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APRESENTAÇÃO Olá, tudo bem? Aqui é a Thaysa Vianna , professora do Estratégia Concursos . Você que se prepara para concursos públicos na área de Enfermagem, preparei um material muito bacana e bem completo sobre Saúde Mental. A ideia é que você possa com este conteúdo conhecer os tópicos mais importantes, treinar o seu conhecimento e é claro, ficar mais próximo da sua aprovação ! Neste e-book gratuito além da abordagem teórica, temos diversas questões comentadas que com certeza serão fundamentais para consolidar seu aprendizado. Falando um pouco sobre mim, sou Graduada em Enfermagem , Pós Graduada em Oncologia, Mestre em Educação Profissional em Saúde e atualmente me preparo para o Doutorado . Em relação aos concursos, obtive aprovações para atuar em serviços de saúde de Prefeituras, Estatais e Militares. Atualmente, sou servidora pública vinculada ao Ministério da Educação . A minha maior dificuldade, nesta trajetória de “concurseira” de enfermagem, foi não encontrar o material adequado, ou seja, com foco no que realmente era cobrado nos concursos. Imagine só, eu estudando TODOS aqueles manuais imensos do Ministério da Saúde! Pensando nisso, a metodologia que aplicaremos será focada em objetividade e muito treino . Vamos “massificar” o conteúdo com foco total naquilo que é mais exigido . Espero que goste! Abraços e bons estudos! Prof. Thaysa Vianna - Instagram: @profthaysavianna Atenção à saúde Mental 3 Rede de Atenção Psicossocial 6 Proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais 18 Diretrizes e normas para os estabelecimentos assistenciais 21 Centro de Atenção Psicossocial (Portaria nº 336/2002 e Resolução nº 32/2017) 30 Redução de danos 41 Transtorno de Ansiedade Generalizada 43 Transtornos Fóbicos 44 Depressão 47 Trantorno Afetivo Bipolar 49 Questões Comentadas - Saúde Mental 52 Lista de Questões Saúde Mental 69 Gabarito 82 ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL Galera, o primeiro ponto que eu gostaria de abordar sobre saúde mental é a respeito do modelo de assistência, visto que, os cuidados e o planejamento das ações em saúde mental modificaram bastante nos últimos anos. Nas décadas anteriores a 1980, a atenção em saúde mental esteve focada no modelo hospitalocêntrico/manicomial , mantendo as práticas de atenção excludentes e estigmatizantes, onde os indivíduos eram excluídos do convívio familiar e social . Ao longo dos anos, através do Movimento Social da Luta Antimanicomial e da Reforma Psiquiátrica (um projeto coletivamente produzido de mudança do modelo de atenção e de gestão do cuidado) a saúde mental brasileira mudou . Esta mudança começou por volta de 1980 onde iniciaram a desinstitucionalização de moradores de manicômios criando serviços de atenção psicossocial para realizar a (re)inserção de usuários em seus territórios existenciais. A reforma sanitária e a reforma psiquiátrica são parte de um Brasil que escolheu garantir a todos os seus cidadãos o direito à saúde. Não é por acaso que, tanto no campo da Atenção Básica quanto da Saúde Mental, saúde e cidadania são indissociáveis Os hospitais psiquiátricos foram fechados à medida que se expandiam serviços diversificados de cuidado tanto longitudinal quanto intensivo para os períodos de crise. Entre os equipamentos alternativos ao modelo manicomial podemos citar os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência (Cecos), as Enfermarias de Saúde Mental em hospitais gerais, as oficinas de geração de renda, entre outros. Quanto à legislação alguns marcos são importantes para os nossos estudos: Pessoal, devemos saber que a Política de Saúde Mental é estruturada por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que conta com diversos pontos de atenção para acolhimento e tratamento de pessoas com transtornos mentais e usuárias de álcool e/ou drogas. E busca consolidar um modelo de atenção aberto e de base comunitária. A proposta é garantir a livre circulação das pessoas com problemas mentais pelos serviços, pela comunidade e pela cidade. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) estabelece os pontos de atenção para o atendimento de pessoas com problemas mentais, incluindo os efeitos nocivos do uso de crack, álcool e outras drogas. A Rede é composta por serviços e equipamentos variados, tais como: os Centros de Atenção Psicossocial(CAPS); os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT); os Centros de Convivência e Cultura, as Unidade de Acolhimento (UAs), e os leitos de atenção integral (em Hospitais Gerais, nos CAPS III). Além disso, faz parte dessa política o programa de Volta para Casa, que oferece bolsas para pacientes egressos de longas internações em hospitais psiquiátricos. Vamos praticar com uma questão? 1-( IESES /Prefeitura de São José - SC- 2019) “A Política Nacional de Saúde Mental busca consolidar um modelo de atenção aberto e de base comunitária. A proposta é garantir a livre circulação das pessoas com problemas mentais pelos serviços, pela comunidade e pela cidade. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) estabelece os pontos de atenção para o atendimento de pessoas com problemas mentais, incluindo os efeitos nocivos do uso de crack, álcool e outras drogas. A Rede integra o Sistema Único de Saúde (SUS).” A RAPS é composta por serviços e equipamentos variados, dos quais NÃO faz parte: a) Unidades de Acolhimento (UAs). b) Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). c) Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT). d) Farmácia Popular. Comentários A alternativa D está incorreta. Como vimos não faz parte da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) a farmácia popular. O estudo mais aprofundado sobre a Rede de Atenção Psicossocial é impostantíssimo para os nossos concursos. Vamos lá? Rede de Atenção Psicossocial A Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011 institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). As diretrizes para o funcionamento da Rede de Atenção Psicossocial (art 2°) são: I - respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade das pessoas; II - promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde; III - combate a estigmas e preconceitos; https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ieses IV - garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar; V - atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas; VI - diversificação das estratégias de cuidado; VII - desenvolvimento de atividades no território, que favoreça a inclusão social com vistas à promoção de autonomiae ao exercício da cidadania; VIII - desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos; IX - ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com participação e controle social dos usuários e de seus familiares; X - organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado; XI - promoção de estratégias de educação permanente; e XII - desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, tendo como eixo central a construção do projeto terapêutico singular. Um projeto terapêutico é um plano de ação compartilhado composto por um conjunto de intervenções que seguem uma intencionalidade de cuidado integral à pessoa . Neste projeto, tratar das doenças não é menos importante, mas é apenas uma das ações que visam ao cuidado integral. Esse plano deve ser elaborado com o usuário, a partir de uma primeira análise do profissional sobre as múltiplas dimensões do sujeito. O projeto terapêutico singular deve ser composto por quatro momentos: “o diagnóstico ”, com olhar sobre as dimensões orgânica, psicológica, social e o contexto singular em estudo; “ a definição de metas”, dispostas em uma linha de tempo, incluindo a negociação das propostas de intervenção com o sujeito doente; “a divisão de responsabilidades