Buscar

ROTEIRO DE ESTUDOS PARA AV1 - SAÚDE DA FAMÍLIA 57 QUESTÕES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ROTEIRO DE ESTUDOS PARA AV1 – SAÚDE DA FAMÍLIA
1 – Quais são os cinco princípios descritos na Carta de Ottawa que subsidiam a organização da Estratégia da Saúde da família?
Resposta: Princípio 01: Construir Políticas Saudáveis:
• A promoção da saúde está para além da prestação de cuidados de saúde. Inscreve a saúde na agenda das decisões políticas, em todos os setores e em todos os níveis, conscientizando-os das consequências para a saúde das suas decisões e levando-os a assumir as responsabilidades neste campo. 
• Uma política de promoção da saúde combina diversas abordagens complementares, incluindo a legislação, as medidas fiscais, os impostos e as mudanças organizacionais.
Princípio 02: Criação de ambientes favoráveis:
 • O princípio orientador a nível mundial, das nações, das regiões e das comunidades é a necessidade de encorajar os cuidados mútuos – cuidar uns dos outros, das comunidades e do ambiente natural. É preciso assegurar a conservação dos recursos naturais do planeta, em uma perspectiva de responsabilidade global.
 • É essencial avaliar sistematicamente o impacto que o ambiente, em rápida evolução, tem na saúde – particularmente nas áreas da tecnologia, do trabalho, da produção de energia e da urbanização.
Princípio 03: Reforçar a Ação Comunitária:
• A promoção da saúde desenvolve-se através da intervenção concreta e efetiva na comunidade, estabelecendo prioridades, tomando decisões, planeando estratégias e implementando-as com vista a atingir melhor saúde. 
• O desenvolvimento das comunidades é criado a partir dos seus recursos materiais e humanos, com base na autoajuda e no suporte social, no desenvolvimento de sistemas flexíveis que reforcem a participação pública e orientem para a resolução dos problemas de saúde.
Princípio 04: Desenvolver Competências Pessoais:
• A promoção da saúde pressupõe o desenvolvimento pessoal e social, através da melhoria da informação, educação para a saúde e reforço das competências que habilitem para uma vida saudável. Deste modo, as populações ficam mais habilitadas para controlar a sua saúde e o ambiente e fazer opções conducentes à saúde.
 • É fundamental capacitar as pessoas para aprenderem durante toda a vida, preparando-as para as suas diferentes etapas e para enfrentarem as doenças crônicas e as incapacidades.
Princípio 05: Reorientar os Serviços de Saúde:
• Para além das suas responsabilidades na prestação de cuidados clínicos e curativos, os serviços de saúde devem orientar-se cada vez mais para a promoção da saúde. 
• Esses serviços têm de adotar um amplo mandato que seja sensível e que respeite as especificidades culturais. Devem apoiar os indivíduos e as comunidades na satisfação das suas necessidades para uma vida saudável e abrir canais de comunicação entre o sector da saúde e os sectores social, político, econômico e ambiental.
2 – O Brasil vem realizando reforma sanitária há muitos anos e ainda continua em constante reforma. Explique o que foi o movimento de reforma sanitária e descreva os quatro princípios.
Resposta: A Reforma Sanitária foi decorrente ao contexto da luta contra a ditadura na década de 70. Seu surgimento foi devido à luta pelo conjunto de ideias reformistas na saúde coletiva, cujo eram visadas como necessária para desse modo, promover a melhoria da saúde pública para a população brasileira.
Os princípios básicos da reforma sanitária são: Saúde como direito de todos, garantia de acesso: preventivo e curativo; Descentralização e controle Social das ações de saúde.
3 – O que foi a VIII Conferência de saúde e qual a sua importância para a construção do SUS?
Resposta: A 8ª Conferência Nacional da Saúde, realizada em março de 1986, é considerada um marco na história das conferências. Foi a primeira Conferência Nacional da Saúde aberta à sociedade e resultou na implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), um convênio entre o INAMPS e os governos estaduais, mas o mais importante foi ter formado as bases para a seção “Da Saúde” da Constituição Brasileira de 5 de outubro de 1988. Além disso desempenhou um importante papel na propagação do movimento da Reforma Sanitária.
4 – O que diz a Constituição Brasileira em relação ao conceito de Saúde?
Resposta: Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Não excluindo a responsabilidade dos usuários de Promoção, proteção e recuperação da saúde.
5 – O artigo 198 da Constituição Brasileira traz os princípios para o sistema público de Saúde. Quais são estes?
Resposta: Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade.
6 – O artigo 199 da Constituição Brasileira fala sobre a participação da iniciativa privada (complementaridade do setor privado). Como isso acontece?
Resposta: § 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. 
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. § 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
7 – De acordo com o artigo 200 da Constituição federal, quais são as atribuições do Sistema único de Saúde?
Resposta: Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: 
I - Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II - Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; 
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde. 
IV- Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; 
V - Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; 
VI - Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano; 
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
8 – Quais são os Princípios e diretrizes do SUS? Cite e descreva-os.
Resposta: 
Princípios DOUTRINÁRIOS: 
Universalidade: É a garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. Com a universalidade, o indivíduo passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de saúde, assim como àqueles contratados pelo poder público. Saúde é direito de cidadania e dever do Governo: municipal, estadual e federal.
Integralidade: garante o direito de atendimento de forma plena, através de um conjunto articulado e contínuo de ações preventivas e curativas, individuais e coletivas nos três níveis de atenção ou complexidade: primária, secundária e terciária.
Equidade: É assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégiose sem barreiras. Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite do que o sistema puder oferecer para todos.
DIRETRIZES DO SUS: 
Descentralização: político administrativo, é entendida como uma redistribuição das responsabilidades quanto as ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo.
Participação social: é a garantia de que a população irá participar do processo de reformulação das políticas de saúde e controle da sua execução em todos os níveis. Para isso devem ser criados os Conselhos e as Conferências em Saúde.
Regionalização: é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado deles, ou seja, distribuição dos serviços de saúde por região.
Hierarquização: deve proceder a divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis em uma dada região, ou seja, integração dos serviços de saúde em rede com a Atenção Primária ordenando e coordenando todos os serviços ofertados.
Complementaridade: do serviço privado quando for insuficiência do setor público, poderá ser contratado o setor privado.
Resolutividade: É a exigência de que, quando o indivíduo busca atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível de sua competência.
9 – O que é a Norma operacional básica 01/96?
Resposta: A NOB/SUS 01/96 promoveu um avanço no processo de descentralização, criando condições de gestão para os Municípios e Estados, caracterizando as responsabilidades sanitárias do município pela saúde de seus cidadãos e redefinindo competências de Estados e Municípios.
10 – Qual a finalidade da NOB 01/96?
