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Enfermagem_em_Saude_Mental_E-book_Thaysa_Vianna-1

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Prévia do material em texto

APRESENTAÇÃO 
Olá, tudo bem?  
Aqui é a ​Thaysa Vianna ​, professora do ​Estratégia Concursos ​.  
Você que se prepara para concursos públicos na área de Enfermagem, preparei um material                           
muito bacana e bem completo sobre ​Saúde Mental​.  
A ideia é que você possa com este conteúdo conhecer os tópicos mais importantes, treinar o seu                                 
conhecimento e é claro, ficar mais próximo da sua ​aprovação ​! 
Neste e-book gratuito além da ​abordagem teórica​, temos diversas ​questões comentadas que                       
com certeza serão fundamentais para consolidar seu aprendizado. 
Falando um pouco sobre mim, sou ​Graduada em Enfermagem ​, ​Pós Graduada em Oncologia,                         
Mestre em Educação Profissional em Saúde​ e atualmente me preparo para o ​Doutorado ​.  
Em relação aos concursos, obtive aprovações para atuar em serviços de saúde de ​Prefeituras,                           
Estatais​ e ​Militares. ​ Atualmente, sou servidora pública vinculada ao ​Ministério da Educação ​. 
A minha maior ​dificuldade​, nesta ​trajetória de “concurseira” de enfermagem, foi ​não encontrar o                           
material adequado​, ou seja, ​com foco no que realmente era cobrado nos concursos. Imagine só,                             
eu estudando TODOS aqueles manuais imensos do Ministério da Saúde!  
Pensando nisso, a ​metodologia que aplicaremos ​ será focada em ​objetividade ​ e ​muito treino ​. 
Vamos​ ​“massificar” ​ ​o conteúdo com​ foco total ​naquilo que é ​mais exigido ​.  
Espero que goste! 
Abraços e bons estudos! 
Prof. Thaysa Vianna - ​Instagram: ​ @profthaysavianna 
Atenção à saúde Mental 3
Rede de Atenção Psicossocial 6
Proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais 18
Diretrizes e normas para os estabelecimentos assistenciais 21
Centro de Atenção Psicossocial (Portaria nº 336/2002 e Resolução nº 32/2017) 30
Redução de danos 41
Transtorno de Ansiedade Generalizada 43
Transtornos Fóbicos 44
Depressão 47
Trantorno Afetivo Bipolar 49
Questões Comentadas - Saúde Mental 52
Lista de Questões Saúde Mental 69
Gabarito 82
A​TENÇÃO​ ​À​ ​SAÚDE​ M​ENTAL 
Galera, o primeiro ponto que eu gostaria de abordar sobre saúde mental é a respeito do modelo                                 
de assistência, visto que, os cuidados e o planejamento das ações em saúde mental modificaram                             
bastante nos últimos anos.  
Nas décadas anteriores a 1980, a atenção em saúde mental esteve focada no modelo                           
hospitalocêntrico/manicomial ​, mantendo as práticas de atenção excludentes e estigmatizantes,                 
onde os indivíduos eram ​excluídos do convívio familiar e social ​. 
Ao longo dos anos, através do ​Movimento Social da Luta Antimanicomial e da Reforma                           
Psiquiátrica ​(um projeto coletivamente produzido de mudança do modelo de atenção e de                         
gestão do cuidado) a ​saúde mental brasileira mudou ​. 
Esta mudança começou por volta de 1980 onde iniciaram a ​desinstitucionalização de moradores                         
de manicômios criando serviços de atenção psicossocial para realizar a ​(re)inserção de usuários                         
em seus territórios existenciais.  
A reforma sanitária e a reforma psiquiátrica são parte de um Brasil que escolheu                           
garantir a todos os seus cidadãos o direito à saúde. Não é por acaso que, tanto                               
no campo da Atenção Básica quanto da ​Saúde Mental, saúde e cidadania são                         
indissociáveis 
Os hospitais ​psiquiátricos foram fechados ​à medida que se expandiam ​serviços diversificados de                         
cuidado tanto longitudinal quanto intensivo ​ para os períodos de crise.  
Entre os equipamentos alternativos ao modelo manicomial podemos citar os ​Centros de Atenção                         
Psicossocial (Caps), os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência                     
(Cecos), as Enfermarias de Saúde Mental em hospitais gerais, as oficinas de geração de renda,                             
entre outros.  
Quanto à ​legislação​ alguns marcos são importantes para os nossos estudos: 
Pessoal, devemos saber que a ​Política de Saúde Mental é estruturada por meio da ​Rede de                               
Atenção Psicossocial (RAPS), que conta com diversos pontos de atenção para acolhimento e                         
tratamento de pessoas com transtornos mentais e usuárias de álcool e/ou  drogas. E busca                           
consolidar um modelo de atenção aberto e de base comunitária.  
A proposta é garantir a livre circulação das pessoas com problemas mentais pelos                         
serviços, pela comunidade e pela cidade​. 
A ​Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) estabelece os ​pontos de atenção para o atendimento de                             
pessoas com problemas mentais, incluindo os efeitos nocivos do uso de crack, álcool e outras                             
drogas.  
A Rede é composta por serviços e equipamentos variados, tais como: ​os Centros de Atenção                             
Psicossocial(CAPS); os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT); os Centros de Convivência e                     
Cultura, as Unidade de Acolhimento (UAs), e os leitos de atenção integral (em Hospitais Gerais,                             
nos CAPS III).  
 
Além disso, faz parte dessa política o programa de ​Volta para Casa​, que oferece                           
bolsas para pacientes egressos de longas internações em hospitais psiquiátricos. 
Vamos praticar com uma questão? 
 
1-( ​IESES ​ /Prefeitura de São José - SC- 2019) “A Política Nacional de Saúde Mental busca                         
consolidar um modelo de atenção aberto e de base comunitária. A proposta é garantir a livre                               
circulação das pessoas com problemas mentais pelos serviços, pela comunidade e pela cidade. A                           
Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) estabelece os pontos de atenção para o atendimento de                           
pessoas com problemas mentais, incluindo os efeitos nocivos do uso de crack, álcool e outras                             
drogas. A Rede integra o Sistema Único de Saúde (SUS).” 
A RAPS é composta por serviços e equipamentos variados, dos quais NÃO faz parte: 
a) Unidades de Acolhimento (UAs). 
b) Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). 
c) Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT). 
d) Farmácia Popular. 
Comentários  
A ​alternativa D ​está incorreta. Como vimos não faz parte da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)                               
a farmácia popular. 
 
O estudo mais aprofundado sobre a Rede de Atenção Psicossocial é impostantíssimo para os 
nossos concursos. Vamos lá? 
Rede de Atenção Psicossocial  
A ​Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011 institui a Rede de Atenção Psicossocial para                                 
pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack,                           
álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
As ​diretrizes ​para o funcionamento da Rede de Atenção Psicossocial (art 2°) são: 
I - ​respeito aos direitos humanos​, garantindo a autonomia e a liberdade das pessoas; 
II - ​promoção da equidade​, reconhecendo os determinantes sociais da saúde; 
III - ​combate a estigmas e preconceitos​; 
 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ieses
IV - ​garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência                             
multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar; 
V - ​atenção humanizada​ e centrada nas necessidades das pessoas; 
VI - ​diversificação das estratégias de cuidado​; 
VII - desenvolvimento de atividades no território, que favoreça a inclusão social com vistas à promoção de                                 
autonomiae ao exercício da cidadania; 
VIII - ​desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos​; 
IX - ​ênfase em serviços de base territorial e comunitária​, com participação e controle social dos usuários e de                                     
seus familiares; 
X - ​organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada​, com estabelecimento de ações                               
intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado; 
XI - ​promoção de estratégias de educação permanente​; e 
XII - ​desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com transtornos mentais e com necessidades                             
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, tendo como eixo central a construção do ​projeto                                 
terapêutico singular. 
 
Um projeto terapêutico é um ​plano de ação compartilhado composto por um                       
conjunto de intervenções que seguem uma intencionalidade de cuidado integral                   
à pessoa ​. Neste projeto, tratar das doenças não é menos importante, mas é                         
apenas uma das ações que visam ao cuidado integral.  
Esse plano deve ser ​elaborado com o usuário​, a partir de uma primeira análise do                             
profissional sobre as múltiplas dimensões do sujeito.  
O projeto terapêutico singular deve ser composto por quatro momentos: “​o                     
diagnóstico ​”, com olhar sobre as dimensões orgânica, psicológica, social e o                     
contexto singular em estudo; “ ​a definição de metas​”, dispostas em uma linha de                         
tempo, incluindo a negociação das propostas de intervenção com o sujeito                     
doente; “​a divisão de responsabilidades e tarefas​” entre os membros da equipe                       
e “ ​a reavaliação ​”, na qual se concretiza a gestão do Projeto Terapêutico Singular,                         
através de avaliação e correção de trajetórias já realizadas. 
Atualmente o Projeto Terapêutico Singular (PTS) é o ​principal instrumento                   
de trabalho interdisciplinar dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), e               
possibilita a participação, reinserção e construção de autonomia para o usuário /                     
família em sofrimento psíquico.  
Voltando à Portaria nº 3.088/2011... 
Segundo o Art. 3º São ​objetivos gerais​ da Rede de Atenção Psicossocial: 
I - ​ampliar o acesso​ à atenção psicossocial da população em geral; 
II - ​promover o acesso das pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de                                 
crack, álcool e outras drogas e suas famílias aos pontos de atenção; e 
III - ​garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no território, qualificando                                   
o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da atenção às urgências. 
 
