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Ride DF e Entorno - Segundo a Lei-5 768-2016 - Parte 02

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Klaus Kaysenberg – RIDE Página 1 de 415 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Klaus Kaysenberg – RIDE Página 201 de 415 
 
 
(A) A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE) é composta 
segundo a Lei Complementar nº 94/1998 pelo DF, por municípios de Goiás e por três cidades 
de Minas Gerais, sendo essas fronteiriças com o DF. 
COMENTÁRIO: ERRADA - A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e 
Entorno – RIDE/DF, foi criada em 1998 pela Lei Complementar no 94, de 19 de fevereiro 
de 1998, com o objetivo de promover a articulação da ação administrativa da União, dos 
estados de Goiás e de Minas Gerais e do Distrito Federal, para reduzir as 
desigualdades regionais causadas pela alta concentração urbana decorrente do fluxo 
migratório entre o Distrito Federal e os municípios vizinhos. Sua área de abrangência é 
de 50.612 km2, na qual abriga 1.057.358 habitantes, com densidade demográfica de 20,9 
hab/km2 (IBGE 2007). A RIDE-DF SEGUNDO A LEI COMPLEMENTAR NÚMERO 94/1998 
engloba o Distrito Federal, dois municípios mineiros (Unaí, Buritis) e 19 municípios 
goianos (Abadiânia, Água Friade Goiás, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cabeceiras, 
Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Cristalina, Formosa, 
Luziânia, Mimoso de Goiás, Novo Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Santo 
Antônio do Descoberto, Valparaíso de Goiás e Vila Boa). 
 
(B) A atual crise hídrica no DF é resultante de um processo de expansão realizado com 
políticas habitacionais inadequadas ou inexistentes, por grilagem de terras, por crescimento 
populacional desordenado e pelo uso irresponsável da água, inclusive nos setores produtivos, 
como a agricultura. 
COMENTÁRIO: CORRETA - Segundo Júlio Sampaio, coordenador do programa 
Cerrado da ONG WWF-Brasil, a equação é simples. A população cresceu, o sistema de 
abastecimento não. “O caso de Brasília é muito parecido com o de São Paulo, são 
vários fatores similares. O principal deles é o crescimento urbano. A densidade 
populacional aumentou muito em Brasília, especialmente nas cidades-satélites, e a 
capacidade para fornecer água não acompanhou na mesma proporção”, diz. Outro 
fator, na opinião de Salgado, é a integridade das bacias hidrográficas. Áreas que antes 
eram agrícolas e que mantinham relativa integridade de nascentes e rios foram 
engolidas pelo conglomerado urbano. Desmatamento de matas ciliares pode secar as 
nascentes e diminuir a capacidade de absorção da água que vem da chuva. “É preciso 
melhorar a qualidade da produção de água nas regiões que abastecem a cidade. Isso é 
feito com proteção e recuperação de nascentes. “PLANEJAMENTO URBANO” –
 Somada ao comprometimento nas reservas de água pelo período de estiagem, a 
 
 
Klaus Kaysenberg – RIDE Página 202 de 415 
 
 
ocupação urbana desordenada, sobretudo nas proximidades das bacias que alimentam 
a cidade, trouxe sérias consequências à reposição de aquíferos subterrâneos pelas 
águas pluviais. “Quando se tem uma ocupação urbana muito grande, se diminui a 
infiltração de água no solo. Uma parte da água que se infiltra vai sair nos rios meses 
depois. Isso os mantém na época de seca”. 
(C) A mobilidade urbana é um dos grandes avanços da organização sócioespacial do DF. 
Graves problemas (como o deslocamento e a falta de estacionamentos) foram resolvidos com 
a construção do sistema metroviário e a ampliação de rodovias internas, que evitam extensos 
congestionamentos. 
 
COMENTÁRIO: ERRADA - A baixa eficiência do Sistema de Transporte Público Coletivo 
do DF na equação “elevadas distâncias mais a expressiva fragmentação mais a baixa 
densidade”, aliada à falta de racionalização das linhas e à ausência de subsídios 
governamentais, resultam numa das mais elevadas tarifas entre as capitais brasileiras. 
A análise relativa à mobilidade urbana na metrópole central do Brasil faz parte dos 
resultados do e-book “Brasília: transformações na ordem urbana. A análise sobre o 
tema “Organização social do território e mobilidade urbana” foi produzida pelos 
pesquisadores Valério Augusto Soares de Medeiros e Ana Paula Borba Gonçalves 
Barros, que buscaram avaliar a interdependência de fatores que afetam as condições 
de deslocamento na AMB, considerando os seguintes aspectos: a) a organização social 
do território; b) as feições de infraestrutura e caracterização de transportes; e c) a 
forma urbana. A mobilidade urbana no Distrito Federal anda a passos lentos e a 
população sofre com a falta de politicas publicas que visem amenizar esses transtornos 
vividos diariamente pelos usuários do transporte público. A questão da 
mobilidade urbana é um dilema enfrentado no espaço geográfico brasileiro, com cada 
vez mais veículos individuais inchando as ruas das grandes cidades. Investir em 
mobilidade não significa apenas fazer investimentos na aquisição de ônibus, é preciso 
se pensar em meios de circulação da bicicleta, integração de ônibus e metrô, 
implementação de VLT (veiculo leves sobre Trilhos), elaboração de um plano de gestão 
de frota e bilhetagem, criação de corredores especiais para o transporte coletivo, para 
que possamos viver em um mundo mais sustentável. Um detalhe que é peculiar do 
Distrito Federal é a questão do Entono. Área com grande Explosão demográfica e com 
déficit em serviços como educação, saúde e transporte. Parte da população trabalha em 
Brasília e só dorme nos municípios goianos. Precisamos fazer uma análise mais ampla 
 
 
Klaus Kaysenberg – RIDE Página 203 de 415 
 
 
do problema de mobilidade de Brasília para traçar uma estratégia de resolução, 
incluindo nesse plano as cidades vizinhas ao DF. Portanto, não se pode discutir a 
questão da mobilidade urbana do Distrito Federal, sem pensar em como incluir a região 
do Entorno nas politicas de melhorias de transporte, uma área que é de suma 
importância para o desenvolvimento DF e carente de investimentos 
 
(D) As atividades produtivas do DF estão concentradas no setor terciário da economia, não 
havendo grandes empresas no setor secundário, além de um setor primário de baixa 
produtividade, principalmente a agricultura, em razão da não utilização de recursos 
tecnológicos. 
 
