACRO BÁSICA: HISTÓRICO
Manual de Macro – Introdução
MACROECONOMIA II
Prof. Andrés Vivas Frontana
e-mail: andresvf@fecap.br
34
SADNFDSFASD
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
Economistas anteriores a Keynes (Clássicos, Marginalistas e Neoclássicos)
Economias de mercado teriam a capacidade de alcançar o nível de pleno emprego.
Economistas clássicos supunham plena flexibilidade de preços e salários.
Crença no Liberalismo (poder autorregulador do mercado). 
Crença no racionalismo econômico.
Supunham que tudo o que fosse produzido seria vendido, ideia conhecida como Lei de Say (“a oferta cria sua própria procura”).
Economistas anteriores a Keynes (Clássicos, Marginalistas e Neoclássicos)
Três postuladosou pressupostos macroeconômicos fundamentam a chamada teoria clássica:
A Economia trabalha no pleno emprego
A moeda é neutra no processo econômico
A oferta cria sua própria demanda (Lei de Say)
MODELO CLÁSSICO – REVISÃO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
Economistas anteriores a Keynes (Clássicos, Marginalistas e Neoclássicos)
Com base nessas pressuposições, duas das principais variáveis da macroeconomia já estariam determinadas: o Nível do Produto (Y) e o Nível de Emprego (L).
Preocupações macroeconômicas estariam apenas na determinação da Quantidade de Moeda (M), no Nível Geral de Preços (P), na Taxa de Juros (r) e nos Salários (w).
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
Economistas anteriores a Keynes (Clássicos, Marginalistas e Neoclássicos)
Com o postulado da neutralidade da moeda e a Teoria Quantitativa da Moeda (MV = PT, ou MV = PY), a Quantidade de Moeda (M) e o Nível Geral de Preços (P) também podiam ser determinados.
No Mercado de Fundos de Empréstimo (interação entre agentes superavitários e deficitários, ou poupadores e investidores) seria determinada a Taxa de Juros.
No Mercado de Trabalho (cujo equilíbrio ocorre no nível de pleno emprego) seria determinado o Salário (w).
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
Economistas anteriores a Keynes (Clássicos, Marginalistas e Neoclássicos)
Como as principais variáveis macro eram facilmente determinadas, a preocupação dos economistas voltou-se fundamentalmente para o desenvolvimento da Teoria Microeconômica.
A ação do governo deveria se restringir à produção de bens públicos (segurança, educação, justiça etc.), já que o mesmo não tinha condições de afetar o produto da economia (políticas econômicas ineficazes).
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
Keynes
Década de 1930: desemprego e capacidade ociosa.
1936: “A teoria geral do emprego, do juro e da moeda” impulsionou a Teoria Econômica e a Política Econômica.
Keynes mostrava que, contrariamente aos resultados da Teoria Neoclássica, as economias capitalistas não tinham capacidade de promover automaticamente o pleno emprego.
Abria-se, assim, a oportunidade para a ação do Governo, por meio de seus instrumentos (sobretudo a Política Fiscal), de forma a direcionar a economia para a utilização plena dos recursos.
MODELO KEYNESIANO – REVISÃO 
A macroeconomia keynesiana representou uma verdadeira revolução na forma de se pensar o funcionamento de uma economia capitalista, revertendo todos os pressupostos do modelo clássico. 
Três postulados do modelo keynesiano: 
A existência de desemprego involuntário 
A não neutralidade da moeda
O princípio da demanda efetiva
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
Keynes
Problema básico dos sistemas capitalistas seria a não-coordenação de atividades, que gera ineficiências de toda ordem (alocativas ou do próprio nível de absorção dos fatores produtivos).
Procurou mostrar que preços e salários não são perfeitamente flexíveis (pleno emprego de recursos não estaria garantido).
Sindicatos e contratos faziam com que salários monetários fossem rígidos. Rigidez salarial e, sobretudo, expectativas negativas dos empresários levavam a desemprego involuntário. 
Economia operaria abaixo do pleno emprego.
Necessidade de intervenção do Governo para estimular a demanda agregada.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
Síntese Neoclássica
1937: John Hicks lançou o artigo “Mr. Keynes and the classics: a suggested interpretation”, que se tornou a versão oficial do livro do Keynes.
Esse artigo introduziu o aparato conhecido como Modelo IS-LM (Síntese Neoclássica).
Formulações de política econômica passaram a ser realizadas com base nessa estrutura, que admitia a possibilidade de desemprego na economia, já que preços e salários não eram totalmente flexíveis.
Síntese neoclássica gerou resultados razoáveis (previsões) até a década de 1960 (correspondência entre teoria e modelos empíricos).
