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Caso 12 - Penal

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Caso Concreto 12 – Direito Penal II 
Questão Discursiva 
João foi denunciado como incurso no art. 157, § 2º, I, do CP. Instaurado o incidente de 
insanidade mental, o laudo constata que o réu é portador de doença mental de natureza 
psicótica, e ao tempo da ação era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do 
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Esclarecem os peritos que o 
réu necessita de medicação antipsicótica, devendo manter-se sob acompanhamento e 
tratamento psiquiátrico ambulatorial, não havendo necessidade de internação em 
hospital de custódia e tratamento. A prova produzida demonstra a autoria. Em alegações 
finais, o Ministério Público requer a absolvição, face a inimputabilidade, com a 
imposição da medida de segurança de internação, pois o crime praticado é punido com 
reclusão, a periculosidade é presumida, e o art. 97, do CP, constitui norma cogente. De 
acordo com os estudos em sala de aula, o que pode ser alegado em defesa de João? 
(Magistratura do Estado do Rio de Janeiro - modificada) 
RESPOSTA: O entendimento é que nos casos em que é aplicada a sentença absolutória 
imprópria, observará o juiz que caso o crime seja de reclusão a modalidade será de 
internação, caso crime seja de detenção, a medida de segurança será ambulatorial. No 
caso existe uma divergente uma vez que o perito reconhecer a imputabilidade do agente, 
mas que determina o tratamento ambulatorial. Parte da doutrina entende que o juiz deve 
acatar o laudo perito e muito embora o crime seja de reclusão o juiz deve aplicar a 
modalidade ambulatorial, em sentido contrário entende que o juiz deve aplicar a lei, ou 
seja, se o crime é de reclusão a medida deve ser internação.

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