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A EFICIÊNCIA DA COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM

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2
UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
ANDREIA BELTRAME TEIXEIRA
A EFICIÊNCIA DA COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM
BRAGANÇA PAULISTA - SP
2018
UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
ANDREIA BELTRAME TEIXEIRA
A EFICIÊNCIA DA COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM
Monografia apresentada a Universidade Candido Mendes - UCAM, como requisito para a obtenção do título de Especialista em Linguística Aplicada na Educação.
BRAGANÇA PAULISTA - SP
2018
A EFICIÊNCIA DA COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE VIRTUAL DA APRENDIZAGEM
Andreia Beltrame Teixeira[footnoteRef:1] [1: Pós-graduando em Linguística Aplicada na Educação - Ucamprominas, Especialista em Literatura em Língua Inglesa pela Faculdade de Educação São Luís. Graduado em Licenciatura Plena em Letras (Português e Inglês) pela FESB – Faculdade de Ciências e Letras – Fundação Municipal de Ensino Superior de Bragança Paulista. Cursos complementares na área Educacional. 
Curriculum lattes:  http://lattes.cnpq.br/9986070879216547] 
RESUMO
A presente pesquisa aborda como se dá a eficiência da interação e comunicação no ambiente virtual de aprendizagem (AVA), e quais são os desafios desse processo. Trata-se de um estudo teórico que por meio de análises em livros, revistas e artigos eletrônicos buscou-se a construção desta pesquisa que evidencia sobre o uso da linguagem verbal e sua eficiência em AVA, quais são os fatores relevantes para o melhoramento de uma disciplina ou de um curso na educação à distância. Este estudo busca explorar as estratégias linguísticas que contribuirão no processo de ensino aprendizagem. Através desta análise revelou-se as características da linguagem da Internet. Por fim, abordou-se as questões de inovação no processo de interação e comunicação, bem como a expansão do ensino a distância no cenário atual. Veremos, entre outros elementos de análise, que em sala de aula virtual o uso de estratégias de natureza afetiva é fundamental para assegurar uma maior participação dos alunos e, assim, fortalecer a comunicação e aproximar os sujeitos incluídos nos processos de ensino e de aprendizagem no modelo a distância.
Palavras-chave: Comunicação. Interação. Ambiente virtual de aprendizagem.
SÚMARIO
Introdução	3
1 INTERAÇÃO NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA	4
1.1 Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem	5
1.2 O uso das tecnologias	7
2 SUBJETIVIDADE NA LINGUAGEM EM AVA	8
2.1 A escolha das palavras 	9
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS	11
Referências 	13
Introdução
Com a expansão da globalização contemplando as múltiplas áreas da sociedade, trazendo as redescobertas nos modos de atuação pessoal, profissional e educacional, aponta-se o foco desta presente pesquisa para como a interação se dá com eficiência no âmbito da comunicação educacional, quais desafios e o que se esperar dos aspectos de inovação na interação proporcionados pelo uso da tecnologia no ensino à distância.
A simples utilização de um espaço virtual para a postagem do material não é suficiente para haver o processo de ensino aprendizagem. É necessário que o professor ou tutor acompanhe e promova de forma efetiva a interação entre ele, o conhecimento, o aluno e a aprendizagem. 
Essa pesquisa está relacionada com a transformação que se dá na comunicação e interação entre alunos, professores ou tutores e a aprendizagem, principalmente por meio de novas tecnologias, onde aparelhos tecnológicos passaram a fazer parte do cotidiano das pessoas, facilitando a realização de tarefas. No campo educacional essa mudança passou a ser significativa quando se nota um grande aumento na modalidade de educação à distância.
Para Moreira e Kramer (2007, p. 1038):
A globalização tem afetado o modo de estruturar a educação escolar e de desenvolver o trabalho docente. Implicada nesse processo, que ocorre em todo o mundo, está a revolução científico tecnológica, cujos reflexos também se notam nas salas de aula. Para muitos gestores e professores, os desafios que se apresentam à escola precisam ser encarados pelo recurso às tecnologias da comunicação e da informação. 
