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A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE PROJETOS
NAS ORGANIZAÇÕES COMTEMPORÂNEAS
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Camila Avozani Zago
Federal University of Rio de Janeiro
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A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE PROJETOS 
NAS ORGANIZAÇÕES COMTEMPORÂNEAS
Camila Avozani Zago
Universidade Federal de Santa Catarina – Programa de Pós-Graduação em Engenharia 
de Produção - Bolsista CNPq - avozani@terra.com.br
Andreas Dittmar Weise
Universidade Federal de Santa Catarina – Programa de Pós-Graduação em Engenharia 
Civil - mail@adweise.de
Ricardo André Hornburg
Universidade Federal de Santa Catarina – Programa de Pós-Graduação em Engenharia 
Civil; Faculdade do Litoral Catarinense – FLC/SOCIESC - 
ricardo_andreh@yahoo.com.br
RESUMO
As organizações defrontam-se com vários desafios, dentre estes se encontra o planejamento 
de investimentos em novos projetos diante das incertezas do mercado. O presente estudo 
objetiva discorrer sobre a importância da análise de viabilidade econômico-financeira em 
projetos, tomando por base a análise da aquisição de novos equipamentos para a Xaroparia de 
uma fábrica de refrigerantes, situada no Rio Grande do Sul. Com tal propósito foi calculado o 
valor presente líquido (soma dos valores do fluxo de caixa a uma data presente) e a taxa 
interna de retorno (taxa de desconto que torna o valor presente líquido nulo) para identificar e 
avaliar a viabilidade do empreendimento. Metodologicamente este artigo se classifica como 
uma investigação exploratória e como estudo de caso. Através deste estudo pôde- se verificar 
a viabilidade do projeto de aquisição de novos equipamentos para a Xaroparia a fim de 
atender a uma maior demanda pelo produto final da empresa no mercado.
Palavras-chave: Competitividade; Viabilidade econômica; Taxa interna de retorno; Valor 
presente líquido.
ABSTRACT
Organizations are faced with several challenges. Among them is the planning of investments 
in new projects given the uncertainties of the market. This study aims to discuss the 
importance of examining economic and financial viability of projects, based on the analysis of 
the acquisition of new equipment for the syrup to a soft drinks factory located in Rio Grande 
do Sul. The evaluation method was to calculate the net present value (sum of the values of 
cash flow to a present day) and internal rate of return (discount rate that makes net present 
value zero) to identify and evaluate the feasibility of the venture. Methodologically, this 
article is classified as an exploratory research and case study. The purpose of this study was to 
verify the feasibility of the project to purchase new equipment for the syrup in order to meet 
the greater demand for the company's final product on the market.
Key-Words: competitiveness, economic viability, internal rate of return, net present value.
VI CONVIBRA – Congresso Virtual Brasileiro de Administração
1 Introdução
Com o advento da tecnologia e a internacionalização econômica intensificou-se a 
necessidade de reorganização dos modos de gestão empresariala fim de compatibilizar 
padrões internacionais de qualidade e produtividade entre as organizações. Tal preceito é 
reafirmado por Porter (1999), a competição se intensificou de forma drástica ao longo das 
duas últimas décadas, poucos são os setores remanescentes em que a competição ainda não 
interferiu na estabilidade e dominação dos mercados.
Devido a esse fato, as organizações adotam novas estratégias e ferramentas para o 
gerenciamento de suas atividades e sobrevivência em um mercado altamente competitivo. 
Entre essas estratégias e ferramentas encontra-se a utilização de sistemas de análise de 
viabilidade econômica e financeira, a fim de verificar consistência e a rentabilidade do projeto 
a ser implementado. 
O Projeto da Nova Xaroparia Simples, que envolve a compra e implementação de um 
novo sistema de dissolução de açúcar e clarificação do xarope simples, será implementado na 
empresa de refrigerantes situada no Rio Grande do Sul – RS. Tal Projeto é formado por uma 
análise de viabilidade técnica, a qual aborda as reações químicas, os tipos de materiais usados 
nos equipamentos do processo e todos os outros detalhes técnicos (químicos e físicos) que 
envolvem a fabricação de xarope e por uma análise econômica.
Neste artigo, caracterizado como teórico e exploratório, no qual se assume uma 
perspectiva crítica de análise sobre o tema proposto, tratar-se-á sobre a relevância da análise 
de viabilidade do projeto da nova xaroparia simples da fábrica de refrigerantes. Ressalta-se a 
importância do tema proposto, uma vez que enfatiza conceitos ainda recentes no contexto 
organizacional e acadêmico, no que se refere ao estudo de viabilidade econômica de 
empreendimentos despertando um interesse em conhecer e aprofundar novas estratégias 
organizacionais.
