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Quebra de dormência de sementes de duas leguminosas arbóreas de interesse comercial (Afzelia quanzensis) e (Milletia Stuhlmannii)
	Amândio Castro de Andrade
 Anaidene Lacerda João 
 Orientadores: Msc Merlindo, Eng. Duvane e Engª. Vinodia
RESUMO
A quebra de dormência de sementes é extremamente importante no que diz respeito à aceleração do processo germinativo, considerando que algumas sementes mesmo em condições favoráveis necessitam de técnicas de quebra de dormência. Objetivou-se na execução deste experimento avaliar a reação das sementes de Chamfuta (Afzelia quanzensis.),) e Panga-Panga (Milletia Stuhlmannii.), quando submetidas aos seguintes tratamentos pré-germinativos: Ausência de escarificação (testemunha), Escarificação mecânica das sementes com lixa individualmente; Imersão em água a 80°C durante 5 minutos, Imersão em água à temperatura ambiente  27°C durante 24 horas e Imersão em ácido sulfúrico concentrado durante  5 minutos. O experimento foi desenvolvido no Campus de unango da Faculdade de Ciências Agrárias, no período de 06 de Julho a 17 de Setembro. As avaliações foram feitas diariamente, verificando-se que as sementes de Chanfuta germinaram uniforme entre os tratamentos, expectando Ausência de escarificação (testemunha) tornando assim dispensável a realização de tais tratamentos, tendo em vista o tempo de germinação não ser similar das sementes sem tratamentos. As sementes Panga- panga não germinaram em quase todos tratamentos tendo apenas germinado em apenas dois tratamentos nomeadamente: Imersão em água à temperatura ambiente  27°C durante 24 horas e Imersão em ácido sulfúrico. 
Palavras – chave: sementes; germinação; espécies florestais nativas. 
INTRODUÇÃO
Nos ecossistemas africanos, as espécies da família Fabaceae (leguminosas) são representativas em diversidade e densidade, além de terem uma grande importância econômica e ecológica. A obtenção de semente é a parte mais importante no processo de produção de mudas de espécies nativas para reflorestamento. 
As espécies da família Fabaceae, na sua grande maioria apresentam dormência tegumentar, em que o tegumento é  impermeável e dificulta a entrada de água e do oxigênio, ocasionando a dormência física, restringindo a sua germinação (COSSA et al., 2009).
De acordo com Costa et al. (2010), a dormência pode ser caracterizada como um fenômeno em que as sementes, mesmo sendo viáveis, o processo de germinação é demorado, sendo considerada uma característica negativa, quando o objetivo for a produção de mudas. Segundo Silva et al. (2011), as sementes que apresentam dormência têm dificultado o processo de planeamento e a produção de mudas da espécie, contudo tornando-se imprescindível o conhecimento do mecanismo e os tratamentos de superação da dormência para uma optimização na produção das mudas. 
Existem diversas formas  para quebra de dormência das sementes, entre os mais utilizados pode se destacar a escarificação química e mecânica, estratificação fria e quente-fria, choque térmico, imersão em água quente e embebição em água fria (FOWLER & BIANCHETTI, 2000).
Assim, os métodos utilizados para superar a dormência de sementes dependem, basicamente, das causas da dormência e, consequentemente, para cada espécie, pode existir um ou mais tratamentos adequados (COSTA et al. 2010).
Para a superação da dormência de algumas espécies podem ser usados alguns metódos citados acima, porém, o mesmo método de quebra de dormência pode não ser eficiente para outra espécie. Neste sentido torna-se importante  o conhecimento de alguns tipos de tratamentos, que poderão ser utilizados para se obter um desenvolvimento e optimização mais adequados para produção de mudas em um curto espaço de tempo. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos de diferentes tratamentos de quebra de dormência na germinação de sementes de cinco espécies leguminosas arbóreas de interesse econômico.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado no Campus da Faculdade de Ciências Agrárias nas coordenadas geográficas: XY, situado no Posto Administrativo de Unango- Distrito de Sanga, em condições naturais, ou seja, não foram usados sombrite, controlo de temperatura ou ambiente controlado.
