Buscar

SLIDES BEM AMBIENTAL

Prévia do material em texto

BEM AMBIENTAL 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. (CF/88)
1
BEM AMBIENTAL
O Bem Ambiental é um novo tipo de bem jurídico, introduzido no ordenamento jurídico pela Constituição de 1988, devendo ser considerado de forma autônoma, não se confundindo com os bens públicos nem com os privados.
Características: 
É de interesse público, dotado de regime jurídico especial e essencial à sadia qualidade de vida. 
Se o bem é de uso comum e de interesse coletivo, é denominado de MACROBEM. 
Se o bem é uso comum porém a situação envolve interesse particularizado (Ex. litígio de vizinhança) o bem ambiental é visto como um MICROBEM
Titularidade: pertence de modo indeterminado a toda a coletividade .
2
BEM AMBIENTAL
O Bem Ambiental, constitui um terceiro tipo de bem jurídico, que não é particular e tampouco público. É um bem de interesse difuso, de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida da coletividade.
Bem público X Bem difuso - os Bens Ambientais: " bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida". Todos podem utilizá-lo, mas ninguém pode dele dispor.
Bem de uso comum do povo : A CF/88 estabelece que o bem ambiental é de uso comum do povo e que todos têm o direito de usá-lo, ou seja , sua titularidade pertence a uma coletividade de pessoas, é assim um direito coletivo. Estabelece ainda que o meio ambiente ecologicamente equilibrado é um bem de uso comum do povo a que todos têm direito. Portanto, é um bem metaindividual, que supera o indivíduo.
Bem essencial à sadia qualidade de vida: Como o bem ambiental se trata de um bem essencial à sadia qualidade de vida. Para se ter uma vida saudável, necessária a satisfação dos fundamentos democráticos previstos na CF/88, em especial o da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III), além de valores fundamentais mínimos como a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados (art. 6º,caput). 
 BEM AMBIENTAL 
É da somatória desses dois aspectos: ser de uso comum do povo e de ser essencial à sadia qualidade de vida, que se estrutura constitucionalmente o bem ambiental criado pela Constituição Federal de 1988
4
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – Lei No. 6.938/81 
Artigo 1° - “Esta Lei, com fundamento no artigo 8°, item XVII, alíneas "c", "h" e "i", da Constituição Federal, estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismo de formulação e a aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente e institui o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental”
CONCEITO: 
A PNMA vem disciplinada pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 e foi recepcionada pela CF/88 . É a referência mais importante na proteção ambiental e dá efetividade ao artigo 225. O Direito nele preceituado é referente ao meio ambiente equilibrado simultaneamente ao dever de responsabilidade, quando uma atividade gerar dano ambiental. Portanto, esse dispositivo Constitucional, regulador do meio ambiente, determina o não uso indiscriminado de determinado bem, quando sua utilização colocar em risco o equilíbrio ambiental.
 O meio ambiente é um patrimônio público de uso coletivo e deve ser necessariamente protegido. Por isso é que a preservação, a recuperação e a revitalização do meio ambiente há de constituir uma preocupação do Poder Público e, consequentemente, do Direito, porque ele forma a ambiência na qual se move, desenvolve, atua e expande a vida humana.
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – Lei No. 6.938/81 
DIRETRIZES : Artigo 2o. da Lei 6.938/81
As diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente serão formulados em normas e planos, destinados a orientar a ação dos Governo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios no que se relaciona com a preservação da qualidade ambiental e manutenção do equilíbrio ecológico, observados os princípios estabelecidos no artigo 2° desta Lei, Parágrafo Único 
PRINCPIOS: Artigo 2º, Parágrafo Único da Lei 6.938/81
Equilíbrio ecológico ; racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; proteção dos ecossistemas; controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; acompanhamento do estado da qualidade ambiental; recuperação de áreas degradadas; proteção de áreas ameaçadas de degradação e educação ambiental em todos os níveis de ensino. 
 As atividades empresariais públicas ou privadas serão exercidas em consonância com as diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente ( Art. 5° da Lei No. 6.938/8)
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – Lei No. 6.938/81 
Artigo 2° - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
 I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
 II- racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;e largura;
 III- planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
 IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
 V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; (duzentos) metros;
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso nacional e a proteção dos recursos ambientais;
 VII - recuperação de áreas degradadas;
 IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
 X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – Lei No. 6.938/81 
Artigo 3° - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
 I - meio ambiente: o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;
 II - degradação da qualidade ambiental: a alteração adversa das características do meio ambiente;
 III- poluição: a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indireta:
 
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
 
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
 
c) afetem desfavoravelmente a biota;
 
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
 
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.
 
