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Saúde da familia

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22/02/21 1ª aula – apresentação da disciplina.
01/03/2021
2ª aula – Reforma sanitária.
* Oswaldo Cruz - criou o primeiro departamento de saúde pública. (apoio de enfermeiras francesas)
- Vacina.
- A fundação rontenfeler. Rede particular
* Trabalhadores de fábricas (carteira assinada) tinham plano de saúde para ter acesso a rede pública com o plano inamps.
* Reforma Sanitária
Foi proposta em um momento de intensas mudanças e sempre pretendeu ser mais do que apenas uma reforma setorial. Não abraçava apenas a causa da saúde, mas também outras causas sociais.
- Nasceu no contexto da luta contra ditadura, no início de 1970. A expressão ficou esquecida por um tempo até ser recuperada nos debates prévios à 8ª conferência nacional de saúde, quando foi usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relação às mudanças e transformações necessárias na área da Saúde.
- Profissionais da área da Saúde, movimentos sociais organizados, intelectuais e representantes da sociedade civil, preocupados com a saúde pública, começaram um amplo processo de discussão sobre saúde que contribuiu para elaboração de importantes documentos, como relatórios de plenárias, conferências e entrevistas com atores protagonistas do Movimento da Reforma Sanitária.
- É importante destacar que as mudanças esperadas pela Reforma Sanitária não abarcavam apenas o sistema de saúde, mas todo setor de saúde, introduzindo uma nova ideia na qual o resultado final era entendido como a melhoria das condições de vida da população.
Com a reforça sanitária, o intuito era envolver todo o sistema de saúde com objetivo de envolver melhoria de condições de vida para população. 
- O que a reforma sanitária propôs: 
- Saúde como direito de todo cidadão;
- Garantia de acesso da população às ações de saúde de cunho preventivo e/ou curativo com integração das ações em um único sistema;
- Descentralização da gestão, tanto administrativa, como financeira; (só quem mandava era o ministério da saúde, por isso, queriam criar secretaria de saúde e secretaria municipal de saúde para aproximar das necessidades da população)
- Controle social das ações de saúde. 
- Tudo se deu através do médico sanitarista Sérgio Arouca destacou-se na luta pela reforma sanitária tornando-se conhecido nacionalmente.
- Sua tese de doutorado intitulada "O dilema preventivista: contribuição para a compressão e crítica da medicina preventiva", forneceu fundamentos teóricos estruturantes para a contribuição da base conceitual da saúde;
- Sérgio Arouca costumava dizer que o movimento da reforma sanitária nasceu dentro da perspectiva da luta contra a ditadura. Existia uma ideia clara na área da saúde de que era preciso integrar as duas dimensões: ser médico e lutar contra a ditadura.
- Sérgio Arouca participou de perto de todas as conquistas que envolveu a reforma sanitária:
- Apresentou o documento "Saúde e Democracia" (documento com propostas para melhoria da saúde da população)
- Presidiu a 8ª Conferência Nacional de saúde.
O movimento da reforma sanitária propôs alternativas para um novo sistema de saúde com características democráticas. Os envolvidos com o movimento tiveram a oportunidade de expressar, em 1979, suas insatisfações durante o I Simpósio Nacional de Política de Saúde. Houve elaboração de uma proposta de reorientação do sistema de saúde, tendo como finalidade a estruturação de um Sistema Único de Saúde.
- Resultados do movimento da reforma sanitária:
- A conquista da universalização na saúde (o princípio constitucional que estabelece que todo brasileiro tem direito à saúde), com definição do dever do Estado e a função complementar da rede privada;
- A ideia de que a saúde deve ser planejada com base nas conferências de saúde.
- A formalização dos conselhos de saúde como parte do sus, tendo 50% de usurários na sua composição.
- Formação da comissão nacional da reforma sanitária, que transformou o texto da constituinte na lei orgânica 8080.
.......................................
Documentário: O SUS do Brasil.
Até o início do século XX, a população precisava recorrer a instituições filantrópicas ou a médicos particulares para ter acesso a tratamentos de saúde. 
Ná década de 1960, o Governo brasileiro cria o instituto nacional de previdência social (INPS), o transformado depois no instituto nacional de assistência médica e previdência social (inamps).
A população conquistou alguns direitos, mas o acesso à assistência médica continuava restrito aos trabalhadores formalmente inseridos no mercado de trabalho. 
Na década de 1970, em plena ditadura militar, surge o movimento da reforma sanitária. Sérgio Arouca desponta como um dos principais militantes.
Os militantes da reforma sanitária propunham que as ações no campo da saúde implicassem na melhoria das condições sociais da existência.
Na década de 1980, na esteira do processo de redemocratização do país, o movimento da reforma sanitária alcança uma importante vitória: a instituição do sistema único de saúde - SUS.
O SUS amplia o acesso ao atendimento público de saúde para toda a população brasileira.
Este filme conta a história da construção do SUS no Brasil - um sistema de saúde público e universal - com destaque ao papel do médico sanitarista Sérgio Arouca, um dos formuladores desta nova política.
 .........................
A 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada entre 17 e 21 de março de 1986, foi um dos momentos mais importantes na definição do Sistema Único de Saúde (SUS) e debateu três temas principais: ‘A saúde como dever do Estado e direito do cidadão’, ‘A reformulação do Sistema Nacional de Saúde’ e ‘O financiamento setorial’.
- Resultados da 8ªconferência nacional de saúde:
Como resultado central da 8ª conferência nacional de saúde, tivemos o estabelecimento de um consenso político que permitiu a conformação do projeto da Reforma Sanitária, através de quatro aspectos principais:
- O conceito abrangente de saúde. (Saúde não é uma ausência de doença, envolve a educação, saúde, profissional, lazer, social, e etc...).
- Saúde como direito de cidadania e dever do Estado;
- A instituição de um sistema único de saúde;
- A participação da comunidade exercendo o controle social.
* Conceito de saúde: a saúde é resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio-ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso serviços de saúde. É, assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desiguais nos níveis de vida. 
Carta magna: "A saúde é direito de todos e dever do Estado".
Constituição federal de 1988, artigo 196: "A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação".
Art. 197. (controle e fiscalização) São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao poder público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado
Art. 198. (outras coisas que o sus tem que fazer) As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
Parágrafo único. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes.
Art. 199. (rede particular) A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1º As instituições privadas poderão participar de formacomplementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.
§ 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. 
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
Art. 200. (outras coisas) Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
............................................
08/03/2021: 
3ª aula – A carta de ottawa e a promoção da saúde.
- A carta e a sua intenção: a carta de ottawa é um documento apresentado na primeira conferência internacional sobre promoção da Saúde, realizado em Ottawa (Canadá), em novembro de 1986. 
Trata-se de uma carta de intenções que busca contribuir com as políticas de saúde em todos os países, de forma equânime e universal. 
- O que é cuidado¿ dar atenção, acolher, respeitar, tratar bem o ser humano. Promover a vida das pessoas, promovendo informações, educação, cuidando. 
- Algumas considerações sobre a Carta de Ottawa: Foi realizada no mesmo ano que a 8ª conferência nacional de saúde. O conceito de saúde discutido na Carta de Ottawa tem muita proximidade com o conceito discutido na 8ª conferência nacional de saúde. Foi antes de tudo uma resposta discutida numa nova saúde pública no mundo principalmente por causa da industrialização com as fábricas. Quando as indústrias vieram as pessoas só trabalhavam. 
# Carta de Ottawa.
- Essa conferência foi, antes de tudo, uma resposta às crescentes expectativas por uma nova saúde pública, movimento que vem ocorrendo em todo o mundo. As discussões focalizaram principalmente nas necessidades em saúde nos países industrializados, embora tenham levado em conta necessidades semelhantes de outras regiões do globo.
- Foi baseada nos progressos decorrentes da “Declaração sobre os Cuidados de Saúde Primários de Alma-Ata” e no documento “As Metas da Saúde para Todos da Organização Mundial de Saúde”, bem como no recente debate sobre ação intersetorial para a saúde, realizado na Assembleia Mundial de Saúde. 
- O documento estabeleceu CINCO PRINCÍPIOS que considerou importante no direcionamento de estratégias de saúde.
# Promoção da saúde:
Conceito: A promoção da Saúde é o processo que visa aumentar a capacidade dos indivíduos e das comunidades para controlarem a sua saúde, no sentindo de melhorar. Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social, o indivíduo, ou o grupo, deve estar apto a identificar e realizar as suas aspirações, a satisfazer as suas necessidades e a modificar ou adaptar-se ao meio.