Resposta: A presente Norma Operacional Básica tem por finalidade primordial promover e consolidar o pleno exercício, por parte do poder público municipal e do Distrito Federal, da função de gestor da atenção à saúde dos seus munícipes (Artigo 30, incisos V e VII, e Artigo 32, Parágrafo 1º, da Constituição Federal), com a consequente redefinição das responsabilidades dos Estados, do Distrito Federal e da União, avançando na consolidação dos princípios do SUS.
11 – Qual é o princípio do SUS atendido nesta NOB primordialmente?
Resposta: Descentralização.
12 – De acordo com a NOB 01/96 quais são as responsabilidades do indivíduo, da família e da comunidade em relação a saúde?
Resposta: Promoção, proteção e recuperação da saúde.
13 – Como é o fluxo de financiamento descrito na NOB 01/96. Descreva-o:
Resposta: O financiamento do SUS é de responsabilidade das três esferas de governo e cada uma deve assegurar o aporte regular de recursos, ao respectivo fundo de saúde.
Conforme determina o Artigo 194 da Constituição Federal, a Saúde integra a Seguridade Social, juntamente com a Previdência e a Assistência Social. No inciso VI do parágrafo único desse mesmo Artigo, está determinado que a Seguridade Social será organizada pelo poder público, observada a "diversidade da base de financiamento".
Já o Artigo 195 determina que a Seguridade Social será financiada com recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e de Contribuições Sociais.
14 – Com a NOB 01/96 o enfoque nos resultados modifica de números para indicadores de saúde. Comente esta modificação:
Resposta: Antes da nob o olhar era em cima da doença, do número de atendimentos. Com a chegada da nob, o olhar vira preventivo. Sugerindo reorganização do modelo de saúde. Com o PPI (Programação Pactuada e Integrada), Implantação de agentes comunitários entre outros programas.
15 – Quais são os três grandes campos de atenção descritos nesta NOB?
Resposta: A atenção à saúde, que encerra todo o conjunto de ações levadas a efeito pelo SUS, em todos os níveis de governo, para o atendimento das demandas pessoais e das exigências ambientais, compreende três grandes campos, a saber:
1. o da assistência, em que as atividades são dirigidas às pessoas, individual ou coletivamente, e que é prestada no âmbito ambulatorial e hospitalar, bem como em outros espaços, especialmente no domiciliar;
2. o das intervenções ambientais, no seu sentido mais amplo, incluindo as relações e as condições sanitárias nos ambientes de vida e de trabalho, o controle de vetores e hospedeiros e a operação de sistemas de saneamento ambiental (mediante o pacto de interesses, as normalizações, as fiscalizações e outros); e
3. o das políticas externas ao setor saúde, que interferem nos determinantes sociais do processo saúde-doença das coletividades, de que são partes importantes questões relativas às políticas macroeconômicas, ao emprego, à habitação, à educação, ao lazer e à disponibilidade e qualidade dos alimentos.
16 – De acordo com a NOB 01/96 o cartão do SUS já estava previsto. Qual o seu objetivo?
Resposta: O objetivo do cartão é organizar e sistematizar dados sobre o atendimento prestado aos usuários, já que através dele é gerado um número nacional de identificação que facilita o acesso à rede de atendimento. Com isso, o cartão facilita a comunicação entre os diversos serviços de saúde. Por exemplo: uma equipe de saúde pode acompanhar os procedimentos feitos por uma pessoa usuária do SUS em qualquer ponto do país.
Além disso, através da utilização dos cartões é possível gerar dados confiáveis e atualizados que permitam planejamento das políticas públicas de saúde.
17 – De acordo com a NOB 01/96 existe uma mudança no modelo de saúde vigente. Comente.
Resposta: O modelo vigente, que concentra sua atenção no caso clínico, na relação individualizada entre o profissional e o paciente, na intervenção terapêutica armada (cirúrgica ou medicamentosa) específica, deve ser associado, enriquecido, transformado em um modelo de atenção centrado na qualidade de vida das pessoas e do seu meio ambiente, bem como na relação da equipe de saúde com a comunidade, especialmente, com os seus núcleos sociais primários – as famílias. Essa prática, inclusive, favorece e impulsiona as mudanças globais, intersetoriais. 
Nessa nova relação, a pessoa é estimulada a ser agente da sua própria saúde e da saúde da comunidade que integra. Na intervenção ambiental, o SUS assume algumas ações específicas e busca a articulação necessária com outros setores, visando a criação das condições indispensáveis à promoção, à proteção e à recuperação da saúde.
18 – Qual é a atitude esperada para o usuário do SUS em relação à saúde descrito nesta NOB?
Resposta: Que cada usuário seja responsável pela própria saúde e participe do processo de prevenção através da participação social e da ajuda da equipe de saúde.
19 – Quais são as atividades descritas na Programação Pactuada e Integrada – PPI?
Resposta: A PPI envolve as atividades de assistência ambulatorial e hospitalar, de vigilância sanitária e de epidemiologia e controle de doenças, constituindo um instrumento essencial de reorganização do modelo de atenção e da gestão do SUS, de alocação dos recursos e de explicitação do pacto estabelecido entre as três esferas de governo. Essa Programação traduz as responsabilidades de cada município com a garantia de acesso da população aos serviços de saúde, quer pela oferta existente no próprio município, quer pelo encaminhamento a outros municípios, sempre por intermédio de relações entre gestores municipais, mediadas pelo gestor estadual.
20 – O que é o Piso Assistencial Básico (PAB)?
Resposta: O PAB consiste em um montante de recursos financeiros destinado ao custeio de procedimentos e ações de assistência básica, de responsabilidade tipicamente municipal. Esse Piso é definido pela multiplicação de um valor per capita nacional pela população de cada município (fornecida pelo IBGE), e transferido regular e automaticamente ao fundo de saúde ou conta especial dos municípios e, transitoriamente, ao fundo estadual, conforme condições estipuladas nesta NOB. As transferências do PAB aos estados correspondem,exclusivamente, ao valor para cobertura da população residente em municípios ainda não habilitados na forma desta Norma Operacional.
21 – A NOB 01/96 traz incentivos aos Programas de Saúde da Família (PSF) e de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). De que forma?
Resposta: Através do PAB. Fica estabelecido um acréscimo percentual ao montante do PAB, de acordo com os critérios a seguir relacionados, sempre que estiverem atuando integradamente à rede municipal, equipes de saúde da família, agentes comunitários de saúde, ou estratégias similares de garantia da integralidade da assistência, avaliadas pelo órgão do MS (SAS/MS) com base em normas da direção nacional do SUS.
a) Programa de Saúde da Família (PSF):
· acréscimo de 3% sobre o valor do PAB para cada 5% da população coberta, até atingir 60% da população total do município;
· acréscimo de 5% para cada 5% da população coberta entre 60% e 90% da população total do município; e
· acréscimo de 7% para cada 5% da população coberta entre 90% e 100% da população total do município.
Esses acréscimos têm, como limite, 80% do valor do PAB original do município.
b) Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS):
· acréscimo de 1% sobre o valor do PAB para cada 5% da população coberta até atingir 60% da população total do município;
· acréscimo de 2% para cada 5% da população coberta entre 60% e 90% da população total do município; e
· acréscimo de 3% para cada 5% da população coberta entre 90% e 100% da população total do município.
