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ANEXO 1 – AULA 1 Unidade Curricular: Mecanismos de Agressão e Defesa I Roteiro de Estudo Dirigido 1 – Sistema Imunológico 1. Introdução ao Sistema Imunológico e seus componentes A função fisiológica do sistema imunológico é prevenir as infecções e erradicar as infecções estabelecidas. Ele é composto por um conjunto de tecidos, células e moléculas que são especializados em conferir resistência e interagir com potenciais agentes patológicos, gerando uma resposta imunológica em reação ordenada contra os microrganismos infecciosos. Os tecidos e órgãos que compõem o sistema imunológico estão distribuídos por todo o nosso corpo. São conhecidos como órgãos linfoides primários e secundários. Os órgãos linfoides primários, medula óssea e timo, são os locais onde as células são geradas e/ou maturadas e, os órgãos linfoides secundários, linfonodos e baço, são os locais onde as respostas dos linfócitos aos antígenos estranhos são iniciadas e desenvolvidas. Figura 1: Distribuição dos tecidos linfoides no organismo. Os linfócitos são derivados das células-tronco da medula óssea e diferenciam-se em órgãos linfoides centrais (amarelo): células B na medula óssea e células T no timo. Eles migram desses tecidos e são levados pela circulação sanguínea até os órgãos linfoides periféricos (azul). Uma enorme variedade de células e moléculas compõe o sistema imunológico e são capazes de reconhecer e eliminar invasores. Elas são geradas pela medula óssea e se diferenciam em tipos celulares diferentes, cada qual com sua função específica. A partir de uma célula progenitora pluripotente, surgem duas linhagens específicas, a mieloide e a linfoide. Figura 2: Células do sistema imunológico. À partir de progenitores linfoides e mieloides na medula óssea são formadas todas as células sanguíneas e do sistema imunológico. Os mecanismos de defesa do organismo são divididos em duas frentes de resposta, a imunidade inata, responsável pela proteção inicial contra infecções e a imunidade adquirida, responsável pela defesa mais específica e eficaz contra os patógenos. Figura 3: Cinética de ativação da resposta imune inata e adaptativa. O que você deverá conhecer: A função do Sistema Imunológico Órgãos Linfoides Primários Órgãos Linfoides Secundários Células do Sistema Imunológico O que você deverá compreender: Função dos Órgãos Linfoides Primários Função dos Órgãos Linfoides Secundários Função das principais células do Sistema Imunológico Diferenciar imunidade inata de imunidade adaptativa Questões de estudo dirigido: a) Liste as principais características da resposta imune inata e adquirida. b) Quais são os órgãos linfoides primários? Qual o seu papel? c) Quais são os órgãos linfoides secundários? Qual o seu papel? d) Quais são as células que compõe o sistema imune? e) Qual é a função de forma resumida de cada célula de defesa? f) O sistema imunológico possui componentes acelulares: descreva a função do sistema complemento, das citocinas e quimiocinas. Anexo 2 – Aula 1 1) Puzzle: recorte e cole os painéis de células indicando a função correta de cada uma. Caso não tenha tesoura e cola, você pode apenas colocar um número na lacuna em branco, em seguida coloque o mesmo número em uma célula e na sua função correspondente. Anexo 01 da aula 02 Imunidade Inata A imunidade inata está sempre presente nos indivíduos sadios e tem por função barrar a entrada de microrganismos invasores e eliminar aqueles que porventura conseguiram invadir os tecidos do organismo. Ela é composta pelas barreiras epiteliais e seus componentes, pelas células fagocitárias, células Natural Killers (NK) e proteínas do sistema complemento. Figura 1: barreiras físicas e químicas do sistema imune inato. Embora, o sistema imune seja muito sofisticado, sua função pode ser resumida a duas funções básicas: o reconhecimento de substâncias estranhas e microrganismos que penetraram em nossas defesas externas (i. e., o epitélio da pele e a mucosa do intestino e dos sistemas genital e respiratório) e a eliminação desses agentes por um conjunto diversificado de células e moléculas, que atuam em conjunto para neutralizar a ameaça potencial. Por conseguinte, uma