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Saúde mental

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Rede de Atenção à Saúde Mental 
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – RAPS 
Segundo a Portaria nº 3.088/2011 são objetivos gerais da Rede de Atenção Psicossocial: 
• Ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral; 
• Promover o acesso das pessoas com transtornos mentais e com necessidades 
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e suas famílias aos pontos de 
atenção; 
• Garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no 
território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento 
contínuo e da atenção às urgências (BRASIL, 2013); 
• Promover cuidados em saúde especialmente para grupos mais vulneráveis (criança, 
adolescente, jovens, pessoas em situação de rua e populações indígenas); 
• Prevenir o consumo e a dependência de crack, álcool e outras drogas; 
• Reduzir danos provocados pelo consumo de crack, álcool e outras drogas; 
• Promover a reabilitação e a reinserção das pessoas com transtorno mental e com 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas na sociedade, por 
meio do acesso ao trabalho, renda e moradia solidária; 
• Promover mecanismos de formação permanente aos profissionais de saúde; 
• Desenvolver ações intersetoriais de prevenção e redução de danos em parceria com 
organizações governamentais e da sociedade civil; 
• Produzir e ofertar informações sobre direitos das pessoas, medidas de prevenção e 
cuidado e os serviços disponíveis na rede. 
Princípios para o cuidado na RAPS: 
• Respeito aos direitos humanos; 
• Cuidado em liberdade; 
• Combate a estigmas e preconceitos; 
• Cuidado integral; 
• Diversificação das estratégias de cuidado; 
• Promoção de autonomia; 
• Estratégias de redução de danos; 
• Controle social dos usuários e de seus familiares; 
• Estratégias de educação permanente; 
• Construção do projeto terapêutico singular. 
CAPS 
O que é CAPS? 
O centro de atenção psicossocial (CAPS) é um serviço comunitário: 
Com o papel cuidar de pessoas que sofrem com transtornos mentais, em especial os transtornos 
severos e persistentes, no seu território de abrangência. 
Deverão obedecer a alguns princípios básicos: 
• Acolhimento de 100% da demanda; 
• Garantir a presença de profissional responsável; 
• Ambiência terapêutica; 
• Ações dirigidas aos familiares e comprometer-se com a construção dos projetos de 
inserção social; 
• Gerenciamento de casos, personalizando o projeto. 
Quando surgem os CAPS: 
• Movimento social - trabalhadores de saúde mental melhoria da assistência 
denunciavam a situação precária dos hospitais psiquiátricos. 
• Consolidando como dispositivos eficazes na diminuição de internações e na mudança 
do modelo assistencial. 
Papel do CAPS: 
Os CAPS devem buscar constantemente, colocar -se no caminho da promoção da autonomia e 
dos direitos da pessoa. 
Função: 
• Tecer Construir o território de atenção; 
• A rede de cuidados; 
• Garantir o acesso e a equidade da pessoa com transtorno mental. 
Modalidade CAPS: 
Atendimento Não-Intensivo: oferecido quando a pessoa não precisa de suporte contínuo, 
podendo ser atendido até três dias no mês. 
- Esse atendimento também pode ser domiciliar. 
Atendimento Semi-Intensivo: nessa modalidade de atendimento, o usuário pode ser atendido 
até 12 dias no mês. 
- Essa modalidade é oferecida quando o sofrimento e a desestruturação psíquica da pessoa 
diminuíram, melhorando as possibilidades de relacionamento, mas a pessoa ainda necessita de 
atenção direta da equipe para se estruturar e recuperar sua autonomia. 
Atendimento Intensivo: atendimento diário com grave sofrimento psíquico, em situação de crise 
ou dificuldades intensas no convívio social e familiar, precisando de atenção contínua. 
Modelo proposto: 
• Esse serviço é uma substituição as internações em hospitais psiquiátricos; 
• Maior objetivo tratar a saúde mental de forma adequada; 
• Atendimento á população; 
• Acompanhamento clínico; 
• Promovendo a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho e ao lazer, a fim 
de fortalecer os laços familiares e comunitários. 