Assim, a saúde é entendida como um recurso para a vida e não como uma finalidade de vida. A saúde é um conceito positivo, que acentua os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas. Em consequência, a promoção da saúde não é uma responsabilidade exclusiva do setor da saúde, pois exige estilos de vida saudáveis para atingir o bem-estar.
- Objetivo:
- A promoção da saúde tem como objetivo reduzir as desigualdades existentes nos níveis de saúde das populações e assegurar a igualdade de oportunidades e recursos, com vista e capacitá-las para a completa realização do seu potencial de saúde.
- Para atingir este objetivo, é necessário acesso à informação e oportunidades que permitam opções saudáveis de vida. As populações não podem realizar totalmente o seu potencial de saúde sem que sejam capazes de controlar os fatores que a determinam. 
- foco da promoção da saúde é alcançar a equidade em saúde.
- Pré-requisitos para a saúde:
- As condições fundamentais para a saúde: Paz (promove palestras); abrigo (vai até a casa do pcte); educação; alimentação (alim. Saudável); recursos econômicos; ecossistema estável; recursos sustentáveis; justiça social (inclusão); equidade (pra mais para quem tem menos). 
- A melhoria da saúde, neste sentido, está relacionada à garantia dessas condições.
# Princípios da carta de Ottawa:
- Princípio 1: Construir políticas saudáveis:
- A promoção da saúde está além da prestação de cuidados de saúde. Inscreve a saúde na agenda das decisões políticas, em todos os setores e em todos os níveis, conscientizando-os das consequências para a saúde das suas decisões e levando-os assumir as responsabilidades neste campo.
- Uma política de promoção da saúde combina diversas abordagens complementares, incluindo a legislação, as medidas fiscais, os impostos e as mudanças organizacionais. 
- Princípio 2: Criação de ambientes favoráveis. (cuidar)
- O princípio orientadores a nível mundial, das nações, das regiões e das comunidades, é a necessidade de encorajar os cuidados mútuos – cuidar um dos outros, das comunidades e do ambiente natural. É preciso assegurar a conversação dos recursos naturais do planeta, em uma perspectiva de responsabilidade global. 
- É essencial avaliar sistematicamente o impacto que o ambiente, em rápido evolução, tem na saúde particularmente nas áreas da tecnologia, do trabalho, da produção de energia e da urbanização. 
- Princípio 3: reforçar a ação comunitária: (ações de suporte à comunidade, igreja ajudar ao posto de saúde, como o espaço, informativo no culto/missas por exemplo)
- A promoção da saúde desenvolve-se através da intervenção concreta e efetiva na comunidade, estabelecendo prioridades, tomando decisões, planeando estratégias e implementando-as com vista a atingir melhor saúde.
- O desenvolvimento das comunidades é criado a partir dos seus recursos materiais e humanos, com base na autoajuda e no suporte social, no desenvolvimento de sistemas flexíveis que reforcem a participação pública e orientem para a resolução dos problemas de saúde. 
- Princípio 4: Desenvolver competências pessoais: (o indivíduo consegue desenvolver competências pessoais como realizar a própria insulina, fazer o tratamento de curativo de DM, saber identificar qual fase do ciclo menstrual está, e etc) 
- A promoção da saúde pressupõe o desenvolvimento pessoal e social, através da melhoria da informação, educação para a saúde e reforço das competências que habilitem para uma vida saudável. Deste modo, as populações ficam mais habilitadas para controlar a sua saúde e o ambiente e fazer opções conducentes à saúde.
- É fundamental capacitar as pessoas para aprenderem durante toda a vida, preparando-as para as suas diferentes etapas e para enfrentarem as doenças crônicas e as incapacidades.
· - Princípio 5: Reorientar os serviços de saúde. (cuidar da saúde do indivíduo como um todo, associando-se aos hábitos)
- Para além das suas responsabilidades na prestação de cuidados e curativos, os serviços de saúde devem orientar-se cada vez mais para a promoção da saúde.
- Esses serviços têm de adotar um amplo mandatoque seja sensível e que respeite as especificidades culturais. Deve apoiar os indivíduos e as comunidades na satisfação das suas necessidades para uma vida saudável e abrir canais de comunicação entre o setor da saúde e os setores sociais, político, econômico e ambiental. 
# Política nacional de promoção da saúde
- Portaria nº 687 de 30 de março de 2006 
- Dispõe sobre a promoção em saúde no Brasil.
- A partir das definições constitucionais, o ministério da saúde propõe a política nacional de promoção da saúde em um esforço para o enfrentamento dos desafios e produção da saúde em um cenário social e histórico cada vez mais complexo e que exige a reflexão e qualificação contínua das práticas sanitárias e do sistema de saúde.
- Objetivo geral: Explicar a promoção da qualidade de vida e redução da vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer cultura, acesso a bens e serviços essenciais. 
*A redução de danos: oferecer camisinha a população e explicar os riscos de doenças; também podemos oferecer seringas para drogados e explicar que devem ser descartáveis os materiais, que não deve ser compartilhados, mesmo que a droga em si seja algo negativo para ele. 
- Objetivo específicos:
- Descrever a implementação de ações da saúde, com ênfase na atenção básica.
- Reconhecer a importância da ampliação da autonomia e da corresponsabilidade de sujeitos e coletividades, inclusive o poder público, no cuidado integral à saúde, e da diminuição e/ou extinção das desigualdades de toda e qualquer ordem (étnica, racial, social, regional, de gênero, de orientação/opção sexual, entre outras);
- Explicar a contribuição para o aumento da resolutividade do sistema de saúde, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança das ações de promoção da saúde. 
...............................................
15/03/2021
4ª aula: Sistema único de saúde (leis 8080/90 e 8142/90)
Lei do sus: 8080.
- A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
19/07/1990 – Lei 8080 Dispõe para as condições de promoção (informação), proteção (vacinas/medicações/curativos) e recuperação (reabilitação) da saúde. 
Traz que a saúde é um direito de todos e dever do Estado. 
- O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e na execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal a igualitário às ações e aos serviços para a promoção, proteção e recuperação.
- O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. Não só o Estado tem a responsabilidade de promover saúde, as pessoas também, a família e a sociedade. Temos como o exemplo, o covid.
 (o Estado para garantir a saúde tem que fazer políticas ( política nacional em dm/ politica nacional em has/ etc)
GDF: Tem que melhorar o PSF; aumentar leitos hospitalares; 
- A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais.
 - Os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país.
- Dizem respeito também a saúde as ações que, por força, do disposto no artigo, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.
- Princípios doutrinários:
- Universalização: A saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais.
- Equidade: O objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carências é maior.
- Integralidade: Este é o princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades, tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas para assegurar uma atuação intersetorial entre diferentes áreas que tenham repercussões na saúde e qualidade de vida dos indivíduos. 
- Princípios Organizativos:
- Regionalização e Hierarquização: A regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado dos mesmos. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis em uma dada região.
- Descentralização e comando único: descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. No SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função. 
- Participação popular: A sociedade deve participar no dia a dia do sistema. Para isso devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução de políticas de saúde. 
- Entendendo os princípios do SUS:
- Integralidade: 
- Conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.
- Atender o ser humano na sua singularidade.
- Não fragmentar o cuidado em saúde que é ofertado.
Visibilidade do indivíduo em termos de condições econômicas, meio ambiente, saneamento/higiene e seu emocional.
Se o paciente é alcoólatra, onde ele mora, qual a condição financeira, tem trabalho¿ ver a rotina e os hábitos. 
- Descentralização: 
- Forma de organização em que cada município tem o poder de administrar seus serviços de saúde. Gera eficácia, já que a solução é tomada no local onde o problema foi identificado. 
- Regionalização:
- É distribuição dos serviços de saúde por região.
- É regulamentada pelas normas operacionais básicas (conjunto de legislação específicas que orientam de que forma a gestão e as ações em saúde devem ser organizadas).
- Hierarquização: 
- Integração dos serviços de saúde em rede com a atenção primária ordenando e coordenando todos os serviços ofertados. Posto de saúde > UPA > Hospital.
- Participação da iniciativa privada no SUS:
- Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação, por iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de direito privado na promoção, proteção e recuperação da saúde.
- A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
- Na prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão observados os princípios éticos e as normais expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto ás condições para seu funcionamento. 
