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tecnologia da educação aula 3

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Disciplina: Tecnologia na Educação 
Aula 03: Objetivos de Aprendizagem e Software Livre 
Na aula de hoje nós iremos discutir sobre as tecnologias livres, sobre o 
que nós podemos utilizar em nosso dia-a-dia através de repositórios que são 
disponibilizados gratuitamente na internet e que podemos baixar e utilizar na 
escola sem custo algum. 
Se eu não tenho uma equipe de criação nem verba para aquisição 
quais são as alternativas que podemos utilizar? 
3.1 Inclusão Digital 
A Inclusão Digital pode ser considerada como processo de 
democratização do acesso às tecnologias da informação, de forma a permitir a 
inserção de todos na sociedade da informação. É também simplificar sua rotina 
diária, maximizando o tempo e suas potencialidades. 
Um indivíduo que é incluso digitalmente não é, necessariamente aquele 
que apenas utiliza essa nova linguagem, mas sim que usufrui desse suporte 
para melhorar as suas condições de vida a fim de buscar novas oportunidades 
de emprego, meios de comunicação e formas de obter aprendizado. 
Como está sendo trabalhada essa questão em nosso país? As 
iniciativas nessa área têm como objetivo disseminar o uso das tecnologias da 
informação e comunicação com vistas ao desenvolvimento social, cultural, 
político, tecnológico e, sobretudo, na inclusão de comunidades consideradas 
segmentos excluídos. 
Apesar de nas capitais e das classes A e B principalmente, a informática 
ser algo comum, onde crianças já tem o hábito de usar essas tecnologias, para 
a maioria do nosso país isso ainda não é uma realidade. 
A escola, às vezes, é o único local onde as crianças ou adolescentes 
têm a oportunidade de utilizar os recursos da informática. Neste caso a escola 
vem a desempenhar um papel muito importante na INCLUSÃO DIGITAL. Para 
isso é essencial que os educadores se apoderem dessas tecnologias e se 
sintam mais seguros e tranquilos ao ensinar seus alunos. Esse assunto tem 
sido muito repercutido no Brasil pelas dificuldades encontradas para a 
implantação. Chamamos de inclusão digital a tentativa de garantir a todas as 
pessoas o acesso às tecnologias de informação e comunicação (TICs). 
A ideia é que todas as pessoas, principalmente as de baixa renda, 
possam ter acesso a informações, fazer pesquisas, mandar e-mails e, 
sobretudo, facilitar sua própria vida com uso da tecnologia. 
Em algumas escolas, principalmente em regiões mais remotas tem 
laboratórios de informática que, além de ser utilizados por alunos, muitas vezes 
também são oferecidos cursos de extensão para a comunidade, geralmente 
nos contra turnos. Essa questão sem dúvida é um grande desafio! 
Uma pessoa incluída digitalmente tende a ganhar em qualidade de vida, 
na medida em que ganha tempo fazendo uso da tecnologia. Temos inúmeros 
exemplos dessas facilidades como, por exemplo, as operações bancárias via 
internet, as compras em lojas virtuais e supermercados que entregam em 
domicílio, alguns cursos online, inclusive de Educação a Distância e serviços 
públicos variados. 
É fazer com que alguém até então excluído do meio digital tenha acesso 
à informação de forma digital não simplesmente "alfabetizando-a" em 
informática, mas sim fazer com que o conhecimento adquirido por ela seja útil 
para melhorar seu quadro social. 
Somente colocar um computador na mão das pessoas ou vendê–lo a um 
preço menor não é, definitivamente, inclusão digital. 
Para a inclusão digital, efetivamente acontecer, precisa de três 
instrumentos básicos: dispositivo para conexão, acesso à rede e o domínio 
dessas ferramentas, pois não basta apenas o cidadão possuir um simples 
computador conectado à internet para que ele seja considerado um incluído 
digital. Ele precisa saber o que fazer com essas ferramentas. 
Figura 3.1 Inclusão Digital 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://caminhoinclusaodigital.wdfiles.com/local--files/inclusao-digital-em-alagoas/cvccc.jpg 
 
