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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNICARIOCA A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL INGRID DIAS XAVIER RODRIGUES Rio de Janeiro 2018 INGRID DIAS XAVIER RODRIGUES A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Orientadora: Gisele Reinaldo da Silva Rio de Janeiro 2018 Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Carioca, como requisito parcial pra obtenção do grau de Licenciado em Pedagogia. DEDICATÓRIA Dedico este trabalho, aos meus pais Wagner e Silvana e ao meu irmão Iago. AGRADECIMENTOS Agradeço, primeiramente, a Deus por me permitir chegar até aqui. A minha família e meus amigos por compreenderem minha ausência e por sempre estarem ao meu lado. Ao meu namorado pelo apoio em toda minha trajetória de realização desta pesquisa. A minha orientadora Profa. Gisele Reinaldo, por incentivar sempre o melhor de mim. RESUMO Este trabalho teve como objeto de estudo o trabalho com a literatura na educação infantil, com o objetivo de destacar a importância da literatura no processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Desta forma, é possível afirmar que a realização da pesquisa tem grande relevância e destaca-se por contribuir para que as crianças da educação infantil tenham acesso à leitura literária e que esta possa ser usada como ferramenta para o processo de ensino- aprendizagem. A partir das informações coletadas, foram analisados e discutidos o conceito de criança e infância conforme a evolução histórica, as diferentes contribuições que o trabalho com a literatura possibilita na valorização da cultura e através de estudo de caso e entrevistas entender como a literatura, em seu caráter estético, pode contribuir no processo de ensino-aprendizagem. Concluiu- se que a criança que tem acesso à literatura desde cedo desenvolve com muito mais facilidade seu processo de ensino-aprendizagem e, com a literatura, o aluno amplia seu vocabulário, desenvolve seu senso crítico e pode construir e reconstruir seus conhecimentos ao longo de sua vida. Palavras–chave: literatura; educação infantil; cotidiano escolar. SUMÁRIO Nº da página 1 – INTRODUÇÃO 07 2 – REFERENCIAL TEÓRICO 10 3 – RESULTADOS E DISCUSSÕES 18 4 - CONCLUSÃO 24 5 - REFERÊNCIAS 25 6 – ANEXOS 26 7 1 INTRODUÇÃO 1.1 Objetivos 1.1.1 Objetivo Geral Compreender e discutir a importância da literatura no processo de ensino- aprendizagem dos alunos. 1.1.2 Objetivos Específicos Abordar o conceito de criança e infância conforme a evolução histórica. Refletir sobre as diferentes contribuições que o trabalho com a literatura possibilita na valorização da cultura. Analisar, através de entrevistas e estudo de caso, como a literatura, em seu caráter estético, pode contribuir no processo de ensino-aprendizagem. 1.2 Justificativa Justificou-se a escolha deste tema primeiramente para refletir sobre a importância da literatura infantil nas escolas. O ato de praticar a leitura desde cedo pode ajudar no desenvolvimento e no processo de ensino-aprendizagem do aluno. A prática da leitura se faz necessária a qualquer cidadão por ampliar a visão de mundo ao inserir um leitor competente em nossa sociedade, possibilitando também a vivência de emoções, exercendo o mundo da fantasia e o da imaginação. Segundo Antonio Candido, em sua obra Vários escritos (2011), o uso da imaginação seja através da leitura ou de apresentações culturais faz com que qualquer pessoa use sua criatividade como uma necessidade básica. A literatura ajuda o indivíduo a se organizar. Primeiro, para conhecer a si mesmo e, por consequência, conhecer o outro no meio social. É, no entanto, necessário que as instituições busquem resgatar o valor e a importância da leitura, como ato de prazer e requisito para emancipação social e promoção da cidadania. Porém, tais habilidades não estão sendo desenvolvidas devido às práticas de ensino-aprendizagem que privilegiam o trabalho quase exclusivo com a gramática normativa, deixando a leitura literária enquanto fruição e experimentação estética sempre em segundo plano, 8 tornando- se assim uma atividade ocasional, realizada apenas para efeitos de resolução de exercícios gramaticais. Com a prática da leitura literária, o indivíduo consegue viajar para o desconhecido, explorá-lo, decifrar os sentimentos e emoções que o cercam e acrescentar vida a sua existência. Pode, assim, vivenciar experiências que propiciem e reafirmem os conhecimentos significativos de seu processo de aprendizagem. Segundo Célia Abicalil Belmiro (apud COSTA, 2009, p.12), em seu pensamento pertinente sobre as funções e o papel do leitor: [...] a leitura será mediadora das relações entre o aluno e o mundo e, a partir dela, ele poderá interferir na realidade e reconstruí-la. Dessa forma, a ideia de ferramenta, como objeto que permite agir sobre o mundo, é transportada para a leitura como instrumento, recurso para expressão e, como tal, basta dominar seu código já que sua técnica é superada pela perspectiva da leitura como um modo de organizar e constituir o conhecimento, estando a serviço, pois, da construção de um mundo de referências que dão sentido à existência humana. A atividade de leitura é posta como um ato político. As instituições de ensino, juntamente aos professores e equipe pedagógica devem propiciar aos educandos momentos que possam despertar neles o gosto pela leitura literária, o amor ao livro, a consciência da importância de se adquirir o hábito de ler. O aluno deve perceber que a leitura literária é um dos instrumentos mais importantes para alcançar as competências necessárias a uma vida de qualidade, produtiva e com realizações nos diversos papéis desempenhados por cada sujeito na sociedade. A literatura infantil surgiu para instruir e educar, mas sem deixar