das funções fundamentais do sistema imune é determinar a diferença entre o que é estranho (o que os imunologistas frequentemente chamam de “não próprio”) e o que existe normalmente no corpo (i. e., o próprio). Assim, as células e as moléculas que constituem o sistema imune inato têm como missão detectar determinados padrões moleculares, que estão tipicamente associados a agentes infecciosos (Figura 1.2). Charlie Janeway deu a essas moléculas o nome de padrões moleculares associados a patógenos (PAMP; do inglês, pathogen-associated molecular patterns), e são essas estruturas que desencadeiam a ativação do sistema imune inato. Quando o agente infecioso consegue invadir a barreira epitelial, rapidamente se depara com mecanismos de resposta do sistema imune inato. As células e componentes da imunidade inata reconhecem estruturas que são comuns aos microrganismos, mas que não estão presentes no organismo, e respondem de uma maneira padrão para todos os invasores patogênicos, gerando uma resposta inflamatória. A inflamação é uma resposta fisiológica do organismo ao dano tecidual local ou causado por uma infecção. A resposta inflamatória faz parte da resposta imune inata e sua função é eliminar a causa inicial da lesão, coordenar as reações do sistema imune inato e eliminar as células lesadas e os tecidos danificados para iniciar a reparação dos tecidos e restaurar suas funções. As lesões e invasões dos tecidos gera liberação de mediadores inflamatórios que estimulam a vasodilatação e chegada de células do sistema imunológico ao local. Figura 2: eventos celulares da resposta imune inata envolvidos com a ativação da inflamação frente à um processo infeccioso. O que você deverá conhecer: O papel do Sistema Imune Inato na defesa do organismo Células que participam da resposta inflamatória O que você deverá compreender: Mecanismos efetores da resposta imune inata Cascata de eventos que levam à reação inflamatória Questões: 1) Descreva os principais mecanismos da imunidade inata. 2) Quais as células que participam da resposta inflamatória? 3) Qual a sequência de eventos que ocorre na inflamação? 4) Diferencia inflamação de infecção. Qual relação de PAMPs e DAMPs com o inflamação e infecção? 5) Como as células migram dos vasos para os tecidos? Bibliografia ABBAS, A. K., LICHTMAN, A.H., PILLAI, S. (2012). Imunologia Celular e Molecular. 7ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier. ABBAS, A.K., LICHTMAN A.H., PILLAI, S. (2013). Imunologia Básica. 4.edição. Rio de Janeiro: Elsevier. MURPHY, Kenneth. (2014). Imunobiologia de Janeway. 8ª edição. Porto Artmed Anexo 1 – Aula 3 Unidade Curricular: Mecanismos de Agressão e Defesa I Roteiro de Estudo – Bactérias: Estruturas, morfologia, características tintoriais As bactérias são seres vivos unicelulares. Existem as bactérias patogênicas, causadoras de doenças infecciosas e as não patogênicas. A microbiota normal é constituída por bactérias, fungos, vírus e parasitas. As bactérias que pertencem à microbiota (flora) normal humana, fornece vários benéficos ao organismo, como dificultar a instalação de um patógeno. As bactérias que colonizam camadas mais superficiais, como pele e mucosas, são geralmente, removíveis pela higiene com água e sabão ou destruídas/inativadas pelo uso de antissépticos. Diferentemente ocorre a infecção, que consiste na invasão e lesão dos tecidos por micro-organismos. Figura 1: características dos grupos bacterianos pertencentes ao microbioma humano. Fonte: Ilseung Cho;and Martin J. Blaser. (2012). The human microbiome: at the interface of health and disease. NATURE REVIEWS GENETICS. O que você deverá conhecer: Estrutura e morfologia bacteriana Características tintoriais Fatores de virulência Genética bacteriana O que você deverá compreender: Resposta imune às bactérias Principais doenças bacterianas Formas de prevenção às infecções bacterianas Resistência a antimicrobianos Questões de estudo dirigido: 1) Quais as diferenças entre as células procariontes e eucariontes? Com base nessas informações, como as bactérias são classificadas? 2) Identifique as principais estruturas da célula bacteriana e descreva sua composição e funções. 