- Condições para participação da iniciativa privada do sus
- A participação complementar dos serviços privados será formalizada mediante contrato ou convenio.
- As entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos terão preferências para participar do SUS.
- Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de cobertura assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do sus, aprovados no conselho nacional de saúde.
- Os serviços contratados serão submetidos às normas técnicas e administrativas e aos princípios diretrizes do sus. 
# Lei nº 8142 de 28 de dezembro de 1990
- Participação popular:
O sistema único de saúde encontrará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do poder legislativo, com as seguintes instancias colegiadas:
- I – A conferência de Saúde. (deSérgio aroca) acontece a cada 4 anos para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizer para a formulação da política de saúde.
- II- O conselho de saúde. Sindicatos, profissionais da saúde, esferas do governo se reúnem para fiscalizar a saúde. 
- Fóruns amplos;
- Usuários do SUS, profissionais da saúde, dirigentes, prestadores de serviços de saúde, parlamentares.
- Avaliam a situação de saúde e propõe as diretrizes para a formulação das políticas de saúde;
- Os conselhos de saúde são deliberativos, ou sejam têm poder de decisão. 
......................................................
22/03/2021
5ª aula: PSF
# PSF (programa saúde da família)
- Sobre o PSF:
- As primeiras experiências do Programa de Saúde da Família (PSF), nos moldes atuais, também surgiram no Ceará em janeiro de 1994.
- O PSF foi incorporado pelo Ministério da Saúde, em março do mesmo ano, como estratégia de reorganização da atenção básica no país. A partir daí, o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) passou a ser conhecido como PSF.
- O Ministério da Saúde lançou o PSF como política nacional de atenção básica, com caráter organizativo e substitutivo.
- Como consequência de um processo de desospitalização e humanização do Sistema Único de Saúde, o programa tem como ponto positivo a valorização dos aspectos que influenciam a saúde das pessoas fora do ambiente hospitalar;
- As atribuições do agente comunitário de saúde, no PSF, são as mesmas, contando agora com o apoio direto do enfermeiro e médico de saúde da família, responsáveis pela população de um mesmo território e/ou microrregião; e, em alguns municípios, contam ainda com odontólogos, profissionais de serviços sociais e psicólogos.
- A saúde da família como eixo estruturante:
Em 1996, surge um novo modelo de financiamento para a atenção básica à saúde com vistas à sustentabilidade financeira desse nível de atenção.
Com este novo modelo de financiamento foi possível converter o PSF em uma estratégia de reestruturação dos serviços de Atenção Básica e este passou a ser chamado de Estratégia de saúde da Família (ESF). 
Novos critérios de repasses de recursos do Fundo Nacional de Saúde para o Fundo Municipal de Saúde foram definidos permitindo o custeio das ações da ESF.
- PROESF (Projeto de Expansão e Consolidação Saúde da Família):
- Iniciativa do Ministério da Saúde, apoiada pelo Banco Mundial voltada para a organização e o fortalecimento da Atenção Básica à Saúde no país; 
- Visa contribuir para a implantação e consolidação da Estratégia de Saúde da Família em municípios com população acima de 100 mil habitantes e a elevação da qualificação do processo de trabalho e desempenho dos serviços, otimizando e assegurando respostas efetivas para a população, em todos os municípios brasileiros;
- O volume total de recursos investidos entre os anos de 2002 a 2009, na vigência do PROESF, foi de US$ 550 milhões, sendo 50% financiados pelo BIRD e 50% como contrapartida do governo brasileiro.
PROESF (Projeto de Expansão e Consolidação Saúde da Família)
Na estratégia da saúde da família, agentes comunitários de saúde visitam cada família, cada mês. Eles fornecem apoio berço-ao-túmulo através de todos os aspectos da saúde e assistência social.
A estratégica da Saúde da Família tem contribuído a reduções significativas em mortalidade infantil, mortalidade de doenças crônicas e menos internações hospitalares.
Cada Agente comunitário de saúde é treinado a fornecer conselhos básicos para cada família sobre: DM, HAS, monitoramento das medicações, gravidez, saúde sexual, saúde mental, amamentação, vacinações, programas de rastreamento, respaldo de assistência social, higiene, dieta, atividade física e bem-estar.
Agente comunitário tem a capacidade de integrar os aspectos psicossociais dos cuidados clínicos das pessoas com eficácia. Consegue integrar as mensagens de saúde pública e adequá-las para os pacientes e grupos onde os agentes trabalham.
É uma estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica promovendo maior expansão de resolubilidade, atendendo as necessidades da população/usuário do serviço de saúde impactando na saúde das pessoas e coletividade. Além disso, a equipe de saúde da família tem uma relação importante com baixo custo em vista da efetividade, por isso a estratégia da equipe de saúde é a estratégia prioritária para expandir e consolidar a atenção básica. 
- Bases conceituais da ESF
- No contexto do Sistema Único de Saúde, a ESF incorpora as bases conceituais presentes na "Vigilância da Saúde", que incluem o planejamento e a programação da oferta de serviços a partir do enfoque epidemiológico, incluindo também a compreensão dos múltiplos fatores de risco à saúde, e a possibilidade de intervenção sobre os mesmos com estratégias como a promoção da saúde; 
- O principal objetivo da ESF é reorganizar a prática da atenção à saúde a partir de novas bases conceituais, substituindo o modelo tradicional, levando a saúde para mais perto da família, melhorando a qualidade de vida dos brasileiros. 
As bases conceituais da equipe de saúde da família é fazer vigilância em saúde, sair do modelo biomédico (pega fila de madrugada, pega senha para atendimento um dia antes). 
- Bases conceituais da ESF:
-Família como objeto da atenção; 
- Vínculo; (profissional e paciente)
- Atuar para além dos muros das Unidades de Saúde; (visitar pessoas em suas casas)
- Trabalhar de forma interdisciplinar e multidisciplinar;
- Ter responsabilidade integral pela população da área de abrangência. (cada profissional é responsável por uma área)
- Objetivos da ESF:
- Eleger a família e o seu espaço social como núcleo básico de abordagem no atendimento à saúde;
- Prestar assistência integral, resolutiva, contínua e com qualidade à população adscrita (aderida), na Unidade de Saúde e em seu domicílio; Pcte tem que ser: Adscrita (aderida) e moradora, pcte tem que estar escrito e morando em uma região responsável pelo PSF.
- Humanizar as práticas de saúde, estabelecendo vínculos entre os profissionais de Saúde e a população;
- Propiciar o reconhecimento da saúde como um direito de cidadania e, portanto expressão da qualidade de vida.
- Princípios da Estratégia Saúde da Família:
•Adscriçãode clientela: Definição precisa do território de atuação;
•Territorialização: Mapeamento da área, compreendendo segmento populacional determinado;
•Diagnóstico da situação de saúde da população: Cadastramento das famílias e dos indivíduos, gerando dados que possibilitem a análise da situação de saúde do território;
•Planejamento baseado na realidade local: Programação das atividades segundo critérios de risco à saúde, priorizando solução dos problemas.
- Características do processo de trabalho na Estratégia de Saúde da Família:
•Interdisciplinaridade: Trabalho interdisciplinar, integrando áreas técnicas e profissionais de diferentes formações; 
•Vinculação: Participação na dinâmica social das famílias assistidas e da própria comunidade;
•Competência cultural: Valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva de uma abordagem integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos de confiança com ética, compromisso e respeito. Respeito a cultura diferentes.
- Características do processo de trabalho na Estratégia de Saúde da Família
•Participação social: Participação da comunidade no planejamento, na execução e na avaliação das ações;
•Intersetorialidade: Trabalho intersetorial, integrando projetos sociais e setores afins, voltados para a promoção da saúde; diz a respeito da ajuda de outros setores para promover saúde, através de campanha, propaganda, alertas. Espaço da igreja, quadra de um comércio, etc. 
•Fortalecimento da gestão local: Apoio a estratégias de fortalecimento da gestão local.
29/03/2021
6ª aula: Nob 01/96, NOA SUS 01/2002, Pacto pela saúde.
Aula não gravada
# Regionalização, financiamento, gestão sus.
- Norma operacional básica (NOB) 01/96:
- Finalidade: Tem por finalidade primordial promover e consolidar o pleno exercício, por parte do poder público municipal edo Distrito Federal, da função de gestor da atenção à saúde dos seus munícipes. 
- Redefine as responsabilidades dos Estados, do Distrito Federal e da União, avançando na consolidação dos princípios do SUS.