3.2 Software Livre 
Quando você ouve alguém falar sobre Software Livre qual a 
primeira ideia que vem a sua cabeça? Seria algum programa gratuito, sem 
nenhum tipo de bloqueio? Ou seria algum programa de qualidade 
inferior? 
Essas são alguma das hipóteses que a maioria pensa e que de certa 
forma estão enganados. Mas como desvendar esses mitos quando 
abordamos este assunto? O que afinal podemos considerar software 
livre? 
Nada mais é que a possibilidade do programa usado, copiado, 
modificado e até mesmo redistribuído de forma a atender uma determinada 
demanda. 
Um software livre é aquele que respeita a liberdade dos usuários de 
computador, colocando os usuários em primeiro lugar e concede-lhes a 
liberdade de controle na execução e adaptação a sua computação e 
processamento de dados às suas necessidades (concessão plena liberdade de 
http://caminhoinclusaodigital.wdfiles.com/local--files/inclusao-digital-em-alagoas/cvccc.jpg
controle e independência, através da disponibilidade do código fonte para 
análise e alterações), bem como permitindo-lhes a liberdade social, para ser 
capaz de cooperar ativamente com todos os usuários e desenvolvedores de 
sua escolha. 
 Assista 
Não deixe de assistir a reportagem no site Olhar Digital, ela 
explica todos os detalhes dos softwares livres. 
Site: http://olhardigital.uol.com.br/video/37870/37870 
 
Richard Stallman é considerado o pai do software livre e em 1985 
fundou a FSF (Free Software Foundation). Ele não era a favor de software 
pagos, ou seja, não concordavam com aqueles softwares que não permitem 
seus usuários mudar ou alterar o código-fonte. 
A Free Software Foundation considera um software como livre quando 
atende aos quatro tipos de liberdade para os usuários: 
http://olhardigital.uol.com.br/video/37870/37870
Para que as quatro liberdades sejam satisfeitas é necessário que o 
programa seja distribuído juntamente com o seu código-fonte e que não sejam 
colocadas restrições para que os usuários alterem e redistribuam esse código. 
Figura 3.2 Questão de Liberdade 
 
Assim, o software livre é uma questão de liberdade, não de 
preço (os usuários são livres - o que inclui a liberdade de 
redistribuir o software, que pode ser feito gratuitamente ou por 
uma taxa). 
Fonte da figura:http://radiodajuventude.files.wordpress.com/2011/04/730216_27795073.jpg 
Liberdade 0 
• a liberdade para executar o programa, para qualquer 
propósito. 
Liberdade 1 
• a liberdade de estudar o software 
Liberdade 2 
• a liberdade de redistribuir cópias do programa de modo que 
você possa ajudar ao seu próximo 
Liberdade 3 
• a liberdade de modificar o programa e distribuir estas 
modificações, de modo que toda a comunidade se beneficie. 
http://radiodajuventude.files.wordpress.com/2011/04/730216_27795073.jpg
Atenção 
Nós como educadores não podemos permitir o uso de 
software pirata dentro das escolas. Isso seria incentivar o 
uso ilegal de uma determinada tecnologia. O exemplo parte 
através da escola! 
 