3) O que são fatores de virulência? Cite exemplos 3 exemplos. 4) Defina esporos (endosporos) bacterianos e justifique sua importância. 5) Descreva como as bactérias se dividem e como ocorre a transferência de informação genética entre elas? 4) Indique quais os principais sítios de ação dos antibióticos nas bactérias. 6) Como as bactérias se tornam resistentes aos antibióticos? Bibliografia BROOKS, F.G., CAROLL, C.K., BUTEL, S.J., MORSE, A.S., MIETZNER, A.T. (2014). Microbiologia Médica de Jawetz, Melnick e Adelberg (Lange). 26ª edição. Rio de Janeiro: AMGH MADIGAN, T.M., MARTINKO, M.J., BENDER, S.K., BUCKLEY, H.D., STAHL, A.D. (2016). Microbiologia de Brock. 14ª edição. Porto Alegre: Artmed. TORTORA, J.G., FUNKE, R., CASE, L.C. (2012). Microbiologia. 8ª edição. Porto Alegre: Artmed. Anexo 01 – aula 04 PRÁTICA LABORATORIAL ATIVA: LABORATÓRIO VIRTUAL 1) Acesse o site http://www.dbm.ufpb.br/microbio/Download/Colora%E7%E3o%20de%20Gram.pdf e explore o princípio de funcionamento teórico da coloração de GRAM. 2) Em seguida visite o laboratório virtual par realizar uma coloração de GRAM https://www.brainpop.com/games/virtuallabsgramstaining/ 3) Avance até a tela ilustrada abaixo e, baseado no princípio da técnica, como podemos classificar as bactérias demonstradas? Bacilos vs Cocos; GRAM+ vs GRAM-; 4) Realize o preparo da lâmina conforme orientação. 5) Ao chegar na tela ilustrada abaixo, descreva qual a função (corante primário, corante secundário, fixador/mordente, solvente) de cada componente e a ordem correta de sua utilização: 6) Realize a coloração do esfregaço conforme orientação. Anote a ordem das soluções utilizadas, o passo a passo das etapas, e os tempos transcorridos entre elas. 1: 2: 3: 4: http://www.dbm.ufpb.br/microbio/Download/Colora%E7%E3o%20de%20Gram.pdf https://www.brainpop.com/games/virtuallabsgramstaining/ 7) Ao chegar nessa tela, você terá um desafio! Realize as etapas vocês mesmo, controlando os tempos e as etapas! 8) Ao concluir o experimento, classifique o padrão de bactérias encontradas. Questões para estudo/discussão: 1) Como é a parede celular das bactérias Gram + e das Gram -? 2) Com relação à coloração de Gram, como se diferencia a célula Gram + da Gram -? 3) Descreva as etapas da coloração de Gram. Qual a função de cada etapa? 4) A técnica de Ziehl-Neelsen é uma técnica de coloração de bactérias mais agressiva que a técnica de Gram. Ela é usada em bactérias que coram mal com o Gram. Pesquise sobre a coloração de Ziehl-Neelsen, e responda as seguintes questões: a. Descreva as etapas da técnica de coloração de Ziehl-Neelsen. b. Cite as principais bactérias que devem ser coradas por esse método e quais doenças elas causam. Anexo 02 – aula 04 Questões para debate: Acesse o artigo “Perfil epidemiológico das infecções hospitalares por bactérias multidrogarresistentes em um hospital do norte de Minas Gerais” que se encontra no link (o arquivo deve baixar automaticamente): https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/download/3235/2792 1) De acordo com a Portaria n.º 2.616 de 12 de maio de 1998, qual a definição de infecções hospitalares? 2) O que são bactérias “MDR”? 3) Quais os sítios anatômicos apresentaram maior taxa de infecção? 4) Quais as principais espécies de bactérias encontradas? Classifique-as de acordo com sua característica morfológica e tintorial. https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/download/3235/2792 ANEXO 1 – AULA 5 Unidade Curricular: Mecanismos de Agressão e Defesa I Roteiro de Estudo 3 – FUNGOS: Estruturas, morfologia e tipos de micose A micologia é o estudo dos fungos, são organismos eucarióticas que, portanto, contém organelas como mitocôndrias, núcleo e um citoesqueleto. Os fungos se propagam de forma sexuada, assexuada (via esporos) e de forma vegetativa. Morfologicamente, os fungos podem ser classificados em unicelulares (leveduras) e pluricelulares (bolores e cogumelos com hifas = filamentos e micélios = conjunto interconectado de filamentos). Alguns fungos são dimórficos, apresentam a forma leveduriforme a 37°C e a forma filamentosa a 25°C. Os fungos são seres vivos e apresentam uma característica marcante que é a ubiqüidade, ou seja, se encontram amplamente disseminados na