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INSTITUTO CUIABÁ DE ENSINO E CULTURA 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CPC – 29 
ATIVOS BIOLÓGICOS E PRODUTOS AGRICOLAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUIABÁ 
2020 
INSTITUTO CUIABÁ DE ENSINO E CULTURA 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
BENTO JUNIOR 
BRUNA CABRAL 
GENÉRITON LOPES 
LUANA MARQUES 
LUCAS PORTO 
RAFAELLE CANDIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
CPC – 29 
ATIVOS BIOLÓGICOS E PRODUTOS AGRÍCOLAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUIABÁ 
2020 
Trabalho apresentado para avaliação 
da disciplina de Normas Internacionais 
De Contabilidade do Instituto Cuiabá de 
Ensino e Cultura para obtenção de nota 
parcial NP1. 
Orientador: Paulo F. Bordalho 
INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho tem como objeto de estudo o CPC 29, norma que regulamenta 
contabilmente os ativos biológicos e produtos agrícolas. Sabemos que o agronegócio 
tem grande participação no PIB do país, sendo assim muito importante para a economia 
brasileira, pois a agricultura representa tudo que é explorado da terra, seja plantações 
ou criação de animais. Mas existe ainda muita dificuldade na sua mensuração, pois são 
seres vivos e por consequência estão sujeitos a transformações biológicas, como 
crescimento, degeneração e morte, além das condições climáticas, que podem afetar 
significativamente o seu valor. 
O comitê de pronunciamentos contábeis (CPC), que é responsável pelos pareceres 
técnicos que regulamenta e harmoniza as normas contábeis, possui o CPC 29, 
procedimento técnico emitido após a lei nº 11.638/07, que está correlacionado com a 
NBC TSP 26 e o IAS 41, emitido pelo International Accounting Standarts Comimitte 
(IASC), denominadas de International Financial Reporting Standards (IFRS). 
Este pronunciamento aborda e estabelece o tratamento contábil e suas divulgações 
para os ativos biológicos e produtos agrícolas, com medidas específicas para a 
mensuração, reconhecimento e evidenciação dos ativos biológicos e produtos agrícolas 
controlados por uma entidade. 
De acordo com o CPC 29, os ativos biológicos devem ser mensurados pelo seu valor 
justo, menos as despesas de venda, de forma confiável. Caso não seja possível 
mensurar confiavelmente, deverá ser mensurado pelo seu valor de custo, menos 
qualquer depreciação ou perda por irrecuperabilidade. 
O CPC 29 é um pronunciamento extremamente conceitual, atualmente bastante 
relevante devido a necessidade de contabilizar todo ativo biológico e produto agrícola 
administrado por uma entidade. Neste trabalho será conceituado ativos biológicos, 
transformação biológica e produtos agrícolas, e suas respectivas divulgações. 
 
CPC 29 – ATIVOS BIOLÓGICOS E PRODUTOS AGRÍCOLAS 
 
 
No Brasil o processo de convergência das normas internacionais de contabilidade, 
foram legalmente determinadas com a regulamentação dadas pelas Leis nº 11.638/07 
e a 11.941/09, que estabelecem modificações voltadas para a Lei nº 6.404/76. Em 07 
de Outubro de 2005, foi criado o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que seu 
principal objetivo é a emissão, estudo e preparo dos pronunciamentos técnicos, edita 
em agosto de 2009 e com vigência a partir de janeiro de 2010, o pronunciamento técnico 
CPC 29 – Ativo biológico e produto agrícola, em correlação com a NBC TSP 26 
elaborada de acordo com a Ipsas 27 – Agriculture, editada pelo International Public 
Sector Accounting Standards Board da International Federation of Accountants 
(IPSASB/Ifac), e com a International Accouting Standard IAS 41 (que trata de ativos 
biológicos e produtos agrícolas), hoje conhecidas como International Financial 
Reporting Standards (IFRS). 
 
