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Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 2 Parte IV: Transformações Econômicas nos Anos Recentes Capítulo 18: Economia Brasileira Pós- Estabilização: O Plano Real Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 3 A estabilização dos anos 90 • Anos 90 - Estabilização – redução significativa das taxas de inflação • Mas problemas e vulnerabilidades persistem: – Crescimento econômico comprometido – Aumento das taxas de desemprego – Vulnerabilidade externa – Dívida pública com trajetória ascendente Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 4 Pressupostos do Plano Real • Inflação: caráter inercial – aproxima-se da proposta Larida (reforma monetária) • Cuidado com erros anteriores: – Adoção gradualista ; não congelamento mas substituição natural da moeda – Problemas com déficit público, explosão do crescimento, crises externas • Contexto diferente: – Existência de reservas, ambiente competitivo (abertura comercial), possibilidade de financiamento externo Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 5 O Plano Real • Plano Real: 3 fases: a) Ajuste fiscal prévio • Corte de despesas (PAI), aumento de impostos (IPMF), diminuição de transferências (FSE) b) Indexação completa da economia URV • URV – unidade de conta com paridade fixa com o dólar • conversão dos preços e rendimentos • Sistema bi-monetário, tentativa de simular efeitos de uma hiperinflação em um moeda sem prejudicar a outra e alcançar sincronia de preços c) Reforma monetária – Real • Quando preços “urvizados” troca URV por Real Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 6 Plano Real: aspectos ortodoxos • Plano Real em si – preocupação com aspectos tendenciais da inflação. • Necessário impedir que novos choques se transformem em processos inflacionários: – Sinalização de preocupação com controle de DA – Metas (ancoras) monetárias – não cumpridas – Manutenção de juros elevados e entrada de recursos – Ancora cambial e abertura comercial • Na verdade existe um super ancora cambial – pois entrada de recursos externos fez com houvesse uma valorização cambial – principal aspecto na estabilização pós Real Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 7 Impactos do Plano Real • Queda rápida da inflação – Mais lento que Cruzado – Valorização cambial (real e nominal), entrada de recursos externos e abertura comercial – camisa de força para preços – Bens tradeables x não tradeables – trajetórias diferentes • Crescimento da demanda: Consumo e Investimento – Aumento do poder aquisitivo – fim do imposto inflacionário – Recomposição dos mecanismos de crédito – Demanda reprimida – Aumento do horizonte de previsão – Ilusão monetária Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 8 Inflação Mensal (%) -20,00 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 C Cruzado Bresser Verão Collor 1 Color 2 Real IGP-DI mensal de Jan/85 à Abril/97 Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 9 Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 10 Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 11 Taxa de crescimento real do PIB (1980 - 1995) -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 12 Problemas com o Plano Real: a questão externa • Combinação apreciação cambial, abertura e demanda aquecida - aparecimento de déficits comerciais • Financiamento com queima de reservas e/ou entrada de recursos (endividamento externo) • Brasil dois problemas: – Pauta de importação: excesso de bens de consumo – dificuldade com capacidade futura de pagamento da dívida – Entrada de capital de curto prazo Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 13 Quadro 18.2 - Exportações e Importações, em US$ Milhões Acumulados Últimos 12 meses, Jan/94 a