natureza, onde desempenham efeitos benéficos como reciclagem de tecido morto, fertilização do solo, micélios que envolvem raízes de plantas e atuam como simbiontes, levedura de cerveja, cogumelos medicinais. Ressalta-se também a utilização desses microrganismos em indústrias de alimento e bebidas (queijo, pão, vinho, cerveja, etc.), farmacêutica (antibióticos, hormônios, alucinógenos) e química (enzimas, ácidos orgânicos, vitaminas, pigmentos, etc.). Os fungos são também largamente usados como ferramentas em pesquisa básica de genética, fisiologia, bioquímica, entre outras. Também podem apresentar efeitos maléficos como parasitas que causam doenças e deterioram alimentos e materiais, ações psicotrópicas e intoxicantes. O que você deverá conhecer: O conceito de fungo, levedura, bolor e cogumelo As estruturas macroscópicas e microscópicas dos dois tipos de fungos (unicelulares e pluricelulares). O que você deverá compreender: Benefícios e malefícios de fungos para o ser humano. Resposta do sistema imune frente a fungos Estudo Dirigido: 1. Quais são as estruturas de uma célula fúngica? Como são classificados os fungos como seres vivos, em relação ao tipo de célula? 2. Os fungos podem ser unicelulares ou pluricelulares e desta forma quais são os tipos de fungos? 3. O que são hifas e micélio? 4. Quais as condições favoráveis para o crescimento dos fungos? 5. Quais são os tipos de micoses? Exemplifique para cada tipo. 6. Como ocorre a resposta do sistema imunológico frente aos fungos? Aula 8 – ANEXO 1 O que você deverá aplicar: Caso clínico: Paciente feminina, 69 anos, natural e procedente de São Sepé (RS), dona-de-casa, tabagista Não havia história epidemiológica clara quanto à possível exposição fúngica. Há 4 anos vinha apresentando dispneia progressiva, tosse produtiva, inapetência, náuseas e perda de peso. Encontrava-se em uso de levotiroxina, calcitriol e prednisona 15 mg/dia. Sem linfonodomegalia cervical ou supraclavicular. No último ano, com a piora dos sintomas, a paciente foi submetida à Tomografia Computadorizada, que mostrou piora do padrão radiológico de 4 anos atrás. A baciloscopia direta do escarro foi negativa para BAAR. O método Gomori-Grocott com prata metenamina evidenciou formas leveduriformes intracelulares, e as culturas das amostras de escarro e do lavado broncoalveolar em ágar dextrose Sabouraud revelaram a presença de Histoplasma capsulatum. Foi iniciado tratamento com itraconazol, 200 mg/dia.(8) A paciente encontra-se em acompanhamento ambulatorial com melhora sintomática e aumento de peso. Fonte: Santos JWA, Michel GT, Lazzarotto M, Figaro JK, Spilmann D, Homrich GK. Histoplasmosepulmonar cavitária crônica. J Bras Pneumol. 2009. Bibliografia BROOKS, F.G., CAROLL, C.K., BUTEL, S.J., MORSE, A.S., MIETZNER, A.T. (2014). Microbiologia Médica de Jawetz, Melnick e Adelberg (Lange). 26ª edição. Rio de Janeiro: AMGH. MADIGAN, T.M., MARTINKO, M.J., BENDER, S.K., BUCKLEY, H.D., STAHL, A.D. (2016). Microbiologia de Brock. 14ª edição. Porto Alegre: Artmed. ANEXO 2 – AULAS 8 ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS – Normas de biossegurança: Controle Microbiano (Semeadura / Leitura e interpretação) Unidade Curricular: Mecanismos Básicos de Agressão e Defesa I Turma: ________ Data: ___/___/____ Nome dos alunos: RA: Nota: ________________________________________________________________________________RA___________/_____ ________________________________________________________________________________RA___________/_____ ________________________________________________________________________________RA___________/_____ ________________________________________________________________________________RA___________/_____ Objetivos Avaliar as normas de biossegurança, os diferentes processos de controle microbiano, definir, diferenciar e aplicar. Atividades: (atividade em grupo) - Fase 1. Ler o roteiro e realizar o experimento com o uso dos antissépticos. - Fase 2. Para a aula seguinte que será a leitura da aula prática, os alunos deverão estudar o Capítulo do livro de Microbiologia sobre Controle Microbiano, pesquisar sobre o mecanismo de ação de clorexidine e álcool 70% para justificar os resultados obtidos e concluir o experimento ao final da aula. Rubrica: O aluno será avaliado pela assiduidade, pontualidade, postura, habilidade, participação em grupo, aplicação de normas de biossegurança, capacidade de intepretação e conclusão dos resultados. Procedimento: 1º) Demarcar em uma placa de Petri, contendo o meio sólido ágar triptona e soja (TSA) ou BHI, com caneta permanente 4 (quatro) divisões distintas: 1, 2, 3 e 4. Identificar a placa com o nome de um integrante do grupo. 