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Aula Casas de Beabá

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EDUCAÇÃO JESUÍTICA
De “As Casas de Be a Bá aos Colégios”
As casas de Be a Bá
 De 1549 a 1570
 	Nesse período, a prática pedagógica desenvolvida pelos jesuítas traduziu-se na ação catequética com os índios, principalmente crianças, particularmente na Bahia e em São Vicente. 
	A criação das casas de bê-á-bá, ganhou impulso, com a chegada da segunda leva de missionários jesuítas em 1560. Em carta, de 1560, Anchieta descreveu o cotidiano das atividades desenvolvidas pelos meninos indígenas nas casas de bê-á-bá:
“Expliquei na carta anterior como se faz a doutrina dos meninos: quase todos vêm duas vezes por dia à escola, sobretudo de manhã; pois de tarde todos se dão à caça ou à pesca para procurarem o sustento; se não trabalham, não comem. Mas o principal cuidado que temos deles está em lhes declararmos os rudimentos da fé, sem descuidar o ensino das letras”.
	A aprendizagem dos “rudimentos da fé, se dava sem descuidar do ensino das letras” que se realizava num ambiente diário marcado pela preocupação com o corpo (alimentação) e a alma (confissão dos pecados). 	Assim, as casas de bê-á-bá se transformaram, juntamente com as igrejas, nas primeiras instituições do Brasil colonial que difundiram de forma efetiva os valores da denominada “civilização ocidental cristã”. Para atingir tal objetivo, os padres jesuítas utilizaram uma pedagogia fundamentada nos seguintes elementos: bilinguismo (preferencialmente português e tupi); método de ensino mnemônico - catecismo com os principais dogmas cristãos. 
	
Os Colégios
	Em 1584, a Companhia de Jesus já havia fundado três colégios – Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco – e mantinha cinco casas de bê-á-bá – Ilhéus, Porto Seguro, Espírito Santo, São Vicente e São Paulo. 
	As transcrições das cartas de Anchieta mostram que a composição social dos alunos mudou ao longo do tempo, pois, embora os colégios previssem a princípio a formação de candidatos à missão jesuítica, posteriormente passaram a aceitar também filhos de portugueses que não 	
pretendessem seguir a vida religiosa, admitindo gratuitamente filhos de colonos pobres e também filhos de ricos e de nobres, ficando, no entanto, a cargo destes o pagamento dos seus estudos.
	Embora o ensino para os pobres fosse gratuito e todos devessem se sujeitar às mesmas regras, estes, vestiam-se e residiam em lugares diferentes dentro do colégio.
	
	O ensino jesuítico se estruturava por meio de quatro grades de ensino: o curso elementar, o curso de Humanidades, o curso de Artes e o curso de Teologia.
	Os cursos de Humanidades e de Artes eram destinados a formar padres e a elite dirigente local. Além disso, o curso de Artes preparava para o ingresso nos cursos profissionais da Universidade de Coimbra. Esses cursos formavam médicos, arquitetos e advogados, uma elite de doutores que comandaram a política brasileira. Apesar de a educação estar nas mãos dos religiosos, os colégios eram públicos porque sua atividade era subsidiada pelo Estado.
	As cartas apontam ainda que os colégios se mantinham por meio de dotações régias, o trabalho escravo, índios e algumas cabeças de gado. Nesse sentido, os jesuítas oravam, evangelizavam e cultivavam a terra, ampliando assim não só o reino
divino, mas seu reino terrestre. Saíam da condição de pobres missionários para fazendeiros (fazendas de gado e cana); dos prédios das igrejas; colégios e residências que deixavam seus negócios cada vez mais sólidos. Negócios esses que financiavam as suas atividades catequético-educativas, extrapolando, assim, a relação entre a vida espiritual e terrena no cotidiano da Companhia de Jesus.
	Em decorrência do contexto cultural do Brasil Colonial, marcado pelas relações escravistas de produção e pelo monopólio educacional conferido pela metrópole, os colégios da Companhia de Jesus eram
instituições educacionais que ensinavam desde as primeiras letras até o ensino de Gramática e Retórica (humanidades), até porque a educação fora dos colégios praticamente não existia.
	Nesse sentido, é possível afirmar que o modelo econômico português baseado no latifúndio, na mão de obra escrava e na monocultura da cana-de-açúcar, com a produção final voltada para o mercado externo, não teria êxito sem a ação missionária dos padres da Companhia de Jesus.
	
	A aliança entre Estado e Igreja foi decisiva na organização, embora se tratando de instituições distintas que se complementavam no controle social e econômico. A catequese, função primeira da Igreja Católica, foi um elemento decisivo no processo de neutralização da resistência das sociedades indígenas e na facilitação da disseminação dos interesses econômicos da Coroa Portuguesa.
	Por outro lado, foram as atitudes por vezes contraditórias perante a vida missionária e a riqueza, a intrincada teia de interesses políticos, que levou a Companhia de Jesus a um conflito insolúvel com a Coroa Portuguesa, que pôs fim à hegemonia jesuítica.
	O desenlace ocorreu no século XVIII com a expulsão determinada pelo Marquês de Pombal, pondo fim ao ciclo de 210 anos que havia começado na Bahia com as lições de ler e escrever.
	Em 1759, a Companhia de Jesus foi oficialmente expulsa dos territórios portugueses. Nas regiões urbanas, os jesuítas deixaram imediatamente o Brasil. O rico patrimônio da Companhia foi confiscado e incorporado à Coroa Portuguesa. 
REFERÊNCIAS
ANCHIETA, José de. Cartas. São Paulo: Loyola, 1984.
COMPANHIA DE JESUS. Constituições da Companhia de Jesus e normas complementares. São Paulo:
Loyola, 1997. P. 503.
CUNHA, Luís Antônio. A universidade temporã. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2001.

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