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Ciclos Biogeoquímicos e Ecossistemas

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3
Índice
1.	Introdução	3
1.1.	Objectivos	3
1.1.1.	Objectivo Geral	3
1.1.2.	Objectivos específicos	3
1.2.	Metodologia do trabalho	3
2. Principais ciclos biogeoquímicos	4
2.1 Ciclo da água	4
2.2 Ciclo do carbono	5
2.3 Ciclo do oxigênio	5
2.4 Ciclo do nitrogênio	6
2.5 Ciclo do enxofre	7
3. A policultura	8
3.1. A Importancia da policultura	8
4. Ecossistemas	9
4.1.Tipos de ecossistemas	10
5. Ecossistemas aquáticos	11
5.1. Ecossistemas de água doce	11
6.Talassociclo	12
6.1. Fatores abióticos fundamentais no talassociclo	12
6.2.Divisões do meio marinho	12
7. Conclusão	14
8. Referencias Bibliográficas	15
1. Introdução 
O presente trabalho tem como tema relações ecológicas, factores abiótico e bióticos, ecossistemas e uma abordagem sintética sobre ecossistemas de água doce. Tudo é bem sabido que todos os seres vivos apresentam interacções com indivíduos de espécies diferentes ou da mesma espécie. Essas interacções podem ser, por exemplo, a fim de conseguir alimento, abrigo, ou, ainda, uma forma de tornar mais eficiente o trabalho de um grupo. Essas interacções são chamadas de relações ecológicas.
O conjunto formado pelo meio ambiente físico ou seja, o BIÓTOPO (formado por factores abióticos - sem vida - como: solo, água, ar) mais a comunidade (formada por componentes bióticos - seres vivos) que com o meio se relaciona é chamado de ecossistemas
1.1. Objectivos 
Em função do trabalho definiu-se os seguintes objectivos:
1.1.1. Objectivo Geral 
· Fazer uma abordagem sintética sobre relações ecológicas, factores abióticos e bióticos, ecossistemas;
1.1.2. Objectivos específicos 
· Entender as relações ecológicas;
· Caracterizar os factores abióticos e bióticos;
· Síntese dos ecossistemas de água doce na tentativa de explicar as águas continentais
1.2. Metodologia do trabalho 
Para a materialização do presente trabalho usou-se o método qualitativo que se baseou na análise das obras literárias e artigos da internet sobre relações ecológicas, factores abiótico e bióticos, ecossistemas e uma abordagem sintética sobre ecossistemas de água doce, neste sentido o presente trabalho de pesquisa apresenta a seguinte estrutura temática. Introdução, desenvolvimento em que nos debruçaremos com mais detalhes os aspectos ligados ao tema, conclusão e por fim a bibliografia usada na elaboração do presente trabalho.
2. Principais ciclos biogeoquímicos
Nos ecossistemas, o fluxo de energia é unidirecional, mas o da matéria é cíclico, graças à ação dos decompositores, que a torna disponível para os produtores. Trata-se de substâncias químicas (nutrientes) indispensáveis à síntese de matéria orgânica e ao funcionamento do organismo. Como existem em quantidade limitada no ambiente, devem ser recicladas, o que torna obrigatória a troca permanente de elementos químicos entre os seres vivos (biocenose) e o meio ambiente (biótopo) (Martins, F.R. 1999p).
O movimento desses materiais pelo ecossistema é denominado ciclo biogeoquímico porque envolve compartimentos — que armazenam e transferem os materiais — de natureza biológica (seres vivos) e geológica (solo, atmosfera e mares), por onde passam substâncias químicas. São distinguidos em função do elemento (carbono, nitrogênio, oxigênio) ou da substância química (água) que circula.
Segundo Fernández, F, (2000),entre os compartimentos que compõem o ciclo biogeoquímico, há um que armazena a maior quantidade de nutrientes, sendo chamado de reservatório, que, via de regra, não é de natureza biológica.
Há dois tipos de ciclos biogeoquímicos: sedimentar e gasoso. O sedimentar ou local tem como reservatório a crosta terrestre e ocorre dentro dos limites de um ecossistema, tendo âmbito local, como ocorre com o enxofre e o cálcio. O ciclo gasoso ou global tem como reservatório a atmosfera ou os mares, e seu âmbito é amplo, envolvendo todo o planeta. Tal é o caso da água, do carbono, do nitrogénio e do oxigênio.