Dez/06 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000 ja n /9 4 ju l/ 9 4 ja n /9 5 ju l/ 9 5 ja n /9 6 ju l/ 9 6 ja n /9 7 ju l/ 9 7 ja n /9 8 ju l/ 9 8 ja n /9 9 ju l/ 9 9 ja n /0 0 ju l/ 0 0 ja n /0 1 ju l/ 0 1 ja n /0 2 ju l/ 0 2 ja n /0 3 ju l/ 0 3 ja n /0 4 ju l/ 0 4 ja n /0 5 ju l/ 0 5 ja n /0 6 ju l/ 0 6 Exportações Importações Fonte: Banco Central do Brasil Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 14 Tabela 18.2 Balanço de Pagamentos Brasil - Itens Selecionados: 1990-1998 (US$ milhões) Discriminação 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 Balança Comercial 10.752 10.580 15.239 13.299 10.466 -3.466 -5.599 -6.753 -6.575 Exportações 31.414 31.620 35.793 38.555 43.545 46.506 47.747 52.994 51.140 Importações 20.661 21.040 20.554 25.256 33.079 49.972 53.346 59.747 57.714 Balança de Serviços e Rendas -15.369 -13.543 -11.336 -15.577 -14.692 -18.541 -20.350 -25.522 -28.299 Serviços -3.596 -3.800 -3.184 -5.246 -5.657 -7.483 -8.681 -10.646 -10.111 Rendas -11.773 -9.743 -8.152 -10.331 -9.035 -11.058 -11.668 -14.876 -18.189 Saldo em Transações Correntes -3.784 -1.407 6.109 -676 -1.811 -18.384 -23.502 -30.452 -33.416 Conta Capital e Financeira 4.592 163 9.947 10.495 8.692 29.095 33.968 25.800 29.702 Investimentos Diretos 364 87 1.924 799 1.460 3.309 11.261 17.877 26.002 Investimentos em Carteira 472 3.808 14.465 12.325 50.642 9.217 21.619 12.616 18.125 Derivativos 1,8 2,7 2,5 5,3 -27,4 17,5 -38,3 -252,6 -459,8 Outros investimentos 3.753 -3.735 -6.482 -2.717 -43.557 16.200 673 -4.833 -14.285 Resultado do BP 481 -369 14.670 8.709 7.215 12.919 8.666 -7.907 -7.970 Reservas Internacionais 9.973 9.406 23.754 32.211 38.806 51.840 60.110 52.173 44.556 Fonte: Banco Central Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 15 Tabela 18.3 Importações Por Ítens Selecionados, 1992 a 2000 (US$ milhões) Itens 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 Total 20.554 25.256 33.079 49.972 53.346 59.747 57.714 49.210 55.783 Bens de Consumo 2.450 3.020 4.658 8.631 9.010 9.241 8.826 6.283 7.442 Matérias-primas 7.628 9.469 11.662 16.738 17.916 18.978 19.310 16.960 28.432 Petróleo 4.141 4.398 4.069 4.712 6.142 6.021 4.314 4.817 6.358 Bens de Capital 6.335 8.369 12.690 19.891 20.277 25.600 25.283 21.205 13.605 Material de Transporte 1.283 2.103 3.396 5.935 4.499 6.389 6.793 4.651 4.926 Fonte: Boletim do Banco Central do Brasil, Abril/2001 Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 16 A Crise do México • Situação arriscada e insustentável no longo prazo: depois das eleições – primeiras tentativas de controle da DA – Estanca-se a apreciação cambial e controle de entrada de capitais • Crise do México: fim da 1ª fase do Plano Real – Desvalorização tímida e gradativa (risco inflacionário) – Controle de demanda agregada: • restrições monetárias e creditícias, • Elevação da taxa de juros Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 17 O Plano Real pós crise do México (1) • Nova fase principal instrumento: política monetária – Conter DA e evitar déficits comerciais expressivos – Administração da taxa de juros: conter atividade e promover ingresso de capital • Efeitos: – retração da atividade econômica – Inadimplência e crise financeira – Crise financeira combatida com Proer e Proes Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 18 O Plano Real pós crise do México (2) • Juros altos e entrada de recurso mas com não valorização cambial – ampliação de reservas • Para evitar impacto monetário – esterilização: ampliação da dívida pública interna, dado que não se conseguia obter superávits fiscais • A partir de então define-se uma trajetória de stop and go em que os condicionantesexternos dão o ritmo da economia brasileira: crise externa – aumento dos juros – contração