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FORUM AVALIATIVO I Selecione três áreas (por exemplo: geologia, biologia e economia) e, para cada uma, elabore um estudo de caso em que as equações diferenciais são usadas para solucionar a situação problema apresentado. ÁREAS QUÍMICA A partir de resultados experimentais, elementos radioativos se desintegram a uma taxa proporcional à quantidade presente do elemento. Se Q = Q (t) é a quantidade presente de certo elemento radioativo no instante t, então a taxa de variação de Q (t) com respeito ao tempo t, denotada, é dada por: Onde k é uma constante que depende do elemento. O valor da constante k de um elemento radioativo pode ser determinado através do tempo de “meia-vida” do elemento. A “meia- vida” é o tempo necessário para desintegrar metade da quantidade do elemento. Logo, se a meia-vida do elemento for conhecida, a constante k pode ser obtida e vice versa. A quantidade inicial do elemento radioativo é Q (0) = Q0. Percebemos mais uma vez que o problema apresentado recorre a uma equação diferencial que possui como solução uma função exponencial. Considerando a solução geral atribuída à equação diferencial que estuda o problema Q (t) = Q0 .𝑒−𝑘𝑡 Podemos trabalhar sobre a meia-vida do elemento radioativo, através dos seguintes cálculos: Q (0) = c .𝑒𝑘 .0 = 𝑐 ∴ 𝑐 =𝑄0 E a partir daí, considerando a meia-vida, temos que 1 2 𝑄0 = 𝑄0 . 𝑒 −𝑘𝑡 ∴ 𝑒−𝑘𝑡 = 1 2 ∴ −𝑘 . 𝑡 = 𝑙𝑛 ( 1 2 ) ∴ 𝑡 ≅ − 𝑙𝑛 ( 1 2) 𝑘 Para encontrar o tempo da meia vida do elemento parte da equação diferencial atribuída ao problema. EXEMPLO: O isótopo Pb – 209 decai a uma taxa proporcional à Q (t) e tem meia-vida de 3,3h. se houver inicialmente 1g de chumbo, quanto tempo levará para que 90% decaia? Solução: A solução do problema se dará em diversas etapas, apesar da sua simplicidade, pois temos que deixar a menor quantidade de variáveis possíveis e o que nos interessa é deixarmos a quantidade presente do elemento em razão do tempo, apenas. Inicialmente, temos: 𝑄 (0) = 1𝑔 𝑡 = 0 → 𝑄 (0) = 𝑐. 𝑒𝑘.0 = 𝑐 𝑐 = 𝑄0 = 1 1 2 = 1 . 𝑒𝑘.3,3 Meia-vida 3,3h 𝑘. 3,3 = 𝑙𝑛 ( 1 2 ) 𝑘 = 𝑙𝑛 ( 1 2) 3,3 𝑘 ≅ −0,23 Logo, como o valor de k foi negativo, constatamos o decaimento, daí, 𝑄 (0) − 90% = 0,1𝑔 0,1 = 1 . 𝑒−0,23.𝑡 −0,23 . 𝑡 = 𝑙𝑛(0,1) 𝑡 = 𝑙𝑛(0,1) −0,23 𝑡 ≅ 11ℎ Temos, então, que após decorridas 11 horas, aproximadamente, chegamos na quantidade procurada. ECONOMIA Em muitas situações, o atual sistema financeiro utiliza o regime de juros compostos, pois ele oferece uma maior rentabilidade se comparado ao regime de juros simples. As modalidades de investimentos e financiamentos são calculadas de acordo com esse sistema, portanto é de grande utilidade estudá-lo. Aplicações financeiras baseadas em juros compostos podem ser modeladas por uma equação diferencial. Suponha que uma quantia de dinheiro é depositada em um banco que paga juros a uma taxa ao mês. O valor S (t) do investimento em qualquer instante depende tanto da frequência de capitalização dos juros, ou seja, da periodicidade em que os juros são aplicados, quanto da taxa de juros. Se supusermos que a capitalização é feita continuamente, pode-se montar um problema de valor inicial simples que descreve o crescimento do investimento. A taxa de variação do valor do investimento é dS/dt. Essa quantidade é igual a taxa segundo a qual os juros acumulam, que é a taxa de juros r, vezes o valor atual do investimento S (t). Então obtemos a equação diferencial de primeira ordem que descreve o processo: dS/dt=rS. Ao consideramos o atual sistema financeiro em que o mesmo utiliza do regime de juros compostos tendo em vista a oportunidade de maior rentabilidade se