COMENTÁRIO: ERRADA - O setor primário, apesar de representar um percentual baixo 
na composição do PIB do DF, tem inúmeras potencialidades com o uso de diversas 
tecnologias, no setor secundário, embora não predominante temos importantes e 
grandes empresas, exemplo o grupo Votorantim, e de uma forma geral no último ano, o 
Distrito Federal passou da oitava para a sétima economia do Brasil, segundo dados 
compilados pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (CODEPLAN). Em 
2010, o Produto Interno Bruto (PIB) local foi de R$ 146,5 bilhões, 3,5% a mais que no 
ano anterior. Já em 2011, o crescimento foi de 2,4% atingindo o valor de R$ 161,4 
bilhões. O salto coloca o DF na quinta posição no ranking das economias com melhor 
taxa de crescimento no Brasil. O Distrito Federal apresenta o maior PIB per capita do 
país. O valor de R$ 61.548,00 é quase duas vezes maior do que o de São Paulo, que 
aparece na segunda colocação. Os números são promissores e representam a 
estabilidade e a expansão da economia local, sustentada pela alta renda do 
funcionalismo público, que representa 55% na massa salarial da capital federal, e pelo 
movimento dos setores de serviço e comércio, que concentram cercade 93% da 
economia. O setor de serviços no DF cresceu 2,2% em 2011, número que também 
reflete no comércio local, que cresceu 4,4%, impulsionado pelo aumento da população 
financeiramente ativa, com trabalho formal e aumento de crédito concedido. 
 
(E) O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) ao tombar a cidade de 
Brasília como patrimônio cultural da humanidade, promoveu um elevado crescimento 
econômico, para todo o DF, fazendo com que essa unidade da federação detenha o título de 
pior índice de GINI do país. 
 
 
Klaus Kaysenberg – RIDE Página 204 de 415 
 
 
 
COMENTÁRIO: ERRADA - A inscrição de Brasília na Unesco e não no IPHAN ocorreu 
em 7 de dezembro de 1987. Desde então, a capital federal detém a maior área tombada 
do mundo (112,5 km²) e é o único bem contemporâneo a receber a distinção. A cidade 
foi o primeiro monumento moderno inscrito na lista de patrimônios. Em 1972, a 
UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – 
criou a Convenção do Patrimônio Mundial, para incentivar a preservação de bens 
culturais e naturais considerados significativos para a humanidade. O objetivo é 
permitir que o legado que recebemos do passado, e vivemos no presente, possa ser 
transmitido às futuras gerações. O conceito de Patrimônio Cultural da Humanidade 
encerra o entendimento de que sua aplicação é universal. Os sítios do Patrimônio 
Mundial pertencem a todos os povos do mundo, independentemente do território em 
que estejam localizados. Marco da arquitetura e urbanismo modernos, Brasília é 
detentora da maior área tombada do mundo – 112,25 km² – e foi inscrita pela UNESCO 
na lista de bens do Patrimônio Mundial em 7 de dezembro de 1987, sendo o único bem 
contemporâneo a merecer essa distinção. O Patrimônio cultural de Brasília é composto 
por monumentos, edifícios ou sítios que tenham valor histórico, estético, arqueológico, 
científico, etnológico ou antropológico, e a compreensão da sua preservação reafirma a 
necessidade de se executar políticas públicas capazes de assegurar a proteção desse 
patrimônio. O urbanista Lúcio Costa, autor do projeto do Plano Piloto, explicou de 
maneira muito simples a criação dos elementos centrais da cidade: “Nasceu do gesto 
primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse: dois eixos cruzando-se em 
ângulo reto, ou seja, o próprio sinal da cruz”. Já relativo ao índice de GINI temos desde 
a metade dos anos 90, o Brasil obteve os melhores resultados de que se tem notícia na 
redução da desigualdade social, mesmo que ainda seja uma das piores do mundo. 
Apesar dos progressos do País, Brasília, a capital, caminhou na direção contrária. Com 
piora verificada desde 1995, o Distrito Federal (DF) e entorno tinham em 2006 a pior 
distribuição de renda entre as principais regiões metropolitanas. Ostentando um índice 
de Gini de 0,612, o conglomerado urbano em torno de Brasília supera em desigualdade 
as regiões metropolitanas do Recife, com 0,608, e de Salvador, com 0,577, 
respectivamente a segunda e terceira piores. O índice de Gini varia de zero a 1 e, 
quanto mais alto, pior é a distribuição de renda. Esses dados foram organizados pelo 
economista André Urani, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), com 
base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad) de 2006. 
 
 
Klaus Kaysenberg – RIDE Página 205 de 415 
 
 
Segundo vários pesquisadores, a principal causa da má distribuição da renda no 
Distrito Federal e entorno é o contraste entre a elite do funcionalismo público em 
Brasília e o grande número de pobres e miseráveis nas cidades satélites. A região 
metropolitana do DF teve o pior desempenho entre os principais conglomerados 
urbanos do País no período de 1995 a 2006, com aumento do índice de GINI de 0,587 
para 0,612, um acréscimo de 4,3%. A única outra região metropolitana em que o GINI 
ficou maior foi Recife (aumento de 4%). Em todas as outras regiões, a distribuição de 
renda melhorou. A região metropolitana do Distrito Federal e entorno é composta pelo 
Distrito Federal e mais 18 municípios goianos e dois mineiros. A população está por 
volta de 3,5 milhões. No conjunto das principais regiões metropolitanas (além do DF, 
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife, Belém, Curitiba e 
Porto Alegre), o índice de Gini caiu de 0,581, em 1995, para 0,569, em 2006. No Brasil, o 
recuo foi de 0,601 para 0,564. O economista Serguei Soares, do Instituto de Pesquisa 
Econômica Aplicada (IPEA) em Brasília, nota que não só a capital e seu entorno têm a 
pior distribuição entre as regiões metropolitanas, mas também a desigualdade no 
Distrito Federal tem características muito diferentes das do resto do País. Ele explica 
que a distribuição de renda típica no Brasil deriva de uma quantidade muito grande de 
pessoas pobres, acima das quais existe uma classe média que vai se reduzindo 
gradativamente à medida que se sobe na escala da renda. No topo, há um número bem 
menor de pessoas muito ricas. 
 
QUESTÃO 22 (PMDF-CHOAEM)__________________________ 
 
 
 
Klaus Kaysenberg – RIDE Página 206 de 415 
 
 
O Mapa apresentado permite que se reconheça a complexidade da movimentação 
populacional dentro da RIDE / DF. São vários municípios com uma população total de 
aproximadamente 3,8 milhoes de habitantes e que apresentam especificidades, como 
problema de mobilidade urbana. Acerca desse tema e considerando a disposiçao do mapa, 
assinale a alternativa CORRETA. 
 