2 Referencial Teórico-Empírico
2.1 Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos
A análise de viabilidade econômica e financeira integra o rol de atividades 
desenvolvidas pela engenharia econômica, que busca identificar quais são os benefícios 
esperados em dado investimento para colocá-los em comparação com os investimentos e 
custos associados ao mesmo, a fim de verificar a sua viabilidade de implementação. Função 
essa corroborada por Veras (2001, p. 233) ao afirmar que “engenharia econômica é o estudo 
dos métodos e técnicas usados para a análise econômico-financeira de investimentos”.
A análise de investimentos pode ser considerada como o conjunto de técnicas que 
permitem a comparação entre os resultados de tomada de decisões referentes a alternativas 
diferentes de forma científica. Veras (2001) salienta que a análise de investimentos 
compreende não só alternativas entre dois ou mais investimentos a escolher, mas também a 
análise de um único investimento com a finalidade de avaliar o interesse na implantação do 
mesmo.
VI CONVIBRA – Congresso Virtual Brasileiro de Administração
De acordo com De Francisco (1988) um estudo de análise de investimentos 
compreende: um investimento a ser realizado; enumeração de alternativas viáveis; análise de 
cada alternativa; comparação das alternativas e; escolha da melhor alternativa. Dentre os 
vários métodos utilizados para análise de viabilidade de projetos, serão utilizados no presente 
estudo o Método do Valor Presente Líquido e o Método da Taxa Interna de Retorno.
Casarotto Filho & Kopittke (1994) explica que a decisão da implementação de um 
projeto deve, altissonantemente, considerar: critérios econômicos (rentabilidade do 
investimento); critérios financeiros (disponibilidade de recursos) e critérios imponderáveis, 
que são fatores não conversíveis em dinheiro, como boa vontade de um fornecedor.
2.1.1 Valor Presente Líquido (VPL)
O Valor Presente Líquido de um projeto de investimento pode ser definido como a 
soma algébrica dos valores descontados do fluxo de caixa a ele associado. Na concepção de 
Veras (2001, p. 234), tal método “consiste em calcular o valor presente líquido NPV do fluxo 
de caixa (saldo das entradas e saídas de caixa) do investimento que está sendo analisado, 
usando a taxa de atratividade do investidor”. Esse método, por considerar o valor do dinheiro 
no tempo é considerado uma técnica sofisticada de análise de orçamentos de capital 
(GITMAN, 2002).
O método do valor presente líquido é considerado um método que se enquadra no 
conceito de equivalência tendo, portanto, a característica de trazer para o tempo presente, ou 
seja, esse método leva em consideração o valor temporal dos recursos financeiros. A 
viabilidade econômica de um projeto analisado pelo método do Valor Presente Líquido é 
indicada pela diferença positiva entre receitas e custos, atualizados a determinada taxa de 
juros (REZENDE & OLIVEIRA, 1993).
Segundo Pareja (1999, p. 222), tal método pode ser visto como:
[...] o montante pelo qual aumenta o valor da firma depois de ser 
realizado a alternativa - de investimento- que se estuda. Portanto, o 
valor presente líquido permite estabelecer mecanismos que aumentem 
ou maximizem o valor da firma.
Segundo Fleischer (1988, p. 125) a característica essencial do método do Valor 
Presente Líquido "é o desconto para o valor presente de todos os fluxos de caixa esperados 
como resultado de uma decisão de investimento". Sob a ótica de Casarotto Filho & Kopittke 
(1994) este método normalmente é utilizado em análises de investimentos isolados que 
envolvam o curto prazo ou que tenham baixo número de períodos.
Sob a perspectiva de Casarotto Filho & Kopittke (1994, p. 121), “normalmente, o VPL 
é utilizado para análise de investimentos isolados que envolvam o curto prazo ou que tenham 
baixo número de períodos, de sorte que um valor anual teria pouco significado prático para 
uma tomada de decisão”.
O método do Valor Presente Líquido apresenta algumas vantagens: pode ser aplicado 
a fluxos de caixa que contenham mais de uma variação de sinal, tanto de entrada, como de 
saída; leva em consideração o valor do dinheiro no tempo e; depende unicamente dos fluxos 
de caixa previsionais do projeto e do custo de oportunidade do capital, não sendo afetado 
pelas preferências do decisor, pelos métodos de contabilização usados pela empresa, pela 
rentabilidade da atual atividade da empresa ou pela rentabilidade de outros projetos 
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autônomos. No entanto, esse método apresenta desvantagens, entre elas a determinação da 
taxa mínima de atratividade, ou seja, a flexibilidade de escolha da taxa de juros e; a 
impossibilidade de reaplicar os benefícios advindos de projetos exitosos (BRUNI & FAMÁ, 
2003).
2.1.2 Taxa Interna de Retorno (TIR)
A Taxa Interna de Retorno “consiste em calcular a taxa que anula o valor presente 
líquido do fluxo de caixa do investimento analisado” (VERAS, 2001, p. 243). Por 
conseguinte, pode ser definida como a taxa de desconto que iguala o valor presente das 
entradas de caixa ao investimento inicial referente a um projeto. Gitman (2002) expõe que a 
Taxa Interna de Retorno iguala o valor presente das entradas de caixa ao investimento inicial 
referente a um projeto, resultando em um saldo nulo.