e tarefas” entre os membros da equipe e “ a reavaliação ”, na qual se concretiza a gestão do Projeto Terapêutico Singular, através de avaliação e correção de trajetórias já realizadas. Atualmente o Projeto Terapêutico Singular (PTS) é o principal instrumento de trabalho interdisciplinar dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), e possibilita a participação, reinserção e construção de autonomia para o usuário / família em sofrimento psíquico. Voltando à Portaria nº 3.088/2011... Segundo o Art. 3º São objetivos gerais da Rede de Atenção Psicossocial: I - ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral; II - promover o acesso das pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e suas famílias aos pontos de atenção; e III - garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da atenção às urgências. Já os objetivos específicos da Rede de Atenção Psicossocial (art 4°) são: I - promover cuidados em saúde especialmente para grupos mais vulneráveis (criança, adolescente, jovens, pessoas em situação de rua e populações indígenas); II - prevenir o consumo e a dependência de crack, álcool e outras drogas; III - reduzir danos provocados pelo consumo de crack, álcool e outras drogas; IV - promover a reabilitação e a reinserção das pessoas com transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas na sociedade, por meio do acesso ao trabalho, renda e moradia solidária; V - promover mecanismos de formação permanente aos profissionais de saúde; VI - desenvolver ações intersetoriais de prevenção e redução de danos em parceria com organizações governamentais e da sociedade civil; VII - produzir e ofertar informações sobre direitos das pessoas, medidas de prevenção e cuidado e os serviços disponíveis na rede; VIII - regular e organizar as demandas e os fluxos assistenciais da Rede de Atenção Psicossocial; e IX - monitorar e avaliar a qualidade dos serviços por meio de indicadores de efetividade e resolutividade da atenção. A Rede de Atenção Psicossocial é constituída pelos seguintes componentes: Componentes Pontos de Atuação Atenção básica em saúde a) Unidade Básica de Saúde; b) equipe de atenção básica para populações específicas: I- Equipe de Consultório na Rua; II- Equipe de apoio aos serviços do componente Atenção Residencial de Caráter Transitório; c) Centros de Convivência; Atenção psicossocial especializada a) Centros de Atenção Psicossocial, nas suas diferentes modalidades; Atenção de urgência e emergência a) SAMU 192; b) Sala de Estabilização; c) UPA 24 horas; d) portas hospitalares de atenção à urgência/pronto socorro; e) Unidades Básicas de Saúde, entre outros; Atenção residencial de caráter transitório a) Unidade de Recolhimento; b) Serviços de Atenção em Regime Residencial Atenção hospitalar a) enfermaria especializada em Hospital Geral; b) serviço Hospitalar de Referência para Atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas; Estratégias de desinstitucionalização a) Serviços Residenciais Terapêuticos Reabilitação psicossocial Falaremos agora sobre os pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial... Na atenção básica em saúde estão incluídos os seguintes serviços: I - Unidade Básica de Saúde : serviço de saúde constituído por equipe multiprofissional responsável por um conjunto de ações de saúde, de âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver a atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades; II - Equipes de Atenção Básica para populações em situações específicas : a) Equipe de Consultório na Rua : equipe constituída por profissionais que atuam de forma itinerante, ofertando ações e cuidados de saúde para a população em situação de rua, considerando suas diferentes necessidades de saúde, sendo responsabilidade dessa equipe, no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial, ofertar cuidados em saúde mental, para: 1. pessoas em situação de rua em geral; 2. pessoas com transtornos mentais; 3. usuários de crack, álcool e outras drogas , incluindo ações de redução de danos, em parceria com equipes de outros pontos de atenção da rede de saúde, como Unidades Básicas de Saúde, Centros de Atenção Psicossocial, Prontos-Socorros, entre outros; b) equipe de apoio aos serviços do componente Atenção Residencial de Caráter Transitório: oferece suporte clínico e apoio a esses pontos de atenção, coordenando o cuidado e prestando serviços de atenção à saúde de forma longitudinal e articulada com os outros pontos de atenção da rede; e III - Centro de Convivência: é unidade pública, articulada às Redes de Atenção à Saúde, em especial à Rede de Atenção Psicossocial, onde são oferecidos à população em geral espaços de sociabilidade, produção e intervenção na cultura e na cidade. A Unidade Básica de Saúde tem a responsabilidade de desenvolver ações de promoção de saúde mental, prevenção e cuidado dostranstornos mentais, ações de redução de danos e cuidado para pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, compartilhadas, sempre que necessário, com os demais pontos da rede. O Núcleo de Apoio à Saúde da Família , vinculado à Unidade Básica de Saúde, é constituído por profissionais de saúde de diferentes áreas de conhecimento, que atuam de maneira integrada, sendo responsáveis por apoiar as Equipes de Saúde da Família, as Equipes de Atenção Básica para populações específicas e equipes da academia da saúde, atuando diretamente no apoio matricial e, quando necessário, no cuidado compartilhado junto às equipes da(s) unidade(s) na(s) qual(is) o Núcleo de Apoio à Saúde da Família está vinculado, incluindo o suporte ao manejo de situações relacionadas ao sofrimento ou transtorno mental e aos problemas relacionados ao uso de crack, álcool e outras drogas . Quando necessário, a Equipe de Consultório na Rua, poderá utilizar as instalações das Unidades Básicas de Saúde do território. Os Centros de Convivência são estratégicos para a inclusão social das pessoas com transtornos mentais e pessoas que fazem uso de crack, álcool e outras drogas, por meio da construção de espaços de convívio e sustentação das diferenças na comunidade e em variados espaços da cidade. Como vimos, o ponto de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção psicossocial especializada é o Centro de Atenção Psicossocial. O Centro de Atenção Psicossocial é constituído por equipe multiprofissional que atua sob a ótica interdisciplinar e realiza atendimento às pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e às pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em sua área territorial, em regime de tratamento intensivo, semi-intensivo, e não intensivo. As atividades no Centro de Atenção Psicossocial são realizadas prioritariamente em espaços coletivos (grupos, assembleias de usuários, reunião diária de equipe), de forma articulada com os outros pontos de atenção da rede de saúde e das demais redes. O cuidado , no âmbito do Centro de Atenção Psicossocial,é desenvolvido por intermédio de Projeto Terapêutico Individual , envolvendo em sua construção a equipe, o usuário e sua família, e a ordenação do cuidado estará sob a responsabilidade do Centro de Atenção Psicossocial ou da Atenção Básica, garantindo permanente processo de cogestão e acompanhamento longitudinal do caso. Os Centros de Atenção Psicossocial estão organizados nas seguintes modalidades: (falaremos com maiores detalhes em portaria específica). CAPS I: Atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e também com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas de todas as faixas etárias; indicado para Municípios com população acima de vinte mil habitantes. CAPS II: Atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e também com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas de todas as faixas etárias; indicado para Municípios com população