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PR OV A A PL IC AD A Tipo “A” SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE EDITAL NORMATIVO No 1 – RP/SES-DF/2018, DE 9 DE OUTUBRO DE 2017 Á R E A P R O G R A M A S Enfermagem Grupo 001 Enfermagem em Centro Cirúrgico (101), Enfermagem em Nefrologia (102), Enfermagem em Obstetrícia (103), Multiprofissional em Gestão de Políticas Públicas para a Saúde (201), Multiprofissional em Atenção em Oncologia (211), Multiprofissional em Atenção Cardíaca (221), Multiprofissional em Saúde da Criança (231), Multiprofissional em Saúde da Família (241), Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso (251), Multiprofissional em Atenção à Saúde Mental (261), Multiprofissional em Saúde Mental Infanto-Juvenil (271) Multiprofissional em Terapia Intensiva (281) e Multiprofissional em Urgência/Trauma (291). Data e horário da prova: domingo, 3/12/2017, às 14h I N S T R U Ç Õ E S Você receberá do fiscal: o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens; cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, de acordo com o(s) comando(s) a que se refere; e o uma folha de respostas personalizada. Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade. Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente. Não é permitida a utilização de qualquer tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos ou apostilas. Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. I N S T R U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T I V A Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, escreva apenas no(s) campo(s) a ser(em) corrigido(s), conforme instruções na folha de respostas. Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais destinados às respostas. O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da prova objetiva para a folha de respostas. A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. Marque as respostas assim: PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP - SES-DF/2018 GRUPO 001 – TIPO “A” PÁGINA 2/9 Enfermagem Itens de 1 a 120 O conceito de história natural das doenças é definido como “todas as inter-relações do agente, do hospedeiro e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente ou em qualquer outro lugar (pré-patogênese), passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte (patogênese)”. VIANNA, Lucila A. C.; Processo Saúde – Doença: módulo político gestor. UNASUS. Disponível em: <https://www.unasus.unifesp.br/bibliografia_virtual/esf/1/modulo_ politico_gestor/unidade_6.pdf>. Acesso em: 20 out. 2017, com adaptações. Com relação ao tema proposto, julgue os itens a seguir. 1. O conceito de prevenção é definido como “ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença”. 2. A prevenção primária é a realizada no período de pré-patogênese. O conceito de promoção da saúde aparece como um dos níveis da prevenção primária, definido como “medidas destinadas a desenvolver uma saúde ótima”. 3. Um segundo nível da prevenção primária seria a proteção específica “contra agentes patológicos ou pelo estabelecimento de barreiras contra os agentes do meio ambiente”. 4. A fase da prevenção secundária também se apresenta em dois níveis: o primeiro, diagnóstico e tratamento precoce; e, o segundo, reabilitação das sequelas. 5. A prevenção terciária diz respeito às ações de limitação da invalidez e de apoio à mortalidade. O que posteriormente as teoristas de enfermagem entenderam como a teoria ambientalista de Florence Nightingale é focada no cuidado da enfermagem com o ser humano na respectiva inter- relação fundamental com o meio ambiente. Quanto à teoria ambientalista de Florence Nightingale, julgue os itens a seguir. 6. Nightingale persistiu no controle do ambiente físico dos indivíduos e das famílias, estando eles sadios ou enfermos, por meio da observação. Agia com base em suas conclusões lógicas e dava maior ênfase ao ambiente físico e social do que ao ambiente psicológico. 7. A teorista preocupava-se com a ventilação e a entrada de luz nos quartos dos doentes, com os ruídos, a cama e a roupa de cama, a limpeza dos quartos e das paredes, a localização adequada dos esgotos e, também, com a nutrição do paciente. 8. Para Florence, a gestação era vista como uma doença; inclusive, ela recomendava que o ambiente para as mulheres darem à luz deveria ser afastado do local onde estavam os doentes em tratamento. 9. Os ensinamentos de Florence Nightingale influenciaram o ambiente hospitalar, e a utilização dos preceitos da teoria ambientalista, no cotidiano da assistência em unidades de terapia intensiva, pode tornar o ambiente mais acolhedor para o doente, auxiliando no processo de recuperação e cura. A bioética tem como objetivo facilitar o enfrentamento de questões éticas/bioéticas que surgirão na vida profissional. Sem esses conceitos básicos, dificilmente alguém consegue enfrentar um dilema ou um conflito e se posicionar diante dele de maneira ética. Assim, esses conceitos (e teorias) devem ficar bem claros. Com relação aos princípios que norteiam a bioética, julgue os itens a seguir. 