Já os ​objetivos específicos ​ da Rede de Atenção Psicossocial (art 4°) são: 
I - ​promover cuidados em saúde especialmente para grupos mais vulneráveis (criança, adolescente, jovens,                           
pessoas em situação de rua e populações indígenas); 
II - ​prevenir o consumo e a dependência de crack, álcool e outras drogas​; 
III - ​reduzir danos​ provocados pelo consumo de crack, álcool e outras drogas; 
IV - ​promover a reabilitação e a reinserção das pessoas com transtorno mental e com necessidades                               
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas na sociedade, por meio do acesso ao trabalho, renda e                                     
moradia solidária; 
 
 
V - ​promover mecanismos de formação permanente aos profissionais de saúde​; 
VI - ​desenvolver ações intersetoriais de prevenção e ​redução de danos em parceria com organizações                             
governamentais e da sociedade civil; 
VII - ​produzir e ofertar informações sobre direitos das pessoas​, medidas de prevenção e cuidado e os                                 
serviços disponíveis na rede; 
VIII ​- regular e organizar as demandas e os fluxos assistenciais da Rede de Atenção Psicossocial​; e 
IX - ​monitorar e avaliar a qualidade dos serviços por meio de indicadores de efetividade e resolutividade da                                   
atenção. 
A Rede de Atenção Psicossocial é constituída pelos seguintes ​componentes​: 
Componentes  Pontos de Atuação 
Atenção básica em saúde 
a) Unidade Básica de Saúde; 
b) equipe de atenção básica para populações 
específicas:  
I- Equipe de Consultório na Rua;  
II- Equipe de apoio aos serviços do 
componente Atenção Residencial de Caráter 
Transitório; 
c) Centros de Convivência; 
Atenção psicossocial 
especializada 
a) Centros de Atenção Psicossocial, nas suas 
diferentes modalidades; 
Atenção de urgência e 
emergência 
a) SAMU 192; 
b) Sala de Estabilização; 
c) UPA 24 horas; 
d) portas hospitalares de atenção à 
urgência/pronto socorro; 
e) Unidades Básicas de Saúde, entre outros; 
Atenção residencial de caráter 
transitório 
a) Unidade de Recolhimento; 
b) Serviços de Atenção em Regime Residencial 
Atenção hospitalar 
a) enfermaria especializada em Hospital Geral; 
b) serviço Hospitalar de Referência para Atenção às 
pessoas com sofrimento ou transtorno mental e 
com necessidades decorrentes do uso de crack, 
álcool e outras drogas; 
Estratégias de 
desinstitucionalização  a) Serviços Residenciais Terapêuticos  
Reabilitação psicossocial   
Falaremos agora sobre os pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial... 
Na atenção básica em saúde estão incluídos os seguintes serviços: 
I - ​Unidade Básica de Saúde ​: serviço de saúde constituído por equipe multiprofissional                         
responsável por um conjunto de ações de saúde, de âmbito individual e coletivo, que abrange a                               
promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a                             
reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver a                               
 
 
atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos                           
determinantes e condicionantes de saúde das coletividades; 
II - Equipes de Atenção Básica para ​populações em situações específicas ​: 
a) Equipe de Consultório na Rua ​: equipe constituída por profissionais que atuam de                         
forma itinerante, ofertando ações e cuidados de saúde para a população em                       
situação de rua, considerando suas diferentes necessidades de saúde, sendo                   
responsabilidade dessa equipe, no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial, ofertar                     
cuidados em saúde mental, para: 
1. ​pessoas em situação de rua em geral​; 
2. ​pessoas com transtornos mentais​; 
3. ​usuários de crack, álcool e outras drogas ​, incluindo ações de                     
redução de danos, em parceria com equipes de outros pontos de                     
atenção da rede de saúde, como Unidades Básicas de Saúde, Centros                     
de Atenção Psicossocial, Prontos-Socorros, entre outros; 
b) equipe de apoio aos serviços do componente Atenção Residencial de Caráter                       
Transitório: oferece suporte clínico e apoio a esses pontos de atenção,                     
coordenando o cuidado e prestando serviços de atenção à saúde de forma                       
longitudinal e articulada com os outros pontos de atenção da rede; e 
III - Centro de Convivência: é unidade pública, articulada às Redes de Atenção à Saúde, em                               
especial à Rede de Atenção Psicossocial, onde são oferecidos à população em geral espaços de                             
sociabilidade, produção e intervenção na cultura e na cidade. 
 
A ​Unidade Básica de Saúde tem a responsabilidade de ​desenvolver ações de                       
promoção de saúde mental, prevenção e cuidado dostranstornos mentais, ações                     
de redução de danos ​e cuidado para pessoas com necessidades decorrentes do                       
uso de crack, álcool e outras drogas, compartilhadas, sempre que necessário,                     
com os demais pontos da rede. 
O ​Núcleo de Apoio à Saúde da Família ​, vinculado à Unidade Básica de Saúde, é                             
constituído por ​profissionais de saúde de diferentes áreas de conhecimento​, que                     
atuam de maneira integrada, sendo responsáveis por apoiar as Equipes de Saúde                       
da Família, as Equipes de Atenção Básica para populações específicas e equipes                       
da academia da saúde, ​atuando diretamente no apoio matricial e, quando                     
necessário, no cuidado compartilhado junto às equipes da(s) unidade(s) na(s)                   
qual(is) o Núcleo de Apoio à Saúde da Família está vinculado, ​incluindo o suporte                           
ao manejo de situações relacionadas ao sofrimento ou transtorno mental e aos                       
problemas relacionados ao uso de crack, álcool e outras drogas ​. 
Quando necessário, a ​Equipe de Consultório na Rua​, ​poderá utilizar as instalações das Unidades                           
Básicas de Saúde ​do território. 
Os ​Centros de Convivência são estratégicos para a inclusão social das pessoas com transtornos                           
mentais e pessoas que fazem uso de crack, álcool e outras drogas, por meio da construção de                                 
espaços de convívio e sustentação das diferenças na comunidade e em variados espaços da                           
cidade. 
Como vimos, o ponto de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção psicossocial                           
especializada é o Centro de Atenção Psicossocial. 
 
 
O Centro de Atenção Psicossocial é constituído por ​equipe multiprofissional que atua sob a ótica                             
interdisciplinar ​e realiza atendimento às ​pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e                         
às pessoas com necessidades decorrentes ​do uso de crack, álcool e outras drogas, em sua área                               
territorial, em regime de tratamento ​intensivo, semi-intensivo, e não intensivo​. 
As atividades no Centro de Atenção Psicossocial são realizadas prioritariamente em espaços                       
coletivos (grupos, assembleias de usuários, reunião diária de equipe), de forma articulada com os                           
outros pontos de atenção da rede de saúde e das demais redes. 
O ​cuidado ​, no âmbito do Centro de Atenção Psicossocial,é desenvolvido por intermédio de                         
Projeto Terapêutico Individual ​, envolvendo em sua construção a ​equipe, o usuário e sua família​,                           
e a ordenação do cuidado estará sob a responsabilidade do Centro de Atenção Psicossocial ou                             
da Atenção Básica, garantindo permanente processo de cogestão e acompanhamento                   
longitudinal do caso. 
Os Centros de Atenção Psicossocial estão ​organizados nas seguintes modalidades: ​(falaremos                     
com maiores detalhes em portaria específica). 
 