2.1 Ciclo da água
Segundo Fernández, F, (2000), o ciclo da água consiste na evaporação, formação de nuvens e precipitação na forma líquida (chuva, orvalho, nevoeiro) ou sólida (neve, granizo). A presença da vegetação regula a umidade atmosférica e as chuvas, além de proteger o solo da erosão. Já nas cidades e áreas desmatadas, ocorre o fenômeno inverso: estando o solo impermeabilizado pela cobertura de asfalto e construções, ou totalmente exposto e desprotegido, a água da chuva é rapidamente escoada e perdida para os rios.
Nossas atividades são capazes de causar impactos significativos sobre o ciclo da água. O principal deles é consumir a água dos rios e lagos, que seguiria para os oceanos. Estima-se que, para o fim do século, 75% dessa água seja retirada nos EUA, o que provocará grave escassez de água doce para o consumo nas áreas urbanas. O mesmo processo já está começando a ocorrer na Bacia do Rio Piracicaba, no estado de São Paulo, que atende à 40 municípios e mais de 2 milhões de habitantes (Martins, F.R. 1999p).
2.2 Ciclo do carbono
O carbono é um elemento fundamental na formação de proteínas, carboidratos e lipídios, responsáveis por um terço do nosso peso corporal. Na Terra, uma grande quantidade de carbono está armazenada nas rochas sedimentares, na forma de carbonato de cálcio e magnésio ou de combustível fóssil (petróleo e carvão). 
Nossa atividade industrial tem introduzido carbono dessas fontes em seu ciclo natural. A queima de combustíveis fósseis e de matéria orgânica produz monóxido de carbono (CO), gás extremamente perigoso, porque, além de ser dificilmente perceptível — é inodoro e incolor —, reage com a hemoglobina do sangue formando um composto estável. Desse modo, a hemoglobina não consegue mais transportar oxigênio e a vítima pode morrer lentamente, asfixiada.
Entre os compartimentos do ciclo do carbono, são os oceanos que o estocam em maiores quantidades; uma pequena parte na forma de gás carbônico dissolvido na água e, a maior parcela, na forma de íons carbonato e bicarbonato. Mas é na atmosfera, como gás carbônico, que o carbono se apresenta disponível para ser utilizado pelos vegetais, na fotossíntese, e assim transformar-se cm alimento para o restante da cadeia alimentar. Ele retorna para a atmosfera pelos processos de respiração, bem como pela combustão de matéria orgânica.
As florestas são as grandes fixadoras terrestres do carbono existente na atmosfera. Somente as tropicais contêm cerca de 350 bilhões de toneladas de carbono, quase a metade do que possui a atmosfera, sendo que cada hectare retira da atmosfera, em média, 9 kg de carbono por ano (Martins, F.R. 1999p).
2.3 Ciclo do oxigênio
O ciclo do oxigênio está estreitamente ligado ao do carbono. O oxigênio surgiu na Terra graças à fotossíntese, que utiliza C02 como matéria-prima. A principal evidência da origem biológica do 02 é a ausência de minerais oxidados (óxidos de ferro) nas rochas sedimentares primitivas. 
Quando o oxigénio atmosférico (reservatório utilizável pelos seres vivos) reage com os minerais do solo, oxida-os. Dessa forma, fica indisponível aos seres vivos.
2.4 Ciclo do nitrogênio
O nitrogênio é o elemento químico característico e fundamental dos aminoácidos (que formam as proteínas) e das bases nitrogenadas (que constituem os ácidos nucléicos, DNA e RNA). Sem proteínas e ácidos nucléicos, não há vida. Mesmo os mais simples seres vivos, os vírus, são formados por essas substâncias.
Ainda que a atmosfera seja o compartimento que mais armazena nitrogênio na forma gasosa (N2), nela também podem ser encontrados óxidos de nitrogênio (NO e N02), resultantes da reação do N2 com 02, quando aquecidos acima de 1 100°C, como acontece nos motores de veículos. Além de contribuir para a destruição da camada de ozônio, o N02 (dióxido de nitrogênio) causa irritação nos olhos e dificuldades para a respiração no ser humano.
A grande maioria dos vegetais não consegue absorver o nitrogênio atmosférico. As raízes somente conseguem absorver o nitrogênio na forma iônica de nitrato, quando dissolvido na água. Esse é o reservatório, no solo e no oceano, de nitrogênio disponível para os produtores. A atmosfera, sendoum grande depósito de N2, pode ser considerada uma válvula de segurança do ciclo.