10. Beneficência significa “fazer o bem”, e não maleficência significa “evitar o mal”. Desse modo, sempre que o profissional propuser um tratamento a um paciente, ele deverá reconhecer a dignidade deste e considerá-lo em sua totalidade (todas as dimensões do ser humano devem ser consideradas: física, psicológica, social e espiritual), visando oferecer o melhor tratamento ao paciente, tanto no que diz respeito à técnica quanto no que se refere ao reconhecimento das necessidades físicas, psicológicas ou sociais do paciente. 11. Em algumas situações, a Justiça de algumas pessoas não é respeitada para que se respeite o benefício de outras. Um exemplo é a proibição de fumar em ambientes fechados. Se se pensar no respeito à justiça daqueles que desejam fumar, não seria ético proibir; mas, se se pensar no benefício (ou não malefício) daqueles que não desejam fumar, a proibição se justifica. 12. A autonomia refere-se à igualdade de tratamento e à justa distribuição das verbas do Estado para a saúde, a pesquisaetc. Costuma-se acrescentar outro conceito ao de autonomia: o de equidade, que representa dar a cada pessoa o que lhe é devido segundo as necessidades dela, ou seja, incorpora-se a ideia de que as pessoas são diferentes e que, portanto, também são diferentes as respectivas necessidades. O exame físico geral é a primeira etapa do exame clínico de enfermagem e, além de complementar a anamnese (entrevista compreensiva), fornece uma visão do paciente como um todo. Com relação ao exame físico de enfermagem, julgue os itens a seguir. 13. O excesso de betacaroteno pode se assemelhar à cianose. Para diferenciar as duas condições, deve-se observar se o tom arroxeado/alaranjado está presente apenas na pele (caroteno) ou também na esclera e no freio lingual (cianose). 14. Antes de aferir a pressão arterial do paciente, é importante questionar se ele está com a bexiga cheia, se está sentindo dor, se está em repouso há pelo menos 30 minutos, se fumou ou fez uso de cafeína há menos de 60 minutos, se fez atividade física há menos de 4 horas. Caso alguma das respostas seja positiva, deve-se aguardar, pelo menos, 30 minutos para realizar a aferição. 15. Para aferição da altura, o paciente deve estar com os pés descalços, em postura ereta e olhar no horizonte. O peso deve ser aferido, preferencialmente, em balança analítica, pois esta pode ser calibrada conforme o ambiente em que está situada. 16. Em geral, linfonodos infecciosos são dolorosos, de consistência amolecida e não são aderidos a planos profundos. Ao examinar o pescoço, o enfermeiro palpa as cadeias submentonianas, submandibulares, cervical anterior e posterior, occipital, pré-auricular, retroauricular e supraclavicular. PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP - SES-DF/2018 GRUPO 001 – TIPO “A” PÁGINA 3/9 17. O tórax, de uma maneira bastante geral, compreende a região da parede torácica, que se estende dorsalmente da vértebra C5 até T12, e lateralmente é delimitado pelas costelas. Toda a propedêutica pulmonar deve ser feita na porção posterior e anterior, de forma a abranger todas as regiões pulmonares, e bilateralmente (comparar um hemitórax com o outro). 18. Na ausculta cardíaca, o foco tricúspide é encontrado no quinto espaço intercostal, na linha hemiclavicular esquerda. Correspondente ao ápice cardíaco. P.R.M., sexo masculino, 62 anos de idade, etilista, foi admitido na UTI após apresentar vômitos com sangue em grande quantidade. À admissão, apresentava PA = 90 mmHg x 60 mmHg, FC = 120 bpm, FR = 28; SatO2 89%. Estava agitado e confuso. Foi passada sonda nasogástrica e realizado lavado gástrico com soro fisiológico gelado. Houve saída de grande quantidade de sangue com coágulos. Solicitou-se uma endoscopia digestiva alta (EDA), que localizou varizes esofagianas sangrantes; foi realizada escleroterapia com melhora do sangramento. Ao exame físico, apresentava ascite volumosa. Foi realizada paracentese com drenagem de 5 L de líquido ascítico, com melhora discreta do padrão respiratório. Ictérico 2+/3+, apresentando petéquias em tronco e hematomas e equimoses em MMSS e MMII, com edema importante. Ao exame de Raio X de tórax, apresentava pequeno derrame pleural à D. Com relação ao caso clínico apresentado e considerando os possíveis diagnósticos de enfermagem, julgue os itens a seguir. 19. O paciente apresenta confusão crônica relacionada ao aumento de amônia sanguínea definida por agitação aumentada, flutuação da cognição, flutuação no nível de consciência e percepções errôneas. 20. O paciente apresenta padrão respiratório ineficaz relacionado ao volume de ascite, definido por alterações na profundidade respiratória, capacidade vital diminuída e alterações no padrão respiratório. 21. O paciente apresenta risco de infecção com fatores de risco associados a aumento do fluxo esplênico, aumento do débito cardíaco e fluxo renal diminuído. 