CAPS I: 
Atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e 
também com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras 
drogas de todas as faixas etárias; indicado para Municípios com 
população acima de vinte mil habitantes. 
CAPS II: 
Atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e também 
com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas de 
todas as faixas etárias; indicado para Municípios com população acima de 
vinte mil habitantes; 
CAPS III: 
Atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes. 
Proporciona serviços de atenção contínua, com funcionamento vinte e 
quatro horas, incluindo feriados e finais de semana, ofertando retaguarda 
clínica e acolhimento noturno a outros serviços de saúde mental, inclusive 
CAPS Ad, indicado para Municípios ou regiões com população acima de 
duzentos mil habitantes; 
CAPS 
AD 
Atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas do 
Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades decorrentes do uso 
de crack, álcool e outras drogas. Serviço de saúde mental aberto e de 
caráter comunitário, indicado para Municípios ou regiões com população 
acima de setenta mil habitantes; 
CAPS 
AD III: 
Atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas do 
Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades de cuidados 
clínicos contínuos. Serviço com no máximo doze leitos leitos para 
observação e monitoramento, de funcionamento 24 horas, incluindo 
feriados e finais de semana; indicado para Municípios ou regiões com 
população acima de duzentos mil habitantes 
CAPS i: 
Atende crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e 
persistentes e os que fazem uso de crack, álcool e outras drogas. Serviço 
aberto e de caráter comunitário indicado para municípios ou regiões com 
população acima de cento e cinquenta mil habitantes. 
 
 
São pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção de ​urgência e emergência o                               
SAMU 192, Sala de Estabilização, UPA 24 horas, as portas hospitalares de atenção à                           
urgência/pronto socorro, Unidades Básicas de Saúde, ​ entre outros 
Os pontos de atenção de urgência e emergência são responsáveis, em seu âmbito de atuação,                             
pelo ​acolhimento, classificação de risco e cuidado nas situações de urgência e emergência das                           
pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack,                           
álcool e outras drogas. 
Os pontos de atenção da ​Rede de Atenção Psicossocial na atenção de urgência e emergência                             
deverão se articular com os Centros de Atenção Psicossocial, ​os quais realizam o acolhimento e                             
o cuidado das pessoas em fase aguda do transtorno mental, seja ele decorrente ou não do uso                                 
de crack, álcool e outras drogas, devendo nas situações que necessitem de internação ou de                             
serviços residenciais de caráter transitório, articular e coordenar o cuidado. 
São pontos de atenção na Rede de Atenção Psicossocial na ​atenção residencial de caráter                           
transitório ​ os seguintes serviços: 
I - ​Unidade de Acolhimento ​: oferece cuidados contínuos de saúde, com funcionamento de vinte                           
e quatro horas, em ambiente residencial, para pessoas com necessidade decorrentes do uso de                           
crack, álcool e outras drogas, de ambos os sexos, que apresentem acentuada vulnerabilidade                         
social e/ou familiar e demandem acompanhamento terapêutico e protetivo de caráter transitório                       
cujo tempo de permanência é de até seis meses; e 
II - ​Serviços de Atenção em Regime Residencial​, entre os quais Comunidades Terapêuticas:                         
serviço de saúde destinado a oferecer cuidados contínuos de saúde, de caráter residencial                         
transitório por até nove meses para adultos com necessidades clínicas estáveis decorrentes do                         
uso de crack, álcool e outras drogas. 
 
O ​acolhimento na Unidade de Acolhimento será definido exclusivamente pela                   
equipe do ​Centro de Atenção Psicossocial de referência que será responsável                     
pela elaboração do projeto terapêutico singular do usuário​, considerando a                   
hierarquização do cuidado, priorizando a atenção em serviços comunitários de                   
saúde. 
As ​Unidades de Acolhimento​ estão organizadas nas seguintes modalidades: 
I - ​Unidade de Acolhimento Adulto ​, destinadosa pessoas que fazem uso do crack, álcool e                               
outras drogas, maiores de dezoito anos; e 
II - ​Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil​, destinadas a adolescentes e jovens (de doze até                           
dezoito anos completos). 
São pontos de atenção na Rede de Atenção Psicossocial na ​atenção hospitalar ​os seguintes                           
serviços: 
I - ​enfermaria especializada para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com                             
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em Hospital Geral, ​oferece                           
tratamento hospitalar para casos graves relacionados aos transtornos mentais e ao uso de álcool,                           
crack e outras drogas ​, em especial de abstinências e intoxicações severas; 
II - ​serviço Hospitalar de Referência para Atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno                           
mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas oferece suporte                             
hospitalar, por meio de ​internações de curta duração, para usuários de álcool e/ou outras                           
drogas ​, em situações assistenciais que evidenciarem indicativos de ocorrência de comorbidades                     
de ordem clínica e/ou psíquica, sempre respeitadas as determinações da Lei nº 10.216, de 6 de                               
 
 
abril de 2001, e sempre acolhendo os pacientes em regime de curtíssima ou curta permanência.                             
Funciona em regime integral, durante vinte e quatro horas diárias, nos sete dias da semana, sem                               
interrupção da continuidade entre os turnos. 
 
O cuidado ofertado no âmbito da enfermaria especializada em Hospital Geral                     
deve estar articulado com o Projeto Terapêutico Individual desenvolvido pelo                   
serviço de referência do usuário e a internação deve ser de curta duração até a                             
estabilidade clínica. 
O acesso aos leitos na enfermaria especializada em Hospital Geral deve ser regulado com base                             
em ​critérios clínicos e de gestão por intermédio do Centro de Atenção Psicossocial de referência                             
e, no caso do usuário acessar a Rede por meio deste ponto de atenção, deve ser providenciado                                 
sua vinculação e referência a um Centro de Atenção Psicossocial, que assumirá o caso. 
A equipe que atua em enfermaria especializada em saúde mental de Hospital Geral deve ter                             
garantida composição multidisciplinar e modo de funcionamento interdisciplinar. 
São pontos de atenção na Rede de Atenção Psicossocial nas ​Estratégias de                       
Desinstitucionalização os Serviços Residenciais Terapêuticos que são ​moradias inseridas na                   
comunidade, destinadas a acolher pessoas egressas de internação de longa permanência ( ​dois                       
anos ou mais ininterruptos​), egressas de hospitais psiquiátricos e hospitais de custódia, entre                         
outros. 
O componente Estratégias de Desinstitucionalização é constituído ​por iniciativas que visam a                       
garantir às pessoas com transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack,                           
álcool e outras drogas, em situação de internação de longa permanência​, o cuidado integral por                             
meio de estratégias substitutivas, na perspectiva da garantia de direitos com a promoção de                           
autonomia e o exercício de cidadania ​, buscando sua progressiva inclusão social​. 
 
O hospital psiquiátrico pode ser acionado para o cuidado das pessoas com                       
transtorno mental nas regiões de saúde enquanto o processo de implantação e                       
expansão da Rede de Atenção Psicossocial ainda não se apresenta suficiente,                     
devendo estas regiões de saúde priorizar a expansão e qualificação dos pontos                       
de atenção da Rede de Atenção Psicossocial para dar continuidade ao processo                       
de substituição dos leitos em hospitais psiquiátricos. 
O ​Programa de Volta para Casa ​, enquanto estratégia de desinstitucionalização, é uma política                         
pública de inclusão social que visa contribuir e fortalecer o processo de desinstitucionalização,                         
instituída pela Lei nº 10.708, de 31 de julho de 2003, que ​provê auxílio reabilitação para pessoas                                 
com transtorno mental egressas de internação de longa permanência (acima de 2 anos)​. 
O componente “ ​Reabilitação Psicossocial” da Rede de Atenção Psicossocial é composto por                       
iniciativas ​de geração de trabalho e renda/empreendimentos solidários/cooperativas sociais​. 
As ações de ​caráter intersetorial destinadas à reabilitação psicossocial, por meio da ​inclusão                         
produtiva, formação e qualificação para o trabalho de pessoas com transtorno mental ou com                           
 