Segundo definição do CPC 29, ativo biológico é um animal e/ou uma planta, vivos e que 
esteja sujeito as transformações biológicas; e produção agrícola é o produto colhido de 
ativo biológico da entidade (assim considerada aquela obtida no momento e no ponto 
de colheita dos produtos. Após esse momento, o CPC 16 – Estoques, ou outro 
Pronunciamento Técnico mais adequado, deve ser aplicado). 
 
Os ativos biológicos se dividem entre os consumíveis diretamente e os produtores de 
outros ativos biológicos, o ativo biológico consumível como cultura temporária 
caracterizando-a pelo seu tempo curto de vida (soja, milho, arroz, feijão entre outras) e 
o ativo biológico para produção como cultura permanente visto a mesma proporcionar 
mais de uma colheita ou produção (como é o caso da manga, laranja, goiaba e mamão, 
entre outras). A diferença básica entre as duas culturas é que as temporárias estão 
sujeitas ao replantio e quando são colhidas, arrancadas da terra, possuem vida útil curta, 
não superior a um ano; enquanto as permanentes estão vinculadas ao solo e 
proporcionam mais de uma colheita, sendo fator de produção da empresa por diversos 
anos. 
 
 
 
 
ALCANCE 
 
 
O CPC 29 deve ser aplicado para contabilizar os seguintes itens relacionados com as 
atividades agrícolas: 
• Ativos biológicos, exceto plantas portadoras; 
• Produção agrícola no ponto de colheita; 
• Subvenções governamentais relacionadas a ativos biológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEFINIÇÕES 
 
 
Os seguintes termos são usados neste Pronunciamento com significados específicos: 
 
Ativo biológico é um animal e/ou uma planta, vivos. 
 
Grupo de ativos biológicos é um conjunto de animais ou plantas vivos semelhantes. 
 
Produção agrícola corresponde ao produto obtido de ativo biológico da entidade. 
 
Atividade agrícola é o gerenciamento da transformação biológica e da colheita de 
ativos biológicos realizados pela entidade para: 
• Venda; 
• Distribuição gratuita ou por valor irrisório; ou 
• Conversão em produção agrícola ou em outros ativos biológicos destinados à 
venda ou distribuição gratuita ou por valor irrisório. 
 
Segundo o CPC 29 existem três características comuns das atividades agrícolas: 
• Capacidade de mudança à animais/plantas vivos são capazes de transformações 
biológicas; 
• Gerenciamento de mudanças à o gerenciamento facilita a transformação biológica, 
promovendo, ou pelo menos estabilizando, as condições necessárias para que o 
processo ocorra (por exemplo, nível de nutrientes, umidade, temperatura, 
fertilidade, luz). Tal gerenciamento é que distingue as atividades agrícolas de 
outras atividades. 
• Mensuração da mudança, mudança na qualidade ou quantidade causada pela 
transformação biológica ou colheita é mensurada e monitorada como uma função 
rotineira de gerenciamento. 
 
Plantas portadoras (ou hospedeiras) é a planta viva que: 
• Seja utilizada na produção ou fornecimento de produtos agrícolas; 
• Seja utilizada para produzir frutos por mais de um período; 
• Tem uma probabilidade remota de ser vendida como produto agrícola. 
*Exceto quando ela não tem mais uso, quando ela pode ser vendida como como sucata. 
 
Observe que são três requisitos cumulativos. Destaca-se que as plantas portadoras 
estão fora do escopo do CPC 29. Assim, aplica-se o CPC 16 (Estoques) e/ou CPC 27 
(Ativo Imobilizado), conforme o caso. 
 