(A) Pirenópolis é uma cidade do Entorno do DF e com viéis turístico e representa uma parte 
importante do deslocamento da população do DF nos finais de semana e feriados 
prolongados. 
 
COMENTÁRIO: CORRETA – O município do Entorno do DF que é muito procurado é 
Pirenópolis, que engloba atrações naturais, construções ainda do século XVIII e vida 
noturna movimentada. Uma das obras mais chamativas é a Igreja Matriz de Nossa Senhora 
do Rosário, considerada o monumento histórico mais antigo do Centro-Oeste. Na Rua do 
Rosário, popularmente conhecida como Rua do Lazer, há inúmeros bares e restaurantes, 
concentrando a vida noturna da cidade. Um dos destaques para quem quer aproveitar a 
gastronomia local é a Fazenda Babilônia, que tem um banquete com cerca que 40 itens da 
culinária brasileira. Para os amantes da natureza, as cachoeiras do Abade, Lázaro e dos 
Dragões são os destaques da região. O sítio arqueológico da Cidade de Pedra e o Parque 
Estadual Serra dos Pirineus também oferecem trilhas e locais para escalada. 
O deslocamento da população do DF é voluntário e temporário de pessoas do DF para 
Pirenópolis aos fins de semana, está inserido, a saber, a do ZEE do Entorno, a do 
Aglomerado Urbano em busca de opções de lazer da população do DF. 
 
(B) Unaí em MG é um minicípio do Entorno do DF e e considerado o mais urbanizado da 
RIDE/DF mesmo estando localizado no centro geográfico da região. 
 
COMENTÁRIO: ERRADA – Unai não está localizado no centro geográfico da RIDE, 
embora seja um dos mais urbanizados. 
 
(C) Planaltina e Planaltina de Goiás são as mesmas cidades, a diferença nos nomes é apenas 
um costume local. 
COMENTÁRIO: ERRADA – Planaltina DF – RA do DF e Planaltina de Goiás 
(popularmente/brasilinha) município do estado de Goiás, não são as mesmas cidades. 
 
 
Klaus Kaysenberg – RIDE Página 207 de 415 
 
 
Localizado a cerca de 20 quilômetros da região administrativade mesmo 
nome, Planaltina, e a 63 quilômetros do centro de Brasília, o município de Planaltina, 
apesar de ser relativamente novo, tem uma história que se confunde com a de Brasília e 
inúmeros problemas sociais em consequência do excesso populacional e da falta de 
critérios na sua ocupação. Com a mudança da capital federal do Rio de Janeiro para 
o Planalto Central, parte do município goiano de Planaltina, que já existia há 100 anos, 
ficou fora do quadrilátero estabelecido para o Distrito Federal. Para essa parte, foi 
estabelecido o prazo de um ano para o assentamento de uma nova sede que funcionou, 
provisoriamente, perto da lagoa formosa, passando depois para São Gabriel de Goiás. 
O primeiro prefeito desse novo município foi Francisco Muniz Pignata. Ao seu sucessor 
na prefeitura, Eloi Pinto de Araújo, mineiro de Dores do Indaiá-MG, no período de 1965 a 
1969, coube a iniciativa de efetivar o assentamento da nova sede do município. O local 
escolhido foi a Fazenda Brasília, de propriedade de Joaquim Gonçalves, conhecido por 
Joaquim Mineiro. Naquela área, identificada hoje por uma pedra fundamental, iniciou-se 
a construção do fórum do município, em 1967, que recebeu o nome de Planaltina, 
resultado de um plebiscito realizado no mesmo ano. O seu início apresentou inúmeras 
semelhanças com a própria construção da capital federal, entre elas, o desbravamento 
do cerrado capitaneado por um mineiro; os barracos de madeira que a princípio 
abrigaram os primeiros habitantes e os principais órgãos públicos municipais. Por 
essas e outras coincidências, o município recebeu o apelido de "Brasilinha". A cidade 
também tinha um planejamento de urbanização, com a área a ser ocupada previamente 
definida, de forma a facilitar a implantação dos serviços públicos básicos. 
 
(D) Luziânia, Formosa e Padre Bernardo são cidades do estado de Goiás fronteiriças ao DF e 
possuem estrutura rodoviaria e ferroviária que atendem, com organização, o deslocamento 
para atividades trabalhistas diárias. 
 
COMENTÁRIO: ERRADA - Formosa e Padre Bernardo são cidades do estado de Goiás 
fronteiriças ao DF, Luziânia não, e das três a única com sistema ferroviário que liga-se 
ao DF é Luziânia. 
 
 
(E) O rápido crescimento físico da RIDE/DF permitiu a divisão política administrativa em 30 
(trinta) municípios. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planaltina_(Distrito_Federal)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%ADlia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%ADlia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro_(cidade)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planalto_Central_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil)
 
 
Klaus Kaysenberg – RIDE Página 208 de 415 
 
 
COMENTÁRIO: ERRADA - Área de abrangência da RIDE/DF - Municípios que compõem 
a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE): Distrito 
Federal. 19 Municípios do Estado de Goiás: Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas 
Lindas de Goiás, Alexânia, Cabeceiras, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, 
Corumbá de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Mimoso de Goiás, Novo Gama, Padre 
Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso de Goiás e 
Vila Boa. 02 Municípios do Estado de Minas Gerais: Buritis e Unaí. Totalizando 21 
municípios. Obs.: Existe um Projeto de Lei Complementar, aprovado pela Câmara dos 
Deputados e em apreciação no Senado, que visa incluir o município de Cabeceira 
Grande a RIDE 
QUESTÃO 23 (PMDF-CHOAEM)__________________________ 
 
 
Ao determinar a consdtrução da capital no interior do Brasil, JK tinha como objetivo integrar o 
país regionalmente, principalmente a partir da construção de rodovias que cumprissem esse 
papel. Parte da ideia foi colocada em prática e gerou um complexo conjunto rodoviario que 
atravessa a RIDE/DF e todo o país. A respeito desse tema e com base no mapa apresentado, 
assinale a alternativa CORRETA. 
 
A) As rodovias são radiais e partem do extremo para o centro do país, passando por todas as 
unidades da federação. Um exemplo é a BR 070. 
 