Segundo Fleischer (1988), a taxa interna de retorno de um investimento é a taxa de 
juros para a qual o valor presente dos recebimentos resultantes do projeto é exatamente igual 
ao valor presente dos desembolsos, ou seja, é a obtenção de uma taxa de juros que anule o 
valor presente do fluxo de caixa. Oliveira (1982) define taxa interna de retorno como aquela 
que torna o valor dos lucros futuros equivalente ao valor dos gastos realizados com o projeto, 
assim, a Taxa Interna de Retorno caracteriza-se como a taxa de remuneração esperada para o 
capital investido.
A taxa de retorno que se obtém em um projeto, obtida a partir da análise projetivade 
um fluxo de caixa, é a taxa de juros que torna nulo a diferença entre as receitas e as despesas. 
Dessa forma, o critério para a tomada de decisão de investimento com base na Taxa Interna de 
Retorno é aceitar um projeto de investimento quando tal taxa superar o custo de oportunidade 
do capital obtido no referido projeto.
O método da Taxa Interna de Retorno apresenta vantagens, entre elas a facilidade de 
visualização percentual após obtido o resultado; leva em consideração o temporal valor do 
dinheiro. Entretanto, apresenta desvantagens no que diz respeito à dificuldade do cálculo, uma 
vez que esse é feito pelo método de tentativa e erro; a consistência do resultado é variável e; o 
método supõe que os saldos serão reaplicados à mesma taxa do investimento.
3 Procedimentos Metodológicos
A metodologia de pesquisa utilizada constituiu-se em uma investigação exploratória, 
que Oliveira (1999) descreve como sendo a ênfase dada às descobertas e práticas ou diretrizes 
que precisam modificar-se na elaboração de alternativas que possam ser substituídas ou 
modificadas. 
Sob esse prisma evidencia-se uma abordagem crítica da importância de se trabalhar 
com a análise da viabilidade econômica em projetos. O presente trabalho refere-se a um 
estudo de caso tendo como unidade de análise a Xaroparia de uma fábrica de refrigerantes 
situada no Rio Grande do Sul. Conforme Yin (2005), o estudo de caso evidencia-se através de 
documentos, registros em arquivos, entrevistas, observações diretas e participantes, além de 
artefatos físicos. Para escolha da organização considerou-se o desempenho da empresa no 
mercado em que atua e a credibilidade da organização e da marca comercializada.
Na primeira fase da pesquisa foi realizada coleta de dados secundários através de 
pesquisa documental e bibliográfica, que segundo Lakatos & Marconi (2003) a pesquisa 
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bibliográfica propicia o exame de um tema sob um novo enfoque ou abordagem, chegando 
deste modo a conclusões inovadoras, não sendo uma repetição do que foi anteriormente dito 
ou escrito sobre determinado assunto. Na segunda fase da pesquisa foi realizada a coleta de 
dados primários através de pesquisa de campo e entrevistas in loco. 
Além disso, foi efetuada uma pesquisa de levantamento, baseada no método de 
pesquisa descritivo, que consiste na exploração de um problema para prover critérios e a 
compreensão de determinado problema e alcançar uma compreensão das razões e motivações 
subjacentes (MALHOTRA, 2001). Por sua vez, o delineamento da pesquisa é de caráter 
qualitativo e a técnica utilizada para pesquisa foi por meio de entrevista semi-estruturada com 
os membros da empresa.
Para a análise e tratamento dos dados foram utilizados mecanismos oriundos da 
administração financeira, visto que a análise de viabilidade econômica do projeto deu-se por 
meio da avaliação do valor presente líquido e da taxa interna de retorno.
4 Perfil da Empresa
A fábrica analisada neste estudo teve origem em 1945, entretanto, a atual sede da 
mesma foi inaugurada em 1977. A fábrica situa-se no Rio Grande do Sul – RS e é composta 
de um conjunto de empresas controlado por uma holding. A companhia possui, além da 
fábrica, dois Centros de Distribuição, representando 44,9% de abrangência no estado.
A fábrica em estudo possui duas linhas de envase que podem funcionar em até três 
turnos, de oito horas cada, cuja capacidade produtiva nominal dessas duas linhas juntas é de 
36.000 litros de bebida por hora, de um único produto. 
O Projeto da Nova Xaroparia Simples envolve a aquisição e implementação de um 
novo sistema de dissolução de açúcar e clarificação do xarope simples, sendo que o Projeto é 
formado por uma análise de viabilidade técnica, a qual aborda as reações químicas, os tipos de 
materiais usados nos equipamentos do processo e todos os outros detalhes técnicos (químicos 
e físicos) que envolvem a fabricação de xarope e por uma análise econômica. Tal 
empreendimento provém da ampliação da capacidade produtiva da fábrica, que pretende 
instalar uma terceira linha de envase de bebidas para atender ao aumento da demanda pelos 
produtos fabricados pela empresa. 