22. O paciente apresenta risco de integridade da pele prejudicada com fatores de risco associados à circulação sanguínea prejudicada, estado nutricional desequilibrado e mudanças no turgor da pele. Nos casos de pré-eclâmpsia, o enfermeiro, como responsável pela sistematização da assistência de enfermagem, deve monitorar a evolução do quadro, a vitalidade fetal, as funções orgânicas da gestante, bem como os sinais de gravidade do quadro. Com relação à assistência de enfermagem na pré-eclâmpsia, julgue os itens a seguir. 23. Perfusão tissular renal ineficaz relacionada à diminuição da filtração glomerular e caracterizada por proteinúria é um dos possíveis diagnósticos associados à pré-eclâmpsia. 24. São intervenções de enfermagem frente à pré-eclâmpsia: monitorar constantemente a pressão arterial, questionar sobre a presença de cefaleia, escotomas e epigastralgia, instalar cateter venoso periférico, monitorar resultados de exames laboratoriais, controlar o débito urinário e controlar movimento fetal e frequência cardíaca fetal (FCF). 25. A nifedipina é um agente hipotensor indicado para gestantes com pré-eclâmpsia; é um hipotensor central e um bloqueador adrenérgico; reduz a resistência vascular periférica e mantém o fluxo sanguíneo e a função renal. 26. A betametasona é um anti-inflamatório esteroidal indicado para gestantes com pré-eclâmpsia, pois estimula a maturação pulmonar fetal, reduzindo as complicações respiratórias neonatais caso seja necessária a antecipação do parto. A Lei no 8.080/1990, Lei Orgânica da Saúde, regula, em todo o território nacional, as ações e os serviços de saúde executados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado. Com relação a essa lei, julgue os itens a seguir. 27. São princípios de diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) descritos na Lei no 8.080/1990: identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde e assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. 28. Fiscalização e inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano, participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos e formulação e execução da política de sangue e seus derivados são descritos pela Lei no 8.080/1990 como objetivos e atribuições do SUS. 29. O controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente à saúde são ações de interesse e atuação da vigilância epidemiológica. 30. O controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem à saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo, são ações de interesse e atuação da vigilância sanitária. 31. Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou a prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou dos agravos. 32. Segundo a Lei Orgânica da Saúde, em nível municipal, o SUS poderá organizar-se em distritos de forma a integrar e articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura total das ações de saúde. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP - SES-DF/2018 GRUPO 001 – TIPO “A” PÁGINA 4/9 33. Na modalidade de assistência de atendimento e internação domiciliares, incluem-se somente os procedimentos médicos, de enfermagem e fisioterapêuticos necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio. 34. O Plano Diretor de Regionalização (PDR) é a base das atividades e das programações de cada nível de direção do SUS, e seu financiamento será previsto na respectiva proposta orçamentária.Embora rotulado como programa, a Estratégia Saúde da Família (ESF), pelas próprias especificidades, foge à concepção usual dos demais programas concebidos no Ministério da Saúde, já que não é uma intervenção vertical e paralela às atividades dos serviços de saúde. Pelo contrário, caracteriza-se como uma estratégia que possibilita a integração e promove a organização das atividades em um território definido, com o propósito de propiciar o enfrentamento e a resolução dos problemas identificados. Com relação aos objetivos específicos desse modelo de saúde pública, julgue os itens a seguir. 35. Prestar, na unidade de saúde e no domicílio, assistência integral, contínua, com resolubilidade e boa qualidade às necessidades de saúde da população adscrita. 36. Intervir nos fatores de risco aos quais a população está exposta. 37. Eleger a família e o respectivo espaço social como núcleo básico de abordagem no atendimento à saúde. 38. Desenvolver atividades de forma dinâmica, com avaliação permanente por meio do acompanhamento dos indicadores de saúde de cada área de atuação. 39. Humanizar as práticas de saúde por meio do estabelecimento de vínculo entre os profissionais de saúde e a população. 40. Contribuir para a reorientação do modelo assistencial a partir da atenção básica, em conformidade com os princípios do SUS, imprimindo uma nova dinâmica de atuação nas unidades básicas de saúde, com definição de responsabilidades entre os serviços de saúde e a população. 