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Curso: 150 questões de Direito Constitucional Professor: Jonathas de Oliveira Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 2 de 160 www.exponencialconcursos.com.br Sumário 1- Questões Comentadas ......................................................................... 3 2- Lista de Exercícios ...........................................................................103 3- Gabarito .........................................................................................159 4- Referencial Bibliográfico....................................................................160 Olá concurseiros! Vamos nos exercitar um pouco? O material que vocês têm disponível contempla 150 questões comentadas de Direito Constitucional, abrangendo diversos tópicos da disciplina, incluindo questões de teor doutrinário, jurisprudencial e, como não poderia deixar de ser, da literalidade da nossa Constituição Federal. Válido destacar que os comentários e mapas mentais aqui trazidos foram extraídos dos nossos cursos específicos, disponíveis em: https://www.exponencialconcursos.com.br/categoria/?cat_name=direito- constitucional Um excelente estudo a todos! Comecemos! 150 Questões de Direito Constitucional comentadas Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 3 de 160 www.exponencialconcursos.com.br 1- (CESPE / STJ – Conhecimentos Básicos / 2015) Julgue o item subsecutivo, acerca da República Federativa do Brasil. A Constituição é instituto multifuncional que engloba entre seus objetivos a limitação do poder e a conformação e legitimação da ordem política. Resolução: Correto. A Constituição é a lei máxima do Estado e tem como alguns de seus objetivos limitar os poderes do próprio Estado e dos particulares e estabelecer as diretrizes da ordem política. 2- (FGV / Estágio Forense no MPE – RJ / 2014 / Adaptada) Julgue o item a seguir: O sistema jurídico brasileiro adota o princípio da supremacia constitucional. Segundo os juristas pátrios e, principalmente, a jurisprudência do STF, o referido princípio informa-nos que o intérprete deve ter em conta que as normas constitucionais encontram-se posicionadas no topo do ordenamento jurídico e configuram o fundamento de validade de todas as demais normas do sistema que estejam em posição hierárquica inferior. Resolução: Correto. O princípio da Supremacia da Constituição postula que a Lei Fundamental (Constituição) do Estado se encontra na parte mais elevada do ordenamento jurídico, de modo que nenhuma norma pode contrariar suas disposições normativas. Este princípio orienta toda interpretação da Constituição, lei fundamental do Estado, que não pode ser contrariada por nenhuma outra norma. Todo o corpo legislativo do nosso ordenamento (e o agir público é vinculado à existência de lei prévia que o autorize) em última instância extrai seu fundamento de validade da Lei Maior, a Constituição Federal. Temos configurada, portanto, a seguinte relação hierárquica: Norma Hipotética Fundamental* Constituição Federal 1988 Lei federal Atos normativos infralegais 1- Questões Comentadas É a ideia lógica que sustenta o plano jurídico- positivo Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 4 de 160 www.exponencialconcursos.com.br 3- (FGV / Estágio Forense no MPE – RJ / 2014 / Adaptada) Julgue o item a seguir: O preâmbulo constitucional, dada a sua importância no quadro constitucional, possui superior hierarquia às normas constitucionais constantes do corpo permanente da Constituição da República Brasileira. Resolução: Errado. São três as posições apontadas pela doutrina em relação ao preâmbulo, vejamos: a) tese da irrelevância jurídica: o preâmbulo está no âmbito da política e não possui relevância jurídica; b) tese da plena eficácia: o preâmbulo tem a mesma eficácia jurídica das demais normas constitucionais; c) tese da relevância jurídica indireta: o preâmbulo tem parte das características jurídicas da Constituição Federal, entretanto, não deve ser confundido com as demais normas jurídicas desta. O Supremo Tribunal Federal ao enfrentar a questão concluiu que o preâmbulo constitucional não se situa no âmbito do direito, mas no âmbito da política, transparecendo a ideologia do constituinte. Desta forma, o STF adotou, expressamente, a tese da irrelevância jurídica. 4- (CESPE / Polícia Rodoviária Federal / 2013) No que se refere aos princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 (CF) e à aplicabilidade das normas constitucionais, julgue o item a seguir. Decorre do princípio constitucional fundamental da independência e harmonia entre os poderes a impossibilidade de que um poder exerça função típica de outro, não podendo, por exemplo, o Poder Judiciário exercer a função administrativa. Resolução: Errado. A independência dos Poderes não se confunde com a completa segregação destes. Muito pelo contrário. No Brasil, a separação entre Executivo, Legislativo e Judiciário se dá de forma abrandada. Disso deriva a possibilidade de que, além de suas funções típicas, cada qual exerça funções atípicas correlatas aos demais. Senão vejamos: Poder Funções típicas Funções atípicas Executivo 1- Provimento direto de bens e serviços públicos, atos de administração, chefia de Estado e de governo - Legislar - Julgar Legislativo 1- Elaboração de leis 2 - Fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Poder Executivo - Administrar - Julgar Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 5 de 160 www.exponencialconcursos.com.br Judiciário 1- Instituir a coisa julgada com base na aplicação da legislação - Administrar - Legislar 5- (ESAF / Analista de Planejamento e Orçamento / 2015) Com a ascensão científica e institucional do direito constitucional, vimos o surgimento do chamado "Novo Constitucionalismo", que possui alguns traços marcantes, com exceção de: a) a acentuação da dualidade dos ramos do direito público e do direito privado. b) passagem da Constituição para o centro do sistema jurídico, em que passou a desfrutar de supremacia formal e material. c) filtragem constitucional, pois, com a passagem da Constituição para o centro, passou ela a funcionar como a lente, o filtro através do qual se deve olhar para o Direito de uma maneira geral. d) o triunfo do direito constitucional, que deve ser a “janela" através da qual se olha o mundo. e) o modo de desejar o mundo, ou seja, o direito constitucional passou a ser não somente um modo de olhar e pensar o Direito, mas também um modo de desejar o mundo: fundado na dignidade da pessoa humana, na centralidade dos direitos fundamentais, na busca por justiça material, na tolerância e no respeito ao próximo. Resolução: Alternativa A. Temos as seguintes características do neoconstitucionalismo: No neoconstitucionalismo, os vetores constitucionais baseados no primado da dignidade humana e em seus direitos e garantias fundamentais espraia-se para as relações individuais. Assim, este promove alterações tanto C O N S T IT U IÇ Ã O É o centro do sistema É norma jurídica dotada de imperatividade e superioridade Sua carga valorativa é a dignidade da pessoa humana e seus direitos fundamentais Tem eficácia irradiante em relação aos Poderes do Estado e diante dos particulares Deve efetivamente concretizar os valores nela presentes Deve promover a garantia de condições existenciais dignas Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 6 de 160www.exponencialconcursos.com.br nas relações de direito público quanto naquelas reguladas pelo direito privado. Não há acentuação de dualidade como proposto no enunciado. 6- (CESPE / Técnico do MPU / Área de Administração / 2013) No que se refere à CF, julgue o item a seguir. Todas as normas presentes na CF, independentemente de seu conteúdo, possuem supremacia em relação à lei ordinária, por serem formalmente constitucionais. Resolução: Correto. Conciliando o conceito de supremacia da Constituição de Kelsen e, sabendo que no Brasil se adota o critério formal de Constituição, temos que, qualquer norma (regra ou princípio) constitucional será hierarquicamente superior à legislação infraconstitucional (leis ordinárias, complementares, decretos, resoluções etc.). 7- (FGV / Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal de Cuiabá / 2015) Analise o fragmento a seguir. “Sempre que uma norma jurídica comportar mais de um significado possível, deve o intérprete optar por aquele que melhor realize o espírito da Constituição, rejeitando as exegeses contrárias aos preceitos constitucionais.” Assinale a opção que indica o princípio de interpretação constitucional a que o fragmento se refere. a) Princípio da Unidade da Constituição. b) Princípio da Interpretação Conforme a Constituição. c) Princípio da Supremacia da Constituição. d) Princípio da Força Normativa da Constituição. e) Princípio da Concordância Prática. Resolução: Alternativa B. Tal princípio é aplicado nos casos em que a interpretação de uma mesma norma pode produzir significados diversos (normas polissêmicas). O intuito é conduzir a interpretação desta ao sentido mais compatível com o texto constitucional, afastando-a dos vieses inconstitucionais e conservando-a no sistema normativo. Ou seja, sempre que uma norma jurídica comportar mais de um significado possível, deve o intérprete optar por aquele que melhor realize o espírito da Constituição, rejeitando as exegeses (entendimentos, interpretações) contrárias aos preceitos constitucionais. Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 7 de 160 www.exponencialconcursos.com.br Válido destacar que a interpretação conforme não é utilizável quando a norma impugnada admite sentido unívoco. Esta técnica pode ser com redução de texto ou sem redução de texto. 8- (CESPE / Advogado da União / 2015) Julgue o item a seguir, relativo a normas constitucionais, hermenêutica constitucional e poder constituinte. Diferentemente do poder constituinte derivado, que tem natureza jurídica, o poder constituinte originário constitui-se como um poder, de fato, inicial, que instaura uma nova ordem jurídica, mas que, apesar de ser ilimitado juridicamente, encontra limites nos valores que informam a sociedade. Resolução: Correto. Comumente temos o poder originário descrito como segue: Todavia, a característica de ilimitado do poder originário deve ser vista de forma relativizada, uma vez que, em último caso, este poder pode ser “contido” por (ou interpretado com) filtros de natureza social (como, por exemplo, a cultura política da nação). Vale dizer, do ponto de vista jurídico, o poder originário é ilimitado. Porém, do ponto de vista metajurídico (para além do Direito), não. 9- (FCC / Juiz do Trabalho Substituto do TRT da 1ª Região / 2015) Thomas Paine afirmou "A vaidade e a presunção de governar para além do túmulo é a mais ridícula e insolente das tiranias". Partindo-se das premissas de que a Constituição é feita para durar (estabilidade), mas que O poder constituinte originário (de 1º grau) é: Inicial precede a ordem jurídica. O Direito do Estado começa a partir dele e não antes. Ilimitado O Direito porventura anterior (conjunto normativo do Estado anterior) não lhe serve de molde. É livre para criar e inovar o ordenamento. OBS.: por outro lado, valores suprapositivos (religiosos e éticos, por exemplo) que inspiram a nação, certamente lhe servem como parâmetro1. Incondicionado é um poder político, uma força social pré-jurídica. Permanente não se esgota após editada e outorgada ou promulgada a Constituição. Pelo contrário, é latente ao longo da existência do Estado. Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 8 de 160 www.exponencialconcursos.com.br a imutabilidade absoluta é um risco à sua legitimidade, especialmente perante as gerações futuras (adaptabilidade), tem-se que o mecanismo institucional que, de maneira informal, permite a modificação do sentido e do alcance do texto constitucional positivado é a: a) Revisão constitucional. b) Mutação constitucional. c) Reforma constitucional. d) Assembleia constituinte. e) Emenda constitucional. Resolução: Alternativa B. Um exemplo bastante citado de mutação constitucional é o art. 5º, XI, da CF/88: XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; Quando a Constituição foi promulgada, o conceito de casa era bem mais restrito do que hoje, limitado ao seu sentido ordinário de residência ou domicilio. No entanto, atualmente, a interpretação, tanto jurisprudencial como doutrinária, que se é dada, é bem mais ampla, abrangendo, por exemplo, quartos de hotel, trailers e até mesmo locais de trabalho. 10- (FCC / Analista do MPU / Área Administrativa / 2007) Conforme a doutrina dominante, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é classificada como: a) formal, escrita, outorgada e rígida. b) formal, escrita, promulgada e rígida. c) material, escrita, promulgada e imutável. d) formal, escrita, promulgada e flexível. e) material, escrita, outorgada e semi-rígida. Resolução: Alternativa B. Vide nosso resumo. TIPOLOGIA CF/88 Origem Promulgada Forma Escrita Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 9 de 160 www.exponencialconcursos.com.br Extensão Analítica Conteúdo Formalmente Constitucional Modo de elaboração Dogmática Alterabilidade Super rígida / Rígida Dogmática Eclética Correspondência com a realidade (ontologia) Pretende ser normativa Sistema Principiológica Origem de sua decretação Autônoma Finalidade Dirigente 11- (FCC / Analista Judiciário do TRE – SE / 2015) Provavelmente, a decisão política que conduziu à promulgação da constituição, ou desse tipo de constituição, foi prematura. A esperança, contudo, persiste, dada a boa vontade dos detentores e destinatários do poder, de que tarde ou cedo a realidade do processo do poder corresponderá ao modelo estabelecido na constituição. O trecho acima, retirado da obra de um importante constitucionalista do século XX, corresponde à descrição de uma constituição: a) normativa. b) balanço. c) semântica. d) nominal. e) analítica. Resolução: Alternativa D. Conforme vimos previamente, caso a realidade fático-social corresponda ao disciplinado na Constituição, teremos um modelo de Constituição NORMATIVA. De outra via, caso a disciplina constitucional ainda busque correspondência esta realidade, teremos uma Constituição NOMINATIVA (ou NOMINAL). 12- (CESPE / Analista Judiciário do TRE – PI / 2016 / Adaptada) Julgue o item abaixo. Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 10 de 160 www.exponencialconcursos.com.br Em razão da sua natureza meramente administrativa, o TCU não poderá exercer o controle de constitucionalidade incidental de uma lei ou de atos do poder público quando do julgamento de seus processos. Resolução: Errado. Segundoa Súmula n.° 347 do STF, "o Tribunal de Contas, o exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público". Válido ressaltar que a referida regra sumular foi aprovada na Sessão Plenária de 13.12.1963, num contexto constitucional diferente do atual, então não se surpreendam se um dia for revista! Isso porque até o advento da Emenda Constitucional n° 16, de 1965, que introduziu em nosso sistema o controle abstrato de normas, admitia-se como legítima a recusa, por parte de órgãos não-jurisdicionais, à aplicação da lei considerada inconstitucional. 13- (FCC / Analista Judiciário do TST / Área Judiciária / 2012) Renato ajuizou ação de indenização contra Pedro, julgada procedente em primeiro grau e confirmada pelo Tribunal de Justiça. Interposto Recurso Especial pelo demandado, cujo processamento é admitido, o Superior Tribunal de Justiça declarou a inconstitucionalidade da lei que fundamenta a demanda, que é assim julgada improcedente. Tem-se, no caso, exercício de controle da constitucionalidade a) abstrato. b) difuso. c) concentrado. d) transverso. e) coletivo. Resolução: Alternativa B. Perceba-se que a ação principal não se destinava a averiguar a constitucionalidade da lei trabalhista. A ação era de natureza civil visando à obtenção de indenização. Todavia, prejudicialmente (incidentalmente), o STJ acabou sendo levado a apreciar a natureza constitucional da ação. 14- (CESPE / Analista Judiciário do TRE – MT / 2015) Acerca do direito constitucional, julgue o item que se segue. Compete ao Congresso Nacional suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF. Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 11 de 160 www.exponencialconcursos.com.br Resolução: Errado. A competência não é do Congresso Nacional, mas apenas do Senado Federal. Em sede de controle difuso, podemos ter os seguintes resultados, se declarada a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo: 15- (CESPE / Analista Legislativo da Câmara dos Deputados / 2014) Julgue os próximos itens, referentes à ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade. A ação declaratória de constitucionalidade é instrumento de controle difuso de inconstitucionalidade das leis. Resolução: Errado. A ação declaratória de constitucionalidade (ADC) é instrumento do controle concentrado de constitucionalidade. REGRA (questão levada ao exame de juiz ou tribunal) Inter partes (a decisão só vincula as partes em disputa) Ex tunc (retroativa) OBS.: Pode haver modulação dos efeitos EXCEÇÃO (apenas possível quando a questão é levada ao STF) Inter partes ou Erga omnes (a decisão vincula a todos no caso do art. 52, X) Ex nunc (prospectiva) OBS.: Excepcionalmente pode ser ex tunc para a administração pública (Decreto 2.346/97) Controle concentrado Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ADI genérica ADI por omissão (ADO) Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) Representação Interventiva Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 12 de 160 www.exponencialconcursos.com.br 16- (FGV / Auditor Fiscal da Receita Estadual – RJ / 2010) Não possui legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade: a) a mesa da Câmara dos Deputados. b) a mesa do Senado Federal. c) a mesa do Congresso Nacional. d) a mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal. e) a confederação sindical de âmbito nacional. Resolução: Alternativa C. O rol dos legitimados ativos para propor ADI é taxativo: 17- (FCC / Analista Judiciário do TRT da 19ª Região / Área Judiciária / 2014 / Adaptada) Atenção: Para responder à questão, considere as disposições da Constituição Federal. Projeto de lei de iniciativa parlamentar dispondo sobre aumento da remuneração dos empregados públicos da Administração direta federal foi aprovado pelo Congresso Nacional, tendo sido sancionado e promulgado pelo Presidente da República. Meses depois, o Presidente da República ajuizou ação direta de inconstitucionalidade − ADIN em face da lei, sustentando que estaria Pessoas Presidente da República Governador do Estado ou DF Procurador-Geral da República Mesas Senado Federal Câmara dos Deputados Assembléia Legislativa (ou Câmara Legislativa do DF) Instituições Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil partido político com representação no Congresso Nacional confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 13 de 160 www.exponencialconcursos.com.br eivada de vício material e formal de inconstitucionalidade, este último em razão de tratar de matéria de iniciativa legislativa privativa do Presidente da República. Com base neste exemplo, julgue a assertiva que segue: Há vício formal de inconstitucionalidade, podendo o Presidente da República propor ADIN, em que pese tenha sancionado a lei impugnada. Resolução: Correto. O STF entende que a sanção do Chefe do Executivo no decurso do processo legislativo (de “confecção de leis”) não convalida vício de iniciativa, ou seja, não torna o errado (do ponto de vista jurídico formal) certo (válido e eficaz). Além disso, não há impedimento para que o Presidente reverta seu posicionamento e exerça sua legitimidade ad causam mesmo que tenha previamente sancionado a lei. 18- (FCC / Analista do CNMP / 2015) Em relação à eficácia e aplicabilidade das normas constitucionais, é correto afirmar: a) As normas constitucionais de aplicabilidade direta, imediata e integral, que admitem norma infraconstitucional posterior restringindo seu âmbito de atuação, são de eficácia plena. b) As normas constitucionais de aplicabilidade diferida e mediata, que não são dotadas de eficácia jurídica e não vinculam o legislador infraconstitucional aos seus vetores, são de eficácia contida. c) As normas constitucionais de aplicabilidade direta, imediata e integral, por não admitirem que norma infraconstitucional posterior restrinja seu âmbito de atuação, são de eficácia contida. d) As normas constitucionais que traçam esquemas gerais de estruturação de órgãos, entidades ou institutos, são de eficácia plena. e) As normas constitucionais declaratórias de princípios programáticos, que veiculam programas a serem implementados pelo Poder Público para concretização dos fins sociais, são de eficácia limitada. Resolução: Alternativa E. a) As normas constitucionais de aplicabilidade direta, imediata e integral, que admitem norma infraconstitucional posterior restringindo seu âmbito de atuação, são de eficácia plena. b) As normas constitucionais de aplicabilidade diferida e mediata, que não são dotadas de eficácia jurídica e não vinculam o legislador infraconstitucional aos seus vetores, são de eficácia contida. As normas de eficácia contida são dotadas de eficácia jurídica (assim como as demais), além de terem aplicabilidade direta, imediata, mas não integral. Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 14 de 160 www.exponencialconcursos.com.br c) As normas constitucionais de aplicabilidade direta, imediata e integral, por não admitirem que norma infraconstitucional posterior restrinja seu âmbito de atuação, são de eficácia contida plena. d) As normas constitucionais que traçam esquemas gerais de estruturação de órgãos, entidades ou institutos, são de eficácia plena limitada. 19- (FGV / Auditor Substituto do TCE – RJ / 2015 / Adaptada) A Câmara de Vereadores dedeterminado município aprovou projeto de lei e o encaminhou ao Chefe do Poder Executivo, que vetou uma parte do projeto e sancionou a outra, terminando por promulgar a lei municipal. Em suas razões de veto, que ainda pendem de apreciação pela Câmara de Vereadores, argumentou o Chefe do Poder Executivo que a parte do projeto por ele vetada é inconstitucional. À luz desse quadro, um renomado advogado elaborou parecer defendendo que o veto parcial ao projeto foi equivocado, pois, nessa parte, o projeto mostrava-se constitucional. Acresceu, ainda, que o vício de inconstitucionalidade recaía justamente sobre a parte sancionada. Considerando o sistema brasileiro de controle de constitucionalidade e que o STF admite o manejo de mandado de segurança contra projetos de Lei tendentes a abolir direitos fundamentais, os quais fazem parte do conceito de preceito fundamental, é correto afirmar que a proposta de emenda à constituição, ainda que seja tida como dissonante de cláusulas pétreas, não pode ser impugnada via arguição de descumprimento de preceito fundamental. Resolução: Correto! Lembremos que para que seja ajuizada ADPF, não basta que haja lesão ou ameaça a preceito fundamental. Também é necessário que não exista outra forma eficaz de impugnar os efeitos do ato indesejado (princípio da subsidiariedade). Uma vez que, no contexto do fato narrado, admite-se a impetração de mandado de segurança, afasta-se a ADPF. 20- (FGV / Auditor Fiscal Tributário Municipal de Cuiabá – MT / 2015) O subsecretário de Fazenda do Município X expediu uma portaria determinando aos auditores fiscais que não aplicassem a lei complementar que alterou o Código Tributário Nacional, por entender que a mesma era flagrantemente inconstitucional. Considerando a situação descrita, assinale a afirmativa correta. a) O subsecretário de Fazenda agiu corretamente, pois o Poder Judiciário não detém o monopólio do controle de constitucionalidade e leis inconstitucionais não devem ser cumpridas. Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 15 de 160 www.exponencialconcursos.com.br b) O subsecretário de Fazenda agiu de forma equivocada, pois ao Poder Judiciário é reservado o controle de constitucionalidade das leis. c) O subsecretário de Fazenda agiu de forma equivocada, pois, tendo em vista o princípio de interpretação constitucional da presunção de constitucionalidade das leis, essas jamais podem ser desconsideradas, até que haja a declaração de inconstitucionalidade, pelo Poder Judiciário. d) O subsecretário de Fazenda agiu de forma equivocada, pois, embora seja possível ao Poder Executivo exercer o controle de constitucionalidade das leis, somente o chefe deste poder pode determinar a não aplicação de uma lei que julgue inconstitucional. e) O subsecretário de Fazenda agiu corretamente, pois a recusa ao cumprimento de leis inconstitucionais é um corolário do Princípio da Supremacia da Constituição. Resolução: Alternativa D. Trata-se de questão interessante, de um ponto ainda não totalmente pacificado. Muito embora o controle de constitucionalidade seja atribuição do Judiciário, parte expressiva da doutrina entende que é admissível ao Chefe do Poder Executivo (vedada a atuação de agente hierarquicamente inferior, como Secretário, nesse sentido) deixar de aplica lei que considere inconstitucional. Como expõe o Juiz Flávio da Silva Andrade (Revista CEJ, Brasília, Ano XV, n. 52, p. 11, jan./mar. 2011), faz-se necessário o preenchimento dos seguintes requisitos: a) tratar-se de caso em que, exercendo o direito de interpretação no caso concreto, de maneira motivada, o Chefe do Executivo venha a deparar-se com situação de manifesta inconstitucionalidade de modo que se torne evidente a necessidade de repudiar a lei para prestigiar a supremacia da Carta Constitucional. Nessas hipóteses, o ocupante da Chefia do Poder Executivo não pode ter tido a oportunidade de vetar a lei reputada inconstitucional, pois, do contrário, seria incongruente recusar o cumprimento de norma que ele mesmo considerou constitucional; b) ... por se tratar de medida extremamente grave e com ampla repercussão nas relações entre os Poderes, apenas ao Chefe do Poder Executivo pode ser assegurada essa prerrogativa, negando-se a possibilidade de qualquer funcionário administrativo subalterno descumprir a lei sob a alegação de inconstitucionalidade. ... fora das situações acima, o Chefe do Poder Executivo, ou mesmo um funcionário de nível hierárquico inferior, só poderá deixar de aplicar uma lei se sua inconstitucionalidade já tiver sido reconhecida pela Corte competente, em sede de controle abstrato ou difuso, exigindo-se, neste caso, a formação de jurisprudência que dê respaldo ao repúdio da norma legal. Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 16 de 160 www.exponencialconcursos.com.br 21- (FGV / Técnico do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro / 2016) De acordo com o art. 97 da Constituição da República Federativa do Brasil, “somente pelo voto da maioria de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público”. Determinado juiz de direito, após ler esse preceito, que somente faz menção a tribunais, e constatar que nenhum comando expresso na Constituição o autorizava a realizar o controle de constitucionalidade, negou requerimento formulado pelo Ministério Público em sede de ação civil pública. No caso concreto, o Ministério Público pretendia que o juiz de direito deixasse de aplicar uma norma que considerava inconstitucional, o que teria influência direta na resolução do problema concreto. À luz da sistemática constitucional, o controle de constitucionalidade pretendido pelo Ministério Público é considerado: a) difuso, podendo ser realizado pelo juiz de direito; b) concentrado, somente podendo ser realizado por tribunal; c) abstrato, podendo ser realizado pelo juiz de direito; d) difundido, somente podendo ser realizado por tribunal; e) concreto, somente podendo ser realizado por tribunal. Resolução: Alternativa A. A eficácia erga omnes (geral) não pode ser determinada por juiz monocrático. No entanto, o juiz singular pode sim declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, com efeitos inter partes, num determinado caso concreto. Ademais, a cláusula de reserva de plenário (art. 97 da CF/88: somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público) somente se aplica aos órgãos colegiados do Judiciário. A decisão do juiz não vincula de forma alguma os tribunais. Seus efeitos limitam-se às partes da lide (disputa). 22- (FGV / Procurador de Paulínia – SP / 2016) O Prefeito Municipal vetou determinado projeto de lei flagrantemente dissonante da Constituição da República Federativa do Brasil, isso por violar os seus alicerces estruturais. Ao apreciar as razões de veto, a Câmara Municipal decidiu não mantê-lo, o que resultou na promulgação e consequente publicação da lei municipal X. Inconformado com esse estado de coisas, o Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 17 de 160 www.exponencialconcursos.com.br Chefe do Poder Executivo solicitou que a Procuradoria do Município realizasse estudo a respeito da melhor forma de impugnar a lei municipal X perante o Poder Judiciário. A Procuradoria elaborou um alentado parecer, no qual examinou todos os aspectos afetos ao caso concreto. À luz do sistema brasileiro de controle de constitucionalidade, é correto afirmar quea lei municipal X: a) está sujeita ao controle concentrado de constitucionalidade perante o Tribunal de Justiça, que examinará a sua compatibilidade com a Constituição da República. b) não pode ser submetida, por meio de qualquer dos instrumentos disponíveis, ao controle concentrado de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. c) somente pode ser objeto de controle concentrado de constitucionalidade perante o Tribunal de Justiça, que examinará a sua compatibilidade com a Constituição Estadual. d) somente pode ser objeto de controle difuso de constitucionalidade, que será realizado por qualquer órgão do Poder Judiciário. e) pode ser submetida à apreciação do Supremo Tribunal Federal, por meio da arguição de descumprimento de preceito fundamental, que analisará a sua compatibilidade com a Constituição da República. Resolução: Alternativa E. É cabível o controle concentrado de lei municipal em face da CF por meio de ADPF, não cabendo ao tribunal de justiça estadual exercer o controle de constitucionalidade da lei municipal (assim como de demais outros atos normativos expedidos por aquele ente) quando o parâmetro de controle é a Constituição Federal. 23- (CESPE / Analista Judiciário do TRT da 8ª Região / 2016) Assinale a opção correta a respeito dos princípios fundamentais na Constituição Federal de 1988 (CF). a) A dignidade da pessoa humana é conceito eminentemente ético-filosófico, insuscetível de detalhada qualificação normativa, de modo que de sua previsão na Constituição não resulta grande eficácia jurídica, em razão de seu conteúdo abstrato. b) O valor social do trabalho possui como traço caracterizador primordial e principal a liberdade de escolha profissional, correspondendo à opção pelo modelo capitalista de produção. c) A valorização social do trabalho e da livre-iniciativa não alcança, indiscriminadamente, quaisquer manifestações, mas apenas atividades econômicas capazes de impulsionar o desenvolvimento nacional. Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 18 de 160 www.exponencialconcursos.com.br d) O conceito atual de soberania exprime o autorreconhecimento do Estado como sujeito de direito internacional, mas não engloba os conceitos de abertura, cooperação e integração. e) A cidadania envolve não só prerrogativas que viabilizem o poder do cidadão de influenciar as decisões políticas, mas também a obrigação de respeitar tais decisões, ainda que delas discorde. Resolução: Alternativa E. Questão interessantíssima! De fato, a cidadania se traduz tanto na ideia de participação política (votar e ser votado) como na previsão de diversas formas de participação do indivíduo na vida pública, como sujeito ativo de direito e de deveres. A alternativa “A” é errada, pois, a dignidade da pessoa humana é princípio matriz dos direitos fundamentais e, desta forma, lhes serve de norte, não apenas sob o prisma ético-filosófico, como jurídico-pragmático. O problema na opção “B” é que o valor social do trabalho visa a primeiramente assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da justiça social. O escopo aqui não é apenas capitalista (liberal), mas carrega traços de um Estado social. O entendimento acima nos ajuda a também compreender o erro da opção “C”. A valorização social do trabalho e a livre iniciativa visam a proporcionar liberdade na atuação econômica (dentro dos valores da justiça social). Não há, portanto, restrição quanto às atividades econômicas a serem desenvolvidas pelos particulares, desde que lícitas. Por fim, a alternativa “D” erra, pois, a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. Além disso, buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. 24- (FCC / Técnico Judiciário do TRT da 23ª Região / 2016) Ao dispor sobre os Princípios Fundamentais da República Federativa do Brasil, a Constituição prevê, expressamente, como (1) fundamento, (2) objetivo e (3) princípio de relações internacionais da República: a) (1) Fundamento - a soberania (2) Objetivo - a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária (3) Princípio de relações internacionais da República - a solução dos conflitos pela arbitragem b) (1) Fundamento - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa (2) Objetivo - a garantia do desenvolvimento nacional Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 19 de 160 www.exponencialconcursos.com.br (3) Princípio de relações internacionais da República - a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade c) (1) Fundamento - a cidadania (2) Objetivo - a promoção de formas alternativas de geração de energia (3) Princípio de relações internacionais da República - a independência nacional d) (1) Fundamento - a dignidade da pessoa humana (2) Objetivo - a proteção da infância e da juventude (3) Princípio de relações internacionais da República - a concessão de asilo político e) (1) Fundamento - o parlamentarismo (2) Objetivo - a construção de uma sociedade livre, justa e igualitária (3) Princípio de relações internacionais da República - a defesa da paz. Resolução: Alternativa B. Mais uma questão literal. Note-se que é lugar comum (em todas as bancas isso se repete) tentar confundir os fundamentos, objetivos fundamentais e princípios nas relações internacionais. No entanto, isso é facilmente vencível após algumas revisões. Vamos organizar nossas ideias conforme o quadro resumo abaixo. REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL FUNDAMENTOS OBJETIVOS PRINCÍPIOS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS I- Soberania II- Cidadania III- Dignidade da pessoa humana IV- Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa V- Pluralismo político I- Construir uma sociedade livre, justa e solidária II- Garantir o desenvolvimento nacional III- Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais IV- Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação I- Independência nacional II- Prevalência dos direitos humanos III- Autodeterminação dos povos IV- Não-intervenção V- Igualdade entre os Estados VI- Defesa da paz; VII- Solução pacífica dos conflitos VIII- Repúdio ao terrorismo e ao racismo IX- Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade X- Concessão de asilo político Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 20 de 160 www.exponencialconcursos.com.br 25- (FCC / Técnico Judiciário do TRT da 23ª Região / 2016) Os chamados direitos de primeira geração (ou dimensão) surgiram no século XVIII, como consequência do modelo de Estado Liberal. São exemplos de direitos de primeira geração ou dimensão: a) direito à vida e direito à saúde. b) direito à liberdade e direito à propriedade. c) direito à igualdade e direito à cultura. d) direito ao lazer e direito à moradia. e) direito à saúde e direito ao meio ambiente saudável. Resolução: Alternativa B. Questão bem simples. Os direitos de 1ª dimensão são aqueles que marcam um distanciamento entre cidadão e Estado, garantindo àquele, formas básicas de proteção contra o poder arbitrário deste. São os direitos que se consolidaram com as revoluções burguesas. No entanto, ainda não cuidavam de aspectos como a igualdade material, os direitos sociais e outros aspectos relativos à sociedade (coletivamente considerada). Relevante aqui relembrar: 26- (FGV / Auditor Fiscal Tributárioda Receita Municipal de Cuiabá – MT / 2015 / Adaptada) Julgue o item a seguir. 