de ser divertida, convidando a criança a viver em um mundo onde existe identificação e estranhamento, sendo esta livre para formar suas capacidades intelectuais e sociais, visto que ainda está amadurecendo e em processo de construção da realidade através de suas experiências de vida. Conforme Jesualdo (apud Costa, 2009), a literatura não passa de um meio vantajoso de alimentação à imaginação infantil. Toda palavra tem suas particularidades e encantamentos, mas só as reconhece quem sabe usá-las. Quanto mais oportunidades tenham os alunos de ouvir, ver e sentir diferentes leituras literárias, maior será o prazer e a sensibilidade para compreender o que leem e ouvem. Quando a leitura é uma necessidade, um gosto apreciado no ambiente em que a criança vive, se é partilhada, usufruída 9 em comum, a criança desenvolverá o quanto puder a capacidade e o prazer de ler. É através da leitura literária que se tem acesso aos significados da cultura em que vive, estabelecendo relações entre as informações e construindo sentido para si e para o mundo. Ao serem estimulados à leitura literária, os alunos poderão compreender melhor o que estão aprendendo na escola, de maneira interdisciplinar, e o que acontece no mundo em geral, sendo protagonistas da criação de novos horizontes. 1.3 Metodologia O método comparativo proposto para o desenvolvimento da pesquisa qualitativa segue as seguintes estratégias: seleção, leitura, análise e discussão de textos de especialistas na área da literatura e educação, tais como Antonio Candido (2011),Teresa Colomer (2008), Marta Morais da Costa (2009) e Regina Zilberman (2009). Ampara-se, também, em entrevistas com professores atuantes na área de Educação Infantil. 1.4 Organização do Trabalho Este trabalho está assim dividido: introdução, parte na qual se apresenta o trabalho, se expõem os objetivos, justificativa, metodologia, organização do trabalho, demonstrando a sua importância; pressupostos teóricos, nos quais se exploram as teorias que embasam o trabalho; resultados e discussões, em que se discutem os dados coletados e os seus resultados; conclusão, na que se apresentam as considerações finais do trabalho e os principais resultados obtidos; e, por fim, referências, com as citações utilizadas no desenvolvimento do texto. 10 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Conceito de criança e infância conforme a evolução histórica. A literatura infantil surgira da tradição oral, com fontes folclóricas, lendas mitos e outras narrativas. Porém, a partir da valorização social da criança, tais histórias passaram a ser contadas com o intuito de contribuir ao processo de formação da criança enquanto sujeito. O surgimento da literatura infanto-juvenil se deu pela necessidade de se passarem ideias e fatos e o homem buscará na ficção e tradições uma maneira de transmitir essa cultura acumulada ao decorrer do tempo. Há, portanto, um elo entre a oralidade e a literatura. No início, a literatura surgiu com fins moralizadores, afinal, a criança era um "mini adulto", sendo assim, devia ser educada conforme os objetivos dos seus responsáveis, muitas vezes sem se preocupar com as capacidades da própria infância. Mas os escritos destes períodos não visavam só a educação; eram utilizados por jovens e adultos para que neles fosse buscada uma moralização social em larga escala. No período medieval, crianças filhas de nobres tinham a possibilidade de ler autores renomados, enquanto as crianças das classes mais desfavorecidas, em geral, ouviam ou liam histórias da cavalaria, aventureiros, heróis espertalhões, que utilizavam recursos usuais e com características mais populares. Nessa época, a literatura popular era de grande importância, visto que reunia lendas e contos folclóricos. Da Idade Média ao período renascentista, datam-se os primeiros livros de catecismo, criados por padres Jesuítas, com o objetivo de ensinar o catecismo, pregando o cristianismo às crianças:"[...] esta foi a primeira forma de literatura infantil, espontânea, com a finalidade única de facilitar o ensino às crianças, apenas intuitiva da necessidade da infância"(SALEM apud COSTA, 2009, p.114). Contudo, já circulavam no período as fábulas com animais, livros com narrativas e os bestiários. Alguns exemplos deste período: Raimundo Lúlio, com o título O livro das Maravilhas e O Livro dos Animais (Séc, XIII), dentre outros títulos. Em torno de 1600, o italiano Giambatista Basile escrevera o Conto dos Contos, título que reúne fábulas, na linha dos contos de fadas. Mais tarde algumas delas participam da antologia de Charles Perrault. No Século XVII, em 1697, a obra do famoso escritor francês Charles Perrault é criada, histórias de tradição oral, como Chapeuzinho Vermelho, A Bela 11 Adormecida, A Gata Borralheira, dentre outras, fomentando nas crianças e na sociedade da época uma forma quase mágica de narrativa, o que fez com que tais contos ainda se façam presentes na cultura de todo o mundo civilizado. Fénelon também contribuiu para a história da literatura, porém, de forma mais didática, com sua obra Aventuras de Telêmaco, dedicada ao neto de Luís XV, a qual introduz valores moralistas e instrutivos, quase como uma cartilha de Educação Infantil. O Famoso livro As Mil e uma Noites, de origem arábica e revelado em 1704, introduz a cultura oriental na rota da literatura infantil, mostra a importância da criatividade, conhecimento e liberdade para a vida pessoal, haja vista que a protagonista, Sherazade, tem que usar criatividade para poder conquistar a atenção do rei. O ideal da literatura infanto-juvenil é propor o entretenimento e a instrução, ligados ao prazer de ler. Portanto, a literatura tem a função de educar a sensibilidade, sempre somando o artifício das palavras às belezas das ilustrações visuais, enriquecendo