Há dois processos biológicos pelos quais o nitrogênio torna-se disponível aos vegetais. O primeiro é a fixação biológica direta, realizada por algas cianofíceas do gênero Ana-baena e Nosíoc (no ambiente aquático); por bactérias de vida livre no solo — como a Azobac-ter e a Clostridium; pela bactéria-púrpura fotossintetizante do gênero Rhodospiril/um; e por bactérias simbiontes (Rhizobium) que vivem em nódulos nas raízes de leguminosas. Esses organismos produzem amónia a partir do nitrogênio atmosférico (N2). Estando já dentro do corpo do vegetal, a amónia é diretamente usada nos processos bioquímicos celulares.
O outro processo é a nitrificação, realizada por bactérias quimiossintetizantes do solo, pela qual a amónia é transformada em nitratos em duas etapas:
· Nitrosação: realizada por bactérias Nitrosomonas, que produzem nitritos a partir da amónia. Como os nitritos são muito tóxicos para as plantas, não podem acumular-se no solo, e, para isso, é importante que seja eficiente a segunda etapa.
· Nitratação: realizada por bactérias Niírobacter, que transformam nitritos em nitratos. Este é, então, absorvido pelas raízes das plantas e depois transformado em amónia, para poder ser usado nas células.
Segundo Fernández, F, (2000), as fontes de amónia, importantes para esse processo, são: os adubos nitrogenados, os relâmpagos (o aquecimento do ar produz a reação do N2 com o H2), a excreção de animais e a decomposição da matéria orgânica.
Parte do nitrato do solo e do mar é perdida para a atmosfera e transformada em N2, devido à acção de bactérias desnitrificantes (como algumas Pseudomonas), que fecham o ciclo do nitrogênio. Essas bactérias realizam a reação de desnitrificação como uma forma de respiração anaeróbia. São encontradas, principalmente, em ambientes pobres em oxigênio, como os pântanos.
Há uma parcela de nitrogênio que sai do ciclo, quando sais de nitrato se depositam no fundo dos mares, formando novas camadas de sedimentos. Essa perda é compensada pelas erupções vulcânicas, que liberam N2 e amónia.
2.5 Ciclo do enxofre
O enxofre é um importante constituinte de alguns aminoácidos, como a cisteína, e, portanto, não pode faltar para a perfeita produção de proteínas. Em muitos seres vivos, moléculas com átomos desse elemento atuam como cofator de reações químicas promovidas por enzimas.
O enxofre apresenta um ciclo com dois reservatórios: um maior, nos sedimentos da crosta terrestre, e outro menor, na atmosfera. Nos sedimentos, o enxofre permanece armazenado na forma de minerais de sulfato. Com a erosão, fica dissolvido na água do solo e assume a forma iônica de sulfato (SOJ), sendo, assim, facilmente absorvido pelas raízes dos vegetais. Na atmosfera, 75% do enxofre estácombinado com o oxigênio, formando o dióxido de enxofre (S02). 
Outra parcela está na forma de anidrido sulfídrico (SO3). O gás sulfídrico (H2S) — característico pelo seu cheiro de ovo podre — tem vida curta na atmosfera, sendo depois de algumas horas transformado em S02. Esses óxidos incorporam-se ao solo com as chuvas, sendo então transformados em íons de sulfato (SOJ). Podem, também, ser capturados diretamente pelas folhas das plantas, num processo chamado de adsorção, para serem usados na fabricação de aminoácidos.
O único retorno natural do enxofre para a atmosfera é através da ação de decompositores, que produzem o gás sulfídrico. As sulfobactérias realizam o processo inverso, como uma forma de obtenção de energia para a quimiossíntese.
A contribuição das atividades vulcânicas para o acúmulo de enxofre na atmosfera é pouco significativa. Maior tem sido sua introdução artificial, através da nossa atividade industrial. A queima de combustíveis fósseis, que possuem enxofre em sua composição (3% no carvão c 0,05% no petróleo), produz S02 e SO3, aumentando sua concentração na atmosfera das grandes eidades. Essa fonte éresponsável por 80% da poluição por enxofre. Ambos são, nessas condições, fortemente irritantes para olhos e pulmões, além de contribuir para a formação do smog — mistura de fumaça (smoke, no inglês) com neblina (fog) —, altamente tóxico, que surge durante as inversões térmicas.