Não são plantas portadoras: 
• Plantas cultivadas para serem colhidas como produto agrícola (por exemplo, 
árvores cultivadas para o uso como madeira); 
• Plantas cultivadas para a produção de produtos agrícolas, quando há a 
possibilidade maior do que remota de que a entidade também vai colher e vender 
a planta como produto agrícola, exceto as vendas de sucata como incidentais (por 
exemplo, árvores que são cultivadas por seus frutos e sua madeira); e 
• Culturas anuais (por exemplo, milho e trigo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transformação biológica decorre das mudanças de ativos por meio de: 
• Crescimento (aumento da quantidade ou melhoria da qualidade de animal ou 
planta); 
• Degeneração (redução da quantidade ou da qualidade de animal ou planta); 
• Procriação (geração adicional de animais ou plantas vivos); ou 
• Da geração de produção agrícola, tais como látex, folhas de chá, lã e leite. 
 
Não podemos confundir a transformação biológica com colheita.Colheita é a extração do produto de ativo biológico ou a cessação da vida desse ativo 
biológico. 
 
Despesa de venda são despesas incrementais diretamente atribuíveis à venda de ativo, 
exceto despesas financeiras e tributos sobre o lucro. 
 
A tabela a seguir fornece exemplos de ativos biológicos, produção agrícola e produtos 
resultantes do processamento após a obtenção do produto agrícola: 
 
Ativos biológicos Produtos agrícolas 
Produtos resultantes de 
processamento 
Carneiros Lã Fio, tapete 
Árvores de florestas 
artificiais 
Árvores abatidas Toras, madeira serrada 
Plantas 
Algodão 
Cana colhida 
Fio de algodão, roupa 
Açúcar 
Gado de leite Leite Queijo 
Porcos Porcos abatidos Salsicha, presuntos curados 
Arbustos Folhas Chá, tabaco curado 
Videiras Uva Vinho 
Árvores frutíferas Fruta colhida Fruta processada 
 
 
 
Subvenção governamental (definida no CPC 07) é uma assistência governamental 
geralmente na forma de contribuição de natureza pecuniária, mas não só restrita a ela, 
concedida a uma entidade normalmente em troca do cumprimento passado ou futuro de 
certas condições relacionadas às atividades operacionais da entidade. 
 
Não são subvenções governamentais aquelas que não podem ser razoavelmente 
quantificadas em dinheiro e as transações com o governo que não podem ser 
distinguidas das transações comerciais normais da entidade. 
 
O CPC 29 exige tratamento diferente do CPC 07 se a subvenção do governo se referir 
a ativo biológico mensurado pelo seu valor justo menos despesas estimadas de venda 
ou a subvenção do governo exigir que a entidade não se ocupe de uma atividade 
agrícola específica. 
 
O CPC 07 é somente aplicado à subvenção governamental relacionada a ativo biológico 
mensurado pelo seu custo menos qualquer depreciação acumulada e quaisquer perdas 
irrecuperáveis acumuladas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO 
 
 
O ativo biológico deve ser mensurado ao valo justo menos a despesa de venda no 
momento do reconhecimento inicial e no final de cada período de competência, exceto 
para os casos em que o valor justo não pode ser mensurado de forma confiável. 
 
Conforme o CPC-29, a entidade deve reconhecer um ativo biológico ou produto agrícola 
quando, e somente quando: 
• Controla o ativo como resultado de eventos passados; 
• For provável que benefícios econômicos futuros associados com o ativo fluirão 
para a entidade; e 
• O valor justo ou o custo do ativo puder ser mensurado confiavelmente. 
 
Em atividade agrícola, o controle pode ser evidenciado, por exemplo, pela propriedade 
legal do gado e a sua marcação no momento da aquisição, nascimento ou época de 
desmama. Os benefícios econômicos futuros são, normalmente, determinados pela 
mensuração dos atributos físicos significativos. 
 