Nesse projeto será abordada a análise econômica, através da elaboração de um 
orçamento de investimento em imobilizado, o qual utiliza o Valor Presente Liquido e a Taxa 
Interna de Retorno (TIR) como métodos para avaliar o retorno do Projeto sobre o 
Investimento.
5 Análise da Viabilidade Econômica do Projeto
A capacidade nominal instalada da fábrica, atualmente, é de 36.000 litros de bebida 
por hora, sendo trabalhadas 22 (vinte e duas) horas diárias durante 26 (vinte e seis dias 
mensais, perfazendo um rendimento da linha de 70% (setenta por cento). Dessa forma, o 
rendimento mensal da fábrica, ou seja, a capacidade mensal instalada com duas linhas de 
envase, é de 14.414.400 litros de bebidas anuais. Porém, a previsão de vendas para dezembro 
de 2006 supera a capacidade produtiva, sendo a previsão de vendas em 2006 de 14.505.569 
litros de bebida, que constitui o produto final fabricado pela empresa.
O Xarope Simples consiste em uma solução açucarada utilizada na fabricação de 
refrigerantes, sendo esse fabricado para atender apenas o mercado interno, fornecendo solução 
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açucarada para a produção dos refrigerantes fabricados pela própria empresa em estudo. Com 
os equipamentos atuais a produção do Xarope Simples é de 4.500 litros por hora (atualmente) 
o que, com a implementação do projeto e instalação dos novos equipamentos, passará para 
10.000 litros/hora.
Portanto, a substituição dos equipamentos da Xaroparia Simples tem como principais 
vantagens: (a) melhorar a qualidade do produto (xarope simples); (b) aumentar a capacidade 
produtiva e (c) reduzir custos. Essa redução de custos servirá para medir os benefícios da 
nova Xaroparia Simples da seguinte forma:
a) Eliminação do consumo de Carvão Ativado em pó; uma vez que o novo sistema não 
utiliza Carvão Ativado em pó;
b) Eliminação do consumo de Terra Diatomácea; já que o novo sistema não utiliza esse 
insumo;
c) Redução de um funcionário do quadro de colaboradores da Xaroparia, pois o novo 
sistema é totalmente automatizado;
d) Redução total da perda de açúcar, como a fábrica analisada não possui um estudo, que 
quantifique de forma exata a quantidade perdida de açúcar, estimou-se que ela seja em 
torno de 1% da quantidade total consumida de açúcar por ano, pois foi esse o valor 
observado em outras fábricas de refrigerantes, que utilizavam na década de 90, o 
mesmo sistema utilizado pela fábrica em estudo atualmente.
O projeto de ampliação da capacidade produtiva da Xaroparia Simples da fábrica 
estudada prevê mudanças tanto na quantidade como na forma como o xarope simples é 
produzido, isso provém da ampliação da capacidade produtiva das linhas de envase da fábrica, 
passando a ter uma capacidade nominal de 62.000 litros de bebida por hora, ao invés, dos 
atuais 36.000 litros. 
A principal mudança prevista por essa ampliação é a instalação de uma terceira linha 
de envase, para atender ao aumento da demanda pelos produtos fabricados pela empresa. 
Como conseqüência disso, se faz necessária a realização de mudanças na Xaroparia, pois é 
essa que “abastece” as linhas de envase com xarope, tendo em vista que a chegará ao limite de 
sua atual capacidade instalada.
A partir da previsão de vendas em litros de bebida para dezembro de 2005, que é de 
13.947.663 litros de bebida, efetuou-se a previsão de vendas para dezembro de 2015, 
considerando um crescimento anual de 4% (quatro por cento), taxa esta estipulada pela 
gerencia industrial da empresa: 
48,02% 100 x 0,4802 1-1,4802 1,4802 (1,04)0,04)(1 1010 =====+
Dessa forma, pode-se verificar que o crescimento acumulado é de 48,02% (quarenta e 
oito por cento), assim, a previsão de vendas de bebidas, produto final da companhia, é de 
VI CONVIBRA – Congresso Virtual Brasileiro de Administração
13.947.663 litros em dezembro de 2015. O mês de dezembro é utilizado como referência, pois 
é o mês ‘pico’ da fábrica, ou seja, é em dezembro que a fábrica produz e vende a sua maior 
quantidade de bebidas, devendo essa ser dimensionada para atender a produção desse mês, 
mesmo que nos demais períodos a produção seja reduzida e a capacidade ociosa. 
Com base na previsão de vendas de dezembro de 2015, é possível verificar que a 
capacidade produtiva necessária para atender a demanda, considerando que a fábrica trabalhe 
22 horas diárias durante 26 dias por mês e tenha uma utilização de linha de aproximadamente 
70% (setenta por cento), a mesma deve ter capacidade de 51.563 litros por hora. Esse valor 
acrescido de 20% (vinte por cento), fator de segurança estabelecido pelo diretor industrial, 
resulta em uma capacidade produtiva necessária para atender à demanda em 2015 de 61.876 
litros de bebida por hora, o que será considerado para fins de cálculo 62.000 litros de bebida 
por hora.
