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TDE Proc Civil - PJe

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FACULDADE SANTA TEREZINHA – CEST 
CURSO DE DIREITO PERÍODO: 3º PERIODO
DISCIPLINA: Direito Processual Civil I
PROFESSOR: Carlo Sousa
DISCENTES: 
· ANTONIO JERONIMO DE ALMEIDA NETO;
· MARIA LUCILENE MENDES BARROSO;
· UBIRAJARA DE SOUZA JUNIOR
PJe, Processo Judicial Eletrônico
1. Introdução
O processo civil que conhecemos atualmente resulta de paciente evolução que se desenvolveu a partir de um demorado e estático período em que o sistema processual era visto como simples fração do direito privado, desprovido de qualquer autonomia. Tendo em vista a importância dos direito fundamentais processuais para todo o sistema processual, o novo Código positivou, já nos seus primeiros dispositivos, as normas fundamentais do processo civil.
O devido processo legal é o principio que garante o processo rígido por garantias mínimas de meios e de resultados, ou seja, com o emprego de técnicas adequadas e conducentes à tutela pretendida.
2. Lei nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006.
A lei nº 11.419/06 dispõe sobre a informatização do processo judicial e altera a Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil; e dá outras providências. O primeiro capítulo desta lei trata sobre a informatização do processo judicial estabelecendo que o uso de meio eletrônico na tramitação de processos judiciais, comunicação de atos e transmissão de peças processuais passou a ser admitido indistintamente, aos processos civil, penal e trabalhista, bem como aos juizados especiais, em qualquer grau de jurisdição, considerando meio eletrônico qualquer forma de armazenamento ou tráfego de documentos e arquivos digitais; a utilização de redes de comunicação, preferencialmente a rede mundial de computadores para transmissão eletrônica toda forma de comunicação à distância, Essa lei permitiu também a possibilidade de assinatura eletrônica nas seguintes formas de identificação inequívoca do signatário: assinatura digital e mediante cadastro de usuário no Poder Judiciário, conforme disciplinado pelos órgãos respectivos.
O envio de petições também se tornou possível por meio eletrônico, contudo sendo obrigatório o credenciamento prévio no Poder Judiciário. Conforme disciplinado pelos órgãos respectivos e para garantir os prazos dos atos processuais, foi estabelecido que o dia e hora do seu envio será comprovado via protocolo eletrônico, considerando-se tempestivas as transmitidas até as 24 (vinte e quatro) horas do seu último dia. 
No que tange a publicação de atos judiciais e administrativos próprios e dos órgãos a eles subordinados, bem como comunicações, ficou estabelecido que os tribunais poderão criar Diário da Justiça eletrônico, disponibilizado em sítio da rede mundial de computadores, no qual a publicação eletrônica na forma deste artigo substitui qualquer outro meio e publicação oficial, para quaisquer efeitos legais, à exceção dos casos que, por lei, exigem intimação ou vista pessoal, considerando como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico, vale ressaltar que os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação, com o devido cuidado de promover a ampla divulgação e com o ato administrativo correspondente sendo publicado durante 30 (trinta) dias no diário oficial em uso.
Sobre as intimações, consideradas pessoais para todos os efeitos legais, serão feitas por meio eletrônico em portal próprio aos que se cadastrarem, dispensando-se a publicação no órgão oficial, inclusive eletrônico, considerando-se realizada a intimação no dia em que o intimando efetivar a consulta eletrônica ao teor da intimação, certificando-se nos autos a sua realização. A lei ainda se preocupou com os casos em que a consulta se dê em dia não útil, passando a intimação a ser considerada como realizada no primeiro dia útil seguinte, mas também alerta que a consulta da intimação deverá ser feita em até 10 (dez) dias corridos contados da data do envio da intimação, sob a pena de considerar-se a intimação automaticamente realizada na data do término desse prazo, com a precaução, em caráter informativo, de ser enviada correspondência eletrônica, comunicando o envio da intimação e a abertura automática do prazo processual aos que manifestarem interesse por esse serviço. 
A lei ainda afirma que o ato processual deverá ser realizado por outro meio que atinja a sua finalidade, conforme determinado pelo juiz nos casos urgentes em que a intimação possa causar prejuízo a quaisquer das partes ou nos casos em que for evidenciada qualquer tentativa de burla ao sistema. Enfatizando ainda que, serão feitas preferentemente por meio eletrônico, as cartas precatórias, rogatórias, de ordem e, de um modo geral, todas as comunicações oficiais que transitem entre órgãos do Poder Judiciário, bem como entre os deste e os dos demais Poderes.