Modelo proposto – USUÁRIO: 
Se compromete a: 
• Cooperar com o tratamento; 
• Seguir as prescrições médicas; 
• Participar de oficinas culturais, Grupos terapêuticos; 
• Atividades esportivas; 
• Oficinas expressivas (dança, técnicas teatrais, pintura, argila, atividades musicais); 
• Oficinas geradora de renda (marcenaria, cerâmica, bijuterias, brechó, artesanato em 
geral); 
• Participar de oficinas de alfabetização o que possibilita exercitar a escrita e a leitura, 
como um recurso importante na (re)construção da cidadania; 
• Oferece atividade de suporte social, grupos de leitura e debate, que estimulam a 
criatividade, a autonomia, e a capacidade de estabelecer relações interpessoais 
impulsionando-os a inserção social. 
• As oficinas podem contar com a participação da família e da comunidade, que são muito 
importantes para o processo de reabilitação e reinserção das pessoas portadoras de 
transtorno mental, pois produzem um grande e variado conjunto de relações de troca, 
reforçando os laços sociais e afetivos e proporcionando maior inclusão social desses 
membros. 
Aceso e vínculo terapêutico: 
Para atendimento no CAPS, pode-se procurar diretamente esse serviço ou ser encaminhado pela 
Atenção Básica de Saúde ou por qualquer serviço de saúde. 
A pessoa também pode ir sozinha, mas também é levada pela família, devendo ser acolhida em 
seu sofrimento a fim de construir um vínculo terapêutico e de confiança entre o profissional e o 
indivíduo que procura o serviço. 
• Posteriormente traçar um Projeto Terapêutico Individual; 
• Construído de forma estratégica para atender as atividades de maior interesse; 
• Respeitando o contexto em que estão inseridos, e atendendo também as suas 
necessidades. 
Equipe: 
Equipe multiprofissional constituída de: 
• Psiquiatras; 
• Neurologistas; 
• Enfermeiros; 
• Nutricionistas; 
• Farmacêuticos; 
• Fonoaudiólogos; 
• Psicólogos; 
• Assistentes sociais; 
• Musicoterapeutas; 
• Terapeutas ocupacionais; 
• Fisioterapeutas; 
• Profissionais de Educação Física; 
• Técnicos de enfermagem; 
• Monitores e estagiários. 
Tipos de CAPS – 
CAPS I: 
Atende pessoas de todas as faixas etárias que apresentam prioritariamente intenso sofrimento 
psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles 
relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem 
estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida. Indicado para municípios ou regiões de 
saúde com população acima de quinze mil habitantes. 
• 1 médico psiquiatra ou médico com formação em saúde mental. 
• 1 enfermeiro. 
• 3 profissionais de nível superior de outras categorias profissionais: psicólogo, assistente 
social, terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto 
terapêutico. 
• 4 profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico 
administrativo, técnico educacional e artesão. 
CAPS II: 
Atende prioritariamente pessoas em intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos 
mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, 
e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de 
vida. Indicado para municípios ou regiões de saúde com população acima de setenta mil 
habitantes (BRASIL, 2011). 
• 1 médico psiquiatra. 
• 1 enfermeiro com formação em saúde mental. 
• 4 profissionais de nível superior de outras categorias profissionais: psicólogo, assistente 
social, terapeuta ocupacional, pedagogo, professor de educação física ou outro 
profissional necessário ao projeto terapêutico. 
• 6 profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico 
administrativo, técnico educacional e artesão. 
CAPS III: 
Atende prioritariamentepessoas em intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos 
mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, 
e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de 
vida. Proporciona serviços de atenção contínua, ofertando retaguarda clínica e acolhimento 
noturno a outros serviços de saúde mental, inclusive CAPS AD. Indicado para municípios ou 
regiões de saúde com população acima de cento e cinquenta mil habitantes. 
• 2 médicos psiquiatras. 
• 1 enfermeiro com formação em saúde mental. 