41. Fazer com que a saúde seja reconhecida como um direito de cidadania e, portanto, expressão da qualidade de vida. Estimular a organização da comunidade para o efetivo exercício do controle social. As desigualdades na saúde, além de sistemáticas e relevantes, são também evitáveis, injustas e desnecessárias. WHITEHEAD, M; DAHLGREN, G; GILSON, L. Developing the policy response to inequities in health: a global perspective. In: Challenging inequities in health care: from ethics to action. Nova Iorque: Oxford University Press, 2001. Considerando o texto e a tabela apresentada, julgue os itens a seguir. 42. Whitehead se referia às iniquidades em saúde. 43. Os dados avaliados na tabela expressam os determinantes sociais no processo saúde e doença. 44. Para alcançar saúde, é necessário atuar no universo dos determinantes da saúde (pessoais e não pessoais). 45. Alguns determinantes da saúde são biológicos ou estão sob maior controle do indivíduo; outros, de abrangência coletiva, são dependentes das condições políticas, econômicas, sociais, culturais e ambientais existentes, assim como de políticas públicas de saúde e extrassetoriais para enfrentá-los. 46. Em 2006, foi criada a Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde, que tinha como finalidade discutir os agravos que assolavam uma população ribeirinha em Minas Gerais. A secretaria de saúde de uma cidade percebeu que era necessário estabelecer serviços de Atenção Primária que melhorariam as condições de vida da população de um de seus bairros. Este faz limite com dois outros bairros e um município e tornou-se um polo de comércio de produtos importados da China, tais como louças, plásticos, vidros e material escolar no varejo e atacado. Chama a atenção o calçamento das ruas da comunidade. São todas de cimento, contendo diversas galerias pluviais que, de acordo com moradores, impedem que as casas sejam alagadas quando ocorrem chuvas fortes. O bairro conta com seis escolas municipais no entorno e duas creches dentro da comunidade. Há situação de exclusão social e de violência cotidiana. O Programa Saúde da Família, foi instituído nesse bairro, pois a comunidade tem um total de 4.150 famílias cadastradas. Acerca da situação apresentada, julgue os itens a seguir. 47. Há necessidade de formação de oito Equipes de Saúde da Família para a cobertura, afinal é uma população de 4.150 habitantes e o Ministério da Saúde preconiza uma equipe para cada 500 habitantes. 48. O diagnóstico situacional é uma ferramenta que auxilia o conhecimento dos problemas e das necessidades sociais, como as necessidades de saúde, de educação, de saneamento, de segurança, de transporte e de habitação, bem como permite conhecer a organização dos serviços de saúde. 49. No setor saúde, os territórios estruturam-se por meio de horizontalidades que se constituem em uma rede de serviços que deve ser ofertada pelo Estado a todo e qualquer cidadão como direito à cidadania. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP - SES-DF/2018 GRUPO 001 – TIPO “A” PÁGINA 5/9 50. Os processos de trabalho na territorialização em saúde do bairro citado já estão organizados de forma a não haver necessidade de continuar com o Diagnóstico Situacional, uma vez que, com a implantação da Estratégia de Saúde da Família (ESF), os problemas levantados serão sanados completamente. 51. O mapeamento da comunidade permite uma visão mais aproximada de sua realidade no âmbito sócio-político- econômico, podendo, também, incluir o cultural. Ele não se limita ao espaço geográfico, mas busca compreender como é o modo de viver dos moradores, como se relacionam, como reagem a determinados eventos e o que é de seu interesse, ou seja, o que permeia seu cotidiano. No modelo de exploração instaurado por Portugal em solo brasileiro, a saúde pública definitivamente não era uma preocupação. Assim, cada indivíduo se responsabilizava por si, normalmente buscando, quando preciso, o auxílio de pajés, curandeiros ou boticários que viajavam pelo país afora. A medicina se dava, portanto, de modo informal. Com base em conhecimentos empíricos, costumes culturais e crenças religiosas, os tratamentos iam de cantos à manipulação de ervas. O mais interessante é que esse padrão se estendia além dos limites de classes sociais, já que mesmo os que podiam pagar pelos melhores serviços da maior cidade brasileira na época, o Rio de Janeiro, tinham à disposição pouquíssimos médicos. Essa situação se estendeu com poucas mudanças até o final do século. Aos poucos, as necessidades da população foram forçando a elaboração de ações que garantiriam a saúde e seu acesso. Considerando as legislações específicas que pavimentaram o caminho do SUS, julgue os itens a seguir. 52. Em 1923, a Lei Eloy Chaves cria as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP), que conferem estatuto legal a iniciativas de organização dos trabalhadores por fábricas já existentes, visando garantir pensão em caso de algum acidente ou de afastamento do trabalho por doença, e uma futura aposentadoria. 