acima de vinte mil habitantes; CAPS III: Atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes. Proporciona serviços de atenção contínua, com funcionamento vinte e quatro horas, incluindo feriados e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento noturno a outros serviços de saúde mental, inclusive CAPS Ad, indicado para Municípios ou regiões com população acima de duzentos mil habitantes; CAPS AD Atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas do Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. Serviço de saúde mental aberto e de caráter comunitário, indicado para Municípios ou regiões com população acima de setenta mil habitantes; CAPS AD III: Atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas do Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades de cuidados clínicos contínuos. Serviço com no máximo doze leitos leitos para observação e monitoramento, de funcionamento 24 horas, incluindo feriados e finais de semana; indicado para Municípios ou regiões com população acima de duzentos mil habitantes CAPS i: Atende crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e persistentes e os que fazem uso de crack, álcool e outras drogas. Serviço aberto e de caráter comunitário indicado para municípios ou regiões com população acima de cento e cinquenta mil habitantes. São pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção de urgência e emergência o SAMU 192, Sala de Estabilização, UPA 24 horas, as portas hospitalares de atenção à urgência/pronto socorro, Unidades Básicas de Saúde, entre outros Os pontos de atenção de urgência e emergência são responsáveis, em seu âmbito de atuação, pelo acolhimento, classificação de risco e cuidado nas situações de urgência e emergência das pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. Os pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção de urgência e emergência deverão se articular com os Centros de Atenção Psicossocial, os quais realizam o acolhimento e o cuidado das pessoas em fase aguda do transtorno mental, seja ele decorrente ou não do uso de crack, álcool e outras drogas, devendo nas situações que necessitem de internação ou de serviços residenciais de caráter transitório, articular e coordenar o cuidado. São pontos de atenção na Rede de Atenção Psicossocial na atenção residencial de caráter transitório os seguintes serviços: I - Unidade de Acolhimento : oferece cuidados contínuos de saúde, com funcionamento de vinte e quatro horas, em ambiente residencial, para pessoas com necessidade decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, de ambos os sexos, que apresentem acentuada vulnerabilidade social e/ou familiar e demandem acompanhamento terapêutico e protetivo de caráter transitório cujo tempo de permanência é de até seis meses; e II - Serviços de Atenção em Regime Residencial, entre os quais Comunidades Terapêuticas: serviço de saúde destinado a oferecer cuidados contínuos de saúde, de caráter residencial transitório por até nove meses para adultos com necessidades clínicas estáveis decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. O acolhimento na Unidade de Acolhimento será definido exclusivamente pela equipe do Centro de Atenção Psicossocial de referência que será responsável pela elaboração do projeto terapêutico singular do usuário, considerando a hierarquização do cuidado, priorizando a atenção em serviços comunitários de saúde. As Unidades de Acolhimento estão organizadas nas seguintes modalidades: I - Unidade de Acolhimento Adulto , destinadosa pessoas que fazem uso do crack, álcool e outras drogas, maiores de dezoito anos; e II - Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil, destinadas a adolescentes e jovens (de doze até dezoito anos completos). São pontos de atenção na Rede de Atenção Psicossocial na atenção hospitalar os seguintes serviços: I - enfermaria especializada para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em Hospital Geral, oferece tratamento hospitalar para casos graves relacionados aos transtornos mentais e ao uso de álcool, crack e outras drogas , em especial de abstinências e intoxicações severas; II - serviço Hospitalar de Referência para Atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas oferece suporte hospitalar, por meio de internações de curta duração, para usuários de álcool e/ou outras drogas , em situações assistenciais que evidenciarem indicativos de ocorrência de comorbidades de ordem clínica e/ou psíquica, sempre respeitadas as determinações da Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, e sempre acolhendo os pacientes em regime de curtíssima ou curta permanência. Funciona em regime integral, durante vinte e quatro horas diárias, nos sete dias da semana, sem interrupção da continuidade entre os turnos. O cuidado ofertado no âmbito da enfermaria especializada em Hospital Geral deve estar articulado com o Projeto Terapêutico Individual desenvolvido pelo serviço de referência do usuário e a internação deve ser de curta duração até a estabilidade clínica. O acesso aos leitos na enfermaria especializada em Hospital Geral deve ser regulado com base em critérios clínicos e de gestão por intermédio do Centro de Atenção Psicossocial de referência e, no caso do usuário acessar a Rede por meio deste ponto de atenção, deve ser providenciado sua vinculação e referência a um Centro de Atenção Psicossocial, que assumirá o caso. A equipe que atua em enfermaria especializada em saúde mental de Hospital Geral deve ter garantida composição multidisciplinar e modo de funcionamento interdisciplinar. São pontos de atenção na Rede de Atenção Psicossocial nas Estratégias de Desinstitucionalização os Serviços Residenciais Terapêuticos que são moradias inseridas na comunidade, destinadas a acolher pessoas egressas de internação de longa permanência ( dois anos ou mais ininterruptos), egressas de hospitais psiquiátricos e hospitais de custódia, entre outros. O componente Estratégias de Desinstitucionalização é constituído por iniciativas que visam a garantir às pessoas com transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em situação de internação de longa permanência, o cuidado integral por meio de estratégias substitutivas, na perspectiva da garantia de direitos com a promoção de autonomia e o exercício de cidadania , buscando sua progressiva inclusão social. O hospital psiquiátrico pode ser acionado para o cuidado das pessoas com transtorno mental nas regiões de saúde enquanto o processo de implantação e expansão da Rede de Atenção Psicossocial ainda não se apresenta suficiente, devendo estas regiões de saúde priorizar a expansão e qualificação dos pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial para dar continuidade ao processo de substituição dos leitos em hospitais psiquiátricos. O Programa de Volta para Casa , enquanto estratégia de desinstitucionalização, é uma política pública de inclusão social que visa contribuir e fortalecer o processo de desinstitucionalização, instituída pela Lei nº 10.708, de 31 de julho de 2003, que provê auxílio reabilitação para pessoas com transtorno mental egressas de internação de longa permanência (acima de 2 anos). O componente “ Reabilitação Psicossocial” da Rede de Atenção Psicossocial é composto por iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos solidários/cooperativas sociais. As ações de caráter intersetorial destinadas à reabilitação psicossocial, por meio da inclusão produtiva, formação e qualificação para o trabalho de pessoas com transtorno mental ou com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas em iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos solidários/ cooperativas sociais. As iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos solidários/cooperativas sociais devem articular sistematicamente as