IV - poluidor: a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental;
 
V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo e os elementos da biosfera.
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – Lei No. 6.938/81 
São recursos da Política Nacional do Meio Ambiente:
1- a criação de modelos de qualidade ambiental;
2- o zoneamento ambiental;
3- a análise de impactos ambientais;
4- a revisão e o licenciamento de ações potencialmente tóxicas;
5- os estímulos a produção e implantação de instrumentos e a absorção ou criação de tecnologia, especializadas na melhora da qualidade do meio ambiente;
6- a construção de estações e reservas ecológicas, regiões de proteção ambiental e as de importante proveito ecológico, pelo Poder Público Estadual, Federal e Municipal;
7- o sistema nacional de dados a respeito do meio ambiente;
8- o Registro Técnico Federal de Ações e Utensílios de DefesaAmbiental;
9- as punições compensatórias ou disciplinares ao não acatamento das regras necessárias a conservação ou reparo do desgaste ambiental.
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – Lei No. 6.938/81 
OBJETIVOS : regulamentar as várias atividades que envolvam o meio ambiente, para que haja preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, tornando favorável a vida, assegurando à população condições propícias para seu desenvolvimento social e econômico. Esses objetivos para serem atingidos, devem ser orientados por princípios, fundamentais na busca da proteção ambiental.
A Política Nacional do Meio Ambiente tem como objetivo tornar efetivo o direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado (art.225 CF/88). E por meio ambiente ecologicamente equilibrado se entende a qualidade ambiental propícia à vida das presentes e das futuras gerações, viabilizando a compatibilização do desenvolvimento socioeconômico com a utilização racional dos recursos ambientais.
OBJETIVO GERAL:
A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo geral a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propicia à vida, visando assegurar, no país, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – Lei No. 6.938/81 
Dessa maneira, o objetivo geral da Política Nacional do Meio Ambiente está dividido em: preservação, melhoramento e recuperação do meio ambiente. 
Preservar é procurar manter o estado natural dos recursos naturais impedindo a intervenção dos seres humanos. 
Melhorar é fazer com que a qualidade ambiental se torne progressivamente melhor por meio da intervenção humana, realizando o manejo adequado das espécies animais e vegetais e dos outros recursos ambientais. 
Recuperar é buscar o status quo ante de uma área degradada por meio da intervenção humana, a fim de fazer com que ela volte a ter as características ambientais originais. A recuperação é o objetivo mais difícil de ser alcançado, tendo em vista as características próprias do dano ambiental.
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – Lei No. 6.938/81 
 Objetivos específicos :
Art. 4º – A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
I – à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
II – à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
III – ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
IV – ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnológicas nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais;
V – à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;
VI – à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propicio à vida;
VII – à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao usuário da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – Lei No. 6.938/81 
O objetivo geral e os objetivos específicos conduzem à concepção de que a Política Nacional do Meio Ambiente, busca harmonizar a defesa do meio ambiente com o desenvolvimento econômico e com a justiça social, tem como primeira finalidade maior a promoção do desenvolvimento sustentável e como última finalidade maior a efetivação do princípio da dignidade da pessoa humana.
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – Lei No. 6.938/81 
A lei de nº 6.938/81, recepcionada nos parágrafos VI e VII do Art. 23 e do Art. 225 da Constituição, determina a Política Nacional de Meio Ambiente com o principio de melhorar, preservar e recuperar o caráter ambiental da nação por meio do SISTEMA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE - SISNAMA - Art. 6º
O SISNAMA é um sistema que agrega órgãos públicos dos meios estadual, federal , municipal e o Distrito Federal, da seguinte forma:
– O Conselho de Governo é o órgão excedente do SISNAMA e o encarregado por aconselhar o Presidente da República na criação de critérios para a Política Nacional de Meio Ambiente;
– O Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) é o órgão deliberativo e consultivo do SISNAMA que determina padrões federais, como resoluções, normas e regras, a serem desempenhadas pelos estados;
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) é o órgão encarregado pela coordenação, planejamento, supervisão e controle da Política Nacional de Meio Ambiente;
– O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) é o órgão cumpridor, encarregado por coordenas, formular, fiscalizar, executar e fazer a Política Nacional de Meio Ambiente perante os prognósticos do MMA.
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – Lei No. 6.938/81 
 SISTEMA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE - SISNAMA - Art. 6º
Artigo 6° - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos territórios e dos Municípios, bem como as Fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
 
I - Órgão Superior: o Conselho Nacional do meio Ambiente - CONAMA, com a função de assistir o Presidente da República na formulação de diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente;
 
II - Órgão Central: a Secretaria Especial do Meio Ambiente - SEMA, do Ministério do Interior, à qual cabe promover, disciplinar e avaliar a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente;
 
III - Órgãos Setoriais: os órgãos ou entidades integrantes da Administração Pública Federal Direta ou Indireta, bem como as Fundações instituídas pelo Poder Público, cujas atividades estejam, total ou parcialmente, associados às de preservação da qualidade ambiental ou de disciplinamento do uso de recursos ambientais.
 
IV - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas e projetos e de controle e fiscalização das atividades suscetíveis de degradarem a qualidade ambiental;
 
V - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas ruas respectivas áreas de jurisdição.
 
§ 1° - Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua jurisdição, elaborarão normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o meio ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA.
 
§ 2° - Os Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais, também poderão elaborar as normas mencionadas no parágrafo anterior.
 
§ 3° - Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados neste artigo deverão fornecer os resultados das análises efetuadas e sua fundamentação, quando solicitados por pessoa legitimamente interessada.
 
§ 4° - De acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo autorizado a criar uma Fundação de apoio técnico e científico às atividades da SEAMA.

Continue navegando