Sobre Processo Eletrônico os órgãos do Poder Judiciário poderão desenvolver sistemas eletrônicos de processamento de ações judiciais por meio de autos total ou parcialmente digitais, utilizando, preferencialmente, a rede mundial de computadores e acesso por meio de redes internas e externas, neste caso, todos os atos processuais do processo eletrônico serão assinados eletronicamente assim como, todas as citações, intimações e notificações, inclusive da Fazenda Pública, também serão feitas por meio eletrônico. Também serão consideradas vista pessoal do interessado para todos os efeitos legais as citações, intimações, notificações e remessas que viabilizem o acesso à íntegra do processo correspondente.
Será permitido o uso do documento físico digitalizado quando, por motivo técnico, for inviável o uso do meio eletrônico para a realização de citação, intimação ou notificação, esses atos processuais poderão ser praticados segundo as regras ordinárias, digitalizando-se o documento físico, que deverá ser posteriormente destruído.
A distribuição da petição inicial e a juntada da contestação, dos recursos e das petições em geral nos autos de processo eletrônico, podem ser feitas diretamente pelos advogados públicos e privados, sem necessidade da intervenção do cartório ou secretaria judicial, situação em que a autuação deverá se dar de forma automática, fornecendo-se recibo eletrônico de protocolo, considerando que quando o ato processual tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição eletrônica, serão considerados tempestivos os efetivados até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia.
Para as situações onde o Sistema do Poder Judiciário se tornar indisponível por motivo técnico, o prazo ficará automaticamente prorrogado para o primeiro dia útil seguinte à resolução do problema, sendo assim necessário que os órgãos do Poder Judiciário mantenham equipamentos de digitalização e de acesso à rede mundial de computadores à disposição dos interessados para distribuição de peças processuais.
 Os documentos produzidos eletronicamente e juntados aos processos eletrônicos com garantia da origem e de seu signatário serão considerados originais para todos os efeitos legais, assim como os extratos digitais e os documentos digitalizados e juntados aos autos pelos órgãos da Justiça, pelo Ministério Público, pelas procuradorias, pelas autoridades policiais, pelas repartições públicas e por advogados públicos e privados contendo a mesma força probante dos originais, ressalvada a alegação motivada e fundamentada de adulteração antes ou durante o processo de digitalização. A arguição de falsidade do documento original será processada eletronicamente na forma da lei processual em vigor. Os originais dos documentos digitalizados deverão ser preservados pelo seu detentor até o trânsito em julgado da sentença ou, quando admitida, até o final do prazo para interposição de ação rescisória. 
Para os casos de documentos cuja digitalização seja tecnicamente inviável devido ao grande volume ou por motivo de ilegibilidade, estes deverão ser apresentados ao cartório ou secretaria no prazo de 10 (dez) dias contados do enviode petição eletrônica comunicando o fato, os quais serão devolvidos à parte após o trânsito em julgado.
É importante mencionar que, mesmo considerando o meio eletrônico, alei garante à disponibilidade de documentos, contudo, protege os casos daqueles que tramitarem em “segredo de justiça”.
Com relação à conservação dos autos do processo, esta poderá ser efetuada total ou parcialmente por meio eletrônico, devidamente protegidos por meio de sistemas de segurança de acesso e armazenados em meio que garanta a preservação e integridade dos dados, sendo dispensada a formação de autos suplementares. Quando os autos de processos eletrônicos que tiverem de ser remetidos a outro juízo ou instância superior que não disponham de sistema compatível deverão ser impressos em papel, autuados na forma dos arts. 166 a 168 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, ainda que de natureza criminal ou trabalhista, ou pertinentes a juizado especial. A digitalização de autos em mídia não digital, em tramitação ou já arquivados, será precedida de publicação de editais de intimações ou da intimação pessoal das partes e de seus procuradores, para que, no prazo preclusivo de 30 (trinta) dias, se manifestem sobre o desejo de manterem pessoalmente a guarda de algum dos documentos originais.
Os sistemas a serem desenvolvidos pelos órgãos do Poder Judiciário deverão usar, preferencialmente, programas com código aberto, acessíveis ininterruptamente por meio da rede mundial de computadores, priorizando-se a sua padronização, devendo buscar identificar os casos de ocorrência de prevenção, litispendência e coisa julgada. A parte deverá informar, ao distribuir a petição inicial de qualquer ação judicial, o número no cadastro de pessoas físicas ou jurídicas, conforme o caso, perante a Secretaria da Receita Federal, salvo impossibilidade que comprometa o acesso à justiça, da mesma forma, as peças de acusação criminais deverão ser instruídas pelos membros do Ministério Público ou pelas autoridades policiais com os números de registros dos acusados no Instituto Nacional de Identificação do Ministério da Justiça, se houver.