53. Os Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs) seriam uma resposta, por parte do Estado, a uma reinvindicação dos trabalhadores no contexto de consolidação dos processos de industrialização e de urbanização brasileiros. Esses institutos caracterizavam os serviços de saúde prestados exclusivamente pelo Estado. 54. Com a unificação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), foi criado o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que consolida o componente assistencial, com marcada opção de compra de serviços assistenciais do setor privado, concretizando o modelo assistencial hospitalocêntrico, curativista e médico-centrado, em 1964. 55. Em 1977, o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) passa a ser o grande órgão do setor privado prestador da assistência médica – basicamente à custa de compra de serviços médico-hospitalares e especializados do setor privado. 56. A realização da VIII Conferência Nacional de Saúde, com intensa participação social, deu-se logo após o fim da ditadura militar, iniciada em 1964, e consagrou uma concepção ampliada de saúde e o princípio da saúde como direito universal e como dever do Estado; princípios que seriam plenamente incorporados à Constituição de 1988. 57. Os Sistemas Unificadose Descentralizados de Saúde (SUDS) tinham como principais diretrizes: universalização e equidade no acesso aos serviços de saúde; integralidade dos cuidados assistenciais; descentralização das ações de saúde; e implementação de distritos sanitários. Com sua criação, os recursos para essas ações eram exclusivamente municipais, o que dificultava a finalização dos processos de trabalho e o acesso da população à saúde. 58. Em 1988, foi promulgada a Constituição Cidadã, que estabelece a saúde como “direito de todos e dever do Estado”. Estabelece, ainda, que o custeio do Sistema deverá ser essencialmente de recursos governamentais da União, dos estados e dos municípios, e as ações governamentais submetidas a órgãos colegiados oficiais, os Conselhos de Saúde, com representação paritária entre usuários e prestadores de serviços. 59. Em 1990, foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS), e a Lei no 8.142/1990 dispõe quanto à participação da comunidade na gestão do SUS e às transferências intergovernamentais de recursos financeiros. Ela também institui os Conselhos de Saúde e confere legitimidade aos organismos de representação de governos estaduais, como Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (CONASS), e municipais como o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS). Em uma comunidade, encontra-se, mais frequentemente, pessoas sem renda fixa, ou seja, aqueles que realizam “bicos”, trabalham com serviços domésticos, pedreiros, serventes de pedreiro, zeladoras, diaristas, catadores de papel, boias-frias e alguns aposentados. As Unidades Básicas de Saúde dessa região trabalham incessantemente com os programas de Saúde da Mulher, da Criança e do Idoso do Ministério da Saúde. No que se refere à educação em saúde, julgue os itens a seguir. 60. A educação em saúde pode ser realizada, inclusive, nas salas de espera das Unidades Básicas. 61. A educação em saúde tem mais adesão das mulheres, que, normalmente, acabam assumindo a responsabilidade pela saúde da família. 62. É sabido que, quanto menor é a renda da população, maior é a compreensão dos processos educativos em saúde. 63. A apresentação do calendário de vacinação faz parte da educação em saúde no puerpério. 64. Os homens têm maior adesão à educação em saúde, pois têm a consciência de que, caso sejam acometidos por alguma doença, terão prejuízo econômico. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP - SES-DF/2018 GRUPO 001 – TIPO “A” PÁGINA 6/9 J.P.L., 55 anos de idade, tem história familiar de hipertensão (pai) e diabetes (mãe). Apresenta IMC = 27 kg/m² e foi diagnosticado como hipertenso e diabético aos 45 anos de idade. Nunca aderiu a qualquer terapêutica de cuidado, por não considerar importante e por jamais ter apresentado qualquer complicação objetiva decorrente dessas condições de saúde. Após ser inserido em um grupo de cuidado multiprofissional, o paciente passou a ter uma melhor compreensão do próprio estado de saúde e a preocupar-se com ele. Com base nesse caso clínico apresentado, julgue os itens seguintes, relativos à gestão do processo de trabalho multiprofissional. 65. Para proporcionar uma assistência qualificada ao sujeito do caso clínico descrito, a comunicação torna-se fundamental para o compartilhamento de conhecimentos entre os profissionais e entre estes e o usuário do serviço. 66. O enfoque na coletividade e na resolução de problemas é considerada uma importante estratégia para o trabalho multiprofissional, por considerar que os problemas de saúde também resultam das formas de predição social. 