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Karl Marx- Sociologia 2018

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 FACULDADE ASSIS GURGACZ
 JÉSSICA KAROLINE ALVES BENTO
TRABALHO DE SOCIOLOGIA: CONCEITO DE DOMINAÇÃO E PODER NA VISÃO DE MARX WEBER, KARL MARX E MICHEL FOUCAULT.
 TOLEDO
 2019
 JÉSSICA KAROLINE ALVES BENTO
TRABALHO DE SOCIOLOGIA: CONCEITO DE DOMINAÇÃO E PODER NA VISÃO DE MARX WEBER, KARL MARX E MICHEL FOUCAULT.
Trabalho apresentado ao curso de Direito,
Da faculdade Assis Gurgacz-campus Toledo
 exigido como requisito parcial para aprovação 
da disciplina de Direito Constitucional.
 Professor Orientador: Valmir Souza
 Toledo
 2019
 1. MAX WEBER
O sociólogo Marx Weber [footnoteRef:1]foi o primeiro pesquisador social a se preocupar em definir sistematicamente o conceito de poder, segundo este o poder e se refere a impor a própria vontade diante a vontade de outrem mesmo com a existência da resistência da parte dominada, esta ação existe dentro de um convivo social. [1: Maximilian Karl Emil Weber nascido em 21 de abril de 1864 em Erfurt na Alemanha foi um importante jurista e considerado um dos fundadores da sociologia como ciência.] 
Legitimidade e legalidade são conceitos essenciais para se analisar o poder, pois para Weber para se legitimar o poder existem de três maneiras, uma estatuída, uma consuetudinária e outra afetiva que se dão pelas formas de dominações.
Para o sociólogo poder e dominação não se confundem por, mas que possuam uma ligação, pois poder é amorfo e não se limita a apenas um fator, pode ser obtido por meio de violência, influencia e poderes econômicos, enquanto a dominação é correlacionada em um aspecto de poderio econômico, e existem três moldes de motivos inter-relacionados com a submissão da dominação legitima.
Quando se fala em submissão derivada de leis que regem e organizam uma sociedade, destinadas a manter o bom convívio e manter o individuo sob controle podemos dizer que há dominação racional-legal, esta intrinsecamente correlacionada a estatutos, ordenamentos jurídicos e leis sancionadas por uma sociedade, estas definem oque se deve obedecer, a quem se deve obedecer e ate qual limite se deve obedecer. 
Quando as leis de uma sociedade se tornam dominantes, define ideia básica de subordinados e superiores possuintes de um poder impessoal, exercendo assim um quadro de dominação dentro do limite estipulado.
Há o domínio em virtude da “legalidade”, em virtude da fé na validade do estatuto legal e da “competência” funcional, baseada em regras racionalmente criadas. Nesse caso, espera-se obediência no cumprimento das obrigações estatutárias. É o domínio exercido pelo moderno “servidor do Estado” e por todos os portadores do poder que, sob esse aspecto, a ele se assemelham. (WEBER, 1982, p.99)
Para alteração dessas normas regulamentadoras, o caminho se dá pelo meio legal, burocrático e sistêmico seguindo padrões e regras pré-estabelecidas, e esta modalidade de dominação se deu com o estado capitalista de produção que se utilizou desta conduta social com almejando fim determinado.
A dominação tradicional possui fundamentação em mero costume, ato repetido reiteradas vezes que são repassadas de geração em geração e tem suas bases no conformismo, onde a autoridade é aceita pela fidelidade tradicional, como exemplo a ser utilizado são os reinados, onde o respeito e submissão a pessoa do rei se originava em virtude de uma determinada dignidade pessoal que se julgava sagrada, como se fosse uma lei moral aprimorada na consciência coletiva.