redes de saúde e de economia solidária com os recursos disponíveis no território para garantir a melhoria das condições concretas de vida, ampliação da autonomia, contratualidade e inclusão social de usuários da rede e seus familiares. A operacionalização da implantação da Rede de Atenção Psicossocial se dará pela execução de quatro fases: Fase I - Desenho Regional da Rede de Atenção Psicossocial: a) realização pelo Colegiado de Gestão Regional (CGR) e pelo Colegiado de Gestão da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (CGSES/DF), com o apoio da SES, de análise da situação de saúde das pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, com dados primários, incluindo dados demográficos e epidemiológicos, dimensionamento da demanda assistencial, dimensionamento da oferta assistencial e análise da situação da regulação, da avaliação e do controle, da vigilância epidemiológica, do apoio diagnóstico, do transporte e da auditoria e do controle externo, entre outros; b) pactuação do Desenho da Rede de Atenção Psicossocial no CGR e no CGSES/DF; c) elaboração da proposta de Plano de Ação Regional, pactuado no CGR e no CGSES/DF, com a programação da atenção à saúde das pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, incluindo as atribuições, as responsabilidades e o aporte de recursos necessários pela União, pelo Estado, pelo Distrito Federal e pelos Municípios envolvidos; na sequencia, serão elaborados os Planos de Ação Municipais dos Municípios integrantes do CGR; d) estímulo à instituição do Fórum Rede de Atenção Psicossocial que tem como finalidade a construção de espaços coletivos plurais, heterogêneos e múltiplos para participação cidadã na construção de um novo modelo de atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack,álcool e outras drogas, mediante o acompanhamento e contribuiçãona implementação da Rede de Atenção Psicossocial na Região; II - Fase II - adesão e diagnóstico: a) apresentação da Rede de Atenção Psicossocial no Estado, Distrito Federal e nos Municípios; b) apresentação e análise da matriz diagnóstica, conforme o Anexo I a esta Portaria, na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), no CGSES/DF e no CGR; c) homologação da região inicial de implementação da Rede de Atenção Psicossocial na CIB e CGSES/DF; d) instituição de Grupo Condutor Estadual da Rede de Atenção Psicossocial, formado pela SES, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e apoio institucional do Ministério da Saúde, que terá como atribuições: 1. mobilizar os dirigentes políticos do SUS em cada fase; 2. apoiar a organização dos processos de trabalho voltados a implantação/implementação da rede; 3. identificar e apoiar a solução de possíveis pontos críticos em cada fase; 4. monitorar e avaliar o processo de implantação/implementação da rede; e) contratualização dos Pontos de Atenção; f) qualificação dos componentes; III - Fase 3 - Contratualização dos Pontos de Atenção : a) elaboração do desenho da Rede de Atenção Psicossocial; b) contratualização pela União, pelo Estado, pelo Distrito Federal ou pelo Município dos pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial observadas as responsabilidades definidas para cada componente da Rede; c) instituição do Grupo Condutor Municipal em cada Município que compõe o CGR, com apoio institucional da SES; IV - Fase 4 - Qualificação dos componentes: a) realização das ações de atenção à saúde definidas para cada componente da Rede, previstas nos arts. 6° ao 12 desta Portaria; e b) cumprimento das metas relacionadas às ações de atenção à saúde, que deverão ser definidas na matriz diagnóstica para cada componente da Rede serão acompanhadas de acordo com o Plano de Ação Regional e dos Planos de Ações Municipais. Para operacionalização da Rede de Atenção Psicossocial cabe: Atenção! Vale acrescentar que em Nota Técnica N° 11/2019.o Ministério da Saúde informou que: Todos os Serviços, que compõem a RAPS, são igualmente importantes e devem ser incentivados, ampliados e fortalecidos. Não sendo mais considerados alguns Serviços como sendo substitutos de outros, não fomentando mais fechamento de unidades de qualquer natureza. Portanto, a Rede deve ser harmônica e complementar. “Assim, não há mais porque se falar em “rede substitutiva”, já que, nenhum Serviço substitui outro. O país necessita de mais e diversificados tipos de Serviços para a oferta de tratamento adequado aos pacientes e seus familiares”. Vamos praticar com uma questão? 2-(COMPERVE / SESAP-RN - 2018) A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) se destina a pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Dentre as diretrizes da RAPS, encontram -se: a) desenvolvimento da lógica do cuidado tendo como eixo a construção do projeto terapêutico singular; regionalização do atendimento às urgências. b) diversificação das estratégias de cuidado; ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos contemplando a classificação de risco. c) promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde; desenvolvimento de estratégias de redução de danos. d) desenvolvimento de estratégias de redução de danos; ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos contemplando a classificação de risco. Comentários: As diretrizes da Rede de Atenção Psicossocial são: Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia, a liberdade e o exercício da cidadania. Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da saúde. Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar. Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, diversificando as estratégias de cuidado, com participação e controle social dos usuários e de seus familiares. Organização dos serviços em RAS regionalizada, com estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado. Desenvolvimento da lógica do cuidado centrado nas necessidades das pessoas com transtornos mentais, incluídos os decorrentes do uso de substâncias psicoativas. Gabarito: Alternativa C Tudo certo até aqui? Abordaremos agora a lei 10216/2001, todos prontos? Proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais Concurseiros, a lei 10216/2001, assegura os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra. Para os nossos estudos é fundamental sabermos que: são direitos da pessoa portadora de transtorno mental: I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades; II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade; III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração; IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas; V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária; VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis; VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento; VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis; IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental. A lei garante que é de responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais , com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais. A internação , em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes e o tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do paciente em seu meio . O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros. É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características asilares. E a internaçãopsiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos. São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica: A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento e término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do paciente ou por determinação do médico assistente. A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas , ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido , devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta. O término da internação involuntária dar-se-á por solicitação escrita do familiar, ou responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista responsável pelo tratamento. A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários. Evasão, transferência, acidente, intercorrência clínica grave e falecimento serão comunicados pela direção do estabelecimento de saúde mental aos familiares, ou ao representante legal do paciente, bem como à autoridade sanitária responsável, no prazo máximo de vinte e quatro horas da data da ocorrência . Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos não poderão ser realizadas sem o consentimento expresso do paciente, ou de seu representante legal, e sem a devida comunicação aos conselhos profissionais competentes e ao Conselho Nacional de Saúde. Vamos praticar com mais uma questão? 3-( UFU-MG / UFU-MG - 2018) Sobre a internação psiquiátrica, é correto afirmar que a legislação prevê que a) a internação involuntária é aquela determinada pela Justiça. b) a internação somente pode ser realizada mediante pedido de médico psiquiatra ou de psicólogo. c) o término da internação compulsória dar-se-á por solicitação escrita do familiar, do responsável legal ou do especialista responsável pelo tratamento. d) o término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do paciente ou por determinação do médico assistente. Comentários A alternativa A está incorreta. A internação involuntária é aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro. A alternativa B está incorreta. Não, a internação pode ocorrer a pedido da justiça, de terceiros ou por pedido do paciente. A alternativa C está incorreta. O témino da internação INVOLUNTÁRIA dar-se-á por solicitação escrita do familiar, do responsável legal ou do especialista responsável pelo tratamento. A alternativa D está correta. O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do paciente ou por determinação do médico assistente. Vamos adiante! Falaremos a respeito da Portaria n. º 224, de 29 de janeiro de 1992. Todos prontos? Diretrizes e normas para os estabelecimentos assistenciais A Portaria n. º 224, de 29 de janeiro de 1992, estabelece as diretrizes e normas para os estabelecimentos assistenciais em saúde mental. Tendo como diretrizes : ✔ Organização de serviços baseada nos princípios de universalidade, hierarquização, regionalização e integralidade das ações; ✔ Diversidade de métodos e técnicas terapêuticas nos vários níveis de complexidade assistencial; ✔ Garantia da continuidade da atenção nos vários níveis; https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ufu-mg https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/ufu-mg ✔ Multiprofissionalidade na prestação de serviços; ✔ Ênfase na participação social desde a formulação das políticas de saúde mental até o controle de sua execução; ✔ Definição dos órgãos gestores locais como responsáveis pela complementação da presente portaria normativa e pelo controle e avaliação dos serviços prestados. Segundo a portaria, as normas para o atendimento AMBULATORIAL são: 1) Unidade básica, centro de saúde e ambulatório O atendimento em saúde mental prestado em nível ambulatorial compreende um conjunto diversificado de atividades desenvolvidas nas unidades básicas/centro de saúde e/ou ambulatórios especializados, ligados ou não a policlínicas, unidades mistas ou hospitais. Os critérios de hierarquização e regionalização da rede, bem como a definição da população-referência de cada unidade assistencial serão estabelecidas pelo órgão gestor local. A atenção aos pacientes nestas unidades de saúde deverá incluir as seguintes atividades desenvolvidas por equipes multiprofissionais: Das atividades acima mencionadas, as seguintes poderão ser executadas por profissionais de nível médio: - atendimento em grupo (orientação, sala de espera); - visita domiciliar; - atividades comunitárias. A equipe técnica de saúde mental para atuação nas unidades básicas/centros de saúde deverá ser definida segundo critérios do órgão gestor local, podendo contar com equipe composta por profissionais especializados (médico psiquiatra, psicólogo e assistente social) ou com equipe integrada por outros profissionais (médico generalista, enfermeiro, auxiliares, agentes de saúde) No ambulatório especializado, a equipe multiprossional deverá ser composta por diferentes categorias de profissionais especializados (médico psiquiatra, médico clínico, psicólogo, enfermeiro, assistente social, terapeuta ocupacional, fonaudiólogo, neurologista e pessoal auxiliar), cuja composição e atribuições serão definidas pelo órgão gestor local. 2. Núcleos/centros de atenção psicossocial (NAPS/CAPS): Os NAPS/CAPS são unidades de saúde locais/regionalizadas que contam com uma população adscrita definida pelo nível local e que oferecem atendimento de cuidados intermediários entre o regime ambulatorial a internação hospitalar, em um ou dois turnos de 4 horas, por equipe multiprofissional. Os NAPS/CAPS podem constituir-se também em porta de entrada da rede de serviços para as ações relativas à saúde mental, considerando sua característica de unidade de saúde local regionalizada. Atendem também a pacientes referenciados de outros serviços de saúde, dos serviços de urgência psiquiátrica ou egressos de internação hospitalar. Deverão estar integrados a uma rede descentralizada e hierarquizada de cuidados em saúde mental. São unidades assistenciais que podem funcionar 24 horas por dia, durante os sete dias da semana ou durante os cinco dias úteis, das 8 às 18 horas, segundo definições do órgão gestor local. Devem contar com leitos para repouso eventual. A assistência ao paciente no NAPS/CAPS inclui as seguintes atividades: Os pacientes que freqüentam o serviço por4 horas (um turno) terão direito a duas refeições ; os que freqüentarem por um período de 8 horas (dois turnos) terão direito a três refeições. A equipe técnica mínima para atuação no NAPS/CAPS, para o atendimento a 30 pacientes por turno de 4 horas , deve ser composta por: - 1 médico psiquiatra; - 1 enfermeiro ; - 4 outros profissionais de nível superior (psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional e/ou outro profissional necessário a realização dos trabalhos); - profissionais de níveis médio e elementar necessários ao desenvolvimento das atividades. Para fins de financiamento pelo SAI/SUS, o sistema remunerará o atendimento de até 15 pacientes em regime de 2 turnos (8 horas por dia) e mais 15 pacientes por turno de 4 horas. Em cada unidade assistencial. 3. Normas para o atendimento hospitalar 1) Hospital-dia A instituição do hospital-dia na assistência em saúde mental representa um recurso intermediário entre a internação e o ambulatório, que desenvolve programas de atenção e cuidados intensivos por equipe multiprofissional, visando substituir a internação integral. A proposta técnica deve abranger um conjunto diversificado de atividades desenvolvidas em até 5 dias da semana (de segunda-feira a sexta-feira), com uma carga horária de 8 horas diárias para cada paciente. O hospital-dia deve situar-se em área específica , independente da estrutura hospitalar, contando com salas para trabalho em grupo, salas de refeições, área externa para atividades ao ar livre e leitos para repouso eventual. Recomenda-se que o serviço do hospital-dia seja regionalizado, atendendo a uma população de uma área geográfica definida, facilitando o acesso do paciente á unidade assistencial. Deverá estar integrada a uma rede descentralizada e hierarquizada de cuidados de saúde mental. A assistência ao paciente em regime de hospital-dia incluirá as seguintes atividades: Os pacientes em regime hospital-dia terão direito a três refeições : café da manhã, almoço e lanche ou jantar. A equipe mínima , por turno de 4 horas, para 30 pacientes-dia , deve ser composta por: - 1 médico psiquiatra ; - 1 enfermeiro; - 4 outros profissionais de nível superior (psicólogo, enfermeiro, assistente social, terapeuta ocupacional e/ou outro profissional necessário à realização dos trabalhos); - profissionais de níveis médio e elementar necessários ao desenvolvimento das atividades. Os procedimentos realizados no hospital - dia serão remunerados por AIH-1 para o máximo de 30 pacientes -dia . As diárias serão pagas por 5 dias úteis por semana, pelo máximo de 45 dias corridos. Nos municípios cuja proporção de leitos psiquiátricos supere a relação de um leito para 3.000 habitantes , o credenciamento de vagas em hospital - dia estará condicionado à redução de igual número de leitos contratados em hospital psiquiátrico especializado, segundo critérios definidos pelos órgão gestores estaduais e municipais. 