- Objetivo e prerrogativas 
Responsabilizar os municípios pela prestação de serviços de saúde e pela gestão do sistema de saúde, visando integralidade da atenção às pessoas pela assistência à saúde. 
O município se responsabiliza. No entanto, os poderes estadual e federal são sempre corresponsáveis, na respectiva competência ou na ausência da função municipal. 
A responsabilidade municipal não exclui o papel da família, da comunidade e dos próprios indivíduos, na promoção, proteção e recuperação da saúde.
- Campos da atenção à saúde definidos pela NOB 
Segundo a NOB, a atenção à saúde, que encerra todo o conjunto de ações levadas a efeito pelo Sistema Único de Saúde, em todos os níveis de governo, compreende três grandes campos: 
• da assistência; 
• das intervenções ambientais; 
• das políticas externas ao setor saúde. 
•da assistência: as atividades são dirigidas às pessoas, individual ou coletivamente. É prestada no âmbito ambulatorial e hospitalar, bem como em outros espaços, especialmente no domiciliar; 
•das intervenções ambientais: inclui as relações e as condições sanitárias nos ambientes de vida e de trabalho, o controle de vetores e hospedeiros e a operação de sistemas de saneamento ambiental; 
•das políticas externas ao setor saúde: que interferem nos determinantes sociais do processo saúde-doença das coletividades, de que são partes importantes questões relativas às políticas macroeconômicas, ao emprego, à habitação, à educação, ao lazer e à disponibilidade e qualidade dos alimentos. 
- Financiamento do SUS 
A NOB 01/96 define novo modelo de financiamento para a Atenção Básica com vistas à sustentabilidade financeira desse nível de atenção. A NOB 01/96 define critérios para que Estados e Municípios voluntariamente se habilitem e recebam repasses de recursos do Fundo Nacional de Saúde para seus respectivos fundos de saúde. Está condicionado à contrapartida deste nível de governo em atender às prerrogativas da Lei nº 8142/90: 
•Fundo de Saúde; 
•Conselho de Saúde; 
•Plano de saúde; 
•Relatórios de gestão. 
O repasse financeiro ocorre por meio da “transferência fundo a fundo”. Realizado pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) diretamente para os Estados, Distrito Federal e Municípios, ou pelo Fundo Estadual de Saúde aos Municípios, de forma regular e automática, propiciando que gestores estaduais e municipais contem com recursos previamente pactuados, no devido tempo, para o cumprimento de sua programação de ações e serviços de saúde.
A habilitação às condições de gestão definidas nas Normas Operacionais é condicionada ao cumprimento de uma série de requisitos e ao compromisso de assumir um conjunto de responsabilidades referentes à gestão do sistema de saúde. 
Desde requisitos básicos como comprovação da capacidade de manter os serviços de saúde funcionando até capacidade plena de gestão desses serviços. 
No início da criação do SUS, a grande maioria dos recursos que chegava aos municípios vinha de um repasse fixo do Governo Federal, uma parcela fixa (piso assistencial básico) que hoje é conhecida como PAB fixo.
Com a NOB 01/96, a política de financiamento foi alterada pelo Ministério da Saúde e os recursos foram divididos em: 
- Piso de Atenção Básica Fixo (PAB fixo) - Calculado pela multiplicação de um valor per capita fixado pelo Ministério da Saúde pela população de cada município e do Distrito Federal. O valor é publicado em portaria específica; 
- Piso de Atenção Básica variável (PAB variável) - Parcela variável do recurso federal que é repassada à medida que os municípios realizam ações e políticas de saúde específicas (PACS, PSF, ESF, saúde bucal etc.).
Cálculo PAB fixo 
- PAB fixo anual: População do Município X Valor per capita nacional por pessoa; 
- PAB fixo mensal: PAB fixo anual/nº meses do ano. 
Valor per capita nacional por pessoa: 
•R$23,00 por habitante ao ano para os Municípios com população de até 50 mil habitantes; 
•R$21,00 por habitante ao ano para os Municípios com população de até 100 mil habitantes; 
•R$19,00 por habitante ao ano para os Municípios com população de até 500 mil habitantes; 
•R$18,00 por habitante ao ano para os Municípios não contemplados nos itens anteriores 
- PAB Variável 
É voltado para custear as estratégias de saúde realizadas no âmbito da Atenção Básica. Os recursos serão transferidos mediante a incorporação das ações a que se destinam desde que estejam constando no Plano de Saúde do Município. São elas: 
•Saúde da Família (ESF); 
•Agentes Comunitários de Saúde; 
•Saúde Bucal; 
•Saúde Indígena; 
•Incentivo à Saúde do Sistema Penitenciário; 
•Política de Atenção Integral à Saúde do Adolescente em conflito com a lei em regime de internação e internação provisória. 
Objetivo geral
Promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população às ações de saúde em todos os níveis de atenção. 
•Amplia as responsabilidades dos Municípios em relação à Atenção Básica; 
•Cria mecanismos para o fortalecimento da capacidade de gestão do SUS; 
•Procede a atualização dos critérios de habilitação de Estados e Municípios; 
•Estabelece o processo de regionalização. 
- Gestão plena do sistema municipal 
Transferência, regular e automática dos recursos para o conjunto mínimo dos procedimentos do M1 (ações básicas), após qualificação da microrregião na qual está inserido, para sua própria população e caso seja sede de módulo assistencial, para a sua própria população e população dos municípios abrangidos. 
Recebe diretamente no seu Fundo Municipal de Saúde, o montante de recursos federais programado para o município, compreendendo a parcela destinada ao atendimento da sua população e aquela destinada ao atendimento à população referenciada, condicionado ao cumprime
Gestão plena de Atenção Básica ampliada
 Transferência regular e automática dos recursos referentes ao Piso de Atenção Básica Ampliado (PAB-A), correspondente ao financiamento do elenco de procedimentos básicos e do incentivo de Vigilância Sanitária. 
Transferência regular e automática dos recursos referentes ao PAB variável. Esse Piso depende da adesão do município a programas prioritários definidos pelo Ministério da Saúde, tais como o Programa de Agentes Comunitários, de Saúde da Família, de Combate às Carências Nutricionais e a ações estratégicas como a Farmácia Básica e as Ações Básicas em Vigilância Sanitária. nto efetivo do Termo de Compromisso para Garantia de Acesso firmado.
Regionalização 
Para maior eficiência dos serviços de saúde, cada Estado, segundo a NOAS 01/2002, deverá ser dividido em partes menores visando facilitar o planejamento das ações e execução das mesmas.
Estado > Região de saúde > microrregiões > municípios (polo ou sede) > distritos.
- Plano diretor de regionalização (PDR) 
•Instrumento de gestão para regionalização; 
•Plano realizado com base nas necessidades assistenciais da população e na garantia plena de atendimento em saúde em todos os níveis do sistema de saúde; 
•Pressupõe sistemas funcionais e mais resolutivos. 
Região de saúde 
Base territorial de planejamento da atenção à saúde, não necessariamente coincidente com a divisão administrativa do Estado, a ser definida pela Secretaria de Estado da Saúde, de acordo com as especificidades e estratégias de regionalização da saúde em cada Estado, considerando as características demográficas, socioeconômicas, geográficas, sanitárias, epidemiológicas, oferta de serviços, relações entre Municípios, entre outras.
Modulo assistencial Módulo territorial com resolubilidade correspondente ao primeiro nível de referência. Conjunto de Municípios, entre os quais há um Município-sede com capacidade de ser referência para outros Municípios. 
•Composto pelo: 
•Município-sede; 
•Município-polo. 
- Município-sede 
Município existente em um módulo assistencial que apresente a capacidade de ofertar a totalidade dos serviçosrelacionados aos procedimentos mínimos de média complexidade com suficiência para sua população e para população de municípios a ele adscritos. Deverão dispor de leitos hospitalares no mínimo para atendimento de clínica médica, pediatria e obstetrícia (parto normal).
- Município-polo 
Apresenta papel de referência para outros municípios em qualquer nível de atenção. 
Geralmente são municípios de grande porte, o que justifica a presença nos mesmos de diferentes equipamentos de saúde. 
Exemplo: Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza.
Definição e objetivo:
É um conjunto de reformas institucionais do SUS pactuado entre as três esferas de gestão (União, Estados e Municípios) com o objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de gestão, visando alcançar maior eficiência e qualidade das respostas do Sistema Único de Saúde. Ao mesmo tempo, o Pacto pela Saúde redefine as responsabilidades de cada gestor em função das necessidades de saúde da população na busca da equidade social. O Pacto pela Saúde é composto por três componentes: 
•Pacto pela Vida; 
•Pacto em Defesa do SUS; e 
•Pacto de Gestão do SUS. 