 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas em iniciativas de geração de                             
trabalho e renda/empreendimentos solidários/ cooperativas sociais. 
As iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos solidários/cooperativas sociais                   
devem ​articular sistematicamente as redes de saúde e de economia solidária com os recursos                           
disponíveis no território para ​garantir a melhoria das condições concretas de vida​, ampliação da                           
autonomia, contratualidade e inclusão social de usuários da rede e seus familiares. 
A operacionalização da ​implantação da Rede de Atenção Psicossocial se dará pela execução de                           
quatro fases: 
Fase I - ​Desenho Regional da Rede de Atenção Psicossocial: 
a) realização pelo Colegiado de Gestão Regional (CGR) e pelo Colegiado de Gestão da Secretaria de Estado                                 
de Saúde do Distrito Federal (CGSES/DF), com o apoio da SES, de análise da situação de saúde das pessoas                                     
com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras                               
drogas, com dados primários, incluindo dados demográficos e epidemiológicos, dimensionamento da                     
demanda assistencial, dimensionamento da oferta assistencial e análise da situação da regulação, da                         
avaliação e do controle, da vigilância epidemiológica, do apoio diagnóstico, do transporte e da auditoria e                               
do controle externo, entre outros; 
b) pactuação do Desenho da Rede de Atenção Psicossocial no CGR e no CGSES/DF; 
c) elaboração da proposta de Plano de Ação Regional, pactuado no CGR e no CGSES/DF, com a                                 
programação da atenção à saúde das pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades                             
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, incluindo as atribuições, as responsabilidades e o                               
aporte de recursos necessários pela União, pelo Estado, pelo Distrito Federal e pelos Municípios envolvidos;                             
na sequencia, serão elaborados os Planos de Ação Municipais dos Municípios integrantes do CGR; 
d) estímulo à instituição do Fórum Rede de Atenção Psicossocial que tem como finalidade a construção de                                 
espaços coletivos plurais, heterogêneos e múltiplos para participação cidadã na construção de um novo                           
modelo de atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do                             
uso de crack,álcool e outras drogas, mediante o acompanhamento e contribuiçãona implementação da                           
Rede de Atenção Psicossocial na Região; 
II - Fase II - ​adesão e diagnóstico​: 
a) apresentação da Rede de Atenção Psicossocial no Estado, Distrito Federal e nos Municípios; 
b) apresentação e análise da matriz diagnóstica, conforme o Anexo I a esta Portaria, na Comissão                               
Intergestores Bipartite (CIB), no CGSES/DF e no CGR; 
c) homologação da região inicial de implementação da Rede de Atenção Psicossocial na CIB e CGSES/DF; 
d) instituição de Grupo Condutor Estadual da Rede de Atenção Psicossocial, formado pela SES, Conselho                             
Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e apoio institucional do Ministério da Saúde, que                             
terá como atribuições: 
1. mobilizar os dirigentes políticos do SUS em cada fase; 
2. apoiar a organização dos processos de trabalho voltados a implantação/implementação da rede; 
3. identificar e apoiar a solução de possíveis pontos críticos em cada fase; 
4. monitorar e avaliar o processo de implantação/implementação da rede; 
e) contratualização dos Pontos de Atenção; 
f) qualificação dos componentes; 
III - Fase 3 - ​Contratualização dos Pontos de Atenção ​: 
a) elaboração do desenho da Rede de Atenção Psicossocial; 
b) contratualização pela União, pelo Estado, pelo Distrito Federal ou pelo Município dos pontos de atenção                               
da Rede de Atenção Psicossocial observadas as responsabilidades definidas para cada componente da                         
Rede; 
c) instituição do Grupo Condutor Municipal em cada Município que compõe o CGR, com apoio institucional                               
da SES; 
IV - Fase 4 - ​Qualificação dos componentes​: 
a) realização das ações de atenção à saúde definidas para cada componente da Rede, previstas nos arts. 6°                                   
ao 12 desta Portaria; e 
b) cumprimento das metas relacionadas às ações de atenção à saúde, que deverão ser definidas na matriz                                 
diagnóstica para cada componente da Rede serão acompanhadas de acordo com o Plano de Ação Regional                               
e dos Planos de Ações Municipais. 
Para operacionalização da Rede de Atenção Psicossocial cabe: 
 
 
 
 
Atenção!  
Vale acrescentar que em ​Nota Técnica N° 11/2019​.o Ministério da Saúde                     
informou que: 
Todos os Serviços, que compõem a RAPS, são igualmente importantes e devem                       
ser incentivados, ampliados e fortalecidos. ​Não sendo mais considerados alguns                   
Serviços como sendo substitutos de outros​, não fomentando mais fechamento                   
de unidades de qualquer natureza.  
Portanto, a Rede deve ser harmônica e complementar. “Assim​, não há mais                       
porque se falar em “rede substitutiva”, já que, nenhum Serviço substitui outro​. O                         
país necessita de mais e diversificados tipos de Serviços para a oferta de                         
tratamento adequado aos pacientes e seus familiares”. 
Vamos praticar com uma questão? 
 
2-(COMPERVE / SESAP-RN - 2018) A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) se destina a pessoas                             
com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e                             
outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Dentre as diretrizes da RAPS, encontram                             
-se: 
a) desenvolvimento da lógica do cuidado tendo como eixo a construção do projeto terapêutico                           
singular; regionalização do atendimento às urgências. 
 
 
b) diversificação das estratégias de cuidado; ampliação do acesso e acolhimento aos casos                         
agudos contemplando a classificação de risco. 
c) promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde; desenvolvimento                     
de estratégias de redução de danos. 
d) desenvolvimento de estratégias de redução de danos; ampliação do acesso e acolhimento aos                           
casos agudos contemplando a classificação de risco. 
Comentários: 
As ​diretrizes ​ da Rede de Atenção Psicossocial são: 
Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia, a liberdade e o exercício da cidadania. 
Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde. 
Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência                         
multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar. 
Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, diversificando as estratégias de cuidado,                         
com participação e controle social dos usuários e de seus familiares. 
Organização dos serviços em RAS regionalizada, com estabelecimento de ações intersetoriais                     
para garantir a integralidade do cuidado. 
Desenvolvimento da lógica do cuidado centrado nas necessidades das pessoas com transtornos                       
mentais, incluídos os decorrentes do uso de substâncias psicoativas. 
Gabarito: ​Alternativa C 
Tudo certo até aqui? Abordaremos agora a lei 10216/2001, todos prontos? 
Proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos                 
mentais  
Concurseiros, ​a lei 10216/2001​, assegura os ​direitos e a proteção das pessoas acometidas de                           
transtorno mental, sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação                         
sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de                         
gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra​. 
Para os nossos estudos é fundamental sabermos que: ​são direitos da pessoa portadora de                           
transtorno mental: 
I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades; 
II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar                                   
sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade; 
III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração; 
IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas; 
V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua                                   
hospitalização involuntária; 
VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis; 
VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento; 
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis; 
IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental. 
A lei garante que é de ​responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde                             
mental, a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais ​,                             
com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimento                             
de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência em                         
saúde aos portadores de transtornos mentais. 
 
 
A ​internação ​, em qualquer de suas modalidades, ​só será indicada quando os recursos                           
extra-hospitalares se mostrarem insuficientes ​e o ​tratamento visará, como finalidade permanente,                     
a ​reinserção social do paciente em seu meio ​. 
O tratamento em regime de ​internação ​será estruturado de forma a oferecer assistência integral à                             
pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo ​serviços médicos, de assistência social,                     
psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros. 
 
É ​vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em                     
instituições com características asilares​. 
E a internaçãopsiquiátrica somente será realizada mediante ​laudo médico                   
circunstanciado que caracterize os seus motivos. 
São considerados os seguintes ​tipos de internação​ psiquiátrica: 
 
A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve assinar, no                           
momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento e ​término                             
da internação voluntária dar-se-á por ​solicitação escrita do paciente ou por determinação do                         
médico assistente. 
 
A internação psiquiátrica ​involuntária ​deverá, no ​prazo de setenta e duas horas ​,                       
ser comunicada ao ​Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do                   
estabelecimento no qual tenha ocorrido ​, devendo esse mesmo procedimento ser                   
adotado quando da respectiva alta. 
O ​término da internação involuntária dar-se-á por solicitação ​escrita do familiar, ou responsável                         
legal, ​ou quando estabelecido pelo especialista responsável pelo tratamento. 
A ​internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz                         
competente, que levará em conta as ​condições de segurança do estabelecimento, quanto à                         
salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários. 
 
 
 
Evasão, transferência, acidente, intercorrência clínica grave e falecimento serão                 
comunicados pela direção do estabelecimento de saúde mental aos familiares,                   
ou ao representante legal do paciente, bem como à autoridade sanitária                     
responsável, no prazo máximo de ​vinte e quatro horas da data da ocorrência ​. 
Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos ​não poderão ser realizadas sem o                         
consentimento expresso do paciente, ou de seu representante legal​, e sem a devida                         
comunicação aos conselhos profissionais competentes e ao Conselho Nacional de Saúde. 
Vamos praticar com mais uma questão? 
 
3-( ​UFU-MG ​ / ​UFU-MG ​- 2018) Sobre a internação psiquiátrica, é correto afirmar que a legislação                       
prevê que 
a) a internação involuntária é aquela determinada pela Justiça. 
b) a internação somente pode ser realizada mediante pedido de médico psiquiatra ou de                           
psicólogo. 
c) o término da internação compulsória dar-se-á por solicitação escrita do familiar, do responsável                           
legal ou do especialista responsável pelo tratamento. 
d) o término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do paciente ou por                           
determinação do médico assistente. 
Comentários 
A ​alternativa A ​está incorreta. A internação involuntária é aquela que se dá sem o consentimento                               
do usuário e a pedido de terceiro.  
A ​alternativa B ​está incorreta. Não, a internação pode ocorrer a pedido da justiça, de terceiros ou                                 
por pedido do paciente. 
A ​alternativa C ​está incorreta. O témino da internação INVOLUNTÁRIA dar-se-á por solicitação                         
escrita do familiar, do responsável legal ou do especialista responsável pelo tratamento. 
A ​alternativa D ​está correta. O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do                             
paciente ou por determinação do médico assistente. 
 