 
VALOR JUSTO 
 
Resumidamente, o valor justo de um ativo biológico poderia ser mensurado por meio 
dos 3 níveis de informação disponível de acordo com o CPC 46 (Mensuração ao valor 
Justo) e constantes em Santos et al (2015): 
1) Nível 1: a avaliação é baseada em preços cotados em mercado ativo de itens (ativos 
e passivos) idênticos; a empresa deve ter capacidade de acesso ao mercado na 
data de mensuração. Nesse caso, o valor de mercado é igual ao valor justo; 
2) Nível 2: o valor justo é determinado a partir de observações de preço cotado de itens 
similares em mercado ativo, itens idênticos em mercado não ativo, ou de outras 
informações extraídas de mercados relacionados; 
3) Nível 3: a avaliação é gerada por modelos técnicos baseados em informações 
próprias da empresa e observações de mercado, por exemplo, fluxo de caixa 
descontado, modelos de precificação de ativos etc. O valor justo é determinado por 
fatores que não estão baseados em dados observáveis de mercado. 
 
O CPC 29 orienta que o ativo biológico deve ser mensurado ao valor justo menos a 
despesa de venda no momento do reconhecimento inicial e no final de cada período de 
competência, exceto para os casos descritos no item 30, em que o valor justo não pode 
ser mensurado de forma confiável, nesses casos, o ativo biológico deve ser mensurado 
ao custo, menos qualquer depreciação e perda por irrecuperabilidade acumuladas. Já 
para o produto agrícola colhido de ativos biológicos da entidade, o pronunciamento 
contábil 29, no item 13, deve ser mensurado ao valor justo, menos a despesa de venda, 
no momento da colheita e o valor assim atribuído representa o custo, no momento da 
aplicação do Pronunciamento Técnico CPC 16 – Estoques, ou outro Pronunciamento 
aplicável. 
 
 “Há uma premissa de que o valor justo dos ativos biológicos pode ser mensurado de 
forma confiável. Contudo, tal premissa pode ser rejeitada no caso de ativo biológico cujo 
valor deveria ser cotado pelo mercado, porém, este não o tem disponível e as 
alternativas para mensurá-los não são, claramente, confiáveis. Em tais situações, o ativo 
biológico deve ser mensurado ao custo, menos qualquer depreciação e perda por 
irrecuperabilidade acumuladas...” Item 30, CPC 29. 
 
 
http://www.congressousp.fipecafi.org/
Em todos os casos, a entidade deve mensurar o produto agrícola no momento da 
colheita ao seu valor justo, menos a despesa de venda. O CPC 29 assume a premissa 
de que o valor justo do produto agrícola no momento da colheita pode ser sempre 
mensurado de forma confiável. 
 
Se existir um mercado para o ativo biológico, considerando sua situação e localização, 
esse poderá ser usado como base do valor justo, caso a entidade atue em vários 
mercados do mesmo ativo, deverá usar o mais relevante como base. Levando em 
consideração que a agricultura é de extrema necessidade e que o agronegócio é um 
ramo ativo da economia sendo responsável por grande parte do PIB nacional, chega-se 
à conclusão que dificilmente um ativo biológico não terá mercado ativo. Entretanto, se 
não houver um mercado ativo, a entidade usará uma ou mais das seguintes alternativas 
para a apuração do valor justo: 
 
• O preço de mercado da transação mais recente, desde que não tenha havido 
nenhuma mudança significativa nas circunstâncias econômicas entre a data da 
transação e a data das demonstrações contábeis; 
• Preços de mercado de ativos similares com ajustes para refletir diferenças; e 
• Referências do setor, tais como o valor da saca de café ou da arroba de gado. 
 
Sempre será buscada a aplicação dos conceitos de valor justo para mensurar os ativos 
biológicos e produtos agrícolas, mas como já vimos, alguns casos podem ocorrer a 
mensuração pelo custo, o CPC 29 afirma sobre possíveis proximidades desses valores. 
Os custos podem, algumas vezes, aproximar-se do valor justo, particularmente, quando: 
• Uma pequena transformação biológica ocorre desde o momento inicial (por 
exemplo, mudas plantadas no período imediatamente anterior ao de encerramento 
das demonstrações contábeis ou gado recém-adquirido); ou 
• Não se espera que o impacto da transformação do ativo biológico sobre o preço 
seja material (por exemplo, par a o crescimento inicial da plantação de pinos cujo 
ciclo de produção é de 30 anos). (CPC 29, 2009, p. 8) 
 