• 5 profissionais de nível superior de outras categorias profissionais: psicólogo, assistente 
social, terapeuta ocupacional, pedagogo, professor de educação física ou outro 
profissional necessário ao projeto terapêutico. 
• 8 profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico 
administrativo, técnico educacional e artesão. 
 
CAPS AD: 
Atende pessoas de todas as faixas etárias que apresentam intenso sofrimento psíquico 
decorrente do uso de crack, álcool e outras drogas. Indicado para municípios ou regiões de 
saúde com população acima de setenta mil habitantes (BRASIL, 2011). 
• 1 médico psiquiatra. 
• 1 enfermeiro com formação em saúde mental. 
• 1 médico clínico, responsável pela triagem, avaliação e acompanhamento das 
intercorrências clínicas. 
• 4 profissionais de nível superior entre as seguintes categorias profissionais: psicólogo, 
assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro profissional 
necessário ao projeto terapêutico. 
• 6 profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico 
administrativo, técnico educacional e artesão. 
CAPS AD III: 
- Atende adultos ou crianças e adolescentes. 
- Atende pessoas de todas as faixas etárias que apresentam intenso sofrimento psíquico 
decorrente do uso de crack, álcool e outras drogas. Proporciona serviços de atenção contínua, 
com funcionamento vinte e quatro horas, incluindo feriados e finais de semana, ofertando 
retaguarda clínica e acolhimento noturno. Indicado para municípios ou regiões com população 
acima de cento e cinquenta mil habitantes. 
CAPSi: 
Atende crianças e adolescentes que apresentam prioritariamente intenso sofrimento psíquico 
decorrente de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso 
de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços 
sociais e realizar projetos de vida. Indicado para municípios ou regiões com população acima de 
setenta mil habitantes (Brasil, 2011). 
• 1 médico psiquiatra, ou neurologista ou pediatra com formação em saúde mental. 
• 1 enfermeiro. 
• 4 profissionais de nível superior entre as seguintes categorias profissionais: psicólogo, 
assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, pedagogo ou 
outro profissional necessário ao projeto terapêutico. 
• 5 profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico 
administrativo, técnico educacional e artesão. 
Atividades terapêuticas no CAPS: 
• Psicoterapia individual ou em grupo; 
• Oficinas terapêuticas; 
• Atividades comunitárias; 
• Atividades artísticas; 
• Orientação e acompanhamento do uso de medicação; 
• Atendimento domiciliar e aos familiares. 
 
- Algumas dessas atividades são feitas em grupo, outras são individuais, outras destinadas às 
famílias, outras são comunitárias. 
Atendimento individual: prescrição de medicamentos, psicoterapia, orientação; 
Atendimento em grupo: 
• Oficinas: terapêuticas, expressivas, geradoras de renda, alfabetização e culturais; 
• Grupos terapêuticos, confecção de jornal; 
• Atividades; esportivas, suporte social, grupos de leitura e debate. 
Atendimento para a família: 
• Atendimento nuclear e a grupo de familiares; 
• Atendimento individualizado a familiares, visitas domiciliares; 
• Atividades de ensino, atividades de lazer com familiares. 
Atividades comunitárias: atividades desenvolvidas em conjunto com associações de bairro e 
outras instituições existentes na comunidade. 
• Atividades: festas comunitárias, caminhadas com grupos da comunidade, participação 
em eventos e grupos dos centros comunitários. 
Assembleias ou reuniões de organização do serviço: instrumento importante para o efetivo 
funcionamento dos CAPS como um lugar de convivência. 
- Preferencialmente semanal, que reúne técnicos, usuários, familiares e outros convidados. 
- Discutem-se os problemas e sugestões sobre a convivência, as atividades e a organização do 
CAPS. 
OFICINAS TERAPÊUTICAS 
O que são oficinas terapêuticas? 
• As oficinas terapêuticas são uma das principais formas de tratamento oferecido nos 
CAPS. 