Esses acréscimos têm, como limite, 30% do valor do PAB original do município.
c) Os percentuais não são cumulativos quando a população coberta pelo PSF e pelo PACS ou por estratégias similares for a mesma.
Os percentuais acima referidos são revistos quando do incremento do valor per capita nacional único, utilizado para o cálculo do PAB e do elenco de procedimentos relacionados a este Piso. Essa revisão é proposta na CIT e votada no CNS. Por ocasião da incorporação desses acréscimos, o teto financeiro da assistência do estado é renegociado na CIT e apreciado pelo CNS.
A ausência de informações que comprovem a produção mensal das equipes, durante dois meses consecutivos ou quatro alternados em um ano, acarreta a suspensão da transferência deste acréscimo.
22– A NOB 01/96 também prevê investimentos em ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, com qual objetivo?
Resposta: Os recursos da esfera federal destinados às ações de epidemiologia e controle de doenças não contidas no elenco de procedimentos do SIA/SUS e SIH/SUS configuram o Teto Financeiro de Epidemiologia e Controle de Doenças (TFECD).
O elenco de procedimentos a serem custeados com o TFECD é definido em negociação na CIT, aprovado pelo CNS e formalizado em ato próprio do órgão específico do MS (Fundação Nacional de Saúde - FNS/MS). As informações referentes ao desenvolvimento dessas ações integram sistemas próprios de informação definidos pelo Ministério da Saúde.
O valor desse Teto para cada estado é definido em negociação na CIT, com base na PPI, a partir das informações fornecidas pelo Comitê Interinstitucional de Epidemiologia e formalizado em ato próprio do órgão específico do MS (FNS/MS).
Esse Comitê, vinculado ao Secretário Estadual de Saúde, articulando os órgãos de epidemiologia da SES, do MS no estado e de outras entidades que atuam no campo da epidemiologia e controle de doenças, é uma instância permanente de estudos, pesquisas, análises de informações e de integração de instituições afins.
23 – O que é o Programa de Agente Comunitário de Saúde?
Resposta: O programa de agentes comunitários de saúde (PACS), existente desde o início dos anos 90, foi efetivamente instituído e regulamentado em 1997, quando se iniciou o processo de consolidação da descentralização de recursos do âmbito do sistema único de saúde (SUS).
O PACS, importante estratégia no aprimoramento e na consolidação do sistema único de saúde, a partir da reorientação da assistência ambulatorial e domiciliar, é hoje compreendido como estratégia transitória para o Programa de Saúde da família (PSF).
O programa foi inspirado em experiencia de prevenção de doenças por meio de informações e orientações sobre cuidados de saúde. Sua meta se consubstancia na contribuição para a reorganização dos serviços municipais de saúde e na integração das ações entre os diversos profissionais, com vistas a ligação efetiva entre a comunidade e a unidade de saúde. 
24– Como o PACS pode ser utilizado para modificação do modelo de assistência à saúde?
Resposta: Na questão da promoção e prevenção de saúde.
25 – Quantos agentes comunitários de saúde, no máximo, um enfermeiro pode supervisionar de acordo com o PACS?
Resposta: No máximo 30 agentes comunitários de saúde para cada enfermeiro.
26 – Quais as áreas prioritárias para implantação do PACS?
Resposta: A prioridade número um é que todos tenham acesso aos serviços de saúde para garantir o princípio da igualdade de todos os cidadãos. Isso se traduz na necessidade de alguns municípios de expandir a rede básica para assistir periferias urbanas e zonas rurais. Outro critério fundamental na escolha da área prioritária é o risco social (altos índices de desemprego, criminalidade, prostituição, crianças fora da escola e outros), que normalmente vêm associados a um maior risco de adoecer / morrer. Em locais onde a rede é "melhor estruturada", e há resistência à mudança de modelo, pode-se optar também por um critério de consenso, ou seja, começar por onde há maior adesão das equipes de saúde à proposta. Mas não se esqueça: a implantação de equipes isoladas, que não cobrem 100% das áreas consideradas prioritárias, tende a ter pouca eficácia e baixo impacto.
27 – Qual o número máximo de famílias ou pessoas podem ser acompanhadas por um ACS?
Resposta: Cada Agente Comunitário de Saúde (ACS) da equipe cobre uma área de aproximadamente 20 a 250 famílias. Essas definições dependem das realidades geográfica, econômica e sócio política da área, levando-se sempre em conta a densidade populacional e a facilidade de acesso à Unidade.
28 – Quais são os requisitos básicos para participar do processo seletivo para ACS?
Resposta: O agente deverá residir na própria comunidade, ter espírito de liderança e de solidariedade, ser recrutado por meio de processo seletivo e preencher os seguintes requisitos:
· ter idade mínima de 18 anos;
· saber ler e escrever;
· residir na comunidade há pelos menos 2 anos;
· ter disponibilidade de tempo integral para exercer suas atividades.
29 – Quais são as ações desenvolvidas pelos ACS no PACS?
Resposta: O ACS deverá atender entre 400 e 750 pessoas, dependendo das necessidades locais, e desenvolvera atividades de prevenção de doenças e promoção de saúde por meio de ações educativas individuais e coletivas, nos domicílios e na comunidade sob supervisão competente.
30 – Quem é responsável pelo processo de capacitação dos ACS no PACS?
Resposta: As atividades desenvolvidas pelos agentes são acompanhadas e orientadas por um enfermeiro em uma unidade de saúde, o qual atua como instrutor-supervisor. Esse enfermeiro também é responsável pela capacitação dos ACS, que é desenvolvida de acordo com as necessidades identificadas na comunidade.
31 – O que pode levar a suspensão do PACS?
Resposta: A não alimentação do sistema de informação por um período de 2 meses consecutivos ou 3 meses alternados durante o ano, implicara na suspensão do cadastramento do programa. Da mesma forma, a não alimentação do Sistema de informação sobre Agravos de notificação (SINAN), do sistema de informação sobre Mortalidade (SIM), do sistema de informação sobre recém Nascidos Vivos (SINASC) e do sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), suspendem indiretamente, o repasse de recursos para o programa. Isso ocorre uma vez que a alimentação dos referidos sistemas é condição obrigatória para que o município se mantenha habilitado no Piso do Atenção Básica (PAB) e estar habilitado em uma das formas de gestão do PAB previstas na Norma OperacionalBásica é uma das condições para implementação do PACS.
32 – Quais são as atribuições dos enfermeiros supervisores no PACS?