 
 
 
GANHOS E PERDAS 
 
O CPC 29 explica que a perda pode ocorrer no reconhecimento inicial de ativo biológico 
porque as despesas de venda são deduzidas na determinação do valor justo. O ganho, 
por sua vez, pode originar-se no reconhecimento inicial de ativo biológico, como quando 
ocorre o nascimento de bezerro, por exemplo. 
Assim como ocorre no ganho/perda proveniente da mudança no valor justo, o ganho ou 
a perda proveniente do reconhecimento inicial do produto agrícola ao valor justo, menos 
a despesa de venda, deve ser incluído no resultado do período em que ocorrer. Nesse 
caso, o ganho ou a perda pode originar-se no reconhecimento inicial do produto agrícola 
como resultado da colheita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIVULGAÇÃO 
 
 
O CPC 29 encoraja a entidade a fornecer uma descrição da quantidade de cada grupo 
de ativos biológicos, distinguindo conforme apropriado entre: 
• AtivosBiológicos Consumíveis e Ativos Biológicos de Produção; ou entre 
• Ativos Biológicos Maduros e Ativos Biológicos Imaturos. 
 
Por exemplo, a entidade pode divulgar o total de ativos biológicos passíveis de serem 
consumidos e aqueles disponíveis para produção por grupos. A entidade pode, além 
disso, dividir aquele total entre ativos maduros e imaturos. Essas distinções podem ser 
úteis na determinação da influência do tempo no fluxo de caixa futuro. A entidade deve 
divulgar a base para realizar tais distinções. 
 
As demonstrações contábeis devem divulgar, caso isso não tenha sido feito de outra 
forma: 
• A natureza das atividades envolvendo cada grupo de ativos biológicos; e 
• Mensurações ou estimativas não financeiras de quantidade físicas: 
1) De cada grupo de ativos biológicos no final do período; e 
2) Da produção agrícola durante o período. 
 
Além disso, a entidade deve divulgar: 
• A existência e o total de ativos biológicos cuja titularidade legal seja restrita, e o 
montante deles dado como garantia de exigibilidades; 
• O montante de compromissos relacionados com o desenvolvimento ou aquisição 
de ativos biológicos; 
• As estratégias de administração de riscos financeiros relacionadas com a atividade 
agrícola; e 
• A conciliação das mudanças no valor contábil de ativos biológicos entre o início e 
o fim do período corrente. 
 
O CPC 29 destaca que a atividade agrícola é, frequentemente, exposta aos riscos 
climáticos, de doenças e outros riscos naturais. Nesse sentido, se um evento ocorre e 
dá origem a um item material de receita ou despesa, a natureza e o total devem ser 
divulgados de acordo com o CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis. 
Exemplos de tais eventos incluem surtos de viroses, inundações, seca, geada e praga 
de insetos. 
 
Segundo o CPC 29, a entidade deve fazer as seguintes divulgações relacionadas as 
subvenções governamentais: 
• A natureza e a extensão das subvenções governamentais reconhecidas nas 
demonstrações contábeis; 
• Condições não atendidas e outras contingências associadas com a subvenção 
governamental; e 
• Reduções significativas esperadas no nível de subvenções governamentais 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
A presente pesquisa teve como objetivo uma análise profunda no pronunciamento CPC 
29, onde aborda sobre a necessidade e a importância em identificar, contabilizar e 
mensurar confiavelmente os ativos biológicos e produtos agrícolas, devendo analisa-los 
quantitativamente e qualitativamente. 
O agronegócio é de extrema importância para a economia brasileira e sempre houve 
uma certa dificuldade na contabilização e mensuração dos ativos biológicos e produtos 
agrícolas, porém foi evidenciado que após a adoção e aplicação do CPC 29 (da IAS 41), 
foi possível avaliar de forma correta seus ativos biológicos e produtos agrícolas, 
observando grande impacto nas demonstrações contábeis das empresas que passaram 
a avaliar seus ativos pelo seu valor justo, auxiliando essas empresas cuja as atividades 
econômicas sejam relacionadas a esses tipos de ativo. 
É muito importante que a contabilidade de toda entidade seja em consonância com as 
normas internacionais, pois além de estar de acordo com a legislação, também tem um 
maior suporte para o auxílio nas tomadas de decisões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS 
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=60 
 