COMENTÁRIO: ERRADA – Segundo o DNIT são rodovias RADIAIS – BR’s 
010/020/030/040/050/060/070/080. Rodovias radiais são aquelas que fazem ligações com 
as capitais. As rodovias radiais federais partem da Capital Federal, Brasília, em direção 
 
 
Klaus Kaysenberg – RIDE Página 209 de 415 
 
 
às capitais estaduais ou aos extremos do País. As rodovias radiais estaduais 
constituem ligações com as capitais dos estados. As rodovias federais têm como 
nomenclatura as iniciais BR seguidas de 0 e mais 2 algarismos. O zero é o código para 
rodovia radial e os dois outros algarismos definem a posição, a partir da orientação 
geral da rodovia, relativamente à Capital Federal e aos limites do País (norte, sul, leste e 
oeste). A BR 010, por exemplo, é uma rodovia radial federal e liga Brasília a Belém. As 
rodovias estaduais têm como nomenclatura as iniciais correspondentes aos 
respectivos estados. 
 
(B) A grande área agricutável da RIDE/DF tornou a região a mais importante produtora de soja 
do Brasil, sendo seu escoamento feito apenas pelas rodovias radiais. 
 
COMENTÁRIO: ERRADA – Os maiores produtores brasileiros são Goiás, Paraná e Mato 
Grosso (regiões centro-oeste e sul) na região centro oeste GO/MT superam a produção 
de soja na RIDE/DF. E o escoamento é também feito pela ferrovia centro-atlântica de 
BSB a Campinas/SP. 
 
(C) Brasilia e Gioânia são metropoles nacionais unidas pela BR 020 e que estabelecem 
grande área de desenvolvimento econômico. 
 
COMENTÁRIO: ERRADA – Brasilia é metropoles nacional e Goiânia e metroplole 
regional unidas pela BR 060. Juntas estabelecem uma importante área de 
desenvolvimento econômico regional. 
 
(D) As rodovias que cortam o DF ajudam estabelecer uma área de desenvolvimento e um 
avanço no Indice de Desenvolvimento Humano Minicipal (IDHM), pois, de certa forma, geram 
empregos e infraestrutura. 
 
COMENTÁRIO: CORRETA – Nesta primeira etapa do projeto, serão contempladas 16 
RMs. São elas: Belém, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Distrito Federal (RIDE-DF), 
Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São 
Luís, São Paulo e Vitória. O presidente do Ipea, Sergei Soares, defende a importância da 
adaptação da ferramenta para o nível metropolitano. “A centralidade dos espaços 
metropolitanos para a vida econômica, social e política do país exigiu a construção de 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Goi%C3%A1s
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paran%C3%A1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mato_Grosso
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mato_Grosso
 
 
Klaus Kaysenberg – RIDE Página 210 de 415 
 
 
uma versão do Atlas que incorporasse os espaços intramunicipais e 
intrametropolitanos”, diz. O IDHM das Regiões Metropolitanas utiliza a mesma 
metodologia que o IDHM lançado no ano passado e confirma que, embora as 
disparidades ainda sejam marcantes no Brasil, elas estão diminuindo, tanto entre as 
próprias RMs – que se encontram todas na categoria de alto desenvolvimento humano 
– quanto no âmbito intramunicipal. Ainda que as capitais ou municípios-núcleo das 
RMs possuam melhor IDHM que os conjuntos de municípios do entorno, entre 2000 e 
2010, a mediana dos municípios do entorno apresentou maior evolução que a mediana 
das capitais. Ainda assim, é possível encontrar casos extremos em uma mesma Região 
Metropolitana. No caso de Manaus, por exemplo, a renda média da Unidade de 
Desenvolvimento Humano (UDH) mais abastada é 47 vezes maior que a da UDH mais 
carente. Se considerarmos todas as maisde 9.000 UDHs pesquisadas, pode-se notar 
também uma diferença de 15 anos em termos de expectativa de vida ao nascer. Na 
Educação, entre as UDHs com melhor desempenho, o percentual de pessoas de 18 ou 
mais anos de idade com ensino fundamental completo varia de 91% a 96%; já nas UDHs 
com o pior desempenho, a variação fica entre 21% e 37%. 
 
(E) As novas áreas de assentamentos nas cidades do Entorno do DF trouxeram uma maior 
ordem social à região, reduzindo drasticamente a escassez de moradia e os indices de 
violência urbana. 
 
COMENTÁRIO: ERRADA – Nem Goiás, nem o Distrito Federal priorizam ações na 
região. O resultado é o medo da população, que fica refém da ação de bandidos 
comuns, traficantes e até do crime organizado. Grades, câmeras, vigilância particular e 
medo fazem parte do cotidiano de moradores dos municípios goianos da Cidade 
Ocidental e de Valparaíso. A realidade violenta prova que a proximidade entre as 
cidades não é apenas territorial. Na segunda reportagem da série “O Cinturão do 
Crime”, a população dessas duas localidades, além da região do Novo Gama, lida com 
uma rotina que envolve roubos, tráfico de drogas e assassinatos. O número de 
homicídios dolosos (com intenção de matar) nas regiões, de janeiro a julho deste ano, 
chega a 70. Os crimes ocorrem, muitas vezes, à luz do dia, sem medo da interferência 
de autoridades. Sob a ótica dos dados da Secretaria de Segurança Pública de Goiás, a 
situação de Valparaíso revela o clima de insegurança na região, dos 70 assassinatos, 44 
ocorreram por lá. Na dor, no entanto, a situação não é diferente para moradores dos 
 
 
Klaus Kaysenberg – RIDE Página 211 de 415 
 
 
municípios vizinhos. O medo impera, bem como a revolta dos que perderam um ente 
querido. 
 
QUESTÃO 24 _____________________________ 
As regiões metropolitanas e aglomerações urbanas são recortes instituídos por lei 
complementar estadual, de acordo com a determinação da Constituição Federal de 1988, 
visando integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de 
interesse comum. É competência dos Estados a definição das regiões metropolitanas e 
aglomerações urbanas, nos termos do Artigo 25, Parágrafo 3° da Constituição Federal. As 
Regiões Integradas de Desenvolvimento (RIDE’s), por sua vez, são definidas como regiões 
administrativas que abrangem diferentes unidades da federação. As RIDE’s são criadas por 
legislação específica, na qual os municípios que as compõem são elencados, além de definir 
a estrutura de funcionamento e os interesses das unidades político-administrativas 
participantes. No caso das RIDE’s, a competência de criá-las é da União, dada pelo Artigo 43, 
Parágrafo 1° da Constituição Federal. 
 
 www.ibge.gov.br 
Acerca do assunto apresentado pelo texto acima e suas inúmeras implicações, sobretudo 
relacionada ao contexto do DF e do Entorno do DF marque a alternativa CORRETA. 
 