o conteúdo e fomentando a criatividade, além de melhorar o entendimento de questões sociais próprias e alheias. A literatura infantil tem a criança como seu ideal máximo, pois seu objetivo é sempre buscar e explicar que ela pode ser mágica, por isso os contos enumeram fadas, anjos, bruxas, dando assim “asas à imaginação”: “A criança serve-se do real, justamente, para penetrar em sua fantasia” (JESUALDO apud COSTA, 2009, p. 117). Esse tipo de literatura, dita infantil, surge para instruir e educar, mas sem deixar de ser lúdica. [...] identificação, pelo prazer que toda leitura com pretensões a ser de algum proveito deve provocar na alma da criança, para além de qualquer simplismo de expressão, ou do puro retrato físico de uma modalidade de ser e de sentir, que a criança permanentemente luta por transcender. (JESUALDO apud COSTA, 2009, p. 118) As histórias convidam ao amadurecimento moral, social e literário dos pequenos leitores, correlacionando os mundos, real e imaginário, nos quais todas as crianças vivem em seus momentos de fuga da realidade, sendo assim, preparados, com a leitura, para operar a transposição do literário ao real. 12 2.2 Diferentes contribuições que o trabalho com a literatura possibilita na valorização da cultura Esta reflexão sobre as contribuições do trabalho com a literatura na educação infantil parte de um conceito também histórico, o qual valoriza a cultura literária e a leitura. A literatura infantil surgira da tradição oral, com fontes folclóricas, lendas, mitos e outras narrativas. Porém, a partir da valorização social da criança, tais histórias passaram a ser contadas com o intuito de formar alunos. Todos sabem que as pessoas têm direitos básicos e essências como por exemplo a alimentação, saúde, educação e lazer, porém nem sempre se reconhece o direito ao consumo de determinados tipos de cultura, como por exemplo, ir a exposições, teatro, cinema, etc. Candido explica que não se faz por mal, apenas não se dá conta que os direitos são iguais a todos. “Na verdade, a tendência mais funda é achar que os nossos direitos são mais urgentes que o do próximo” (CANDIDO, 2011, p.232). E, com isso, entra-se no conceito de bens compreensíveis e incompreensíveis que variam com a cultura e o tempo de cada povo, pelo que o autor nos convida a navegar sobre essas premissas, por vezes ocultas. Candido (2011) faz reflexões sobre os direitos humanos e a literatura. O autor afirma que a população na atualidade já evoluiu muito e atingiu um grau elevado de racionalidade se comparada a épocas atrás e, com o avanço da tecnologia, podem-se resolver problemas sociais, ao mesmo tempo em que se pode também destruir vidas. E quanto mais se evolui mais aumenta a desigualdade social. A consideração a respeito da literatura deve ser incluída nos direitos essenciais do homem, como necessidades básicas: moradia, saúde, segurança, liberdade de expressão, educação, etc. Sua ausência pode causar desorganização pessoal, fazendo falta na vida do indivíduo. Neste ponto entra o papel humano e social da literatura, o qual é reiterado por Candido: Assim como não é possível haver equilíbrio psíquico sem o sonho durante o sono, talvez não haja equilíbrio social sem a literatura. Deste modo ela é fator indispensável de humanização 13 e, sendo assim, confirma o homem na sua humanidade (2011, p.240) . Segundo Célia Abicalil Belmiro (apud COSTA, 2009, p.12), pode-se resumir um pensamento sobre as funções e o papeldo leitor como [...] a leitura será mediadora das relações entre o aluno e o mundo e, a partir dela, ele poderá interferir na realidade e reconstruí-la. Dessa forma, a ideia de ferramenta, como objeto que permite agir sobre o mundo, é transportada para a leitura como instrumento, recurso para expressão e, como tal, basta dominar seu código já que sua técnica é superada pela perspectiva da leitura como um modo de organizar e constituir o conhecimento, estando a serviço, pois, da construção de um mundo de referências que dão sentido à existência humana. A atividade de leitura é posta como um ato político. Ao ler o sentido flutua, o leitor projeta, sobre a materialidade das palavras, significados que variam de leitor para leitor, poucas vezes com muita diferença, mas sempre com algumas particularidades, frutos do íntimo de cada leitor. Essa posição teórica altera veementemente o trabalho escolar com a leitura, valorizando-se muito mais a força e a capacidade do leitor de construir sentidos diferenciados para os textos que lê. Diz Eni Orlandi (apud COSTA, 2009, p.13) que “[...] a linguagem é sempre passível de equívoco. [...] os sentidos não se fecham, não são evidentes, embora pareçam ser”. Entende-se que qualquer texto tem um sentido em aberto. Cada leitor a partir se suas experiências com as palavras seleciona os sentidos e monta conjuntos coesos que produzem uma interpretação satisfatória aos objetivos expostos no início da leitura. 