econômica alívio externo – diminuição dos juros - crescimento Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 19 Reservas Internacionais, em US$ milhões, Jan/93 a Fev/00 0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 80.000 J a n /9 3 M a i/9 3 S e t/ 9 3 J a n /9 4 M a i/9 4 S e t/ 9 4 J a n /9 5 M a i/9 5 S e t/ 9 5 J a n /9 6 M a i/9 6 S e t/ 9 6 J a n /9 7 M a i/9 7 S e t/ 9 7 J a n /9 8 M a i/9 8 S e t/ 9 8 J a n /9 9 M a i/9 9 S e t/ 9 9 J a n /0 0 México Ásia Rússia Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 20 Taxa de Juros (Over/Selic), % a.a. 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 A go /9 4 O ut /9 4 D ez /9 4 Fe v/ 95 Ab r/9 5 Ju n/ 95 Ag o/ 95 O ut /9 5 D ez /9 5 Fe v/ 96 Ab r/9 6 Ju n/ 96 Ag o/ 96 O ut /9 6 D ez /9 6 Fe v/ 97 Ab r/9 7 Ju n/ 97 Ag o/ 97 O ut /9 7 D ez /9 7 Fe v/ 98 A br /9 8 Ju n/ 98 A go /9 8 O ut /9 8 D ez /9 8 Fe v/ 99 Ab r/9 9 Ju n/ 99 A go /9 9 O ut /9 9 D ez /9 9 Fe v/ 00 México Ásia Rússia Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 21 Problemas – O Desequilíbrio Fiscal • Deterioração da Situação Fiscal a partir de 1995: – - Redução do Superávit Primário, apesar do aumento da carga tributária, com forte elevação das despesas primárias (destaque para a previdência) – - Forte Elevação da Dívida Pública ao longo do primeiro mandato de FHC – - Fatores: redução do superávit primário, passivos contingentes (esqueletos, crise financeira, etc), elevados gastos com juros (piora apesar da carga tributária e dos recursos da privatização) Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 22 Indicadores Econômicos Brasil: 1993/1999 Variável 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 Tx. de Cresc do PIB - %a.a. 4,9 5,9 4,2 2,7 3,3 0,2 0,8 Tx. de Desempr Aberto (IBGE) 5,3 5,1 4,6 5,4 5,7 7,6 7,6 INPC – IBGE 2.489,0 929,0 22,0 9,1 4,3 2,5 8,4 NFSP – Operacional (%PIB) -0,3 -1,3 4,9 3,8 4,3 7,5 3,2 NFSP – Primário (%PIB) -2,7 -5,1 -0,4 0,1 1,0 0,0 -3,1 Dívida Interna Líq/PIB (dez) 21,8 23,0 25,5 29,4 30,2 37,1 39,0 Div. Externa Liq/PIB (dez) 16,8 8,6 5,7 3,9 4,3 6,6 10,4 Dívida Total/PIB (dez) 38,6 31,6 31,2 33,3 34,5 43,7 49,4 Fonte: Banco Central Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 23 Da crise asiática à desvalorização brasileira • Crise asiática: – Aumento dos juros e recomposição das reservas – Pacote fiscal não cumprido • Crise Russa: – Também elevação juros e pacote fiscal, mas reservas não se recuperam • Dificuldades no Brasil – Elevação dos spreads – Sustentação cambial difícil – desvalorização eminente Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 24 A mudança cambial • Depois da crise russa – desvalorização eminente: duas ressalvas para ela ocorrer: – Calendário eleitoral (reeleição FHC) – Exposição do setor privado à desvalorização cambial (setor privado com passivos em moeda externa) • 2º semestre 1998 – preparação para desvalorização – Pacote com o FMI – Governo assume risco cambial (dá hedge para setor privado: mercado futuro e à vista de dólar, dívida pública interna com clausula cambial) – socialização dos prejuízos • Janeiro 1999 – cambio flutuante e desvalorização Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 25 Quadro 18.5 - Dívida Externa Total, Setor Público e Setor Privado, US$ milhões, 1994/05 0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Total da Dívida Externa Setor Público Setor Privado Fonte: Banco Central do Brasil Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 26 Quadro 18.6 - Índice de Correção Títulos Públicos Federais, por Indexador, Jan/95 a Fev/01 0% 20% 40% 60% 80% 100% ja n /9 5 a b r/ 9 5 ju l/ 9 5 o u t/ 9 5 ja n /9 6 a b r/ 9 6 ju l/ 9 6 o u t/ 9 6 ja n /9 7 a b r/ 9 7 ju l/ 9 7 o u t/ 9 7 ja n /9 8 a b r/ 9 8 ju l/ 9 8 o u t/ 9 8 