Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIP – Universidade Paulista Instituto de Ciências Exatas e de Tecnologia Curso: Engenharia Mecânica Campus: Ribeirão Preto PROCESSO DE TERMOFORMAGEM EM BAIXO CUSTO PARA PRODUÇÕES EM BAIXA ESCALA Trabalho de Conclusão de Curso Leonardo Schleich Lucas Volpe Merlin Marcio Antônio de Viterbo Idalino Ozaldo José da Silva Thiarles Ferreira da Silva Orientador : Professor Gustavo Lahr Ribeirão Preto 2017 UNIP – Universidade Paulista Instituto de Ciências Exatas e de Tecnologia Curso: Engenharia Mecânica Campus: Ribeirão Preto PROCESSO DE TERMOFORMAGEM EM BAIXO CUSTO PARA PRODUÇÕES EM BAIXA ESCALA Leonardo Schleich Lucas Volpe Merlin Marcio Antônio de Viterbo Idalino Ozaldo José da Silva Thiarles Ferreira da Silva Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Engenharia Mecânica como requisito à obtenção do diploma de Bacharel em Engenharia Mecânica. Orientador: Prof. Professora Tatiane Godoy Ribeirão Preto 2017 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos nossos mestres professores que ao longo desta jornada de praticamente cinco anos de ensino, sempre estiveram ao lado na formação de seus alunos como acadêmicos e indivíduos. Também não podemos deixar de agradecer nossos pacientes pais que acreditaram nessa jornada e sempre incentivaram a nossa formação, acreditando que o estudo é o pilar para qualquer pessoa. Graças a Deus, chegamos nessa jornada, com muita fé e oração. Deus com sua infinita sabedoria e aspiração plena, deu força diária para chegarmos até aqui. AGRADECIMENTOS Agradeço a todos que nos apoiaram nessa jornada de ensino, que possibilitaram a existência da nossa pesquisa, ao mestre Carlos que nos orientou com muito cuidado a construção da máquina termoformadora, tendo em vista seu conhecimento de mercado no segmento. Pais, irmãos, amigos, namoradas e esposas, um grande obrigado por serem pacientes e apoiarem com muito zelo para que nosso tão esforçado trabalho de conclusão de curso fosse finalizado. RESUMO O presente estudo científico tem como objetivo demonstrar que máquinas termoformadoras manuais são dificilmente encontradas com baixo custo, pois houve um crescimento abruto de máquinas automáticas que produzem embalagens descartáveis em custos inferiores, tornando menos viável o investimento em máquinas manuais para confecção de peças técnicas. Isso, faz com que empresas de pequeno portem precisem investir um valor que poderá comprometer o sucesso do negócio na aquisição de uma máquina de termoformagem, tornando-se menos competitivas e pondo em risco a sua sobrevivência. Desta forma o presente trabalho tem como objetivo reduzir o custo de construção de uma máquina termoformadora manual, utilizando materiais que são de mercado e menos sofisticados, sendo fácil a busca. Por meio da comparação dos custos de uma máquina manual encontrada no mercado, e o custo de construção do estudo de caso. A máquina torna o investimento do adquirente recuperável em curto prazo, em detrimento de máquinas já pré-existentes no mercado, possibilitando o pequeno empreendedor a se inserir no mercado, para que possa posteriormente almejar projetos de maiores ganhos lucrativos. Palavras-chave: Termoformadoras. Máquinas automáticas. Empreendedor ABSTRACT The problem is based on demonstrating that manual thermoforming machines are difficult to find at a low cost, since there has been an abrupt growth of automatic machines that produce disposable packaging at lower costs, making it less feasible to invest in manual machines for making technical parts. The study has the major element of reducing the cost of construction of a manual thermoforming machine, using materials that are market-based and less sophisticated, being easy to search. It will be compared the costs of a manual machine found in the market, and the cost of building the case study. The machine makes the acquirer's investment recoverable in the short term, comparing of pre-existing machines in the market, enabling the small entrepreneur to enter into the market, so that later on he can pursue higher profit projects. Keywords: Termoformadoras. Automatic machines. Entrepreneur. SUMÁRIO AGRADECIMENTOS .................................................................................................. 4 RESUMO..................................................................................................................... 5 ABSTRACT ................................................................................................................. 6 LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... 9 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11 2. OBJETIVOS E CRONOGRAMA ........................................................................... 13 2.1. Objetivo Geral .................................................................................................... 13 2.2. Objetivos específicos ......................................................................................... 13 2.3. Cronograma ....................................................................................................... 13 3. REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................ 15 3.1 O Processo De Termoformagem ......................................................................... 16 3.2 Etapas Do Processo ............................................................................................ 19 3.2.1 Fixação ............................................................................................................ 19 3.2.2 Aquecimento ................................................................................................... 20 3.2.3 Moldagem ........................................................................................................ 23 3.2.4 Resfriamento .................................................................................................. 26 3.2.5 Extração .......................................................................................................... 28 4. PARÂMETROS DE PROJETO DE TERMOFORMAGEM .................................... 29 4.1 Estiramento ......................................................................................................... 29 4.2 Contração ............................................................................................................ 30 4.3 Contração no molde ............................................................................................ 30 4.4 Contração fora do molde ..................................................................................... 30 4.5 Contração em uso ............................................................................................... 31 4.6 Aproveitamento da Chapa ................................................................................... 31 4.7 Técnicas de termoformagem .............................................................................. .32 4.7.1 Termoformagem a vácuo com molde negativo .......................................... .32 4.7.2 Termoformagem a vácuo com molde positivo .................. .........................32 5. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... .35 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 43 CONCLUSÃO ...........................................................................................................46 7. SUGESTÃO PARA FUTUROS TRABALHOS ..................................................... 