Quando se tratar de processo total ou parcialmente eletrônico, os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes. Vale observar que as eventuais contradições na transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento da realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano, registrando-se a alegação e a decisão no termo,
Outro benefício desta lei e que as repartições públicas poderão fornecer todos os documentos em meio eletrônico conforme disposto em lei, certificando, pelo mesmo meio, que se trata de extrato fiel do que consta em seu banco de dados ou do documento digitalizado.
3. O PJE.
3.1. Conceito
O PJE, que significa Processo Judicial Eletrônico, foi originado a partir da Lei nº 11.419/06, que disciplinou a informatização do processo judicial no país, que proporcionou uma considerável mudança de paradigmas, com sensível melhoria de qualidade em relação a forma de realizar o serviço de prestação jurisdicional, considerando que nenhuma de suas funcionalidades atrita ou antagoniza com o mega princípio do due process of law (SILVA, 2013). 
1. 
2. 
3. 
3.1. 
3.2. Características do PJe
Em pesquisa realizada, Silva (2016), com o objetivo de Analisar o conhecimento dos usuários do PJe, verificou que o PJe apresenta as seguintes vantagens:
a. É um sistema prático, seguro e acessível que surgiu com o intuito de executar a tarefa administrativa de controle aos processos judiciais, com devida celeridade, permitindo assim a agilização na prática e atual processual;
b. É uma ferramenta moderna e ecológica já que diminui significativamente o uso de papel;
c. Agiliza o andamento dos processos judiciais;
d. É dinâmico na relação Juiz/Servidor; e também de integração entre as Varas que o utilizam e permite dinamicidade as atuações judiciais;
e. Reduz a burocratização que era pautada nos autos físicos praticados, e ainda redução significativa de recursos na execução desses processos;
f. É estritamente preciso na garantia de serviços orientados para a juntada de petições, elaboração de certidões e sentenças e realização de despachos;
g. Este sistema abarca a objetivação de fornecer subsídios para uma tomada de decisão, salienta-se que determinado projeto ou ação estará inserido em contexto mutável, passando da fase de desconhecimento da abordagem para então possível resolução de problemática;
h. Através de um e-token devidamente cadastrado, o usuário pode praticar qualquer ato judicial de sua competência de qualquer tipo de computador ou smatrphone, que contenha o acesso à internet;
i. A distribuição virtual dos processos; intimação dos advogados via sistema sem necessidade de publicação no Diário oficial; movimentação eletrônica do processo;
j. Existe a padronização do sistema em toda a Justiça do País, sendo o PJe um Sistema Unificado, por conter padronização de suas etapas e funcionalidades sistemáticas;
k. Atuando em nível nacional, para todas as esferas da justiça, neste caso os Órgãos Judiciais do País;
l. Acessibilidade de 24 horas do contato do usuário ao sistema, e desta forma facilitar o acesso a qualquer hora e em qualquer lugar.
Em relação às dificuldades pode-se mencionar que:
a. Nos primeiros acessos, a exemplo dos advogados ao distribuírem suas petições iniciais, apresentam dificuldades em operacionalizar o sistema, o que os faz muitas vezes insatisfeitos;
b. Mesmo sendo uma exímia inovação, mas que ainda necessita de melhores aperfeiçoamentos diante as ferramentas do programa;
c. Apresentam falhas em suas delineações, o que peticionam melhorias no seu sistema;
d. Necessidade de boa internet;
e. O sistema não funciona de maneira independente, já que os órgãos não se encontram interligados. 
3.3. Finalidade
Para Spolidoro e Formiga Jr (2016), a principal finalidade deste programa é tornar virtual todos os processos que tramitam junto ao Poder Judiciário, impactando assim na resolução de problemas que necessitam de devida celeridade processual, simplificando todas as fases das ações em trâmite, levando a reduzir as atribuições dos serventuários.
3.4. Operacionalidade
Refere-se ao esforço do usuário para operar e controlar o sistema. A otimização de entrada de dados através de valores-padrão, seleção de dados pré-definidos, disponibilidade de teclas de atalho, disponibilidade de funções para o usuário cancelar, desfazer ou refazer uma tarefa ou ação, são recursos que contribuem para a facilidade de operação do sistema.
O PJe deve oferecer os seguintes recursos:
· Incluir valores padrões, quando aplicáveis;
· Incluir recurso de preenchimento de outros campos quando valores padronizados podem ser obtidos de um campo determinado, tal como com os dados de endereço que podem ser parcialmente obtidos a partir do CEP;
· Exibir as informações estruturadas hierarquicamente em formato de árvore ou outra forma de exibição que permita a apreensão dessa estrutura pelo usuário.
