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Anorexia nervosa

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Revista de Iniciação Científica, Criciúma, v. 15, n. 1, 2017 | ISSN 1678-7706 
 
ANOREXIA NERVOSA NA ADOLESCÊNCIA: UMA REVISÃO NÃO 
SISTEMÁTICA1 
 
Maria Elesiane Damasio Cardoso Crocetta2 
Karin Martins Gomes3 
 
Resumo 
A presente pesquisa apresenta como tema central anorexia nervosa na adolescência, tem como 
objetivo geral, identificar fatores predisponentes da anorexia nervosa em adolescentes. Como 
objetivos específicos: verificar idade e sexo de maior incidência; identificar as consequências 
orgânicas e emocionais; identificar pesquisas sobre prevenção de Anorexia Nervosa. Trata-se 
de uma pesquisa de revisão não sistemática, desenvolvida a partir de artigos científicos 
publicados entre 2003 a 2016, foram consultadas as bases de dados bibliográficas Scielo 
(Scientific Eletronic Libraly Online); Pepsic (Periódicos Eletrônicos de Psicologia) e Google 
Acadêmico a fim de se identificar publicações recentes envolvendo a temática sobre o 
transtorno alimentar anorexia nervosa. Através deste estudo verificou-se que a anorexia 
nervosa (AN) é uma doença grave de etiologia multifatorial, que envolve predisposição 
genética, fatores socioculturais, vulnerabilidades biológicas e também psicológicas. 
Caracteriza-se por séria restrição alimentar auto-imposta, atinge frequentemente adolescentes 
do sexo feminino, na faixa etária dos 10 aos 20 anos de idade, com consequências orgânicas e 
psíquicas graves, e alta taxa de mortalidade. Destaca-se estabelecer estratégias para um 
trabalho preventivo, com a finalidade de auxiliar os indivíduos na prevenção de situações de 
riscos que esses comportamentos podem ocasionar, a fim de prestar a contribuição para o 
público feminino jovem como forma de conscientizar o perigo da doença e a necessidade de 
ajuda. 
Palavras-chave: Transtornos alimentares; Anorexia Nervosa; Adolescência. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Desiquilíbrio emocional e Transtorno Alimentar (TA) são uma combinação da reação 
de uma sociedade obsessiva, conduzindo ao sofrimento psíquico e a alteração do estado de 
saúde, sendo um dos diagnósticos à anorexia nervosa (AN). Essas disfunções são maneiras de 
expressar sofrimentos subjetivos de diferentes ordens especialmente na expressão da 
sexualidade feminina (BORN et al. 2013). 
 