- Adesão e prioridades 
•A implementação do Pacto pela Saúde se dá pela adesão de Municípios, Estados e União ao Termo de Compromisso de Gestão (TCG); 
•O TCG substitui os processos de habilitação das várias formas de gestão anteriormente vigentes e estabelece metas e compromissos para cada ente da federação, sendo renovado anualmente; 
•Entre as prioridades definidas estão a redução da mortalidade infantil e materna, o controle das doenças emergentes e endemias (como dengue e hanseníase) e a redução da mortalidade por câncer de colo de útero e da mama, entre outras. 
- Pacto pela vida 
Conjunto de compromissos sanitários expressos em objetivos de processos e resultados de acordo com a análise da situação do país e suas prioridades. Os objetivos e prioridades do Pacto pela Vida são: 
•Saúde do idoso; 
•Controle do câncer de colo uterino e mama; 
•Mortalidade infantil e materna; 
•Doenças emergentes e endemias; 
•Promoção da saúde; 
•Fortalecimento da Atenção Básica à Saúde. 
- Pacto em defesa do SUS 
Ações concretas e articuladas para reforçar o SUS como política de Estado mais do que política de governos. As suas prioridades são: 1. Implementar um projeto de mobilização social com a finalidade de: 
•Mostrar a saúde como direito de cidadania; 
•Regulamentação da EC nº 29 (acrescenta texto na Constituição Federal relacionado aos recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde); 
•Incremento dos recursos para saúde; 
•Aprovar o orçamento do SUS. 2. Elaborar e divulgar a Carta dos Direitos dos Usuários do SUS. 
- Pacto de Gestão do SUS Estabelece as responsabilidades de cada ente federado de forma a reduzir as competências concorrentes. Esse pacto descentraliza as atribuições do Ministério da Saúde para os Estados e Municípios de forma radical, diminuindo também a burocracia dos processos normativos. Tem por finalidade: 
•Definir de forma inequívoca a responsabilidade sanitária de cada instância gestora do SUS; 
•Estabelecer as diretrizes para a gestão do SUS. 
05/04/2021
07 aula: PNAB, NASF e saúde mental. 
#PNAB e ESF
- Finalidade:
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é resultado da experiência acumulada de vários atores envolvidos historicamente com o desenvolvimento e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), como movimentos sociais, usuários, trabalhadores e gestores das três esferas de governo.
Atenção básica e primária são as mesmas coisas
Usuários organizadores / específicos, são associações criadas, representando por exemplo os diabéticos, mães de filhos com zika, etc. Usuários representam 50%.
Trabalhadores: são também específicos; são movimentos voltados para um bem comum, por exemplo o coren.
- Prerrogativas: 
A Atenção Básica, de acordo com a PNAB, deve ser desenvolvida: 
• Com alto grau de descentralização, capilaridade (rede) e próxima da vida das pessoas; A descentralização quer dizer que não é o ministério da saúde que comanda mais, a capilaridade representa os municípios, e próximo quer dizer que o trabalho chega até as pessoas. 
• Deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e o centro de comunicação com toda a Rede de Atenção em Saúde; 
• É fundamental que a Atenção Básica se oriente pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social. 
Integralidade da atenção – é a continuidade do cuidado, olhar para o paciente como um todo não só para 1 diagnóstico.
Equidade, dá mais para quem tem menos.
Função da Atenção Básica na rede de atenção à saúde: 
• Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de descentralização; é a principal porta de entrada na unidade de saúde.
• Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando e articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo; 
• Ordenar a rede: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das necessidades de saúde dos usuários. 
Rede de Atenção à saúde 
• As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado (BRASIL, 2010); 
• O objetivo da Redes de Atenção à Saúde (RAS) é promover a integração sistêmica, de ações e serviços de saúde com provisão de atenção contínua, integral, de qualidade, responsável e humanizada, bem como incrementar o desempenho do Sistema, em termos de acesso, equidade, eficácia clínica e sanitária; e eficiência econômica. 
- Atenção Básica: 
Atenção básica e atenção primária de saúde são as mesmas coisas. 
A atenção básica é um conjunto de ações individuais, familiares e coletivas que irão envolver várias dimensões como, a promoção de saúde, prevenção, proteção, diagnóstico e tratamento, cuidados paliativos, vigilância em saúde, redução de danos e reabilitação.
Características da atenção básica:
- Será a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede.
- Será ofertada integralmente e gratuitamente a todas as pessoas, de acordo com suas necessidades e demandas do território, considerando os determinantes e condicionantes de saúde.
- É proibida qualquer exclusão baseada em idade, gênero, raça/cor, crença, nacionalidade, orientação sexual, identidade gênero, estado de saúde, condição socioeconômica, escolaridade, limitação física, intelectual, funcional e outras. 
• Equipes multiprofissionais, composta conforme modalidade das equipes, por médicos, enfermeiros, cirurgiões-dentistas, auxiliar em saúde bucal ou técnico em saúde bucal, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde, entre outros profissionais em função da realidade epidemiológica, institucional e das necessidades de saúde da população; 
• As unidades de Atenção Básica devem estar cadastradas no sistema de cadastro nacional de estabelecimentos de saúde (CNES); 
•O cadastro dos profissionais que compõem a equipe de Atenção Básica no CNES deve ser atualizado, de acordo com as normas vigentes e com as cargas horárias de trabalho informadas e exigidas para cada modalidade – CNES. 
• Recomenda-se que as unidades de Atenção Básica possuam, conforme orientações e especificações do manual de infraestrutura do Departamento de Atenção Básica: 
• Consultório médico/enfermagem; consultório odontológico, consultório com sanitário; sala multiprofissional de acolhimento à demanda espontânea; sala de administração e gerência; e sala de atividades coletivas para os profissionais da atenção básica; 
• Área de recepção, local para arquivos e registros;sala de procedimentos; sala de vacinas; área de dispensação de medicamentos e sala de armazenagem de medicamentos (quando há dispensação na UBS); sala de inalação coletiva; sala de procedimentos; sala de coleta; sala de curativos; sala de observação, entre outros. 
• Deve ser garantido às unidades de Atenção Básica, pela gestão municipal, acesso ao apoio diagnóstico e laboratorial necessário ao cuidado resolutivo da população (rede para referência); 
• A Atenção Básica deve possuir fluxos assistenciais definidos para garantir ao usuário todas às suas necessidades de saúde (linhas de cuidado). 
Processo de trabalho das equipes de Atenção Básica:
 
•Definir o território de atuação e a população sob sua responsabilidade; 
•Programar e implementar as atividades de atenção à saúde; 
•Realizar atenção à saúde na unidade, no domicílio, no território e em outros espaços; 
•Desenvolver ações educativas que possam interferir no processo de saúde-doença; 
•Desenvolver ações que priorizem os grupos de risco; 
•Realizar o acolhimento com escuta qualificada, classificação de risco, avaliação de necessidade de saúde e análise de vulnerabilidade; 
•Prover atenção integral, contínua e organizada; 
•Desenvolver ações intersetoriais; 
•Realizar atenção domiciliar. 
- Atribuições dos membros da equipe de atenção básica
- Enfermeiro:
 
• Realizar atenção à saúde dos indivíduos e famílias cadastradas nas equipes e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários; 
• Realizar consulta de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e solicitar exames complementares, prescrever medicações e encaminhar, quando necessário, usuários a outros serviços, conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor; 
• Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS em conjunto com os outros membros da equipe; 
• Contribuir, participar e realizar atividades de educação permanente da equipe de enfermagem e outros membros da equipe. 
- Auxiliar e do Técnico de Enfermagem 
•Participar das atividades de atenção, realizando procedimentos regulamentados no exercício de sua profissão na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.); 
•Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; 
•Realizar ações de educação em saúde à população adstrita, conforme planejamento da equipe; 
•Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS; 
•Contribuir, participar e realizar atividades de educação permanente. 
 - Médico: 
•Realizar atenção à saúde aos indivíduos sob sua responsabilidade; 
•Realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.); 
•Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; 
•Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico deles; 
•Indicar, de forma compartilhada com outros pontos de atenção, a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário. 