47 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 48 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Bobina de policloreto de vinila (PVC) para processo de vacuum forming .. 16 Figura 2: Chapa de poliestireno (PS) ........................................................................ 17 Figura 3: Máquina automática de vacuum forming .................................................... 18 Figura 4: Exemplo de convecção forçada e natural .................................................. 21 Figura 5: Exemplo de radiação .................................................................................. 21 Figura 6: Zonas de aquecimento ............................................................................... 23 Figura 7: Figura exemplo de moldagem por vácuo. .................................................. 24 Figura 8: Exemplo de Moldagem negativa ................................................................ 25 Figura 9: Exemplo de moldagem por força mecânica ............................................... 26 Figura 10: Exemplo molde em alumínio. ................................................................... 27 Figura 11: Exemplo posição dos exaustores Fonte: Eletroforming ........................... 28 Figura 12: Exemplo de estiramento ........................................................................... 29 Figura 13: Exemplo de sucata de peça termoformada .............................................. 31 Figura 14: Termoformagem a Vácuo com molde negativo. ....................................... 33 Figura 15: Termoformadora a vácuo com molde positivo ......................................... 34 Figura 16: Organograma ........................................................................................... 43 Figura 17: Jogo resta 1...............................................................................................37 Figura 18: Câmara a vácuo........................................................................................39 Figura 19: Eucalex perfurado.....................................................................................39 Figura 20: Cooler de refrigeração...............................................................................39 Figura 21 Dobradiça de aço.......................................................................................40 Figura 22: Diagrama elétrico......................................................................................42 Figura 23 Orçamento..................................................................................................42 Figura 24: Peça super aquecida.................................................................................43 file:///C:/Users/Casa/Documents/trabalhos%20ml/Marcio%20ate%20segunda%20cedo/nosso%20tcc%20(3).docx%23_Toc483779003 file:///C:/Users/Casa/Documents/trabalhos%20ml/Marcio%20ate%20segunda%20cedo/nosso%20tcc%20(3).docx%23_Toc483779008 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Tabela de divisão de tarefas por integrantes ............................................. 14 Tabela 2: Cronograma .............................................................................................. 14 Tabela 3: Comparativo entre as vantagens e desvantagens do uso da termoformagem..........................................................................................................20 11 1. INTRODUÇÃO Com o avanço tecnológico e a globalização as empresas precisam investir constantemente em melhorias que possibilitam um maior controle sobre a produção dos seus produtos. Produzir com qualidade e com custo baixo tornou-se essencial para a maioria das empresas. Desta forma, as empresas passaram a investir em processos automatizados, que possibilitam uma produção maior e em menor quantidade de tempo. Isso aconteceu também na indústria de plásticos que, com o passar dos anos, a sofisticação dos processos produtivos aumentou significativamente, sendo as máquinas cada vez mais automáticas e superprodutivas, e mais caras também. O que ocorreu, também, no mercado da termoformagem, com o crescimento das máquinas automáticas, e a invasão de produtos descartáveis aumentou consideravelmente no mercado. Neste contexto, segundo o Manual Inova (2009, p. 12) “A termoformagem tem evoluído através dos anos, de um relativamente simples processo de formagem em duas etapas (aquecimento/esfriamento), a um que envolve um grande número de sofisticadas etapas”. As peças mais técnicas e de baixa produção foram “esquecidas” atualmente, por não ser rentáveis para as empresas do segmento, pois máquinas manuais também possuem o custo elevado, e o retorno desse investimento pode levar muito tempo. Sobre isso Souza e Ulbrich (2009, p.63), “deve-se evitar o investimento em sistemas de fabricação que possam superar a necessidade do processo específico, assim como ter cautela para a aquisição de um sistema que supra a necessidade’’. Segundo Black (1998, p.32), “processos de fabricação são desenvolvidos para agregar valor aos materiais da forma mais eficiente possível”. E, consequentemente esse processo não será eficiente caso resulte em gastos que irão tornar a empresa menos competitiva. A motivação deste trabalho tem por finalidade a construção de uma máquina termoformadora vacuum forming em baixo custo para produções em pequena escala, tendo a possibilidade do adquirente recuperar o investimento em um período relativamente curto. 12 O processo de realizado pela termoformadora a vácuo, é conhecido por termoformagem consiste em conformação de filme plástico, em formato geralmente de bobina ou chapa de superfícies lisa, no qual o polímero é aquecido com o intuito de amolecer essa superfície polimérica na qual é modelada em um molde macho ou fêmea, onde o ar é sugado por entre a placa e o molde para que o material adquira o formato da peça (INOVA, 2009). Dentre o processo de termoformagem, Existem algumas variações desse processo, incluindo: vacuum forming, vacuum snap back, pressure forming, twin sheet forming, plug assist, billow forming, free forming, drape forming, stretch forming, matched die forminge inline thermoforming. Em específico o projeto deste estudo se baseara no processo de vacuum forming, que consiste em modelar a chapa termoplástica sobre calor e pressão. A maioria dos projetos de engenharia visa atingir os requisitos definidos previamente dentro do escopo da estratégia da empresa. Para alcançar isso, as empresas buscam reduzir os custos, maximizar o lucro e não perder a competitividade no mercado, o que está diretamente vinculado à qualidade do produto final. Nesse sentido, todas as ferramentas descritas anteriormente contribuem para a redução do tempo de desenvolvimento dos projetos. Geralmente essas ferramentas ainda precisam ser complementadas por um conhecimento em processos de fabricação. Logo, os métodos e ferramentas utilizados no desenvolvimento de projetos podem influenciar a eficiência dos processos de produção. Considerando que as ferramentas descritas anteriormente contribuem para a redução do tempo de desenvolvimento dos projetos e melhoria na produtividade das indústrias, pretende-se desenvolver um protótipo de uma termoformadora a vácuo para polímeros termoplásticos utilizando técnicas de informática, eletrônica e mecânica, conhecidas como mecatrônica. O processo realizado pela termoformadora a vácuo é conhecido nas indústrias como: vacuum forming. A proposta consiste em realizar o projeto e montagem de um protótipo, contendo um sistema de automação para o processo. O projeto elétrico e mecânico visam à segurança e eficiência da máquinacom o menor custo possível. Para isso, foi feito um planejamento de todas as etapas e atividades do projeto, com orçamento controlado e divisão de tarefas entre os integrantes da equipe. 