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Classificação dos Contratos DIREITO CIVIL

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UNIVERSIDADE VALE DO RIO VERDE
 UNINCOR 
BACHAREL EM DIREITO 
THAYNÁ DE JESUS ALEXANDRE 
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS DE DIREITO CIVIL
THAYNÁ DE JESUS ALEXANDRE
Classificação dos Contratos de Direito Civil
Trabalho apresentado ao curso de
 Graduação de Bacharel em Direito
 Pela Universidade Vale do Rio Verde
Como avaliação parcial de outras atividades
Orientador(a): Fabiano Guimarães Nogueira
· INTRODUÇÃO 
–A classificação dos contratos é uma questão
A classificação dos contratos é uma questão propedêutica, necessária para desvendar a sua natureza jurídica, e, por consequência, revelar os seus
efeitos. Trata-se de um raciocínio lógico e sistemático consistente na reunião dos contratos com características comuns, cujo escopo é facilitar o exame da matéria. 
Convém salientar, como recorda Silvio Rodrigues, um mesmo fenômeno pode ser classificado de diversas maneiras, conforme variar o ângulo em que se colocar o observador. 
–Trata-se de um raciocínio lógico e sistemático,
–Convém salientar, como recorda Silvio Rodrigues, que
•Quanto à forma como se aperfeiçoam, podem ser:
•a) Solenes e Não -solenes
–Por co ntratos solenes deve se entender aqueles em que a le
na eficácia do próprio instrumento contratual.
Assim, o fundamento da classificação dos contratos se sustenta na importância que têm essas características quando da avaliação de suas consequências. As características produzem efeitos nas relações jurídicas entre as partes envolvidas, na forma, conteúdo e exame das cláusulas contratuais, assim como na eficácia do próprio instrumento contratual.
· DESENVOLVIMENTO 
QUANTO Á FORMA COMO SE APERFEIÇOAM, PODEM SER: 
Solenes e não-solenes
Por contratos solenes deve se entender aqueles em que a lei exige como requisito de validade uma forma especial. Por isso são também chamados de contratos formais. Exemplos: compra e venda, doação, permuta de bem imóvel, pois dependem de escritura pública. Outros exemplos: penhor, seguro, fiança exigem a forma escrita, portanto, também são contratos solenes. Em todos os casos, a violação da forma gera nulidade do contrato.
Por contratos não solenes deve se entender aqueles que se
Por contratos não solenes deve se entender aqueles que se formam pelo simples acordo de vontades, independentemente de forma especial. Por isso são chamados de contratos informais ou não formais. Exemplos: locação, comodato, parceria etc.
Nesses casos, qualquer forma é válida, inclusive a verbal e a tácita. Nada obsta, porém, que as partes promovam estes contratos estipulando que os mesmos não valerão sem instrumento público, conforme preceitua o art. 109, CC. Em tal situação, o instrumento público passa a ser da substância do negócio jurídico, figurando, portanto, como requisito de validade do ato.
Consensuais e reais
Os contratos consensuais são os que perfazem com o simples acordo de vontades, independentemente da coisa ou de forma especial. Exemplos: compra e venda de bem móvel, locação, transporte etc.
Os contratos reais são os que se formam somente com a entrega da coisa. Exemplo: depósito, mandato, comodato etc. Nesses contratos o acordo de vontades é insuficiente para o aperfeiçoamento do negócio, valendo, tão somente, como contrato preliminar. 
QUANTO Á PRÓPRIA NATUREZA, OS CONTRATOS PODEM SER: 
•Quanto à própria natureza, os contratos podem ser:
•a) Unilaterais e Bilaterais.
•b) Oneroso s e Gratuitos.
•c) Comutativos e Aleatórios .
•d) Causais e Abstratos.
a) Unilaterais e Bilaterais.
b) Onerosos e Gratuitos.
c) Comutativos e Aleatórios.
d) Causais e Abstratos.
Contrato unilateral é aquele em que, no momento da sua formação, só um a das partes assume obrigação em face da outra. Exemplos: doação, mandato, depósito etc. 
Efeitos jurídicos: criam obrigações unicamente para uma das partes. Ex: doação pura, mútuo, comodato, mandato, fiança. Prestação a cargo de uma só parte, mesmo envolvendo duas partes e duas declarações de vontade.