1 Artigo baseado na Monografia Pós-graduação especialização em Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) e 
Aplicabilidade nas Psicopatologias. 
2 Psicóloga. Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina – UNESC - Criciúma - SC - Brasil. E-mail: 
elecrocetta@hotmail.com. 
3 Psicóloga Dra. Orientadora - UNESC - Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina - Criciúma - SC - 
Brasil. E-mail: karin@unesc.net. 
CROCETTA, GOMES ANOREXIA NERVOSA NA ADOLESCÊNCIA: 
UMA REVISÃO NÃO SISTEMÁTICA 
Revista de Iniciação Científica, Criciúma, v. 15, n. 1, 2017 | ISSN 1678-7706 
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Os TA segundo Souza e Pessa (2016) são transtornos mentais que abrangem sintomas 
físicos e psíquicos cuja origem é multifatorial, compreendendo predisposição genética e 
sociocultural, desiquilíbrio biológico e psicológico, além de questões familiares de valores de 
relação afetiva disfuncionais. 
Os fatores predisponentes são aqueles que aumentam a probabilidade de manifestação 
do TA, mas não o tornam inevitável, como a comorbidade com outras doenças psiquiátricas, a 
história de transtornos psiquiátricos na família, abuso físico ou sexual e situações adversas na 
infância (BORN et al. 2013). 
Torres e Guerra (2003) esclarecem que os TA têm aparecido com frequência nas 
clínicas sendo considerados o grupo das psicopatologias mais comuns em adolescentes do 
sexo feminino. 
De acordo com Oliveira et al. (2013) a adolescência é uma etapa determinada por 
alterações que ocorrem concomitantemente. Desse modo, o corpo ganha nova forma e a 
percepção de si mesmo é transformada. Nessa etapa, dá início a formação da identidade e dos 
valores sociais, a obrigação de se enquadrar pode fazer com que sejam feitas limitações 
alimentares ocasionando em implicações gravíssimas. 
A fase de transformação expõe o adolescente a fatores de risco que podem ser 
compreendidos como variáveis individuais ou ambientais, acrescentando a probabilidade de 
consequências negativas sobre a saúde, o bem-estar e o comportamento (USINIAN E 
VITALLE, 2015). 
Os fatores classificados de risco para o desencadeamento de práticas alimentares 
inadequados em adolescentes, segundo Fortes et al. (2013) são: a) insatisfação corporal – 
considerada um desgosto profundo com o corpo; b) prática extenuante de atividade física; c) 
estado nutricional inadequado; d) adiposidade corporal elevada, etnia branca; e e) estrato 
econômico elevado. 
Oliveira e Santos (2006) apontam que os TA são condições psiquiátricas identificadas 
por uma grave alteração do comportamento alimentar, sendo a anorexia e a bulimia nervosa 
os principais. 
Conforme Abreu e Filho (2005) a AN destaca-se pela perda de peso acentuada à custa 
de dietas severas auto impostas, visando uma busca descontrolada para alcançar a condição de 
magreza, seguida por uma distorção expressiva da imagem corporal e com manifestação de 
amenorreia. 
CROCETTA, GOMES ANOREXIA NERVOSA NA ADOLESCÊNCIA: 
UMA REVISÃO NÃO SISTEMÁTICA 
Revista de Iniciação Científica, Criciúma, v. 15, n. 1, 2017 | ISSN 1678-7706 
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A patologia habitualmente inicia com um jejum progressivo, no qual inicialmente não 
são consumidos os alimentos calóricos, estendendo-se sucessivamente a outros tipos de 
alimentos (DUNKER E PHILIPPI, 2003). 
Oliveira e Santos (2006) esclarecem que a AN pode ser determinada como uma 
resistência sistemática em manter o peso no mínimo normal apropriado à idade e altura, 
seguida de uma confusão na maneira como o sujeito vivência seu peso e sua forma física. 
 A AN abrange graves perturbações no comportamento alimentar da pessoa, sendo 
sua principal característica o medo mórbido de engordar, tal patologia define-se pela dieta 
severamente rigorosa, ocasionando em um peso corporal ao menos 85% abaixo do esperado 
para idade e altura (SANTOS E ALMEIDA, 2008). 
Cordás (2004) coloca que a AN se configura por perda de peso excessiva e proposital 
às custas de dietas exageradamente rígidas com uma procura desmedida pela magreza, uma 
distorção grosseira da imagem corporal e mudança do ciclo menstrual. 
De acordo com Castro e Brandão (2014) a AN é caracterizada pela resistência da 
pessoa em manter um peso apropriado para sua estatura, medo excessivo de ganhar peso, 
recusa alimentar associada a uma distorção da imagem corporal, além de negação da própria 
condição doentia. Existe ainda uma busca constante pela magreza. Neste caso o peso e o 
formato corporal exercem nítida influência na determinação da autoestima dos pacientes, que 
via de regra aparece rebaixada. 
Diante dos fatos demostrados acima, parte-se do argumento que é essencial abordar o 
tema AN em adolescentes, uma vez que estas se encontram numa fase do desenvolvimento 
humano marcado por um momento de intensas transformações físicas, psíquicas e sociais, 
onde muitas poderão estar suscetíveis ao desenvolvimento da AN, uma vez que estão no 
processo de formação da identidade, percorrendo por diferentes grupos e alterando sua 
percepção em relação aos valores sociais. 
Portanto este artigo tem como objetivo identificar os fatores predisponentes da AN em 
adolescentes, buscando verificar a idade e sexo de maior incidência, identificar as 
consequências orgânicas e emocionais bem como, verificar a ocorrência de pesquisas sobre a 
prevençãode anorexia nervosa. 
 