As tecnologias já estão presentes em boa parte da educação presencial, mas é no ensino à distância que elas devem proporcionar um ambiente inovador. Essa inovação exige algumas considerações sobre a forma de melhor utilização do ambiente de aprendizagem e como os educadores deverão se adaptar na sua prática pedagógica para que essa se mostre eficaz e reflita em um modelo de educação de qualidade.
De acordo Moreira e Kramer (2007, p. 1038):
Qualidade na educação passa a corresponder ao emprego, nem sempre criativo e eficiente, de recursos tecnológicos que promoveriam a atratividade dos ensinamentos “oferecidos” aos alunos ou por eles apreendidos sem uma interferência significativa do/a professor/a.
Através dessas diretrizes construiu-se a presente pesquisa que revela a importância da adoção de novas técnicas de interação na pratica educativa como forma de garantir a eficácia no ensino. Aponta-se a educação à distância como tendência crescente em nossa sociedade, que tem sua base na utilização de novas tecnologias.
Essa nova realidade precisa ser conhecida, vivenciada e discutida criticamente pelos educadores. É preciso que todos os envolvidos possam ter a necessária compreensão do ensino mediado pelas novas tecnologias para saber melhor aproveitá-las em suas atividades rotineiras de ensino. 
Por fim, implica-se a utilização da subjetividade do discurso no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) como ferramenta de interação e competência linguística.
1 INTERAÇÃO NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA	
A educação a distância (EAD) é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, no qual professores e alunos estão separados no espaço e/ou tempo. Na EAD os espaços físicos são substituídos por espaços virtuais apresentados na forma de ambientes virtuais de aprendizagem, que fornecem ferramentas para mediar o processo educacional. A interatividade no desenvolvimento das atividades é um fenômeno importante, que precisa ser bem compreendido para que se possa propor práticas pedagógicas adequadas.
A educação e seu funcionamento sempre foi e ainda é um dos temas mais discutidos na sociedade e essa preocupação se dá em razão de se viabilizar novas formas de ensinar e ainda a busca pela qualidade no processo educacional. Inicialmente o professor dispunha de poucos recursos e ferramentas para ilustrar o que era debatido no processo de ensino aprendizagem.
	A interação entre o professor e o aluno é um ponto de muita importância no sucesso da educação à distância. A vivência do processo acadêmico deve acontecer também nesta modalidade de ensino. A conectividade interpessoal aluno-professor e aluno-aluno é de extrema importância.
	Os diálogos escritos que acontecem entre o professor e o aluno tendem a ser mais formais e estruturados do que os diálogos baseados na oralidade.
O professor juntamente com a equipe multidisciplinar deve iniciar pensando na dialogia do material didático. Mesmo sendo escrito em linguagem acadêmica, deve causar provocações no aluno, fazendo com que este aluno faça pesquisas na busca do efetivo conhecimento, sem perder a facilidade de entendimento. 
O processo de interação não consiste apenas na troca de e-mails entre professor e aluno, mas em todos os canais utilizados. Todos os elementos de aprendizagem da aula devem estar acessíveis ao aluno e provocar o processo de interação. 
A interação entre aluno-professor e aluno-aluno é um processo complexo que interfere significativamente no processo de aprendizagem, sobretudo, quando se espera que esta interação se dê de modo colaborativo e fortemente centrada no aluno. Esta interação é, portanto, um fenômeno que precisa ser bem compreendido. O aluno deve interagir de modo a contribuir para o entendimento mais aprofundado desse processo.