13 2. OBJETIVOS E CRONOGRAMA 2.1. Objetivo Geral Desenvolver uma máquina termoformadora a vácuo (vacuum forming) manual de baixo custo para aplicação em pequenas produções e protótipos. 2.2. Objetivos específicos Avaliar aplicações práticas e locais onde pode ser aplicado o protótipo. Projetar a Parte mecânica da termoformadora à vácuo Projetar a parte elétrica da termoformadora à vácuo Apresentar custos de fabricação do protótipo Realizar a montagem do protótipo Realizar testes e ajustes no protótipo Apresentar o protótipo em funcionamento 2.3. Cronograma Durante a execução do cronograma, ficaram divididas, tarefas entre os integrantes do grupo conforme tabela Nº01 onde mostra cada função que será realizada por cada integrante e tabela Nº02 onde apresenta os prazos para realização de cada etapa do processo de construção do protótipo. Em junho se iniciarão o desenvolvimento dos projetos elétricos e mecânicos da termoformadora. No mês posterior (julho) iniciarão a construção do projeto mecânico e elétrico. Após a construção da parte mecânica será realizado a montagem do protótipo juntamente com a parte elétrica. Com ambas as partes unidas começam o período de testes da máquina, para depois serem realizados os ajustes finais do projeto. 14 TABELA NUMERO: 1 DIVISÃO DE TAREFAS POR INTEGRANTES: INTEGRANTES: LEONARDO LUCAS MARCIO OZALDO THIARLES Projeto Mecânico: X X X Construção mecânica: X X Projeto elétrico: X X Construção elétrica: X X Montagem do Protótipo: X X Testes iniciais do protótipo: X X X X X Ajustes finais do protótipo: X X X X X Apresentação da monografia: X X X X X Tabela 1: Tabela de divisão de tarefas por integrantes TABELA NUMERO: 2 CRONOGRAMA: MESES: jun-17 jul-17 ago-17 set-17 out-17 nov-17 Projeto Mecânico X X Construção mecânica X X X Projeto elétrico X X Construção elétrica X X Montagem do Protótipo: X Testes iniciais do protótipo X X Ajustes finais do protótipo X X Apresentação da monografia X Tabela 2: Cronograma 15 3. REVISÃO DA LITERATURA As organizações ao desenvolver um produto precisam estar cientes da necessidade de conhecer previamente todo processo de produção, diminuindo as possibilidades de insucessos durante a produção dos mesmos. Também é preciso ter conhecimento sobre quais os materiais serão utilizados, qual a quantidade de vendas que se pretende alcançar com aquele produto, entre outros fatores que podem mudar conforme o segmento e objetivos da empresa. Conhecendo o processo de desenvolvimento a empresa evita que ocorra desperdícios de tempo e materiais, que irão refletir em custos para empresa e consequentemente o preço do produto. O que pode significar uma perda de competitividade para a empresa, já que o custo com produção representa cerca de 40 % do custo total. Desta forma as organizações modernas tem buscado constantemente reduzir os custos com a produção. Neste contexto, conhecer cada material utilizado na fabricação dos produtos torna-se um diferencial no momento de reduzir custos. Com esses conhecimentos o projetista terá mais segurança no momento de utilizar os materiais. A Resistência do produto, a densidade, a suas propriedades térmicas, podem refletir significativamente na durabilidade e no custo dos produtos. Na mesma proporção que os aumenta a variedade de materiais também aumenta o número de processos. Os materiais sólidos são classificados nos seguintes grupos: metais, cerâmicos, polímeros, compósitos, semicondutores e biomateriais. Os polímeros termoplásticos são utilizados na temoformagem: processo pelo qual plásticos são submetidos a altas temperaturas para posteriormente serem moldados e manterem o formato desejado após o resfriamento. No entanto alguns polímeros não são passíveis de modificação da sua forma, mesmo quando submetidos a altas temperaturas, são os termofixos. Conforme Norton (2004, p.82), “os termoplásticos são fáceis de moldar e seus refugos e restos podem ser reaproveitados em uma nova moldagem”. 16 Os termoplásticos utilizados nas indústrias de plásticos são: PP (Polipropileno), ABS (Acrilonitrila-butadieno-estireno), Polietileno, PS (Poliestireno) e PET (Poliéster). Muitos plásticos apresentam características peculiares, isso faz com que em cada projeto seja necessário estudar qual o plástico que melhor se adeque aos objetivos pretendidos. Os fatores determinantes para a escolha de um material em detrimento de outro pode ser: resistência mecânica, estabilidade, isolação térmica, resistência química, entre outros fatores ( CALLISTER, 2002). 3.1 O PROCESSO DE TERMOFORMAGEM As técnicas de fabricação são conhecidas por alterarem as características de uma matéria prima, moldando-a conforme a necessidade do produto a ser produzido, mudando suas formas. A modificação pode ser objetivando chegar ao produto final ou a matéria prima para um processo posterior. Neste contexto, a termoformagem é utilizada após a matéria prima, plástico, passar por um processo de extrusão o qual o transforma em chapas e bobinas. Esse processo é chamado de vácuum forming, a matéria prima passa por corte de partes que não compõem o produto final (INOVA, 2009). Figura 1: Bobina de policloreto de vinila (PVC) para processo de vacuum forming 17 Figura 2: Chapa de poliestireno (PS) A ternoformagem tem sido largamente utilizada para confecção de peças automotivas e peças para a geladeira. No entanto, o uso da termoformagem pode ser comparado com a utilização de outros processos de fabricação de polímeros, como a injeção de plástico. Os dois processos tem suas vantagens e desvantagens (THRONE, 1996). No processo de termoformagem, por exemplo, é possível utilizar um equipamento de menor custo, moldes de chapa reduzidos e moldagens de superfícies mais extensas. Desta forma, ela apresenta um menor custo quando comparado as injeções de plástico, além de produzir em menor tempo. Além de seus moldes serem mais facilmente modificáveis. No entanto, também apresentam algumas desvantagens como, maior geração de moagem, dificuldade de estabelecer uma largura padrão ao produto, que pode significar inúmeras variações entre um produto e outro. Isso faz com que, dependendo da complexidade da peça, ela não possa ser desenvolvida na termoformagem, devido a variação entre as chapas. Tabela 3: comparativo entre as vantagens e desvantagens do uso da termoformagem Desvatagens Vantagens 18 • Menor custo de equipamento • Possibilidade de menores espessuras de parede • Capacidade de moldar peças de grandes superfícies • Possibilidade de reduzir o tempo de desenvolvimento de um produto • Menores custos nas mudanças na moldagem, motivado pelo menor custo ferramental • Tempos de ciclo potencialmente menores Maior geração de moagem • Espessura de parede mais variável e menos controlável • Menor brilho superficial • Menor complexidade da peça • Maior variação de peça a peça • Processo nas duas etapas (Extrusão mais Termoformagem Fonte: Inova (2009) Figura 3: Máquina automática de vacuum forming Fonte: Eletroforming A termoformagem possibilita que sejam utilizados equipamentos com preços reduzidos, moldagem de chapas com espessura menor. Sendo que, com ela é possível moldar superfícies maiores, pois o molde é de fácil construção e com menor custo. Desta forma, a termoformagem reduz o preço do produto, pois com ela a empresa tem um custo menor na produçãoda peça. Além disso, alterações podem ser feitas no molde com mais facilidade. Dependendo da maneira como a termoformagem é feita, o tempo de ciclo pode ser potencialmente menor. No entanto, peças mais complexas nem sempre podem ser feitas na maquina termoformadora, pois a variação do tamanho das peças compromete a qualidade do produto. 