2 MATERIAL E MÉTODOS 
 
Para identificação de artigos foram consultadas as bases de dados bibliográficas Scielo 
(Scientific Eletronic Libraly Online); Pepsic (Periódicos Eletrônicos de Psicologia) e Google 
CROCETTA, GOMES ANOREXIA NERVOSA NA ADOLESCÊNCIA: 
UMA REVISÃO NÃO SISTEMÁTICA 
Revista de Iniciação Científica, Criciúma, v. 15, n. 1, 2017 | ISSN 1678-7706 
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Acadêmico a fim de se identificar publicações envolvendo a temática sobre o transtorno 
alimentar anorexia nervosa. 
Utilizou-se os descritores – palavras chaves: “anorexia nervosa”, “transtornos 
alimentares”, “adolescência”, “sofrimento psíquico”, “fatores predisponentes, “consequências 
orgânicas e emocionais”, prevenção na anorexia”. 
Foram excluídos artigos que não condiziam com o tema da pesquisa; artigos que não 
estavam disponíveis na íntegra; estudos em duplicidade nas bases de dados. 
Afim de detalhar e sistematizar os resultados encontrados, construiu-se um quadro 
contendo as informações dos autores e ano de publicação; os participantes do estudo; a idade 
dos participantes; o foco do estudo; o método do estudo e os resultados do estudo. 
A análise de seleção dos artigos encontrados ocorreu de acordo com a seguinte 
sistematização: a avaliação inicial do material bibliográfico mediante a leitura dos resumos, 
com a finalidade de selecionar aqueles que atendiam aos objetivos do estudo, através do tema 
proposto, onde foram totalizados 40 artigos. A seguir realizou-se a leitura dos artigos 
selecionados na íntegra, com a seleção final de 18 artigos para o estudo de revisão. 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A apresentação da revisão e a discussão dos dados foram realizados de maneira 
descritiva, sendo analisados 18 artigos que atenderam os critérios de inclusão. 
 