1.1 Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem
	Na sociedade da informação e do conhecimento, os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA’s) proporcionam umanova perspectiva do ensinar e do aprender. Esse redimensionamento está ligado às novas configurações de espaço e tempo. Assim, o conceito de ensinar, por consequência, toma novas proporções. Os papéis de professores e alunos tomam novos significados, ou seja: o aluno necessita de maior autonomia para aprender e o professor passa a ser um moderador e um facilitador no processo de ensino-aprendizagem.
	O processo educativo no AVA dependerá da interação entre alunos e professores, mas também do envolvimento do aluno nesse processo e de toda a estrutura pedagógica da instituição. Nesse sentido, de acordo com Pereira, Schmitt e Dias, os AVAs consistem,
em mídias que utilizam o ciberespaço para veicular conteúdo e permitir interação entre os atores do processo educativo. Porém a qualidade do processo educativo depende do envolvimento do aprendiz, da proposta pedagógica, dos materiais veiculados, da estrutura e qualidade de professores, tutores, monitores e equipe técnica, assim como das ferramentas e recursos tecnológicos utilizados no ambiente (PEREIRA, SCHMITT e DIAS, 2007, p.4).
	Cabe ao professor tutor planejar e propor atividades que proporcionem a aprendizagem significativa do aluno; disponibilizar materiais de apoio com o uso de múltiplas mídias e linguagens; atuar como mediador e orientador do aluno; incentivar a busca de fontes de informações e a realização de vivências e provocar a reflexão sobre a formação de conceitos. 
	Considerando a separação geográfica entre professor e alunos, a função do tutor no AVA seria o de orientar os alunos de acordo com as suas necessidades. Se o professor atua como um guia e um incentivador, isso implica em dizer que os alunos precisam assumir a responsabilidade pelo seu próprio processo de aprendizagem.
	Compreender a natureza do aprendizado do aluno é fundamental para entende-lo na sua atuação no AVA.O aluno não recebe a informação passivamente, pois ele interage diretamente com o conhecimento, mas ele não está sozinho nesse processo que é intermediado pelas tecnologias disponíveis e pelo professor tutor. Nesse sentido, tanto professor quanto alunos devem estar em interação mediados pelas interfaces disponíveis e que possibilitam uma comunicação interativa e colaborativa.
	Sendo assim, faz-se necessário que ele reúna uma série de características que promovam a sua autonomia no AVA. Por outro lado, a tecnologia seria uma aliada considerando a flexibilização de horários, atendimento personalizado e formas diferenciadas de avaliação. Nesses espaços e tempos inconstantes, o aluno tem a responsabilidade de organizar seus horários para realizar as atividades solicitadas durante o curso e participar de forma ativa nos momentos de interação.
	Para ser realmente provocado no ambiente virtual de aprendizagem é preciso que o professor crie, desenvolva e incentive os espaços de interação e aprendizado dos alunos. Com relação à essa mediação, podemos compreender que a interação professor-aluno-conteúdo, segundo Moore e Kearsley (2008, p.153) é:
O primeiro tipo de interação que o professor precisa facilitar é a que o aluno tem com a matéria que é apresentada para estudo. Essa interação do aluno com o conteúdo representa uma característica definidora da educação, que é um processo de aprendizado planejado de determinado conteúdo, auxiliado por um professor ou por professores.
	
	Sendo assim, é a interação com o conteúdo que resulta na compreensão do aluno. A participação nesse ambiente deve ser de convivência, de parceira e de ação comunicativa. É ter a certeza de que mesmo separado no tempo e espaço sempre haverá alguém com quem interagir, refletir e aprender. Em qualquer ferramenta de comunicação que o professor tenha utilizado, é necessário que o aluno participe e interaja com o professor e os demais alunos para que se sinta acadêmico e absorva os conteúdos necessários dos ambientes virtuais de aprendizagem.
1.2 O uso das tecnologias
Quando se fala no uso de novas tecnologias na educação, deve se observar os desafios e fatores que cercam esse processo, inicialmente releva-se a questão da compreensão da real importância da tecnologia na educação e como se dá a construção do conhecimento mediado por esses recursos.