2º) Na placa de TSA ou BHI demarcada proceder: - Região 1: pressionar levemente o polegar direito (sem utilizar antissepsia). - Região 2: lavar o polegar direito com o sabonete antisséptico (clorexidine), secar com papel toalha e pressionar nesta região. - Região 3: usar álcool 70% no outro polegar (esquerdo), deixar secar naturalmente e depois pressionar nesta região. - Região 4: controle (sem inocular). 3º) Incubar a placa com a tampa virada para baixo em estufa bacteriológica a 37ºC por 24-48h. Posteriormente proceder a leitura e interpretação após este período e preencher os resultados e a interpretação para cada região da placa testada. LEITURA E ANÁLISE DOS RESULTADOS: (SERÁ REALIZADO NA PRÓXIMA AULA). Resultados e Interpretação: - Região 1: Resultados____________________________________________________________________ Justificativa:________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ - Região 2: Resultados____________________________________________________________________ Justificativa:________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ - Região 3: Resultados____________________________________________________________________ Justificativa:________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ - Região 4: Resultados____________________________________________________________________ Justificativa:________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ANEXO 1 – AULA 09 Unidade Curricular: Mecanismos de Agressão e Defesa I Roteiro de Estudo 4 – Normas de biossegurança: Controle Microbiano A biossegurança pode ser definida como o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, à preservação do meio ambiente e à qualidade dos resultados. A biossegurança e a segurança biológica referem-se ao emprego do conhecimento, das técnicas e dos equipamentos, com a finalidade de prevenir a exposição do profissional, da comunidade e do meio ambiente, aos agentes biológicos potencialmente patogênicos. Equipamentos de segurança: são considerados como barreiras primárias de contenção e, juntamente com as boas práticas em laboratório, visam à proteção dos indivíduos e dos próprios laboratórios, sendo classificados como equipamentos de proteção individual (EPI) e coletiva (EPC). EPI é todo o dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. EPC, por sua vez, é todo o dispositivo que proporciona proteção a todos os profissionais expostos aos riscos no ambiente laboral. HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS - Finalidade: remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos. Duração do procedimento: 40 a 60 segundos (por região). Atenção: No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize papel-toalha. O uso coletivo de toalhas de tecido é contra-indicado, pois estas permanecem úmidas, favorecendo a proliferação bacteriana. A técnica de higienização anti-séptica é igual àquela utilizada para higienização simples das mãos, substituindo- se o sabão por um anti-séptico. Ex: anti-séptico degermante. CURIOSIDADE - Uma vez formulada uma hipótese, partiu Dr. Igaz Philipp Semmelweis para a elaboração de medidas de controle e a monitorização posterior da sua eficácia. Suas propostas centraram-se em três frentes: isolamento dos casos; lavagem das mãos; ferver instrumental e utensílios. Assim sendo, mesmo sem consultar o professor Klein, ele afixou na porta da unidade o seguinte cartaz: "A partir de hoje, 15 de maio de 1847, todo estudante ou médico, é obrigado, antes de entrar nas salas da clínica obstétrica, a lavar as mãos, com uma solução de ácido clórico, na bacia colocada na entrada. Esta disposição vigorará para todos, sem exceção". Assim sabão, escovas e ácido clórico tiveram entrada em sua unidade. A