A) As RIDE’s são regiões metropolitanas especiais no Brasil, tecnicamente podemos assim 
definir, Região integrada de desenvolvimento Econômico (ou RIDE) são as regiões 
metropolitanas brasileiras que incluem municípios de mais de uma unidade de federação. Elas 
são criadas por legislação federal específica, que delimita os municípios que a integram e fixa 
as competências assumidas pelo colegiado dos mesmos. Existem várias RIDE’s no país a 
exemplo da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal - que 
segundo o IBGE - compreende o Distrito Federal mais vários municípios de Goiás e de Minas 
Gerais. 
 
COMENTÁRIO: CORRETA - Região Metropolitana é o conjunto de 
municípios conurbados ( unidos pelo crescimento urbano) contendo em seu interior 
uma Metrópole. Uma região metropolitana se caracteriza por possuir infraestrutura e 
serviços em comum, Exemplo: A região Metropolitana do Rio de janeiro conhecida 
popularmente por Grande Rio é uma região conurbada de 19 municípios que inclui uma 
 
 
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das Metrópoles Nacionais ( segundo o IBGE) ou seja o município/ cidade do Rio de 
janeiro. Segundo o IBGE , ao todo no Brasil são 61 regiões metropolitanas 
distribuídas por todos as regiões do país. As regiões metropolitanas 
tem como principal objetivo a viabilização de sistemas de gestão de funções públicas 
de interesse comum dos municípios abrangidos. Essas regiões reunidas abrigam cerca 
de 60% da população total do Brasil. Segundo O IBGE, 12 são de primeiro nível: 
Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio 
de janeiro, Salvador e são Paulo além da RIDE de Brasília. As RIDEs são regiões 
metropolitanas especiais no Brasil. Veja a definição técnica a seguir: Região integrada 
de desenvolvimento Econômico (ou RIDE) são as regiões metropolitanas brasileiras 
que incluem municípios de mais de uma unidade de federação. Elas são criadas por 
legislação federal específica, que delimita os municípios que a integram e fixa as 
competências assumidas pelo colegiado dos mesmos. Existem três RIDE’s no país a 
seguir: Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal - 
Compreende o Distrito Federal mais 19 municípios de Goiás e 3 de Minas 
Gerais. Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Terezina inclui 12 municípios 
do Piauí e 1 do Maranhão . Região Administrativa de Desenvolvimento do Polo Petrolina 
e Juazeiro engloba 5 municípios de Pernambuco e 4 da Bahia . 
 
B) Recentemente foi divulgado que a população do Distrito Federal tende a ficar estagnada 
quanto ao seu crescimento natural ou vegetativo, de acordo com atualização do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2010, quando houve o último senso 
populacional, o DF tinha pouco mais de 2 milhões e meio de habitantes, e em 2017 , o 
número ainda não ultrapassou a cifra dos 3 milhões de habitantes. 
COMENTÁRIO: ERRADA - A população do Distrito Federal aumentou 18,2% em sete 
anos, de acordo com atualização do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE). Em 2010, quando houve o último senso populacional, o DF tinha 2.570.160 
habitantes. Em primeiro de julho deste ano, o número subiu para 3.039.444. São 469 mil 
pessoas a mais. O cálculo também atualizou o número de pessoas que vive no Entorno 
do DF. A chamada Região Integrada de Desenvolvimento (Ride) do Distrito Federal e 
Entorno, que é a soma das regiões administrativas mais as cidades goianas e mineiras 
próximas ao DF, tem 4,4 milhões de habitantes. A RIDE são compostos pelos 
municípios de Abadiânia, Água Fria, Águas Lindas, Alexânia, Cabeceiras, Cidade 
Ocidental, Cocalzinho, Corumbá, Cristalina, Formosa, Luziânia, Mimoso, Novo Gama, 
 
 
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Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso e Vila 
Boa, no estado de Goiás, e Unaí, Buritis e Cabeceira Grande, em Minas Gerais. A região 
integrada do DF é a quarta mais populosa. Fica atrás das regiões metropolitanas de São 
Paulo, que tem 21,4 milhões de pessoas, do Rio de Janeiro, com 12,4 milhões, e Belo 
Horizonte, com 5,9 milhões. O número leva em conta a população das capitais mais a 
região periférica. 
C) Apontada como a maior comunidade do DF desprovida plenamente por inúmeros 
equipamentos urbanos, tais como, saneamento básico, saúde, educação, transporte e 
segurança pública, é considerada já há alguns anos como a segunda maior do país pelo 
censo2010 do IBGE, o Setor Habitacional Sol Nascente, localizado em Ceilândia no DF, 
evoluiu pouco principalmente em infraestrutura desde que foi ocupado irregularmente na 
década de 60. Atualmente, na região os grileiros que tentam impor regras aos moradores e 
fazem ocupações irregulares para depois vender as terras invadidas. 
 
COMENTÁRIO: CORRETA - A maior comunidade do DF não é desprovida plenamente 
por inúmeros equipamentos urbanos, tais como, saneamento básico, saúde, educação, 
transporte e segurança pública, apesar de precários, e a ocupação irregular, segundo 
dados oficiais do GDF consta que foi a partir da década de 1990. A região tem um 
projeto urbanístico dividido em três trechos, que juntos somam 940 hectares (cerca de 
940 campos de futebol). A área apresenta problemas de saneamento básico, acúmulo 
de lixo, buracos nas ruas, barracos em condições precárias e altos índices de 
criminalidade. Estudo feito por amostragem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística aponta que, em 2010, a região tinha 56,5 mil moradores. Na época, o Sol 
Nascente estava abaixo somente da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, em número 
de habitantes. Dados da administração regional baseados em pesquisa realizada pela 
CODEPLAN em 2013 apontam que o Sol Nascente junto com o Pôr do Sol, também em 
Ceilândia, tinham somados 78.912 moradores. No entanto, líderes comunitários afirmam 
que atualmente o setor habitacional é ocupado por mais de 110 mil pessoas. 
D) Considerada durante muito tempo apenas um problema, a Região Metropolitana de 
Brasília, sobretudo os municípios goianos do Entorno do DF passou na atualidade a ser 
prioridade do governo de Goiás, as cidades próximas ao Distrito Federal representam uma 
importante área de desenvolvimento e com isso nos últimos anos têm erradicado de forma 
significativa inúmeros problemas de ordem econômica e social. 
 