As espécies que serão estudadas são: Millettia Stuhlmannii e Afzelia quanzensis, as sementes serão submetidas aos seguintes tratamentos: 
· Ausência de escarificação (testemunha); 
· Escarificação mecânica das sementes com lixa individualmente;
· Imersão em água a 80°C durante 5 minutos; 
· Imersão em água à temperatura ambiente  27°C durante 24 horas;
· Imersão em ácido sulfúrico concentrado durante  5 minutos;
No trabalho de campo utilizou-se o delineamento internamente causalizados, com 2 espécies, Millettia Stuhlmannii e Afzelia quanzensis, com 5 tratamentos e 4 repetições, Ausência de escarificação (testemunha), Escarificação mecânica das sementes com lixa individualmente, Imersão em água a 80°C durante 5 minutos, Imersão em água à temperatura ambiente  27°C durante 24 horas e Imersão em ácido sulfúrico concentrado durante  5 minutos. No dia 06 de julho de 2018 foram semeadas em sacos de polietileno, 08x15cm, com a utilização de solo orgânico, matéria orgânica e esterco bovino os quais Foram misturados na proporção de 2:1:1 respetivamente. As sementes Foram dispostas a uma profundidade de 03 cm. Os sacos plásticos foram acondicionados no viveiro de mudas da instituição, com tela sombrite de 50%, sendo a irrigação realizada alternadamente, utilizando-se regador. 
Variáveis a serem analisadas no experimento 
O efeito dos tratamentos será avaliado pela percentagem emergência de plântulas, índice de velocidade de emergência.
Percentagem de emergência de plântulas EP (%)
O cálculo da percentagem de emergência seguiu modelo proposto por Labouriau e Valadares (1976), conforme a fórmula: 
EP%=Nx100A
Em que: 
N = número de sementes emergidas; e 
O = número total de sementes colocadas para emergir. 
Índice de velocidade de emergência (IVE) 
Será determinado o índice de velocidade de emergência para cada tratamento, somando-se o número de plântulas emergidas (hipocótilo presente sobre o substrato no momento da avaliação) a cada dia, divididas pelo respectivo número de dias transcorridos desde a semeadura (NAKAGAWA, 1999), cujos dados geraram um índice de vigor, conforme proposto por Maguire (1962). 
IVE=N1D1+N2D2+N3D3+…+NnDn
Em que: 
IVE = índice de velocidade de emergência; 
N1: n = número de plântulas emergidas no dia 1, 2, 3,..n; e 
D = número de dias para as plântulas emergirem. 
ANÁLISE ESTATÌSTICA 
Será adotado o delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os dados serão submetidos aos pressupostos da análise de variância, consistindo na verificação da normalidade dos resíduos pelo teste de Shapiro e Wilk e da homogeneidade de variâncias pelo teste de Bartlett.
Os resultados dos tratamentos para percentagem de emergência e índice de velocidade de emergência serão serão submetidos à análise de variância e suas médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade através do programa estatístico Sisvar. Os dados serão obtidos através de contagens diárias das sementes germinadas, considerando-se germinadas aquelas com a radícula a partir de 2 mm de comprimento.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Análise de variância
A análise de variância do ensaio mostrou diferenças significativas entre os tratamentos, e o coeficiente de variação foi de 18,44%, o que mostra uma precisão média do ensaio.
Para a espécie Milettia sthulmanii, não houveram diferenças significativas entre as médias, sendo a escarificação mecânica o tratamento que apresentou maior media, pois teve maior número de sementes germinadas nas duas espécies estudas no presente ensaio.
Escarificação Mecânica
Para a escarificação mecânica, germinaram 15 sementes na Afzelia quanzensis e 2 sementes na Milletia sthulmanii, o que resulta numapercentagem de emergência de 75% para Afzelia quanzensis e 10% para Milletia sthulmanii.
O índice de velocidade de emergência na escarificação mecânica foi de 0,55.
Ausência de escarificação
Nota-se que as sementes da espécie Milletia sthulmanii não germinaram quando submetidas ao tratamento sem escarificação. Por outro lado, as sementes de Afzelia quanzensis germinaram 15% do total quando submetidas ao mesmo tratamento. As plântulas que emergiram neste tratamento morreram depois de 3 dias. O índice de velocidade de emergência foi de 0,20.
A baixa emergência e germinação nesse tratamento deve-se por um lado a natureza das sementes das espécies que foram testadas, pois elas apresentam tegumento rígido que para a sua germinação precisam de passar por um tipo de escarificação. Por outro lado, o que pode ter causado a fraca germinação das sementes são os problemas de qualidade das sementes, pois constatou-se que algumas sementes apresentavam-se defeituosas.
Imersão em água a 80o C durante 5 minutos
Neste tratamento, a Afzelia quanzensis teve 5 sementes germinadas e a Milletia sthulmanii e 1 semente, resultando em uma percentagem de 25% e 5% do total, respectivamente.