Tabela 1. Características dos estudos publicados entre 2003 e 2013 sobre o Transtorno Alimentar Anorexia 
Nervosa. 
Autores Participantes Idade Foco do estudo Método Resultados 
BORN et al. 
(2013) 
Adolescentes e 
mulheres jovens 
10 e 20 
anos 
Compreender suas 
possíveis causas, 
incidências, 
consequências 
orgânicas e 
emocionais para o 
portador desta 
patologia, como 
também o 
conhecimento dos 
tratamentos 
existentes. 
Revisão de 
literatura 
Tal patologia se mostra 
muito complexa, pois 
além de envolver 
questões alimentares 
“enraizadas” desde a 
infância, com déficit 
orgânico ligado a 
restrição calórica, é 
também deflagrada por 
crises emocionais, com 
fragilidades 
psíquicas e sociais, ou 
seja, insere o indivíduo 
em uma vertente 
biopsicossocial, o que 
fará consequentemente 
com que apresente um 
sistema emocional 
desordenado. 
CROCETTA, GOMES ANOREXIA NERVOSA NA ADOLESCÊNCIA: 
UMA REVISÃO NÃO SISTEMÁTICA 
Revista de Iniciação Científica, Criciúma, v. 15, n. 1, 2017 | ISSN 1678-7706 
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Autores Participantes Idade Foco do estudo Método Resultados 
RIBEIRO e 
OLIVEIRA (2011) 
Adolescentes e 
adultos jovens 
13 e 17 
anos 
Detalhar todas as 
situações que têm 
acontecido na busca 
desse corpo perfeito 
é o objetivo do 
artigo alertando 
profissionais que 
trabalham com 
adolescentes e 
adultos jovens para 
os riscos a que 
estão sujeitos. 
Artigo de 
atualização 
Orientar os jovens que 
viver é muito mais que 
ter, consumir e adquirir 
bens. 
Viver é buscar, 
entender e dimensionar 
aquilo que nos 
caracteriza 
como seres humanos. 
É preciso pensar... 
questionar... ter 
consciência crítica... 
refletir 
MARTINS et al. 
(2009) 
Imagens de 
meninas 
portadoras do 
distúrbio da 
anorexia 
13 a 18 
anos 
Conscientizar as 
jovens de que a 
anorexia é uma 
doença e é 
necessário buscar 
ajuda 
Bricolagem de 
imagens e 
textos editado 
com o 
programa 
Windows 
Movie Maker 
A Peça com o apelo de 
prevenção, alerta e 
conscientização busca 
encontrar eco nas 
jovens que sofrem esta 
doença, assim a 
Propaganda cumpre 
sua função social que é 
o engajamento na luta 
e, ao mesmo tempo, 
divide com a Ong 
GATDA a 
responsabilidade de 
fazer diferente, de dizer 
que “estamos juntos”. 
CAVALCANTE 
(2009) 
Adolescentes 
sexo feminino 
14 e 18 
anos 
Compreender a 
dinâmica de 
famílias que possui 
um membro 
adolescente, 
portador de 
anorexia nervosa 
Pesquisa 
qualitativa 
Os dados do nosso 
estudo confirmaram 
que a visão de que a 
anorexia apresentada 
por um membro da 
família está relacionada 
com todos os outros, e 
a forma como se 
relacionam no contexto 
familiar 
SANTOS E 
ALMEIDA 
(2008) 
Adolescentes 
sexo feminino 
15 a 18 
anos 
Esclarecer a 
etiologia, 
diagnóstico e 
tratamento da 
Anorexia 
Nervosa. 
Revisão 
bibliográfica 
Foi possível observar 
que a fisiopatologia da 
doença 
permanece obscura e 
que, por consequência, 
sua terapêutica ainda é 
limitada, e deve ser 
centrada em uma 
abordagem holística 
para possibilitar seu 
sucesso. 
SCHMIDT e 
DA MATA 
(2008) 
Sexo feminino 
14 e 17 
anos 
Discute-se a 
anorexia como uma 
apresentação da 
estrutura histérica 
Uma revisão 
de alguns 
pontos de vista 
em relação à 
anorexia 
nervosa 
Para Freud, a anorexia 
nervosa seria um 
quadro pela qual a 
histérica exprime sua 
aversão a sexualidade 
CROCETTA, GOMES ANOREXIA NERVOSA NA ADOLESCÊNCIA: 
UMA REVISÃO NÃO SISTEMÁTICA 
Revista de Iniciação Científica, Criciúma, v. 15, n. 1, 2017 | ISSN 1678-7706 
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Autores Participantes Idade Foco do estudo Método Resultados 
CAÑETE et al. 
(2008) 
Adolescente 
sexo feminino 
 
Descrever um caso 
de A.N. tratado em 
grupo 
psicoterápico, 
heterogêneo, de 
adolescentes, sem 
focar no 
comportamento 
anoréxico 
Grupo 
heterogêneo 
O método terapêutico 
empregado, em grupo 
heterogêneo, sem focar 
no comportamento 
anoréxico, mostrou-se 
eficaz tanto na 
aderência ao tratamento 
quanto na evolução do 
caso 
ALVES et al. 
(2008) 
Adolescentes 
sexo feminino 
 