19 Na termoformagem, a extração de peças com ângulos negativos pode ser facilitada. O baixo custo de fabricação e alteração dos moldes aliados ao reduzido tempo de fabricação do mesmo constituem pontos positivos na escolha deste processo. 3.2 ETAPAS DO PROCESSO O processo de termoformagem é composto das seguintes etapas: fixação, aquecimento, moldagem, resfriamento e extração. O processo pode ser classificado pela espessura da chapa, podendo ser de espessura fina ou espessura grossa. Neste contexto, chapas com 1,5mm de largura são consideradas finas enquanto espessuras maiores que 3,0mm constituem chapas grossas. No entanto, as chamas de espessura intermediária entre 1, 5 mm e 3.0 mm não são passíveis de classificação. 3.2.1 Fixação As chapas consideradas finas geralmente são fornecidas em rolos (Figura 1), podendo ser constituídas de diferentes materiais conforme a necessidade do processo. Na fixação, geralmente as chapas finas são fornecidas em rolos, que podem ser confeccionadas em diversos tipos de materiais, dependendo da necessidade do processo. Frequentemente são utilizados rolos para a aplicação de termoformagem em embalagens, podendo, também, serem utilizados pinos que produzem pressão nas bordas da chapa. Pode ser desenvolvido um sistema de correias que permitirá que a chapa passe pelas etapas necessárias. As chapas grossas são, geralmente, entregues já cortadas e empilhadas. Os mecanismos de fixação são normalmente mecânicos ou pneumáticos, os quais utilizam ventosa e cilindros. 20 3.2.2 Aquecimento A etapa do aquecimento é a mais importante da termoformagem, sendo a causadora de diversas falhas no processo. Sendo que tanto o excesso como a falta de aquecimento pode prejudicar a peça. Por esse motivo ela é etapa do processo que precisa de maior atenção. Por isso, pode-se considerar que essa é uma das etapas mais importantes do processo. O plástico na etapa de aquecimento pode chegar até 250°C. Temperatura que pode ser considerada baixa, se for comparada a temperatura dos aços. Neste contexto, a capacidade da matéria de conduzir calor é chamada de e condutividade Térmica. A baixa capacidade de conduzir calor dos plásticos traz vantagens e desvantagens para o processo. A baixa condutividade térmica dos plásticos traz algumas vantagens e desvantagens ao seu processamento. Por exemplo, o calor necessário para o seu processamento pode apenas ser introduzido de forma lenta no plástico e no final do processamento, e sua retirada também precisa ser realizada de forma lenta. Isso, pode ser uma vantagem do plásticos quando utilizado em utensílios do cotidiano, como cabos de panelas, pois não aquecem de forma rápida como o metal. Já a moldagem é a etapa comum do processo, sendo que o plástico será aquecido em temperatura ideal para alcançar a elasticidade necessária e ser poder ser moldado, para posteriormente ser resfriado. a) Condução Consiste na transmissão de partículas energéticas entre substância, normalmente uma menor energizada recebe energia através da condução. Na termoformagem esse processo acontece quando a chapa é colocada diretamente sobre o transmissor de calor. É o mesmo que acontece, por exemplo, na plastificação de documentos, quando a fonte geradora de calor é colocada em contato com o plástico, que após o resfriamento forma uma película protetora. 21 b) Convecção Neste processo de aquecimento ocorre a transferência entre uma superfície sólida e uma líquida ou um gás, que se encontra em movimento envolvendo combinadamente a condução e o movimento de um fluído liquido ou gasoso. Existem duas formas de convecção a forçada ou natural. É possível identificar esse tipo de fenômeno da termoformage quando é utilizado ar quente para aquecer a chapa . Figura 4: Exemplo de convecção forçada e natural c) Radiação Essa energia é transmitida por meio da matéria sob a forma de forma de ondas eletromagnéticas (ou fótons) como resultado das mudanças nas configurações eletrônicas dos átomos ou moléculas. A radiação infravermelha é o meio mais utilizado de transferência de calor no processo de termoformagem. Sendo que ela é vital na determinação da: a rapidez, a homogeneidade e a conservação da superfície da chapa. O comprimento de onda de um emissor de radiação infravermelha é considerado ótimo quando se encontra na faixa de 3,0 a 4,0 mícrons, possibilitando a maior absorção de energia pela chapa plástica. 22 Figura 5: Exemplo de radiação Durante o processo de termoformagem, a temperatura de uma chapa de poliestireno pode oscilar entre 93°C e 177°C, sendo que para a fonte emissora de radiação este valor varia de 260°C a 590°C. Além disso, a distância entre a chapa e o forno também é importante, podendo variar de 15 a 30 mm, quando o forno está acima da chapa e de 30 a 45 mm quando o forno está abaixo da chapa. Dessa maneira, observa-se que a temperatura da chapa, a temperatura do forno e a distância entre o forno e a chapa são parâmetros importantes que envolvem o aquecimento. A falta de algumas precauções básicas pode causar problemas. Ainda que seja alcançada uma uniformidade adequada e precisão no aquecimento, um ambiente com portas e janelas abertas pode alterar a temperatura da chapa. Por isso, recomenda-se proteger o equipamento contra correntes de ar. Mesmo com um aquecimento uniforme e a isolação contra correntes de ar, a peça termoformada ainda pode apresentar problemas relacionados ao aquecimento, como um produto final com a espessura não uniforme. A geometria do produto pode estar diretamente ligada a isso e, nesse caso, o aquecimento não uniforme pode corrigir esse problema. Nesta solução são colocados elementos isolantes em regiões determinadas a fim obstruir a passagem de radiação. Devido à geometria do produto e à moldagem de materiais sensíveis como o PP, pode ser necessário o controle do aquecimento do forno por zonas de Aquecimento (figura 6). Esse caso é encontrado por clientes da fabricante nacional de máquinas para termoformagem, Eletro-Forming, que atua no setor desde 1972. Essas soluções podem apresentar de 8 a 300 zonas de aquecimento e podem ainda ter um controle PID (proporcional, integral e derivativo). 