2.3 Como a literatura, em seu caráter estético, pode contribuir no processo de ensino-aprendizagem Todo processo de ensino-aprendizagem parte da formação do leitor, pois esta atravessa todos os níveis escolares em nosso país. Segundo Costa (2009) quando os docentes fazem uso da pergunta: “para que serve a leitura? ”, as respostas mostram as expectativas que a sociedade alimenta sobre este tema. Com esses dados, o professor pode montar estratégias para sua atuação e prever problemas no caminho da formação do 14 aluno-leitor. As respostas a essa pergunta irão desde a crença de que a leitura instrui, informa, leva ao conhecimento, até resultados mais práticos, como por exemplo: “A leitura me permite sair da situação de pobreza, porque posso conseguir um trabalho melhor”, ou“ A leitura me torna independente, pois posso saber das coisas sem precisar do auxílio dos outros”. As respostas possivelmente não terão um teor negativo, de repulsa à leitura. Em outras palavras, as pessoas podem até dizer que a literatura é difícil, chata, demorada, mas não culparão seus professores de lhes terem ensinado algo desnecessário quando foram alfabetizados por intermédio da leitura. A função do leitor resumiu-se, por muito tempo, a interpretar uma suposta vontade, colocada pelo autor no texto lido. Era frequente na escola a pergunta: “O que o autor quis dizer nesse texto? ”. No entanto, as teorias da recepção dos textos literários, hoje, mudam a importância do papel exercido pelo sentido e significado do texto para o leitor. Isto é: “considera-se que um livro fechado não tem vida. Quem lhe dá força e sobrevivência é a leitura, ação praticada por um leitor” (COSTA, 2009, p.12). Sendo assim, o leitor passa a ocupar o papel principal e não um papel secundário, subordinado à vontade do autor ou do texto. Ao praticar a leitura, valoriza-se muito mais a força e a capacidade do leitor de construir sentidos diferenciados para os textos que se lê. Eni Orlandi (apud COSTA, 2009, p.13) afirma que “[...] a linguagem é sempre passível de equívoco. [...] os sentidos não se fecham, não são evidentes, embora pareçam ser”. Entende-se que qualquer texto tem um sentido em aberto. Cada leitor, a partir de suas experiências com as palavras, seleciona os sentidos e monta conjuntos coesos que produzem uma interpretação satisfatória aos objetivos expostos no início da leitura. É diferente procurar um sentido quando há a obrigatoriedade de se extrair dos textos palavras isoladas (adjetivos, por exemplo) ou quando o aluno procura responder perguntas de respostas óbvias do tipo: Quantos porquinhos o lobo mau comeu? Porque a história é chamada de O gato de botas? E assim por diante. Cabe ao docente a promoção de perguntas que instiguem, que sejam sobre diferentes perspectivas do texto, para que a capacidade de compreensão dos alunos seja exercitada. 15 Segundo Teresa Colomer (2008), a evolução da presença de leituras literárias, nos últimos anos, tem sido estudada nas escolas, além da pesquisa acerca dos hábitos dos leitores e a observação da diferença entre leitura de lazer e leitura prescritiva escolar. Os dados obtidos ajudam a pensar em meios de intervir nessas áreas, cabendo ao professor criar rotinas educativas que conciliem com o dia-a-dia escolar, sem necessidade de intervenção a todo momento, podendo assim atuar em algumas características da leitura e trabalhar em cima delas, tais como o planejamento abaixo: Ler sozinho: o que os textos ensinam Sempre se acreditou que “ler se aprende lendo”. Isto ajuda os discentes a progredir enormemente quanto à competência literária. A função do docente é propiciar aos discentes o material mais adequado, levando em consideração que as leituras têm sempre um marcante componente geracional, em todo conjunto do sistema literário. Leitura de determinados livros colidem em cada geração da sociedade, como por exemplo, no caso das canções de época ou acontecimentos sociais. As leituras de infância e adolescência nem sempre apresentam um componente geracional, mas estão enormemente presentes alguns aspectos como a sensibilidade para com a proximidade da língua, a identificação do eu, entre outros. Há também leitores que abordam os livros em um ponto fora do contexto (ou seja, sem que haja relevância de quem, quando e onde se escreve). A análise dos livros para essas faixas etárias pode revelar o ponto em que são sensíveis a alguns tipos de fenômenos das sociedades, como a falta de costume social e a variabilidade cultural. Atender a produção no espaço de leitura não significa que os livros vão exercer uma função de construção de um horizonte de qualidade das obras, um leque explícito do que se pode esperar dos livros. Uma socialização, vertical, em relação à sua cultura, pois na verdade o que realmente importa não são os livros, mas sim o que se aprende e cria com eles. Ler com os demais: criar pontes e gerar a oportunidade de cruzá-las Atualmente, um dos caminhos mais interessantes para pertencer a uma comunidade de leitores tem sido a criação de pequenos grupos ou clubes de 16 leitores para o compartilhamento e a discussão coletiva do material lido. As crianças sentem-se parte do grupo e têm um sentimento de igualdade quando percebem, em grupo, que todos conhecem o mesmo conteúdo. É interessante, neste espaço, uma atividade escolar extensa que incentive essa prática, permitindo, assim, uma interpretação individual no meio de rotinas de trabalho, de maneira a fomentar a discussão do conteúdo. Ler, expandir e conectar: a literatura até no ar Não há tarefa escolar da qual a literatura não faça parte, logo faz-se importante então propor que os discentes, em vários capítulos, divididos em grupos, conectem uma única história, incentivando assim a integração entre os mesmos. O resultado obtido vai além do campo intelectual, abarcando, também, o social, haja vista que integra e une os discentes. Ler com especialistas: conduzir e abrir as portas Todo leitor deseja ler com especialistas, sejam eles crítico, escritor, professor, etc. Nesse sentido, a escola tem papel fundamental para guiar os discentes. No entanto, é evidente que a sua maneira de guiar, atualmente, não parece lograr tanto sucesso, pois, ao invés de guiar, a escola tem imposto a sua interpretação. A ajuda dos especialistas deve levar osleitores para além da interpretação padrão imposta na aprendizagem tradicional escolar, incentivando o discente a interpretar, sem fugir da linha de raciocínio proposta pelo texto, a sua maneira, evitando assim a sistematização das descobertas, além de fomentar nos discentes a imaginação acerca do que pensam sobre o mundo. A leitura guiada se tornaria