10 a 19 
anos 
 
Identificar a 
prevalência de 
sintomas de 
anorexia nervosa e 
de insatisfação com 
a imagem corporal 
em adolescentes 
(sexo feminino) de 
Florianópolis, Santa 
Catarina, Brasil. 
Estudo 
realizado no 
município de 
Florianópolis, 
envolvendo 
adolescentes 
do sexo 
feminino 
Pode-se concluir que 
as adolescentes em 
Florianópolis 
apresentam índices 
de EAT+ semelhantes 
àqueles observados em 
outras regiões 
brasileiras. 
JORGE E 
VITALLE 
(2008) 
Adolescente e 
adulto jovem do 
sexo feminino 
13 e 14 
anos 
 
17 e 18 
anos 
Esse trabalho teve 
como objetivo fazer 
uma revisão para 
verificar o estado 
da arte da 
Anorexia nervosa 
Revisão 
bibliográfica 
Anorexia nervosa é 
doença complexa, que 
impõe 
grandes desafios a cada 
estágio do tratamento, 
sua avaliação deve 
abranger os aspectos 
Psicopatológicos 
específicos e gerais, 
além do distúrbio da 
imagem corporal 
 
DUNKER e 
PHILIPPI 
(2003) 
 
279 
adolescentes do 
sexo feminino 
 
15 a 18 
anos 
Identificar 
adolescentes do 
sexo feminino com 
sintomas de AN em 
uma instituição de 
ensino particular,descrevendo seus 
hábitos e 
comportamentos 
alimentares 
Pesquisa feita 
a partir de um 
questionário 
validado por 
Garner et al. 
(1982) em 
anoréxicas 
Das 279 alunas 
estudadas, 
21,1% apresentaram 
sintomas de anorexia 
nervosa 
 