Vamos adiante! Falaremos a respeito da Portaria n. º 224, de 29 de janeiro de 1992. Todos 
prontos? 
Diretrizes e normas para os estabelecimentos assistenciais 
A Portaria ​n. º 224, de 29 de janeiro de 1992​, estabelece as diretrizes e normas para os                                   
estabelecimentos assistenciais em saúde mental.  
Tendo como ​diretrizes ​: 
✔ Organização de serviços baseada nos princípios de universalidade, hierarquização, regionalização e                     
integralidade das ações​; 
✔ Diversidade de métodos e técnicas terapêuticas nos vários níveis de complexidade assistencial; 
✔ Garantia da continuidade da atenção nos vários níveis; 
 
 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ufu-mg
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/ufu-mg
✔ Multiprofissionalidade na prestação de serviços​; 
✔ Ênfase na participação social desde a formulação das políticas de saúde mental até o controle de sua                                 
execução; 
✔ Definição dos órgãos gestores locais como responsáveis pela complementação da presente portaria                       
normativa e pelo controle e avaliação dos serviços prestados. 
Segundo a portaria, as normas para o atendimento AMBULATORIAL são: 
1) ​Unidade básica, centro de saúde e ambulatório 
O atendimento em saúde mental prestado em nível ambulatorial compreende um conjunto                       
diversificado de atividades desenvolvidas nas unidades básicas/centro de saúde e/ou                   
ambulatórios especializados, ligados ou não a policlínicas, unidades mistas ou hospitais. 
Os critérios de hierarquização e regionalização da rede, bem como a definição da                         
população-referência de cada unidade assistencial serão estabelecidas pelo órgão gestor local. 
A atenção aos pacientes nestas unidades de saúde deverá incluir as seguintes ​atividades                         
desenvolvidas por equipes multiprofissionais:  
 
Das atividades acima mencionadas, as seguintes poderão ser executadas por ​profissionais de                       
nível médio: 
- ​atendimento em grupo ​ (orientação, sala de espera); 
- ​visita domiciliar​; 
- ​atividades comunitárias​. 
A equipe técnica de saúde mental para atuação nas unidades básicas/centros de saúde deverá                           
ser definida ​segundo critérios do órgão gestor local​, podendo contar com equipe composta por                           
profissionais especializados (médico psiquiatra, psicólogo e assistente social) ou com equipe                     
integrada ​por outros profissionais​ (médico generalista, enfermeiro, auxiliares, agentes de saúde) 
No ​ambulatório especializado​, a equipe multiprossional deverá ser ​composta por diferentes                     
categorias de profissionais especializados (médico psiquiatra, médico clínico, psicólogo,                 
enfermeiro, assistente social, terapeuta ocupacional, fonaudiólogo, neurologista e pessoal                 
auxiliar), cuja composição e atribuições serão definidas pelo órgão gestor local. 
2. ​Núcleos/centros de atenção psicossocial (NAPS/CAPS)​: 
Os NAPS/CAPS são unidades de saúde locais/regionalizadas que contam com uma ​população                       
adscrita ​definida pelo nível local e que oferecem atendimento de cuidados intermediários entre o                           
regime ambulatorial a internação hospitalar, ​em um ou dois turnos de 4 horas, por equipe                             
multiprofissional. 
Os NAPS/CAPS podem constituir-se também em porta de entrada da rede de serviços para as                             
ações relativas à saúde mental, considerando sua característica de unidade de saúde local                         
regionalizada. Atendem também a ​pacientes referenciados de outros serviços de saúde​, dos                       
serviços de urgência psiquiátrica ou egressos de internação hospitalar​. Deverão estar integrados                       
a uma rede descentralizada e hierarquizada de cuidados em saúde mental. 
 
 
São unidades assistenciais que ​podem funcionar 24 horas por dia​, durante os sete dias da                             
semana ou durante os ​cinco dias úteis, das 8 às 18 horas​, segundo definições do órgão gestor                                 
local. Devem contar com leitos para repouso eventual. 
A assistência ao paciente no ​NAPS/CAPS​ inclui as seguintes atividades: 
 
 
Os pacientes que freqüentam o ​serviço por4 horas (um turno) terão direito a                           
duas refeições ​; os que freqüentarem por um ​período de 8 horas (dois turnos)                         
terão direito a ​três refeições. 
A ​equipe técnica mínima para atuação no NAPS/CAPS, para o atendimento a ​30 pacientes por                             
turno de 4 horas ​, deve ser composta por: 
- ​1 médico psiquiatra; 
- ​1 enfermeiro ​; 
- ​4 outros profissionais de nível superior (psicólogo, assistente social, terapeuta                     
ocupacional e/ou outro profissional necessário a realização dos trabalhos); 
- ​profissionais de níveis médio e elementar necessários ao desenvolvimento das                     
atividades. 
Para fins de ​financiamento pelo SAI/SUS, o sistema remunerará o atendimento de ​até 15                           
pacientes em ​regime de 2 turnos (8 horas por dia) e ​mais 15 pacientes por turno de ​4 horas​. Em                                       
cada unidade assistencial. 
3.    ​Normas para o atendimento hospitalar  
1) ​Hospital-dia 
A instituição do hospital-dia na assistência em saúde mental representa um ​recurso intermediário                         
entre a internação e o ambulatório​, que desenvolve programas de atenção e cuidados intensivos                           
por equipe multiprofissional, visando substituir a internação integral. A proposta técnica deve                       
abranger um conjunto diversificado de atividades desenvolvidas ​em até 5 dias da semana (de                           
segunda-feira a sexta-feira), com uma ​carga horária de 8 horas diárias​ para cada paciente. 
O hospital-dia deve situar-se em ​área específica ​, independente da estrutura hospitalar, contando                       
com ​salas para trabalho em grupo, salas de refeições, área externa para atividades ao ar livre e                                 
leitos para repouso eventual. Recomenda-se que o serviço do hospital-dia seja regionalizado,                       
atendendo a uma população de uma área geográfica definida, facilitando o acesso do paciente á                             
 
 
unidade assistencial. Deverá estar ​integrada a uma rede descentralizada e hierarquizada de                       
cuidados de saúde mental. 
A assistência ao paciente em regime de ​hospital-dia ​ incluirá as seguintes ​atividades​: 
 
 
 
Os pacientes em regime hospital-dia terão direito a ​três refeições ​: café da                       
manhã, almoço e lanche ou jantar. 
A ​equipe mínima ​, por ​turno de 4 horas​, para ​30 pacientes-dia ​ , deve ser composta por: 
- 1 ​médico psiquiatra ​; 
- ​1 enfermeiro; 
- ​4 outros profissionais de nível superior (psicólogo, enfermeiro, assistente social,                     
terapeuta ocupacional e/ou outro profissional necessário à realização dos trabalhos); 
- ​profissionais de níveis médio e elementar necessários ao desenvolvimento das                     
atividades. 
Os procedimentos realizados no hospital - dia serão ​remunerados por AIH-1 para o ​máximo de                             
30 pacientes -dia ​. As diárias serão pagas por ​5 dias úteis por semana​, pelo máximo de ​45 dias                                   
corridos. 
Nos municípios cuja proporção de leitos psiquiátricos supere a relação de um ​leito para 3.000                             
habitantes ​, o credenciamento de vagas em hospital - dia estará ​condicionado à redução de igual                             
número de leitos contratados em hospital psiquiátrico especializado, segundo critérios definidos                     
pelos órgão gestores estaduais e municipais. 
2. ​Serviço de urgência psiquiátrica em hospital-geral 
Os serviços de urgência psiquiátrica em prontos-socorros gerais funcionam diariamente durante                     
24 horas e contam com o apoio de leitos de internação ​para até 72 horas ​, com equipe                                 
multiprofissional. 
O atendimento resolutivo e com qualidade dos casos de urgência tem por objetivo ​evitar a                             
internação hospitalar, permitindo que o paciente retorne ao convívio social, em ​curto período de                           
tempo. 
Os serviços de urgência psiquiátrica devem ser regionalizados, atendendo a uma população                       
residente em ​determinada área geográfica ​. 
Estes serviços devem oferecer, de acordo com a necessidade de cada paciente, as seguintes                           
atividades ​: 
 
 
 