A este respeito Silva (2001) afirma:
É preciso enfatizar que o essencial não é a tecnologia, mas um novo estilo de pedagogia sustentado por uma modalidade comunicacional que supõe interatividade, isto é, participação, cooperação, bidirecionalidade e multiplicidade de conexões entre informações e atores envolvidos. Mais do que nunca, o professor está desafiado a modificar sua comunicação em sala de aula e na educação (SILVA, 2001, p. 9).
Atualmente busca-se conceber uma educação pautada na descoberta, na inovação e assim o professor é colocado diante de desafios ao ter que estruturar sua prática pedagógica para que essa seja condizente com o novo perfil educacional contemporâneo.
De acordo com Gomes (2011, p. 9):
Mas apenas colocar o professor para utilizar a tecnologia não o faz gestor dos recursos. É necessário inserir a tecnologia na formação inicial do professor, é ali o caminho, no início de sua docência ele, o professor, adquire domínio das ferramentas e passa a aprimorar seus próprios conhecimentos.
Com a incorporação da tecnologia na educação, observa-se a necessidade de se apresentar os conteúdos de forma inovadora e de estimular o desejo pelo conhecimento através da utilização de aparelhos como computadores, tablets, data- shows entre outros tantos que compõem o conjunto de recursos tecnológicos a serviço da educação.
Com a presença da tecnologia nos ambientes de aprendizagem, surge a necessidade de repensar o modelo de construção de conhecimentos, que antes se tinha como suportes principais, o lápis, caderno e o quadro negro e agora se mostra imensamente amplo, de acordo com as inovações referentes ao trabalho dos educadores. 
2 SUBJETIVIDADE NA LINGUAGEM EM AVA	
	Quando se fala em subjetividade na linguagem deve-se perceber o compromisso do locutor com o seu enunciado, que deve deixar a sua marca, a sua presença naquilo que ele diz. 
	A subjetividade na linguagem, portanto, no sentido em que a entende a linguística da enunciação, não diz respeito à expressão dos sentimentos que o indivíduo experimenta, mas à capacidade de o locutor se propor como sujeito de seu enunciado, marcando-o, isto é, marcando sua presença nele.
	Podemos, então, dizer que não é só pelo uso da primeira pessoa que se manifesta a subjetividade da linguagem; na realidade, lançamos mão de muitos procedimentos para imprimir nossa marca no enunciado, seja explicitamente, seja implicitamente. Nas interações em AVA, é muito importante que o estudante sinta nossa presença e, nesse contexto, daí a necessidade de nos utilizarmos de estratégias que nos façam presentes nos nossos enunciados.
	Vale lembrar que quando interagimos por meio da linguagem, empregamos não apenas a competência linguística, que diz respeito ao conhecimento que temos do código, mas também outros conhecimentos. O conhecimento de mundo, por exemplo. Nossas interações são também orientadas pelas nossas determinações psicológicas. Assumimos sempre um posicionamento não apenas frente a nossos interlocutores, mas também frente àquilo que estamos dizendo, isto é, ao conteúdo de nossos enunciados.
	Assim, quando falamos ou escrevemos, escolhemos, selecionamos as palavras e as combinamos de acordo com nossas intenções. Essas escolhas são subjetivas, isto é, marcam nosso posicionamento frente a nossos interlocutores e frente ao conteúdo de nossos enunciados, isto é, estabelecem a subjetividade na linguagem. Por isso é que dizemos que sempre aparecem marcas de subjetividade naquilo que dizemos ou escrevemos.