ja n /9 9 a b r/ 9 9 ju l/ 9 9 o u t/ 9 9 ja n /0 0 a b r/ 0 0 ju l/ 0 0 o u t/ 0 0 ja n /0 1 Prefixado Câmbio Over/Selic Outros Fonte: Banco Central do Brasil Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 27 Conseqüências da mudança cambial • Desvalorização- riscos : – volta da inflação - México – contração econômica – Ásia • Brasil adota sistema de metas inflacionárias. – Inflação pequena elevação no curto prazo mas não permanente – Não grande contração como Ásia • não grande efeito patrimonial da desvalorização • Existe alguma substituição de importações, • recuperação do crescimento reprimido por manutenção de juros elevados – Desvalorização permite queda da taxa de juros mas inferior ao imaginado, juros mantidos altos em função das dificuldades externas e da inflação Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 28 Ainda as conseqüências da desvalorização cambial – Setor comercial externo – recuperação lenta, • maior sensibilidade no curto prazo ao crescimento econômico • Também problemas com termos de troca • Dificuldade em se recompor mecanismos exportadores – Problema nas Finanças Públicas • Efeitos patrimoniais da desvalorização suportada por Governo – ampliação do endividamento público • Para evitar explosão da dívida pública necessário geração de superávits fiscais primários, também para compensar pagamentos de juros • expressivo aumento da carga tributária federal não compartilhada e implementação da LRF Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 29 FHC – 2º Mandato • Novo regime macroeconômico; tripé: – - taxa de câmbio flutuante – - metas de inflação – -superávit primário Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 30 Metas de Inflação • Política Monetária voltada para alcançar uma determinada meta de inflação. Taxa de Juros passa a ser instrumento voltado para o controle inflacionário – Regra de Taylor – após o rompimento da âncora cambial. • Inflação acima da meta – eleva-se a taxa de juros; • Inflação abaixo da meta – reduz-se a taxa de juros; • Autonomia Operacional do Bacen para buscar a meta de inflação. Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 31 Desempenho da Inflação • Após a desvalorização verifica-se uma elevação da inflação, que logo se retrai. • Maiores elevações nos bens transacionáveis (ao contrário da primeira fase do Plano Real – I FHC) e nos chamados preços administrados.`Preços livres que acabam segurando a inflação. No II FHC cumpriu-se as metas nos dois primeiros anos e descumpriu-se nos dois últimos anos (em função de choques cambiais) Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 32 Tabela 18.5 - Índices de preços - Variações percentuais Período IGP - DI IPA - DI IPC - BRASIL INPC IPCA IPC - FIPE 1999 19,98 28,90 9,12 8,43 8,94 8,64 2000 9,81 12,06 6,21 5,27 5,97 4,38 2001 10,40 11,87 7,94 9,44 7,67 7,13 2002 26,41 35,41 12,18 14,74 12,53 9,92 2003 7,67 6,26 8,93 10,38 9,30 8,17 2004 12,14 14,67 6,27 6,13 7,60 6,56 2005 1,22 -0,97 4,93 5,05 5,69 4,52 2006 3,34 3,51 2,22 2,71 3,26 1,66 Fonte: Boletim do Banco Central, Dez. 2006 Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 33 Superávit Primário e Desempenho Fiscal • Elevados superávits primários, obtidos em função da elevação da carga tributária, destacando-se o crescimento das contribuições (COFINS, CPMF, PIS, etc) que refletem a deterioração da qualidade do sistema tributário; e elevação do ICMS em função do efeito da desvalorização sobre o preço de combustíveis, energia e telecomunicações; • Persistência do crescimento das despesas (gastos vinculados); retração dos investimentospúblicos; • Dívida pública, estabilizada em 1999 e 2000; crescendo nos dois anos seguintes devido a efeitos patrimoniais da variação cambial e do comportamento da SELIC (composição da dívida). • Mudanças relevantes: Lei de Responsabilidade Fiscal, reforma previdenciária (1198) e renegociação de dívidas estaduais. Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 34 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 1 9 8 5 1 9 8 6 1 9 8 7 1 9 8 8 1 9 8 9 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 Juros reais Operacional Primário Quadro 18.7 Necessidade de financiamento do setor público: 1985-2006 Fonte: Ipeadata Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 35 Carga Tributária / PIB Fonte: www.ibpt.org.br Ano Carga tributária/PIB 1998 29,33 1999 31,64 2000 32,84 2001 33,68 2002 35,84 2003 35,54 2004 36,80 2005 37,82 2006 38,80 Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 36 25 30 35 40 45 50 55 60 65 1 9 9 1 0 1 1 9 9 1 0 9 1 9 9 2 0 5 1 9 9 3 0 1 1 9 9 3 0 9 1 9 9 4 0 5 1 9 9 5 0 1 1 9 9 5 0 9 1 9 9 6 0 5 1 9 9 7 0 1 1 9 9 7 0 9 1 9 9 8 0 5 1 9 9 9 0 1 1 9 9 9 0 9 2 0 0 0 0 5 2 0 0 1 0 1 2 0 0 1 0 9 2 0 0 2 0 5 2 0 0 3 0 1 2 0 0 3 0 9 2 0 0 4 0 5 2 0 0 5 0 1 2 0 0 5 0 9 2 0 0 6 0 5 Quadro 18.8 Dívida líquida do setor público/PIB Fonte: Ipeadata Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 37 Desempenho Externo • Reversão da tendência de deterioração do saldo comercial e do saldo em transações correntes em 1999 - redução do déficit comercial em US$ 5 bi e do saldo em TC em US$ 8 bi. • Forte retração das importações e fraco desempenho das exportações em 1999. • Recuperação lenta das exportações a partir de 2000. • Saldo comercial volta a ser superavitário em 2001, tendo uma forte elevação em 2002. Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 38 Tabela 18.7 BP Brasil: 1998-2002 (US$ milhões) Discriminação 1998 1999 2000 2001 2002 Balança Comercial -6.575 -1.199 -698 2.650 13.121 Exportações 51.140 48.011 55.086 58.223 60.362 Importações 57.714 49.210 55.783 55.572 47.240 Balança de Serviços e Rendas -28.299 -25.825 -25.048 -27.503 -23.148 Serviços -10.111 -6.977 -7.162 -7.759 -4.957 Rendas -18.189 -18.848 -17.886 -19.743 -18.191 Saldo em Transações Correntes -33.416 -25.335 -24.225 -23.215 -7.637 Conta Capital e Financeira 29.702 17.319 19.326 27.052 8.004 Investimentos Diretos 26.002 26.888 30.498 24.715 14.108 Investimentos em Carteira 18.125 3.802 6.955 77 -5.119 Derivativos -459,8 -88,1 -197,4 -471,0 -356,2 Outros investimentos -14.285 -13.620 -18.202 2.767 -1.062 Resultado do BP -7.970 -7.822 -2.262 3.307 302 Reservas Internacionais 44.556 36.342 33.011 35.866 37.823 Fonte: Banco Central Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 39 Tabela 18.9 - Setor externo,serviços e renda de capital: 1992 - 2005 (US$ milhões) Ano Serviços Renda de Capital Viagens Intern. Transportes Lucros e Dividendos Juros Líquidos 1992 -319 -1.359 -574 -7.253 1993 -799 -2.090 -1.831 -8.280 1994 -1.181 -2.441 -2.483 -6.338 1995 -2.419 -3.200 -2.590 -8.158 1996 -3.598 -2.717 -2.830 -8.778 1997 -4.377 -3.162 -5.443 -9.483 1998 -4.146 -3.261 -6.855 -11.437 1999 -1.457 -3.071 -4.115 -14.876 2000 -2.084 -2.896 -3.316 -14.649 2001 -1.468 -2.956 -4.961 -14.877 2002 -398 -1.959 -5.162 -13.130 2003 218 -1.590 -5.640 -13.020 2004 351 -1.986 -7.338 -13.364 2005 -858 -1.788 -12.686 -13.496 Fonte: Boletim do Banco Central do Brasil, diversos. Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 40 Atividade Econômica • Expectativa: com a mudança cambial a expectativa era de uma melhora da situação externa e a possibilidade de uma maior queda da taxa de juros levando ao crescimento do investimento, consumo e maior crescimento econômico, mas: • Crescimento médio no II FHC: 2,1%a.a., abaixo do I FHC. • 1999 – fraco desempenho decorrente do processo de estabilização; • 2000 – maior taxa de crescimento 4,36% • 2001 – Crise energética, crise argentina e ataques terroristas – queda da taxa de crescimento • 2002 – crise cambial (eleitoral) e baixo crescimento • Em termos setoriais, destaca-se o bom desempenho agrícola e o fraco desempenho da indústria. Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 41 Tabela 18.10 PIB - Taxa de Crescimento Período 1998 1999 2000 2001 2002 PIB 0,13 0,79 4,36 1,31 1,93 PIB - Agropecuária 1,27 8,33 2,15 5,76 5,54 PIB - Indústria 0,00 -2,22 4,36 2,15 4,81 PIB - Serviços 0,91 2,01 3,80 1,75 1,61 Consumo final -0,05 0,27 3,24 0,63 0,05 Formação Bruta de Capital -0,62 -7,58 9,98 -1,14 -4,27 Importações -0,28 -15,45 11,63 1,21 -12,30 Exportações 3,71 9,25 10,59 11,24 7,90 Fonte: IBGE Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 42 2002 – Crise Eleitoral • Último ano de FHC, contexto: baixo crescimento econômico e elevação do desemprego, fragilidade do ajuste fiscal com aumento da dívida pública apesar do superávit primário, pressões inflacionárias (vindas da taxa de câmbio), risco eleitoral. • Dominância Fiscal: elevações da taxa de juros para conter a inflação, deterioravam a situação fiscal, ampliando o risco da dívida pública (e o risco-país), levando a fuga de capitais, desvalorização cambial e novas pressões inflacionárias Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 43 2002 • Solução: necessidade de ampliação do superávit primário, para dentro dos parâmetros de crescimento econômico, tamanho e perfil da dívida pública e taxa de juros poder reverter a tendência de aumento da dívida pública. • Risco: partido com maiores chances de vitória, tradicionalmente criticou o superávit primário, o pagamento da dívida e as taxas de juros, ampliando o risco Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 44 2002 • Último ano de FHC caracterizado por: • Baixo crescimento econômico; • Crescimento da Dívida pública • Forte desvalorização cambial com significativas pressões inflacionárias • Melhora do desempenho externo, com forte contração das importações • Vitória de LULA (PT) nas eleições Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 45 Quadro 18.9 - Taxa de câmbio e risco-país (C-bond ) 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 1 9 9 5 0 1 1 9 9 5 0 6 1 9 9 5 1 1 1 9 9 6 0 4 1 9 9 6 0 9 1 9 9 7 0 2 1 9 9 7 0 7 1 9 9 7 1 2 1 9 9 8 0 5 1 9 9 8 1 0 1 9 9 9 0 3 1 9 9 9 0 8 2 0 0 0 0 1 2 0 0 0 0 6 2 0 0 0 1 1 2 0 0 1 0 4 2 0 0 1 0 9 2 0 0 2 0 2 2 0 0 2 0 7 2 0 0 2 1 2 2 0 0 3 0 5 2 0 0 3 1 0 2 0 0 4 0 3 2 0 0 4 0 8 2 0 0 5 0 1 2 0 0 5 0 6 P o n to s -b a s e 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 R $ /U S $ C-Bond - spread Taxa de câmbio Fonte: Banco Central do Brasil Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 46 Quadro 18.10 - Balança Comercial 1990/2006 (US$ Milhões) -10.000 20.000 50.000 80.000 110.000 140.000 1 9 9 0 1 9 9 1 1 9 9 2 1 9 9 3 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 Importações Balança comercial Exportações Fonte: Ipeadata Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 47 Governo Lula • Primeiros passos – antes mesmo da vitória eleitoral e da posse – Conquista da Credibilidade • Abandono das idéias originais e defesa da estabilidade (Carta ao Povo Brasileiro) – defesa do regime de metas de inflação, compromisso com a manutenção do superávit primário e o pagamento da dívida. • Indicação de Palocci para o Ministério da Fazendae preservação da diretoria do Banco Central Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 48 Governo Lula • Primeiras Medidas: apoio a renovação do acordo com o FMI, elevação da meta de superávit primário para 4,25% do PIB para os quatro anos de governo, elevações na taxa de juros SELIC nas primeiras reuniões do COPOM. • Conquista da “credibilidade”, com a preservação do tripé de “consistência” macroeconômica, leva a volta de recursos externos que combinados com profundos superávits comerciais possibilitam a apreciação cambial • Apreciação cambial mais o controle da demanda levou a queda da inflação, que manteve-se dentro das metas durante os quatro anos de governo com tendência constante de redução. Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 49 Governo Lula • Estabilização: queda da inflação a cada ano • Preservação de elevadas taxas reais de juros • Elevação constante dos superávits comerciais (forte crescimento das exportações devido ao bom desempenho da economia mundial) e volta de superávits em Transações Correntes que propiciou a redução da Dívida Externa: melhora significativa dos indicadores externos e queda do risco-país, levando a forte valorização cambial; • Melhora Fiscal: elevados superávits primários e redução da dívida pública a partir de 2004, destaca-se a mudança do perfil da dívida com o aumento dos títulos pré-fixados. Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 50 Atividade Econômica • Taxa média de crescimento: 2,6%a.a; semelhante ao IFHC e um pouco acima de II FHC; mas, ampliou-se a distância em relação ao crescimento econômico mundial, ou seja, apesar do bom desempenho da economia mundial, o Brasil não conseguiu relançar o crescimento econômico; • Fraco desempenho em 2003 para conseguir estabilizar a economia, 2004 foi o melhor ano liderado pelas exportações, mas pressões inflacionárias levaram a retração nos anos seguintes. • Em termos setoriais, agricultura apresentou um desempenho inferior ao do governo anterior, indústria apresentou taxas maiores • Em termos de demanda crescimento puxado pelas exportações, mas no último ano destaca-se o consumo puxado pela expansão do crédito. Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 51 Quadro 18.11 - Evolução da Meta Selic anunciada pelo Copom. 2000 - 2006 12 14 16 18 20 22 24 26 28 19 /7 /2 00 0 19 /1 1/ 20 00 19 /3 /2 00 1 19 /7 /2 00 1 19 /1 1/ 20 01 19 /3 /2 00 2 19 /7 /2 00 2 19 /1 1/ 20 02 19 /3 /2 00 3 19 /7 /2 00 3 19 /1 1/ 20 03 19 /3 /2 00 4 19 /7 /2 00 4 19 /1 1/ 20 04 19 /3 /2 00 5 19 /7 /2 00 5 19 /1 1/ 20 05 19 /3 /2 00 6 19 /7 /2 00 6 19 /1 1/ 20 06 % a.a. Data da reuniãoFonte: Banco Central do Brasil Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 52 Fonte: Banco Central Tabela 18.11 Balanço de pagamentos Brasil – itens selecionados: 2002-2006 (US$ milhões) Discriminação 2002 2003 2004 2005 2006 Balança Comercial 13.121 24.794 33.641 44.748 46.074 Exportações 60.362 73.084 96.475 118.308 137.470 Importações 47.240 48.290 62.835 73.560 91.396 Balança de Serviços e Rendas -23.148 -23.483 -25.198 -34.113 -36.852 Serviços -4.957 -4.931 -4.678 -8.146 -9.408 Rendas -18.191 -18.552 -20.520 -25.967 -27.444 Saldo em Transações Correntes -7.637 4.177 11.679 14.193 13.528 Conta Capital e Financeira 8.004 5.111 -7.523 -9.593 17.277 Investimentos Diretos 14.108 9.894 8.339 12.550 -8.469 Investimentos em Carteira -5.119 5.308 -4.750 4.885 8.622 Derivativos -356,2 -151,0 -677,4 -40,0 383,2 Outros investimentos -1.062 -10.438 -10.806 -27.650 15.872 Resultado do BP 302 8.496 2.244 4.319 30.569 Reservas Internacionais 37.823 49.296 52.935 53.799 85.839 Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 53 Quadro 18.12 - Taxa de Câmbio Nominal e Deflacionada, Jul/94 a Dez/06 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 ju l/9 4 ja n/ 95 ju l/9 5 ja n/ 96 ju l/9 6 ja n/ 97 ju l/9 7 ja n/ 98 ju l/9 8 ja n/ 99 ju l/9 9 ja n/ 00 ju l/0 0 ja n/ 01 ju l/0 1 ja n/ 02 ju l/0 2 ja n/ 03 ju l/0 3 ja n/ 04 ju l/0 4 ja n/ 05 ju l/0 5 ja n/ 06 ju l/0 6 R $/ U S $ Câmbio nominal Deflacionado IGP Deflacionado IPA Fonte: Ipeadata Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 54 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Ano Déficit em TC - %PIB 0 1 2 3 4 5 Dívida Externa Líquida Total/Exportações Transações correntes - últimos 12 meses - Anual - (% PIB) DELT/Export Fonte: BCB - DEPEC Quadro 18.13 - Transações Correntes (% PIB) e Participação da Dívida Externa Líquida nas Exportações Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 55 Tabela 18.12 - Finanças públicas. Final de período. 