 
Após a alta, tanto no pronto atendimento quanto na internação de urgência, o                         
paciente deverá, quando indicado, ser referenciado a um ​serviço extra-hospitalar                   
regionalizado ​, favorecendo assim a continuidade do tratamento próximo à sua                   
residência. Em caso de necessidade de continuidade da internação, deve-se                   
considerar os seguintes recursos assistenciais: ​hospital-dia, hospital-geral e               
hospital especializado. 
No que se refere aos ​recursos humanos ​, o serviço de urgência psiquiátrica deve ter a seguinte                               
equipe técnica mínima; período diurno (serviço até 10 leitos para internações breves): 
- ​1 médico psiquiatra ou 1 médico clínico e 1 psicólogo ​; 
- ​1 assistente social​; 
- ​1 enfermeiro ​; 
- ​profissionais de níveis médio e elementar necessários ao desenvolvimento das                     
atividades. 
3. ​Leito ou unidade psiquiátrica em hospital-geral 
Pessoal, o estabelecimento de leitos/unidades psiquiátricas em hospital geral objetiva ​oferecer                     
uma retaguarda hospitalar para os casos em que a internação se faça necessária​, ​após esgotadas                             
todas as possibilidades de atendimento em ​unidades extra-hospitalares e de urgência ​. Durante o                         
período de internação, a assistência ao cliente será desenvolvida por equipes multiprofissionais. 
O número de leitos psiquiátricos em hospital geral ​não deverá ultrapassar 10% da capacidade                           
instalada do hospital, até um ​máximo de 30 leitos​. Deverão, além dos ​espaços próprios de um                               
hospital geral, ser destinadas ​salas para trabalho em grupo (terapias, grupo operativo, dentre                         
outros). Os pacientes ​deverão utilizar área externa do hospital para lazer, educação física e                           
atividades socioterápicas. 
Estes serviços devem oferecer, de acordo com a necessidade de cada paciente, as seguintes                           
atividades: 
 
 
 
A equipe técnica mínima para um ​conjunto de 30 leitos​, no período diurno, deve ser composta                               
por: 
- ​1 médico psiquiatra ou 1 médico clínico e 1 psicólogo; 
- ​1 enfermeiro ​; 
- ​2 profissionais de nível superior ​ (psicólogo, assistente social e/ou terapeuta ocupacional); 
- ​profissionais de níveis médio e eleme ​ntar necessários ao desenvolvimento das                     
atividades. 
4. ​Hospital especializado em psiquiatria 
Concurseiros, Hospital psiquiátrico é aquele cuja ​maioria de leitos se destine ao tratamento                         
especializado de ​clientela psiquiátrica ​ em ​regime de internação ​. 
Estes serviços devem oferecer, de acordo com a necessidade de cada paciente, as seguintes                           
atividades ​: 
 
Para garantir condições físicas adequadas ao atendimento de clientela psiquiátrica internada,                     
deverão ser observados os parâmetros das ​normas específicas referentes à área de engenharia e                           
arquitetura em vigor, expedidas pelo Ministério da Saúde. 
O hospital psiquiátrico especializado deverá destinar uma enfermaria para intercorrências clínicas,                     
com um mínimo de ​6m²/leito e número de leitos igual a ​1/50 do total do hospital, com ​camas                                   
Fowler, oxigênio, aspirador de secreção, vaporizador, nebulizadore bandeja ou carro de parada,                         
e ainda: 
- ​sala de curativo ​ou, na inexistência desta, ​01 carro de curativos para cada 3 postos de                                 
enfermagem ou fração; 
- ​área externa para deambulação e/ou esportes​, igual ou superior à área construída. 
O hospital psiquiátrico especializado deverá ter ​sala(s) de estar, jogos ​, etc., com um mínimo de                             
40 metros quadrados, com 20 metros quadrados para cada 100 leitos a mais ou fração, com                               
televisão e música ambiente nas salas de estar. 
Qoanto a equipe, os hospitais psiquiátricos especializados deverão contar com no mínimo : 
- ​1 médico plantonista nas 24 horas​; 
- ​1 enfermeiro das 7 às 19 hora ​s, para cada 240 leitos; 
E ainda: 
- ​para cada 40 pacientes ​, com 20 horas de assistência semanal distribuídas no mínimo em 4 dias,                                 
um médico psiquiatra e um enfermeiro ​; 
- ​para cada 60 pacientes ​, com 20 horas de assistência semanal distribuídas no mínimo em 4 dias,                                 
os seguintes profissionais: 
- ​1 assistente social​; 
- ​1 terapeuta ocupacional; 
- ​2 auxiliares de enfermagem ​; 
- ​1 psicólogo​; 
E ainda: 
 
 
- ​1 clínico geral ​para cada ​120 pacientes​; 
- ​1 nutricionista e 1 farmacêutico​. 
O psiquiatra plantonista poderá também compor uma das equipes básicas, como                     
psiquiatra-assistente, desde que, além de seu horário de plantonista, cumpra 15 horas semanais                         
em pelo menos três outros dias da semana. 
 
Atenção! 
- É ​proibida ​ a existência de ​espaços restritivos​ (celas fortes); 
- Deve ser resguardada a ​inviolabilidade da correspondência dos pacientes                   
internados; 
- Deve haver ​registro adequado dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos                   
efetuados nos pacientes; 
 
4-(Quadrix/  CFP- 2018) O Ministério da Saúde estabeleceu, na Portaria n.º 251/GM, as diretrizes                         
e normas para a assistência hospitalar psiquiátrica. Com relação a esse tema, julgue os próximos                             
itens. 
I Define como hospital psiquiátrico aquele cuja maioria de leitos se destine ao tratamento                           
especializado de clientela psiquiátrica em regime de internação. 
II Exige a obrigatoriedade do registro periódico, em prontuário, dos procedimentos diagnósticos                       
e terapêuticos. 
III Proíbe a existência de espaços restritivos (cela forte). 
Assinale a alternativa correta. 
a) Todos os itens estão certos. 
b) Apenas os itens I e II estão certos. 
c) Apenas os itens I e III estão certos. 
d) Apenas os itens II e III estão certos. 
e) Nenhum item está certo. 
Comentários 
A ​afirmativa I ​está correta. Hospital psiquiátrico é aquele cuja ​maioria de leitos se destine ao                               
tratamento especializado de ​clientela psiquiátrica ​ em ​regime de internação​. 
A ​afirmativa II ​está correta. Deve haver ​registro adequado dos procedimentos diagnósticos e                         
terapêuticos efetuados nos pacientes; 
A ​afirmativa III ​está correta. É ​proibida ​ a existência de ​espaços restritivos ​ (celas fortes). 
Gabarito: ​ ​Alternativa A 
 
 
Tudo certo até aqui? Detalharemos então algumas especificidades relacionadas aos CAPs...                     
Atenção total! 
Centro de Atenção Psicossocial (Portaria nº 336/2002 e               
Resolução nº 32/2017) 
Amigos, o CAPS é um lugar de ​referência e tratamento para pessoas que sofrem com                             
transtornos mentais​, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e/ou                     
persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, comunitário,                   
personalizado e promotor de vida.  
O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à população de sua ​área de abrangência​,                           
realizando o ​acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho,                           
lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. É um                           
serviço de atendimento de saúde mental criado para ser ​substitutivo às internações em hospitais                           
psiquiátricos.  
Esses serviços visam:  
• prestar atendimento em regime de atenção diária;  
• gerenciar os projetos terapêuticos oferecendo cuidado clínico eficiente e personalizado;  
• promover a inserção social dos usuários através de ações intersetoriais que envolvam educação, trabalho,                             
esporte, cultura e lazer, montando estratégias conjuntas de enfrentamento dos problemas.  
Os CAPS também têm a responsabilidade de ​organizar a rede de serviços de saúde mental de                               
seu território;  
• ​dar suporte e supervisionar a atenção à saúde mental na rede básica​, PSF (Programa de Saúde da Família),                                     
PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde);  
• ​regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental​ de sua área; 
• coordenar junto com o gestor local as atividades de supervisão de unidades hospitalares psiquiátricas que                               
atuem no seu território;  
• ​manter atualizada a listagem dos pacientes de sua região​ que utilizam medicamentos para a saúde mental. 
Os CAPS devem contar com espaço próprio e adequadamente preparado para atender à sua                           
demanda específica, sendo capazes de oferecer um ambiente continente e estruturado. Deverão                       
contar ​, no mínimo ​, com os seguintes recursos físicos:  
• consultórios para atividades individuais (consultas, entrevistas, terapias);  
• salas para atividades grupais;  
• espaço de convivência;  
• oficinas;  
• refeitório (o CAPS deve ter capacidade para oferecer refeições de acordo com o tempo de permanência de                                   
cada paciente na unidade);  
• sanitários;  
• área externa para oficinas, recreação e esportes.  
 
As práticas realizadas nos CAPS se caracterizam por ocorrerem em ​ambiente                     
aberto, acolhedor e inserido na cidade, no bairro​. 
Para ser atendido num CAPS pode-se procurar ​diretamente esse serviço ou ser                       
encaminhado pelo Programa de Saúde da Família ou por qualquer serviço de                       
saúde. A pessoa pode ir sozinha ou acompanhada, devendo procurar,                   
preferencialmente, o CAPS que atende à região onde mora. 
Todo o trabalho desenvolvido no CAPS deverá ser realizado em um ​“meio terapêutico”, isto é,                             
tanto as ​sessões individuais ou grupais​ como a convivência no serviço têm ​finalidade terapêutica ​. 
 