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
Síntese Neoclássica
Década de 1950 → o modelo mais tradicional apresentava notável dicotomia entre o comportamento da economia no pleno emprego e abaixo dele:
	 	Abaixo do pleno emprego: seguia-se a tradição keynesiana de que os preços eram rígidos e de que mudanças no sistema dadas exogenamente afetavam apenas as variáveis reais (nível de emprego, produção, salário real).
	 	Pleno emprego: seguia-se a tradição neoclássica, na qual variáveis reais permaneciam inalteradas e mudanças exógenas se traduziam apenas em um movimento dos preços.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
Síntese Neoclássica
A Curva de Phillips buscou remover essa dicotomia. Ela expressa simplesmente uma curva de oferta positivamente inclinada.
Segundo o economista Alban Willian Housego Phillips, uma taxa de desemprego mais elevada indicaria maior excesso de oferta, com pressão para que a taxa de crescimento dos salários nominais fosse mais baixa. Essa taxa salarial menor corresponderia a uma taxa de inflação menor. 
Com uma taxa de inflação maior, os salários reais seriam menores e, de acordo com a teoria neoclássica, as firmas teriam incentivo a contratar mais mão-de-obra.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
Síntese Neoclássica
Haveria um tradeoff entre inflação e desemprego (quanto maior o desemprego, menor seria a inflação, e vice-versa).
Essa noção (a idéia de que o aumento da inflação gera redução do desemprego e aumento do nível de atividades, ao menos por um certo tempo), embora refutada pelos fatos em vários momentos (anos 1970, por exemplo), é muito tradicional.
Primeira metade dos 1960: tinha-se o instrumental IS-LM para analisar os componentes da demanda agregada, acoplado com a Curva de Phillips, que retratava as condições da oferta agregada.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
Síntese Neoclássica
Entretanto, a Teoria Neoclássica não aceitava a noção de que a taxa de crescimento de uma variável nominal (inflação) afetava as variáveis reais (nível de emprego e de produto).
Ao basear-se na racionalidade econômica, a teoria neoclássica afirma que o nível do produto (Y) e o nível de emprego (L) devem depender das condições técnicas disponíveis e da disponibilidade de fatores de produção.
Essa insatisfação com a Curva de Phillips foi consubstanciada na segunda metade da década de 1960, com a crítica de Milton Friedman (principal expoente do Monetarismo).
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
Monetarismo
Os monetaristas discordavam dos keynesianos pelos menos em três temas:
	1) a eficácia da política monetária versus a política fiscal: os monetaristas entendem que a política monetária é mais poderosa do que a fiscal; os movimentos da moeda M explicariam melhor as flutuações do produto Y;
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
Monetarismo
	2) o papel da política econômica: os monetaristas são céticos quanto ao conhecimento dos economistas, que não seria suficiente para a implementação de medidas para estabilização do produto; 
	pregavam, assim, apenas a aplicação de regras simples (ex.: crescimento constante da moeda, proporcional ao crescimento da renda); e
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
Monetarismo
	3) a Curva de Phillips: Friedman propôs que na equação explicativa das taxas de crescimento dos salários nominais (w) deveria ser introduzida, além da taxa de desemprego, a taxa esperada de inflação (e).
	Introduzindo a taxa esperada de inflação, o resultado da curva de Phillips mudava completamente, pois para cada taxa de inflação esperada haveria uma curva de Phillips diferente (versão aceleracionista).
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
Monetarismo
	Versão aceleracionista da curva de Phillips: para manter o desemprego abaixo da taxa natural seria preciso acelerar continuamente a taxa de inflação e esperar que os trabalhadores levassem algum tempo para perceber a aceleração.
Mostrava que, à medida que houvesse correta percepção dos agentes econômicos, o nível de emprego (L), ou a taxa de desemprego, voltariam a seu nível original.
Ou seja, se houvesse correta percepção dos agentes, não haveria trade-off entre inflação e desemprego.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
Monetarismo
A partir daí, ficou evidenciado o papel que as expectativas têm no comportamentodos agentes econômicos e como isso se reflete no próprio comportamento da economia.
Começou a desenrolar-se a noção de que os agentes econômicos não podem ser ludibriados sistematicamente, cometendo erros sistemáticos de previsão.
É essa idéia que constituiu a base de uma nova escola (Escola das Expectativas Racionais), que viria a dar sustentação a uma revolução crítica na Macro durante as décadas de 1970 e 1980. 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
Novos Clássicos
A Escola das Expectativas Racionais defende que os agentes econômicos, ao formarem suas expectativas sobre alguma variável econômica, acabavam por tentar verificar como ela se comporta no tempo, antecipando suas decisões. 