 
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE 
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/732802/NBC_TSP_26+-+IPSAS+27+-
+Ativo+Biologico+e+Produto+Agricola.pdf/9af96226-933d-41ee-aac6-cdec132ddd79 
 
 
BLOG BLB BRASIL 
https://www.blbbrasil.com.br/blog/cpc-29/ 
 
AFIXCODE 
https://www.afixcode.com.br/blog/ativos-biologicos-conceito-mensuracao/ 
 
PAPIRO CONTÁBIL 
https://www.youtube.com/watch?v=bQsHL5952hU&feature=youtu.be 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=60
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/732802/NBC_TSP_26+-+IPSAS+27+-+Ativo+Biologico+e+Produto+Agricola.pdf/9af96226-933d-41ee-aac6-cdec132ddd79
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/732802/NBC_TSP_26+-+IPSAS+27+-+Ativo+Biologico+e+Produto+Agricola.pdf/9af96226-933d-41ee-aac6-cdec132ddd79
https://www.blbbrasil.com.br/blog/cpc-29/
https://www.afixcode.com.br/blog/ativos-biologicos-conceito-mensuracao/
https://www.youtube.com/watch?v=bQsHL5952hU&feature=youtu.be
PERGUNTAS 
 
 
 1: CESPE - AFRE (SEFAZ RS)/SEFAZ RS/2019 
 
A contabilidade da produção agropecuária possui procedimentos e elementos próprios 
que a diferenciam da contabilidade societária tradicional. Um desses procedimentos é 
a necessidade de avaliação, a valor justo, dos chamados ativos biológicos, exceto 
aqueles que se caracterizem como hospedeiros ou portadores. Um exemplo de ativo 
hospedeiro é: 
a) a laranjeira. 
b) o pé de soja. 
c) o café colhido. 
d) o boi para abate. 
e) o algodão herbáceo. 
 
 
2: CONSULPLAN - Bach (CFC)/CFC/2º Exame de Suficiência/2018 
 
Em relação à NBC TG 29 que trata de Ativos Biológicos e Produtos Agrícolas, analise 
as afirmativas. 
I. _____________________________ é um animal e/ou uma planta vivos. 
II. _____________________________ compreende o processo de crescimento, 
degeneração, produção e procriação que causa mudanças qualitativa e quantitativa 
no ativo biológico. 
III. _____________________________ é o produto colhido de ativo biológico da 
entidade. 
IV. ___________________ é a extração do produto de ativo biológico ou a cessação 
da vida desse ativo biológico. 
 
Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as afirmativas 
anteriores. 
a) Ativo biológico / Atividade agrícola / Colheita / Produção agrícola 
b) Ativo biológico / Transformação biológica / Produção agrícola / Colheita 
c) Ativo biológico / Transformação biológica / Colheita / Produção agrícola 
d) Produção agrícola / Atividade agrícola / Colheita / Transformação biológica 
 
 
 
3: FEPESE - Ana (MPE SC)/MPE SC/Auditoria/2014 
 
Assinale a alternativa que contenha apenas ativos biológicos. 
a) Vinho; Árvores de uma plantação; Gado de leite; Videiras; Frutas processadas. 
b) Carneiros; Tapetes de Lã; Gado de leite; Videiras; Árvores frutíferas. 
c) Fio de algodão; Árvores de uma plantação; Gado de leite; Vinho; Árvores frutíferas. 
d) Carneiros; Árvores de uma plantação; Gado de leite; Videiras; Árvores frutíferas. 
e) Madeira serrada; Árvores de uma plantação; Queijo; Videiras; Árvores frutíferas.

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