3. A policultura
Por definição, policultura é a prática de se cultivar (ou criar) vários tipos de plantas (ou animais) em uma mesma área de plantio. Essa prática pode trazer diversas vantagens, tais como: fortalecimento das plantas, combate efetivo “pragas e doenças” em plantas e animais, além da preservação dos mananciais de água (córregos, rios, lagos…), fauna e flora.
É crescente o investimento de agricultores em pequenas e grandes áreas utilizando-se a policultura, que consiste realização de cultivos mistos e/ou criação de animais, nas mesmas terras e ao mesmo tempo.
A policultura sempre foi mais comum em pequenas áreas (urbanas e rurais). Para áreas de médio e grande porte, entretanto, o foco acabou se transformando em monocultura, onde é cultivada apenas uma espécie, de forma exclusiva (Martins, F.R. 1999p).
3.1. A Importancia da policultura 
A policultura, por outro lado, requer um espaço menor para cultivos, além de menos tecnologia na irrigação. Uma de suas vantagens, entretanto, é o fortalecimento das plantas. Este processo começa com a formação de raízes mais vigorosas e que geram plantas maiores, com o objetivo de captar o máximo de nutrientes do solo.
 
Há também o combate natural e efetivo de organismos que se alimentam de plantas vivas, chamados de pragas e doenças, em função do equilíbrio biológico e da melhor qualidade do solo.
Comparando-se esses arranjos diversificados de plantas com nosso corpo, por exemplo: com a presença de um número maior de microrganismos, funciona como uma espécie de anticorpos, ficando mais fortes e que as tornam capazes de combater os perigos com mais rapidez e eficiência.
Por melhorar a qualidade do solo, a policultura é uma das formas mais sustentáveis de prática agrícola, seja em ambientes urbanos ou rurais. Natural e orgânica, livre de agrotóxicos e fertilizantes químicos, normalmente a policultura é praticada em pequenas áreas, viabilizando sustento e renda a milhares de famílias.
Segundo Fernández, F, (2000), esse tipo de cultura é muito importante em diversos aspectos ambientais. Ajuda a preservar os rios, a flora e a fauna da região, uma vez que não requer desmatamento para ser implantada e faz com que haja um maior aproveitamento do solo existente. Também é um ótimo ambiente para os insetos polinizadores favorecerem o ciclo de vida vegetal e aumentar a produtividade de muitas espécies cultivadas e nativas.
Sendo assim, a Agroecologia defende a prática da policultura já que os benefícios para o meio ambiente e à nossa saúde são enormes. Salientando que não há necessidade de uso de agrotóxicos, pois a própria variedade de cultivo atrai insetos fundamentais para o ciclo natural de presa versus predador. Assim, teremos uma qualidade de alimentos superior, trazendo mais saúde e sabor à nossa mesa.
4. Ecossistemas
De acordo com Martins, F.R., ecossistema ou sistema ecológico é o conjunto formado pelo meio ambiente físico ou seja, o BIÓTOPO (formado por factores abióticos - sem vida - como: solo, água, ar) mais a comunidade (formada por componentes bióticos - seres vivos) que com o meio se relaciona.
Conjunto formado por uma biocenose ou comunidade biótica e factores abióticos que interactuam, originando uma troca de matéria entre as partes vivas e não vivas. Em termos funcionais, é a unidade básica da Ecologia, incluindo comunidades bióticas e meio abiótico influenciando-se mutuamente, de modo a atingir um equilíbrio. O termo "ecossistema" é, pois, mais geral do que "biocenose", referindo a interacção dos factores que atuam sobre esta e de que ela depende (Martins, F.R., 1999).
Figura 4: exemplo de um ecossistema
Fonte: Martins, F.R., 1999
4.1.Tipos de ecossistemas 
Segundo a sua situação geográfica, os principais ecossistemas são classificados em terrestres e aquáticos. Em qualquer dos casos, são quatro os seusconstituintes básicos: - substâncias abióticas - compostos básicos do meio ambiente; - produtores - seres autotróficos, na maior parte dos casos plantas verdes, capazes de fabricar a sua própria substância a partir de substâncias inorgânicas simples; - consumidos - organismos heterotróficos, quase sempre animais, que se alimentam de outros seres ou de partículas de matéria orgânica, - decompositores - seres heterotróficos, na sua maioria bactérias e fungos que, decompondo as complexas substâncias dos organismos mortos, ingerem partes destes materiais libertando, em contrapartida, substâncias simples que, lançadas no ambiente e podem ser assimiladas pelos produtores. 