Resposta: 
· Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS; 
· Supervisionar e coordenar e realizar atividades de qualificação e educação permanente dos ACS, com vistas aos desempenhos de suas funções; 
· Facilitar a relação entre os profissionais da Unidade Básica de Saúde e ACS, contribuindo para organização da demanda referenciada;
· Realizar consultas e procedimentos de enfermagem na Unidade Básica de Saúde e, quando necessário, no domicílio e na comunidade;
· Solicitar exames complementares e prescrever medicações, conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal ou do Distrito federal, observadas as disposições legais da profissão;
· Organizar e coordenar grupos específicos de indivíduos e famílias em situação de risco da área de atuação dos ACS;
· Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS. 
33 – De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica, quais são as atribuições do ESF?
Resposta:
· Conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis, com ênfase nas suas características sociais, demográficas e epidemiológicas;
· Identificar os problemas de saúde prevalentes e situações de risco aos quais a população está exposta;
· Elaborar, com a participação da comunidade, um plano local para o enfrentamento dos determinantes do processo saúde/doença;
· Prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e racionalizada à demanda organizada ou espontânea, com ênfase nas ações de promoção à saúde;
· Resolver, através da adequada utilização do sistema de referência e contrarreferência, os principais problemas detectados;
· Desenvolver processos educativos para a saúde, voltados à melhoria do autocuidado dos indivíduos;
· Promover ações intersetoriais para o enfrentamento dos problemas identificados;
A base de atuação das equipes são as unidades básicas de saúde, incluindo as atividades de: 
· Visita domiciliar - com a finalidade de monitorar a situação de saúde das famílias. A equipe deve realizar visitas programadas ou voltadas ao atendimento de demandas espontâneas, segundo critérios epidemiológicos e de identificação de situações de risco. O acompanhamento dos Agentes Comunitários de Saúde em microáreas, selecionadas no território de responsabilidade das unidades de Saúde da Família, representa um componente facilitador para a identificação das necessidades e racionalização do emprego dessa modalidade de atenção;
· Internação domiciliar - não substitui a internação hospitalar tradicional. Deve ser sempre utilizada no intuito de humanizar e garantir maior qualidade e conforto ao paciente. Por isso, só deve ser realizada quando as condições clínicas e 15 familiares do paciente a permitirem. A hospitalização deve ser feita sempre que necessária, com o devido acompanhamento por parte da equipe;
· Participação em grupos comunitários - a equipe deve estimular e participar de reuniões de grupo, discutindo os temas relativos ao diagnóstico e alternativas para a resolução dos problemas identificados como prioritários pelas comunidades.
34 – Qual a ligação entre PACS e PSF?
Resposta: O PACS, importante estratégia no aprimoramento e na consolidação do Sistema Único da Saúde, a partir da reorientação da assistência ambulatorial e domiciliar, é hoje compreendido como estratégia transitória para o programa de saúde da família (PSF).
35 - O que é PAB fixo e PAB variável descrito na NOB 01/96? Quais áreas são as áreas estratégicas do PAB variável?
Resposta: O Piso da Atenção Básica (PAB) consiste em um montante de recursos financeiros federais destinados à viabilização de ações de Atenção Básica à saúde e compõe o Teto Financeiro do Bloco Atenção Básica. O PAB é composto de uma parte fixa (PAB fixo) destinada a todos os municípios e de uma parte variável (PAB variável) que consiste em montante de recursos financeiros destinados a estimular a implantação das seguintes estratégias nacionais de reorganização do modelo de atenção à saúde: Saúde da Família (SF); ACS; Saúde Bucal (SB); Compensação de Especificidades Regionais; Núcleos de Atenção à Saúde da Família (NASF), Saúde Indígena (SI); e Saúde no Sistema Penitenciário. Os repasses dos recursos dos PABs fixo e variável aos municípios são efetuados em conta aberta especificamente para essa finalidade, com o objetivo de facilitar o acompanhamento pelos Conselhos de Saúde no âmbito dos municípios, dos estados e do Distrito Federal.
36 - O que significa território?
Resposta: A palavra território refere-se a uma área delimitada sob a posse de um animal, de uma pessoa (ou grupo de pessoas), de uma organização ou de uma instituição. 
37 – O que significa Adstrição de clientela?
Resposta: Adscrever a clientela significa responsabilizar a equipe da Unidade de Saúde (US) pelos sujeitos que vivem na área geográfica definida para essa US, no processo de territorialização, permitindo o efetivo acesso e vínculo dessa população ao serviço, princípios da atenção à saúde.
38 – O que significa área e micro área?
Resposta:
Território-área: É a área de abrangência de uma unidade básica de saúde, que deve corresponder à corresponsabilidade entre da população e do Poder Público, por meio dos prestadores de serviços à saúde. A área é o espaço de atuação da Unidade Básica de saúde (UBS), que é formada por microáreas contendo algo em torno de 2400 a 4000 pessoas.
Território-microárea: É a subdivisão do Território-área, cuja característica é concentrar condições socioeconômicas, ambientais, epidemiológicas etc. mais homogêneas, para facilitar a implantação de programas e desenvolver a vigilância em saúde; cada microárea deve contar no máximo 750 habitantes, que será a unidade operacional do Agente de Saúde.
39 - O que é saúde e quais são os fatores que a influenciam?
Resposta: A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. Direito social, inerente à condição de cidadania, que deve ser assegurado sem distinção de raça, de religião, ideologia política ou condição socioeconômica, a saúde é assim apresentada como um valor coletivo, um bem de todos. 
O conceito de saúde contido na Constituição Federal de 1988 e na Lei nº 8.080/1990 ressalta as expressões da questão social, ao apontar que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos, e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” (CF. 1988, artigo 196) e, indicar como fatores determinantes e condicionantes da saúde, “entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País” (Lei nº 8.080/1990, artigo 3º).
40 -O que é NASF-AB? e quais são as diferentes modalidades? Qual profissional obrigatório em sua composição? Como eles atuam? Oque significa matriciamento?
Resposta: Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados pelo Ministério da Saúde, em 2008, com o objetivo de apoiar a consolidação da Atenção Primária no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolutividade, a abrangência e o alvo das ações.
As modalidades de NASF hoje estão assim definidas:
NASF 1: Vinculada a, no mínimo, 5 (cinco) e a, no máximo, 9 (nove) equipes de Saúde da Família (ESF) ou equipes de Atenção Básica para populações específicas (Consultórios na Rua, equipes ribeirinhas e fluviais). As equipes do NASF 1 devem ser formadas por profissionais de nível superior que reúnam as seguintes condições:
1. a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular, no mínimo,200 (duzentas) horas semanais;
2. nenhum profissional deve ter carga horária semanal menor do que 20 (vinte) horas;
3. cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter, no mínimo, 20 (vinte) horas e, no máximo, 80 (oitenta) horas de carga horária semanal.
NASF 2: Vinculada a, no mínimo, 3 (três) e a, no máximo, 4 (quatro) ESF e/ou equipes de Atenção Básica para populações específicas (Consultórios na Rua, equipes ribeirinhas e fluviais). 