Contrato bilateral é aquele em que, no momento de sua formação, ambas as partes assumem obrigações recíprocas, uma em face da outra. Exemplos: compra e venda, locação, permuta, sociedade etc. O essencial para distingui-los é atentar- se para o momento de sua formação, outrossim, considerar que os contratos reais, como anteriormente citado, só se formam com a entrega da coisa.
O essencial pa ra distingu i-los é atentar- se pa ra o moment
Efeitos jurídicos: Bilaterais geram obrigações para ambos os contratantes. Ex: compra e venda, locação, contrato de transporte. Obrigações são recíprocas. A prestação de um representa, de acordo com a vontade de ambas as partes, a contraprestação, a compensação pela outra. Não é necessário que as prestações sejam equivalentes segundo um critério objetivo, basta que cada parte veja na prestação da outra uma compensação suficiente à sua própria.
Basta que as prestações principais tenham esse nexo de reciprocidade, podendo haver prestações acessórias ou deveres de conduta apenas de uma das partes.
Nestes, pode uma das partes recusar-se à prestação que lhe incumbe, se, depois de concluído o contrato, sobrevier ao outro contratante diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou.
Contratos onerosos, ambas as partes obtêm proveito, ao qual corresponde um sacrifício. Impõem ônus e ao mesmo tempo acarretam vantagens a ambas as partes. Sacrifícios e benefícios recíprocos. Ambos buscam um proveito, ao qual corresponde um sacrifício. Dividem-se em:
Contratos comutativos
Prestações certas e determinadas. As partes podem antever as vantagens e os sacrifícios, que geralmente se equivalem, decorrentes de sua celebração, porque não envolvem nenhum risco. Na ideia de comutatividade está presente a de equivalência das prestações.
Contratos aleatórios por natureza
Pelo menos um dos contraentes não pode antever a vantagem que receberá, em troca da prestação fornecida. É que a perda ou o lucro dependem de um fato futuro e imprevisível. Ex: contratos de jogo, aposta e seguro. O contrato de seguro é comutativo porque o segurado o celebra para se acobertar contra qualquer risco. No entanto, para a seguradora sempre é aleatório, pois o pagamento ou não da indenização depende de um fato eventual.
Contratos acidentalmente aleatórios
Contratos tipicamente comutativos que em razão de certas circunstâncias, tornam-se aleatórios. Duas espécies: a) venda de coisas futuras; b) venda de coisas existentes, mas expostas a risco. Nos que tem por objeto coisas futuras, o risco pode referir-se à própria existência da coisa e à sua quantidade.
Do risco respeitante à própria existência da coisa tem-se a hipótese da venda da esperança, isto é, da probabilidade de as coisas ou fatos existirem.
I. Emptio spei (art. 458, CC). É a venda de coisas futuras em que o comprador assume a obrigação de pagar o preço, ainda que aquelas não venham a existir. Tal ocorre, por exemplo, na venda de colheita vindoura em que o comprador compromete -se a efetuar o pagamento, ainda que nada seja colhido por caso fortuito ou força maior. Se, porém, a culpa da frustração da colheita for imputada ao vendedor, o comprador não precisará efetuar o pagamento. 
II. futura, em que o compra dor assume o risco apenas quanto à quantidade da mesma. Urge, portanto, para que o pagamento seja efetuado e que a coisa venha a existir, ainda que em quantidade ínfima. Se não chegar a existir, desaparece a obrigação de pagamento, porque o comprador não assume o risco sobre a existência da coisa. Assim, se o negociante compra os peixes que caírem na rede do pescador por 100 reais, a s sumindo a obrigação de pagar todo o preço, seja qual for a quantidade, se nada dor pescado extingue- se o contrato e o alienante restituirá o preço recebido; se ao revés, um ou alguns peixes caírem na rede, o paga mento deverá ser integral, a não ser que a culpa p ela queda da pesca tenha sido do pescador.