Dessa forma, ao formarem suas expectativas, os agentes evitam erros sistemáticos. 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
A partir do movimento crítico dos anos 1970, vão se configurando cinco grandes escolas no pensamento macroeconômico: 
	1) Keynesianos, para quem os movimentos na demanda agregada afetariam não apenas os preços nominais, mas também o nível de atividade (lado real). Oferta positivamente inclinada ou horizontal.
	2) Neoclássicos (monetaristas), que entendem que a inflação é um fenômeno essencialmente monetário. O combate à inflação, portanto, passa por um controle efetivo do estoque de moeda (M).
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
	2) Neoclássicos (monetaristas)
Admitem que o nível de produto (Y) e o emprego (L) podem ser estimulados por políticas de demanda agregada, no curto prazo. Portanto, acreditam na Curva de Phillips, mas apenas no curto prazo. 
No longo prazo, entretanto, entendem que o nível de emprego (L) e o produto (Y) dependem da produtividade e da disponibilidade dos fatores de produção. 
Ou seja, choques nominais de demanda são neutros com relação ao nível de atividades.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
	3) Novos Clássicos (também classificados muitas vezes como monetaristas), os quais apresentam resultados ainda mais fortes: baseados na hipótese de expectativas racionais, entendem que o nível de emprego não se altera nem a curto prazo (Governo não teria mecanismos para isso), pois acreditam que se os agentes percebem o modelo estrutural que determina as variáveis, as expectativas não contêm erros sistemáticos.
Os indivíduos sempre otimizam (são racionais e evitam erros sistemáticos) e os mercados sempre entram em equilíbrio.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
	3) Novos Clássicos
Ao levantarem a questão da formação de expectativas, os Novos Clássicos voltaram a questionar a estabilidade das variáveis macroeconômicas. 
Tornou-se necessário, então, buscar os fundamentos microeconômicos da Teoria Macroeconômica (variáveis agregadas deveriam estar bem apoiadas no comportamento dos agentes individuais). 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
	4) Novos Keynesianos: com base na revolução das expectativas racionais, os novos keynesianos procuraram dar sustentação microeconômica à macroeconomia.
Os Novos Keynesianos procuram explicar por que existem certos preços rígidos na economia, que promovem o desequilíbrio em alguns mercados (especialmente no mercado de trabalho).
Procuram analisar, em especial, as falhas existentes na movimentação de preços e salários, as quais impedem que haja equilíbrio entre demanda e oferta agregadas. 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
	5) Além dessas quatro escolas, que dominaram o mainstream (pensamento dominante), há também os chamados Pós-Keynesianos, que, na verdade, agrupam diferentes correntes (Neo-Ricardianos, Fundamentalistas, Regulacionistas e Institucionalistas).
Igualmente insatisfeitos com os resultados da Macro, essas correntes procuraram, a partir dos anos 1970, superar essas dificuldades com a volta ao pensamento de Keynes (releitura da obra original) e outros autores do passado.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
	5) Pós-Keynesianos
A releitura de Keynes era justificada pela convicção de que as deficiências de demanda agregada constituem a questão mais importante das economias capitalistas (responsáveis pelo desemprego, pela redução da atividade econômica e pela desaceleração das taxas de crescimento).
Deficiência de Demanda Agregada entendida principalmente como a situação em que o investimento produtivo não se realiza em níveis compatíveis com o pleno emprego. 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
	5) Pós-Keynesianos
O Consumo depende de rendimentos, que dependem de emprego, que depende de investimentos.
O Investimento depende dos lucros esperados, comparados ao rendimento proporcionado pelo Mercado Financeiro.
Portanto, o Desemprego depende da dinâmica da demanda agregada, e não de ocorrências eventuais, como intransigência dos trabalhadores na fixação de salários.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
	5) Pós-Keynesianos
Em seu conjunto, os Pós-Keynesianos entendem que o pleno emprego não está garantido, nem a curto nem a longo prazo, sendo necessárias políticas econômicas ativas para correção de desequilíbrios julgados inaceitáveis pela sociedade.
Denominar comum das correntes pós-keynesianas é a idéia de que o princípio da demanda agregada é um dos elementos centrais na construção de um modelo da economia em que vivemos.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
	5) Pós-Keynesianos – Neo-Ricardianos:
Entendem que o princípio da demanda agregada de Keynes deve ser complementando por uma análise da distribuição da renda e dos determinantes do valor das mercadorias.
