Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA DEBORA SILVA MACHADO PROJETO DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA Atendimento Psicológico para População de Baixa Renda RIO DE JANEIRO 2020 DEBORA SILVA MACHADO PROJETO DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA Atendimento Psicológico para População de Baixa Renda Projeto apresentado para a disciplina de Psicologia Comunitária, apresentado como requisito para obtenção de nota em avaliação parcial, sob supervisão da Prof.ª. Anelise Lusser. RIO DE JANEIRO 2020 RESUMO O projeto apresentado tem por objetivo a elaboração uma proposta de intervenção psicológica em grupos comunitários com baixa renda, com a finalidade de minimizar os efeitos psicológicos causados como resultado do isolamento social e quarentena, impostos à toda população em função da pandemia causada pela síndrome Covid-19, além do processo de luto enfrentado por muitas famílias devido ao alto índice de mortalidade, aumento do desemprego e desestabilidade emocional. O suporte psicológico tem se mostrado de extrema importância, frente aos desafios que, até então, esta geração não havia enfrentado. Os principais dados mostram aumento significativo nos casos de sintomas depressivos, transtorno pós-traumático, irritabilidade, estado confusional e abuso de substâncias. A metodologia utilizada tem como base uma revisão de estudos realizados por Brooks e Cols (2020), sobre aspectos psicológicos relacionados a surtos e epidemias entre 2004 e 2019. Atualmente, os locais de atendimentos oferecidos pelo Estado apresentam deficiência no atendimento, e a introdução desse projeto possibilitará o atendimento de famílias que carecem de recursos financeiros para obter o serviço de atendimento psicológico, bem como ajudar na diminuição do excesso de demanda nos locais já existentes. Os resultados obtidos pela assistência psicológica são de grande relevância no contexto social. Palavras Chave: Covid-19; Atendimento Psicológico; População de baixa renda. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4 2. PROBLEMA ..................................................................................................... 5 3. JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 5 4. OBJETIVOS ..................................................................................................... 6 4.1. Objetivos Gerais ........................................................................................ 6 4.2. Objetivos Específicos ................................................................................ 6 5. REVISÃO DE LITERATURA ......................................................................... 6 5.1. Sobre a Pandemia ...................................................................................... 6 5.2. Consequências Psicológicas Em Função da Pandemia ........................... 8 5.3. A Covid-19 Nas Comunidades .................................................................. 9 6. METODOLOGIA ............................................................................................. 10 7. CRONOGRAMA .............................................................................................. 11 8. RECURSOS NECESSÁRIOS .......................................................................... 11 9. RESULTADOS ESPERADOS ......................................................................... 11 10. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 13 4 1. INTRODUÇÃO Originado na China e disseminado rapidamente em outros países, a pandemia da Covid- 19 traz preocupações a todos os governantes. Trata-se de um desafio nos âmbitos econômicos, sociais e de saúde. O alto índice de mortalidade, o tempo de internação e tratamento, a inexistência de medicação eficaz e vacina, além da rápida propagação do vírus torna esta pandemia um sério problema mundial. Os impactos são percebidos na economia que sofre ainda grande queda, na sobrecarga do sistema de saúde, no turismo, esportes e no meio ambiente, em todo o planeta. Medidas de proteção e contenção do vírus são adotadas e trazem mudanças significativas nas rotinas das famílias. Essas mudanças nem sempre possuem um resultado positivo. Desde o início de medidas de restrição de locomoção, isolamento social e quarentena – até o momento os mais eficazes na contenção da propagação do vírus, houve aumento do número de casos de depressão, estresse, ansiedade, medo, tristeza, raiva, desamparo