melhor se houvesse o questionamento das reais aprendizagens que devem ser realizadas durante a escolaridade obrigatória, e o especialista tem a função de desconstruir o modelo, por vezes obsoleto, que prende o aluno à visão analítica de um tema já proposto. É muito melhor abordar o estudo de forma poética, sem a necessidade de aplicação de teorias ou normas interpretativas enrijecidas previamente. Os recursos literários formalizaram a leitura, levando os alunos a um processo automatizado de aprendizagem, padronizado no meio escolar. Sendo assim, cabe ao docente desconstruir este processo, tentando conciliar os 17 recursos interpretativos oriundos de cada texto com o processo individual, interpretativo de cada discente. Ler além: a decisão de passar pelas portas abertas A aprendizagem literária abre horizontes e é ferramenta importante para adquirir conhecimento e desenvolver a compreensão da literatura enquanto sistema, carregando valores que podem ser utilizados por toda a vida. Contudo, o curto tempo escolar dedicado a este fim torna ineficaz a aplicação integral desses valores, visto que “a filosofia do resultado” ainda é muito forte no sistema educacional brasileiro vigente. O discente já tem um caminho que o ajudará na vida pessoal e na sua formação de cidadão. 18 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 3.1 Estudo de caso Nesta etapa da pesquisa, acompanhou-se o dia-a-dia de algumas turmas educação infantil em uma escola na zona oeste do Rio de Janeiro, dentre elas seis turmas de grupo 4, com em média vinte e dois alunos em cada, cinco turmas de grupo 5, com em média vinte e quatro crianças por turma e seis turmas de primeiro ano, com em média vinte e cinco alunos. Foi possível notar como a literatura é presente no cotidiano dessas crianças de maneira tranquila e prazerosa.1 A começarmos pelo grande acervo de livros que a escola possui, existe uma biblioteca a qual foi dada o nome de Ruth Rocha, que conta com os mais variados tipos de leitura, onde as crianças fazem uma visita uma vez por semana podendo ser contada uma história pela professora regente ou a responsável pela biblioteca. As crianças podem também visitar a biblioteca com os seus responsáveis no horário de entrada e saída e realizarem empréstimos de livros. Deste espaço também saem os livros que são chamados biblioteca de sala, livros selecionados por especialistas de acordo com a faixa etária e projetos da escola, que ficam na sala de aula de cada turma para ser manuseado pelas crianças e professores a qualquer momento. Um outro projeto muito interessante que pôde ser observado foi a ciranda de livros. São livros comprados pelos próprios responsáveis, os quais toda sexta feira são expostos em uma malha e escolhidos pelas crianças. Depois dessa escolha, eles preenchem um controle no qual diz o título do livro que levou e a data. Esse livro é levado para casa onde deve ser lido com os pais durante todo final de semana e retorna para escola na segunda feira. Esse projeto é de extrema importância para a construção do gosto pela leitura, pois essa prática deve ser constante tanto na escola quanto na casa das crianças. Através da literatura, a criança cria e modifica suas visões de mundo e sente-se capaz de criar e dominar suas imaginações, como indica Tâmara Cardoso André, no texto “Literatura Infantil – Práticas adequadas ajudam a despertar o gosto pela literatura”: 1 A identidade da escola citada nessa pesquisa foi preservada, assim como o nome dos professores entrevistados no item subsequente. 19 A relação com o livro antes de aprender a ler auxilia a criança a torna-lo significativo como um objeto que proporciona satisfação. Isto ocorre porque, ao tocar, olhar, alisar o livro e brincar com suas folhas e gravuras, a criança sente um prazer similar ao proporcionar um brinquedo (ANDRÉ, 2004, p18) Pode-se observar também nesta instituição um projeto bem maior acerca da literatura, a Feira Literária, que acontece anualmente. Esta feira consiste em expor para a comunidade produções literárias dos alunos. As crianças primeiramente escolheram através de votação uma história dentre as opções apresentadas pelos próprios para ser a história da turma, após essa escolha a professora contou diversas versões dessa mesma história, versões de diferentes autores, editoras e até em vídeos da internet apropriados para a idade. Após esse período de descobertas, os alunos montaram gráficos para pontuar as diferenças de cada história e, então, começaram as produções, cada grupo/série com uma maneira de recontar essas histórias. Em um grupo específico, desde o início do ano, estava sendo trabalhado o manuseio do programa paint nos computadores de touch screen, sendo assim esse grupo realizou o reconto da sua história através de desenhos no computador. Cada aluno fazia elementos de uma cena da história e aos poucos foi criando um formato muito bacana. E a gravação do áudio da história também era feita por eles, em que cada criança gravava uma parte ou uma fala da história. Depois de tudo isso, a professora de tecnologia junto à turma fez a união dos áudios e dos desenhos e, assim, surgiu o reconto daquela turma. Já outras turmas receberam ilustrações da história e precisaram escrever o que se passava em cada uma daquelas cenas, fazendo assim o reconto daquela história. Eles produziram também a capa, utilizando papelão, tinta, biscuit, etc. Algumas outras turmas estavam trabalhando sobre o folclore brasileiro. Cada turma escolheu uma lenda para que pudesse ser feito o reconto. Nessas turmas, foi utilizada uma técnica chamada stop motion, a qual consiste em fazer bonecos de massinha e fotografá-los em ordem cronológica para depois fazer um vídeo com essas fotos. Logo após essa atividade, as crianças também gravaram os áudios referentes àquela história e mais uma vez com a ajuda da professora de tecnologia foi montado o reconto dessas lendas. 