http://g1.globo.com/df/distrito-federal/cidade/ceilandia.html
 
 
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COMENTÁRIO: ERRADA - Embora alguns municípios do Entorno do DF tenham 
recebido recursos para vários setores isso não refletiu na erradicação plena de 
problemas de ordem econômica e social. E segundo o governo de Goiás a Região 
Metropolitana do DF é hoje, ao lado da Região Metropolitana de Goiânia, a mais 
importante para nosso estado. É uma região muito densamente povoada. Além da 
densidade, tem uma população muito expressiva. Nós calculamos que sejam 1,5 milhão 
os goianos e brasileiros que vivem ali. São goianos que colaboram muito com o 
desenvolvimento do Distrito Federal. Nós temos pelo menos 400 mil trabalhadores do 
DF que vivem em Goiás, prestam seu suor, trabalho, inteligência, em favor de todos que 
vivem em Brasília. A economia da Região Metropolitana é dinâmica, ativa e é uma área 
que, pelo fato de ter ficado esquecida por muitos governos anteriores, acabou se 
transformando em dependente de muitas melhorias de infraestrutura urbana. Outra 
razão, para mim, foi ter trabalhado com o então senador Henrique Santillo, que à época 
criou um programa chamado Geoeconômica de Brasília. Ele sempre foi um estudioso 
dos problemas da Região Metropolitana. Mas com o passar destes 15 anos, desde que 
assumi o governo pela primeira vez, a região melhorou muito. 
 
E) Os problemas socioeconômicos relacionados ao Entorno do DF são periódicos e 
apresentados sempre de forma inédita, porém sabe-se que esse assunto, é bastante 
conhecido, até porque boa parte da população dessa região vive em função dos serviços 
oferecidos pela capital federal. Muitos são funcionários públicos, nos poderes distritais e 
federais, incluindo Palácio do Planalto, Congresso Nacional e tribunais superiores. Outros se 
ocupam do comércio em feiras e mercados, em empresas de todo tipo, enfim, moram na 
periferia, mas tiram seu sustento em Brasília. É como uma pessoa da grande São Paulo, de 
qualquer outra capital de estado ou cidades de médio porte Brasil afora. 
 
 
COMENTÁRIO: ERRADA - No caso, os problemas socioeconômicos não são periódicos, 
são crônicos e constantes, e hora vista, não se apresenta, de forma inédita, porém, há 
diferenças. O quadrilátero do DF abriga algumas peculiaridades que muito contribuem 
para isso. A começar pela renda per capita, cuja média é a mais bem posicionada do 
País, segundo o IBGE. Isto, apesar de o próprio DF ter bolsões de pobreza que não 
fazem inveja aos de outros centros urbanos brasileiros. Nunca é demais lembrar que o 
DF tem Brasília, mas abriga também outras vinte e tantas áreas administrativas, que 
 
 
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eram chamadas de cidades-satélites. São aglomerações bem robustas, as maiores das 
quais são Taguatinga e Ceilândia, com perto de 400 mil habitantes cada. Nos limites do 
DF, hoje, a população soma cerca de 3 milhões de habitantes. Só nas cidades do 
entorno mais imediato, ou seja, as que estão nos limites do DF, habita uma população 
de mais 1,3 milhão de habitantes, que nem o censo consegue medir direito, de tão 
rapidamente que cresce.. .A começar pela própria ação do estado nos serviços básicos, 
como segurança pública, sem falar em saúde, educação, transporte urbano e os 
demais. É uma espécie de terra de ninguém, pois os governos do DF e de Goiás, por 
mais que digam o contrário, ficam na expectativa de que o outro tome conta do pedaço. 
Existe uma rodovia que liga as BRs 040 (Brasília-BH-SP-Rio) e a 060 (Brasília-Goiânia), 
com cerca de 40 quilômetros de extensão, que é conhecida como depósito de 
cadáveres. A pista beira o DF em toda sua extensão, de modo que, como se diz por 
aqui, é só atravessar uma rua e jogar a responsabilidade (ou a irresponsabilidade) para 
o outro. Nessa saída, que liga o DF ao Sul do País, há cidades que surgiram muito antes 
de Brasília, ainda no século 18. É o caso das auríferas Luziânia e Paracatu, a primeira 
em Goiás, a outra já em Minas Gerais. Luziânia hoje está no meio do burburinho de 
Valparaíso, Novo Gama, Pedregal, Cidade Ocidental e outras cidades do entorno do DF. 
Todas pertenciam a este município histórico. Já Paracatu fica mais distante, a 200 km 
da divisa com o DF, já na descaída do Planalto Central, mas também é da área de 
influência. Na época da independência do Brasil, quando já se cogitava uma capital 
mais central, José Bonifácio de Andrada defendia que esta fosse instalada ali, em 
Paracatu. No sentido Norte, há Planaltina, que hoje faz parte do DF e ainda guarda um 
pouco de seu centro histórico, meio aos trancos e barrancos. No rumo Nordeste, que 
vai bater em Correntina ou em Barreiras, no Oeste da Bahia, a BR-070 corta, por 
exemplo, Águas Lindas, uma aglomeração que em coisa de uma década já tem mais de 
200 mil habitantes e é município de Goiás. Verdadeiro faroeste. É claro que o problema 
começa mais atrás. Primeiro, que não houve controle desse crescimento populacional, 
muito pelo contrário. Essa massa humana recebeu lotes de graça e serviu para eleger 
por quatro mandatos o goiano Joaquim Roriz para governador do DF. O fato, porém, é 
que é essa a realidade atual. A educação, que poderia atenuar o sofrimento dessa 
gente, é algo difuso. O atendimento de saúde é quase todo em hospitais do DF, sempre 
superlotados e com um serviço muito aquém do razoável. Goiás pouco investe nessas 
duas áreas, na região. Mas é no caso da segurança pública que o problema ganha uma 
dimensão fantástica, digamos assim. As polícias civil e militar do DF têm salários 
 
 
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robustos, herança de diferençascriadas no passado para os antigos territórios federais 
e o DF e nunca corrigidas. Ao atravessar uma rua -- aquela da desova de cadáveres, por 
exemplo --, o cidadão encontra um policial goiano cujo salário é quatro vezes menor do 
que o daquele que está no DF. Há, pois, uma diferença entre as próprias forças 
policiais. A Força Nacional de Segurança, hoje empregada na região, não passa de um 
paliativo. Um provisório que vai ficando, vai ficando e adia, assim, alguma decisão mais 
firme, de efeito continuado, duradouro. 
 