Além dessas características que devem ser aplicadas para a visualização padrão produzidas, devem ser feitos estudos para a preparação de camada de visão específica que atenda aos requisitos da Recomendação CNJ n.º 27/2009.
3.5. Trâmite dos prazos processuais perante o PJE
O artigo terceiro da lei 11.419/06 diz o seguinte:
“Consideram-se realizados os atos processuais por meio eletrônico no dia e hora do seu envio ao sistema do Poder Judiciário, do que deverá ser fornecido protocolo eletrônico.”
Parágrafo Único: Quando a petição eletrônica for enviada para atender prazo processual, serão consideradas tempestivas as transmitidas até as 24 horas do seu último dia.” (Lei 11.419/060)
Os atos processuais em meios eletrônicos serão admitidos medianteassinatura eletrônica e prévio credenciamento da parte no poder judiciário, conforme o artigo segundo da lei 11.419/06. Sendo considerados válidos e tempestivos os atos praticados até às 24 horas do último dia do prazo.
Nos termos do artigo 4 da resolução 185/2013, “Os atos processuais terão registro, visualização, tramitação e controle exclusivamente em meio eletrônico e serão assinados digitalmente, contendo elementos que permitam identificar o usuário responsável pela sua prática.”
As partes tomam ciência dos atos praticados ou a serem praticados na relação jurídica através da citação, intimação. A citação, intimação são as formas de comunicação dos atos processuais, além das cartas rogatórias e precatórias. As comunicações dos atos processuais estão regulamentadas no artigo 200 até 242 do Código de Processo Civil, sendo atos processuais a citação e a intimação.
A citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender sob a pena de não validar a relação jurídica, segundo artigos 212 e 214 do Código de Processo Civil. Deve ser feita pessoalmente ao réu, seu representante ou ao seu procurador. A citação válida torna prevento o juízo, induz a litispendência, faz litigiosa a coisa, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição. A criação deverá ser feita pelos correios, por oficial de justiça, por edital e por meio da lei 11.419/06, a citação vem disciplinada em seu artigo 6°, a qual admite as citações eletrônicas, inclusive em sede de Fazenda Pública e Direito Criminal.
Por intimação deve-se entender como o ato que visa dar ciência as partes do conteúdo do processo, bem como determinar a prática de atos processuais na relação jurídica processual. No CPC está disciplinada no artigo 234 até o 242. Na lei 11.419/06 em seus artigos 5°e 9°.
O artigo 234 do CPC assim nos diz que: “Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.” Para a intimação ser válida é indispensável que conste o nome das partes e do advogado, sob a pena de nulidade.
A intimação em regra é direcionada aos advogados e realizada em diários oficiais. O Ministério Público, Defensoria Pública, Fazenda Pública, as autarquias e fundações são intimados pessoalmente.
Nos termos do parágrafo único do artigo 237 do CPC, a intimação poderá ser realizada em meio eletrônico, sendo esta regulamentada pela lei 11.419/06.
No PJe, a intimação não é feita em diários oficiais, mais sim diretamente e exclusivamente a advogado habilitado no processo. Considerando-se feita a intimação no dia e hora em que o intimado efetivar a consulta eletrônica de seu teor. A intimação é feita em painel específico, bastando dar um clique para se efetivar. Caso a consulta se dê em dia não útil, a intimação será considerada realizada no dia seguinte.
No PJe, a questão da intimação em painel eletrônico é uma problemática, a ser debatida, haja falta de publicação em diário oficial, somente o advogado habilitado ao processo que as recebe, dificultando a visibilidade da intimação. Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir considerado como data da publicação.
Conforme artigo 5 da lei 11419/2006 as intimações serão feitas em portal próprio aos que se cadastrar, dispensando-se a publicação em diário oficial. De acordo com o parágrafo primeiro, considerar-se-á realizada a intimação no dia que i intimado efetivar a consulta eletrônica ao teor da intimação. Segundo o parágrafo terceiro o artigo 5° a consulta ao painel de intimação e deverá ser feita em até dez dias úteis corridos contados da data do envio da intimação, sob pena de considerar-se a intimação realizada automaticamente realizada na data do término do prazo.
Para efeito da contagem do prazo de 10 (dez) dias corridos, sendo a intimação feita pelo sistema do processo judicial eletrônico:- o dia inicial da contagem é o seguinte ao da disponibilização do ato de comunicação no sistema, independentemente de esse dizer, ou não, de expediente no órgão comunicante; o dia da consumação da intimação ou comunicação é o décimo a partir do dia inicial, caso seja de expediente judiciário, ou primeiro dia útil seguinte, conforme resolução 185/2013, artigo 21.