20 Em outros grupos foi montado um livro de cultura popular, no qual eles escolheram adivinhas, parlendas, brincadeiras de roda, trava-línguas e lendas para compô-lo. As escolhas foram feitas através de votação, ou seja, as crianças traziam sugestões que eram expostas para toda turma e em seguidas eram votadas e registradas em folhas especificas através de escrita e desenho. Algumas vezes essas escritas eram copiadas do quadro, mas na maioria das vezes era uma escrita espontânea. Algumas das folhas desse livro tiveram participação dos pais, os alunos levavam para casa para registar, por exemplo, a brincadeira de infância preferida dos pais. Esses trabalhos parecem simples, mas as crianças começam a produzir meses antes da feira e no dia da feira os pais visitam a escola, podem acompanhar de perto fotos e vídeos da produção dos seus filhos e, por fim, virem o trabalho concluído. 3.2 Análise a partir de entrevistas Foi realizada uma entrevista com 10 professores que trabalham com a educação infantil em diferentes escolas, todas privadas e situadas na zona oeste do Rio de Janeiro. As respostas foram coletadas de duas formas diferentes, anotadas manualmente e enviadas por e-mail. As perguntas foram baseadas na importância da literatura na educação infantil e a utilização no processo de ensino-aprendizagem, trazendo assim as respostas aos resultados e discussões do presente trabalho. Ao serem perguntados sobre a ajuda que a literatura possibilitano processo de ensino-aprendizagem todos os entrevistados responderam que a literatura é de extrema importância nesse processo, completando ainda que os livros ajudam os alunos a conhecerem o mundo letrado. Quando questionados sobre a importância da família no incentivo à leitura junto à escola, todos os professores concordaram que a família precisa sim incentivar os alunos pois, com isso, faz com que o aprendizado e o gosto pela leitura fluam de melhor maneira. Completaram, ainda, que as escolas deveriam ter o compromisso de provocar esse momento da literatura com a família, buscando diferentes estratégias, pois, muitas vezes, as famílias não possuem contato com a literatura. 21 Na terceira pergunta, os docentes precisavam responder se em todas as suas aulas existem momentos específicos para a contação de história e 90% afirmou que separam algum momento do dia em seu planejamento para a hora do conto e para manuseio de livros, sempre com intencionalidades e escolhendo os títulos previamente. Os outros 10% acreditam que este momento seja de grande importância para os alunos, porém, por questões da instituição, não conseguem que essa estratégia seja aplicada, tendo poucos momentos para a leitura. Na pergunta seguinte, os docentes foram questionados sobre a valorização da cultura através da literatura e 100% deles acreditam que a literatura é uma grande auxiliadora no conhecimento cultural do aluno, na construção moral e ética e na formação de um indivíduo crítico. Por último, como quinta pergunta, verificou-se se é necessário investir na qualidade da formação dos leitores com compras de livros adequados à faixa etária, recursos com leitura lúdica e estratégias de leituras diferenciadas, para assim haver uma formação integral do indivíduo. Todos os entrevistados concordaram que é de suma importância investir na qualidade da formação dos leitores. Disseram, ainda, que essa conscientização da formação do pequeno leitor é imprescindível e que muitas escolas ainda não compreendem isso como essencial. Com esse não entendimento das instituições de ensino, os alunos podem perder toda a motivação em ter contato com a literatura. Após analisar os dados coletados pode-se chegar à conclusão de que todos os professores entrevistados consideram a literatura como indispensável na educação infantil. Que nesse primeiro contato com os livros, mesmo que ainda sem saber ler, a criança iniciara o seu prazer pela leitura e começara a desenvolver sua parte intelectual. (...) é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas histórias. Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo... (ABRAMOVICH, 2005, p.16) Assim como afirma Abramovich, os professores entrevistados neste trabalho acreditam que é necessário ouvir histórias e manusear livros desde as séries iniciais, para assim despertar o gosto pela leitura desde cedo e também 22 poder contribuir no processo de ensino-aprendizagem de cada criança, auxiliando no desenvolvimento do aluno e na formação do indivíduo para o mundo. 3.3 O docente e sua prática com a literatura Ao analisarem-se o estudo de caso e as entrevistas realizadas pode-se observar que, nos dias atuais, a literatura já possui um reconhecimento de sua importância muito maior do que em décadas anteriores e que há professores, como os entrevistados, que fazem uso constante dessa ferramenta em suas salas de aula, embora, ainda assim, existam escolas que não reconhecem a importância da literatura no cotidiano escolar. Em consonância com as reflexões propostas no TCC, a entrevista confirma que a literatura exerce diversos papeis, dentre eles, estimular a imaginação, educar, instruir, desenvolver habilidades cognitivas, servir como embasamento para a qualidade da alfabetização, desenvolver o senso crítico e a capacidade de interpretação. Através da literatura, o ser humano é capaz de absorver e produzir novos conhecimentos, além de transformar-se ao longo de sua vida. Segundo Ninfa Pereira, em sua obra Confusão de línguas na literatura: o que o adulto escreve, a criança lê (2009), a aproximação da criança com o livro acontece assim como com um brinquedo ainda não descoberto. A aproximação da criança com os livros deve acontecer