Para tanto, voltam a alguns autores clássicos, principalmente Ricardo (sua contribuição quanto ao processo de geração, distribuição e acumulação do excedente).
Criticam a análise keynesiana por ser de curto prazo. Os elementos transitórios, ou ocasionais, que influenciam emprego e renda (como, por exemplo, as expectativas) devem ser desprezados, em favor dos determinantes de longo prazo.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
	5) Pós-Keynesianos – Neo-Ricardianos:
Propõem um método de análise que privilegia o longo prazo, retendo o princípio da demanda agregada como fundamental.
Ajuste de oferta e demanda agregada no longo prazo não leva, necessariamente, à plena utilização do fator trabalho.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
	5) Pós-Keynesianos – Fundamentalistas
Os fundamentalistas se pretendem fiéis à análise feita por Keynes. Privilegiam o papel das expectativas, variável instável e pouco previsível.
Logo, a Teoria Econômica tem de trabalhar com o conceito de incerteza, elemento de difícil formalização, mas que condiciona o comportamento dos agentes econômicos.
Incerteza e demanda agregada estão associadas por meio das decisões de investimento.
Segundo os fundamentalistas, a moeda é uma das formas que os agentes econômicos dispõem para se proteger da incerteza, pois permite adiar escolhas.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
	5) Pós-Keynesianos – Fundamentalistas
Ou seja, diante da dificuldade de avaliar os retornos de projetos de investimento e das aplicações no mercado financeiro, a moeda permite que nenhuma das alternativas seja seguida (o agente fica com seus recursos líquidos à espera de condições mais confiáveis).
Novamente, nada garante que o nível de emprego resultante das escolhas entre moeda, papéis no Mercado Financeiro e investimento leve à plena utilização do fator trabalho. 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
	5) Pós-Keynesianos – Regulacionistas
Segundo o Manual de Macro, os regulacionistas também complementam a análise de Keynes com idéias de outros economistas, como Marx (na verdade, é exatamente o contrário).
Também entendem que se deve partir da questão da demanda agregada para entender o funcionamento atual da economia capitalista, formulando questões adicionais.
Acreditam que a análise econômica não pode prescindir da dimensão histórica. Questões formuladas giram em torno das características atuais do processo de acumulação de capital, fortemente dependente de avanços tecnológicos.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
	5) Pós-Keynesianos – Regulacionistas
Os ajustes contínuos entre demanda agregada e capacidade produtiva provocam alterações importantes na organização econômica dos países industrializados, levando muitas vezesa crises de superprodução e/ou desemprego.
Alternância de períodos de regulação e crise. Modelo macroeconômico indeterminado (formas institucionais históricas completariam o modelo).
Destacam também a importância do papel que as instituições e as relações sociais desempenham no processo de ajuste da produção. Tempo histórico, em lugar do tempo lógico.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
	5) Pós-Keynesianos – Regulacionistas
Procuram mostrar que os fatos econômicos não podem ser analisados sem referência às questões geradas pelos conflitos de classe e soluções políticas específicas que cada país encontra em sua trajetória ao longo do tempo. 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
	5) Pós-Keynesianos – Institucionalistas
Privilegiam o papel das instituições (o que os aproxima dos regulacionistas) e da tecnologia.
Diferentemente, dos regulacionistas e dos demais pós-keynesianos, não dão ênfase às questões de demanda efetiva (embora não seja o caso de Gordon e outros institucionalistas).
Centram sua análise no papel das instituições no processo de formação de preços e alocação de recursos. 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
	5) Pós-Keynesianos – Institucionalistas
Entendem que o mercado é uma das muitas instituições relevantes nesse processo, sendo necessário analisar a lógica da ação coletiva em outras estruturas organizacionais.
Entendem, por exemplo, que a estrutura de poder e o controle das várias instâncias decisórias devem ser incorporadas à análise econômica. 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
A Macroeconomia Hoje
A Teoria Macroeconômica encontra-se hoje, então, numa espécie de dilema, pois, por um lado, todos os resultados macroeconômicos têm se mostrado altamente instáveis e, por outro lado, a tentativa de dar sustentação microeconômica à macro não tem sido bem sucedida.
Há uma distância muito grande entre o estado atual da Teoria Macroeconômica e os modelos macroeconométricos.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA MACRO
A Macroeconomia Hoje
Os avanços teóricos questionaram os tradicionais resultados dos anos 1960 e 1970, mas não foram operacionalizados outros resultados de forma convincente.
As autoridades econômicas acabam por conduzir a Política Econômica com base em resultados da Teoria Macro tradicional (como o modelo IS-LM), ainda que colocados em dúvida pelo debate teórico mais recente.

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