III. Contrato aleatório em que o r isco se refere à coisa existente, mas
exposta a perecimento ou deterioração. Enquanto as duas hipóteses anteriores versam sobre coisa futura, o caso em apreço cuida de coisa existente, mas exposta a risco. Tal o corre, por exemplo, na venda de navio que se encontra em alto-mar, em que o comprador assume e o risco de efetuar o pagamento integra l, ainda que ocorra o naufrágio. Nessa situ ação, preceitua o art. 460 do CC que o negócio é válido, ainda que o navio já tivesse naufragado na ocasião da assinatura do contrato, desde , é claro que o vendedor não soubesse do s fato s, pois, se tivesse ciência do naufrágio, o ato seria nulo.
Vê -se, portanto, que o objeto do contrato aleatório está ligado à ideia de risco. 
Contratos Causais e abstratos
Os causais estão filiados à causa que os originou, enquanto que os abstratos tiram sua força da própria forma existente, independentemente da causa que o gerou.
QUANTO AO EXAME DE UNS EM RELAÇÃO AOS OUTROS, PODE SER: 
a) Contratos Principais.
b) Contratos Acessórios.
Contratos acessórios dependem de outro como premissa indispensável. Tem sua existência subordinada à do contrato principal. Ex: cláusula de fiança. Tem como função principal garantir o cumprimento do principal (maioria).
Principais são autônomos, têm existência própria. Nulo o contrato principal, nulo o acessório, mas a recíproca não é verdadeira. A prescrição da obrigação principal acarretará a da acessória, mas a recíproca também não é verdadeira.
As partes podem convencionar a extinção do contrato principal em virtude do desparecimento do acessório. Ex: nos contratos de locação pode haver uma cláusula resolutória baseada no falecimento, na falência ou na interdição do fiador, salvo se o locatário dentro de certo prazo apresentar outro fiador idôneo a critério do locador.
Os contratos acessórios podem ser preparatórios, integrativos ou complementares.
Alguns são denominados derivados ou subcontratos. Derivados têm por objeto direitos estabelecidos em outro contrato. Ex: sublocação, subempreitada e subconcessão. Tem em comum com os acessórios que também dependem de outrem, mas diferem dos mesmos por participar da própria natureza do direito versado no principal.
QUANTO Á DESIGNAÇÃO, PODEM SER: 
a) Contratos nominados ou típicos.
b) Contratos inominados ou atípicos.
Contratos nominados têm designação própria. Espécies contratuais que têm nome jurídico e servem de base à fixação dos esquemas, modelos ou tipos de regulamentação específica da lei.
23 contratos no CC. O legislador não consegue prever todas as situações que levam as pessoas a se relacionar e a contratar. Contratos não tipificados são chamados inominados e atípicos. Não tem denominação própria.
Contratos típicos são regulados pela lei, tem o seu perfil nela traçado. Todo contrato nominado é típico e vice-versa.
O contrato típico não requer muitas cláusulas, pois passam a integrá-lo todas as normas regulamentadoras estabelecidas pelo legislador. Já o contrato atípico exige uma minuciosa especificação dos direitos e obrigações de cada parte, por não terem disciplina legal.
Contrato inominado. Termo do direito que designa um contrato que não possui regulamentação perante a lei.
Contratos atípicos são os que resultam de um acordo de vontades, não tendo, porém, as suas características reguladas na lei. Para que sejam válidos basta o consenso, que as partes sejam livres e capazes e o seu objeto lícito, possível, determinado ou determinável e suscetível de apreciação econômica.
A celebração de contratos dessa espécie justifica-se como aplicação dos princípios da liberdade de obrigar-se e do consensualismo.
QUANTO AO OBJETO, OS CONTRATOS PODEM SER: 
a) Preliminares
b) Definitivos
O contrato preliminar é um verdadeiro contrato, gerando, portanto, direitos e obrigações, não se confundindo com as negociações preliminares, pois estas últimas não gera direitos contratuais, tendo em vista a inexistência do contrato Acrescente-se ainda que o descumprimento do contrato preliminar autoriza a outra parte a mover ação judicial de emissão de declaração de vontade, obtendo-se uma sentença que produza o mesmo efeito que o contrato definitivo. No compromisso de compra e venda, essa ação denomina-se Adjudicação compulsória. Em contra partida, a desistência das negociações preliminares, em hipótese alguma, autoriza a ação de emissão de declaração de vontade, podendo, em certos casos, como já foi dito, ensejar uma ação de perdas e danos com base na responsabilidade extracontratual. O contrato preliminar encontra-se disciplinado nos arts. 462 a 466 do CC. Por meio do contrato preliminar, as partes se comprometem a celebrar, no futuro, um contrato definitivo.