Através da Capacidade Produtiva necessária em 2015, que é de 62.000 litros por hora, 
é possível calcular a vazão necessária para a terceira linha de produto final a ser instalada na 
fábrica. Para isso, reduziu-se a atual capacidade produtiva da fábrica (36.000 litros por hora) 
da capacidade futura (62.000 litros por hora), resultando em uma vazão de 26.000 litros de 
bebida por hora na terceira linha de produção.
Entretanto, o projeto analisa a viabilidade de alterações no processo produtivo. Cabe 
ressaltar, que a proporção de bebida-xarope é de 6,4, isto é, cada 1 litro de xarope final produz 
6,4 litros de bebida (refrigerante). Logo, a quantidade de xarope final necessária é de 9.697,5 
litros de xarope por hora (capacidade produtiva futura de 62.000 ÷ 6,4, que é a proporção 
bebida-xarope). Como a quantidade de xarope simples deve ser igual à quantidade de xarope 
final, chega-se a nova capacidade da Xaroparia Simples, conforme é possível visualizar no 
Quadro 1.
Quantidade de xarope final = quantidade de xarope simples
Quantidade de xarope final = 10.000 litros de xarope por hora.
Quantidade de xarope final = 10.000 litros de xarope por hora.
Capacidade da nova Xaroparia Simples = 10.000 litros de xarope por hora.
Quadro 1 - Capacidade produtiva da nova Xaroparia Simples
Fonte: Almoxarifado da fábrica em estudo.
Este projeto tem como principais pontos a instalação de um sistema de dissolução 
contínua de açúcar, que servirá para dissolver o açúcar sólido que vem em bags (sacas) de 
1200 kg de açúcar e a instalação de um clarificador por troca iônica, que serve para clarificar 
e retirar qualquer gosto e odor da solução de açúcar, como ambos não são utilizados 
atualmente pela fábrica se faz necessário a sua aquisição, a qual é analisada financeiramente 
por este trabalho.
Atualmente a fábrica em estudo utiliza o sistema por batelada para dissolução de 
açúcar, o qual consiste na derrubada manual de sacas de 50 kg de açúcar no tanque dissolutor 
e o sistema de pré-capa para clarificação e eliminação de gosto e odor do xarope simples, que 
consiste num filtro com 12 placas, sendo que em cada placa é formada por uma camada 
homogênea de Terra Diatomácea e Carvão Ativado, que servem para reter as impurezas do 
xarope simples.
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Além da mudança na forma de como o xarope simples será fabricado, o projeto da 
nova xaroparia também prevê mudanças na quantidade da capacidade produtiva da Xaroparia 
Simples, a qual passará a ter uma capacidade nominal de 10.000 litros de xarope simples por 
hora, ao contrário dos atuais 4.500 litros por hora.
As mudanças descritas acima, além de serem resultado da nova capacidade produtiva a 
ser instalada na fábrica, também se fazem necessárias por questões técnicas e econômicas. A 
questão técnica diz respeito aos atuais sistemas utilizados pela fábrica em estudo para 
dissolução e clarificação estarem ultrapassados tecnologicamente. E a questão econômica está 
relacionada aos custos envolvidos na compra de Terra Diatomácea e Carvão Ativado e na 
quantidade de açúcar que é perdida quando o xarope simples não atende aos padrões mínimos 
de qualidade e por isso é eliminado. 
A partir da instalação do novo sistema da Xaroparia, que elimina a utilização da Terra 
Diatomácea e Carvão Ativado, pode-se considerar essa redução de insumos para a Xaroparia, 
conforme descrito no Quadro 2, o que acarreta uma redução de custos para a Xaroparia, os 
quais podem ser considerados como receitas para a mesma. Isso advindo do processo de 
expansão e modernização da empresa. Nessa nova etapa produtiva utilizar-se-ão como 
insumos necessários à produção do Xarope Simples o açúcar e a água. Para encontrar o 
consumo médio de insumos anual da Xaroparia, multiplicou-se a média do consumo mensal 
desses produtos por 12.
CONSUMO MÉDIO
Insumo Mensal (Kg) Anual (Kg)
Carvão Ativado 1.185,12 14.221,44
Terra Diatomácea 1.688,06 20.256,72
Açúcar 958.662,36 11.503.948,32
Quadro 2 – Consumo médio de insumos para produção de 36.000 litros de bebida
Fonte: Almoxarifado da fábrica em estudo.
Pode-se verificar que, com a implementação do novo sistema e, como esse não utiliza 
insumos além da água e açúcar que são constantemente reaproveitados, a empresa reduzirá 
consideravelmente a matéria-prima mensal inerente à fabricação do Xarope, como é possível 
visualizar no Quadro 3. Nesse quadro é descrito o consumo mensal dos insumos a serem 
extintos do processo produtivo do Xarope Simples da fábrica de refrigerantes em estudo 
(Carvão Ativado e Terra Diatomácea) aliados ao consumo de açúcar, o qual tem um 
percentual de desperdício devido ao atual sistema, isso no período de agosto de 2003 a agosto 
de 2005.