• Os CAPS têm, frequentemente, mais de um tipo de oficina terapêutica. 
• Essas oficinas são atividades realizadas em grupo com a presença e orientação de um 
ou mais profissionais, monitores e/ou estagiários. 
Oficinas expressivas: 
• Espaços de expressão plástica (pintura, argila, desenho etc.); 
• Expressão corporal (dança, ginástica e técnicas teatrais); 
• Expressão verbal (poesia, contos, leitura e redação de textos, de peças teatrais e de 
letras de música); 
• Expressão musical (atividades musicais), fotografia, teatro. 
Oficinas de alfabetização: contribui para que os usuários que não tiveram acesso ou que não 
puderam permanecer na escola possam exercitar a escrita e a leitura, como um recurs o 
importante na (re)construção da cidadania. 
Oficinas geradoras de renda: servem como instrumento de geração de renda através do 
aprendizado de uma atividade específica, que pode ser igual ou diferente da profissão do 
usuário. 
As oficinas geradoras de renda podem ser de: culinária, marcenaria, costura, fotocópias, venda 
de livros, fabricação de velas, artesanato em geral, cerâmica, bijuterias, brechó, etc. 
SERVIÇOS RESIDENCIAIS TERAPÊUTICO – SRT 
O Serviço Residencial Terapêutico (SRT) - ou residência terapêutica ou simplesmente "moradia" 
- são casas localizadas no espaço urbano, constituídas para responder às necessidades de 
moradia de pessoas portadoras de transtornos mentais graves, institucionalizadas ou não. 
O número de usuários pode variar desde 1 indivíduo até um pequeno grupo de no máximo 8 
pessoas, que deverão contar sempre com suporte profissional sensível às demandas e 
necessidades de cada um. 
O suporte de caráter interdisciplinar (seja o CAPS de referência, seja uma equipe da atenção 
básica, sejam outros profissionais) deverá considerar a singularidade de cada um dos 
moradores, e não apenas projetos e ações baseadas no coletivo de moradores. 
O acompanhamento a um morador deve prosseguir, mesmo que ele mude de endereço ou 
eventualmente seja hospitalizado. O processo de reabilitação psicossocial deve buscar de modo 
especial a inserção do usuário na rede de serviços, organizações e relações sociais da 
comunidade. Ou seja, a inserção em um SRT é o início de um longo processo de reabilitação que 
deverá buscar a progressiva inclusão social do morador. 
• Dispositivo essencial para o processo de desinstitucionalização; 
• Devem estar localizadas no espaço urbano e atender às características de uma moradia; 
• Acompanhamento de um cuidador para apoiar os moradores no resgate da autonomia; 
• Custeio por re-alocação de AIHs. 
PROGRAMA DE VOLTA PARA CASA 
Tem por objetivo garantir a assistência, o acompanhamento e a integração social, fora da 
unidade hospitalar, de pessoas acometidas de transtornos mentais, com história de longa 
internação psiquiátrica. É parte integrante deste Programa o auxílio-reabilitação, com valor 
pago ao próprio beneficiário durante um ano, podendo ser renovado, caso necessário. 
Pode ser beneficiária do Programa qualquer pessoa com transtorno mental que tenha passado 
2 ou + anos internada, ininterruptamente. Em instituições psiquiátricas e aquela que moraem 
residência terapêutica ou que tenha vivido em hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico 
(manicômio judiciários) pelo mesmo período. 
• Estratégia potencializadora da emancipação dos usuários; 
• É fruto de reinvindicação histórica do movimento da Reforma Psiquiátrica; 
• Foi criado pela Lei Federal 10.708 em 2003; 
• Auxílio-reabilitação psicossocial de R$ 412,00 mensais, pago diretamente aos 
beneficiários. 
• Duração de um ano, renovável; 
• Suspenso quando ocorrer internação em hospital psiquiátrico ou quando sejam 
alcançados os objetivos de autonomia do usuário. 
• Será necessário que a pessoa incluída no Programa esteja de alta hospitalar, sendo 
atendida por um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) ou outro serviço de saúde do 
município onde passará a residir. 