3.3 Objetos de aprendizagem 
 
Objeto de aprendizagem (OA) é uma unidade de instrução/ensino 
reutilizável. De acordo com o Learning Objects Metadata Workgroup, objetos 
de aprendizagem (Learning Objects) podem ser definidos por "qualquer 
entidade, digital ou não digital, que possa ser utilizada, reutilizada ou 
referenciada durante o aprendizado suportado por tecnologias". Disponível em: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Objeto_de_aprendizagem Acesso em: 22 maio de 
2010. 
De que forma podemos utiliza-los e reutiliza-los dentro da sala de aula? 
Desenvolvidos com fins educacionais, eles cobrem diversas modalidades de 
ensino: presencial, híbrida ou a distância; diversos campos de atuação: 
educação formal, corporativa ou informal; e, devem reunir várias 
características, como durabilidade, facilidade para atualização, flexibilidade, 
interoperabilidade, modularidade, portabilidade, entre outras. 
Eles ainda apresentam-se como unidades de pequena extensão e fácil 
manipulação, passíveisde combinação com outros objetos educacionais ou 
qualquer outra mídia digital (vídeos, imagens, áudios, textos, gráficos, tabelas, 
tutoriais, aplicações, mapas, jogos educacionais, animações, infográficos, 
páginas web) por meio dos hiperlinks. 
Além disso, um objeto de aprendizagem pode ter usos variados, seu 
conteúdo pode ser alterado e ainda ter sua interface e seu layout modificado 
para ser adaptado a outros módulos ou cursos. 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Metadados
Importante 
A principal característica dos objetos de aprendizagem 
é sua reusabilidade, que é posta em prática através de 
repositórios, que armazenam os objetos logicamente, 
permitindo serem localizados a partir da busca por 
temas, por nível de dificuldade, por autor ou por 
relação com outros objetos. Um exemplo desse tipo de repositório é o Portal do 
Professor, mantido pelo Ministério da Educação do governo brasileiro. 
Os objetos de aprendizagem auxiliam na aprendizagem, ainda, no 
sentido de promover a criatividade por meio da utilização de diversas mídias: 
jogos, vídeos, simulações e etc. Agregando, dessa forma, maior significado ao 
aluno, uma vez que instigam a combinação de texto e imagem. A 
complementariedade de informações e recursos por meio de um ambiente 
colaborativo requer flexibilidade conjuntamente, principalmente, com a 
inovação de seus agentes. 
Para que um objeto de aprendizagem possa ser recuperado e 
reutilizado, é preciso que esse objeto seja devidamente indexado e 
armazenado em um repositório. 
Repositórios 
São sistemas estruturados com bancos de dados, onde são 
armazenados os objetos de aprendizagem e os metadados1 sobre estes 
objetos. Nada mais é que um conjunto de informações numa base de dados 
onde é possível pesquisar ou localizar onde estão repositórios ou objetos. 
 
1
 Metadados: são marcos ou pontos de referência que permitem circunscrever a informação sob todas as formas, pode 
se dizer resumos de informações sobre a forma ou conteúdo de uma fonte. O prefixo “Meta” vem do grego e significa 
“além de”. Assim metadados são informações que acrescem aos dados e que têm como objetivo informar-nos 
sobre eles para tornar mais fácil a sua organização. 
 
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/
Figura 3.3 - Repositório Digital 
 
Fonte: http://creajrpr.files.wordpress.com/2011/06/baixar_gratis_livros.jpg 
 
Saiba Mais: 
Segue abaixo alguns repositórios de objetos de 
aprendizagem para você, professor e pesquisar, (re) 
utilizar em suas atividades a distância: 
 
RIVED - http://rived.mec.gov.br 
LABVIRT - http://www.labvirtq.fe.usp.br/indice.asp 
PROATIVA - http://www.proativa.vdl.ufc.br 
MERLOT - http://www.merlot.org 
UNIVERSIA - http://www.universia.com.br 
Ponto de Encontro MEC - http://mecsrv70.mec.gov.br/pontodeencontro 
Dia-a-Dia Educação - http://www.diaadia.pr.gov.br 
Domínio Público - www.dominiopublico.gov.br 
CESTA - http://www.cinted.ufrgs.br/CESTA/cestaconsulta.html 
LORDEC - http://education.uoit.ca/lordec/collections.html 
LABVIRT - http://www.labvirt.futuro.usp.br 
EIMIDIA - http://www.eimidia.com/site/ 
Universidade Federal do Paraná - http://www.cesec.ufpr.br/etools/oe3 
Casa das Ciências - http://www.casadasciencias.org 
Portal do Professor - http://portaldoprofessor.mec.gov.br 
http://rived.mec.gov.br/
http://www.labvirtq.fe.usp.br/indice.asp
http://www.proativa.vdl.ufc.br/
http://www.merlot.org/
http://www.universia.com.br/
http://mecsrv70.mec.gov.br/pontodeencontro/
http://mecsrv70.mec.gov.br/pontodeencontro/
http://www.diaadia.pr.gov.br/
http://www.dominiopublico.gov.br/
http://www.cinted.ufrgs.br/CESTA/cestaconsulta.html
http://education.uoit.ca/lordec/collections.html
http://www.labvirt.futuro.usp.br/
http://www.eimidia.com/site/
http://www.cesec.ufpr.br/etools/oe3
http://www.casadasciencias.org/
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/
Biblioteca virtual 
 