 
Cada usuário de CAPS deve ter um ​projeto terapêutico individual​, ou seja, um conjunto de                             
atendimentos que ​respeite a sua particularidade, que personalize o atendimento de cada pessoa                         
na unidade e fora dela ​e proponha atividades durante a permanência diária no serviço, segundo                             
suas necessidades.  
A depender do projeto terapêutico do usuário do serviço, o CAPS poderá oferecer ​Atendimento                           
Intensivo, Semi-intensivo e Atendimento Não-intensivo: 
 
Amigos, a Portaria nº 336/2002 visa estabelecer que os Centros de Atenção Psicossocial poderão                           
constituir-se nas seguintes modalidades de serviços: ​CAPS I, CAPS II e CAPS III​, definidos por                             
ordem crescente de porte/complexidade​ e abrangência populacional. 
Os CAPS deverão constituir-se em ​serviço ambulatorial de atenção diária que funcione segundo                         
a lógica do território e só poderão funcionar em ​área física específica e independente de                             
qualquer estruturahospitalar. 
 
Os CAPS poderão localizar-se dentro dos limites da área física de uma unidade                         
hospitalar geral, ou dentro do conjunto arquitetônico de instituições universitárias                   
de saúde, ​desde que independentes de sua estrutura física, com acesso privativo                       
e equipe profissional própria. 
 
 
CAPS I - Serviço de atenção psicossocial com capacidade operacional para atendimento em                         
municípios com população entre ​20.000 e 70.000​ habitantes. 
 
 
A equipe técnica mínima para atuação no CAPS I, para o a ​tendimento de 20 (vinte) pacientes por                                 
turno, ​ tendo como limite máximo ​30 (trinta) pacientes/dia​, em regime de atendimento intensivo. 
  Funcionamento  Público  Assistência  Equipe 
CAP
S​ ​I 
Período de 08 às 18         
horas, em 02 (dois)       
turnos, durante os     
cinco dias úteis da       
semana 
Todas 
as 
idades 
Atendimento individual   
(medicamentoso, 
psicoterápico, de   
orientação, entre outros); 
Atendimento em grupos     
(psicoterapia, grupo   
operativo, atividades de     
suporte social, entre     
outras); 
Atendimento em oficinas     
terapêuticas executadas   
por profissional de nível       
superior ou nível médio; 
Visitas domiciliares; 
Atendimento à família; 
Atividades comunitárias   
enfocando a integração     
do paciente na     
comunidade e sua     
inserção familiar e social; 
 
01 (um) médico com formação         
em saúde mental; 
 
01 (um) enfermeiro; 
 
03 (três) profissionais de nível         
superior entre as seguintes       
categorias profissionais:   
psicólogo, assistente social,     
terapeuta ocupacional,   
pedagogo ou outro profissional       
necessário ao projeto     
terapêutico. 
 
04 (quatro) profissionais de nível         
médio: técnico e/ou auxiliar de         
enfermagem, técnico   
administrativo, técnico   
educacional e artesão; 
 
CAPS II - Serviço de atenção psicossocial com capacidade operacional para atendimento em                         
municípios com população entre ​70.000 e 200.000​ habitantes. ​ 
A equipe técnica mínima para atuação no CAPS III, para o atendimento de 40 (quarenta)                             
pacientes por turno, tendo como limite máximo 60 (sessenta) pacientes/dia, em regime intensivo. 
  Funcionamento  Público  Assistência  Equipe 
CAP
S​ ​II 
8:00 às 18:00 horas, em         
02 (dois) turnos, durante       
os cinco dias úteis da         
semana, podendo   
comportar um terceiro     
turno funcionando até às       
21:00 horas. 
 
Todas 
as 
idades 
Atendimento individual   
(medicamentoso, 
psicoterápico, de   
orientação, entre   
outros); 
Atendimento em   
grupos (psicoterapia,   
grupo operativo,   
atividades de suporte     
social, entre outras); 
Atendimento em   
oficinas terapêuticas   
executadas por   
profissional de nível     
superior ou nível médio; 
Visitas domiciliares; 
Atendimento à família; 
Atividades comunitárias   
enfocando a integração     
do paciente na     
comunidade e sua     
inserção familiar e     
social; 
 
01 (um) médico psiquiatra; 
01 (um) enfermeiro com         
formação em saúde mental; 
04 (quatro) profissionais de       
nível superior entre as       
seguintes categorias   
profissionais: psicólogo,   
assistente social, enfermeiro,     
terapeuta ocupacional,   
pedagogo ou outro     
profissional necessário ao     
projeto terapêutico. 
06 (seis) profissionais de nível         
médio: técnico e/ou auxiliar       
de enfermagem, técnico     
administrativo, técnico   
educacional e artesão. 
 
OBS: Os pacientes assistidos em um turno ​(04 horas) receberão uma refeição diária​: os assistidos                             
em dois ​turnos (08 horas) receberão duas refeições diárias ​. 
 
 
CAPS III - Serviço de atenção psicossocial com capacidade operacional para atendimento em                         
municípios com população ​acima de 200.000​ habitantes. 
  Funcionamento  Público  Assistência  Equipe 
CAP
S​ ​III 
Serviço ambulatorial   
de atenção contínua,     
durante 24 horas     
diariamente, 
incluindo feriados e     
finais de semana; 
 
Todas 
as 
idades 
Atendimento individual   
(medicamentoso, 
psicoterápico, orientação,   
entre outros); 
Atendimento 
grupos (psicoterapia,   
grupo operativo,   
atividades de suporte     
social, entre outras); 
Atendimento em   
oficinas terapêuticas   
executadas por   
profissional de nível     
superior ou nível médio; 
Visitas e atendimentos     
domiciliares; 
Atendimento à família; 
Atividades comunitárias   
enfocando a integração do       
doente mental na     
comunidade e sua     
inserção familiar e social; 
Acolhimento noturno, nos     
feriados e finais de       
semana, com no máximo       
05 (cinco) leitos, para       
eventual repouso e/ou     
observação; 
 
02 (dois) médicos psiquiatras; 
01 (um) enfermeiro com       
formação em saúde mental. 
05 (cinco) profissionais de nível         
superior entre as seguintes       
categorias: psicólogo,   
assistente social, enfermeiro,     
terapeuta ocupacional,   
pedagogo ou outro profissional       
necessário ao projeto     
terapêutico; 
08 (oito) profissionais de nível         
médio: técnico e/ou auxiliar de         
enfermagem, técnico   
administrativo, técnico   
educacional e artesão. 
Para o ​período de acolhimento         
noturno, em plantões corridos       
de 12 horas, a equipe deve ser             
composta por: 
03 (três) técnicos/auxiliares de       
enfermagem, sob supervisão     
do enfermeiro do serviço; 
01 (um) profissional de nível         
médio da área de apoio; 
Para as ​12 horas diurnas, nos           
sábados, domingos e feriados,       
a equipe deve ser composta         
por: 
01 (um) profissional de nível         
superior dentre as seguintes       
categorias: médico, enfermeiro,     
psicólogo, assistente social,     
terapeuta ocupacional, ou     
outro profissional de nível       
superior justificado pelo projeto       
terapêutico; 
03 (três) técnicos/auxiliares     
técnicos de enfermagem, sob       
supervisão do enfermeiro do       
serviço 
01 (um) profissional de nível         
médio da área de apoio. 
  
 
Os pacientes assistidos em um ​turno (04 horas) receberão uma refeição diária​; os                         
assistidos em ​dois turnos (08 horas) receberão duas refeições diárias​, e os que                         
permanecerem no serviço durante ​24 horas contínuas receberão 04 (quatro)                   
refeições diárias. 
 
 
A ​permanência de um mesmo paciente no ​acolhimento noturno fica limitada a 07                         
(sete) dias corridos ou 10 (dez) dias intercalados em um período de 30 (trinta)                           
dias. 
CAPS i II - Serviço de atenção psicossocial para ​atendimentos a crianças e adolescentes,                           
constituindo-se na referência para uma população ​de cerca de 200.000 habitantes​, ou outro                         
parâmetro populacional a ser definido pelo gestor local, atendendo a critérios epidemiológicos. 
A equipe técnica mínima para atuação no CAPS i II, para o ​atendimento de 15 (quinze) crianças                                 
e/ou adolescentes por turno, tendo como ​limite máximo 25 (vinte e cinco) pacientes/dia​. 
  Funcionamento  Público  Assistência  Equipe 
CAP
S i II 
8:00 às 18:00 horas,       
em 02 (dois) turnos,       
durante os cinco dias       
úteis da semana,     
podendo comportar   
um terceiro turno que       
funcione até às 21:00       
horas. 
 