23 Figura 6: Zonas de aquecimento Fonte: Eletroforming Para chapas grossas, pode-se usar um pré-aquecimento para reduzir o tempo do ciclo de aquecimento e melhorar a qualidade da termoformagem. A lâmina é aquecida em ambas as faces, pode-se omitir o pré-aquecimento, exceto em espessuras maiores a 5,5 mm. 3.2.3 Moldagem Após o aquecimento, a chapa encontra-se em um estado intermediário entre o estado sólido e o estado líquido do material. É quando deve acontecer a moldagem. Seu principal objetivo é fazer com que a chapa preencha todo o contorno do molde. Essa etapa pode ser feita manualmente ou automaticamente. Neste contexto definindo o que seria moldagem o Manual de Termonformagem da Inova (2009, p. 6): A moldagem é a etapa na qual a lâmina amolecida é forçada a cobrir o contorno de um molde. Existem basicamente três formas de operar: Primeiro, utilizando o vácuo para fazer com que a lâmina copie a forma do molde. Segundo, mediante a utilização da pressão de ar positiva, que empurra a lâmina até o molde. Terceiro, pode utilizar-se uma força mecânica. Também se pode realizar uma combinação de alguma destas, dependendo, claro, do desenho da peça Basicamente, existemtrês maneiras de operar essa etapa: moldagem por vácuo, moldagem por pressão positiva e moldagem por força mecânica. 24 Desta forma, como afirma o manual supracitada existem 3 formas de operar: utilizando o vácuo, através de pressão positiva, que empurra a chapa até o molde e utilizando-se de força mecânica para conseguir o molde. Moldagem por vácuo O molde contém pequenos orifícios de aproximadamente 0,6 mm de diâmetro, distribuídos em todo seu contorno . É através desses orifícios que o vácuo atua, atraindo a superfície da chapa ao contorno do molde. Para que o vácuo não perca eficiência fazendo com que a chapa não preencha completamente o contorno do molde, recomenda-se que o reservatório de vácuo da máquina tenha de quatro a cinco vezes o volume de ar que será descarregado pelos orifícios internos do molde. Figura 7: Figura exemplo de moldagem por vácuo. Fonte: Eletroforming b) Moldagem por pressão positiva Nessa aplicação, o que atrai a peça ao molde é a pressão positiva aplicada do lado oposto ao molde (figura 8). Uma vedação de qualidade é exigida para que 25 não haja vazamento de ar durante a moldagem. Geralmente, esse processo é mais rápido que a moldagem por vácuo, porém ele exige uma máquina mais robusta. A utilização da moldagem por pressão positiva é mais eficiente para moldagem de chapas grossas. Em casos extremos, a pressão pode chegar até bar e em outros mais comuns de quatro a seis bar. c) Moldagem por força mecânica Nesse sistema, utiliza-se um molde macho e uma fêmea, geralmente fabricados em materiais metálicos. Após o aquecimento, o molde macho é pressionado pneumaticamente contra a chapa e o molde fêmea. Esse método pode garantir uma boa uniformidade na espessura do produto, no entanto, o custo de fabricação do molde pode ser mais elevado, se comparado com os outros métodos de moldagem. Figura 8: Exemplo de Moldagem negativa Fonte: Innova 26 Figura 9: Exemplo de moldagem por força mecânica Fonte: Throne 3.2.4 Resfriamento Nessa etapa, a superfície da chapa que está em contato com a peça começa a perder calor por condução para o molde. Sendo que o molde começa a perder calor para o ambiente pela convecção natural do ar. Esta é usualmente a etapa controladora do tempo do processo de termoformagem. Quando se deseja uma produção mais rápida, que diminua esse tempo podem ser utilizados métodos que forcem o resfriamento, sejam por condução ou convecção. a) Resfriamento por condução forçada Pode-se utilizar um molde refrigerado para retirar o calor da peça por condução. Um dos métodos possíveis é a utilização de serpentinas dentro do molde. Essas serpentinas são tubos metálicos de um material condutor térmico e maleável, que seja capaz de percorrer a geometria do molde sem quebrar e que tenha facilidade em extrair o calor. Pode-se ligar um sistema hidráulico para fazer a água circular pela serpentina e facilitar a troca de calor. Dessa maneira pode- se ter um ganho considerável no tempo de resfriamento e vida útil do molde. Pode-se ainda trabalhar com propriedades térmicas do material escolhido para o molde. Escolher um material de alto valor de condutividade térmica pode ser 27 uma opção. Materiais como o alumínio (figura 10) e o cobre, que possuem sua condutividade térmica próximas dos 240 W/m.K e 400 W/m.K, respectivamente, podem ser boas escolhas. Figura 10: Exemplo molde em alumínio. Fonte: Ferramentaria MLM 28 a) Resfriamento forçado por convecção. Acontece quando é colocado um ventilador ou exaustor, do lado oposto ao molde (figura 11) , para fazer circular o ar que esta acima da peça, ocasionando a troca de calor forçada por convecção. Figura 11: Exemplo posição dos exaustores Fonte: Eletroforming 3.2.5 Extração É a última etapa do processo de termoformagem. Após o resfriamento, a peça deve estar em condições de permanecer geometricamente estável, mesmo fora do molde. A peça pode ser removida do molde, manualmente ou automaticamente. Quando a peça adere ao molde ou apresenta alguma dificuldade em ser extraída, pode-se aplicar uma pressão positiva por dentro do molde a fim de destacar a peça com facilidade. 29 4. PARÂMETROS DE PROJETO DE TERMOFORMAGEM As características finais da termoformadora estão diretamente ligadas aos parâmetros que deverão ser seguidos durante o projeto. Isso definirá como podem definir como será o produto final, antes mesmo da sua fabricação. Com isso, é possível verificar se o processo de termoformagem irá atender, ou não, aos requisitos do projeto. Alguns dos parâmetros são: estiramento, contração, aproveitamento da chapa, tipo do molde, entre outros. 4.1 Estiramento O estiramento é o alongamento da deformação do material. Em outras palavras, é a redução da espessura da chapa causada pelo aumento de sua área devido ao aquecimento (figura 12): Figura 12: Exemplo de estiramento Fonte: Throne Durante essa etapa, a chapa assume o formato de um arco devido ao aquecimento. O nome para este formato não é padronizado na literatura consultada, sendo que na indústria do plástico utiliza-se o termo “embarrigamento” para se referir 30 a ele. Quando necessário será utilizado esse mesmo termo, como padrão para o desenvolvimento deste trabalho. Existem algumas maneiras de reduzir o estiramento: a utilização de placas de pressão (ou plug como é conhecido no ambiente industrial), utilização de ar comprimido ou até mesmo vácuo. Todas as opções têm como objetivo realizar um estiramento preliminar da chapa aquecida, reduzindo o estiramento ocasionado na moldagem. Dessa maneira é possível a moldagem de produtos com a profundidade igual ao comprimento do produto. No entanto, mesmo com esses cuidados, a peça poderá ter variação de espessura. 4.2 Contração A mudança volumétrica produzida em um polímero durante seu esfriamento desde a temperatura de moldagem até a temperatura ambiente se chama contração”. A contração pode acontecer em três situações: contração no molde, fora do molde e em uso. 4.3 Contração no molde A contração no molde acontece quando o ciclo de resfriamento é iniciado. Isso significa dizer que as dimensões do produto começam a diminuir. Esta redução varia conforme o tipo do material, geometria da peça e outros parâmetros do processo. Experiências práticas mostram que moldes positivos conseguem retarda a ação da contração. 