e transtornos mentais (FIOCUZ, 2020). O serviço de psicoterapia tem sido procurado por muitas pessoas, a fim de ajudar nas dificuldades decorrentes da pandemia. No entanto, grande parte da população não possui recursos financeiros que favoreçam aquisição desse serviço, considerado como essencial neste momento. Embora existam ofertas de atendimentos online gratuitos, estes são direcionados principalmente a profissionais de saúde que se encontram na linha de frente no combate: médicos, enfermeiros, maqueiros, técnicos de raios-x, profissionais de limpeza, entre outros. Dessa forma, devemos considerar que este serviço deveria estar alcance de todos, uma vez que todos nós estamos passando por momentos críticos. Assim, propõe-se uma ação que visa beneficiar também pessoas que possuem baixa renda, as quais não dispõem de recursos financeiros para adquirir o serviço, mas que também o necessitam, de forma a contribuir para a promoção e manutenção do bem estar psicossocial. 5 2. PROBLEMA Embora estejam sendo adotadas medidas profiláticas por parte dos governantes, muitas pessoas ainda não acreditam na possibilidade de contrair o Covid-19, por acreditarem não ser uma realidade próxima a eles. Assim, evitam empregar tais medidas, proporcionando a contaminação e, consequentemente, propagação do vírus. Grande parte da população brasileira encontra-se em situação de isolamento social e quarentena, estando suscetíveis ao desenvolvimento de transtornos mentais em função da ausência de contatos sociais, desemprego, luto, ou até mesmo a convivência com seus próprios familiares em período integral. Muitas famílias não possuem recursos financeiros necessários para que possam obter apoio psicológico de forma a minimizar os efeitos das medidas preventivas ou do processo de perda. Este projeto visa dar suporte a essas pessoas, de modo a proporcionar uma melhor qualidade de vida, possibilitando a ressignificação de experiência vividas e porventura mal elaboradas em seu sistema psíquico. 3. JUSTIFICATIVA A população que ocupa as comunidades no município do Rio de Janeiro carece de recursos públicos destinados ao cuidado em saúde mental. Embora haja equipamentos como o CRAS, em algumas localidades, muitas vezes a demanda de atendimentos não permite o atendimento de suporte psicológico a todos que necessitam. Um fator que dificulta o acesso a esse tipo de serviço é a localização do local de atendimento, muitas vezes a uma longa distância, o que torna, para muitas famílias, inviável o deslocamento em função dos custos gerados com transporte. Assim, o atendimento online proporciona ao indivíduo o apoio psicológico que se faz necessário neste momento de pandemia, sem que ele necessite dispor de recursos financeiros. A pessoa atendida se beneficiará do tratamento de forma a melhorar e fortalecer seus relacionamentos sociais, atenuar os impactos gerados pela pandemia e na promoção da saúde mental. 6 Esta ação proporcionaráuma mudança significativa nos relacionamentos entre os membros da comunidade, identificando e potencializando os recursos psicossociais, de forma a gerar impacto significativo âmbito comunitário. 4. OBJETIVOS 4.1. Objetivo Geral Este projeto tem por objetivo proporcionar atendimento psicológico online gratuito a famílias e indivíduos que possuem baixa renda, residentes na comunidade do Rio Piraquê, em Guaratiba, no município do Rio de Janeiro, a fim de oferecer cuidados em saúde mental em meio ao enfrentamento da pandemia do Covid-19, fortalecendo as relações interpessoais e proporcionando o bem estar psicossocial. 4.2. Objetivos Específicos Realizar atendimentos online, quinzenais, através de aplicativos seguros e reconhecidos como válidos pelo CFP; Proporcionar o autoconhecimento; Ajudar no desenvolvimento de estratégias de enfrentamento frente às mudanças na rotina; Fortalecer vínculos familiares e afetivos; Proporcionar estabilidade emocional; Desenvolver e/ou promover a capacidade de lidar com experiências difíceis, como a doença, a perda de alguém querido, desemprego, ou violência doméstica, entre outras. 5. REVISÃO DE LITERATURA 5.1. Sobre a Pandemia Estamos vivendo um período crítico devido à pandemia da Covid-19, ocasionada pelo novo corona vírus SARS -CoV-2. 7 Embora na história do Brasil haja relatos de muitas epidemias, há muitos anos não temos registro de uma pandemia - a última registrada foi a gripe espanhola, em 1918, que deixou trinta e cinco mil mortos. Originados num mercado de frutos do mar na cidade de Wuhan, na China, os primeiros casos foram notificados em 31 de dezembro de 2019 e rapidamente se espalharam pelo país e pelo mundo (Rede São Luiz, 2020). Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo novo corona vírus (Covid-19) constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional – o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional. Em 11 de março de 2020, a Covid-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia (OMS, 2020). Apesar de inicialmente ser tratada como uma síndrome respiratória aguda, a Covid-19 apresenta quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves e, recentemente, foram descobertas outras complicações em diferentes órgãos em decorrência do novo corona vírus. Assim, a doença tem se apresentado como uma doença sistêmica. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a maioria dos pacientes com Covid- 19 (cerca de 80%) podem ser assintomáticos e cerca de 20% dos casos podem requerer atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória e desses casos aproximadamente 5% podem necessitar de suporte para o tratamento de insuficiência respiratória, através de respiradores artificiais (OMS, 2020). Devido à sua rápida propagação, originando uma emergência mundial, os governantes têm adotado diversas medidas com a finalidade de conter a disseminação. Entre tais medidas, encontra-se a quarentena, que consiste no isolamento por 14 dias para os pacientes assintomáticos de casos suspeitos ou confirmados, em virtude do alto risco de transmissão por vias aéreas. Contudo, face ao aumento expressivo de casos em diferentes localidades, atualmente a quarentena está também sendo recomendada ou imposta como forma de proteção aos suscetíveis sem histórico de contato, por período indeterminado, chamado isolamento profilático e estão sendo aplicadas restrições em relação ao funcionamento de comércios e serviços (RESENDE, et al, 2020). Apesar das restrições a lugares e do isolamento social, pouco tem se discutido sobre os impactos psicológicos da quarentena para as pessoas envolvidas, bem como sobre as possíveis formas de atenuá-los (SANARMED, 2020). 8 5.2. Consequências Psicológicas Em Função da Pandemia Brooks e Cols (2020) realizaram uma revisão sistemática sobre o assunto, incluindo estudos relacionados a surtos ou epidemias entre 2004 e 2019. Constatou-se que havia uma maior prevalência de respostas emocionais negativas entre as pessoas que estiveram em quarentena, como medo, tristeza, culpa, confusão, raiva, humor baixo, irritabilidade, ansiedade, insônia, dentre outros (BROOKS, et al 2020). Um fator influenciador está diretamente relacionado às nossas características sociais. Em geral, para nós latinos, não é fácil deixar de se abraçar e de se tocar, uma vez que nossa forma de expressão está diretamente ligada ao toque. A mudança de comportamento é difícil, porém, é necessário o autopoliciamento e evitar abraços e contatos físicos. A epidemia apresenta três fases distintas, e os sintomas psicológicos estão relacionados com cada uma delas. A primeira fase é caracterizada por uma mudança radical de estilo de vida e a primeira reação o medo de ser contaminado pelo vírus invisível, cada vez mais presente e próximo. As dificuldades começam a surgir com a necessidade da redução e distanciamento do contato físico. Consequentemente primeira reação é de estresse agudo relacionado com a pandemia que ocasiona uma circunstância súbita e inesperada. O foco de apreensão é o medo de ser contaminado, o que não difere muito de situações traumáticas como um desabamento ou terremoto. Assim, a epidemia torna-se, portanto, um forte fator de estresse que, por sua vez, é fator causal de desequilíbrios neurofisiológicos. Os profissionais de saúde são os mais vulneráveis pelo maior risco de contaminação. A persistência e o prolongamento destes desequilíbrios hormonais, inflamatórios e neuroquímicos podem desencadear um transtorno mental mais grave. A segunda fase da epidemia está relacionada com o confinamento compulsório, que exige uma forçada mudança de rotina. Nesta fase, são comuns as manifestações de desamparo, tédio e raiva pela perda da liberdade. É uma reação de ajustamento situacional caracterizado por ansiedade, irritabilidade, e desconforto em relação à nova realidade. Estas reações são esperadas e preocupam do ponto de vista da saúde mental quando passam a afetar a funcionalidade do indivíduo. A