mortalidade, que chegou aos 18,27% em abril, caiu a partir de junho para uma média 3,04%. Em setembro daquele ano um novo aumento foi notado, que desta vez ele relacionou a uma paciente internada com carcinoma de colo de útero, associado a intensa descarga purulenta. Ele observou que sua equipe, mesmo após lavar as mãos ao entrar na unidade, examinava esta paciente e as demais sem repetir este procedimento, logo "nem só os mortos transmitiam aos vivos as partículas infectantes. Também as podiam propagar os vivos enfermos, portadores de processos pútridos ou purulentos, comunicando-os aos indivíduos sãos". Em novembro de 1847 uma paciente com quadro supurativo em membro inferior desencadeou um novo aumento da mortalidade, que Semmelweis atribuiu à saturação aérea pelos humores oriundos das secreções. Com isto, para o atendimento de parturientes portadoras de processos secretantes eledeterminou a mais rigorosa desinfecção das mãos após cada exame e removeu-as para salas de isolamento (7). No ano de 1848 a mortalidade na Segunda clínica (1,33%) foi maior que a da primeira (1,27%). Dr. Igaz Phlipp Semmelwies 1818-1865 www.ccih.med.br www.ccih.med.br O que você deverá conhecer: Os conceitos e as normas de biossegurança em saúde Estudo Dirigido 1) Há várias maneiras de remover micro-organismos de um objeto, ambiente ou indivíduo. Há também, várias maneiras de impedir seu desenvolvimento nesses locais. Para isso, é importante compreendermos alguns conceitos. Associe as colunas de acordo com a definição correta relacionada ao conceito: (___) É um agente químico ou físico, em geral de amplo espectro, que inativa microrganismo. Os químicos incluem o peróxido de hidrogênio, fenóis, alcoóis, hipoclorito de sódio e clorexidine; e os biocidas físicos incluem o calor e a radiação. Os biocidas geralmente são de largo espectro, em contraste com os anti-infecciosos, que têm um espectro da atividade antimicrobiana mais restrito. (___) Termo referente à propriedade pela qual um agente biocida tem a capacidade de inibir a multiplicação bacteriana que recomeça com a retirada do agente. Os termos “fungistático” e “esporostático” referem-se aos biocidas que inibem, respectivamente, o crescimento de fungos e esporos. (___) Termo que se refere à propriedade pela qual um biocida é capaz de matar bactérias. A ação bactericida difere da bacteriostática apenas por ser irreversível, isto é, o microrganismo “morto” não pode mais se reproduzir mesmo após a remoção do contato com o agente. Em alguns casos, o agente provoca a lise (dissolução) das células; em outros, as células permanecem intactas, podendo mesmo continuar metabolicamente ativas. Os termos, “fungicida”, “esporicida” e “virucida” referem-se à propriedade pela qual os biocidas são capazes de matar, respectivamente, fungos, esporos e vírus. (___) Um processo definido, utilizado para deixar uma superfície ou um produto, livres de organismos viáveis, inclusive bactérias e esporos. (___) Produtos ou biocidas utilizados para reduzir o número de microrganismos viáveis, ou a carga biológica em um produto ou superfície a um nível previamente especificado como apropriado para seu manuseio ou sua posterior utilização. Os desinfetantes não são necessariamente esporicidas, mas mostram-se esporostáticos, inibindo a germinação ou o crescimento. (___) Caracteriza-se pela presença de micróbios patogênicos em tecido vivo ou fluidos corpóreos. (___) Um biocida ou produto que destrói ou inibe o crescimento de microrganismos em tecido vivo (p. ex., pele) ou fluidos biológicos (p. ex., secreções de mucosa). (___) Livre de, ou que emprega métodos para ficar livre de microrganismos. (___) Prevenção da multiplicação de microrganismos em produtos formulados, como produtos farmacêuticos e alimentos. A. Preservação B. Bacteriostático C. Desinfetantes D. Esterilização E. Bactericida F. Asséptico G. Antisséptico H. Séptico I. Biocida 2) Qual a composição e função de um detergente enzimático? O que você deverá compreender e aplicar 3) Qual o mecanismo de ação dos produtos abaixo nas estruturas celulares microbianos? a) clorexidine b) álcool 70% 4) Quais são os métodos atuais de esterilização recomendados pela ANVISA? ANEXO 1 – AULA 