como a aproximação com os brinquedos: ver, tocar mãos e pés, levar à boca.... Primeiramente, uma relação lúdica, de brincadeira mesmo. A criança precisa sentir e gostar do livro. Depois, a relação se estreita pela experiência que o ser humano vai adquirir com ele. (PEREIRA, 2009, p.28) Nesse sentido, caberá ao professor, neste primeiro momento, muita atenção e paciência com os pequenos, pois nem sempre eles farão uso do livro como livro. Porém, o papel do professor como agente mediador entre a criança e o livro, garantindo o direito de seu acesso ao mesmo será imprescindível para o desenvolvimento pleno da criança. Em contato direto com o objeto livro, a criança toma para si as características do mesmo, o modo de manusear, de cuidar, sua função e 23 utilidade, e é na primeira infância que o estreitamento de laços se inicia, tendo a educação infantil um importante papel na formação de leitores. É, então, nesta faixa etária que o conhecimento a respeito do livro pode e deve se tornar concreto e o aprendizado referente ao mesmo se fortalece, já que a afetividade que perpassa os momentos de leitura compartilhada pelo grupo colabora para o fortalecimento de práticas de leitura. 24 4 CONCLUSÃO Nesse trabalho foi abordada a importância da literatura na educação infantil e como essa ferramenta pode contribuir no ensino-aprendizagem dos alunos, bem como em sua formação plena enquanto sujeitos críticos. Nem sempre existiu literatura para as crianças, visto que por décadas elas foram consideradas como mini adultos e, por isso, recebiam o mesmo tipo de literatura de seus responsáveis. Só depois de algum tempo reconheceram o conceito de infância, o qual trouxe consigo a literatura infantil. Pode-se perceber que investir na qualidade da formação dos leitores é apenas uma consequência, uma vez que os docentes estejam certos do valor que a leitura possui para a formação integral do indivíduo. Concluiu-se que todo processo de ensino-aprendizagem parte da constituição do leitor, e a literatura é peça fundamental nesse processo, pois com ela o aluno pode se desenvolver cognitivamente, ampliar seu vocabulário, desenvolver seu senso crítico, sua imaginação e pode construir e reconstruir seus conhecimentos ao longo de sua vida. Pode-se considerar que quanto mais lemos, mais informações obtemos. O conhecimento não pode ser restrito a determinados grupos de pessoas como acontecia em décadas atrás, ele dever ser estendido a todos. Para que isso seja uma realidade, é muito importante que comece de criança a busca por conhecimento. A pesquisa trouxe ainda a importância da família nessa construção do gosto pela leitura. Quando a família estimula esse ato, com leituras envoltas por afeto, as crianças se interessam mais e desenvolvem mais rápido esse gosto. Inclusive, deve ser uma proposta da instituição promover esses momentos de leitura com participação dos seus responsáveis. Em suma, pode-se dizer que a literatura é primordial no desenvolvimento das crianças na educação infantil, haja vista que, através dela, a criança aprende a lidar com seus sentimentos, a reconhecer-se e perceber o outro, e, por fim, a definir-se como um ser integrante da sociedade. 25 5 REFERÊNCIAS ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: Gostosuras e Bobices. 5ª Edição. São Paulo: Scipione, 2005 ANDRÉ, Tâmara Cardoso. Literatura Infantil – Práticas adequadas ajudam a despertar o gostopela literatura. Revista do Professor, Porto Alegre, n.78, p. 18-21, abr/jun. 2004. CANDIDO, Antonio, Vários Escritos. São Paulo, Ouro Sobre Azul, 2011. COLOMER, Teresa. In: Nos caminhos da literatura. Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. São Paulo: Peirópolis, 2008. COSTA, Marta Morais da. Literatura infanto-juvenil. Curitiba: IESD Brasil S.A, 2009. PEREIRA, Ninfa. Confusão de línguas na literatura: o que o adulto escreve, a criança lê. Belo Horizonte: RHJ, 2009. ZIBELRMAN, Regina. Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade de Passo Fundo, v. 5, n. 1, 9-20 – jan. /jun., 2009. Que literatura para a escola? Que escola para a literatura? 26 6 ANEXOS Entrevistado J 1-Você acredita que a literatura ajuda no processo de ensino aprendizagem? Sim 2-Você concorda que o incentivo à leitura deve ser compartilhado pela escola e pela família? Sim 3-Em todas as suas aulas existe um momento específico para a hora do conto e/ou contação de histórias? Sim 4-Você acredita que a literatura auxilia na valorização de cultura para as crianças? Com certeza 5-É necessário investir na qualidade da formação dos leitores com compra de livros adequados à idade, recursos para uma leitura lúdica, para assim haver uma formação integral do indivíduo? Sim Entrevistado M 1-Você acredita que a literatura ajuda no processo de ensino aprendizagem? Sim 2-Você concorda que o incentivo à leitura deve ser compartilhado pela escola e pela família? Sim 3-Em todas as suas aulas existe um momento específico para a hora do conto e/ou contação de histórias? Sim 4-Você acredita que a literatura auxilia na valorização de cultura para as crianças? Sim 5-É necessário investir na qualidade da formação dos leitores com compra de livros adequados à idade, recursos para uma leitura lúdica, para assim haver uma formação integral do indivíduo? Sim 27 Entrevistado P 1-Você acredita que a literatura ajuda no processo de ensino aprendizagem? Sim 2-Você concorda que o incentivo à leitura deve ser compartilhado pela escola e pela família? Sim 3-Em todas as suas aulas existe um momento específico para a hora do conto e/ou contação de histórias? Não, pois trabalho em uma instituição muito conteudista e a leitura infelizmente é rara. 4-Você acredita que a literatura auxilia na valorização de cultura para as crianças? Sim 5-É necessário investir na qualidade da formação dos