- Agente Comunitário de Saúde:
 
•Trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida, a microárea; 
•Cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados; 
•Orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis; 
•Acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob sua responsabilidade; 
•Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e agravos e de vigilância à saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade. É permitido ao ACS desenvolver outras atividades nas Unidades Básicas de Saúde, desde que vinculadas às atribuições acima. 
- Dentista:
 
•Realizar a atenção em saúde bucal; 
•Realizar os procedimentos clínicos da atenção básica em saúde bucal, incluindo atendimento das urgências, pequenas cirurgias ambulatoriais e procedimentos relacionados com a fase clínica da instalação de próteses dentárias elementares; 
•Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais; 
•Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da equipe, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar; 
•Realizar supervisão técnica do técnico em saúde bucal (TSB) e auxiliar em saúde bucal (ASB). 
- Técnico de saúde bucal 
•Realizar a atenção à saúde bucal individual e coletiva em todas as famílias, indivíduos e grupos específicos, segundo programação e de acordo com suas competências técnicas e legais; 
•Coordenar a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos; 
•Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da equipe, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar; 
•Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS; 
•Participar das ações educativas atuando na promoção da saúde e na prevenção das doenças bucais. 
-Auxiliar de saúde bucal 
•Realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para as famílias, grupos e indivíduos, mediante planejamento local e protocolos de atenção à saúde; 
•Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; 
•Executar limpeza, assepsia, desinfecção e esterilização do instrumental, dos equipamentos odontológicos e do ambiente de trabalho; 
•Auxiliar e instrumentar os profissionais nas intervenções clínicas; 
•Realizar o acolhimento do paciente nos serviços de saúde bucal; 
•Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos. 
-Especificidades da Equipe de Saúde da Família 
•Equipe multiprofissional (equipe de Saúde da Família) composta por, no mínimo: 
•Médico generalista ou especialista em Saúde da Família ou médico de Família e Comunidade; 
•Enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família; 
•Auxiliar ou técnico de enfermagem; 
•Agentes comunitários de saúde. – é obrigatório.
•Observação: Podem ser acrescentados à equipe multiprofissional os profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ ou técnico em saúde bucal. 
• Cada equipe de Saúde da Família deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a média recomendada de 3.000, respeitando critérios de equidade para essa definição; 
• O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família; 
• Cada profissional deve está vinculado a apenas uma equipe de Saúde da Família, com exceção do profissional médico que poderá atuar em no máximo duas equipes de saúde da família e com carga horária total de 40 horas. 
•Carga horária de 40 horas semanais para todos os profissionais de saúde membros da equipe de Saúde da Família, à exceção do profissional médico que poderá ter carga horária diferenciada de acordo com a necessidade das Unidades de Atenção Básica; 
• A jornada de 40 horas dos profissionais deve observar a necessidade de dedicação mínima de 32 horas da carga horária para atividades na equipe de Saúde da Família. 
• Por decisão e prévia autorização do gestor, 8 horas das 40 horas disponíveis da carga horária poderão ser utilizadas para prestação de serviços na rede de urgência do município ou para especialização em Saúde da Família, residência multiprofissional e/ou de Medicina de Família e de Comunidade, bem como atividades de educação permanente e apoio matricial. 
-Cálculo do teto das equipes de atenção básica
Como calcular? 
•Quantidade de Equipes de Saúde da Família com ou sem os profissionais de saúdebucal que deverão ser contratadas: 
•QUANTIDADE DE ESF = POPULAÇÃO/2000 
•Quantidade de Agentes Comunitários de Saúde que deverão ser contratados: 
•QUANTIDADE DE ACS = POPULAÇÃO/400 
•Observação: Para municípios dos Estados da Região Norte, Maranhão e Mato Grosso, a fórmula será: população da área urbana/400 + população da área rural/280 
-Núcleos de apoio à saúde da família (NASF)
Composição do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) 
•Poderão compor os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) as seguintes profissões: 
•Médico acupunturista; assistente social; profissional/professor de educação física; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; médico ginecologista/obstetra; médico homeopata; nutricionista; médico pediatra; psicólogo; médico psiquiatra; terapeuta ocupacional; médico geriatra; médico internista (clínica médica), médico do trabalho, médico veterinário, profissional com formação em arte e educação (arte educador) e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas. 
NASF-AB – Núcleo ampliado de saúde da família e atenção básica. São:
- Equipe multiprofissional e interdisciplinar composta por categorias de profissionais da saúde, complementar às equipes que atuam na atenção básica. – Não é fixa, são equipes que atuam de forma complementar.
- Formada por diferentes ocupações (profissões e especialidade) da área da saúde.
- Atua de maneira integrada para dar suporte (clínico, sanitário e pedagógico) aos profissionais das equipes de saúde da família (Esf) E DE ATENÇÃO Primária (Eap).
.
 
Objetivo e constituição 
• Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade; 
• Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) fazem parte da Atenção Básica, mas não se constituem como serviços com unidades físicas independentes ou especiais, e não são de livre acesso para atendimento individual ou coletivo. O acesso ao profissionais que compõem os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) devem ser regulados pelos profissionais da equipe de saúde da família; 
• São constituídos por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada, apoiando os profissionais das equipes de Saúde da Família. 
- Não se constituem como serviços com unidade físicas independentes ou especiais. - O NASF não possui um espaço específico para ele, é apenas complementar.
- Não são de livre acesso para atendimento individual ou coletivo (estes, quando necessários, devem ser regulados pelas equipes que atuam na atenção básica. 
Contribuições e ações do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) 
• Os NASF devem buscar contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS, principalmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários; 
•São exemplos de ações de apoio desenvolvidas pelos profissionais dos NASF: discussão de casos, atendimento conjunto ou não, interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções no território e na saúde de grupos populacionais e da coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde e discussão do processo de trabalho das equipes de saúde da família. 
** Competências específicas do NASF-AB:
- Participar do planejamento conjunto com as equipes que atuam na AB à que estão vinculadas.
- Contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS principalmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenções sobre problemas e necessidade de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários.
- Realizar discussões de casos, atendimento individual, compartilhado, interconsulta, construção, conjunta de projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções no território e na saúde de grupos populacionais de todos os ciclos de vida, e da coletividade.
- Realizar ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção de saúde, discussão do processo de trabalho das equipes dentre outros, no território
- Núcleos de apoio à saúde da família (NASF) e saúde mental 
• Princípios comuns entre a atuação das Equipes de Saúde da Família e de Saúde Mental: Atuação a partir do contexto familiar, continuidade do cuidado e organização em rede; 
• As Equipes de Saúde da Família e os serviços de Saúde Mental devem trabalhar de forma integrada. O trabalho integrado das Equipes de Saúde da Família e Saúde Mental potencializa o cuidado e as ações em saúde; 
• O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) atua: qualificando as ações desenvolvidas pela Equipe de Saúde da Família para usuários de Saúde Mental; ampliando o escopo de atuação da Equipe de Saúde da Família no contexto da Saúde Mental; e realizando em conjunto com a Equipe de Saúde da Família atividades de promoção e prevenção em Saúde Mental. 
•A responsabilidade pelo cuidado dos usuários com saúde mental do território devem ser compartilhadas entre as Equipes de Saúde da Família, o NASF e os outros dispositivos de saúde mental, como Centros de Atenção Psicossocial, hospitais gerais, centros de convivência, entre outros; 
•O NASF deve contribuir para o planejamento e realização do diagnóstico da situação de saúde mental da população do território, identificando os problemas mais frequentes; 
•O NASF deve ajudar a romper com a lógica do encaminhamento e da não responsabilização pós-referência; 
•O NASF deve realizar reuniões interdisciplinares periódicas para discussão de casos envolvendo a Saúde Mental dos usuários e educação permanente; 
•O NASF deve por meio de consultas conjuntas realizar atendimento dos usuários de saúde mental. 
- Modalidades do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)
O gestor municipal pode então cadastrar esses profissionais das seguintes formas:
- Cadastrar esses profissionais diretamente nas eSF ou eAP, ampliando sua composição mínima.
- Manter os profissionais cadastrados no SCNES como equipe NASF-AB.
- Cadastrar os profissionais apenas no estabelecimento de atenção primária sem vinculação a nenhuma equipe.
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12/04/2021
8 aula: Modelos de atenção à saúde
#PNAB e ESF
Finalidade 
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é resultado da experiência acumulada de vários atores envolvidos historicamente com o desenvolvimento e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), como movimentos sociais, usuários, trabalhadores e gestores das três esferas de governo.
