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saud criança 3

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ 
CURSO DE FISIOTERAPIA 
 
 
JEAN CARLOS DA SILVA PINHEIRO 
Paciente M. M. S., sexo masculino, nascido no dia 29/04/2019, avó relata que não houve 
intercorrências durante a gestação, porém a mãe da criança não fez acompanhamento pré 
natal, histórico de prematuridade, nasceu de 28 semanas, após o nascimento permaneceu 
2 meses na incubadora, fez uso de ventilação mecânica e por ocasião da lata foi foi 
diagnosticado como paralisia cerebral espástica quadriplégica, pois apresentava padrão 
flexor de MMSS. 
 Começou a fazer acompanhamento fisioterapêutico com 1 ano de idade. Apresenta 
atraso no Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM): controle cervical incompleto, 
dificuldade de adotar a posição sentada, não rola de supino para prona e não adota a 
posição de gatas. Apresenta hipertonia espástica e encurtamento de flexores e adutores de 
quadril. 
 Elabore um plano de tratamento para esse lactente com 3 condutas explicando a 
posição do paciente, o recurso que será utilizado, o tipo de atividade realizada e o objetivo 
dessa atividade. 
 
1 Alongamento 
É uma técnica simples para esticar a musculatura, para evitar que os músculos sejam 
tensionados ou encurtados. Além de prepara-lo para a outro exercício. Você irá 
movimentar a articulação dele mantendo de 15 a 30 segundos numa mesma posição 
seguindo o movimento de cada articulação. A técnica não deve provocar dor. 
2 Exercícios de estimulação 
Estimulação da linha média 
A postura em supino é ideal para este estímulo. Podemos usar brinquedos coloridos 
luminosos para atrair a atenção do bebê e manter a cabeça na linha média. Se ela não 
consegue ativamente, pode ser auxiliada pelo terapeuta. Nessa mesma posição, já com a 
cabeça posicionada, estimule a preensão bi manual na linha média. Para que a informação 
seja mais bem recebida e assimilada pelo SNC podemos acentuar a descarga de peso na 
região cervical e tronco superior elevando a pelve e aproximando os membros inferiores 
dos superiores. Este movimento também fortalece a musculatura abdominal, alonga a 
musculatura cervical e permite o alcance dos pés pelas mãos, conforme mostrado a seguir 
Estimulação do controle cervical 
 Para que o controle cervical aconteça é necessário que exista um sinergismo entre a 
musculatura flexora e extensora do pescoço e do tronco superior. Podemos promover esta 
estimulação em supino e até mesmo em decúbito lateral. Porém, na postura em prono 
temos um melhor controle da simetria corporal e podemos utilizar a gravidade como fator 
de estimulação. Pode-se colocar um rolo de tecido ou espuma embaixo das axilas, com 
os braços a frente desse e utilizar objetos coloridos, ruidosos ou luminosos para atrair a 
atenção do bebê e através do seguimento visual proporcionar a extensão cervical. O rolo 
deve ser de uma altura que permita o apoio dos cotovelos 
Estimulação da postura de gatas e do engatinhar 
Para que o bebê consiga se manter na postura de gatas é necessário que ele tenha uma boa 
fixação de cintura escapular e pélvica. Atividades que promovam o apoio de mão com 
cotovelos estendidos, utilizando bola, rolo, cunha, colo do terapeuta e até atividades mais 
elaboradas como a brincadeira do “carrinho de mão” são úteis para aquisição dessa 
habilidade. 
Estimulação da postura ajoelhada e agachada 
A estimulação destas posturas mais altas é importante para preparar o bebê para a postura 
bípede. Podemos para isso utilizar atividades de alcance acima da cabeça (presas na 
parede ou em um espelho, por exemplo) e facilitar a passagem do sentado de lado (side) 
para a postura de joelho e com isso conseguir alcançar o objeto. 
Estimulação do semiajoelhado e transferência para o ortostatismo 
O semiajoelhado é uma postura de transição e muito utilizada para atingir a postura 
ortostática. Aproveite a atividade da postura ajoelhada e incentive a passagem do pé para 
frente, ora de um lado, ora de outro. Pode-se mantém a postura de frente para o espelho 
ou posicionar a criança de frente para o terapeuta. Esse tipo de postura fortalece o vínculo 
do estimulador com a criança, tornando a atividade mais eficaz e prazerosa. 
3.massagem 
Essa massagem gera estímulos táteis, cerebrais e motores no bebê, o que pode melhorar 
sua saúde digestiva, respiratória e circulatória, além de permitir uma maior interação entre 
o cuidador e o bebê. Essa massagem pode ser feita desde o 1º mês de vida, desde que o 
bebê esteja receptivo, isto é, não esteja com fome, sujo ou desconfortável. Você pode 
escolher o momento que achar mais conveniente para realizar esta massagem. 
 
• Rosto: Coloque o bebê de frente para você e trace com os polegares pequenas linhas 
horizontais no rosto, massageie as bochechas e faça movimentos circulares próximo 
ao canto dos olhos. 
• Peito: Deslize suas mãos do meio do peito do bebê em direção às axilas. 
• Tronco: Com um toque suave, deslize as mãos da barriga em direção aos ombros, 
formando um X sobre o abdômen do bebê. 
• Braços: Deslize suas mãos do meio do peito do bebê em direção às axilas. Massageie 
um braço de cada vez. 
• Mãos: Esfregue seus polegares da palma da mão do bebê até os dedinhos. Um por 
um, suavemente, tentando que o movimento seja constante. 
• Barriga: Usando a lateral das mãos, deslize suas mãos sobre o abdômen do bebê, 
desde a parte final das costelas, passando pelo umbigo até a parte genital. 
• Pernas: Com a mão em forma de bracelete, deslize sua mão desde a coxa até os pés 
e, depois, a seguir, com as duas mãos, faça um movimento giratório, de vai-e-vem, 
desde a virilha até o tornozelo. Faça uma perna de cada vez. 
• Pés: Deslize seus polegares na planta do pé fazendo, no final, uma massagem suave 
em cada dedinho. 
• Costas e bumbum: Vire o bebê de barriga para baixo e deslize suas mãos das costas 
até o bumbum. 
• Alongamentos: Cruze os braços do bebê sobre sua barriguinha e depois abra os 
braços, depois cruze as perninhas do bebê sobre o abdômen e estique as perninhas. 
Cada movimento deve ser repetido cerca de 3 a 4 vezes.

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