A afeição efetivada da parte dominada por uma determinada pessoa com características carismáticas, pode ser denominado de dominação carismática, sendo esta a mais instável, pois não existem garantias quanto à sua perpetuação à dominação efetiva do individuo dominador. Esta na sua forma mais pura da submissão é o caráter imperativo e dominador, conforme aduz o sociólogo:
A dominação carismática significa uma rejeição de todos os laços com qualquer ordem externa, em favor da glorificação exclusiva da mentalidade genuína do profeta e herói. Daí, sua atitude ser revolucionária e transpor todos os valores; faz que um soberano rompa todas as normas tradicionais ou racionais: “Está escrito, mas eu vos digo”. (WEBER, 1982, p. 288)
Portanto o pensamento sociológico weberiano reflete no mecanismo a qual a sociedade convive e se organiza diante de seu poder hierárquico desde o surgimento das civilizações, o estado necessariamente se forma com bases em organizações politicas, econômicas, históricas e sociológicas e o fator determinante é o poder legitimado pela dominação de um líder de poder carismático, tradicional ou legal-racional. 
Para se entender o conceito de estado, deve-se necessariamente compreender como sobrevém o poder legitimados, e os meios utilizados para conquista-lo, deve ser definido que os termos dos meios utilizados não são a finalidade do ato, pois se suscita o poder utilizando-se da dominação.
2. KARL MARX
Karl Marx foi filósofo, e influente revolucionário socialista, trata a dominação como guerra de classes, entre a burguesia sobre o proletariado. Segundo o filosofo as lutas de classes entre as classes sociais são continuas e o motivo determinante para esta condição de conflito é a desigualdade entre as duas classes sociais. Conforme aduz Karl Marx, uma das principais características desta desigualdade se resulta da percepção e consciência pertencer a uma classe, como por exemplo, o trabalhador braçal que tem em concepção a classe denominada proletária como sua classe social. Outro fator determinante é a posição social e econômica a qual o individuo se enquadra, e como este adere a classe social que visa pertencer.
 Como as formas de dominação e as relações desiguais operantes no mercado de trabalho dependem da retificação das relações sociais, cuja base é o fetichismo da mercadoria, mas se completam nas formas mais desenvolvidas do capital. 97/1493 V O capital é mais do que uma relação mercantil. Se a mercadoria individual é a forma elementar do produto obtido segundo o modo de produção capitalista, é preciso dar mais um passo formal. (MARX, 1867, p. 98)
 A classe burguesa que possui domínio dos meios de produção e riquezas, e impera sua soberania sob a classe de proletariados que para o filosofo é uma classe revolucionaria, pois em determinado momento histórico impuseram suas forças em virtude de sanar tamanhas desigualdades e injustiças entre as classes, portanto concluímos que para Karl Marx a dominação é exercida através dos conflitos sociais.
Fundamentado sob viés do pensamento Marxista[footnoteRef:2], a maior e pior forma de é aquela que aliena o homem e o torna submisso ao sistema, é a maneira utilizada para tal ideologia são as propagadas por diversos meios e recursos do sistema, entre Estado, escola, prisões, família e demais estruturas sociais. Para o entendimento de Karl Marx, poder tem a função econômica manter as relações de produção e manter as relações de dominação de classe, conforme o desenvolvimento das forças produtivas. [2: A corrente de pensamento Marxista ou socialismo Marxista, ou também conhecido por socialismo cientifica é uma corrente ideológica desenvolvida por Karl Marx.] 
3.MICHEL FOUCAULT
 
Para Michael Foucault existe uma ligação entre o poder político e a manutenção das relações de produção e econômicas, porem o poder existe com base à imposição de forças de uma dominação brutal, guerras e conflitos e que se renovam no tempo de paz, com base nas desigualdades sociais e econômicas e formam o estado como instituição.
Por dominação eu não entendo o fato de uma dominação global de um sobre os outros, ou de um grupo sobre outro,mas as múltiplas formas de dominação que podem se exercer na sociedade. Portanto, não o rei em sua posição central, mas os súditos em suas relações recíprocas: não a soberania em seu edifício único, mas as múltiplas sujeições que existem e funcionam no interior do corpo social. (FOUCAULT, 1979, p. 102)
Para o filósofo somente é possível se pensar em poder politico vinculado às guerras em que o instrumento utilizado, o meio necessário é o ato de repressão que se dá através de normas, regras, instituições e ditames pré-estabelecidos. 