2. Serviço de urgência psiquiátrica em hospital-geral Os serviços de urgência psiquiátrica em prontos-socorros gerais funcionam diariamente durante 24 horas e contam com o apoio de leitos de internação para até 72 horas , com equipe multiprofissional. O atendimento resolutivo e com qualidade dos casos de urgência tem por objetivo evitar a internação hospitalar, permitindo que o paciente retorne ao convívio social, em curto período de tempo. Os serviços de urgência psiquiátrica devem ser regionalizados, atendendo a uma população residente em determinada área geográfica . Estes serviços devem oferecer, de acordo com a necessidade de cada paciente, as seguintes atividades : Após a alta, tanto no pronto atendimento quanto na internação de urgência, o paciente deverá, quando indicado, ser referenciado a um serviço extra-hospitalar regionalizado , favorecendo assim a continuidade do tratamento próximo à sua residência. Em caso de necessidade de continuidade da internação, deve-se considerar os seguintes recursos assistenciais: hospital-dia, hospital-geral e hospital especializado. No que se refere aos recursos humanos , o serviço de urgência psiquiátrica deve ter a seguinte equipe técnica mínima; período diurno (serviço até 10 leitos para internações breves): - 1 médico psiquiatra ou 1 médico clínico e 1 psicólogo ; - 1 assistente social; - 1 enfermeiro ; - profissionais de níveis médio e elementar necessários ao desenvolvimento das atividades. 3. Leito ou unidade psiquiátrica em hospital-geral Pessoal, o estabelecimento de leitos/unidades psiquiátricas em hospital geral objetiva oferecer uma retaguarda hospitalar para os casos em que a internação se faça necessária, após esgotadas todas as possibilidades de atendimento em unidades extra-hospitalares e de urgência . Durante o período de internação, a assistência ao cliente será desenvolvida por equipes multiprofissionais. O número de leitos psiquiátricos em hospital geral não deverá ultrapassar 10% da capacidade instalada do hospital, até um máximo de 30 leitos. Deverão, além dos espaços próprios de um hospital geral, ser destinadas salas para trabalho em grupo (terapias, grupo operativo, dentre outros). Os pacientes deverão utilizar área externa do hospital para lazer, educação física e atividades socioterápicas. Estes serviços devem oferecer, de acordo com a necessidade de cada paciente, as seguintes atividades: A equipe técnica mínima para um conjunto de 30 leitos, no período diurno, deve ser composta por: - 1 médico psiquiatra ou 1 médico clínico e 1 psicólogo; - 1 enfermeiro ; - 2 profissionais de nível superior (psicólogo, assistente social e/ou terapeuta ocupacional); - profissionais de níveis médio e eleme ntar necessários ao desenvolvimento das atividades. 4. Hospital especializado em psiquiatria Concurseiros, Hospital psiquiátrico é aquele cuja maioria de leitos se destine ao tratamento especializado de clientela psiquiátrica em regime de internação . Estes serviços devem oferecer, de acordo com a necessidade de cada paciente, as seguintes atividades : Para garantir condições físicas adequadas ao atendimento de clientela psiquiátrica internada, deverão ser observados os parâmetros das normas específicas referentes à área de engenharia e arquitetura em vigor, expedidas pelo Ministério da Saúde. O hospital psiquiátrico especializado deverá destinar uma enfermaria para intercorrências clínicas, com um mínimo de 6m²/leito e número de leitos igual a 1/50 do total do hospital, com camas Fowler, oxigênio, aspirador de secreção, vaporizador, nebulizadore bandeja ou carro de parada, e ainda: - sala de curativo ou, na inexistência desta, 01 carro de curativos para cada 3 postos de enfermagem ou fração; - área externa para deambulação e/ou esportes, igual ou superior à área construída. O hospital psiquiátrico especializado deverá ter sala(s) de estar, jogos , etc., com um mínimo de 40 metros quadrados, com 20 metros quadrados para cada 100 leitos a mais ou fração, com televisão e música ambiente nas salas de estar. Qoanto a equipe, os hospitais psiquiátricos especializados deverão contar com no mínimo : - 1 médico plantonista nas 24 horas; - 1 enfermeiro das 7 às 19 hora s, para cada 240 leitos; E ainda: - para cada 40 pacientes , com 20 horas de assistência semanal distribuídas no mínimo em 4 dias, um médico psiquiatra e um enfermeiro ; - para cada 60 pacientes , com 20 horas de assistência semanal distribuídas no mínimo em 4 dias, os seguintes profissionais: - 1 assistente social; - 1 terapeuta ocupacional; - 2 auxiliares de enfermagem ; - 1 psicólogo; E ainda: - 1 clínico geral para cada 120 pacientes; - 1 nutricionista e 1 farmacêutico. O psiquiatra plantonista poderá também compor uma das equipes básicas, como psiquiatra-assistente, desde que, além de seu horário de plantonista, cumpra 15 horas semanais em pelo menos três outros dias da semana. Atenção! - É proibida a existência de espaços restritivos (celas fortes); - Deve ser resguardada a inviolabilidade da correspondência dos pacientes internados; - Deve haver registro adequado dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos efetuados nos pacientes; 4-(Quadrix/ CFP- 2018) O Ministério da Saúde estabeleceu, na Portaria n.º 251/GM, as diretrizes e normas para a assistência hospitalar psiquiátrica. Com relação a esse tema, julgue os próximos itens. I Define como hospital psiquiátrico aquele cuja maioria de leitos se destine ao tratamento especializado de clientela psiquiátrica em regime de internação. II Exige a obrigatoriedade do registro periódico, em prontuário, dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos. III Proíbe a existência de espaços restritivos (cela forte). Assinale a alternativa correta. a) Todos os itens estão certos. b) Apenas os itens I e II estão certos. c) Apenas os itens I e III estão certos. d) Apenas os itens II e III estão certos. e) Nenhum item está certo. Comentários A afirmativa I está correta. Hospital psiquiátrico é aquele cuja maioria de leitos se destine ao tratamento especializado de clientela psiquiátrica em regime de internação. A afirmativa II está correta. Deve haver registro adequado dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos efetuados nos pacientes; A afirmativa III está correta. É proibida a existência de espaços restritivos (celas fortes). Gabarito: Alternativa A Tudo certo até aqui? Detalharemos então algumas especificidades relacionadas aos CAPs... Atenção total! Centro de Atenção Psicossocial (Portaria nº 336/2002 e Resolução nº 32/2017) Amigos, o CAPS é um lugar de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e/ou persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida. O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à população de sua área de abrangência, realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. É um serviço de atendimento de saúde mental criado para ser substitutivo às internações em hospitais psiquiátricos. Esses serviços visam: • prestar atendimento em regime