terceira fase está relacionada com as possíveis perdas econômicas e afetivas decorrentes da epidemia. As pessoas confinadas terão perdas econômicas importantes. As pessoas que passam pelo processo de internação tendem a passar por uma experiência traumática, principalmente aqueles que necessitam de suporte ventilatório e tratamento intensivo. Elas têm uma experiência próxima da morte, sendo as sequelas mais importantes a depressão, o risco de suicídio e o desenvolvimento posterior do estresse pós- traumático. (MARI, 2020) 9 Assim, a fim de evitarmos a disseminação do vírus, a contaminação e a prorrogação da quarentena, faz-se necessárias todas as medidas protetivas recomendadas pelas autoridades governamentais e dentre elas, o isolamento social, mas é importante ressaltar que a distância física não significa isolamento psicológico. Este de forma alguma é saudável e para evitá-lo é importante que se mantenha conectado: não perder a conexão com amigos e familiares, que é facilitada pelos celulares e internet. Para tornar o isolamento tolerável é muito importante construir uma nova rotina, buscar atividades lúdicas e criativas. Mesmo depois da epidemia, os problemas causados por ela podem persistir, incluindo dificuldades para retomar as rotinas e atividades de trabalho, e para reenquadrar os projetos de vida. Nesse sentido, deve-se monitorar e avaliar as experiências e lições aprendidas, bem como consolidar ações interinstitucionais e com participação comunitária para a tomada de decisões, entre outras. 5.3. A Covid-19 Nas Comunidades O avanço da epidemia nos bairros periféricos e nas comunidades chama a atenção. O cenário é mais preocupante do que indicamos números oficiais. Dados do IBGE informam que existem cerca de 1,4 milhão de pessoas que vivem nas favelas do Rio, equivalente a 22,5% da população carioca, mas o acompanhamento do número real de casos desta população é feito de forma precária. O painel DataRio, mostra dados oficiais atualizados pelo Instituto Pereira Passos (IPP), órgão subordinado à Prefeitura. Os registros de mortes em função do coronavírus nas comunidades são cada vez mais crescentes (REDEBRASIL, 2020). Com o perigo crescente representado pela doença e diante da constante ausência de ações por parte do poder público, as diversas associações de moradores e entidades comunitárias se mobilizam para realizar ações de combate ao coronavírus e de conscientização da população sobre a necessidade de isolamento social. A subnotificação de casos e óbitos em função da Covid-19 nas favelas e comunidades é um problema que tende a se agravar. A falta de testes e diagnósticos equivocados ou imprecisos e falhas em formulários obrigatórios favorecem a contagem equivocada de casos confirmados e mortes ocorridas nas redes de atendimento à saúde. 10 Outro problema encontrado em comunidades é o ambiente propício à disseminação do vírus, agravada em áreas de maior circulação de pessoas com espaço reduzido. As condições de muitas moradias carecem de saneamento básico, fornecimento regular de água e coleta de lixo e geralmente são cômodos pequenos que comportam até uma família inteira. A situação de vulnerabilidade social obriga moradores de favelas a saírem de casa para trabalhar, agravando o problema. 6. METODOLOGIA A metodologia aplicada tem como embasamento o estudo de Brooks e Cols (2020), sobre os impactos psicológicos da quarentena e de como reduzi-los. Este estudo reúne dados de surtos anteriores, tais como o do vírus Ebola e H1N1. Também foram utilizadas informações fidedignas de plataformas governamentais e de pesquisas científicas. Por se tratar de um evento recente, foi realizada uma nova revisão de literatura em maio/2020, com intuito de obter dados mais atualizados. Para o recrutamento dos profissionais, será realizada divulgação do projeto em redes sociais e será disponibilizado um número de telefone para contato. O projeto consiste em realizar atendimentos psicoterápicos individuais, com encontros quinzenais e de duração de 40 (quarenta) minutos, através de aplicativo de conversa com vídeo, realizado entre o psicóloga(o) e o indivíduo, sem custos para o paciente, face à impossibilidade de encontro presencial devido à pandemia. Propõe-se realizar 30 atendimentos semanais, com 10 (dez) profissionais voluntários. O atendimento será voltado a população que possui renda inferior a meio salário mínimo por pessoa, residentes da comunidade do Rio Piraquê, localizado em Guaratiba, Zona Oeste do município do Rio de Janeiro. Para que a população tenha conhecimento sobre o trabalho a ser executado, será realizado parceria com a Associação de Moradores do Rio Piraquê, a fim de contribuir com a divulgação e colaborar com a inscrição dos moradores que desejam se beneficiar do projeto. Um estudo realizado pelos institutos Data Favela e Locomotiva (2019) mostrou que 87% da população adulta das favelas acessam a internet pelo menos uma vez por semana e 97% dos jovens acessam regularmente (EBC, 2020). 