A intercorrência de feriado, interrupção de expediente ou suspensão de prazo entre o dia inicial e final do prazo para conclusão da comunicação não terá nenhum efeito sobre sua contagem,
Nos termos do artigo 9°, parágrafo primeiro, da lei do processo eletrônico as citações, intimações notificações e remessas que viabilizam o acesso à íntegra do processo correspondente serão considerados, vistas pessoal ao interessado. As comunicações dos atos pessoais nos processos eletrônicos tais como citação e intimação, principalmente a intimação é feita pela via eletrônica, dispensando-se em regra a publicação em diário oficial, sendo esta pessoal e direcionada ao advogado habilitado ao processo no PJe.
As intimações no PJe dificultam o trabalho do advogado, primeiro por ser pessoal, segundo por não ser publicado em diário oficial, causando verdadeiros transtornos.
As intimações são feitas em painel específico, cujo prazo é de dez dias uteis a contar da data que o advogado tomar ciência. Ou passando o prazo de dez dias úteis considera-se automaticamente intimado.
4. Conclusão
O PJe, Processo Judicial Eletrônico, é um sistema de tramitação de processos judiciais cujo objetivo é atender às necessidades dos diversos segmentos do Poder Judiciário brasileiro (Justiça Militar da União e dos Estados, Justiça do Trabalho e Justiça Comum, Federal e Estadual)[footnoteRef:1]. [1: http://www.pje.jus.br/wiki/index.php/P%C3%A1gina_principal] 
Ele consiste em um processo judicial onde as peças de certidões, petições e despachos são elaborados por meio virtual, ou seja, passaram a ser digitalizadas. 
Conforme consta na lei nº 11.419/06, para o envio de petições é obrigatório o credenciamento prévio no Poder Judiciário e comprovado via protocolo eletrônico, considerando tempestivas as transmitidas até as 24 (vinte e quatro) horas do seu último dia. 
No que tange a publicação de atos judiciais e administrativos próprios e dos órgãos a eles subordinados, bem como comunicações, os tribunais poderão criar Diário da Justiça eletrônico, disponibilizando em sítio da rede mundial de computadores, no qual a publicação eletrônica na forma deste artigo substitui qualquer outro meio e publicação oficial.
É importante mencionar que, mesmo considerando o meio eletrônico, alei garante à disponibilidade de documentos, contudo, protege os casos daqueles que tramitarem em “segredo de justiça”.
Resultante disso, o PJe trouxe vários benefícios, entre eles a celeridade no andamento dos processos, transparência na atuação das varas e dos tribunais, trazendo credibilidade para as decisões proferidas, redução de folhas, entre outros.
REFERÊNCIAS
Âmbito Jurídico. De uma análise sobre o processo judicial eletrônico e o PJE. Disponível em: < https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-processual-civil/de-uma-analise-sobre-o-processo-judicial-eletronico-e-o-pje/ > acesso em 20 de maio de 2020.
BRASIL. BRASILIA, LEI 11,419/06, institui o processo judicial eletrônico. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11419.htm>. Acesso em 19 de maio de 2020.
Brasil; Brasília. Resolução 185/2013. Regulamenta o Processo Judicial Eletronico-Pje. Disponível em <http://www.cnj.jus.br/atos-administrativos/atos-da-presidencia/resolucoespresidencia/27241-resolucao-n-185-de-18-de-dezembro-de-2013>. Acesso em 20 de maio de 2020.
DONIZETTI, ELPÍDIO. Curso didático de direito processual civil. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
SILVA, A. de A. Processo judicial eletrônico – PJE e o due process of law. Revista TST, Brasília, v. 79, n. 3, jul./set. 2013. Disponível em: < https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle/20.500.12178/49830/002_silva.pdf> Acesso em: 20 mai. 2020
SILVA, Jucelia Aparecida de Melo. Análise da utilização do Processo Judicial Eletrônico (PJe) noTJPB, na comarca de Bayeux - PB. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – UFPB/CCSA, João Pessoa, Paraíba, 2016. Disponível em: <https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/2022/1/JAMS08092017.pdf>. Acesso em: 20 mai. 2020
SPOLIDORO, O. R.; FORMIGA JR, J. C.. PJE – processo judicial eletrônico. Repositório Digital do Univag. Várzea Grande, 2016. Disponível em: < file:///C:/Users/maracana%2027/Downloads/268-1034-1-PB%20(1).pdf> . Acesso em: 20 mai. 2020.

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