leitores com compra de livros adequados à idade, recursos para uma leitura lúdica, para assim haver uma formação integral do indivíduo? Sim Entrevistado T 1-Você acredita que a literatura ajuda no processo de ensino aprendizagem? Sim 2-Você concorda que o incentivo à leitura deve ser compartilhado pela escola e pela família? Sim 3-Em todas as suas aulas existe um momento específico para a hora do conto e/ou contação de histórias? Sim 4-Você acredita que a literatura auxilia na valorização de cultura para as crianças? Sim 5-É necessário investir na qualidade da formação dos leitores com compra de livros adequados à idade, recursos para uma leitura lúdica, para assim haver uma formação integral do indivíduo? Sim 28 Entrevistado MB 1-Você acredita que a literatura ajuda no processo de ensino aprendizagem? Com certeza 2-Você concorda que o incentivo à leitura deve ser compartilhado pela escola e pela família? Sim 3-Em todas as suas aulas existe um momento específico para a hora do conto e/ou contação de histórias? Sim 4-Você acredita que a literatura auxilia na valorização de cultura para as crianças? Demais 5-É necessário investir na qualidade da formação dos leitores com compra de livros adequados à idade, recursos para uma leitura lúdica, para assim haver uma formação integral do indivíduo? Sim Entrevistado S 1-Você acredita que a literatura ajuda no processo de ensino aprendizagem? Sim 2-Você concorda que o incentivo à leitura deve ser compartilhado pela escola e pela família? Sim 3-Em todas as suas aulas existe um momento específico para a hora do conto e/ou contação de histórias? Sim 4-Você acredita que a literatura auxilia na valorização de cultura para as crianças? Sim 5-É necessário investir na qualidade da formação dos leitores com compra de livros adequados à idade, recursos para uma leitura lúdica, para assim haver uma formação integral do indivíduo? Sim 29 Entrevistado C 1-Você acredita que a literatura ajuda no processo de ensino aprendizagem? Acredito veemente. Além de apresentar um mundo letrado. A literatura permeia por todo universo de ensino-aprendizagem. 2-Você concorda que o incentivo à leitura deve ser compartilhado pela escola e pela família? Sim. Vou até um pouco além. Penso que a escola tem o compromisso de provocar esse momento da literatura com a família, buscando estratégias, pois, muitas vezes as famílias não possuem contato com a literatura. 3-Em todas as suas aulas existe um momento específico para a hora do conto e/ou contação de histórias? Em meus planejamentos incluo diariamente momentos de contação de histórias e de manuseio de livros. Sempre com intencionalidade. A escolha de cada título é pensada previamente. No entanto, os incentivos a trazerem livros para compartilharem e, desse modo, conto as histórias trazidas por eles. A partir disso levantamos muitas hipóteses de leitura do texto. 4-Você acredita que a literatura auxilia na valorização de cultura para as crianças? Sim. Completamente! É uma construção ... são tantos repertórios. 5-É necessário investir na qualidade da formação dos leitores com compra de livros adequados à idade, recursos para uma leitura lúdica, para assim haver uma formação integral do indivíduo? Acredito fortemente nesse ideal. Essa conscientização da formação do pequeno leitor é imprescindível. Muitas escolas ainda não compreendem isso. Mas, como educadora, entendo e busco sempre isso no meu cotidiano. Entrevistado Y 1-Você acredita que a literatura ajuda no processo de ensino aprendizagem? Sim 2-Você concorda que o incentivo à leitura deve ser compartilhado pela escola e pela família? Sim 3-Em todas as suas aulas existe um momento específico para a hora do conto e/ou contação de histórias? Sim 30 4-Você acredita que a literatura auxilia na valorização de cultura para as crianças? Sim, literatura é cultura. 5-É necessário investir na qualidade da formação dos leitores com compra de livros adequados à idade, recursos para uma leitura lúdica, para assim haver uma formação integral do indivíduo? Sim Entrevistado J 1-Você acredita que a literatura ajuda no processo de ensino aprendizagem? Sim, pois além de trabalhar o raciocínio linguístico, ajuda a trabalhar o simbolismo, significado de metáforas por exemplo e até a subjetividade. 2-Você concorda que o incentivo à leitura deve ser compartilhado pela escola e pela família? Sim, pois quando o estímulo acontece no ambiente familiar ele torna o aprendizado mais fluido. 3-Em todas as suas aulas existe um momento específico para a hora do conto e/ou contação de histórias? Sim. 4-Você acredita que a literatura auxilia na valorização de cultura para as crianças? Sim, saber que há uma variedade de culturas e saber também que a cultura nos cerca é essencial para valorização. 5-É necessário investir na qualidade da formação dos leitores com compra de livros adequados à idade, recursos para uma leitura lúdica, para assim haver uma formação integral do indivíduo? Sim, porque muitas crianças não possuem um primeiro contato agradável com os livros e logo perdem toda a motivação já que nunca foram apresentadas a conteúdos adequados para sua faixa etária por exemplo. Entrevistado D 1-Você acredita que a literaturaajuda no processo de ensino aprendizagem? Sim 2-Você concorda que o incentivo à leitura deve ser compartilhado pela escola e pela família? Sim 3-Em todas as suas aulas existe um momento específico para a hora do conto e/ou contação de histórias? Sim 31 4-Você acredita que a literatura auxilia na valorização de cultura para as crianças? Sim 5-É necessário investir na qualidade da formação dos leitores com compra de livros adequados à idade, recursos para uma leitura lúdica, para assim haver uma formação integral do indivíduo? Sim
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