 
QUESTÃO 25 _____________________________ 
 
Acerca da realidade étnica, social, histórica, geográfica, cultura, política e econômica do 
Distrito Federal e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal – RIDE e suas 
inúmeras implicações e atualizações com os diversos temas que ela suscita marque a 
alternativa CORRETA. 
 
A) A percepção da fragilidade em ter o centro administrativo próximo ao mar, no entanto, não 
fez que muitos intelectuais e políticos portugueses a época discutissem a transferência da 
capital da colônia e até mesmo do império para regiões mais interiores do território, pois havia 
um consenso de que a capital na costa estrategicamente era considerada importante pela 
metrópole portuguesa para fins comerciais, militares e sobretudo político-geográfico. 
 
COMENTÁRIO: ERRADA - As primeiras capitais do Brasil, Salvador e Rio de Janeiro, 
tiveram como característica fundamental o fato de serem cidades litorâneas, explicado 
pelo modelo de ocupação e exploração empreendido pelos portugueses anteriormente 
no continente africano e asiático. À medida que a importância econômica da colônia 
aumentava para a manutenção do reino português, as incursões para o interior se 
tornavam mais frequentes. Um dos mais importantes apoiadores desse projeto foi 
Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, em 1751. A transferência 
também era uma das bandeiras de movimentos que questionavam o domínio 
português, como a Inconfidência Mineira, ou de personagens que, após a 
independência do Brasil, desejavam o fortalecimento da unidade do país e o 
desenvolvimento econômico das regiões interioranas, como o Triângulo Mineiro ou o 
Planalto Central. Com a primeira constituição republicana (1891), a mudança ganhou 
 
 
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maior visibilidade e mais apoiadores, tanto que em seu 3º artigo havia determinação de 
posse pela União de 14.400 quilômetros quadrados na região central do país pra a 
futura instalação do Distrito Federal. 
 
B) Muito antes da Proclamação da República em meados do fim do século XIX, o país se 
encontrava imerso em um cenário de euforia com a mudança de regime e da crença no 
progresso e no futuro. Para definir o lugar onde se efetivaria a determinação da futura capital, 
o presidente Floriano Peixoto criou uma comissão para concretizar esses estudos, chefiada 
pelo cientista (astrônomo e engenheiro belga) Luís Cruls, de quem a expedição herdou o 
nome. 
 
COMENTÁRIO: ERRADA - Logo depois da Proclamação da República em 1889 a 
expedição (Missão Cruls) partiu de trem do Rio de Janeiro até Uberaba (estação final 
da Estrada de Ferro Mogiana) e dali a pé e em lombo de animais até o Planalto Central. 
Com pesquisadores de diversas áreas, foi feito um levantamento amplo (topográfico, 
climatológico, geógrafo, hidrológico, zoológico etc.) da região, mapeando-se a área 
compreendida pelos municípios goianos de Formosa, Planaltina e Luziânia. O relatório 
final permitiu que fosse definida a área onde futuramente seria implantada a capital. 
Uma segunda missão de estudos foi empreendida nos locais onde a implantação de 
uma cidade seria conveniente dentro do quadrilátero definido anteriormente. A saída de 
Floriano Peixoto do governo em 1896 fez com que os trabalhos da Comissão 
Exploradora do Planalto Central do Brasil fossem interrompidos. No entanto, mesmo 
não contando com a existência de Goiânia, os mapas nacionais já traziam o 
quadrilátero Cruls e o Futuro Distrito Federal. Apesar do enfraquecimento do ímpeto 
mudancista, eventos isolados deixavam claro o interesse de que essa região recebesse 
a capital da federação. Em 1922, nas comemorações do centenário da Independência 
nacional, foi lançada a pedra fundamental próximo à cidade de Planaltina. Na década de 
1940, foram retomados os estudos na região pelo governo de Dutra (1945-50) e, no 
segundo governo de Getúlio Vargas (1950-1954), o processo se mostrou fortalecido 
com o levantamento de cinco sítios para a escolha do local da nova capital. Mesmo com 
a morte de Vargas, o projeto avançou, mas a passos lentos, até a posse de Juscelino 
Kubitschek. 
 
 
 
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C) Mesmo não constando no plano original, ao ser questionado sobre seu interesse em 
cumprir a constituição, no caso, nas disposições transitórias, durante um comício em Jataí-GO 
na segunda metade da década de 1950, Juscelino Kubitschek sentiu-se impelido a criar uma 
obra que garantisse a obtenção dos objetivos buscados pela sociedade brasileira na época 
desenvolvimento e modernização do país incluindo é claro o interior do Brasil. 
COMENTÁRIO: CORRETA – A LEI Nº 2.874, DE 19 DE SETEMBRO DE 1956. Dispõe 
sobre a mudança da Capital Federal e dá outras providência - Art. 1º A Capital Federal 
do Brasil, a que se refere o art. 4º do Ato das Disposições Transitórias da Constituição 
de 18 de setembro de 1946, será localizada na região do Planalto Central, para esse fim 
escolhida, na área que constituirá o futuro Distrito Federal circunscrita pela seguinte 
linha: Começa no ponto da Lat. 15º30’S e long. 48º12’W. Green. Desse ponto, segue 
para leste pelo paralelo de 15º30’S até encontrar o meridiano de 47º e 25’W. Green. 
Dêsse ponto segue o mesmo meridiano de 47º e 25’W. Green, para o sul até o Talweg 
do Córrego de S. Rita, afluente da margem direita do Rio Preto. Daí pelo Talweg do 
citado córrego S. Rita, até a confluência deste com o Rio Preto, logo a jusante da Lagoa 
Feia. Da confluência do córrego S. Rita com o Rio Preto, segue pelo Talweg deste 
último, na direção sul, até cruzar o paralelo de 16º03’S. Daí, pelo paralelo 16º03’ na 
direção Oeste, até encontrar o Talweg do Rio Descoberto. Daí para o norte, pelo Talweg 
do Rio Descoberto, até encontrar o meridiano de 48º12’W. Green. Daí para o Norte pelo 
meridiano de 48º12’W. Green, até encontrar o paralelo de 15º3’ Sul, fechando o 
perímetro. Na década de 1940, foram retomados os estudos na região pelo governo de 
Dutra (1945-50) e, no segundo governo de Getúlio Vargas (1950-1954), o processo se 
mostrou fortalecido com o levantamento de cinco sítios para a escolha do local da nova 
capital. Mesmo com a morte de Vargas, o projeto avançou, mas a passos lentos, até a 
posse de Juscelino Kubitschek. Governo JK Desde seu governo como prefeito de Belo 
Horizonte (também projetada e implantada em 1897), Juscelino ficou conhecido pela 
quantidade e o ímpeto das obras que tocava, sendo chamado à época de prefeito-
furacão. O projeto de Brasília entrou no plano de governo do então presidente como 
uma possibilidade de atender a demanda da época. Entrando como a meta 31 
posteriormente sendo chamada de meta síntese – Brasília polarizou opiniões. Em Goiás 
existia interesse na efetivação da transferência, apesar da oposição existente em 
alguns jornais, assim como no Rio de Janeiro, onde ocorria uma campanha aberta 
contra os defensores da NOVACAP (nome da estatal responsável por coordenar as 
obras de Brasília e que, por extensão, virou uma alusão a própria cidade). Com o 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%202.874-1956?OpenDocumenthttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.htm#adctart4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao46.htm#adctart4
 