	Como o conceito de subjetividade na linguagem diz respeito às escolhas linguísticas dos sujeitos ao produzirem seus enunciados, se tomarmos consciência das possibilidades que a língua nos oferece, podemos operar essas escolhas de forma mais consciente, a fim de garantir melhor nossos propósitos na interação.Em nossa atuação como profissionais que atuam em AVA, nossa intenção normalmente é a de estabelecer uma interação harmoniosa com os estudantes, sem, no entanto, deixar de marcar nosso posicionamento avaliativo em relação ao desempenho deles, quando for pertinente e até necessário.
	Podemos marcar nossos enunciados subjetivamente por meio da escolha de palavras, por meio de determinadas formas de organizar os enunciados e até por meio de recursos gráficos que as mídias digitais oferecem.
2.1 A escolha das palavras
		
Existem palavras que têm uma dose de subjetividade maior, por expressarem ou uma relação afetiva ou uma avaliação por parte do locutor.
Os adjetivos avaliativos trazem, para o objeto que eles determinam, um julgamento de valor positivo ou negativo; eles manifestam uma tomada de posição por parte do locutor, a favor ou contra o objeto.
Ao expressar uma avaliação positiva ou negativa a respeito de alguma atividade, marcamos subjetivamente os enunciados, por meio da escolha de adjetivos avaliativos. A avaliação instituída pelo adjetivo avaliativo pode ter caráter positivo. Normalmente, utilizamos os avaliativos positivos para elogiar e os negativos para criticar. Na interação em AVA, no entanto, precisamos, mesmo ao criticar, empregar avaliativos positivos, pois eles podem atenuar a crítica. Devemos considerar que, em AVA, como não estamos presentes fisicamente para desmanchar possíveis mal-entendidos gerados por críticas, precisamos atenuá-las para não ofender nossos interlocutores.
O verbo constitui uma das principais ferramentas para evidenciar nossa atitude frente aos fatos enunciados e nossas intenções diante de nossos interlocutores. Assim, a escolha dos verbos nos permite conferir forças diferenciadas a nossos enunciados.
Os advérbios também permitem marcar um posicionamento subjetivo do locutor. Além de determinarem o modo e a intensidade, os advérbios também podem determinar o grau de adesão do locutor ao conteúdo do enunciado.
Em AVA também é importante utilizarmos verbos subjetivos de valor positivo e além dos verbos subjetivos propriamente ditos, a categoria gramatical do verbo permite muitas formas de marcar a presença do locutor no seu enunciado. Entre elas, podemos citar o emprego do imperativo que, além de marcar que estamos considerando a presença de um interlocutor, nos permite enunciar com clareza as ações que devem ser tomadas pelos estudantes.
Outra forma de chamarmos a atenção de nossos interlocutores se dá por meio da utilização dos recursos gráficos que o computador oferece. Como exemplo, podemos citar o uso de aspas, que pode tanto assinalar que o trecho entre aspas corresponde a um discurso de outra pessoa, como para assinalar uma palavra considerada inadequada, evidenciando que o termo empregado entre aspas não é o melhor. 
Outro exemplo é o negrito, que chama a atenção do interlocutor, como se sinalizássemos para ele que consideramos importante determinada palavra ou expressão, constituindo, ao contrário das aspas, uma tomada de posição do produtor, aproximando-o desse conteúdo.
O desenvolvimento das tecnologias e o uso do computador ampliaram vastamente as possibilidades de uso de “recursos gráficos” na escrita corrente. O computador nos oferece enormes possibilidades para colocarmos em destaque algumas palavras em nossos textos.
Todos esses elementos são muito úteis nas interações verbais, especialmente em AVA, que nos impõe muitas situações nas quais devemos evitar ser categóricos.
Vimos, assim, que, na interação verbal em AVA, precisamos procurar utilizar a linguagem como instrumento de atenuação da distância imposta pela máquina. Fazer-se presente no enunciado constitui uma forma de marcar-se como locutor do enunciado e, ao mesmo tempo, invocar o outro como interlocutor.