As equipes do NASF 2 devem ser formadas por profissionais de nível superior que reúnam as seguintes condições:
1. a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular, no mínimo, 120 (cento e vinte) horas semanais;
2. nenhum profissional deve ter carga horária semanal menor do que 20 (vinte) horas;
3. cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter, no mínimo, 20 (vinte) horas e, no máximo, 40 (quarenta) horas de carga horária semanal.
NASF 3: Vinculada a, no mínimo, 1 (uma) e a, no máximo, 2 (duas) ESF e/ou equipes de Atenção Básica para populações específicas (Consultórios na Rua, equipes ribeirinhas e fluviais), agregando-se de modo específico ao processo de trabalho delas, configurando-se como uma equipe ampliada. As equipes do NASF 3 devem ser formadas por profissionais de nível superior que reúnam as seguintes condições:
1. a soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular, no mínimo, 80 (oitenta) horas semanais;
2. nenhum profissional deve ter carga horária semanal menor do que 20 (vinte) horas;
3. cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter, no mínimo, 20 (vinte) horas e, no máximo, 40 (quarenta) horas de carga horária semanal.
De acordo com a constituição, o NASF é composto da seguinte forma:
 § 1º O NASF 1 deverá ser composto por, no mínimo cinco profissionais de nível superior de ocupações não-coincidentes entre as listadas no § 2º deste artigo.
§ 2º Para efeito de repasse de recursos federais, poderão compor os NASF 1 as seguintes ocupações do Código Brasileiro de Ocupações - CBO: Médico Acupunturista; Assistente Social; Profissional da Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista; Médico Homeopata; Nutricionista; Médico Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; e Terapeuta Ocupacional.
§ 3º O NASF 2 deverá ser composto por no mínimo três profissionais de nível superior de ocupações não-coincidentes entre as listadas no § 4º deste artigo.
§ 4º Para efeito de repasse de recursos federais, poderão compor os NASF 2 as seguintes ocupações do Código Brasileiro de Ocupações - CBO: Assistente Social; Profissional da Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Nutricionista; Psicólogo; e Terapeuta Ocupacional.
§ 5º prática da Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura no NASF deverá ser realizada em consonância com a Portaria nº 971/GM, de 3 de maio de 2006.
41 - O que é promoção da saúde? Dê exemplos de ações de promoção da saúde e de ações de prevenção de doenças;
Resposta: A Carta de Ottawa, de novembro de 1986, decorrente da Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, define promoção da saúde como: “o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo”.
São exemplos de promoção de saúde: 
· Divulgar, sensibilizar e mobilizar para promoção da saúde;
· Alimentação saudável;
· Prática corporal e atividade física;
· Prevenção e controle do tabagismo;
· Redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo do álcool e de outras drogas;
· Redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito;
· Prevenção da violência e estímulo à cultura da paz;
· Promoção do desenvolvimento sustentável.
De forma geral, a prevenção se faz em três níveis:
1. A prevenção primária, que é tudo que fazemos no intuito de remover causas e fatores de risco de um problema de saúde antes que a doença ocorra. Inclui a promoção da saúde e a proteção específica contra certas doenças (ex.: imunização, exercícios físicos).
2. A prevenção secundária, que são as ações que visam detectar um problema de saúde em seu estágio inicial, muitas vezes subclínico, facilitando o diagnóstico definitivo e o seu tratamento, desta forma reduzindo ou prevenindo sua disseminação ou suas consequências no longo prazo (ex.: rastreamento de câncer de mama, estratificação do risco cardiovascular).
3. A prevenção terciária, que são as ações que visam reduzir os prejuízos funcionais consequentes a um problema agudo ou crônico, incluindo as medidas de reabilitação (ex.: reabilitar um paciente após um infarto ou após um acidente vascular cerebral).
42 - De acordo com a constituição o que é saúde? E como ela é garantida?
Resposta: Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Garantida com questões sociais e econômicas. As condições econômicas e sociais influenciam decisivamente as condições de saúde de pessoas e populações. A maior parte da carga das doenças — assim como as iniquidades em saúde, que existem em todos os países — acontece por conta das condições em que as pessoas nascem, vivem, trabalham e envelhecem. Esse conjunto é denominado “determinantes sociais da saúde”, um termo que resume os determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais da saúde.
43 – Qual a composição mínima da equipe de saúde da família? E a equipe ampliada?
Resposta: A Estratégia Saúde da Família (ESF) é composta por equipe multiprofissional que possui, no mínimo, médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de família e comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde (ACS).
Composição complementar:  há equipe de Saúde Bucal, composta por cirurgião-dentista generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal.
44 – O que é pacto pela saúde e quais são seus eixos? E as áreas de propostas para o pacto?
Resposta: O Pacto pela Saúde é um conjunto de reformas institucionais do SUS pactuado entre as três esferas de gestão (União, Estados e Municípios) com o objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de gestão, visando alcançar maior eficiência e qualidade das respostas do Sistema Único de Saúde. Ao mesmo tempo, o Pacto pela Saúde redefine as responsabilidades de cada gestor em função das necessidades de saúde da população e na busca da equidade social. Seus eixos são: 
Pacto pela vida: O Pacto pela Vida está constituído por um conjunto de compromissos sanitários, expressos em objetivos de processos e resultados e derivados da análise da situação de saúde do País e das prioridades definidas pelos governos federal, estaduais e municipais.
Significa uma ação prioritária no campo da saúde que deverá ser executada com foco em resultados e com a explicitação inequívoca dos compromissos orçamentários e financeiros para o alcance desses resultados.
As prioridades do PACTO PELA VIDA e seus objetivos para 2006 são:
SAÚDE DO IDOSO:
Implantar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, buscando a atenção integral.
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE MAMA:
Contribuir para a redução da mortalidade por câncer de colo do útero e de mama.
MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA:
Reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doença diarreica e por pneumonias.
DOENÇAS EMERGENTES E ENDEMIAS, COM ÊNFASE NA DENGUE, HANSENÍASE, TUBERCULOSE, MALÁRIA E INFLUENZA
Fortalecer a capacidade de resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e endemias.
PROMOÇÃO DA SAÚDE:
Elaborar e implantar a Política Nacional de Promoção da Saúde, com ênfase na adoção de hábitos saudáveis por parte da população brasileira, de forma a internalizar a responsabilidade individual da prática de atividade física regula,r alimentaçãosaudável e combate ao tabagismo.
ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE
Consolidar e qualificar a estratégia da Saúde da Família como modelo de atenção básica à saúde e como centro ordenador das redes de atenção à saúde do SUS.
45 – Quais as funções do Pacto em defesa do SUS e o Pacto pela Gestão do SUS? 
Resposta: O Pacto em Defesa do SUS envolve ações concretas e articuladas pelas três instâncias federativas no sentido de reforçar o SUS como política de Estado mais do que política de governos; e de defender, vigorosamente, os princípios basilares dessa política pública, inscritos na Constituição Federal.