comparado ao regime de juros simples. Pensando nisso, é de suma importância fazermos um estudo das aplicações financeiras baseadas em juros compostos através de modelagem por uma equação diferencial. Para início de conversa, suponhamos a seguinte situação, onde a capitalização é feita de forma continua: “Determinada quantia é aplicada num banco que paga juros a uma taxa k ao mês. O valor de do investimento S (t) em qualquer instante t depende tanto da frequência de capitalização dos juros (periodicidade) quanto da taxa de juros”. Daí surge um problema de valor inicial cujo objetivo principal é descrever, então, o crescimento do investimento. A partir da situação apresentada, podemos agora pensar sobre a taxa de variação do valor do . Portanto, assim, do princípio de regulação do regime de juros investimento compostos, percebemos que a quantidade atribuída à taxa de variação é igual a taxa segundo a qual os juros acumulam, que é a taxa k vezes o valor atual do investimento. Ao relacionar todo esse processo, obtemos a equação diferencial a seguir: 𝑑𝑆 𝑑𝑡 = 𝑘 . 𝑆(𝑡) Supondo que o valor inicial do investimento é S0, encontramos os valores para S (t) em qualquer instante t. veja: 𝑑𝑆 𝑑𝑡 = 𝑘 . 𝑆(𝑡) 𝑑𝑆 𝑆(𝑡) = 𝑘 . 𝑑𝑡 Integrando ambos os lados temos que ∫ 𝑑𝑆 𝑑𝑡 = ∫ 𝑘 . 𝑑𝑡 𝑙𝑛|𝑆(𝑡)| = 𝑘𝑡 + 𝑐 Aplicando a propriedade da função exponencial 𝑆(𝑡) = 𝑒𝑘𝑡+𝑐 𝑆(𝑡) = 𝑒𝑘𝑡. 𝑒𝑐 Considerando que 𝑒𝑐 = 𝑆0, temos, então, a solução para o problema 𝑆(𝑡)=𝑆0 .𝑒 𝑘𝑡 e que ao encontramos essa última expressão, tida como uma exemplificação do fenômeno, sendo que a mesma é resultante da equação diferencial apresentada, concluímos que um investimento feito em uma conta bancária com juros capitalizados continuamente cresce exponencialmente. Fazendo uma comparação ao caso estudando anteriormente – dinâmica populacional – observamos que suas soluções são desencadeadas por funções exponenciais e que as equações que assim descreve os problemas são de primeira ordem, o que nos afirma que são problemas iniciais mais simples e de fácil interpretação. EXEMPLO: Suponha que uma aplicação renda juros continuamente. Qual será o saldo após 12 meses se: a) a taxa de juros for de 1% a.m. e o depósito inicial for R$ 100,00? E se for a uma taxa de 10% a. m. com o mesmo valor inicial? SOLUÇÃO: 𝑆0 = 100 𝑡 = 0 → 𝑆(0) = 𝑐 . 𝑒 𝑘 .0 = 𝑐 ∴ 𝑐 = 𝑆0 = 100 𝐾 = 1%𝑎. 𝑚. = 0,01 𝑎)𝑆(𝑡) = 𝑐 . 𝑒𝑘.𝑡 → 𝑆(12) = 100. 𝑒0,01.12 ≅ 𝑅𝑆112,75 𝐾 = 10%𝑎. 𝑚. = 0,1 𝑏)𝑆(𝑡) = 𝑐 . 𝑒𝑘.𝑡 → 𝑆(12) = 100. 𝑒0,1.12 ≅ 𝑅𝑆332,01 MATEMÁTICA Outro exemplo é o caso dos jogos compostos aplicados em diversos bancos, onde uma quantia 𝒎 em dinheiro é depositada em um banco a uma taxa de juros continuar 𝒓. Logo, conseguimos deduzir a quantia de dinheiro que terá em um tempo 𝒕. 𝑑𝑁 𝑑𝑡 𝑟𝑀 A modelagem de muitos problemas do mundo real, utilizando as equações diferenciais ordinárias (EDO), é uma ferramenta importante que tem grande potencial e pode descrever inúmeros fenômenos. Seguindo este contexto, o presente trabalho objeta abordar aplicações de modelos matemáticos que usam as EDO em sistemas químicos em algumas condições especificas. A metodologia usada envolveu estudo de literatura padrão na área, tanto de EDO como de sistemas químicos, com o objetivo de tornar clara a relação matemática-Química do sistema, fomentando material útil para um ensino menos superficial de cálculo em cursos de Química. Os resultados indicam que o meio matemático utilizado é de grande emprego em sistemas químicos na determinação de fatores complexos. Palavras-chave: Matemática Aplicada, Sistemas Químicos, Equações diferenciais Ordinárias. ALUNO: ELTON MOURA DOS SANTOS.
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