• Os beneficiários deverão ser acompanhados por uma equipe de profissionais 
encarregada de prover e garantir a atenção psicossocial e apoiá-lo em sua integração ao 
ambiente familiar e social. 
Desafios do programa de volta para casa: 
• Garantia de documentação à população egressa de internações (dificuldade de 
identificação e registro); 
• Resistência de profissionais tanto da saúde como da Justiça em aceitar a saída e os 
direitos dos pacientes. 
• Melhor compreensão por parte dos profissionais do potencial do programa/dificuldade 
de manejo desta “nova situação” legal, social e de vida do usuário. 
• Uso desnecessário da interdição judicial para recebimento do auxílio - cultura da 
tutela/curatela. 
• Crítica à noção de “incapacidade” de inserção produtiva do usuário. 
PROGRAMA DE ATENÇÃO A ÁLCOOL E OUTRAS DROGRAS 
- Prevê a constituição de uma rede que articule os CAPSad e os leitos para internação em 
hospitais gerais (para desintoxicação e outros tratamentos). 
- Esses serviços devem trabalhar com a lógica da redução de danos como eixo central ao 
atendimento aos usuários/dependentes de álcool e outras drogas. 
- O tratamento deve estar pautado na realidade de cada caso, o que não quer dizer abstinência 
para todos os casos. 
GERAÇÃO DE RENDA E ECONOMIA SOLIDÁRIA 
• A política de inclusão social pelo trabalho e geração de renda é intersetorial e 
interministerial. 
• A lógica que fundamenta esta política é da economia solidária baseada nas iniciativas 
de autogestão, trabalho coletivo e solidário. 
HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS 
• A política de Saúde Mental tem como uma ou mais de suas principais diretrizes a 
reestruturação da assistência hospitalar psiquiátrica; 
• Objetivando a redução contínua e programada de leitos em hospitais psiquiátricos; 
• Com a garantia da assistência desses pacientes na rede de atenção extra-hospitalar, 
buscando sua reinserção no convívio social. 
Leitos em hospitais gerais: 
• Necessidade de ampliação destes serviços; 
• Superação da resistência entre os profissionais; 
• Deve estar articulado à rede de saúde mental; 
• A rede deve se oferecer como suporte e para compartilhamento de casos; 
• Necessidade de revisão da normatização e financiamento. 
REDUÇÃO DE DANOS 
“Em saúde pública Redução de Danos consiste em medidas que visam prevenir ou reduzir as 
consequências negativas a saúde, associadas a certos comportamentos.” - OMS 
“Redução de Danos orienta a execução de ações para a prevenção das consequências danosas 
a saúde que decorrem do uso de drogas, sem necessariamente intervir na oferta ou no consumo. 
O princípio fundamental que as orienta é o respeito da liberdade de escolha, uma vez que muitos 
usuários, muitas vezes, não conseguem ou não querem deixar de usar drogas.” Manual de 
Redução de Danos – MS 
Exemplos: 
• Não dirigir sob efeito de álcool; 
• Não compartilhar seringas para o uso de drogas injetáveis, cachimbos; 
• Diminuição do número de cigarros; 
• Não levar bebidas em garrafas de vidro para eventos ou espaços públicos; 
• Usar protetor solar; 
• Realizar coleta seletiva de lixo para diminuir danos ao ecossistema. 
PROGRAMA DE ATENÇÃO A RECAÍDAS 
Objetivos: 
• Aquisição de habilidades para lidar com situações de risco; 
• Modificação de estilo de vida; 
• Autonomia; 
• Fazer com que o sujeito possa refletir sobre sua vida; 
• Voltar a ter o controle da mesma; Trabalho com metas e objetivos de vida. 
Dentro do programa trabalha-se: 
• Abstinência; 
• Redução de danos; 
• Uso controlado. 
AÇÕES DE SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA 
Devem ser organizadas a partir da constituição de núcleos de atenção integral na saúde da 
família. 