Michael Foucault se preocupa mais em entender esta forma de dominação brutal de que entender o próprio direito, pois para este o direito é apenas mais um instrumento de dominação[footnoteRef:3]. [3: Segundo sua etnologia, o conceito dado para o dominação é ser um dos nove coros de anjos de poder absoluto.] 
O sistema do direito, o campo judiciário são canais permanentes de relações de dominação e técnicas de sujeição polimorfas. O direito deve ser visto como um procedimento de sujeição, que ele desencadeia, e não como uma legitimidade a ser estabelecida. Para mim, o problema é evitar a questão − central para o direito − da soberania e da obediência dos indivíduos que lhe são submetidos e fazer aparecer em seu lugar o problema da dominação e da sujeição (FOUCAULT, 1979, p. 102)
 Para o filosofo, a guerra é um dispositivo importante na formação do poder do Estado, dilucidado por um discurso histórico e político  e é o principal fator que determina a organização e a estrutura jurídica do poder do Estado.
 CONCLUSÃO 	
Este trabalho visou demonstrar qual concepção dos filósofos e sociólogos Michel Foucault, Karl Marx e Max Weber sobre o tema dominação e poder e suas correlações, com intuito de demonstrar a importância de analisar e se refletir sobre o tema atualmente e como este se faz presente no nosso cotidiano. Baseado nas obras dos autores já citados, e demais artigos científicos que esclarecem o entendimento dos ilustres pensadores podemos concluir que as relações sociais estão intimamente ligadas à submissão, controle e poder estipulados pelos controles sociais, econômicos e politico.
Conforme o decorrer deste estudo, iremos avaliamos que mesmo em períodos diferentes historicamente, a argumentação sobre tais temas convergem em varias sentidos e pontos alternados de pensamentos. As relações de poder e dominação estão intrínsecas desde o surgimento das civilizações, nas mais diversas relações sociais e nas relações de poder existentes na politica. O poder atua como um instrumento influenciador externo e dominante. Em uma sociedade capitalista e exacerbadamente individualista qual vivemos, a dominação se manifesta por meio do poder econômico e grupos sociais estereotipados, que o exercem coercitivamente por meio de suas influencias e poderio politico.
 Parte da população dominada, nem sequer nota tal ato coercitivo, pois esta ensimesmada aos meios de comunicação que dominam as opiniões e determinam verdades ‘incontestáveis’, é tal método é muito conveniente e eficaz, pois quem determina e direciona são os dominadores possuintes de tal poder politico, econômico e social.Segundo Karl Marx o pior e mais abrangente molde de dominação é o qual torna o dominado se torna submisso ao sistema, não enxerga os laços os quais amarram sua concepção de mundo, suas perspectivas e de origina suas verdades ‘absolutas’.
 Conjecturo que este é a realidade a qual pertencemos, onde as noticias repercutidas são em sua maioria inverídicas provem de fontes duvidáveis que sempre detém de intenção obscura, porem aceita e compartilhada nas redes sociais como se fatos cogentes, uma sociedade dominada e alienada nos padrões estéticos que moldam os mercados cosméticos, pessoas presas a julgamento pré-estabelecido antes mesmo de conhecer o caso fatídico.
 REFERENCIAS
	 
WEBER, M. Ensaio de Sociologia. Rio de Janeiro: LTC, 1982.
MARX, K. O capital. Hamburgo: Boitempo, 1867.
FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
LEONE, Q.S. Estado e dominação nos pressupostos de Marx, Weber e Durkheim. Disponível em. <http://www.achegas.net/numero/42/silvia_jurema_42.pdf> Acesso em: 29 de maio. 2019
SANTOS,J. Foucault: Poder como guerra e direito como dominação politica. Disponível em. <http://www.justificando.com/2017/03/14/foucault-poder-como-guerra-e-direito-como-dominacao-politica/>
WILD,B. Os tipos de dominação segundo Marx Weber. Disponível em 
<https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/sociologia/os-tipos-dominacao-segundo-max-weber.htm>

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