1ª dimensão: LIBERDADE – Direitos civis e políticos (primeira dimensão) Delimitação do individual e do público. Transição entre Estado Autoritário e Estado Liberal de Direito. Direitos de resistência/oposição perante o Estado. 2ª dimensão: IGUALDADE – Direitos sociais, econômicos e culturais (SEC - segunda dimensão) Transição entre Estado Liberal e Estado Social. Igualdade real e não meramente formal. 3ª dimensão: FRATERNIDADE – Direitos coletivos e difusos (desenvolvimento, meio ambiente equilibrado, comunicação etc.) Transição entre Estado Social e Estado Democrático. Proteção do gênero humano. 4ª dimensão: Democracia direta, pluralismo e acesso à informação 5ª dimensão: Paz (universal), direitos virtuais, transconsitucionalismo Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 21 de 160 www.exponencialconcursos.com.br Os direitos e garantias fundamentais são inalienáveis e indisponíveis. Resolução: Como regra correto. E por que como regra? Imaginem, por exemplo, a participação de indivíduos em certos realitys shows. Tal participação potencialmente ocasiona uma restrição a direitos fundamentais dos participantes, como à intimidade e mesmo à liberdade! Todavia, importante observar que, cada vez mais, a doutrina e jurisprudência entendem que a maior parte dos direitos fundamentais não é absoluto, podendo ser restringidos pela lei, ou em situações excepcionais, desde que preenchidos alguns requisitos, como a temporariedade (a restrição não pode ser permanente) e a voluntariedade (o indivíduo não pode ser forçado ou coagido a deles abrir mão), dentro de um contexto de razoabilidade a ser aferido caso a caso. 27- (CESPE / Técnico do Seguro Social – INSS / 2016) A respeito dos direitos fundamentais, julgue o item a seguir. Em decorrência do princípio da igualdade, é vedado ao legislador elaborar norma que dê tratamento distinto a pessoas diversas. Resolução: Errado. A igualdade não deve se limitar ao seu aspecto formal, admitindo também que seja dado tratamento desigual aos desiguais a fim de alcançar a isonomia material. Essa linha de raciocínio também serve de parâmetro para a aplicação das denominadas discriminações positivas ou ações afirmativas. 28- (FCC / Oficial de Defensoria Pública – SP / 2015) Márcio, Oficial de justiça da Defensoria do Estado de São Paulo, necessita cumprir um mandado na residência de Simone. Para o efetivo cumprimento do mandado Márcio precisa entrar no interior da residência. Quando chega ao local, às 19 horas e 45 minutos, Simone não permite a sua entrada, afirmando que seus filhos estão dormindo e que, se ele desejar, retorne outro dia em horário diurno. Neste caso, de acordo com a Constituição Federal, considerando que não há flagrante ou situação de urgência, Márcio deverá: a) retornar outro dia, em horário diurno, uma vez que Simone está apenas exercendo seu direito constitucional consistente na inviolabilidade domiciliar. b) requerer força policial, uma vez que a Constituição Federal lhe permite a entrada na residência de Simone até às 21 horas. c) requerer força policial, uma vez que a Constituição Federal lhe permite a entrada na residência de Simone até às 20 horas. Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 22 de 160 www.exponencialconcursos.com.br d) requerer força policial, uma vez que a Constituição Federal lhe permite a entrada na residência de Simone em qualquer horário, tendo em vista a autorização do Poder Judiciário através de competente mandado. e) retornar no dia seguinte até às 17 horas, uma vez que Simone está apenas exercendo seu direito constitucional consistente na inviolabilidade domiciliar. Resolução: Alternativa A. Nos termos da Constituição Federal: Devemos destacar que é majoritário o entendimento de que o termo "dia", para fins da garantia constitucional insculpida no art. 5.º, XI, segue o critério físico-astronômico, ou seja, compreende o interstício que vai da aurora ao crepúsculo (não segue um intervalo fixo, como, por exemplo, entre 6h e 18h). 29- (FCC / Oficial de Defensoria Pública – SP / 2013) Considere os seguintes crimes: I. Tortura. II. Terrorismo. III. Racismo. IV. Ação de grupos armados (civis ou militares) contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. Nos termos da Constituição Federal brasileira, detêm as características de “inafiançável e imprescritível” os crimes descritos em: a) II e III, apenas. b) I, III e IV, apenas. c) III e IV, apenas. d) I e IV, apenas. e) I, II, III e IV. Quando o domicílio pode ser adentrado? COM consentimento do morador Sempre SEM consentimento do morador Qualquer hora Flagrante Desastre Socorro De Dia Determinação Judicial Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 23 de 160 www.exponencialconcursos.com.br Resolução: Alternativa C. Como todas as condutas acima são inafiançáveis, nos termos do art. 5º, XLII, XLIII e XLIV, bastando encontrar aquele que é imprescritível. Neste sentido, lembrarmos que, imprescritível, somente RAGA (Racismo + Ação de Grupos Armados)! 30- (FCC / Analista Judiciário do TRT da 1ª Região / Área Judiciária / 2013) Ao disciplinar o direito de propriedade como um direito fundamental, a Constituição da República prevê que: a) a desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, procede-se, em regra, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos em lei complementar. b) no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização posterior, se houver dano. c) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento. d) a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio vitalício para sua utilização, além de proteção temporária para criações industriais, propriedade das marcas, nomes de empresas e outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País. e) o direito de herança é garantido, sendo a sucessão de bens de estrangeiros situados no País sempre regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros. Resolução: Alternativa B. Vejamos o que não condiz com nossa Carta. a) a desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, procede-se, em regra, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos em lei complementar na Constituição. Crimes Inafiançáveis e Imprescritíveis Racismo Ação de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado Democárico Inafiançáveis e Insuscetíveis de graça ou anistia (H3T) Hediondo Tortura Tráfico Terrorismo Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 24 de 160 www.exponencialconcursos.com.br c) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento. d) a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio vitalício temporário para sua utilização, além de proteção temporária para criações industriais, propriedade das marcas, nomes de empresas e outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimentotecnológico e econômico do País. e) o direito de herança é garantido, sendo a sucessão de bens de estrangeiros situados no País sempre regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus". 31- (FGV / Analista Judiciário do TJ – BA / 2015) João necessita, com urgência, de uma certidão pública com informações sobre o montante de uma dívida tributária em face do fisco estadual para juntar em um processo judicial. Dirigiu-se à repartição pública competente para solicitá- la, mas foi informado, por funcionário local, de que a repartição estava em reforma e, por esse motivo, a certidão só poderia ser expedida em um prazo mínimo de dois meses. Em face da urgência de João, o remédio constitucional adequado para proteger seus direitos é: a) o habeas data. b) a ação popular. c) o mandado de segurança. d) o mandado de injunção. e) a ação civil pública. Resolução: Alternativa C. Apesar do inciso XXXIII do art. 5º, assegurar o direito à informação de interesse particular ou de interesse coletivo, ele não se confunde com a informação protegida pelo habeas data, que é sempre relativa à pessoa do impetrante (HD 87-AgR/DF). O direito à informação que se exerce naquele inciso é mais amplo que o exercido por meio de habeas data e pode dizer respeito a diversos conteúdos que não referentes a própria pessoa do impetrante. Nesse sentido, para a proteção do direito (amplo) líquido e certo de receber informações de órgãos públicos, o remédio adequado é o mandado de segurança! Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 25 de 160 www.exponencialconcursos.com.br 32- (FCC / Técnico Judiciário do TRE – RS / Área Administrativa / 2010) No que se refere aos direitos e garantias fundamentais, é certo que: a) qualquer pessoa é parte legítima para propor ação popular, respondendo o autor, com ou sem má fé, pelas custas judiciais e pelo ônus da sucumbência. b) o mandado de segurança coletivo poderá ser impetrado por partido político com representação das Assembleias Legislativas ou na Câmara Legislativa. c) o habeas data, face à sua natureza, é restrito à retificação de dados quando não se prefere fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. d) para os fins do mandado de segurança, o responsável pela ilegalidade também pode ser o agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. e) o mandado de injunção é sempre cabível nas hipóteses de alguém se achar ameaçado de sofrer coação em sua liberdade por ilegalidade ou abuso de poder. Resolução: Opção D. Aos erros! a) qualquer pessoa cidadão é parte legítima para propor ação popular, respondendo o autor, com ou sem salvo má fé, pelas custas judiciais e pelo ônus da sucumbência. b) o mandado de segurança coletivo poderá ser impetrado por partido político com representação das Assembleias Legislativas ou na Câmara Legislativa no Congresso Nacional. c) o habeas data, face à sua natureza, é restrito destina-se também à retificação de dados quando não se prefere fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. d) para os fins do mandado de segurança, o responsável pela ilegalidade também pode ser o agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. e) o mandado de injunção habeas corpus é sempre cabível nas hipóteses de alguém se achar ameaçado de sofrer coação em sua liberdade por ilegalidade ou abuso de poder. 33- (FGV / Analista do IBGE / 2016) De acordo com o texto da Constituição da República de 1988 e com a doutrina de Direito Administrativo, o mandado de segurança é: a) ação de fundamento constitucional pela qual se torna possível proteger o direito líquido e certo do interessado contra ato do Poder Público ou de agente de pessoa privada no exercício de função delegada; Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 26 de 160 www.exponencialconcursos.com.br b) remédio constitucional cabível quando houver falta de norma regulamentadora que torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; c) meio processual previsto na Constituição para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; d) instrumento constitucional à disposição de qualquer cidadão que visa a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural; e) demanda de ordem constitucional à disposição de qualquer cidadão para a restituição da verdade sobre fato juridicamente relevante com a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. Resolução: Alternativa A. É a correta definição do writ, nos termos do art. 5º, LXIX, da CF/88. As demais opções dizem respeito a outros remédios constitucionais: B – mandado de injunção; C – habeas data; D – ação popular; E – habeas data. 34- (CESPE / Auditor da FUB / 2015) Julgue o item subsecutivo, acerca dos direitos e deveres individuais e coletivos, dos direitos sociais, dos direitos de nacionalidade, dos direitos políticos e dos partidos políticos. Embora não esteja previsto expressamente na CF, o princípio da proibição do retrocesso social significa que, uma vez regulamentado dispositivo constitucional de índole social, o legislador não pode retroceder, revogando ou prejudicando o direto já reconhecido. Resolução: Correto. Trata-se de mais uma “construção” (lógica) doutrinária, segundo a qual direito fundamentais conquistados e consolidados por uma sociedade não podem ser, posteriormente, de alguma forma, limitados, suprimidos ou extintos do ordenamento jurídico. A teoria da vedação ao retrocesso por muitas vezes é denominada efeito cliquet. O termo cliquet, de origem francesa, é uma onomatopeia que representa o barulho das “presilhas” que os alpinistas usam ao fazer uma subida. 35- (FCC / Técnico Judiciário do TRE – PB / 2015) Dentre os direitos fundamentais sociais consagrados pela Constituição Federal, não se encontra arrolado o direito: a) ao transporte. Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 27 de 160 www.exponencialconcursos.com.br b) à saúde. c) à vida. d) à moradia. e) à segurança. Resolução: Alternativa C. O direito à vida é individual, não social. São direitos sociais: 36- (FCC / Técnico Ministerial do MPE – PB / 2015) Viviane é viúva e tem quatro filhos e todos a ajudam financeiramente. Ronaldo, 17 anos, trabalha como empacotador no supermercado “Bom Amigo”, Rodineia, 16 anos, trabalha como garçonete na lanchonete “Mais cinco”, Kassia, 14 anos, é aprendiz de cozinheira e Linda, 13 anos, trabalha como aprendiz de corte e costura. Considerando que nenhum dos trabalhos é noturno, perigoso ou insalubre, a Constituição Federal está sendo respeitada para: a) Ronaldo e Kassia, apenas. b) todos os filhos. c) Ronaldo e Rodineia, apenas. d) Ronaldo, Rodineia e Kassia, apenas. e) Kassia, apenas. Direitos sociais Educação Saúde Alimentação Trabalho Moradia Transporte Lazer Segurança Previdência social Proteção à maternidade e à infância Assistência aos desamparados Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 28 de 160 www.exponencialconcursos.com.br Resolução: Alternativa D. Linda tem apenas 13 anos, assim, de acordo com a CF/88, não poderia exercer nenhumtipo de trabalho, nem na condição de aprendiz. 37- (ESAF / Técnico Administrativo da ANAC / 2016) Considera-se direito dos trabalhadores urbanos e rurais, nos termos da Constituição Federal: a) assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 anos de idade em creches e pré-escolas. b) remuneração do serviço extraordinário superior, no máximo, em cinquenta por cento à do normal. c) aviso prévio proporcional tendo como base o valor do vencimento básico. d) repouso semanal remunerado aos domingos. e) irredutibilidade do salário, exceto o que dispuser o contrato de trabalho. Resolução: Alternativa A, conforme estatui o art. 7º, XXV, da CF/88. Vejamos os erros. b) remuneração do serviço extraordinário superior, no máximo mínimo, em cinquenta por cento à do normal. c) aviso prévio proporcional tendo como base o valor do vencimento básico ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei. d) repouso semanal remunerado preferencialmente aos domingos. e) irredutibilidade do salário, exceto o que dispuser o contrato de trabalho salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo. 38- (CESPE / Técnico Judiciário do TRT – GO / 2015) Quanto ao conceito de Constituição e aos direitos individuais e de nacionalidade, julgue o seguinte item. São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira que esteja no exterior a serviço do Brasil ou de organização internacional. Trabalho Noturno, perigoso ou insalubre Vedação completa à menores de 18 anos Não noturno, perigoso ou insalubre Possível para maiores de 16 anos Possível para menores de 16 e maiores de 14 anos, como aprendiz Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 29 de 160 www.exponencialconcursos.com.br Resolução: Errado. Consoante a doutrina, serviço da República Federativa do no Brasil não é somente o serviço diplomático ordinário afeto ao Executivo Federal, compreendendo outros derivados dos poderes da União, estados e municípios, inclusive das autarquias. Também constitui serviço da República Federativa do no Brasil, o serviço de organização internacional de que o Brasil faça parte. Todavia, nossa questão tratou “organização internacional” de forma genérica, o que simplesmente extrapola o teor do texto constitucional. 39- (FGV / Técnico da Defensoria Pública Estadual – RO / 2015 / Adaptada) Ernesto, filho de pais brasileiros, nascido e registrado em repartição brasileira na República do Paraguai, ao atingir a maioridade, decide vir para o Brasil. Ao chegar neste País, consulta um Defensor Público a respeito dos seus direitos. É correto afirmar que Ernesto: a) pode optar, a qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira; b) somente pode obter a nacionalidade brasileira se for naturalizado; c) é considerado brasileiro nato pelo simples fato de seus pais serem brasileiros; d) somente pode optar pela nacionalidade brasileira se os seus pais estavam, no Paraguai, a serviço do Brasil; e) somente terá reconhecida a nacionalidade brasileira se o Paraguai oferecer reciprocidade ao Brasil. Resolução: Alternativa A. Brasileiro nascido no exterior pode ser considerado juridicamente brasileiro nato caso (i) ao menos um dos progenitores esteja a serviço do Brasil, (ii) desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou (iii) venham a residir no Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. Observem que Ernesto já é maior de idade, conforme o enunciado. E, portanto, pode optar, em qualquer tempo (depois de atingida a maioridade), pela nacionalidade brasileira. 