de atenção diária; • gerenciar os projetos terapêuticos oferecendo cuidado clínico eficiente e personalizado; • promover a inserção social dos usuários através de ações intersetoriais que envolvam educação, trabalho, esporte, cultura e lazer, montando estratégias conjuntas de enfrentamento dos problemas. Os CAPS também têm a responsabilidade de organizar a rede de serviços de saúde mental de seu território; • dar suporte e supervisionar a atenção à saúde mental na rede básica, PSF (Programa de Saúde da Família), PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde); • regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental de sua área; • coordenar junto com o gestor local as atividades de supervisão de unidades hospitalares psiquiátricas que atuem no seu território; • manter atualizada a listagem dos pacientes de sua região que utilizam medicamentos para a saúde mental. Os CAPS devem contar com espaço próprio e adequadamente preparado para atender à sua demanda específica, sendo capazes de oferecer um ambiente continente e estruturado. Deverão contar , no mínimo , com os seguintes recursos físicos: • consultórios para atividades individuais (consultas, entrevistas, terapias); • salas para atividades grupais; • espaço de convivência; • oficinas; • refeitório (o CAPS deve ter capacidade para oferecer refeições de acordo com o tempo de permanência de cada paciente na unidade); • sanitários; • área externa para oficinas, recreação e esportes. As práticas realizadas nos CAPS se caracterizam por ocorrerem em ambiente aberto, acolhedor e inserido na cidade, no bairro. Para ser atendido num CAPS pode-se procurar diretamente esse serviço ou ser encaminhado pelo Programa de Saúde da Família ou por qualquer serviço de saúde. A pessoa pode ir sozinha ou acompanhada, devendo procurar, preferencialmente, o CAPS que atende à região onde mora. Todo o trabalho desenvolvido no CAPS deverá ser realizado em um “meio terapêutico”, isto é, tanto as sessões individuais ou grupais como a convivência no serviço têm finalidade terapêutica . Cada usuário de CAPS deve ter um projeto terapêutico individual, ou seja, um conjunto de atendimentos que respeite a sua particularidade, que personalize o atendimento de cada pessoa na unidade e fora dela e proponha atividades durante a permanência diária no serviço, segundo suas necessidades. A depender do projeto terapêutico do usuário do serviço, o CAPS poderá oferecer Atendimento Intensivo, Semi-intensivo e Atendimento Não-intensivo: Amigos, a Portaria nº 336/2002 visa estabelecer que os Centros de Atenção Psicossocial poderão constituir-se nas seguintes modalidades de serviços: CAPS I, CAPS II e CAPS III, definidos por ordem crescente de porte/complexidade e abrangência populacional. Os CAPS deverão constituir-se em serviço ambulatorial de atenção diária que funcione segundo a lógica do território e só poderão funcionar em área física específica e independente de qualquer estruturahospitalar. Os CAPS poderão localizar-se dentro dos limites da área física de uma unidade hospitalar geral, ou dentro do conjunto arquitetônico de instituições universitárias de saúde, desde que independentes de sua estrutura física, com acesso privativo e equipe profissional própria. CAPS I - Serviço de atenção psicossocial com capacidade operacional para atendimento em municípios com população entre 20.000 e 70.000 habitantes. A equipe técnica mínima para atuação no CAPS I, para o a tendimento de 20 (vinte) pacientes por turno, tendo como limite máximo 30 (trinta) pacientes/dia, em regime de atendimento intensivo. Funcionamento Público Assistência Equipe CAP S I Período de 08 às 18 horas, em 02 (dois) turnos, durante os cinco dias úteis da semana Todas as idades Atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, de orientação, entre outros); Atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte social, entre outras); Atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível superior ou nível médio; Visitas domiciliares; Atendimento à família; Atividades comunitárias enfocando a integração do paciente na comunidade e sua inserção familiar e social; 01 (um) médico com formação em saúde mental; 01 (um) enfermeiro; 03 (três) profissionais de nível superior entre as seguintes categorias profissionais: psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico. 04 (quatro) profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão; CAPS II - Serviço de atenção psicossocial com capacidade operacional para atendimento em municípios com população entre 70.000 e 200.000 habitantes. A equipe técnica mínima para atuação no CAPS III, para o atendimento de 40 (quarenta) pacientes por turno, tendo como limite máximo 60 (sessenta) pacientes/dia, em regime intensivo. Funcionamento Público Assistência Equipe CAP S II 8:00 às 18:00 horas, em 02 (dois) turnos, durante os cinco dias úteis da semana, podendo comportar um terceiro turno funcionando até às 21:00 horas. Todas as idades Atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, de orientação, entre outros); Atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte social, entre outras); Atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível superior ou nível médio; Visitas domiciliares; Atendimento à família; Atividades comunitárias enfocando a integração do paciente na comunidade e sua inserção familiar e social; 01 (um) médico psiquiatra; 01 (um) enfermeiro com formação em saúde mental; 04 (quatro) profissionais de nível superior entre as seguintes categorias profissionais: psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico. 06 (seis) profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão. OBS: Os pacientes assistidos em um turno (04 horas) receberão uma refeição diária: os assistidos em dois turnos (08 horas) receberão duas refeições diárias . CAPS III - Serviço de atenção psicossocial com capacidade operacional para atendimento em municípios com população acima de 200.000 habitantes. Funcionamento Público Assistência Equipe CAP S III Serviço ambulatorial de atenção contínua, durante 24 horas diariamente, incluindo feriados e finais de semana; Todas as idades Atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, orientação, entre outros); Atendimento grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte social, entre outras); Atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível superior ou nível médio; Visitas e atendimentos domiciliares; Atendimento à família; Atividades comunitárias enfocando a integração do doente mental na comunidade e sua inserção familiar e social; Acolhimento noturno, nos feriados e finais de semana, com no máximo 05 (cinco) leitos, para eventual repouso e/ou observação; 02 (dois) médicos psiquiatras; 01 (um) enfermeiro com formação em saúde mental. 