O Pacto de Gestão estabelece as responsabilidades claras de cada ente federado de forma a diminuir as competências concorrentes e a tornar mais claro quem deve fazer o quê, contribuindo, assim, para o fortalecimento da gestão compartilhada e solidária do SUS.
46 – O que é a Política Nacional de atenção básica?
Resposta: A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é resultado da experiência acumulada por um conjunto de atores envolvidos historicamente com o desenvolvimento e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), como movimentos sociais, população, trabalhadores e gestores das três esferas de governo. Esta Portaria, conforme normatização vigente no SUS, que define a organização em Redes de Atenção à Saúde (RAS) como estratégia para um cuidado integral e direcionado às necessidades de saúde da população, destaca a Atenção Básica como primeiro ponto de atenção e porta de entrada preferencial do sistema, que deve ordenar os fluxos e contrafluxos de pessoas , produtos e informações em todos os pontos de atenção à saúde.
47 – Explique a mudança de PSF para ESF?
Resposta: O PSF é tido como uma das principais estratégias de reorganização dos serviços e de reorientação das práticas profissionais neste nível de assistência, promoção da saúde, prevenção de doenças e reabilitação. Traz, portanto, muitos e complexos desafios a serem superados para consolidar-se enquanto tal.
No âmbito da reorganização dos serviços de saúde, a estratégia da saúde da família vai ao encontro dos debates e análises referentes ao processo de mudança do paradigma que orienta o modelo de atenção à saúde vigente e que vem sendo enfrentada, desde a década de 1970, pelo conjunto de atores e sujeitos sociais comprometidos com um novo modelo que valorize as ações de promoção e proteção da saúde, prevenção das doenças e atenção integral às pessoas.
Atualmente, o PSF é definido com Estratégia Saúde da Família (ESF), ao invés de programa, visto que o termo programa aponta para uma atividade com início, desenvolvimento e finalização. O PSF é uma estratégia de reorganização da atenção primária e não prevê um tempo para finalizar esta reorganização.
48 – Qual a proporção de equipes de saúde da família cada NASF pode atender?
Resposta: Cada equipe se responsabiliza pelo acompanhamento de no máximo quatro mil pessoas de uma determinada área, e estas passam a ter corresponsabilidade no cuidado à sua saúde. A atuação das equipes ocorre no território, principalmente, nas unidades básicas de Saúde da Família, nas residências e nos espaços comunitários. A ESF caracteriza-se por ser a porta de entrada de um sistema hierarquizado e regionalizado de saúde tendo sob sua responsabilidade um território definido, com uma população delimitada, partindo do conhecimento do perfil epidemiológico e demográfico de sua área de atuação, podendo intervir sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está exposta, de forma a oferecer às pessoas atenção integral, permanente e de qualidade.
49 – Qual a relação da Saúde da Família com a Saúde Mental?
Resposta: Há princípios comuns entre a atuação das equipes de Saúde da Família e de Saúde Mental – atuação a partir do contexto familiar, continuidade do cuidado, organização em rede – que devem se articular para a produção de cuidados em saúde mental no território. É primordial, então, incluir ativamente, nas políticas de expansão, formulação e avaliação da APS, as ações de saúde mental que, com potencial transversal, devem ajudar as equipes a trabalhar a dimensão do sofrimento psíquico. Assumir esse compromisso é uma forma de responsabilização em relação à produção de saúde, à busca da eficácia das práticas e à promoção da equidade, da integralidade e da cidadania, efetivando os princípios do SUS. 
As equipes de Saúde da Família precisam ter o apoio e trabalharem próximas aos profissionais e serviços de saúde mental. O trabalho integrado das equipes de SF e Saúde Mental potencializa o cuidado e facilita uma abordagem integral, aumentando a qualidade de vida dos indivíduos e comunidades. Também propicia um uso mais eficiente e efetivo dos recursos e pode aumentar as habilidades e a satisfação dos profissionais. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça que o manejo e o tratamento de transtornos mentais no contexto da APS são passos fundamentais para possibilitar a um maior número de pessoas o acesso mais facilitado e rápido ao cuidado em saúde mental. Isso não só proporciona uma atenção de melhor qualidade, como também reduz exames supérfluos e tratamentos impróprios ou não específicos.
50 – Qual a carga horária da equipe de Saúde da Família? 
Resposta: Carga horária de 40 horas semanais para todos os profissionais de saúde membros da equipe de Saúde da Família, à exceção dos profissionais médicos, cuja jornada é descrita no próximo inciso. A jornada de 40 horas deve observar a necessidade de dedicação mínima de 32 horas da carga horária para atividades na equipe de Saúde da Família, podendo, conforme decisão e prévia autorização do gestor, dedicar até oito horas do total da carga horária para prestação de serviços na rede de urgência do município ou para atividades de especialização em Saúde da Família, residência multiprofissional e/ou de Medicina de Família e de Comunidade, bem como atividades de educação permanente e apoio matricial. 
51 – Quais são as características do Paradigma Flexneriano?
Resposta: 
· Ênfase na assistência médica individual;
· Organização médica com especialidades;
· Educação médica - modelo biomédico.
52 – Quais são as características do Paradigma de Produção Social da Saúde?
Resposta: Segundo o Paradigma de Produção Social da Saúde, salvo a natureza intocada, tudo que existe é produto da ação humana na sociedade, a partir de suas capacidades políticas, ideológicas, cognitivas, econômicas, organizativas e culturais. Uma sociedade poderá, pela sua produção social, acumular saúde ou produzir socialmente enfermidades. O estado de saúde é um processo que está permanentemente em transformação, deve ser entendido como um campo de conhecimento interdisciplinar, assistido na ótica da intersetorialidade, em coerência com o conceito de saúde como expressão da qualidade de vida.
53 – A partir de cada Paradigma surgem modelos de Saúde. Quais são os modelos empregados no Brasil? Quais suas características? 
Resposta:
1- Modelos de Atenção e serviços de saúde: Modelo de Atenção: Refere-se ao cuidado, à assistência, à intervenção, às ações e práticas de saúde. Um sistema de serviços de saúde é formado por componentes e funções principais: infraestrutura, organização, gestão, financiamento e prestação da atenção. O componente de “prestação da atenção” abriga a noção de modelo de atenção referindo-se ao cuidado, à assistência, às intervenções, às ações ou às práticas de saúde.
2- Modelos de Atenção à saúde no Brasil: É uma representação esquemática e simplificada de um sistema de saúde, no que tange à prestação da saúde. Não deve ser pensado como algo exemplar, uma norma, um padrão que todos devem seguir, mas a identificação de seus traços principais, de seus fundamentos, suas lógicas, enfim sua razão de ser (PAIM, 2008). É uma espécie de lógica que orienta as ações e organiza os meios do trabalho (saberes e instrumentos) utilizados nas práticas de saúde. Indicam um determinado modo de dispor dos meios técnicos científicos existentes para intervir sobre riscos e danos à saúde (PAIM, 2008).3- Modelo Sanitarista: Privilegia o controle de certos agravos ou de determinados grupos em risco de adoecer ou morrer. A intervenção de saúde é organizada sob a forma de campanhas (vacinação, controle de epidemias, erradicação de doenças) e implantação de programas especiais (tuberculose, saúde mental e tabagismo). As campanhas são temporárias, requerem uma grande mobilização de recursos e a administração é centralizada. Os programas especiais de saúde pública têm administração única e verticalizada e a organização das ações acontece de forma fragmentada sem articulação entre os diferentes pontos da rede de serviços de saúde.