O índice de velocidade de emergência foi de 0,20.
Imersão de água a temperatura ambiente de 27o C durante 24 horas
Para a Afzélia quanzensis germinaram 7 e para Milletia sthulmanii e germinaram 2 sementes, com percentagem de germinação de 35% e 10%, respectivamente.
O índice de velocidade de germinação foi de 0,34.
Imersão em ácido sulfúrico concentrado durante 5 minutos
A Milletia sthulmanii teve 1 semente germinada neste tratamento e 5 sementes para a Afzelia quanzensis. A percentagem de emergem das plantulas é de 5% para a Milletia sthulmanii e 25% para a Afzelia. O índice de velocidade de emergência foi de 0,24.
Percentagem de germinação da Afzelia quanzensis
Percentagem de emergência da Millettia stuhlmannii
Índice de velocidade de emergência
	Tratamentos
	Plântulas emergidas
	Índice de v. de emergência
	Ausência de escarificação
	17
	0,20
	Escarificação Mecânica
	3
	0,55
	Imersão em água a 80o C/ 5 min
	6
	0,20
	Imersão em água a temperatura ambiente/ 24h
	8
	0,34
	Imersão em acido sulfúrico/ 5 minutos
	6
	0,24
CONCLUSÕES 
Entre todos os tratamentos comparados neste ensaio, a escarificação mecânica é que foi o método de quebra de dormência mais eficiente, pois apresentou maior percentagem e velocidade de emergência para todas as espécies.
O pior tratamento foi o testemunha (ausência de escarificação), em que observou-se apenas três plântulas emergidas na espécie Afzelia quanzensis que morreram apos 3 dias e nenhuma da Millettia stuhlmannii.
A Afzelia quanzensis foi a espécie que mais se adequou aos tratamentos ou métodos de quebra de dormência aplicados, pois ela teve maior potencial de germinação em todos os tratamentos aplicados que a espécie Millettia stuhlmannii.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, P. A.; DA SILVA LIMA, A. L.; ZANELLA, F.; DE FREITAS, H. Quebra de dormência em sementes de Adenanthera pavonina l. Pesquisa Agropecuaria Tropical, v. 40, n. 1, p. 83–88, 2010.
FOWLER, J.; BIANCHETTI, A. Dormência em sementes florestais. Embrapa Florestas Documentos, p. 1–28, 2000. Disponível em: <http://www.bibliotecaflorestal.ufv.br/handle/123456789/6091>. .
SILVA, P.E.M. et al. Quebra de dormência em sementes de Sesbania virgata (Cav.) Pers. Idesia, v.29, n.2, p.39-45, 2011.
COSSA, C.A. et al. Aspectos da germinação de sementes de Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf. Rev. Bras. Agroecologia, 2009.
LABOURIAU, L. F. G.; VALADARES, M. E. B. On the germination of seeds Calatropis procera (Ait.). Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, v. 48, n. 2, p. 263-284, abr./jun. 1976.
NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseados no desempenho de plântulas. In: KRZYZANOWSKI, F. C.; VIEIRA, R. D.; FRANÇA NETO, J. de B. (Ed.). Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES, 1999. p. 201-224. 
OLIVEIRA, L. M.; DAVIDE, A. C.; CARVALHO, M. L. M. Avaliação de métodos para quebra da dormência e para a desinfestação de sementes de canafístula (Peltophorum dubium (Sprengel) Taubert). Revista Árvore, Viçosa, v. 27, n. 5, p. 597-603, 2003.
SHAPIRO, S. S.; WILK, M. B. An analysis of variance test for normality (complete samples). Biometrika, Boston, v. 52, n. 3/4, p. 591-611, Dec. 1965. 
MAGUIRE, J. D. Speeds of germination-aid and evaluation for seedling emergence and vigor. Crop Science, Madison, v. 2, n. 2, p. 176-177, June 1962. 
Percentagem de emergência (%)	
Ausência de escarificação	Escarificação Mecânica	Imersão em água a 80o C/ 5 min	Imersão em água a temperatura ambiente/ 24h	Imersão em acido sulfúrico/ 5 minutos	15	75	25	35	25	
Percentagem de emergência (%)	
Ausência de escarificação	Escarificação Mecânica	Imersão em água a 80o C/ 5 min	Imersão em água a temperatura ambiente/ 24h	Imersão em acido sulfúrico/ 5 minutos	0	10	5	10	5

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