4.4 Contração fora do molde Após a extração, a peça ainda não alcançou o equilíbrio térmico com o ambiente e ela continua contraindo-se. Esse efeito somente cessará quando ocorrer o equilíbrio térmico entre o produto e o ambiente 31 4.5 Contração em uso Alterações dimensionais do produto podem acontecer como resultado da mudança de temperatura e umidade. Porém, essa contração só é considerada importante, quando as tolerâncias exigidas são críticas. Recomenda-se realizar testes reais na aplicação final do produto para comprovar essas e outras especificações. 4.6 Aproveitamento da Chapa Um produto termoformado deve ser projetado de modo a otimizar o aproveitamento da chapa. Ou seja, a geometria do produto deve ocupar a maior área possível da chapa. Para melhorar esse aproveitamento, o molde pode conter mais de uma cavidade e peças diferentes em um mesmo ferramental. A geração de moagem é normal ao processo, pois em alguns casos as peças precisam ser cortadas depois da moldagem. Esse resíduo (figura 13) geralmente é reciclado e reutilizado. No entanto, mesmo com a reciclagem, procurasse evitar esses casos. As partes sobressalentes podem comprometer o custo final do produto, pois geram custos extras de transporte, compra, venda e armazenamento.Figura 13: Exemplo de sucata de peça termoformada Fonte: MLM Ferramentaria 32 4.7 TÉCNICAS DE TERMOFORMAGEM A partir do momento em que o processo de termoformagem é escolhido, precisa-se compreender como cada parâmetro do processo funciona e qual é o seu efeito na qualidade do produto final. O processo de termoformagem pode ser realizado com molde negativo ou positivo, com pressão positiva ou negativa, com alimentação por chapas ou bobinas, pode-se utilizar somente um forno para o aquecimento ou dois fornos, podem ser usados contramoldes ou plugs, entre outros. 4.7.1 Termoformagem a vácuo com molde negativo O processo de termoformagem a vácuo com molde negativo, inicia-se com a fixação da chapa em uma armação, que é colocada sobre o molde, ficando vedada. Nesse momento, inicia-se o aquecimento (Figura 14a). Como resultado do aquecimento, a chapa começa a estirar e ser conduzida para a geometria do molde. Com o auxílio do vácuo e da pressão atmosférica, a chapa é forçada a copiar a geometria do molde (Figura 14b). Após a moldagem, ainda é necessário esperar um determinado tempo para que se possa retirar a peça acabada, pois ela precisa ser resfriada. Como consequência, a peça vai contraindo. Pode-se perceber que próximo dos cantos, a peça fica com espessura mais fina (Figura 14c). Esse pode ser um fator limitante para o processo, pois, se o produto for muito comprido, um furo será formado nos cantos. Nesses casos, recomendam-se outras técnicas de termoformagem para diminuir esse efeito do estiramento, porém elas não serão tratadas no desenvolvimento do projeto. 33 Figura 14: Termoformagem a Vácuo com molde negativo. Fonte: Innova 34 4.7.2 Termoformagem a vácuo com molde positivo As etapas iniciais do processo de termoformagem a vácuo com molde positivo são as mesmas que foram descritas para a termoformagem a vácuo com molde negativo (Figura 15a). No entanto, após o amolecimento do plástico ocasionado pelo aquecimento, o molde positivo que corresponde ao contorno interno do produto, pressiona a chapa para cima, fazendo o plástico estirar. Ou ainda, a chapa pode descer e encontrar o molde, ocasionando o mesmo efeito de estiramento (Figura 15b). Logo após o estiramento da chapa, o sistema de vácuo é acionado, e a chapa é forçada a preencher as superfícies restantes do molde. Percebe-se que com essa disposição do molde, o efeito da contração no molde é retardado, pois seu formato favorece esse processo. Peças com profundidades idênticas ao comprimento do produto podem também ser reproduzidas. A primeira superfície da chapa que encosta no molde fica mais espessa (Figura 15c) e a partir dali o estiramento é acentuado. Figura 15: Termoformadora a vácuo com molde positivo Fonte: Innova 35 5. MATERIAIS E MÉTODOS A máquina termoformadora será capaz de trabalhar com diferentes tipos de chapas plásticas em Polipropileno, Policloreto de vinila (PVC), ABS, Poliestireno(OS) e termoformando diferentes objetos com diferentes aplicações. O protótipo será alimentado por chapas de maneira manual já cortadas em tamanhos previamente escolhidos. A máquina terá dimensão de 1,2 metro de comprimento x 80 cm de largura e altura de 1,50metro e os materiais para construção do protótipo serão feitos praticamente constituídos de madeira, algumas partes em aço carbono 1045 e outras em aço Inox. Foi divido a máquina em quatro níveis de construção: base, meio, topo e periféricos. Considerando a base a região que será alojado as duas bombas de vácuo 6cfm bivolt, um compressor de ar 500w. O meio é a região onde terá o a mesa de vácuo, construída em alumínio com diversas furações para facilitar o vácuo do produto, e uma chapa sobreposta com uma furação maior central para permitir o vácuo. Também no meio, terá a estrutura metálica de deslocamento da chapa, na qual é responsável pela fixação e movimentação da mesma. No topo será construído uma carenagem em que será fixado e instalado os 6 conjuntos de resistências elétricas 1000w 127v, no qual será responsável pelo amolecimento da chapa termoplástica. O projeto mecânico foi dividido em conjuntos e realizado em etapas; A mecânica foi projetada para ser de rápida montagem e fácil integração, possuindo regulagens para atender a flexibilidade do uso de diferentes tipos de moldes; Foram utilizados materiais que permitiram reduzir custos, a fadiga e o atrito dos conjuntos; O projeto elétrico foi construído visando à segurança da máquina e proteção dos componentes com um baixo custo. 36 Figura 16: Organograma demostrando as etapas de confecção da termoformadora. Fonte: autoria própria A mecânica buscou atender alguns requisitos de projeto, como: Menor custo possível sem prejudicar o funcionamento do protótipo; Menor variedade possível de elementos de fixação. Quanto maior a quantidade de um determinado item, menor o preço. Isso facilita a montagem, pois demanda um número reduzido de ferramentas; Menor variedade possível de espessura e material para as peças que utilizaram o processo de fabricação de corte laser. O fornecedor garante um preço reduzido se essa condição for atendida, pois isso reduz o tempo de setup, programação e operação da máquina; Dividir o projeto em conjuntos que possam ser montados e testados isoladamente. Garantindo o funcionamento de cada conjunto, quando a montagem completa é feita, os problemas são pontuais e algumas Projeto Mecânico Termoformador a a Vácuo Orçamento do Protótipo Fabricação das Peças Montagem; Testes e Ajustes 37 possibilidades podem ser descartadas. Além disso, o transporte do sistema é facilitado. A termoformadora foi projetada para operar com diferentes materiais e tamanhos específicos de chapas plásticas, com o objetivo de exigir do operador somente a inserção da matéria prima e a retirada do produto final. O protótipo pode ser utilizado para termoformar artefatos plásticos, dentro de seus limites, atendendo produtos como: embalagens, peças automotivas, utensílios domésticos, brinquedos, entre outros. O molde do produto escolhido para demonstração é um jogo de resta um( FIGURA ). Figura 17: Jogo de resta 1 Fonte: Autoria própria O protótipo será alimentado por chapas de maneira manual já cortadas em tamanhos previamente escolhidos. A máquina