Utilização da palavra modelo 
•A palavra modelo faz lembrar moças e rapazes que lançam moda nas passarelas; 
•Insinua algo exemplar, a ser seguido, como uma norma ou forma. Esta definição tende a estar presente quando utilizamos a palavra modelo na expressão modelo de atenção em saúde; 
•Modelo de Atenção: Refere-se ao cuidado, à assistência, à intervenção, às ações e práticas de saúde. 
Definições de Modelo de Atenção à Saúde 
• É uma representação esquemática e simplificada de um sistema de saúde, no que tange à prestação da saúde. Não deve ser pensado como algo exemplar, uma norma, um padrão que todos devem seguir, mas a identificação de seus traços principais, de seus fundamentos, suas lógicas, enfim sua razão de ser (PAIM, 2008); 
• É uma espécie de lógica. 
- Modelo Sanitarista 
(trabalha muito com campanhas para combater epidemias, programa de vacinação obrigatória, dedetização de espaços públicos).
• Influenciado por interesses de agroexportadores no início do século XX, esse modelo baseou-se em campanhas sanitárias para combater as epidemias de febre amarela, peste bubônica e varíola; 
• Foram implementados programas de vacinação obrigatória, desinfecção dos espaços públicos e domiciliares e outras ações de medicalizaçãodo espaço urbano, que atingiram, em sua maioria, as camadas menos favorecidas da população; 
• Esse modelo predominou no cenário das políticas de saúde brasileiras até o início da década de 1960. 
- Características do Modelo Sanitarista 
 Escolhe um agravo para poder privilegiar o controle de alguma doença, ou risco que está para acontecer.
• Privilegia o controle de certos agravos ou de determinados grupos em risco de adoecer ou morrer; 
• A intervenção de saúde é organizada sob a forma de campanhas (vacinação, controle de epidemias, erradicação de doenças) e implantação de programas especiais (tuberculose, saúde mental e tabagismo); 
• As campanhas são temporárias, requerem uma grande mobilização de recursos e a administração é centralizada. Os programas especiais de saúde pública têm administração única e verticalizada e a organização das ações acontece de forma fragmentada sem articulação entre os diferentes pontos da rede de serviços de saúde. 
O modelo sanitarista e a revolta da vacina 
• A Revolta da Vacina foi uma revolta popular ocorrida na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. Ocorreram vários conflitos urbanos violentos entre populares e forças do governo (policiais e militares); 
• Para erradicar a varíola, o médico sanitarista Oswaldo Cruz convenceu o Congresso a aprovar a Lei da Vacina Obrigatória (31 de outubro de 1904), que permitia que brigadas sanitárias, acompanhadas por policiais, entrassem nas casas para aplicar a vacina à força; 
• A grande maioria da população, formada por pessoas pobres e desinformadas, não conheciam o funcionamento de uma vacina e seus efeitos positivos. Logo, não queriam tomar a vacina. 
O modelo sanitarista e a revolta da vacina 
•O governo federal suspendeu temporariamente a vacinação obrigatória; 
•O governo federal decretou estado de sítio na cidade (suspensão temporária de direitos e garantias constitucionais); 
•Com força policial, a revolta foi controlada com várias pessoas presas e deportadas para o estado do Acre. Houve também cerca de 30 mortes e 100 feridos durante os conflitos entre populares e forças do governo; 
•Controlada a situação, a campanha de vacinação obrigatória teve prosseguimento. Em pouco tempo, a epidemia de varíola foi erradicada da cidade do Rio de Janeiro. 
Influência do Modelo Sanitarista para a saúde da família 
• O Modelo Sanitarista pode ser reconhecido como predominante no Brasil no que se refere às formas de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde adotadas; 
• Na década de 1990, dois programas de saúde com origem no modelo sanitarista ganharam importante dimensão, sendo eles o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS), em 1991, e o Programa de Saúde da Família (PSF), em 1994. 
Modelo Médico Assistencial Privatista 
Consulta particular.
•É o mais prestigiado e o que predomina no Brasil. Esse modelo reforça a atitude dos indivíduos de só procurarem os serviços de saúde quando se sentem doentes; 
•Está centrado na figura do médico especialista, privilegia a utilização de tecnologias para diagnóstico e tratamento de doenças; 
•É centrado no atendimento a doentes (demanda espontânea ou induzida pela oferta), com ênfase na assistência ambulatorial e hospitalar de alto custo; 
•O atendimento é prestado principalmente pela rede contratada e conveniada com o Sistema Único de Saúde, apresentando sérios limites para uma atenção comprometida com a efetividade, equidade e necessidades de saúde. 
Características do Modelo Médico Assistencial Privatista 
• É predominante curativo, privilegia a doença em sua expressão individualizada, como objeto de sua intervenção; 
• Voltada para o atendimento da demanda espontânea, ou seja, para atender aos indivíduos que procuram os serviços de saúde; 
• A forma de organização da produção de ações de saúde é a rede de prestação de serviços, privilegiando o hospital; 
• O modelo médico assistencial privatista está presente na medicina liberal, nas cooperativas médicas, na medicina de grupo, no seguro-saúde e também nos serviços públicos (hospitais, centros de saúde e laboratórios). 
Características do Modelo Médico Assistencial Privatista 
•Individualismo; 
•Saúde/doença como mercadorias; 
•Ênfase no biologismo; (se trata da doença, diagnóstico apenas)
•Historicidade da prática médica; 
•Medicalização dos problemas; 
•Privilégio da medicina curativa. 
Modelo de Vigilância da Saúde 
Integração entre vigilância em saúde e atenção básica: Art 5º a integração entre vigilância em saúde e atenção básica é condição essencial para o alcance de resultados que atendem às necessidades de saúde da população, na ótica da integralidade da atenção à saúde e visa estabelecer processos de trabalho que considerem os determinantes, os riscos e danos à saúde, na perspectiva da intra e intersetorialidade.
•A proposta de Vigilância em Saúde foi elaborada pelo grupo de pesquisadores e docentes do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia e colaboradores e apresentada pelo pesquisador Jairnilson Silva Paim e Eugênio Vilaça Mendes, no início dos anos 1990; 
•O modelo de vigilância em Saúde deve reunir um conjunto de ações, programas, conceitos e projetos que tenham como objetivo final promover, proteger e recuperar a saúde da população, garantindo, assim, um acréscimo em sua qualidade de vida. 
•O modelo de vigilância em saúde é visto como eixo central de um processo de reorientação dos modelos assistenciais do Sistema Único de Saúde e utilizado como estratégia para reorientação a saúde da família; 
•Está relacionado às práticas de atenção e promoção da saúde dos cidadãos e aos mecanismos adotados para prevenção de doenças. 
O Modelo de Vigilância da Saúde apresenta sete características básicas: 
•1) Intervenção sobre problemas de saúde (danos, riscos e/ou determinantes); 
•2) Ênfase em problemas que requerem atenção e acompanhamento contínuos; 
•3) Operacionalização do conceito de risco; 
•4) Articulação entre ações promocionais, preventivas e curativas; 
•5) Atuação intersetorial; 
•6) Ações sobre o território; 
•7) Intervenção sob a forma de operações. 
Características do Modelo de Vigilância da Saúde 
•Propõe uma redistribuição de poder entre os três entes federativos, com mudanças e adequações de papéis em cada um deles; 
•Reforça o papel do Estado na regulação da oferta de serviços e coordenação dos problemas e situações de saúde que extrapolem as bases territoriais dos municípios; 
•Traz na sua concepção a importância da atenção primária como ordenadora e coordenadora dos serviços de saúde; 
•Pressupõe oferta organizada das ações programáticas a partir dos principais agravos e grupos populacionais prioritários (mulheres, crianças, idosos); 
•Adota o planejamento em saúde como estratégia para organização do processo de trabalho; 
•Amplia a cobertura dos serviços e melhora a qualidade do atendimento no sistema de saúde; 
•Incentiva a participação dos usuários para o efetivo exercício do controle social; 
•Promove a família como núcleo básico de abordagem no atendimento à população, considerando seu espaço social. 
•Busca intervir sobre os fatores de risco aos quais a população está exposta. 
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Modelos de atenção básica à saúde
Organização das ações de atenção à saúde envolvendo aspectos tecnológicos e assistenciais - > objetivo de enfrentar e resolver os problemas de saúde de uma coletividade. 
Independente do modelo, o objeto é resolver o problema de saúde.
A resolução não se trata só de assistência em si, mas tecnológico, tecnologia de ponta, matérias de qualidade, etc.