Por meio do contrato preliminar, as partes se comprometem a cel ebrar, no f uturo, um
Por meio do contrato preliminar, as partes se comprometem a cel ebrar, no f uturo, um
Por meio do contrato preliminar, as partes se comprometem a cel ebrar, no f uturo, um
Por meio do contrato preliminar, as partes se comprometem a cel ebrar, no f uturo, um
O contrato definitivo é que é objeto do contrato preliminar. O contrato preliminar por sua vez, também chamado de pacto de contraendo é o que tem por objeto a realização de um contrato definitivo. Há ainda outras denominações, a saber: compromisso, pré-contrato, contrato preparatório, promessa de contrato etc.
QUANTO AO SEU OBJETO, OS CONTRATOS PODEM SER: 
a) De execução continuada.
b) De execução instantânea.
O contrato de execução sucessiva ou continuada ou de duração o é aquele em que as prestações não são cumpridas em um único momento. Nesses contratos, as prestações se protraem no tempo. Ex: compra e venda em prestações, locações etc.
O contrato de execução instantânea ou imediata ou única é o que se cumpre em um só momento. As prestações são cumpridas simultaneamente. Exemplo: compra e venda à vista.
Sílvio Venosa com muita pertinência, realça a existência de contratos instantâneos com execução diferida, quando as partes adiam o cumprimento de suas obrigações para um momento posterior ao contrato. Tal ocorre na compra e venda, quando o pagamento ou a entrega da coisa é fixado para outra data, que não a da realização da avença. Assim, também, na venda sob condição suspensiva.
Por contratos não solenes deve se entender aqueles que se
QUANTO Á IMPORTÂNCIA DA PESSOA DO CONTRATANTE, OS CONTRATOS PODEM SER: 
a) Contratos pessoais
b) Contratos impessoais
Os contratos pessoais ou intuitu personae são os que envolvem uma obrigação de fazer ou não fazer infungíveis. Nesses contratos, a prestação deve ser cumprida pessoalmente pelo devedor.
Os contratos impessoais são aqueles em que a prestação pode ser cumprida por qualquer pessoa. Tal o corre com a obrigação de d ar e as obrigações de fazer e não fazer fungíveis. 
QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO, OS CONTRATOS PODEM SER: 
a) Contratos paritários
b) Contratos de adesão
Os contratos paritários são aqueles em que as cláusulas são fixadas pelas partes, após o livre debate na fase das negociações preliminares.
Os contratos de adesão são aqueles elaborados exclusivamente por uma das partes, que detém o mono pó lio de fato ou de direito do objeto do negócio.
Os contratos por adesão são aqueles elaborados exclusivamente por uma das partes, que, porém, não detém o monopólio de fato ou de direito do objeto do negócio. Tal o corre por exemplo, quando todas as cláusulas são predeterminadas por uma das partes, sem possibilidade de qualquer modificação. Exs: fornecimento de gás, eletricidade, água etc.
Essa distinção haurida de Orlando Gomes, não é aceita por todos 
Essa distinção haurida de Orlando Gomes, não é aceita por todos os civilistas. Muitos preferem enquadrar esses últimos contratos dentro dos paritários, utilizando-se como sinônimas as expressões ‘contrato de adesão’ e ‘contrato por adesão’.
A lei 8078/90, em seu artigo 54, traz em seu bojo: "Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir
ou modificar substancialmente seu conteúdo".
· CONCLUSÃO 
A percepção da classificação do contrato, centrada na determinação subjetiva e objetiva dos doutrinadores, revela-se, com mais, clareza, como instrumento de realização de valores diversificados em conformidade com o ponto de vista marcada pelo estudo.
· Referências Bibliográficas 
https://www.jurisway.org.br/v2/cursoonline.asp?id_curso=495&pagina=2
https://www.passeidireto.com/arquivo/41640803/classificacao-dos-contratos
https://bsauricino.jusbrasil.com.br/artigos/229764604/classificacao-dos-contratos-de-direito-civil
https://jus.com.br/artigos/36822/classificacao-dos-contratos
https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-53/contratos-consideracoes-gerais/
TRÊS CORAÇÕES
2020

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