termoformadora basicamente será dividida em duas partes fixas, uma parte móvel, e uma parte onde irá se encontrar o sistema de refrigeração para após o filme plástico conformar ele ser refrigerado para se manter na estrutura desejada. Essas partes ficarão sobre um suporte de aço, tipo uma mesa: Podemos dividir a construção do protótipo em várias partes para facilitar a construção, e posterior manutenção. Então dividimos o protótipo assim: a) Estrutura de Sustentação: Formada basicamente por um chapa de aço 1020 de 4mm colocada sobre dois cavaletes feito em tubo de aço quadrado 50 x 50 0,90 fina frio com solda de 38 eletrodo revestido formando uma base solida e resistente para suportar as demais estruturas da termo formadora: b) Parte fixa 01 ou câmara de aquecimento: É uma caixa no formato de um paralelepido feita suas paredes laterais e inferior em mdf de 6 mm revestido em zinco com uma estrutura interna formada por uma resistência elétrica capaz de gerar calor para amolecer o filme plástico e facilitar sua conformação mecânica contra o molde. c) Parte fixa 02 ou câmara de vácuo: É uma caixa no formato de um paralelepido feita suas paredes laterais e inferior em mdf de 6 mm revestido em zinco, colocada ao lado da câmara de aquecimento com um furo no centro do retângulo inferior de 3 polegadas para colocação da bomba devácuo responsável por gerar pressão negativa na câmara e fazer com que o filme plástico se conforma conforme estrutura do molde. Na parte superior dessa caixa irá uma chapa de madeira de 3 mm espessura inteira perfurada com furos de 3 mm. Em todas as juntas da caixa foram utilizados silicone de alta temperatura para fazer a vedação do sistema e assim não permitir vazamentos e perda e pressão. Com a intenção de reduzir custos a bomba de vácuo utilizada no protótipo, foi um aspirador de pó de 1200w, 110v, visto que o aspirador apresenta uma cotação mais baixa que uma bomba de vácuo, e no aspirador de pó conseguimos as pressão negativa necessária para fazer a sucção do termo filme. Logo a baixo é possível observar uma imagem ilustrativa da caixa de vácuo ainda sem a bomba: 39 Figura 18: Câmara de Vácuo Fonte: Oliveira (2013) A seguir é possível observar a imagem do Eucatex perfurado que será utilizado como tampa da câmara de vácuo: : Figura 19: Eucalex perfurado Fonte: Oliveira ( 2013) d) Parte móvel ou sistema de fixação do filme: 40 A parte móvel é uma estrutura formada por dois quadros de tubo de aço quadrado 40 x 40 0,90 fina frio aonde através de uma trava um quadro é pressionado contra o outro fazendo com que o filme metálico fique fixo. Esse conjunto de quadro fixado tem um sistema de dobradiça metálica feita com chapa de aço e pino de aço no qual permite levar esse quadro com o filme para a parte fixa 01, no qual o filme metálico irá receber o aquecimento durante o tempo necessário para amolecer. Após esse aquecimento por meio dessa dobradiça de aço, esse quadro é levado para a parte fixa dois onde é a câmara de vácuo, onde o filme será puxado contra o molde através de pressão negativa de vácuo para se conformar para a estrutura desejada. Figura 20: Dobradiça de Aço Fonte: Oliveira (2013) E)Sistema de Refrigeração: O sistema de refrigeração é composto por uma estrutura feita em aço composta por dois coolers 12 volts de 120 mm para auxiliar na refrigeração do filme já conformado. Esses coolers são do tipo de coolers utilizados em computadores. A seguir imagem do tipo de cooler utilizado na construção da termoformadora: 41 Figura 21: Sistema de refrigeração Fonte: Cooler Master (2017) f)Sistema Elétrico: O sistema elétrico do protótipo é bem simples, visto que não apresenta automação, para redução de custos. O sistema elétrico é composto por uma fonte 12 volts 10A para alimentar os coolers, um sistema de resistência para aquecer o molde no qual será instalado na Parte fixa 01 ou câmara de aquecimento, um dimmer para controlar a potência dissipada pela resistência e consequentemente, um disjuntor bifásico, cabos de diferentes bitolas, um interruptor para controlar a bomba geradora de pressão negativa, e a bomba de pressão negativa. O sistema elétrico está demostrado através do diagrama elétrico na figura abaixo. Figura 22: Diagrama elétrico. Fonte: adaptado de Oliveira (2013) 42 O orçamento do projeto foi elaborado logo após o desenvolvimento da parte mecânica. Geralmente, nas empresas, a pesquisa de preços é realizada pelo setor de compras, mas no projeto em questão todo material utilizado foi escolhido após uma série de consultas de valores e análise sobre a viabilidade do uso de determinado material para a o sucesso do projeto. Sendo que os materiais foram escolhidos tendo por base três fatores: custo, durabilidade e eficácia. Inicialmente foi traçado um valor máximo de 2000 mil reais, para que o projeto alcançasse os objetivos pretendidos. No entanto, como é observado no quadro a baixo o valor ficou bem abaixo da meta traçada, atestando a viabilidade econômica do projeto. Figura 23 : Orçamento Fonte: Autoria própria 43 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO O processo de termoformagem de baixo custo, com o protótipo utilizado, apresentou resultados satisfatórios, em comparação com projetos nacionais para a mesma utilização os testes realizados após ajustes finos na máquina apresentaram ótimos índices de rendimento, e baixo número de desperdícios. O protótipo da termoformadora feito com materiais encontrados de maneira simples e sem complexidade apresenta fácil manutenção, em relação a modelos importados. Outra vantagem do produto é que com simples treinamento uma pessoa consegue operar a máquina e faze-la produzir o desejado. O protótipo consegue operar diferentes tipos de materiais como citado anteriormente, mas cada tipo de material e espessura exige uma regulagem da temperatura e do tempo de exposição para que não haja estiramento ou rompimento e consequentemente perda de material no caso de superaquecimento. Figura 24: Peça super aquecida com bolhas e estiramento Fonte: Autoria própria A regulagem da temperatura ideal tem influência geral na qualidade do produto não podendo ficar nem subaquecidada e nem superaquecida. Quando não 44 conseguimos atingir a temperatura ideal, no caso de sub aquecimento de amolecimento do filme plástico ela não fica totalmente moldada. Neste sentido, quando manuseada de forma adequada e tomando os devidos cuidados a máquina projetada apresenta um ótimo custo benefício. Com os números de rendimento dentro do esperado de maneira satisfatória o processo de trermoformagem de baixo custo, mostra ser eficiente em protótipos ou produção de baixa escala visto que o custo do protótipo da termoformadora é muito baixo em relação a modelos nacionais e importados. Desta forma compreende-se que a máquina de termoformagem manual, quando desenvolvida de forma estratégica, visando a diminuição de custos produz resultados satisfatórios para a redução do preço do produto. Pois além da máquina ter um custo menor ela requer um conhecimento prévio menor para ser manuseada. Ao contrário das máquinas automatizadas que possuem um valor maior e maior conhecimento dos seus operadores. No entanto, a máquina em questão não atende as necessidades de uma grande empresa que necessita de produção em grande escala. Mas, a máquina de termoformagem manual é ideal