De acordo com Martins, F.R., há grande diversidade de ecossistemas: 
a) Ecossistemas naturais - bosques, floresta, desertos, prados, rios, oceanos, etc. 
b) Ecossistemas artificiais - construídos pelo Homem: açudes, aquários, plantações, etc. 
Atendendo ao meio físico, há a considerar: 
• Ecossistemas terrestres 
• Ecossistemas aquáticos 
Quando, de qualquer ponto, observamos uma paisagem, apercebemo-nos da existência de descontinuidades - margens do rio, limites do bosque, bordos dos campos, etc. que utilizamos frequentemente para delimitar vários ecossistemas mais ou menos definidos pelos aspectos particulares da flora que aí se desenvolve. No entanto, na passagem, por exemplo, de uma floresta para uma pradaria, as árvores não desaparecem bruscamente; há quase sempre uma zona de transição, onde as árvores vão sendo cada vez menos abundantes (Martins, F.R. 1999p).
5. Ecossistemas aquáticos
Os ecossistemas aquáticos compreendem os principais meios hídricos existentes, sejam eles de água doce (rios, açudes, lagos) ou de água salgada (oceanos e mares). Por apresentarem composições químicas diferentes entre si – quanto à composição de sais, por exemplo, os ambientes de água doce e de água salgada também apresentam composições diferentes tanto de fauna quanto de flora, formando, assim, ecossistemas peculiares a cada condição física, química e biológica existente (Fernández, F, 2000).
5.1. Ecossistemas de água doce
Segundo (Fernández, F, 2000), as águas continentais ou doces são classificadas em:
· Lóticos – são as águas correntes, como os arroios, os riachos, os rios e as corredeiras.
· Lênticos – são as águas paradas representadas pelos lagos e pelos açudes.
· Áreas húmidas – representadas por florestas inundadas, brejos, charcos e banhados.
Os sistemas aquáticos Lênticos, geralmente, apresentam maior biodiversidade quando comparados aos ecossistemas de água em movimento. Em ambientes Lênticos, os organismos predominantes são os fotossintetizantes, representados pelas plantas submersas ou parcialmente submersas. Também, são habitados pelo fitoplâncton (do grego phytos = planta, e plankton = à deriva), constituído por uma infinidade de microrganismos, como as microalgas, as cianobactérias e as diatomáceas. Esse fitoplâncton serve de alimento ao zooplâncton (do grego zoon = animal, e plankton = à deriva), formado por microcrustáceos, protozoários e larvas de diversos organismos. Seguindo a cadeia trófica, vêm os peixes de maior porte divididos em diferentes espécies, portes e nichos ecológicos.
6.Talassociclo
O talassociclo é o biociclo marinho, ou seja, o conjunto dos ecossistemas marinhos. O talassociclo é estudado pela biologia marinha. O talassociclo ocupa quase três quartos da superfície terrestre e tem uma profundidade média de quase quatro quilómetros, podendo considerar-se o maior dos três biociclos da biosfera. Caracteriza-se por ser composto de ecossistemas aquáticos mas, ao contrário do limnociclo, a água do mar é salgada, ou seja, possui sais dissolvidos numa quantidade (em média, cerca de 3,5 %) que faz com que os seres vivos que aí existem devem estar adaptados a este fator abiótico. Os seres vivos que vivem em água salgada são representados pelo plâncton, nécton e benton.
6.1. Fatores abióticos fundamentais no talassociclo
Perto da costa, principalmente nos estuários, a água do mar sofre a influência das marés e dos efluentes provenientes do epinociclo, ou seja, do meio terrestre. À superfície, os oceanos sofrem ainda a influência dos fatores atmosféricos, principalmente o calor do Sol e os ventos, que promovem a deslocação das massas de água. No entanto, à medida que aumenta a profundidade, são a falta de iluminação (por a luz solar ser absorvida pelas partículas em suspensão e substâncias dissolvidas, para além da refração), da diminuição do oxigénio dissolvido (por haver menos ou nenhuma fotossíntese), e a pressão, que aumenta em uma atmosfera por cada dez metros de profundidade, os principais fatores que determinam quais os seres vivos que aí podem existir.