2002 - 2006 2002 2003 2004 2005 2006 NFSP Nominal (%PIB) 10,24 3,74 2,48 3,05 3,24 NFSP Primário (%PIB) -4,01 -4,38 -4,64 -4,82 -4,32 NFSP Juros Reais (%PIB) 4,40 5,30 2,57 7,29 5,86 Dívida Líquida do Setor Público (%PIB) 55,50 57,18 51,67 51,49 49,97 Dívida por indexador - % no total da dívida Over/Selic 55,20 46,60 49,50 52,10 38,10 Câmbio 20,30 20,50 4,90 2,60 1,20 Pré-fixado 2,00 11,60 19,00 27,20 34,30 Fonte: Conjuntura Econômica, Jan. 2007. Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 56 Quadro 18.14 - Índice de Correção Títulos Públicos Federais, por Indexador, Fev/01 a Nov/06 0% 20% 40% 60% 80% 100% fe v/ 01 ju n/ 01 ou t/ 01 fe v/ 02 ju n/ 02 ou t/ 02 fe v/ 03 ju n/ 03 ou t/ 03 fe v/ 04 ju n/ 04 ou t/ 04 fe v/ 05 ju n/ 05 ou t/ 05 fe v/ 06 ju n/ 06 ou t/ 06 Prefixado Câmbio Over/Selic Outros Fonte: Banco Central do Brasil Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 57 Tabela 18.13 - Índices de preço no Governo Lula. 2002 - 2006 2002 2003 2004 2005 2006 Meta de inflação (% a.a.) 3,50 4,00 5,50 4,50 4,50 IPCA (% a.a.) 12,53 9,30 7,60 5,69 3,14 IPCA - Preços Livres (% a.a.) 10,96 7,54 6,35 4,25 2,55 IPCA - Preços Monitorados (% a.a.) 14,43 12,55 9,77 8,64 4,20 IGP-DI (% a.a.) 26,41 7,66 12,13 1,23 3,80 IPA - DI (% a.a.) 35,41 6,27 14,68 -0,96 4,32 Taxa de câmbio média (R$/US$)* 2,920 3,077 2,925 2,434 2,175 Taxa de câmbio final de período (R$/US$)* 3,533 2,888 2,654 2,340 2,137 * Taxa de câmbio comercial - compra. Fonte: Ipeadata; Banco Central do Brasil Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 58 Tabela 18.14 - Evolução do PIB: Brasil x Mundo. Mundo Brasil Brasil/Mundo 1961/2006 3,83 4,48 17,04% 60´s 4,88 5,76 18,00% 70´s 3,93 8,79 123,65% 80´s 3,16 3,02 -4,37% 90´s 3,15 1,80 -42,90% 95/98 3,68 2,57 -30,03% 99/02 3,50 2,10 -40,10% 2003/06 4,85 2,62 -45,92% Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 59 Tabela 18.15 - Crescimento econômico: taxas de crescimento (% a.a.) 2002 2003 2004 2005 2006 PIB Brasil 1,93 0,54 4,94 2,28 2,86 PIB Indústria 2,57 0,07 6,18 2,52 2,96 PIB Agropecuária 5,54 4,49 5,29 0,77 3,22 PIB Serviços 1,61 0,61 3,32 2,03 2,36 Consumo das famílias -0,37 -1,47 4,06 3,14 3,77 Consumo da Administração Pública 1,36 1,31 0,12 1,56 2,07 Formação bruta de capital fixo -4,16 -5,13 10,92 1,61 6,26 Exportações 7,9 8,95 17,99 11,62 5,05 Importações -12,3 -1,68 14,33 9,45 18,06 Fonte: Ipeadata Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 60 Quadro 18.15 - Empréstimos do SFN - % do PIB - 5 10 15 20 25 30 35 40 ju n/ 88 ju n/ 89 ju n/ 90 ju n/ 91 ju n/ 92 ju n/ 93 ju n/ 94 ju n/ 95 ju n/ 96 ju n/ 97 ju n/ 98 ju n/ 99 ju n/ 00 ju n/ 01 ju n/ 02 ju n/ 03 ju n/ 04 ju n/ 05 ju n/ 06 Fonte: Bacen % P IB Livres DirecionadosTotal Parte IV Capítulo 18 Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. 61 Considerações Finais • País conseguiu estabilizar, mas, • Três últimos governos baixas taxas de crescimento, apesar da estabilização e da melhora da economia mundial; • Várias reformas foram realizadas sem que isso levasse a retomada sustentável do crescimento; • Questão, quais variáveis travam o crescimento: baixa poupança pública, problemas de infra- estrutura, maior taxa de juros real do mundo, volatilidade do crescimento, enfim, o objetivo básico do país é RETOMAR o CRESCIMENTO.
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