O Caso da Coroa contra Dudley e Stephens

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Campus: Ilha do Governador 
Nome: Paola Amaral Martin Alonso. 
Mat: 202003092908
Turma: 3013 - Código: CCJ0386
FILOSOFIA
O presente trabalho fala sobre o caso da “Coroa contra Dudley e Stephens”. O caso conta a história de quatro homens que naufragaram num bote e ficaram dias sem ter o que comer e beber. Dudley, o capitão, no 19º dia, sugeriu um sorteio para que um deles se sacrificasse para salvar a vida dos demais. Brooks, o marinheiro, foi contra. E então no dia seguinte, Dudley decidiu que o camareiro, Richard Parker, devesse morrer para que eles pudessem sobreviver. E assim o fez, matou Richard com golpe de canivete na jugular. Como isso, os 3 homens conseguiram sobreviver até o resgate.
Podemos começar falando que assim como nesse caso, existem inúmeras situações que nos deixam sem saber o que seria o certo a se fazer. 
Na teoria do utilitarismo a ação moral correta é aquela que beneficie o maior número de pessoas, pelo maior tempo possível; e se for o caso de prejudicar alguém, que seja o mínimo possível, em detrimento daquele máximo de benefício. Logo, podemos falar que no caso citado acima, o feito do capitão Dudley foi o correto a se fazer, afinal para a utilidade o que importa é a consequência da ação e não a própria ação. Com isso, já que Parker era órfão e sem família, sua morte foi a melhor solução, visto que, Dudley, Stephens e Brooks voltariam para seus lares provendo assim o bem maior para mais pessoas.
Já Kant parte de uma teoria mais racional voltada para a ética, onde o que vale é a lei moral interna. Kant fundamentou o imperativo categórico, onde fala que se deve agir sempre de forma que sua ação moral seja certa, que seja moralmente válida em qualquer situação. Então seguramente para Kant, o feito do capitão foi abominável, dado que Dudley utilizou a vida de Parker para conseguir sobreviver, usando-o como meio, agindo assim de forma imoral.
O princípio do sacrifício é imoral, dado que, se for preciso, aceita lesar alguém para se obter um número maior de prazer, não agindo com justiça e acometendo os direitos naturais do indivíduo. Com isso podemos dizer que não há dignidade humana no utilitarismo, pois todos têm seus direitos individuais e não devem ser tratados como um objeto para gerar um bem maior geral. 
Bibliografia:
http://www.lo.unisal.br/direito/semidi2016/publicacoes/livro6/Alcindo%20Grassi%20e%20Lucas%20Santos%20de%20Almeida.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=Qf75AHrr6WI
https://www.youtube.com/watch?v=yWK_OzTHw-I&t=24s
· Caso concreto do Plano de Aula 10:
O princípio do sacrifício 
O utilitarismo é uma das teorias mais polêmicas no mundo contemporâneo, logo não conseguiu ficar imune às críticas mais contundentes ao princípio da utilidade que se baseia no cálculo da felicidade e no princípio do sacrifício. Com base nos conceitos centrais dessa doutrina, leia a manchete "Avião caiu nos Andes e sobreviventes precisaram comer os mortos, em 1972" - disponível em:https://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/aviao-caiu-nos-andessobreviventes-precisaram-comer-os-mortos-em-1972-11124788acesso em: 18 dez. 2019. A partir desse caso concreto considere que todos teriam sobrevivido ao acidente e que devido às condições, decidiram sacrificar um dos sobreviventes para salvar a vida dos demais. Assim. Responda: a) O caso em tela evidencia o cálculo da felicidade e o correspondente princípio do sacrifício? Por quê? Você concordaria com esse princípio?
Resposta: Sim. Por que o princípio do sacrifício parte da Teoria da Utilidade, onde se fala que, se for o caso, alguém precisa se sacrificar para o bem maior ao maior número de pessoas. Então, se todos tivessem sobrevivido ao acidente, alguém teria que se sacrificar para salvar a vida dos demais.
Talvez eu concordasse, desde que partisse do princípio de John Stuart Mill, onde seria feito o cálculo da utilidade e a pessoa decidisse se quer ou não se sacrificar. Porém ao mesmo tempo não seria justo com nenhum dos sobreviventes, visto que, estão todos na mesma situação, sentindo fome, medo; e aguardando ansiosamente pelo resgate.
· Caso concreto do Plano de Aula 11
Immanuel Kant foi considerado o filósofo da dignidade humana ao elaborar sua ética do dever que prioriza o cumprimento do dever por puro dever. Nesse sentido, assista ao documentário Ilha das Flores de Jorge Furtado, de 1989, e problematize seu conteúdo tomando como ponto de partida a formulação do imperativo categórico de Kant e sua ideia da pessoa como fim em si mesma. Nesse sentido acesse o documentário disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=xC2LQUcoYkEacesso em: 18 dez.2019. Elabore uma pequena redação de 01 lauda, aplicando a teoria de Kant ao conteúdo do documentário. Use a criatividade e o conhecimento filosófico adquirido até agora, bem como traga exemplos atuais que possam ilustrar a problemática.
Resposta: 
Para começar, embora o documentário mostre o caminho do tomate, da plantação ao seu descarte, o mesmo quer salientar a falta de dignidade humana que certas pessoas sofrem.
Sabemos que a dignidade é passível somente aos seres humanos. Contudo, no documentário acima, vimos a situação onde porcos tem condições mais dignas, visto que, têm um dono que troca dinheiro por serviços de trabalhadores que fazem a separação do lixo, para que assim os alimente. 
Desta forma, as pessoas que moram nas comunidades ao redor do aterro sanitário, vivem de forma desmerecedora, já que não possuem de dinheiro para comprar sua comida e carecem dos restos deixados pelos porcos. Assim também é o que vemos até hoje, uma vez que, pessoas ainda tiram seu alimento e sustento dos lixões Brasil a fora. É deplorável que pessoas ainda vivam de forma tão desigual.
No imperativo categórico de Kant, existe um princípio que fala que nunca devemos usar a natureza e as pessoas como meio, e sempre como fim. Vimos que a natureza é usada como forma de troca, usando-a assim como meio para conseguir dinheiro e não para um bem maior a humanidade. As condutas vistas no documentário são o contrário da moral, visto que, o sistema capitalista gera uma desigualdade social àquelas determinadas pessoas.