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CONSUMO MENSAL POR PRODUTO EM Kg. – Processo Atual
Período Carvão Ativado Terra Diatomácea Açúcar
Ago/03 1238 1753 1.006.600
Set/03 972 1344,5 785.700
Out/03 1281 1752 1.029.750
Nov/03 1377 1877 1.111.200
Dez/03 1195 1675 981.050
Jan/04 1215 1690 988.800
Fev/04 1230 2705 987.500
Mar/04 1270 1740 1.022.550
Abr/04 1245 1695 1.020.250
Mai/04 1040 1480 832.750
Jun/04 855 1260 698.850
Jul/04 955 1390 778.100
Ago/04 955 1425 784.550
Set/04 1530 2090 1.229.650
Out/04 1445 1945 1.170.700
Nov/04 1150 1570 930.750
Dez/04 1510 1995 1.235.150
Jan/05 1265 1715 1.013.365
Fev/05 1220 1680 982.350
Mar/05 1455 1985 1.172.350
Abr/05 1120 1540 904.200
Mai/05 1115 1545 892.044
Jun/05 805 1215 645.250
Jul/05 1015 1455 827.100
Período Carvão Ativado Terra Diatomácea Açúcar
Ago/05 1170 1680 936.000
Média 1185,12 1688,06 958662,36
Quadro 3 - Receitas operacionais provenientes do consumo mensal de Carvão Ativado, Terra Diatomácea e 
Açúcar.
Fonte: Almoxarifado da fábrica em estudo.
Considera-se que os valores descritos acima são consumidos pela Xaroparia da fábrica 
em estudo para atender a uma produção nominal de 36.000 litros de bebida por hora, assim, 
esses valores foram transformados por regra de três simples para o consumo médio que atende 
a uma produção de 62.000 litros de bebida por hora, conforme é possível conferir no Quadro 
4. Ressalta-se, que esses insumos não serão consumidos a uma produção de 62.000 litros de 
bebida devido ao sistema ser diferenciado, entretanto, foi calculado com o intuito de verificar 
a redução de insumos para a fábrica, bem como a redução de custos advinda dessa economia.
CONSUMO MÉDIO
Insumo Mensal (Kg) Anual (Kg)
Carvão Ativado 2.041,05 24.492,57
Terra Diatomácea 2.907,21 34.886,57
Açúcar 1.651.029,62 19.812.355,44
Quadro 4 – Consumo médio de insumos para produção de 62.000 litros de bebida
Fonte: Almoxarifado da fábricaem estudo.
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Os valores encontrados no consumo foram corrigidos, ou seja, foram multiplicados 
pela previsão dos preços de cada um desses produtos até 2015, considerando uma inflação de 
13,35% ao ano, como mostra o Quadro 5. O preço sem impostos (custo) desses produtos em 
2005 foi fornecido pelo setor de suprimentos da fábrica em estudo. A quantidade de açúcar a 
ser usada nos cálculos desta etapa será 1% da quantidade do item anterior, pois esta é 
quantidade da perda de açúcar que será eliminada pelos novos sistemas.
IGP-M
Ano Acumulado do Ano
2000 9,95%
2001 10,37%
2002 25,30%
2003 8,69%
2004 12,42%
Média 13,35%
Quadro 5 - Inflação dos últimos 5 anos medida através do IGP-M
Fonte: Dados da fábrica em estudo.
Em 2005, o preço dos insumos eram os que seguem:
• Preço/kg Carvão Ativado = R$ 2,92. 
• Preço/kg Terra Diatomácea = R$ 1,45. 
• Preço/kg Açúcar = R$ 0,48
Através dos custos anuais em reais (R$), foi possível calcular o valor total gasto por 
ano com Carvão Ativado, Terra Diatomácea e perda de açúcar, como mostra o Quadro 6, 
sendo que esses custos representam ganhos monetários futuros para a empresa.
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CUSTO ANUAL EM R$
Ano Carvão Ativado Terra Diatomácea Perda de Açúcar Gasto Total
2006 47072,97 33221,02 106986,72 187280,70
2007 53357,21 37656,03 121269,44 212282,68
2008 60480,39 42683,11 137458,91 240622,42
2009 68554,53 48381,30 155809,68 272745,51
2010 77706,56 54840,21 176610,27 309157,03
2011 88080,38 62161,37 200187,74 350429,50
2012 99839,11 70459,92 226912,81 397211,84
2013 113167,63 79866,31 257205,67 450239,62
2014 128275,51 90528,47 291542,62 510346,60
2015 145400,29 102614,02 330463,56 578477,88
Quadro 6 – Custo total eliminado.
Fonte: Autores.