Essas equipes deverão dar suporte técnico (supervisão, atendimento em conjunto e 
atendimento específico, além de participarem das iniciativas de capacitação) às equipes 
responsáveis pelo desenvolvimento de ações básicas de saúde para a população (PSF e ACS). 
CONSULTÓRIO NA RUA 
Objetivo geral: 
Construir e implementar uma política pública intersecretarial e intersetorial alinhada às 
necessidades específicas da população em situação de rua visando acolher o indivíduo na sua 
integralidade. 
 
Objetivos Específicos: 
- Abordar, acolher e inserir no sistema Único de Saúde pessoas em situação de rua e alta 
vulnerabilidade, visando promoção, prevenção, tratamento e recuperação e manutenção da 
saúde. 
- Atuar frente aos diferentes problemas e necessidades de saúde da população em situação de 
rua, inclusive na busca ativa e cuidado aos usuários de álcool, crack e outras drogas. 
Diretrizes: 
• Componente da Atenção Básica na rede de atenção psicossocial; 
• Composição multiprofissional que lida com os diferentes problemas e necessidades de 
saúde da população em situação de rua; 
• Ações compartilhadas e integradas às UBS, CAPS e dos Serviços de Urgência e 
Emergência e outros pontos de atenção; 
• Ações integradas com UBS e CAPS na busca ativa e cuidado aos usuários de álcool, crack 
e outras drogas. 
- Os Consultórios na Rua são formados por equipes multiprofissionais e prestam atenção integral 
à saúde de uma referida população em situação de rua “in locu”. 
- As atividades serão realizadas de forma itinerante e deverão utilizar as instalações das UBS do 
território desenvolvendo ações em parceria com as equipes das UBS. 
Profissionais que compõe as equipes: 
• Enfermeiro; 
• Psicólogo; 
• Assistente Social; 
• Médico; 
• Técnico ou auxiliar de enfermagem; 
• Dentista; 
• Auxiliares em Saúde Bucal. 
Ações das equipes: 
• Atua in loco através da abordagem realizando o vínculo necessário para o 
desenvolvimento de ações em saúde e demais necessidades sociais. 
• Equipe Multidisciplinar amplia a visão e o entendimento do indivíduo de forma integral. 
Atuação das equipes: 
• São vinculadas a uma UBS onde são realizados procedimentos, consultas e 
encaminhamentos. 
• Os encaminhamentos são realizados de acordo com as necessidades de cada indivíduo. 
• Projeto Terapêutico Singular. 
• Se apropria do território e forma redes de apoio com os vários equipamentos sociais da 
região. 
• Atua dentro de um território definido, mas pode ser itinerante indo atrás do usuário que 
no momento encontra-se momento em outro local. 
• O foco do Consultório na Rua não é voltado apenas a dependentes químicos. 
• Atenção a toda a população de rua, fazendo consultas, curativos, atividades coletivas e 
encaminhando as pessoas para serem atendidas em outros serviços sociais e de saúde. 
Esquema estrutural: 
• Consultório de Rua - Equipe itinerante com foco no atendimento à saúde mental Saúde 
Mental. 
• Proposta de Estratégia Saúde da Família com equipes específicas para atenção integral 
à saúde da população em situação de rua ESF Sem Domicílio. 
• Consultório de Rua - Equipe itinerante para atenção integral à saúde da população em 
situação de rua Atenção Básica. 
INTERVIDAS 
• O InterVidas é um programa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), realizado com o 
apoio da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), e executado pelo 
PróCidadania. 
• O InterVidasacontece dentro de um ônibus itinerante que comporta uma equipe 
multidisciplinar que atende moradores em situação de rua e usuários de álcool, drogas 
e outras substâncias. 
• Eles são convidados a participar de atividades que envolvem música, esporte, leitura e 
artes circenses, objetivando a ressocialização, a reinserção e o vínculo. 
• O programa acontece cinco vezes por semana, das 18h às 22h, em praças da cidade. 