Biblioteca virtual é o conceito e virtualização das bibliotecas tradicionais. 
Basicamente, se refere à ideia de uma biblioteca intangível, ou seja, um serviço 
de informação sem infraestrutura física que oferece materiais exclusivamente 
em formato digital. 
Pode ser definido também como um sistema informatizado que atua de 
forma digital documentos como livros, fotografias, processos históricos, 
entrevistas, áudios, vídeos da TV e rádio. Também conhecida como biblioteca 
digital ou biblioteca eletrônica. 
http://www.oficinadelivros.com.br/blog/wp-content/uploads/2010/11/biblioteca_digital_mundial.jpg 
 
Figura 3.4 Biblioteca Digital 
O conceito de biblioteca virtual depende de recursos disponíveis em 
sistemas computadorizados que são acessados por meio de redes de 
computadores. Isso favorece a qualificação da própria biblioteca, pois será 
mais eficiente ao oferecer seus serviços e produtos aos usuários. 
 
 Importante 
A biblioteca virtual precisa de um suporte tecnológico 
para existir. Este pode ser a internet, pois permite que o 
usuário tenha acesso a outros sistemas de informações, 
a troca de mensagens e recuperação de arquivos. 
 
Síntese da Aula 
O tema central da aula de hoje foi sobre a inclusão digital. Entendemos 
que ela é um fator essencial para a nova sociedade da informação. Muitas 
vezes a escola é um dos únicos pontos em que o aluno tem acesso ao 
computador. Comentamos também sobre um dos grandes problemas do nosso 
país que é a exclusão digital. Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio 
Vargas há algum tempo sobre esse tema ainda está em evidência, ou seja, os 
números relacionados a pesquisa da exclusão no Brasil não mudaram muito. 
As grandes cidades e suas capitais ainda têm problemas com conexão com a 
internet. 
Problemas relacionados ao baixo poder aquisitivo da nossa população, a 
inclusão digital, infelizmente, ainda não é uma responsabilidade, por outro lado 
aumenta a nossa missão como educadores de proporcionar recursos e 
possibilidades para que os alunos compreendam melhor, pois isso será uma 
necessidade para o mercado de trabalho. 
A inclusão digital não é somente saber usar um computador, mas fazer 
com que o aluno aprenda a ser mais competitivo e obter maiores chances no 
acesso ao mundo do trabalho. 
Por questões de custo para minimizar o impacto financeiro da 
implantação do uso das TICs temos como alternativas de softwares livres 
gratuitos ou de baixo custo, objetos de aprendizagem que podem ser 
reutilizados e o acesso as bibliotecas virtuais onde podemos ter gratuitamente 
acesso a milhões de livros em diversos idiomas. 
Outro ponto discutido foi a respeito dos repositórios. Falamos sobre os 
objetos educacionais e bibliotecas virtuais que podemos compartilhar. O 
importante não é somente usufruir o que outros produziram, mas também 
incentivar alunos a criar novos objetos e compartilhar com toda rede. Isso deve 
ser feito de forma organizada facilitando a busca pelo usuário por meio de um 
banco de dados e também é necessário ter metadados, ou seja, informações 
básicas, palavras-chaves de como é possível localizar determinada informação.

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