6.2.Divisões do meio marinho
Do ponto de vista físico, o meio marinho divide-se principalmente por zonas de profundidade (ou de distância da costa), considerando-se geralmente dois tipos de divisão:
Por distância à costa:
· Província nerítica, próxima da costa, abrangendo a plataforma continental; nesta zona, muitas vezes distingue-se a zona litoral, que sofre a influência das marés, e os estuários, onde a água do mar se encontra sempre misturada com água doce dos rios; e
· Província oceânica, correspondente às águas que não sofrem influência dos continentes (do ponto de vista legal correspondente, em geral, ao alto-mar); e
Zonas por profundidade:
Plataforma continental, a região geralmente com pouco declive que corresponde à continuação dos continentes, em média estendendo-se até uma profundidade de 200 m;
Talude continental, a região de declive acentuado que corresponde ao término dos continentes, ou seja, onde termina a crusta continental e começa a oceânica, em média próximo dos 2000 m de profundidade;
· Zona abissal, correspondente à planícies abissais, uma região de declive suave, que se estende até cerca dos 6000 m de profundidade; e
· Zona hadal, nas fossas oceânicas, a mais profunda das quais, a Fossa das Marianas, a leste das Filipinas, tem uma produndidade máxima de cerca de 11 000 m.
Do ponto de vista biológico, as grandes divisões adotadas são geralmente as seguintes:
· Domínio pelágico, as águas livres da influência dos fundos oceânicos, onde vive o plâncton e seus predadores;
· Domínio bêntico, o conjunto dos biomas assentes no substrato; estes grandes domínios, por sua vez, são subdivididos segundo as zonas de profundidade indicadas acima. Alguns autores consideram estas subdivisões os biócoros do meio marinho.
Outro fator que condiciona os biomas existentes nestes domínios é a penetração da luz solar que, mesmo em águas oceânicas, raramente atinge os 100 m de profundidade. Neste caso, a subdivisão utilizada é a seguinte:
· Zona eufótica, a camada de água iluminada;
· Zona afótica, as águas a profundidades onde a luz solar não penetra, não podendo, portanto, aí realizar-se a fotossíntese.
7. Conclusão
Chegado ao final do trabalho concluiu-se que as relações ecológicas trazem benefícios (harmónicas) ou prejuízos (desarmónicas) e tanto podem ser entre indivíduos da mesma espécie (relações intra-específicas), quanto de espécies distintas (relações interespecíficas). Vale a pena ressaltar que o termo desarmónico se aplica à relação entre os indivíduos, mas não ao resultado da interacção para a população, visto que as relações entre os seres vivos respondem pelo equilíbrio e pela complexidade de um ecossistema. 
Portanto a Ecologia objectiva estudar as interacções dos seres vivos com o ambiente onde se encontram inseridos, e isto vale também para a raça humana, agente que desempenha papel de forte protagonista. Não estamos nos posicionando sob uma perspectiva antropocêntrica, defendendo que nós humanos são os principais indivíduos a habitarem esse magnífico Planeta, sendo o centro de tudo. Estamos, sim, afirmando que nós, humanos, desempenhamos uma forte influência sobre o meio.
8. Referencias Bibliográficas
1. Ávila-Pires, F. D. Fundamentos Históricos da Ecologia. Ribeirão Preto: Holos editora,1999.
2. Colwell, R. Competition and coexistencein a simple tropical community. The American Naturalist 107: 737-760. 1973.
3. Costa, F.A.P.L. Medindo a diversidade. La Insígnia. 2007.
4. Costa, P. C. Unidades de Conservação. São Paulo: Editora Aleph, 2002.
5. Derisio, J. C. Introdução ao Controle de Poluição Ambiental. 3ª. Ed. São Paulo: editora Signus, 2007.
6. Fernandez, F. O Poema Imperfeito. Curitiba: Editora UFPR, 2000.
7. Futuyma, D. J. Biologia Evolutiva. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética, 1992.
8. Greenpeace. Mudanças do clima, mudanças no campo: impactos climáticos da pagricultura e potencial de mitigação. Disponível em www.greenpeace.org.br, 2008
9. Krebs, J. Ecological methodology. New York: Harper & Row, 1988.
10. Martins, F.R. & Santos, F.A.M. Técnicas usuais de estimativa de biodiversidade. Revista Holos 1: 236-267, 1999.
11. Mittermeier, R. A.; Fonseca, G. A. B.; Rylands, A. B. & Randon, K. Uma breve história da conservação da biodiversidade no Brasil. Megadiversidade 1 (1): 14-21, 2005.

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