Além da redução de custos advinda da não utilização de insumos anteriormente 
utilizados, os novos equipamentos da Xaroparia Simples também reduzirão o custo da 
empresa com um funcionário da Xaroparia, tendo em vista que o novo sistema é totalmente 
automatizado e, não será mais necessário o ser humano para administrar esse processo 
manualmente. Tal colaborador possui um salário mensal de R$ 560,00 (quinhentos e sessenta 
reais), segundo informações fornecidas pela responsável pela Xaroparia da fábrica em estudo. 
Aliado ao salário, a empresa possui um custo relativo aos encargos sociais, que perfazem um 
total de 80% (oitenta por cento) do salário do colaborador, ou seja, o montante de R$ 448,00 
(quatrocentos e quarenta e oito reais).
Assim, o custo mensal para a empresa de um funcionário é de R$ 1.008,00, o que no 
período de um ano totaliza R$ 12.096,00, custo esse que será eliminado pela organização com 
a implementação do projeto da Nova Xaroparia Simples. Em face ao exposto, a empresa 
permanecerá, após o projeto, com um quadro de oito colaboradores, sendo sete funcionários e 
operários da Xaroparia e um gerente, cujos custos estão discriminados no Quadro 7.
ATUAL APÓS IMLANTAÇÃO DO PROJETO
Pessoal
Ocupado
Salário 
Médio 
Anual
Custo Anual Pessoal 
Ocupado
Salário 
Médio Anual
Custo Anual
Gerentes 01 13.000,00 24.050,00 01 13.000,00 24.050,00
Funcionários e 
Operários
08 62.504,00 115.632,40 07 54.691,00 101.178,35
Total 09 75.504,00 128.937,60 08 62.484,00 125.228,35
Quadro 7 – Custo com a Mão-de-obra
Fonte: Xaroparia da fábrica em estudo.
Somados aos custos de mão-de-obra estão custos provenientes dos encargos sociais, 
que correspondem a 85% sobre o total do salário, incluído nesse percentual o 13º salário. No 
que diz respeito às máquinas e equipamentos, por força da legislação contábil, estipula-se um 
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percentual de depreciação por um determinado período. No caso da Xaroparia Simples a taxa 
é de 10% (dez por cento) durante o período de 10 anos, totalizando R$ 1.050.000,00, uma vez 
que esses equipamentos são totalmente depreciáveis. Além disso, para o bom funcionamento 
das máquinas e equipamentos a empresa incorre em custos de manutenção no valor de R$ 
42.000,00 por ano.
Tendo em vista que a organização é uma empresa que, pela legislação, enquadra-se em 
uma contribuinte do ICMS, possui as seguintes despesas tributárias e contribuições 
(QUADRO 8). Apesar de a empresa possuir um crédito do referido tributo, ela contribui com 
o fisco em um total de R$ 1.578.421,90.
DISCRIMINAÇÃO PROJETO
ICMS R$ 1.708.800,00
(-) Crédito de ICMS (R$ 150.378,10)
TOTAL R$ 1.578.421,90
Quadro 8 – Despesas tributárias e contribuições
Fonte: Dados da fábrica em estudo.
Antes de analisar a viabilidade efetiva deste projeto, elenca-se as despesas financeiras 
(bancárias), uma vez que o projeto será implementado com base em um financiamento 
conferido à empresa como um todo para expansões. A ser alocado na Xaroparia Simples o 
valor é de R$ 1.050.000,00 a uma taxa de 4% (quatro por cento) ao ano, cujo prazo de 
pagamento será de 5 (cinco) anos. A partir dos dados supracitados, será efetuada a análise da 
viabilidade econômica utilizando as ferramentas do Valor Presente Líquido e da Taxa Interna 
de Retorno.
5.1 Valor Presente Líquido
O valor presente líquido, que é o somatório das entradas de caixa descontadas para o 
período inicial a uma dada taxa de desconto, menos o investimento inicial. Dessa forma, tal 
técnica permite verificar se, ao final dos dez (10) anos, ou seja, no ano de 2015, este projeto 
gerou riqueza para fábrica de refrigerantes em estudo, ou se essa perdeu dinheiro ao realizar 
as modificações da Xaroparia Simples. As informações do Quadro 9, servem para demonstrar 
as principais variáveis que afetam o resultado do Valor Presente Líquido.
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VALOR PRESENTE LÍQUIDO
Investimento Inicial: R$ (1.050.000,00)
Taxa de Desconto: 18,95% a.a
Fluxo de Caixa
Ano Entradas
2006 R$ 157.376,70 
2007 R$ 182.378,68 
2008 R$ 210.718,42 
2009 R$ 242.841,51 
2010 R$ 279.253,03 
2011 R$320.525,50
2012 R$ 367.307,84 
2013 R$ 420.335,62 
2014 R$ 480.442,60 
2015 R$ 548.573,88 
VPL R$ 64.337,08 
Quadro 9 – Demonstração do VPL em 10 anos.
Fonte: Dados da empresa, adaptados pelos autores.