4- Modelo Médico Assistencial Privatista: É predominante curativo, privilegia a doença em sua expressão individualizada, como objeto de sua intervenção. Voltada para o atendimento da demanda espontânea, ou seja, para atender aos indivíduos que procuram os serviços de saúde. A forma de organização da produção de ações de saúde é a rede de prestação de serviços, privilegiando o hospital. O modelo médico assistencial privatista está presente na medicina liberal, nas cooperativas médicas, na medicina de grupo, no seguro-saúde e nos serviços públicos (hospitais, centros de saúde e laboratórios).
· Individualismo; 
· Saúde/doença como mercadorias;
· Ênfase no biologismo;
· Historicidade da prática médica;
· Medicalização dos problemas;
· Privilégio da medicina curativa.
5- Modelo de Vigilância da Saúde: Propõe uma redistribuição de poder entre os três entes federativos, com mudanças e adequações de papéis em cada um deles; Reforça o papel do Estado na regulação da oferta de serviços e coordenação dos problemas e situações de saúde que extrapolem as bases territoriais dos municípios; Traz na sua concepção a importância da atenção primária como ordenadora e coordenadora dos serviços de saúde; Pressupõe oferta organizada das ações programáticas a partir dos principais agravos e grupos populacionais prioritários (mulheres, crianças, idosos); Adota o planejamento em saúde como estratégia para organização do processo de trabalho; Amplia a cobertura dos serviços e melhora a qualidade do atendimento no sistema de saúde; Incentiva a participação dos usuários para o efetivo exercício do controle social; • Promove a família como núcleo básico de abordagem no atendimento à população, considerando seu espaço social. Busca intervir sobre os fatores de risco aos quais a população está exposta.
· O Modelo de Vigilância da Saúde apresenta sete características básicas: 
1) Intervenção sobre problemas de saúde (danos, riscos e/ou determinantes);
 2) Ênfase em problemas que requerem atenção e acompanhamento contínuos; 
3) Operacionalização do conceito de risco;
4) Articulação entre ações promocionais, preventivas e curativas; 5) Atuação intersetorial;
6) Ações sobre o território;
7) Intervenção sob a forma de operações.
54- O que é família?
Resposta: A família é um modelo universal para o viver. Ela é unidade de crescimento; de experiência; de sucesso e fracasso; ela é também a unidade da saúde e da doença. A família pode ser compreendida como a unidade base para o treinamento social, o ambiente em que se experimenta o primeiro senso de pertencimento, identidade e conexão. Cada família tem características que a diferenciam das outras e que condicionam o modo como os seus membros veem o mundo e as relações afetivas. Durante muito tempo, os hábitos e padrões de relacionamento transmitidos pelos pais constituíram o único modelo de referência para os filhos.
55 - Quais são os tipos de família existentes? 
Resposta: 
Família nuclear: A família nuclear é formada pelos familiares consanguíneos da pessoa referência, ou seja, um núcleo. Um exemplo é o casal e seus filhos.
Família extensiva: A família extensiva é constituída por mais de uma geração, podendo ter também vínculos colaterais, como tios, primos e padrinhos.
Família unitária: A família unitária é composta por uma só pessoa, como é o caso de uma viúva sem filhos.
Família monoparental: A família monoparental é constituída por um dos pais biológicos e o filho, ou filhos, independentemente de vínculos externos ao núcleo.
Família reconstituída: A família reconstituída é composta por membros de uma família que em um dado momento teve outra configuração, sofreu uma ruptura e passou a ter um novo formato. Por exemplo, um casal que é constituído por dois pais separados.
Família monoparental: A família institucional tem a função de criar e desenvolver afetivamente a criança, o adolescente ou grupos afins. Podemos citar como exemplo um convento ou um abrigo.
Família homossexual: A família homossexual é constituída pela união de pessoas do mesmo sexo, que constituem um casal, podendo adotar filhos.
Família funcional: A família com constituição funcional é formada por pessoas que moram juntas e desempenham papéis parentais em relação a uma criança ou adolescente.
56 – Como é o sistema de saúde em outros países?
Resposta: Dos países reconhecidos por possuírem sistema de saúde público e universal, como Canadá, Dinamarca, Suécia, Espanha, Portugal, Cuba e Reino Unido, o mais populoso é o último, com cerca de 66,4 milhões de pessoas. Uma diferença entre esses sistemas e o SUS é que, no Brasil, apesar de o Estado ser obrigado a dar assistência de saúde gratuita à população, o governo, proporcionalmente, investe menos na área do que outros países. Temos mais população e financiamento público que chega a um terço de outros países na saúde. Mas, mesmo com essas dificuldades, o SUS tem cumprido uma função de priorizar os mais vulneráveis e os mais expostos a riscos.
Exceto o Brasil, nenhum dos países com mais de 200 milhões de habitantes no mundo tem um sistema de saúde com atendimento integral para todos os cidadãos. Enquanto o SUS abrange assistência à saúde, vigilância em saúde, fornecimento de medicamentos, desenvolvimento de pesquisas, vacinação gratuita, entre outras várias frentes do sistema, e no país o direito à saúde é para todos, os demais países analisados têm sistemas de saúde mais restritos. Países em desenvolvimento têm adotado como alternativa a adoção de sistemas baseados em seguros para ampliar a cobertura em vez da criação de um sistema universal. Há a cobertura por um seguro, mas é básico. Há uma desigualdade relevante, porque pessoas mais pobres estão mais submetidas ao risco de adoecer, mas são as que menos têm acesso ao serviço de saúde.
Contudo, ainda há muitos países onde não há atendimento médico público.
É importante dizer que algumas regiões com assistência médica gratuita podem inclusive manter acordos internacionais recíprocos. Isto significa que até mesmo o atendimento de estrangeiros está garantido. Para todos os outros casos o próprio Itamaraty recomenda a contratação de um Seguro Viagem adequado antes de viajar.
Estados Unidos: Este é um caso paradigmático sempre que entra em pauta a discussão a respeito de saúde pública x privada. A despeito de possuir bons profissionais e recursos tecnológicos, muitos especialistas consideram o sistema de saúde norte-americano problemático. A razão para esta sentença negativa é justamente o fato de que uma opção gratuita não está disponível no país. Logo, os cidadãos dos Estados Unidos devem recorrer a um plano de saúde privado caso precisem de qualquer atendimento médico.