10 Unidade Curricular: Mecanismos de Agressão e Defesa I Roteiro de Estudo Dirigido 5 – Vírus Os vírus são responsáveis por milhares de mortes no mundo todos os anos. Se considerarmos o vírus que atualmente mais causa morte, isto é o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) nota-se que ele foi responsável por 4,9% das mortes ocorridas no mundo no ano de 2004 e pelo menos 13320 mortes ocorridas no Brasil em 2002. Os vírus têm como característica marcante a necessidade de parasitar uma célula, para iniciar e completar seu ciclo de proliferação. Essa necessidade se dá, pois, os vírus apenas possuem a informação genética mínima para realizarem sua duplicação. Essa informação está contida em moléculas de DNA ou RNA que os mesmos carregam e, para que essa informação seja transformada em proteínas virais, esses patógenos precisam utilizar a maquinaria celular de produção de proteína. 1. ESTRUTURA DOS VÍRUS Os vírus apresentam tamanhos variados, desde muito pequenos (poliovírus com 30nm) até bastante grandes (vírus Ebola com até 1000nm). Apresentam propriedades muito particulares importantes para a compreensão do processo de infecção entre as quais podem ser sem envelopes que são resistentes e sobrevivem bem ou envelopados os quais são constituídos por uma membrana lipídica dupla associadas a proteínas. 2. ESTRUTURA BÁSICA Genoma ou Núcleo: RNA ou DNA. Por vezes, o genoma está envolto em uma camada de proteínas distinta do capsídeo. Capsídeo: envoltório proteico ou camada que envolve o genoma viral (ácidos nucléicos). Tem a função de proteger o ácido nucléico e combinar-se quimicamente com as substâncias presentes na superfície da célula hospedeira. Capsômeros: unidades protéicas que constituem o capsídeo. Nucleocapsídeo: é a combinação do complexo de proteínas com o ácido nucléico. Envoltório ou envelope: membrana de lipídios e proteínas que envolve o capsídeo em algumas partículas virais. Figura 02: Estrutura geral dos vírus 2.1 FORMAS De acordo com a sua morfologia, existem cinco tipos básicos de estrutura de partículas virais conforme figura abaixo: a) Icosaédrico sem envelope: ex. adenovirus e picornavirus. b) Helicoidal sem envelope: ex. vírus do mosaico do tabaco c) Icosaédrico com envelope: ex. togavirus e flavivirus. d) Helicoidal com envelope: ex. rabdovirus e paramyxovirus. e) Complexos: ex. bacteriófagos e poxvirus. 3. RESPOSTA IMUNE Os vírus normalmente infectam apenas uma espécie ou uma variedade restrita de espécies hospedeiras, ou seja, a base inicial é a capacidade da partícula viral se fixar à uma célula hospedeira sofrendo um ciclo de replicação produzindo várias partículas virais. Contudo, a imunidade celular varia de acordo com a interação do vírus com o hospedeiro, porém pode-se afirmar que os linfócitos T são fundamentais na erradicação da infecção primária, pela destruição das células infectadas de acordo com a maquinaria que compõe o sistema imunológico. 3.1 IMUNIDADE INATA Ocorre a produção de Interferon I pelas células infectadas promovendo um estado antiviral, além disso estimula as células NK levando a destruição das células infectadas. 3.2 IMUNIDADE ADQUIRIDA É mediada por anticorpos que bloqueiam a ligação e a entrada dos vírus nas células do hospedeiro e pelas células T que eliminam as células infectadas. Questões para estudo dirigido: 1. Qual a definição de vírus? 2. Quais as estruturas dos vírus e suas funções? 3. Como ocorre a replicação viral? Levando em conta a imagem abaixo, descreva os processos que ocorrem em cada etapa 4. Quais as diferenças entre HPV, herpes simples (HSV-1) e herpes-zóster? 5. Qual a diference entre HIV e AIDS? 6. Como ocorre a resposta imune contra vírus? Bibliografia BROOKS, F.G., CAROLL, C.K., BUTEL, S.J., MORSE, A.S., MIETZNER, A.T. (2014). Microbiologia Médica de Jawetz, Melnick e Adelberg (Lange). 26ª edição. Rio de Janeiro: AMGH MADIGAN, T.M., MARTINKO, M.J., BENDER, S.K., BUCKLEY, H.D., STAHL, A.D. (2016). Microbiologia de Brock. 14ª edição. Porto Alegre: Artmed. Anexo 01 – Aula 11 Anexo 02 – Aula 11 COMPLETE A CRUZADINHA TRANSMISSÃO DA HEPATITE C Anexo 03 – Aula 11 COMPLETE AS LACUNAS COM OS TERMOS
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