Considerando o investimento inicial de R$ 1.050.000,00 e as entradas de caixa 
(receitas líquidas) anuais no período de 10 anos, verifica-se que o Valor Presente Líquido é de 
R$ 64.337,08. Em suma, a empresa, a uma taxa de desconto de 18,95%, no final desse 
período ganharia R$ 64.337,08 com este projeto.
O Valor Presente Líquido positivo desse projeto significa que por esse método de 
avaliação de investimento (VPL) a proposta da empresa de implementação de novos 
equipamentos na Xaroparia Simples deveria ser aceita, pois a fábrica em estudo ganharia 
dinheiro, ou seja, teria sua riqueza maximizada com o referido projeto.
5.2 Taxa Interna de Retorno
A Taxa Interna de Retorno (TIR), a qual torna o Valor Presente Líquido de um projeto 
igual a zero, serve para mostrar qual é o maior custo de oportunidade que um projeto suporta. 
Por esse critério, o projeto da nova Xaroparia Simples somente será viável se for capaz de 
gerar uma Taxa Interna de Retorno (TIR) maior que o seu custo de oportunidade, que é de 
18,95% ao ano, assim, pode-se visualizar no Quadro 10 o cálculo dessa taxa, com base nas 
entradas anuais de caixa.
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TAXA INTERNA DE RETORNO
Investimento Inicial: R$ (1.050.000,00)
Fluxo de Caixa
Ano Entradas
2006 R$ 157.376,70
2007 R$ 182.378,68
2008 R$ 210.718,42
2009 R$ 242.841,51
2010 R$ 279.253,03
2011 R$320.525,50
2012 R$ 367.307,84
2013 R$ 420.335,62
2014 R$ 480.442,60
2015 R$ 548.573,88
TIR 20,41%
Quadro 10 - Cálculo da Taxa Interna de Retorno.
Fonte: Dados da empresa, adaptados pelos autores.
A Taxa Interna de Retorno de 20,41% significa que investindo R$1.050.000,00na 
aquisição dos equipamentos da nova Xaroparia Simples, a fábrica em estudo terá redução de 
custos anuais, uma vez que a taxa encontrada supera o custo de oportunidade estabelecido. 
Por esse método de análise de investimento verifica-se que a proposta deve ser aceita, pois 
20,41% ao ano supera o custo de oportunidade da fábrica em estudo que é de 18,95% ao ano. 
O que demonstra que seria mais vantajoso financeiramente para a fábrica estudada investir no 
projeto da nova Xaroparia Simples do que realizar aplicações financeiras com seu capital.
Logo, independente de adotar o método do Valor Presente Líquido ou da Taxa Interna 
de Retorno, é viável para a fábrica de refrigerantes em estudo investir no projeto de expansão 
da fábrica, principalmente no tocante a aquisição de novos equipamentos para a Xaroparia 
Simples, tendo em vista que o retorno sobre os investimentos é superior aos retornos que 
seriam obtidos aplicando o capital da empresa.
5 Considerações Finais
Atualmente, com o aumento da competitividade e as alterações no padrão de consumo 
por parte do consumidor, as organizações buscam meios de diferenciar-se da concorrência. 
Assim, as empresas traçam suas estratégias focadas no mercado e, é dessa forma que a fábrica 
de refrigerantes em questão tem aumentado sua participação em um mercado que se encontra 
cada vez mais competitivo. A organização busca o aprimoramento das suas atividades, 
visando à satisfação dos seus clientes, que reconhecem a qualidade dos produtos da mesma.
Pela importância que tem uma Xaroparia em um fábrica de bebidas carbonatadas 
(refrigerantes) salienta-se a relevância desse projeto, pois consiste no ponto de partida para o 
aumento da capacidade produtiva da fábrica. Com base nas ferramentas de viabilidade 
econômica, Valor Presente Líquido e Taxa Interna de Retorno, pôde-se constatar a viabilidade 
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de implementação dos novos equipamentos, uma vez que através disso a empresa além de 
atender seus clientes com produtos de melhor qualidade vai auferir um volume de receitas 
maior, aumentando assim, a sua participação no mercado.
Portanto, independente do critério adotado para análise sugere-se efetivamente à 
empresa a implementação do projeto de reestruturação da Xaroparia Simples. Assim, a 
legitimação desse projeto que envolve todo o sistema estratégico e gerencial decorre de uma 
reorientação valorativa nas organizações contemporâneas, pois as mesmas operam, por vezes, 
ignorando os novos métodos de planejamento, mesmo que esses lhes confiram vantagem 
competitiva em um mercado em constantes mudanças.
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	1 Introdução
	4 Perfil da Empresa
	5 Análise da Viabilidade Econômica do Projeto
	CONSUMO MENSAL POR PRODUTO EM Kg. – Processo Atual
	Período
	Carvão Ativado
	Terra Diatomácea
	Período
	Carvão Ativado
	Terra Diatomácea
	Quadro 3 - Receitas operacionais provenientes do consumo mensal de Carvão Ativado, Terra Diatomácea e Açúcar.
	5.2 Taxa Interna de Retorno

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