Outro problema que existe no país é que não basta possuir dinheiro para pagar o plano. Em muitos casos os seguros são negados com base em uma lista de restrições. Estas em última instância podem até mesmo limitar os atendimentos das pessoas que já são seguradas. Não por acaso a assistência médica do país carrega certa má fama.
Os altos valores dos procedimentos são outro ponto que suscita duras críticas. No que diz respeito aos turistas um seguro viagem cobre todos os infortúnios possíveis. Portanto, a despeito destes problemas você pode estar bem amparado durante a sua estada no líder mundial da economia.
Austrália: Este é um caso onde existe uma parceria público-privada para fornecer assistência em saúde.Isto quer dizer que embora possamos considerar que existe alguma forma de saúde pública na Austrália, ela não é gratuita. O chamado Medicare Levy exige que um valor entre 1% e 1,5% do salário de um cidadão seja reservado. Esta taxa deverá ser paga para cobrir os gastos médicos. Como o serviço deverá ser quitado de qualquer forma algumas pessoas optam por contratar um plano de saúde privado.
Para os estrangeiros, especialmente os que conseguem um visto para estudos, é comum o OSHC. A sigla para Overseas Student Health Cover diz respeito a uma forma de seguro auxiliar. Seu pagamento é obrigatório durante a permanência do estudante na Austrália. Porém a cobertura do OSHC inclui benefícios limitados. Como de costume é recomendável já chegar ao país tendo comprado o seguro viagem de sua preferência no Brasil.
 
Holanda: Neste país pagar um plano de saúde é obrigatório. Esta espécie de seguro-imposto deve ser observada mensalmente pelos holandeses e estrangeiros residentes. Embora não exista uma assistência médica universal, o governo considera que se cada cidadão pagar o seguro todos terão acesso à saúde. Deixando de lado a retórica, na prática é o equivalente ao modelo de plano de saúde que conhecemos no Brasil. Com a diferença de ser mandatório a sua contratação, mesmo que através de um plano mais básico.
Há muita discussão neste caso, e em outros, as nações com pagamento compulsório de serviços de saúde possuem assistência pública. Lembremos que mesmo o acesso do SUS sendo gratuito seu funcionamento é mantido através dos nossos impostos. Entendemos, no entanto, que a carga que incide sobre este arranjo é muito menor do que o valor dos casos estrangeiros.
Este foi o fator determinante para incluir Holanda e Austrália em nossa lista. É importante registrar também que há outros países onde não há atendimento médico público. São locais como Grécia, Turquia ou Groenlândia que terminaram por não ser incluídos em nossa listagem. Em todo caso, se você planeja visitar um destino aqui mencionado ou qualquer outro de sua preferência, invista no seguro viagem. Ninguém quer passar por uma necessidade médica no exterior, mas ser pego desprevenido é sempre pior.
57 – O que é o Programa Médico de família? Qual experiência desse programa em Niterói?
Resposta: O Programa Médico de Família de Niterói é uma experiência pioneira no Brasil, foi implantado antes do SUS e antes da nob. Tem um olhar diferente em cima da prevenção e da experiencia de implantação da saúde comunitária e hoje já bastante consolidada, de assistência integral à saúde das populações de áreas mais carentes. Seu princípio básico é oferecer serviços de saúde através de equipes exclusivamente alocadas a pequenos grupos de famílias em cada comunidade. Cada família é atendida sempre pela mesma equipe profissional, responsável por seu setor. Essa equipe pode, então, desenvolver relações diretas com as pessoas que estão aos seus cuidados. Por sua inserção no ambiente, pode desenvolver um grande conhecimento de todas as situações que envolvem os moradores, conhecer efetivamente cada um deles moradores e acompanhar a evolução da saúde de toda a família, realizando principalmente ações preventivas. A ênfase na qualidade do atendimento, e não na quantidade, é possibilitada pela realização do trabalho de saúde preventiva. 
O programa surgiu como decorrência de todo esse processo de mudança do modelo de saúde do município. Nos anos de 90 a 92 foi desenvolvida a concepção do programa, com decisivo apoio de profissionais cubanos, por meio do Ministério de Saúde Pública de Cuba.
Os objetivos do programa são definidos pela própria equipe responsável pela sua coordenação como:
"a) Complementar a rede de saúde em Niterói, para que funcione como ‘porta de entrada’ preferencial de um sistema hierarquizado em níveis de complexidade na oferta de serviços;
b) proporcionar assistência integral e continuada à população adscrita, facilitando-lhe acesso a todos os recursos para acompanhamento da saúde, dos indivíduos e da coletividade;
c) relacionar equipe de saúde e comunidade, personalizando e humanizando o atendimento, de forma a interagir na detecção e busca para os problemas de saúde e criando consciência acerca dos determinantes do processo saúde/doença."
O Programa Médico de Família de Niterói leva os cidadãos a participarem ativamente em sua gestão, ao buscar que as equipes básicas e os moradores da área de atuação se aproximem e se conheçam. A característica central da mudança do modelo de saúde que Niterói tem vivido é um processo de descentralização acompanhado pelo controle social das políticas de saúde. O Conselho Municipal de Saúde foi precedido por um Pré-Conselho do qual faziam parte as associações de moradores. Em cada distrito foi criado um conselho comunitário de saúde.
Os resultados obtidos pelo programa Médico de Família de Niterói são bastante significativos em termos de saúde pública. Em primeiro lugar, o programa estendeu os serviços de saúde a cidadãos que, até então, estavam praticamente alijados deles. Essa extensão, além disso, não se deu somente sob o aspecto do aumento quantitativo dos serviços prestados, mas significou uma mudança de paradigma de prestação de serviços de saúde, enfatizando a saúde integral e as ações preventivas. O Programa Médico de Família de Niterói teve um caráter pioneiro. A partir de seu sucesso, diversos outros municípios passaram a desenvolver programas semelhantes, e a concepção que norteia o programa vem se disseminando no Brasil.
A redução da mortalidade infantil é um indicador bastante expressivo do sucesso: em 1989, antes do processo que levou à implantação do programa, o município apresentava a taxa de 32,5 óbitos por mil. O programa foi implantado em setembro de 1992 e um ano depois a taxa de mortalidade infantil, que se viu reduzida para a marca de 15,8 óbitos por mil, mantendo-se nesse patamar.
No município, o programa é considerado bastante satisfatório. Uma pesquisa de opinião realizada pelo IBOPE apresentou um índice de aprovação de 96%. Além disso, os gestores do programa apontam como elementos de avaliação importantes a expressão da satisfação pelos usuários, a demanda de cidadãos não atendidos pelo programa, a avaliação do Conselho Municipal de Saúde, da Câmara de Vereadores e do próprio executivo municipal.
Além desses resultados, é importante destacar o significado positivo em termos de resgate da credibilidade do serviço público e da prática da gestão participativa. O programa construiu uma modalidade de serviço de saúde que produz resultados não somente sobre os indicadores epidemiológicos, mas contribui também para a democratização da sociedade.

Outros materiais

Outros materiais