11 7. CRONOGRAMA Etapas Mês/ ano 2020 Fev Mar Abr Mai Escolha do tema x Levantamento de fontes x Leitura das referências x Justificativa x Estabelecimento de objetivos x Revisão de Literatura x Definição de metodologia x Provisão de recursos x x Montagem do Projeto x Revisão/ redação final/ entrega x 8. RECURSOS NECESSÁRIOS Serão necessários recursos materiais, tais como aparelho celular e/ou tablet e/ou computador com acesso à internet, formulário de anamnese, caneta azul ou preta, pasta de documentos, ficha para anotações pertinentes; materiais digitais, como plataforma digital para inscrição; aplicativo de conversação com recurso de chamada de vídeo (whatsapp); recursos humanos, como profissionais psicólogos voluntários. 9. RESULTADOS ESPERADOS Por se tratar de um acontecimento relativamente recente, ainda não existem muitos estudos acerca das consequências da pandemia. Contudo, a maioria dos estudos até agora realizados em função da pandemia da Covid-19, indica efeitos psicológicos negativos como sintomas de estresse pós-traumático, sintomas depressivos, tristeza, abuso de substância, estado confusional e irritabilidade. 12 Os fatores estressores observados incluem o próprio estado de quarentena, o qual implica em modificação da rotina e limitação da mobilidade, duração prolongada da quarentena, medo de infecções, frustração, tédio, suprimentos inadequados, informação limitada, perdas financeiras e estigma. Alguns autores sugerem que os impactos psicológicos prolongados gerados pela quarentena podem durar até três anos após, e que o histórico de transtorno mental consiste em fator de risco para a maior durabilidade dos impactos psicológicos negativos. Portanto, espera-se que os atendimentos realizados através desse projeto possam minimizar os impactos causados na população em função das medidas de proteção, desemprego e desestabilidade emocional, possibilitando às pessoas atendidas uma nova perspectiva a respeito dos eventos oriundos da pandemia e ressignificação dos sentimentos e afetos desenvolvidos neste período. 13 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BROOKS, Samantha et al: The psychological impacto f quarentine and how to reduce it: rapid rewiew of the evidence. Vol 395. 14 de Mar de 2020. Disponível em: <www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(20)30460-8/fulltext> Acessado em 25 de abr de 2020. LACERDA, Paula: Sequelas do Covid-19: Complicações em vários órgãos indicam uma doença sistêmica. O Globo. 05 de maio de 2020. Disponível em: <www.oglobo.com.br> Acessado em 10 de maio de 2020. BOEHM, Camila: Moradores de Favelas movimentam R$ 119,8 bilhões por ano, 2020. Empresa Brasil de Comunicação. Disponível em <www.agenciabrasilebc.com.br> Acessado em 12 de maio de 2020. DUARTE, Rafael: Corona vírus: Impactos psicológicos da quarentena, 2020. Disponível em <pebmed.com.br> Acessado em 05 de maio de 2020 FREITAS, Fernando: Coronavírus, saúde mental e o que levar em conta no isolamento, 20 de mar de 2020. Disponível em <agencia.fiocruz.com.br> acessado em 28 de mar de 2020. www.data.rio - painel de dados sobre coronavírus no Rio de Janeiro. LEDO, Maria Eduarda: 100 anos atrás, o Brasil vivia uma epidemia similar ao coronavírus, 2020. Disponível em <www.redesaoluiz.com.br> acessado em 10 de maio de 2020. Covid-19 o que você precisa saber. Ministério da Saúde, 2020. Disponível em <coronavirus.saude.gov.br> acessado em 25 de abr de 2020. RESENDE, Viviane, Mávila Andrade e Vanessa Miranda: Impactos psicológicos da quarentena e como reduzi-los, 2020. Disponível em: <sanarmed.com.br>. Acessado em 10 de maio de 2020. Quais os principais efeitos da Pandemia na saúde mental? UNIFESP, 07 de abr de 2020. Disponível em: <www.unifesp.br> Acessado em 20 de abr de 2020. Folha Informativa Covid-19. Organização Pan Americana de Saúde. 13 de maio de 2020. Disponível em <www.paho.org/bra> Acessado em 13 de maio de 2020.
Compartilhar