para pequenas empresas que precisam produzir embalagens em pequena escala. A praticidade e o custo baixo a tornam uma boa opção, para empresas de porte pequeno e médio. Além disso, a máquina será termoformadora manual projetada será capaz de capaz de trabalhar com diferentes tipos de chapas plásticas em Polipropileno, Policloreto de vinila (PVC), ABS, Poliestireno(OS) e termoformando diferentes objetos com diferentes aplicações. Isso será muitos importante para a pequena empresa, permitindo que sejam moldados vários materiais. O tamanho dá máquina manual projetada (1,2 metro de comprimento x 80 cm de largura e altura de 1,50 metrose) é ideal para empresas pequenas que não têm muito espaço. A maior parte da máquina foi construída em madeira e algumas partes em aço de carbono ou aço inox, materiais com custo baixo, que não refletirão em custos altos para a empresa, quando houver a necessidade de reparo. No mais, existe baixa demanda de máquinas de termoformagem manual no mercado, e as máquinas automatizadas têm um alto custo, quem nem sempre atende a necessidade de produção em pequena quantidade. A máquina projetada, visando a redução de custos, ficou com um preço 60 % menor que as máquinas disponíveis no mercado, já incluindo o custo com mão de obra. 45 Neste contexto, a máquina atende perfeitamente a demanda por peças menos complexas e em menor quantidade, podendo atender um seguimento do mercado que encontrava-se carentes de alternativas economicamente mais viáveis. Sendo assim, a máquina de termoformagem desenvolvida representa a possibilidade de a pequena empresa investir pouco com um retorno satisfatório, aumentando sua margem de lucro e podendoofertar produtos com preços mais atrativos. Desta forma, comparando o desempenho da máquina com outros processos de fabricação de polímeros, como a injeção de plástico, pode-se estabelecer diversas vantagens e desvantagens. A máquina de termoformagem projetada apresentou uma diminuição no custo de produção, quando comparada a injeção de plástico. Além disso, o processo de produção é desenvolvido em menor quantidade de tempo, sendo seus moldes facilmente modificáveis. No mais, a adequação da máquina manual projetada para a redução de custos dentro das empresas possibilita as organizações integrar o processo de produção dos produtos com a termoformagem das embalagens. Isso permite que as empresas tornem-se menos dependentes de fornecedores externos, produzindo a embalagem dos seus produtos. Além disso, com a termoformagem integrada ao processo de produção do produto final. A possibilidade de utilizar vários materiais para também possibilita as empresas utilizar a máquina para diversas finalidades, podendo ser utilizada na produção de brinquenos, embalagens, peças, entre outras. Isso torna a máquina de termoformagem projetada uma além de economicamente viável uma opção bastante versátil. Após uma pesquisa na internet a máquina de termoformagem manual com menor preço encontrada custava em torno de 3100 reais, sendo devido ao seu tamanho pequeno é capaz apenas de trabalhar com alguns tipos de materiais, o que a faz ter um custo benefício inferior à máquina projetada. Desta forma comparando-a a máquina termoformadora construída para esse estudo conclui-se que o projeto atendeu aos objetivos traçados, criando uma nova alternativa mais econômica, sem que isso signifique diminuição da sua funcionalidade. 46 7. CONCLUSÃO A problemática levada em consideração devido a baixa demanda de máquinas termoformadoras manuais no mercado, e de alto custo para aspirantes da área de modelagem de polímeros, que não teriam a possibilidade de serem recuperadas os investimentos com as máquinas de alto custo, agora podem ser objetivados para inserção no segmento de termoformagem, de forma mais prática para alavancar o crescimento, caso alguma empresa interesse em investir no projeto escalona-lo em nível de mercado nacional. Tendo em vista um orçamento de uma máquina termoformadora manual que já está inserida no mercado, e da máquina que foi construída neste projeto, houve uma redução de cerca de 60% do preço, já contabilizados custos de materiais e de mão-de-obra. O problema foi solucionado, tendo em vista com o baixo custo apresentado o processo de termoformagem foi possibilitado através da construção em elementos mais simples e práticos que tornaram a possibilidade de termoformar peças simples e que dão coesão com o trabalho proposto. 47 7. SUGESTÃO PARA FUTUROS TRABALHOS No decorrer das pesquisas, o processo de termoformagem demonstrou ser um processo simples e barato, em detrimento aos outros processos de modelagem plástica como injeção e sopro por exemplo. A grande vantagem desse processo é o fato de que o molde, a ferramenta pode ser construída de madeira, resina, ou até mesmo um produto já existe pode servir de cópia para a produção plástica. Atualmente as impressoras 3D estão no auge, mas ainda é um processo caro e que não consegue replicar peças em todos os polímeros, há uma limitação grande. Já a termoformagem, em alguns casos, consegue ser viável financeiramente e rápido para realizar protótipos de peças em diversos polímeros, como por exemplo: PS, PP, PET, PVC.... Já a impressora 3D apenas consegue realizar em ABS e PLA. Esta sugestão para futuros trabalhos não indica que a termoformagem caseira e manual substituía a impressão 3D, mas será indicado que a termoformagem em alguns casos conseguirá apresentar resultados técnicos e financeiros melhores do que a impressão de polímeros. No mais, também foi observado que a termoformagem apresenta algumas desvantagens em relação a injeção plástica, como por exemplo o excesso de resíduo. Desta forma, também seria interessante um estudo mais aprofundado sobre a possibilidade de reaproveitamento desses resíduos. 48 8. RERERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BLACK, J. T. O projeto da fábrica com futuro, 1ª edição, Porto Alegre: Bookman, 1998. CALLISTER, W. D. Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução, 5ª Edição, Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 2002. ÇENGEL, Y. A. Transferência de calor e massa: uma abordagem prática, 3ª edição, tradução Luiz Felipe Mendes de Moura; Revisão Técnica Kmal A. R. Ismail. São Paulo: McGraw-Hill, 2009. COREL RESISTÊNCIAS ELÉTRICAS [S.I.]. 1 figura. Disponível em:www.corel.ind.br>. Acesso em: 23 de novembro de 2017 ELETRO-FORMING [S.I.]. 6 figuras. Disponível em: <www.eletro-forming.com.br>. Acesso em: 10 novembro. 2017. ELIPSE SOFTWARE [S.I.]. 1 figura. Disponível em: <www.elipse.com.br>. Acesso em: 17 outubro. 2017. INNOVA PETROQUÍMICA [S.I.]. Manual de Termoformagem. Desenvolvido pela Innova Petroquímica 2009. Apresenta textos sobre os processos de termoformagem. Disponível em: <www.petrobras.com.ar > Acesso em: 17 novembro. 2017. NORTON, L. R. Projeto de máquinas, 2ª edição, Porto Alegre: Bookman, 2004. OLIVEIRA, Deval. Máquina de Vacuum Forming. GAZ. Florianópolis. Brasil. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=RqyKV2g8CgI. Acesso em: 18 de Novembro de 2017 SOUZA, A. F.; ULBRICH, C. B. L. Engenharia integrada por computador e sistemas CAD/CAM/CNC, 1ª Edição, São Paulo: Artliber, 2009. THRONE, J. L. Technology of thermoforming, 1ª edição , Estados Unidos: Hanser Gardner, 1996. https://www.youtube.com/watch?v=RqyKV2g8CgI
Compartilhar