67. O enfoque generalista das graduações em saúde permite que o foco do cuidado perpasse a clínica e circule também pelas ciências sociais, permitindo que as intervenções em saúde sejam mais eficazes. 68. Para a assistência do paciente em questão, o conhecimento clínico da doença é suficiente para a promoção da adesão do sujeito à terapêutica proposta pela equipe. A.M.P., 62 anos de idade, é cardiopata, hipertenso e diabético, além de asmático. Em função da condição de saúde que apresenta, ele é frequentemente atendido na respectiva unidade de saúde de referência, assim como em serviços de emergência e ambulatórios do município. Na primeira visita à nova unidade de pronto atendimento do município, o paciente elogiou a equipe local por ter sido muito bem atendido, tanto pela atenção dispensada pelos profissionais quanto pela organização do serviço como um todo. A equipe de saúde agradece o elogio e informa que as melhorias só foram possíveis pelo processo de autoavaliação constante das ações das equipes. Com base no caso clínico apresentado e em conhecimentos correlatos, julgue os próximos itens, relativos aos programas de avaliação da qualidade dos serviços de saúde. 69. A avaliação, na saúde pública, tem por objetivo dar suporte aos processos deliberativos, porém não deve ser uma prática institucionalizada para permitir a autonomia dos profissionais de saúde. 70. O Plano Municipal de Saúde, um importante plano de avaliação, é obrigatoriamente construído em conjunto com a população. 71. O Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS) é visto como um indicador falho, pois apresenta apenas 12 indicadores distribuídos entre a atenção básica e a ambulatorial. 72. Para garantir que a seleção das dimensões e dos indicadores ocorresse de forma transparente e objetiva, o IDSUS passou por um processo de consulta e negociação entre gestores, trabalhadores, usuários e membros da comunidade científica. 73. No processo de avaliação, o Programa Nacional de Avaliação de Serviços de Saúde inclui todos os usuários dos serviços. P.J.S., 19 anos de idade, vai à emergência com queixa de corrimento nasal com secreção hialina e inodora, além de dor em seios da face. Apresentou febre de 38,6 ºC no período da manhã. Apesar do quadro clínico importante, P.J.S. percebeu que vários pacientes que chegaram ao serviço depois dela passaram à frente, até mesmo um morador de rua. Com base nesse caso clínico e em conhecimentos correlatos, julgue os itens a seguir. 74. A Política Nacional de Humanização (PNH) pode ser considerada um programa de ações a ser implantado nos serviços de saúde. 75. A PNH busca a produção da saúde e de sujeitos, a partir da adesão a processos elaborados pela gestão, pois, quando mobilizados, os profissionais mantêm a qualidade dos serviços de saúde. 76. A PNH influencia todas as demais políticas de saúde; desse modo, deve ser implantada com certa cautela. 77. Para a área da saúde, compreender as questões sociais do adoecimento é secundário. 78. A classificação de risco é um processo que não está diretamente relacionado à humanização da assistência, pois segmenta os usuários a partir de questões clínicas. 79. A definição de protocolos é importante no que tange ao respeito às diferenças e às necessidades dos sujeitos, e é por meio dela que a equipe local decidiu passar outros casos à frente de P.J.S. Isso assegura que todos sejam atendidos com prioridade a partir da avaliação de vulnerabilidade, gravidade e risco. 80. A política de humanização é uma estratégia utilizada preferencialmente pela esfera municipal, em função da proximidade com a execução das ações nos serviços de saúde. 81. A inseparabilidade entre a atenção e a gestão dos processos de saúde e a transversalidade pode trazer riscos de atravessamentos no que se refere ao atendimento à Joana. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP - SES-DF/2018 GRUPO 001 – TIPO “A” PÁGINA 7/9 Em uma Unidade de Saúde que estava sem coordenação há mais de 2 meses, a equipe encontrava-se bastante desmotivada, e até mesmo os processos mais bem estruturados acabaram se perdendo. Por esse motivo, uma nova enfermeira foi chamada para coordenar a Unidadede Saúde, onde, logo ao chegar, precisou enfrentar diversos desafios. Considerando os processos gerenciais comuns a essa função, julgue os itens a seguir. 82. A enfermeira deverá exercer funções de gerenciamento e liderança, os quais são praticamente a mesma coisa. 83. Por causa do trabalho gerencial, comum aos enfermeiros, o processo de trabalho do cuidar será, em boa parte, delegado aos técnicos de enfermagem 84. Quando planejar, delegar, previr e prover recursos, capacitar a equipe e educar os usuários, o enfermeiro estará fazendo gerência do cuidado em enfermagem. 85. As principais tarefas da enfermeira que coordena a Unidade de Saúde serão as seguintes: previsão, provisão, manutenção e controle de recursos materiais e humanos para o funcionamento do serviço. 86. Quando estiver planejando, avaliando, organizando e coordenando, a enfermeira não estará prestando cuidado direto à população. 