Como pudemos notar, as marcas de subjetividade cumprem importante papel na interação verbal em AVA. Elas evidenciam um posicionamento do locutor, invocam a presença do interlocutor, inserindo-o no enunciado, instituindo o que chamamos de intersubjetividade. Em AVA, em que a máquina se interpõe entre os interlocutores, a subjetividade assume um papel fundamental. Por meio dela podemos minimizar a distância imposta pela máquina, criando uma sensação de proximidade entre nós e nossos interlocutores. Por isso, devemos utilizar marcas de subjetividade nos textos das ferramentas de interação em AVA, como aviso, orientações de estudos, mensagens de fóruns, e-mails e devolutivas de avaliação.
Quando se abre as portas da educação em busca de suporte no processo ensino, possibilita-se a melhoria e o desenvolvimento da pesquisa onde alunos e professores são envoltos num aspecto de inovação e compreensão possibilitando assim a consolidação do desenvolvimento educacional eficaz.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da presente pesquisa observou-se que a educação é um processo que está em constante renovação e as ideias de melhorias é foco de pesquisas que buscam formas de inovar as práticas que compõe esse processo, e a tecnologia tem se apresentado como colaboradora da educação contemporânea.
Ao buscar suporte na tecnologia os educadores estarão consolidando a tendência que rege a sociedade atual, que se baseia na utilização da tecnologia nos diversos campos da sociedade, como forma de garantir melhores resultados nos processos educacionais. Assim, a educação à distância tem se consolidado como tendência e encaminha-se a atrair cada vez mais o interesse dos alunos, isso devido ao fator inovação que essas propiciam o novo modo de se fazer educação.
Considerou-se também que não são as ferramentas que promoverão momentos de interação, mas os sujeitos que fizerem uso dessa tecnologia. A interação se dá pela mediação do professor ao incentivar os alunos e motivá-los para as discussões. A responsabilidade do aluno não se faz apenas com relação às suas atividades obrigatórias, mas em momentos de interação com o professor e com os demais alunos.
Em uma sala de aula virtual, em que a relação face a face não se estabelece e em que a comunicação acontece por meio da escrita, o uso de estratégias de natureza afetiva é fundamental para assegurar uma maior participação dos alunos no processo de aprendizagem e, assim, manter a interação entre os participantes. 
Dessa forma, é preciso, ainda, que o professor esteja sempre atento ao uso adequado da linguagem nesse contexto, visto que as atividades de ensino e aprendizagem se efetivam na interação pela linguagem, pois é nessa interação que o processo ensino e aprendizagem se concretiza de maneira eficaz.
Além disso, pode-se perceber que as marcas de subjetividade cumprem importante papel na interação verbal em AVA. Elas evidenciam um posicionamento do locutor, invocam a presença do interlocutor, inserindo-o no enunciado. Em AVA, em que a máquina se interpõe entre os interlocutores, a subjetividade assume um papel fundamental. Por meio dela podemos minimizar a distância imposta pela máquina, criando uma sensação de proximidade entre aluno e professor.
Referências	
GOMES, Luzane Francisca. Considerações sobre o uso das tecnologias na educação e o professor. Revista científica eletrônica de ciências sociais aplicadas da EDUVALE. Ano IV, Número 06, 2011.
MOORE, Michael; KEARSLEY, Greg. Educação a distância: uma visão integrada. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa. KRAMER, Sonia. Contemporaneidade, educação e tecnologia. Educ. Soc. vol.28, n.100, pp. 1038-1057. 2007.
PEREIRA, A. T. C.; SCHMITT, V.; DIAS, M. R. A. Ambientes virtuais de aprendizagem. In: PEREIRA, Alice T. Cybis (orgs). AVA – Ambientes Virtuais de Aprendizagem em Diferentes Contextos. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2007.
SILVA, Marco. Sala de Aula Interativa: a educação presencial e a distância em sintonia com a era digital e com a cidadania. In: Boletim Técnico do Senac, v. 27, n. 2, maio/agosto 2001.

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