• Ao criar vínculo com essas pessoas, os profissionais da saúde passam a orientá-las sobre 
redução de danos e sensibilizá-las para que sejam encaminhados a outros 
equipamentos da prefeitura, como abrigos, Centros de Atenção Psicossocial (Caps), 
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Centros de Referência Especializados de 
Assistência Social (CREAS), reforçando um trabalho intersetorial entre várias secretarias. 
CENTRO DE REFERÊNCIA – POP 
- Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua. 
- A Central de Resgate Social presta atendimento especializado para famílias e pessoas adultas 
que se encontram em situação de rua, no município de Curitiba. 
- O atendimento abrange abordagem de rua, cuidados de higiene e alimentação, albergagem, 
atendimento de saúde, triagem (para identificar o que precisa), investigação social (cadastro e 
entrevista) e encaminhamentos necessários para a rede de proteção social. 
- O serviço de albergues é prestado por unidades conveniadas com a FAS, e a Central faz os 
encaminhamentos conforme gênero e vagas disponíveis. 
- Solicitações de atendimento ou emergência são realizadas pelo Fone 156. Horário: segunda -
feira a domingo, 24 horas (sem interrupção). 
REDE DE ATENÇÃO 
Rede de Atenção à Urgência e Emergência: SAMU 192, UPA 24 horas, Salas de Estabilização, 
Portas Hospitalares de Atenção às Urgências/Pronto Socorro em hospital geral. 
Ações na Atenção Básica à Saúde: 
As ações de Saúde Mental na ABS podem ser organizadas por meio dos Núcleos de Apoio à 
Saúde da Família (NASF), cujas equipes devem contar com pelo menos um profissional de saúde 
mental, para realizar as ações de matriciamento que visam potencializar as ESF. 
Centro de Atenção Psicossocial: 
Os CAPS são instituições destinadas a acolher os pacientes com transtornos mentais, estimular 
sua integração social e familiar, apoiá-los em suas iniciativas de busca da autonomia, oferecer-
lhes atendimento médico e psicológico. (BRASIL, 2004c). Sua característica principal é buscar 
integrá-los a um ambiente social e cultural concreto, designado como seu “território”, o espaço 
da cidade onde se desenvolve a vida quotidiana de usuários e familiares. 
Serviço Residencial Terapêutico (SRT): 
O SRT ou residência terapêutica são casas localizadas no espaço urbano, constituídas para 
responder às necessidades de moradia de pessoas portadoras de transtornos mentais graves, 
institucionalizadas ou não (PORTAL DA SAÚDE, 2016). O número de usuários pode variar desde 
uma até no máximo oito pessoas, que deverão contar sempre com suporte profissional sensível 
às demandas e necessidades de cada um (BRASIL, 2004d). O processo de reabilitação 
psicossocial deve buscar de modo especial a inserção do usuário na rede de serviços, 
organizações e relações sociais da comunidade (BRASIL, 2013). 
Leitos em hospitais gerais: 
O hospital geral é constituinte da rede de serviços substitutos criados pelas políticas públicas e 
esse seria um método de garantir a desinstitucionalização, não modificando os vínculos dos 
usuários com seus familiares e comunidade. A internação em hospitais gerais se dá quando o 
tratamento ambulatorial não consegue conter o paciente. 
Programa de Atenção ao Álcool e Outras Drogas: 
A política de atenção a álcool e outras drogas prevê a constituição de uma rede que articule os 
CAPS-AD e os leitos para internação em hospitais gerais (para desintoxicação e outros 
tratamentos). Esses serviços devem trabalhar com a lógica da redução de danos, como eixo 
central ao atendimento aos usuários/ dependentes de álcool e outras drogas. Os principais 
objetivos dos Serviços Hospitalares de Referência para Álcool e outras Drogas são o atendimento 
de casos de urgência/emergência relacionados a álcool e outras drogas (síndrome de 
abstinência alcoólica, overdose etc.) e a redução de internações de alcoolistas e dependentes 
de outras drogas em hospitais psiquiátricos.

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