87. Para a prática de gerenciamento, a enfermeira deverá considerar a integralidade, o acolhimento, a classificação de risco e a clínica centrada na doença e na resolutividade das ações. 88. A chefia de serviço e de unidade de enfermagem não é privativa ao enfermeiro, pois os técnicos de enfermagem podem possuir qualificação, exercendo para tal função. D.I.L., 60 anos de idade, é conselheiro na unidade de saúde de seu bairro. Ele refere que, até o ano passado, nunca havia utilizado o Sistema Único de Saúde (SUS), pois tinha plano de saúde de sua empresa e, por isso, pouco conhece o sistema. Desse modo, interessado pelo assunto, solicita à equipe de saúde a indicação de algumas leituras. Feitas as leituras, D.I.L. retorna à unidade de saúde com algumas afirmações, as quais a equipe acolhe, confirma as informações corretas e corrige as equivocadas. Considerando a normatização do SUS, julgue os itens. 89. A Lei no 8.080/1990, dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, e dá outras providências. 90. A definição das instâncias e dos mecanismos de controle, avaliação e fiscalização das ações e dos serviços de saúde cabe apenas à União e aos estados. 91. De acordo com a Lei no 7.508/2011, os Centros de Atenção Psicossocial, os quais tratam de casos mais especializados em saúde mental, são considerados portas de entrada às ações e aos serviços nas Redes de Atenção à Saúde. 92. O Sistema Único de Saúde foi institucionalizado no Brasil por meio das Leis Orgânicas da Saúde no 8.080/1990 e no 8142/1990. 93. Um dos princípios organizativos do SUS é o da centralização administrativa e da redistribuição das responsabilidades quanto às ações e aos serviços de saúde entre os diferentes níveis de governo. 94. A universalidade de acesso ao sistema, com atendimento preferencial à população de baixa renda, é uma das diretrizes do SUS. 95. A Lei no 8.080/1990 não inclui, no campo de atuação do Sistema Único de Saúde, a colaboração na proteção ao meio ambiente. R.M.J., 61 anos de idade, é hipertenso, diabético, apresenta obesidade grau I, e tem circunferência abdominal maior que 103 cm. Os exames laboratoriais apresentam os seguintes valores: HDL = 35mg/dL e triglicerídeos = 190 mg/dL. No momento do exame físico, apresentou os seguintes sinais: frequência cardíaca = 92 bpm; frequência respiratória = 19 mpm; temperatura axilar de 36,9 ºC; e PA = 135 mmHg x 85 mmHg. O enfermeiro avalia edema e classifica-o com uma cruz (+). Com base no caso clínico apresentado e nos conhecimentos médicos a ele relacionados, julgue os itens a seguir. 96. O paciente do referido caso sofre de síndrome metabólica, pois preenche pelo menos quatro dos critérios necessários para a definição desse diagnóstico. 97. A hipertensão arterial é uma condição clínica multifatorial, caracterizada por níveis elevados e não sustentados de pressão arterial. 98. O principal objetivo de se reduzir a pressão arterial a níveis pressóricos abaixo de 140 mmHg x 90 mmHg, segundo os novos valores adotados pela Associação Americana de Cardiologia, em todos os pacientes hipertensos, tem como propósito a redução da morbimortalidade cardiovascular, da capacidade física e laboral, além de reduzir o custo social desses agravos. 99. Os betabloqueadores de canais de cálcio possuem uma potente ação redutora da pressão arterial, especialmente quando associados a medicamentos inibidores da enzima conversora de angiotensina. 100. Edema é classificado como acúmulo de líquidos nas células com o objetivo de diluir o agente inflamatório local. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP - SES-DF/2018 GRUPO 001 – TIPO “A” PÁGINA 8/9 F.G.G., secretário de saúde de um município do interior de Pernambuco, discute com a equipe técnica, a necessidade de realização de um diagnóstico situacional da saúde da população atendida no município. Para justificar a proposta, o secretário faz algumas afirmações; porém, para avaliar a capacidade técnica da própria equipe, dispara algumas questões. Considerando o diagnóstico territorial e situacional, julgue os itens a seguir. 101. O principal objetivo, ao realizar-se o diagnóstico da situação de saúde e condições de vida de uma população, é o de saber como vive, adoece e morre a população de determinados lugares e em determinadas situações. 102. O diagnóstico facilita a identificação de problemas e necessidades a serem enfrentados e revela potencialidades locais, por meio da análise do que determina e condiciona cada situação. 103. O trabalho de territorialização é feito a partir de uma estratégia de vigilância e de compreensão das organizações sociais, culturais e econômicas do território e de como as equipes de saúde podem atuar sobre elas. 104. Os principais dados que podem ser utilizados para o diagnóstico de um território são os seguintes: os demográficos; os ambientais; os de condições de vida, que falam sobre as características do território; e os de morbidade, os quais descrevem os recursos físicos do território, que podem ocasionar doenças. 