O modelo hegemônico é o modelo do Brasil (o biomédico e o sanitarista). 
- Não existe modelos certos ou errados, ou receitas que, quando seguidas, dão certo. 
- Principais características da medicina flexneriana (relatório de flexner, 1911)
- O modelo biomédico se chamam também de modelo flexneriana médico, que é a questão da medicina individual, que atende o particular; É o modelo diferente / contrário do SUS; 
- Ênfase na atenção médica individual,secundarizando a promoção à saúde e prevenção.
- Organização da assistência médica em especialidades.
- Valorização do ambiente hospitalar em detrimento da assistência ambulatoriais.
- Educação médica separando as disciplinas do ciclo básico, anatomia, bioquímica, fisiológico, etc, e o profissional, sendo este realizado nos hospitais de ensino. 
- Modelo médico hegemônico (aqui não tem planejamento)
- Visa o modelo individual, assistência privatista, - é a procura do sistema privado e não conseguir pagar porque ele visa lucro. 
- Assistência à doença em seus aspectos individuais e biológicos – só passa remédio e pronto. 
- Visa tecnologias caras, Tomografia, RM, cirurgias de alta complexidade. 
- Aqui não existia a hierarquia de posto, upa, hospital... Aqui você procura o médico por si só, às vezes sem saber qual especialidade procurar.
- Modelos de saúde alternativo (aqui tem planejamento e vínculo com as pessoas)
- principais diretrizes e princípios do sus (hierarquização e regionalização dos serviços de saúde, atendimento universal e integral, humanização, acolhimento e ações programadas de saúde).
- São direcionados para atendimento ao indivíduo na sua singularidade, à família e à continuidade em conta seus aspectos socioeconômicos, culturais e políticos. 
- Centrados nas ações programáticas de saúde, ESF, acolhimento, vigilância da saúde, movimento cidade saudáveis e promoção e prevenção de saúde;
- Ações programáticas de saúde -> medidas de promoção da saúde e prevenção de doenças.
- Estratégia de Saúde da família - > ações territoriais que enfatizam atividades educativas e de prevenção de riscos e agravos de saúde. 
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Aqui em casa nós já tivemos a oportunidade de ter plano de saúde, há muitos anos atrás, com a dificuldade financeira, não foi possível continuar. Nesse período eu realizei consultas no posto de saúde (2014), na época eu fazia acompanhamento na ginecologia, tinha os dias corretos de marcação, e para isso era necessário chagar por voltar de 6h para pegar a fila. No dia da consulta também precisava chegar cedo porque era por ordem de chegada. Além disso, participo da campanha de vacinação da gripe desde quando me tornei profissional de saúde, o acesso é mais fácil.
Atualmente tenho um plano de saúde empresarial, que não aceita em qualquer lugar, é muito limitado. 
Como minha mãe não possui plano, já aconteceu dela precisar de atendimento na UPA, devido a um pico hipertensivo. Ficou muitas horas aguardando atendimento mesmo sendo classificado como amarela, mas conseguiu atendimento, realizar exames e ser medicada. 
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20/04/2021 - Aula 9 – Histórico da formação do PSF
Paradigma 
• Modelo, padrão, norma; 
• Conceito das ciências e da epistemologia (teoria do conhecimento) que define um exemplo típico ou modelo de algo. É a representação de um padrão a ser seguido; 
• Construção social que dita normas de comportamento que o sujeito deve seguir no seu agir, independente dessas normas serem benéficas ou prejudiciais
Experiências internacionais em saúde da família
 • A saúde da família vem sofrendo reformas parciais no modelo, iniciadas com o PACS desde a década de 1990; 
• As mudanças nos serviços de saúde não ocorreram apenas no Brasil. No Canadá e em vários países da Europa houve reformas do sistema que possibilitaram a implementação de novas estratégias visando alargar o acesso aos serviços de saúde.
O sistema brasileiro de PSF, é baseado no sistema de cuba e a Inglaterra. 
Iniciou o serviço de medicina de família e UBS no Rio grande do sul.
26/04/2021 Início da AV1 – não teve aula.
03/05/2021 Av1 feita.
10/05/2021 aula não gravada – Aula 08: conceitos e paradigmas em saúde
´# Paradigma
•Modelo, padrão, norma; 
•Conceito das ciências e da epistemologia (teoria do conhecimento) que define um exemplo típico ou modelo de algo. É a representação de um padrão a ser seguido; 
•Construção social que dita normas de comportamento que o sujeito deve seguir no seu agir, independente dessas normas serem benéficas ou prejudiciais. 
- Paradigma em saúde:
- Saúde como ausência de doença:
•No século XIX, a situação da morbimortalidade em todo o mundo era caracterizada pela predominância de doenças infecciosas sobre as demais; 
•Nesse período, tomou corpo a ideia da natureza biológica da doença, deslocando o pensamento causal em saúde do ambiente físico e social para patógenos concretos; 
•A doença teria uma só causa. Cada germe, neste sentido, seria responsável pela produção de uma doença; 
•Surge, nesse período, a noção que saúde era a ausência da doença, isto é, a ausência de um agravo causado por um germe. 
O modelo de atenção à saúde prevalente na maioria dos países capitalistas estruturava-se na visão negativa de saúde, vinculando esse à doença e à morte; 
•Ocorreu, então, um esforço acadêmico direcionado à mudança do ensino médico; 
•Em 1910, a Fundação Carnegie convidou o educador Abraham Flexner, diretor de uma escola secundária de Kentucky, a realizar um estudo sobre a situação das escolas médicas americanas e canadenses. 
- Paradigma flexneriano
•O documento elaborado após o estudo realizado por Abraham Flexner ficou conhecido como “Relatório Flexner” e reforçava a luta pelo ideário científico da medicina; 
•O Relatório Flexner deu origem ao Paradigma Flexneriano e este paradigma passou a nortear a formação dos futuros médicos e outros profissionais da área da saúde; 
•O Paradigma Flexneriano ficou caracterizado por uma concepção mecanicista do processo saúde-doença, pelo reducionismo da causalidade aos fatores biológicos, pelo foco da atenção sobre a doença e o indivíduo, pelo culto à doença e não à saúde e pela devoção à tecnologia. 
- Características:
•Mecanicismo;
•Biologismo;
•Individualismo;
•Especialização;
•Curativismo.
•Mecanicismo: Toma o corpo humano como uma máquina. As estruturas e funções do corpo são meticulosamente analisadas de modo instrumental. Isola-se a parte acometida do corpo do resto do corpo; 
•Biologismo: Reconhece a natureza biológica da doença dando ênfase em microbiologia e teoria dos germes, desconsiderando a natureza social da doença; 
•Individualismo: Considera o indivíduo de forma isolada, não valorizando seu núcleo familiar, se contexto social e coletividades; 
•Especialização: Está relacionada à fragmentação da formação profissional e, por consequência, da fragmentação do atendimento aos indivíduos. 
•Curativismo: Prestigia o processo fisiopatológico em detrimento das causas geradoras do processo. 
•Tem foco na doença; 
•Individualidade do sujeito; 
•Estrutura-se pela livre demanda; 
•Não pressupõe definição de território para atuação; 
•O cuidado é curativo e reabilitador; 
•Tende a apresentar baixa resolutividade no primeiro contato; 
•Gera altos custos econômicos e sociais; 
•Restringe-se a ações unilaterias; 
•Nega possibilidades de relações interpessoais constantes desumanizando o cuidado em saúde. 
- Relatório Flexner x Relatório Dawson:
•É importante destacar que no Reino Unido, em 1920, Bertrand Dawson elaborava outro relatório, que criticava em vários aspectos o Relatório Flexner; 
•O relatório de Bertrand Dawson tinha como propostas uma reorganização dos serviços de saúde, a partir de profissionais generalistas que seriam responsáveis por implementar ações tanto curativas quanto preventivas, com serviços organizados local e regionalmente, por níveis de atenção; 
•Dawson acreditava que o Estado deveria organizar um sistema de saúde para toda a população. 
•Dawson tem o crédito de ter proposto pela primeira vez o esquema de rede de atenção em saúde; 
•Apresentou através do seu relatório entre outros, os conceitos de: 
Território; 
Populações adscritas; 
Porta de entrada; 
Vínculo/acolhimento; 
Referência; 
Atenção primária como coordenadora do cuidado. 
- Paradigma de produção social da saúde:
- Mudança de paradigma:
•O modelo de atenção

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