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Federalismo Brasileiro e a FUNDEB

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Priscila Braga Tolentino | RA: 11201812267
Resenha 1 – Federalismo Fiscal
O federalismo apresenta consigo a divisão de responsabilidades sobre as políticas públicas de uma nação. De acordo com o que foi apresentado em aula: os estados, municípios e a União possuem diferentes incumbências sobre a provisão de bens e serviços públicos. No entanto, é evidente a desigualdade na alocação desses recursos, evidenciando as disparidades entre estados e municípios. Diante desse cenário, o texto constitucional de 1988 deixa claro a preocupação em relação ao combate das desigualdades regionais, apostando em políticas que defenda a eficiência.
Contudo, por mais de um século de federalismo não foi eficiente para uma consistente redução das desigualdades territoriais. Algumas alterações constitucionais ao longo do tempo se propuseram a enfrentar o problema da desigualdade de alocação de recursos entre os entes federados. A implantação de programas como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da educação (Fundeb), em 2007, se mostrou eficiente em evitar disparidades de alocação de recursos e destacando o papel fundamental da União. A intenção do programa em reduzir a desigualdade no nível das redes de ensino públicas, estaduais e municipais, redirecionou de maneira ponderadas recursos para governos locais, o que de acordo com o modelo de Tiebout – garantiria um padrão educacional, diminuindo a competição ente diferentes regiões. 
Os recursos advindos da Fundeb foram direcionados por transferência condicionada, que são por sua vez dirigidos para um fim específico dentro dos estados e municípios, regulamentado pela União. Esse tipo de transferência corroboraria para que as localidades arcassem com um menor valor, obtendo o mesmo nível de bem público, sobrando-se assim, mais dinheiro para bens privados. 
	Para garantir que a equalização fiscal ocorra, é necessário repasses federais expressivos que complementem as responsabilidades dos governos locais. A união deve, portanto, incentivar políticas que redistribuam recursos aos governos regionais, já que de acordo com Vazquez e Arretche: somente com uma presença mais significativa de recursos federais é possível garantir efeitos mais duradouros de redução das desigualdades a desigualdade de acesso dos cidadãos a serviços públicos no interior de um Estado-nação. Dessa forma, torna-se necessário também, a fiscalização dos Fundos, para que as alocações sejam devidamente destinadas e garantindo uma equidade de acessos a bens públicos por parte das comunidades locais.

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