105. Os mapas de saúde contextualizados pelo Decreto no 7.508/2011 são importantes ferramentas para a localização de “objetos”, quando se planeja a realização de um diagnóstico sócio-sanitário. M.B., 25 anos de idade, pedagoga, é mãe de A.L., de 20 dias de idade. A mãe chega à consulta de enfermagem queixando- se da perda de peso da filha e da dificuldade que tem em amamentá-la. M.B. tem apresentado fissuras nos mamilos e demonstra muita preocupação por acreditar que não está cumprindo seu papel de mãe adequadamente. Com base no caso clínico apresentado e nos conhecimentos médicos a ele relacionados, julgue os itens a seguir. 106. Integridade tissular prejudicada seria um dos possíveis diagnósticos nesse caso, em razão das fissuras nos mamilos apresentadas por M.B. 107. Outro diagnóstico possível seria o de risco de atraso no desenvolvimento infantil relacionado à perda de peso de A.L. 108. Algumas intervenções de enfermagem possíveis seriam as seguintes: avaliar as mamas da mãe, avaliar a posição da mãe e do bebê durante a amamentação e orientar quanto à necessidade de suplementação imediata. M.J.A., 79 anos de idade, casada, mãe de seis filhos, aposentada, analfabeta funcional, mora com o marido de 88 anos de idade e o filho mais novo, de 34 anos de idade. A paciente está no primeiro dia de internação domiciliar após alta hospitalar 2 meses após sua queda ao solo e a constatação de fratura na cabeça do fêmur. M.J.A. é hipertensa, não possui cuidados com sua alimentação e relata pouca ingesta hídrica. Ao exame físico: emagrecida, pele desidratada, murmúrios vesiculares audíveis ilateralmente e membro inferior com baixa mobilidade e perda de força. Sinais vitais estáveis. Refere inapetência e insônia causadaspela dor. O enfermeiro do posto de saúde de referência da paciente resolve inclui-la no Programa de Atenção Domiciliar. Com base nesse caso clínico, julgue os itens a seguir. 109. Um dos diagnósticos de enfermagem possíveis seria o de risco de constipação relacionado à ingestão insuficiente de fibras e água, e à atividade física insuficiente. 110. Um dos possíveis diagnósticos seria o de nutrição desequilibrada, isto é, menos do que as necessidades corporais, situação em que o enfermeiro deverá estar atento à diminuição dos ruídos adventícios. 111. Mobilidade prejudicada e risco de integridade da pele prejudicada são diagnósticos possíveis; portanto, a aquisição de um colchão apropriado deve ser discutida com familiares, assim como o uso de hidratantes perfumados e o incentivo à mudança de decúbito a cada 3 horas. 112. M.J.A. corre risco de queda, e a vigilância deve ser feita 24 horas por dia; a realização de atividades deve ser evitada a fim de prevenir possíveis quedas. 113. Elevar o membro afetado é uma importante intervenção a se evitar, pois há risco de isquemia do membro. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RP - SES-DF/2018 GRUPO 001 – TIPO “A” PÁGINA 9/9 P.N.R., 18 anos de idade, sofreu acidente de moto aos 12 anos de idade, quando teve perda parcial nos movimentos do lado esquerdo do corpo e um grau médio de comprometimento intelectual. Porém, mesmo com dificuldades, consegue realizar as atividades da vida cotidiana. Desde então, P.N.R. tem buscado alternativas para se inserir no mercado de trabalho e em algumas atividades sociais, porém tem notado que a tarefa não é fácil, pois ainda há muito preconceito em torno dessa temática. Considerando as informações apresentadas e as políticas públicas para a acessibilidade, julgue os itens a seguir. 114. Na última década, o movimento de inclusão de pessoas com deficiência passou a ter importância no Brasil, o que repercutiu em avanços para todos os cidadãos brasileiros. 115. A participação efetiva das pessoas com deficiência nas políticas públicas demonstra a valorização crescente dessa temática na realidade brasileira. 116. As políticas públicas para a acessibilidade facilitaram a inserção no mercado de trabalho das pessoas com algum tipo de deficiência, principalmente após a I Conferência de Saúde da Pessoa Idosa. 117. P.N.R., por ser portador de uma deficiência média, provavelmente não teve acesso à educação preferencialmente pelo ensino regular, pois necessitaria de uma atenção especializada, não dispensada pelo ensino regular. 118. P.N.R. é considerado uma pessoa com deficiência por possuir impedimentos de longo prazo, os quais, para a lei, podem ser de natureza sensorial, física e (ou) mental. 119. A Rede Cegonha é uma importante estratégia para assegurar o crescimento seguro da criança e auxilia a detecção precoce de doenças e algumas deficiências neonatais. 120. Analisando as novas políticas criadas nos últimos anos, constata-se que a nova legislação e as entidades das pessoas com deficiência fizeram esse problema emergir como uma questão social e relacional. Área livre
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