40- (FCC / Analista Judiciário do TRF da 3ª Região / 2016) Abenebaldo, originariamente holandês, solicitou e obteve a sua naturalização brasileira no ano de 2014. Após o decurso de um mês do encerramento do processo de naturalização, apurou-se que em 2011, em seu país natal, Abenebaldo esteve comprovadamente envolvido em tráfico ilícito de entorpecentes. Sendo assim: Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 30 de 160 www.exponencialconcursos.com.br a) a naturalização será automaticamente cassada, devendo Abenebaldo ser imediatamente extraditado. b) a naturalização será automaticamente cassada, devendo Abenebaldo ser imediatamente deportado. c) Abenebaldo poderá ser extraditado, vez que o crime ocorreu antes de sua naturalização, o que não seria possível caso o delito tivesse sido praticado após tal ato. d) Abenebaldo não poderá ser extraditado, vez que o crime ocorreu antes de sua naturalização. e) Abenebaldo poderá ser extraditado, independentemente de o crime ter sido praticado antes ou após a sua naturalização. Resolução: Alternativa E. A naturalização não será automaticamente cassada, porém, mediante processo judicial, será declarada a perda da nacionalidade de Abenebaldo, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional, podendo este ser extraditado, nos termos do art. 5.º, LI, da CF/88. 41- (FCC / Técnico de Controle Externo do TCE – AP / 2012) O alistamento eleitoral é facultativo para os: a) estrangeiros. b) maiores de sessenta e cinco anos. c) conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório. d) analfabetos. e) maiores de dezesseis anos e menores de vinte e um anos. Resolução: Alternativa D, nos termos do art. 14, §1º, II, “a”, da CF/88. Conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório e estrangeiros são inalistáveis. Errados os itens “A” e “C”. Em relação aos itens “B” e “E”, o erro é que a CF torna o voto facultativo para maiores de setenta anos e para maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 42- (FGV / Técnico da Defensoria Pública Estadual – RO / 2015) Para que uma pessoa possa exercer qualquer mandato eletivo, é necessário que preencha alguns requisitos previstos na Constituição da República. Dentre eles, encontra-se a exigência de que: a) tenha no mínimo dezesseis anos; b) esteja filiada a partido político há, no mínimo, cinco anos; Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 31 de 160 www.exponencialconcursos.com.br c) tenha nível superior; d) seja aprovada no exame realizado antes da posse; e) tenha providenciado o seu alistamento eleitoral. Resolução: Alternativa E. Literalidade do art. 14, §3.º. 43- (CESPE / Técnico Judiciário do TRE – MS / Área Administrativa / 2013) De acordo com a CF, assinale a opção correta acerca da perda e da suspensão de direitos políticos. a) A incapacidade civil relativa enseja a perda dos direitos políticos. b) O cancelamento de naturalização por sentença de que ainda caiba recurso acarreta a suspensão dos direitos políticos. c) O cumprimento de prestação alternativa a obrigação a todos imposta é causa de suspensão dos direitos políticos. d) A condenação criminal contra a qual ainda caiba recurso dá ensejo à perda definitiva dos direitos políticos. e) A condenação pela prática de ato de improbidade administrativa dá causa à suspensão dos direitos políticos. Resolução: Alternativa E. Passemos aos erros. a) A incapacidade civil relativa enseja a perda dos direitos políticos. Não há previsão expressa de perda ou suspensão. b) O cancelamento de naturalização por sentença de que ainda caiba recurso acarreta a suspensão dos direitos políticos. Não há previsão expressa de perda ou suspensão. Para ser eleito é preciso a nacionalidade brasileira o pleno exercício dos direitos políticos o alistamento eleitoral o domicílio eleitoral na circunscrição a filiação partidária a idade mínima de: 35 anos para Presidente e Vice- Presidente da República e Senador 30 anospara Governador e Vice- Governador de Estado e do Distrito Federal 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz 18 anos para Vereador Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 32 de 160 www.exponencialconcursos.com.br c) O cumprimento de prestação alternativa a obrigação a todos imposta é causa de suspensão dos direitos políticos. Perda. d) A condenação criminal contra a qual ainda caiba recurso dá ensejo à perda definitiva dos direitos políticos. Não há previsão expressa de perda ou suspensão. 44- (ESAF / Técnico Administrativo do DNIT / 2013) Assinale a opção incorreta. a) Estão previstas entre as condições de elegibilidade a nacionalidade brasileira, o alistamento eleitoral e pleno exercício dos direitos políticos. b) Para o exercício do direito de propor ação popular, é necessário o alistamento eleitoral. c) Apesar de terem o direito de votar, os maiores de dezesseis anos e menores de dezoito anos e os analfabetos não são elegíveis. d) Em algumas situações, para ratificar ou rejeitar ato legislativo, a população é convocada para votar em plebiscito. e) A incapacidade civil absoluta gera suspensão dos direitos políticos. Resolução: Alternativa D. Para ratificar ou rejeitar alguma decisão usamos o Referendo, ou seja, ele é posterior ao ato. Já o plebiscito é anterior ao ato, é uma consulta prévia. A alternativa “A” está correta. De acordo com o art. 14, §3º, da CF/88. O item “B” também acerta visto que para propor ação popular é necessário ser cidadão. Aqui cabe ressaltar que Cidadão ≠ Pessoa. Cidadão, nos termos constitucionais, é quem faz o alistamento eleitoral. A opção “C” é a literalidade do que diz o § 4º do art. 14 da CF/88. A opção “E” também é a literalidade do que diz o art. 15, II, da CF/88 Condições de Elegibilidade - Nacionalidade brasileira - Pleno exercício dos direitos políticos - Alistamento Eleitoral - Domicílio Eleitoral na circunscrição - Filiação Partidária - Idade mínima exigida para cada cargo Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 33 de 160 www.exponencialconcursos.com.br 45- (FCC / Defensor Público Estadual – MA / 2015) Tramita perante as Casas do Congresso Nacional um projeto de decreto legislativo que visa à convocação de plebiscito para que o eleitorado de todo o Estado do Maranhão se manifeste sobre a criação, a partir do desmembramento de determinados Municípios de seu território, do chamado Estado do Maranhão do Sul. A proposição em questão é: a) compatível com a Constituição da República, que exige, para a formação de novo Estado, além da realização de plebiscito, aprovação do Congresso Nacional, por lei complementar. b) incompatível com a Constituição da República, pois a criação de ente político, nos moldes propostos, constituiria exercício de direito à secessão, em violação à forma federativa de Estado, assegurada como cláusula pétrea no texto constitucional. c) incompatível com a Constituição da República, pois o Congresso Nacional não possui competência para convocar plebiscito de âmbito regional, sob pena de ofensa à autonomia do Estado a ser atingido com a medida pretendida. d) incompatível com a Constituição da República, no que se refere à população a ser consultada em plebiscito, posto que deve se restringir à dos Municípios a serem desmembrados do Estado. e) compatível com a Constituição da República, que exige, para a formação de novo Estado, além da realização de plebiscito, a divulgação de estudos de viabilidade, apresentados e publicados na forma da lei. Resolução: Alternativa A. Literalidade do disposto no §3º do art. 18. Basta fixarmos determinadas palavras-chave: população diretamente interessada + plebiscito + Congresso Nacional + Lei complementar. Válido ainda apontar a seguinte distinção: Reorganização territorial de Estado-membro Reorganização territorial de Município Lei complementar federal Independe de Estudo de Viabilidade Demanda plebiscito Lei estadual dentro de período determinado por Lei complementar federal Depende de Estudo de Viabilidade Demanda plebiscito 46- (CESPE / Procurador do Ministério Público junto ao TCU / 2015 / Adaptada) Segundo a jurisprudência predominante do STF, determinadas normas da CF/88 voltadas à União são consideradas de observância obrigatória para os demais entes da Federação, independentemente de previsão constitucional expressa para essa extensão, Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 34 de 160 www.exponencialconcursos.com.br ao passo que outras, ao contrário, são tidas como não obrigatórias e até mesmo vedadas a esses mesmos entes. Diante de tais circunstâncias julgue o item abaixo. Embora não previsto expressamente, o princípio da simetria determina que todas as normas da CF voltadas à União devem, sem exceção, ser aplicadas também aos demais entes federativos, especialmente nos casos em que o texto constitucional for silente sobre tal extensão. Resolução: Errado. Por exemplo, a CF/88 prevê em seu art. 86, §4.