De todos os artigos analisados, 09 deles apontam que as maiores taxas de incidência 
da AN geralmente ocorreram na adolescência na faixa etária entre os 10 e 19 anos de idade. 
Podendo manifestar-se, prematuramente (em meninas menores de 10 anos de idade), como 
tardiamente (após os 23 anos). (Born et al.,2013; Martins et al., 2009; Ribeiro e Oliveira, 
2011; Cavalcante, 2009; Santos e Almeida, 2008; Schmidt e Da Mata, 2008; Alves et al., 
2008; Jorge e Vitalle, 2008; Dunker e Philippi, 2003). 
CROCETTA, GOMES ANOREXIA NERVOSA NA ADOLESCÊNCIA: 
UMA REVISÃO NÃO SISTEMÁTICA 
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A adolescência, é uma fase de várias transformações que ocorre entre os 10 e 20 anos 
de idade, segundo Born et al. (2013) a AN acontece com maior destaque nesta fase, por 
ocorrerem alterações marcantes na fisiologia e bioquímica, com um acúmulo acentuado de 
gordura, principalmente nas mulheres. Em razão a uma má aceitação das alterações corporais, 
especialmente do peso, e, relacionados a fatores psicológicos individuais e familiares e ao 
forte apelo sociocultural da devoção à magreza, acaba por propiciar à AN. 
Martins et al. (2009) afirmam que a AN é uma doença identificada por uma perda 
alternativa de peso e se apresenta em meninas ao longo dos primeiros anos de sua 
adolescência entre 13 e 18 anos de idade. Outros autores corroboram com o início da AN, 
como Ribeiro e Oliveira, (2011), Cavalcante (2009), Santos e Almeida (2008), Schmidt e Da 
Mata (2008), Alves et al. (2008), Jorge e Vitalle (2008), Dunker e Philippi (2003). 
Dentre os 18 artigos selecionados, 10 deles abordam que entre 80 e 90% dos 
indivíduos atingidos pela AN são do sexo feminino, a insatisfação corporal é a principal 
variável que representa riscos para o desenvolvimento do comportamento alimentar 
inadequado entre jovens do sexo feminino. (Born et al., 2013; Ribeiro e Oliveira, 2011; 
Martins et al., 2009; Cavalcante, 2009; Santos e Almeida, 2008; Cañete et al., 2008; Alves et 
al., 2008; Schmidt e Da Mata, 2008; Jorge e Vitalle, 2008; Durker e Philippi, 2003). 
A incidência da AN segundo Born et al., (2013) têm intensificado cerca de 300% nas 
últimas décadas, principalmente entre adolescentes do sexo feminino dos países ocidentais. 
Esse aumento da incidência condiz com o destaque na magreza feminina e com uma 
expressão de atração sexual. A incidência média anual do transtorno alimentar AN na 
população em geral é de 18,5 por 100.000 entre as mulheres e 2,25 por 100.000 entre os 
homens (BORN et al., 2013, p. 04). 
Atualmente, o culto ao corpo tornou-se, cada vez mais frequente na adolescência e na 
juventude, estabelecendo uma verdadeira obsessão especialmente em adolescentes e adultos 
jovens, sendo nove vezes mais comum em meninas (RIBEIRO E OLIVEIRA, 2011). 
Martins et al (2009) enfatiza que AN é uma patologia caracterizada por uma perda 
voluntária de peso e se apresenta em meninas durante os primeiros anos de sua adolescência, 
segundo a Diretora e Psicóloga do GATDA, Valéria Lemos Palazzo, esta patologia é movida 
por um desejo de emagrecer aliada a um medo intenso de engordar. A perda de peso acontece 
pela diminuição da alimentação, a prática de atividades físicas excessivas, uso de redutores de 
apetite, laxantes e/ou diuréticos e a auto-indução do vômito. 
Dentre os 18 artigos citados 04 deles descrevem sobre as consequências orgânicas e 
emocionais da AN. A patologia caracteriza-se por seria restrição alimentar auto-imposta com 
CROCETTA, GOMES ANOREXIA NERVOSA NA ADOLESCÊNCIA: 
UMA REVISÃO NÃO SISTEMÁTICA 
Revista de Iniciação Científica, Criciúma, v. 15, n. 1, 2017 | ISSN 1678-7706 
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consequências orgânicas e emocionais graves e altas taxas de mortalidade devidos 
principalmente a suicídios e ocorrências cardiovasculares. As consequências orgânicas 
compreendem variados sintomas, são atribuídos ao estado de extremo enfraquecimento, 
conhecido por inanição. Além da amenorreia (ausência de menstruação), pode haver queixas 
de constipação, dor abdominal, intolerância ao frio, hipotensão, hipotermia, sonolência, pele 
seca e amarelada, entre outros. As consequências emocionais mais frequentes na AN são: 
Mudanças bruscas de humor; baixa auto-estima; tristeza, insônia; sentimento de culpa após se 
alimentar; medo intenso de ganhar peso ou tornar-se gorda, isolamento social e/ou familiar; 
distorção da imagem corporal, entre outros. (Bonr et al., 2013; Martins et al., 2009; 
Cavalcante, 2009; Cañete et al., 2008). 
Os TA são constantemente considerados quadros clínicos vinculados à modernidade, 
segundo Bonr et al, (2013) suas complicações orgânicas compreendem variados órgãos e 
sistemas, que por sua vez respondem de maneira especifica ao grau de desnutrição alcançado, 
corpo esquelético, cabelos caindo, debilidade. A representação mental que a pessoa exerce 
sobre o seu corpo é contraditório à sua realidade carnal, a anoréxica descreve o seu corpo 
sempre gordo. Essa auto-imagem desarticulada da realidade da carne, em excesso é a sentença 
instigante dessa patologia. Como descrição das consequências emocionais mais frequentes na 
AN estão: Desenvolvimento insatisfatório da identidade, baixa autoestima, frustação, 
propensão a buscar aceitação externa, extrema sensibilidade a críticas, e, por fim, conflitos 
relacionados as questões autonomia versus dependência. 
Martins et al (2009), Cavalcante (2009) e Cañete et al. (2008) destacam que todos os 
exageros praticados pelas anoréxicas apresentam consequências orgânicas e emocionais 
graves e alto índice de mortalidade, relacionadas especificamente a suicídio e acidentes 
cardiovasculares. 
Entre todos os artigos pesquisados, 02 deles falam sobre a ocorrência de trabalhos 
sobre prevenção de anorexia nervosa. (Martins et al.,2009; Dunker e Philippi, 2003). A 
temática anorexia segundo Martins et al., (2009) ainda não é tão discutida como deveria, salvo 
quando ocorrem as chamadas sensacionalistas “modelo morre de anorexia”, o que torna o 
assunto mais notório, entretanto esquecido com o tempo. Diante disso, tornam-se 
fundamentais as campanhas de conscientização por meio de mídias impressas e eletrônicas 
presentes em lugares públicos com maior incidência de adolescentes, como escolas, 
shoppings, academias, ambientes virtuais, além de orientar os pais desses jovens adolescentes, 
os quais poderão perceber os primeiros indícios de transtornos alimentares e onde buscar 
ajuda de especialistas. 
CROCETTA, GOMES ANOREXIA NERVOSA NA ADOLESCÊNCIA: 
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Segundo Dunker e Philippi (2003) conhecer o tipo da alimentação de adolescentes é 
fundamental para apontar comportamentos e práticas habituais indicativos de uma das 
principais manifestações da AN, que é a limitação alimentar. Pode-se também intervir com 
normas de prevenção em escolas, por meio de educação nutricional, causando alterações nos 
princípios e associações inadequados entre alimentos e peso. 
De acordo com o mesmo autor poderiam ser ainda apresentadas medidas como 
efetivar políticas na área de educação e saúde, objetivando prevenir o surgimento da 
patologia, por intermédio de trabalhos políticosveiculadas pela mídia, integrar no 
planejamento o conteúdo programático em nutrição, alimentação e critérios de peso e o 
exercício físico a partir da pré-escola, envolver e sensibilizar as empresas alimentícias para 
divulgarem comunicados de alimentação adequada nos rótulos dos alimentos, envolver os 
familiares dos adolescentes, incentivando-os com reuniões e debates nas escolas acerca da 
importância das práticas e comportamentos alimentares (DUNKER E PHILIPPI, 2003). 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
 