Serviço 
ambulatorial de   
atenção diária   
destinado a   
crianças e   
adolescentes 
com transtornos   
mentais; 
 
Atendimento individual   
(medicamentoso, 
psicoterápico, de   
orientação, entre   
outros); 
Atendimento em   
grupos (psicoterapia,   
grupo operativo,   
atividades de suporte     
social, entre outros); 
Atendimento em   
oficinas terapêuticas   
executadas por   
profissional de nível     
superiorou nível     
médio; 
Visitas e atendimentos     
domiciliares; 
Atendimento à família; 
Atividades comunitárias   
enfocando a integração     
da criança e do       
adolescente na família,     
na escola, na     
comunidade ou   
quaisquer outras formas     
de inserção social; 
Desenvolvimento de   
ações inter-setoriais,   
principalmente com as     
áreas de assistência     
social, educação e     
justiça; 
 
01 (um) médico     
psiquiatra, ou   
neurologista ou pediatra     
com formação em saúde       
mental; 
01 (um) enfermeiro. 
04 (quatro) profissionais     
de nível superior entre as         
seguintes categorias   
profissionais: psicólogo,   
assistente social,   
enfermeiro, terapeuta   
ocupacional, 
fonoaudiólogo, 
pedagogo ou outro     
profissional necessário ao     
projeto terapêutico; 
05 (cinco) profissionais     
de nível médio: técnico       
e/ou auxiliar de     
enfermagem, técnico   
administrativo, técnico   
educacional e artesão. 
  
 
Os pacientes assistidos em um turno (04 horas) receberão uma refeição diária, os                         
assistidos em dois turnos (08 horas) receberão duas refeições diárias; 
CAPS ad II - Serviço de atenção psicossocial para atendimento de pacientes com transtornos                           
decorrentes do ​uso e dependência de substâncias psicoativas​, com capacidade operacional para                       
atendimento em municípios com população ​superior a 70.000 ​.  
 
 
A equipe técnica mínima para atuação no CAPS ad II para atendimento ​de 25 (vinte e cinco)                                 
pacientes por turno, tendo como ​limite máximo 45​ (quarenta e cinco) pacientes/dia, 
  Funcionamento  Público  Assistência  Equipe 
CAP
S ad   
II 
De 8:00 às 18:00       
horas, em 02 (dois)       
turnos, durante os     
cinco dias úteis da       
semana, podendo   
comportar um   
terceiro turno   
funcionando até às     
21:00 horas. 
 
Serviço 
ambulatorial de   
atenção diária   
destinado a   
crianças e   
adolescentes 
com transtornos   
mentais; 
 
Atendimento 
individual 
(medicamentoso, 
psicoterápico, de   
orientação, entre   
outros); 
Atendimento em   
grupos (psicoterapia,   
grupo operativo,   
atividades de suporte     
social, entre outras); 
Atendimento em   
oficinas terapêuticas   
executadas por   
profissional de nível     
superior ou nível     
médio; 
Visitas e   
atendimentos 
domiciliares; 
Atendimento à   
família; 
Atividades 
comunitárias 
enfocando a   
integração do   
dependente químico   
na comunidade e sua       
inserção familiar e     
social; 
Os pacientes   
assistidos em um     
turno (04 horas)     
receberão uma   
refeição diária; os     
assistidos em dois     
turnos (08 horas)     
receberão duas   
refeições diárias. 
Atendimento de   
desintoxicação​. 
 
01 (um) médico psiquiatra; 
01 (um) enfermeiro com         
formação em saúde mental; 
01 (um) médico clínico,       
responsável pela triagem,     
avaliação e acompanhamento     
das intercorrências clínicas; 
04 (quatro) profissionais de       
nível superior entre as       
seguintes categorias   
profissionais: psicólogo,   
assistente social, enfermeiro,     
terapeuta ocupacional,   
pedagogo ou outro     
profissional necessário ao     
projeto terapêutico; e - 06         
(seis) profissionais de nível       
médio: técnico e/ou auxiliar       
de enfermagem, técnico     
administrativo, técnico   
educacional e artesão. 
  
 
Os pacientes assistidos em um turno (04 horas) receberão uma refeição diária; os                         
assistidos em dois turnos (08 horas) receberão duas refeições diárias. 
Pessoal, vale acrescentar que a resoluçãonº 32/2017 aprova a criação de nova modalidade de                           
Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e outras Drogas do Tipo IV (CAPS AD IV). 
O ​CAPS AD IV é o Ponto de Atenção Especializada que integra a Rede de Atenção Psicossocial                                 
(RAPS), destinado a proporcionar a atenção integral e contínua a pessoas com necessidades                         
 
 
relacionadas ao consumo de álcool, crack e outras drogas. Criado em Municípios com população                           
acima de 500.000 ​ habitantes, bem como nas capitais estaduais. 
  Funcionamento  Público  Assistência  Equipe 
CAPS 
ad II 
24 (vinte e quatro)       
horas por dia e em         
todos os dias da       
semana, inclusive   
finais de semana e       
feriados. 
 
Atendimento a   
adultos ou crianças     
e adolescentes,   
conjunta ou   
separadamente. 
Trabalhar de portas abertas,       
com plantões diários de       
acolhimento e tratamento,     
garantindo acesso para     
clientela referenciada e     
responsabilização efetiva   
pelos casos, sob a lógica de           
equipe Interdisciplinar,   
conforme definido nesta     
Portaria; 
Atendimento individual para     
consultas de rotina e de         
emergência, atendimento   
psicoterápico e de     
orientação, dentre outros; 
Oferta de medicação     
assistida e dispensada; 
Atendimento em grupos     
para psicoterapia, grupo     
operativo e atividades de       
suporte social, dentre     
outras; 
Oficinas terapêuticas   
executadas por profissional     
de nível universitário ou de         
nível médio, nos termos       
desta Portaria; 
Visitas e atendimentos     
domiciliares; 
Atendimento à família,     
individual e em grupo; 
Atividades de reabilitação     
psicossocial; 
Estimular o protagonismo     
dos usuários e familiares,       
promovendo atividades   
participativas e de controle       
social; e 
Fornecimento de refeição     
diária aos usuários. 
 
Turno Diurno​: 
1 (um) médico     
clínico (diarista); 
2 (dois) médicos     
psiquiatras (um   
diarista e um     
plantonista 12h); 
2 (dois) enfermeiros     
com experiência   
e/ou formação na     
área de saúde     
mental (plantonistas   
12h); 
6 (seis) profissionais     
de nível universitário     
pertencentes às   
categorias 
profissionais 
(diaristas) de   
psicólogo, 
assistente social,   
terapeuta 
ocupacional e   
educador físico; 
6 (seis) técnicos de       
enfermagem 
(plantonistas 12h); e 
4 (quatro)   
profissionais de   
nível médio. 
Turno Noturno: 
1 (um) médico     
psiquiatra 
(plantonista 12h); 
1 um (um)     
enfermeiro com   
experiência e/ou   
formação na área de       
saúde mental   
(plantonista 12h); e 
5 (cinco) técnicos de       
enfermagem 
(plantonistas 12h). 
 
  
 
O CAPS AD IV terá a seguinte ​estrutura física mínima​, conforme as normas                         
sanitárias vigentes: 
I - recepção e espaço para acolhimento inicial / espera; 
 
 
II - salas para atendimento individual (consultório); 
III - sala para atendimento de grupo; 
IV - espaço para refeições; 
V - espaço para convivência; 
VI - banheiros com chuveiro; 
VII - espaço para atividades físicas / esportes; 
VIII - no mínimo 10 (dez) e no máximo 20 (vinte) leitos de observação; 
IX - posto de enfermagem; 
X - sala para reuniões da equipe técnica; e 
XI - espaço para atendimento e tratamento de urgências e emergências médicas. 
Vamos treinar com uma questão? 
 
5-(IBADE / ​Prefeitura de Ji-Paraná - RO ​ -2018) A respeito dos Centros de Atenção Psicossocial                         
(CAPS), é correto afirmar que: 
a) para ser atendido em um CAPS pode-se procurar diretamente esse serviço ou ser                           
encaminhado pelo Programa de Saúde da Família ou por qualquer serviço de saúde. 
b) o objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à demanda espontânea, realizando diagnóstico e                           
referenciando o paciente a hospitais especializados. 
c) o CAPS deve contar com espaço próprio e adequadamente preparado com, no mínimo,                           
consultórios individuais e salas para atividades grupais. 
d) o trabalho desenvolvido no CAPS deverá ser realizado, prioritariamente, em sessões                       
individuais com o psiquiatra e/ou psicólogo. 
Comentários 
A ​alternativa A ​está

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