º, que o Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções, assim, possui irresponsabilidade penal relativa. Ou seja, em caso de crimes comuns, o Chefe do Executivo Federal, enquanto não cesse a investidura na presidência, apenas pode ser responsabilizado caso a infração tenha correlação com o exercício das funções presidenciais. Por exemplo, se o Presidente da República resolve agredir fisicamente um desafeto de infância, sem nenhum motivo, não poderá ser responsabilizado penalmente durante seu mandato. “Ok, entendi professor. Então, por simetria, os Governadores e Prefeitos também têm essa prerrogativa.” Errado. A irresponsabilidade penal relativa é um exemplo de norma não simétrica. Outro exemplo mais explícito de norma não totalmente simétrica é a estrutura do Poder Legislativo. Em âmbito federal, ele é bicameral (duas Casas, vale dizer, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal). Já no âmbito dos Estados, DF e Municípios, ele é composto por apenas uma Casa (Assembleia Legislativa, Câmara Legislativa e Câmara Municipal, respectivamente). Deste modo, ao contrário do que aduz o enunciado, não são todas as normas da CF voltadas à União que devem, sem exceção, ser aplicadas também aos demais entes federativos. 47- (FCC / Analista Judiciário do TRT da 9ª Região / 2015) A competência legislativa em matéria ambiental é concorrente entre a União e os Estados-membros. Isso significa dizer que: a) os Municípios não podem, em nenhuma circunstância, legislar acerca da matéria. Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 35 de 160 www.exponencialconcursos.com.br b) cabe à União editar a lei geral acerca da matéria, podendo os Estados- membros editar normas próprias, que prevalecerão sobre aquela nos limites espaciais de seu território. c) a edição de lei federal acerca do tema limita a liberdade legislativa dos Estados-membros, que deverão respeitar os contornos traçados por aquela norma. d) enquanto não for editada a lei federal, os Estados-membros têm plena liberdade legislativa, sendo certo que, sobrevindo aquela, caso algum dispositivo se mostre incompatível com regra traçada pela lei estadual esta última será considerada automaticamente revogada. e) ocorrendo divergência entre o teor da lei federal e da lei estadual, a preponderância de uma ou outra dependerá da natureza do interesse tutelado no caso concreto. Resolução: Alternativa C. Vejamos as demais. a) osMunicípios não podem, em nenhuma circunstância, legislar acerca da matéria. O município é competente para legislar concorrentemente sobre meio ambiente com a União e o Estado no limite do seu interesse local e desde que tal regramento seja harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados. b) cabe à União editar a lei geral acerca da matéria, podendo os Estados- membros editar normas próprias, que prevalecerão sobre aquela nos limites espaciais de seu território suplementares. d) enquanto não for editada a lei federal, os Estados-membros têm plena liberdade legislativa, sendo certo que, sobrevindo aquela, caso algum dispositivo se mostre incompatível com regra traçada pela lei estadual esta última será considerada automaticamente revogada suspensa. e) ocorrendo divergência entre o teor da lei federal e da lei estadual, a preponderância de uma ou outra dependerá da natureza do interesse tutelado no caso concreto. Em se tratando de legislação concorrente, a premência será da lei de normas gerais editada pela União. 48- (FGV / Agente de Fiscalização do TCM – SP / 2015 / Adaptada) Na medida em que a existência da lei orgânica municipal está prevista na Constituição da República, sujeitando-se aos balizamentos ali estabelecidos, é correto afirmar que: a) as matérias passíveis de serem regulamentadas pela lei orgânica municipal podem ser restringidas pela Constituição Estadual, que pode uniformizar, livremente, a legislação dos Municípios situados em seu território. Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 36 de 160 www.exponencialconcursos.com.br b) a lei orgânica municipal, como projeção da autonomia municipal, deve disciplinar a organização municipal consoante os balizamentos estabelecidos pela Constituição da República, não sendo possível que a Constituição Estadual o faça. c) as matérias passíveis de serem regulamentadas pela lei orgânica municipal podem ser livremente ampliadas pela Constituição Estadual, com o uso do instituto da delegação de competências legislativas. d) a relação de sujeição normativa decrescente identificada entre a Constituição da República, a Constituição Estadual e a lei orgânica municipal faz com que a última possa ser livremente comprimida pela expansão das duas primeiras. Resolução: Alternativa B. O Município possui autonomia para criar sua Lei Orgânica, a qual estabelecerá as diretrizes básicas da organização política do ente. Deve-se destacar que não é possível que a Constituição Estadual discipline a organização municipal, sob pena de violar sua autonomia, não havendo que se falar, necessariamente, em hierarquia de uma sobre a outra. Por essa razão principal, rejeitamos os itens “A” e “D”. Quanto ao item “C”, destacamos que o delineamento das competências dos entes está disposto na Constituição Federal, não podendo, por exemplo, a Constituição dos Estados, ampliar as atribuições normativas dos entes municipais. 49- (ESAF / Técnico Administrativo – DNIT / 2013) Em relação à União, aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal, é correto afirmar que: a) estão entre as matérias de competência legislativa privativa da União desapropriação, registros públicos, propaganda comercial, juntas comerciais e proteção à infância e à juventude. b) são bens dos Estados as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União. c) estão entre as matérias de competência legislativa concorrente da União, Estados, Distrito Federal e Municípios orçamento, procedimento em matéria processual, desapropriação e trânsito e transporte. d) compete aos Municípios e ao Distrito Federal explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei. e) ao Distrito Federal são atribuídas as competências reservadas aos Estados e aos Municípios, inclusive organizar e manter o seu Ministério Público e o seu Poder Judiciário. Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 37 de 160 www.exponencialconcursos.com.br Resolução: Alternativa B. Questão bastante literal, como costumam ser as desse trecho da Constituição Federal. a) estão entre as matérias de competência legislativa privativa da União desapropriação, registros públicos, propaganda comercial, juntas comerciais e proteção à infância e à juventude. c) estão entre as matérias de competência legislativa concorrente da União, Estados, Distrito Federal e Municípios orçamento, procedimento em matéria processual, desapropriação e trânsito e transporte. d) compete aos Municípios e ao Distrito Federal Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei. e) ao Distrito Federal são atribuídas as competências reservadas aos Estados e aos Municípios, inclusive organizar e manter o seu Ministério Público e o seu Poder Judiciário No DF, o Poder Judiciário e o Ministério Público são organizados e mantidos pela União. 50- (FCC / Auditor Fiscal da Receita Estadual – RJ / 2014) Considere as proposições abaixo, relacionadas ao tema das competências no Federalismo brasileiro: I. A União tem competência legislativa privativa em matéria de nacionalidade, cidadania e naturalização, mas os Estados poderão legislar sobre questões específicas relacionadas a estes temas mediante autorização por lei complementar. II. A competência da União para autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico não pode ser delegada aos Estados, ao Distrito Federal e tampouco aos Municípios. III. A competência legislativa da União em matéria de educação, cultura, ensino e desporto está limitada ao estabelecimento de normas gerais. Está correto o que se afirma em: a) II, apenas. b) III, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. Resolução: Alternativa E. O melhor dos mundos é quando todas as questões são diretas. Vamos rever o texto da nossa CF/88: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: [...] Curso: Direito Constitucional Questões comentadas Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 38 de 160 www.exponencialconcursos.com.br XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; [...] Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. Art. 21. Compete [exclusivamente] à União: [...] VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; [...] Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: [...] IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; [...] § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. Atenção para o item III, em particular. A competência da União se limita à produção de normas gerais em relação aos aspectos concorrentes de educação, cultura, ensino e desporto (por exemplo, o ensino médio e fundamental nos Estados). No entanto, por óbvio se tratando de aspecto exclusivo relacionado à União (por exemplo, o ensino superior em instituições federais), esta poderá/deverá editar normas específicas. 51- (CESPE / Delegado de Polícia Substituto da PC – GO / 2017) A respeito
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