As adolescentes do sexo feminino são as principais acometidas pelo transtorno 
alimentar anorexia nervosa, eventualmente pelo fato da adolescência ser uma fase em que o 
indivíduo está desenvolvendo a sua maturidade. 
Diante do exposto, pode-se justificar a alta prevalência da sintomatologia anoréxica e 
da distorção da imagem corporal em adolescentes do sexo feminino na faixa etária entre 10 e 
19 anos, podendo manifestar-se, prematuramente (em meninas menores de 10 anos de idade), 
como tardiamente (após os 23 anos). 
A mortalidade de pacientes com AN gira em torno de 15%, visto que hoje os meios de 
comunicação e a mídia vinculam o magro como o ideal. Os exageros praticados pelas 
anoréxicas tem consequências orgânicas e emocionais graves, podendo ser irreversíveis e 
fatais. 
Este estudo apresenta a importância das campanhas de conscientização por meio de 
mídias impressas e eletrônicas presentes em lugares públicos com maior incidência de 
adolescentes, como escolas, shoppings, academias, ambientes virtuais, também na área da 
saúde, além de orientar os pais desses jovens adolescentes, objetivando prevenir o surgimento 
da patologia. 
 
 
CROCETTA, GOMES ANOREXIA NERVOSA NA ADOLESCÊNCIA: 
UMA REVISÃO NÃO SISTEMÁTICA 
Revista de Iniciação Científica, Criciúma, v. 15, n. 1, 2017 | ISSN 1678-7706 
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