05 (cinco) profissionais de nível superior entre as seguintes categorias: psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico; 08 (oito) profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão. Para o período de acolhimento noturno, em plantões corridos de 12 horas, a equipe deve ser composta por: 03 (três) técnicos/auxiliares de enfermagem, sob supervisão do enfermeiro do serviço; 01 (um) profissional de nível médio da área de apoio; Para as 12 horas diurnas, nos sábados, domingos e feriados, a equipe deve ser composta por: 01 (um) profissional de nível superior dentre as seguintes categorias: médico, enfermeiro, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, ou outro profissional de nível superior justificado pelo projeto terapêutico; 03 (três) técnicos/auxiliares técnicos de enfermagem, sob supervisão do enfermeiro do serviço 01 (um) profissional de nível médio da área de apoio. Os pacientes assistidos em um turno (04 horas) receberão uma refeição diária; os assistidos em dois turnos (08 horas) receberão duas refeições diárias, e os que permanecerem no serviço durante 24 horas contínuas receberão 04 (quatro) refeições diárias. A permanência de um mesmo paciente no acolhimento noturno fica limitada a 07 (sete) dias corridos ou 10 (dez) dias intercalados em um período de 30 (trinta) dias. CAPS i II - Serviço de atenção psicossocial para atendimentos a crianças e adolescentes, constituindo-se na referência para uma população de cerca de 200.000 habitantes, ou outro parâmetro populacional a ser definido pelo gestor local, atendendo a critérios epidemiológicos. A equipe técnica mínima para atuação no CAPS i II, para o atendimento de 15 (quinze) crianças e/ou adolescentes por turno, tendo como limite máximo 25 (vinte e cinco) pacientes/dia. Funcionamento Público Assistência Equipe CAP S i II 8:00 às 18:00 horas, em 02 (dois) turnos, durante os cinco dias úteis da semana, podendo comportar um terceiro turno que funcione até às 21:00 horas. Serviço ambulatorial de atenção diária destinado a crianças e adolescentes com transtornos mentais; Atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, de orientação, entre outros); Atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte social, entre outros); Atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível superiorou nível médio; Visitas e atendimentos domiciliares; Atendimento à família; Atividades comunitárias enfocando a integração da criança e do adolescente na família, na escola, na comunidade ou quaisquer outras formas de inserção social; Desenvolvimento de ações inter-setoriais, principalmente com as áreas de assistência social, educação e justiça; 01 (um) médico psiquiatra, ou neurologista ou pediatra com formação em saúde mental; 01 (um) enfermeiro. 04 (quatro) profissionais de nível superior entre as seguintes categorias profissionais: psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico; 05 (cinco) profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão. Os pacientes assistidos em um turno (04 horas) receberão uma refeição diária, os assistidos em dois turnos (08 horas) receberão duas refeições diárias; CAPS ad II - Serviço de atenção psicossocial para atendimento de pacientes com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas, com capacidade operacional para atendimento em municípios com população superior a 70.000 . A equipe técnica mínima para atuação no CAPS ad II para atendimento de 25 (vinte e cinco) pacientes por turno, tendo como limite máximo 45 (quarenta e cinco) pacientes/dia, Funcionamento Público Assistência Equipe CAP S ad II De 8:00 às 18:00 horas, em 02 (dois) turnos, durante os cinco dias úteis da semana, podendo comportar um terceiro turno funcionando até às 21:00 horas. Serviço ambulatorial de atenção diária destinado a crianças e adolescentes com transtornos mentais; Atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, de orientação, entre outros); Atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte social, entre outras); Atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível superior ou nível médio; Visitas e atendimentos domiciliares; Atendimento à família; Atividades comunitárias enfocando a integração do dependente químico na comunidade e sua inserção familiar e social; Os pacientes assistidos em um turno (04 horas) receberão uma refeição diária; os assistidos em dois turnos (08 horas) receberão duas refeições diárias. Atendimento de desintoxicação. 01 (um) médico psiquiatra; 01 (um) enfermeiro com formação em saúde mental; 01 (um) médico clínico, responsável pela triagem, avaliação e acompanhamento das intercorrências clínicas; 04 (quatro) profissionais de nível superior entre as seguintes categorias profissionais: psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico; e - 06 (seis) profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão. Os pacientes assistidos em um turno (04 horas) receberão uma refeição diária; os assistidos em dois turnos (08 horas) receberão duas refeições diárias. Pessoal, vale acrescentar que a resoluçãonº 32/2017 aprova a criação de nova modalidade de Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e outras Drogas do Tipo IV (CAPS AD IV). O CAPS AD IV é o Ponto de Atenção Especializada que integra a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), destinado a proporcionar a atenção integral e contínua a pessoas com necessidades relacionadas ao consumo de álcool, crack e outras drogas. Criado em Municípios com população acima de 500.000 habitantes, bem como nas capitais estaduais. Funcionamento Público Assistência Equipe CAPS ad II 24 (vinte e quatro) horas por dia e em todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados. Atendimento a adultos ou crianças e adolescentes, conjunta ou separadamente. Trabalhar de portas abertas, com plantões diários de acolhimento e tratamento, garantindo acesso para clientela referenciada e responsabilização efetiva pelos casos, sob a lógica de equipe Interdisciplinar, conforme definido nesta Portaria; Atendimento individual para consultas de rotina e de emergência, atendimento psicoterápico e de orientação, dentre outros; Oferta de medicação assistida e dispensada; Atendimento em grupos para psicoterapia, grupo operativo e atividades de suporte social, dentre outras; Oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível universitário ou de nível médio, nos termos desta Portaria; Visitas e atendimentos domiciliares; Atendimento à família, individual e em grupo; Atividades de reabilitação psicossocial; Estimular o protagonismo dos usuários e familiares, promovendo atividades participativas e de controle social; e Fornecimento de refeição diária aos usuários. Turno Diurno: 1 (um) médico clínico (diarista); 2 (dois) médicos psiquiatras (um diarista e um plantonista 12h); 2 (dois) enfermeiros com experiência e/ou formação na área de saúde mental (plantonistas 12h); 6 (seis) profissionais de nível universitário pertencentes às categorias profissionais (diaristas) de psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional e educador físico; 6 (seis) técnicos de enfermagem (plantonistas 12h); e 4 (quatro) profissionais de nível médio. Turno Noturno: 1 (um) médico psiquiatra (plantonista 12h); 1 um (um) enfermeiro com experiência e/ou formação na área de saúde mental (plantonista 12h); e 5 (cinco) técnicos de enfermagem (plantonistas 12h). O CAPS AD IV terá a seguinte estrutura física mínima, conforme as normas sanitárias vigentes: I - recepção e espaço para acolhimento inicial / espera; II - salas para atendimento individual (consultório); III - sala para atendimento de grupo; IV - espaço para refeições; V - espaço para convivência; VI - banheiros com chuveiro; VII - espaço para atividades físicas / esportes; VIII - no mínimo 10 (dez) e no máximo 20 (vinte) leitos de observação; IX - posto de enfermagem; X - sala para reuniões da equipe técnica; e XI - espaço para atendimento e tratamento de urgências e emergências médicas. Vamos treinar com uma questão? 5-(IBADE / Prefeitura de Ji-Paraná - RO -2018) A respeito dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), é correto afirmar que: a) para ser atendido em um CAPS pode-se procurar diretamente esse serviço ou ser encaminhado pelo Programa de Saúde da Família ou por qualquer serviço de saúde. b) o objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à demanda espontânea, realizando diagnóstico e referenciando o paciente a hospitais especializados. c) o CAPS deve contar com espaço próprio e adequadamente preparado com, no mínimo, consultórios individuais e salas para atividades grupais. d) o trabalho desenvolvido no CAPS deverá ser realizado, prioritariamente, em sessões individuais com o psiquiatra e/ou psicólogo. Comentários A alternativa A está
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