 
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compromisso assumido por JK em Jataí, Brasília passou a materializar-se 
imediatamente, mas a cada passo político ou técnico dado, uma onda de acusações era 
lançada contra a iniciativa. Construída em pouco mais de 3 anos (de outubro de 1956 a 
abril de 1960), Brasília tornou-se símbolo do espírito da época. Goiás, por outro lado, 
tornou-se a base para a construção, sendo que Planaltina, Formosa, Corumbá de Goiás, 
Pirenópolis e, principalmente, Anápolis tiveram suas dinâmicas modificadas, 
econômica e socialmente. 
 
D) Em comemoração ao centenário da Proclamação da República foi lançada a pedra 
fundamental de Brasília, próxima a Planaltina. Por inspiração e iniciativa do Presidente 
Juscelino Kubitschek de Oliveira, em 1956, foi criada a NOVACAP – Companhia Urbanizadora 
na Nova Capital, empresa pública à qual foi confiada a responsabilidade e competência para 
planejar e executar a construção da nova capital, na região do cerrado goiano. Tudo surge a 
partir do sinal da cruz traçado por Lúcio Costa, o encarregado do plano de urbanismo da 
cidade. 
 
COMENTÁRIO: ERRADA - Brasília começou a existir na primeira Constituinte no 
Império Brasileiro, em 1823, numa proposta colocada por José Bonifácio de Andrada e 
Silva, argumentando quanto à necessidade da mudança da Capital para um ponto mais 
central do interior do país e sugerindo ainda para a cidade o próprio nome que a tornou 
famosa em todo o mundo. A vocação mística de Brasília se inicia quando é incorporada 
à sua história a visão soft do santo italiano, São João Bosco – Dom Bosco. Ele dizia ter 
sonhado com uma espécie de terra prometida para uma civilização do futuro, que 
nasceria situada entre os paralelos 15° e 20°, às margens de um lago. No dia 7 de 
Setembro de 1922 em comemoração ao centenário da independência é lançada a pedra 
fundamental de Brasília, próxima a Planaltina. 
 
E) Para a construção de Brasília, vieram pessoas de várias regiões do país, sobretudo da 
região nordeste. Eram os pioneiros também batizados de candangos, em busca de melhores 
condições de vida, deslumbrados pela possibilidade de trabalho e atraídos pela proposta de 
uma remuneração melhor e melhores condições de vida. Eles viveram exclusivamente na 
chamada “Cidade Livre”, hoje Núcleo Bandeirante / Região Administrativa VIII. Muitas 
construções – diversas delas em madeira, são conservadas até hoje e fazem parte do 
patrimônio histórico da cidade. 
 
 
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COMENTÁRIO: ERRADA – A RA VII – Atual Núcleo Bandeirante – conhecida no 
passado como "Cidade Livre" durante a construção de Brasília, onde o comércio era 
livre e não se cobrava impostos, funcionou como centro comercial e recreativo 
daqueles que estavam diretamente ligados à construção da nova capital. A cidade 
surgiu, efetivamente, em 19 de dezembro de 1956, sendo a primeira área destinada a 
abrigar os trabalhadores pioneiros. Em 20 de dezembro de 1961, a Lei nº 4.020 
estabeleceu os seus primeiros limites geográficos, que abrangiam 1,15 quilômetros 
quadrados. Algumas construções de madeira foram mantidas na forma original. São 
casas, sobrados e construções do porte da escola Metropolitana e do Hospital 
Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO), tombado pelo Patrimônio Histórico do GDF, e 
onde hoje funciona o Museu Vivo da Memória Candanga. Situado a 13,3 quilômetros do 
Plano Piloto, o Núcleo Bandeirante possui uma população de 31.205 habitantes, 
distribuídos em 82,39 quilômetros quadrados. Totalmente urbanizada, a cidade possui 
um comércio forte, onde se destaca o setor atacadista. Foi implantando há pouco 
tempo o Setor Industrial Bernardo Sayão (gemologia, gráfica e informática) e a Placa da 
Mercedes (armazenamento, indústria e abastecimento). Nesses setores serão 
implantadas pequenas indústrias, comércio atacadista, de material de construção, 
beneficiamento de cereais, informática e lapidação de pedras preciosas, entre outros. 
São vários os pontos turísticos da cidade, destacando-se a Igreja da Metropolitana, 
construída em madeira e tombada pelo Patrimônio Histórico; Igreja Dom Bosco, erguida 
no mesmo local onde Padre Roque iniciou a construção original em madeira; o 
Mercadão, antigo Mercado Diamantina, que abriga comércio diversificado e 
restaurantes de comidas típicas de vários estados, principalmente do nordeste; a Casa 
do Pioneiro, construção em madeira onde funciona uma Biblioteca Pública; e o Museu 
Vivo da Memória Candanga, conjunto formado por construções em madeira, e pela 
Escola do Saber Fazer, que oferece cursos de artesanato, principalmente cerâmica, aos 
menores da cidade. Para a construção de Brasília, vieram pessoas de várias regiões do 
país. Eram os pioneiros, em busca de melhores condições de vida, deslumbrados pela 
possibilidade de trabalho e atraídos pela proposta de uma remuneração melhor. Eles 
viveram na chamada “Cidade Livre”, hoje Núcleo Bandeirante, Lonalândia/Sacolândia – 
atual Candangolândia (VELHACAP) e também na Vila Planalto. Muitas construções – 
diversas delas em madeira, são conservadas até hoje e fazem parte do patrimônio 
histórico da cidade. Assim, a cidade recebeu sotaques, cultura e costumes de 
 
 
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indivíduos que vinham de todas as regiões do Brasil, mobilizadas rapidamente para a 
execução deste grandioso empreendimento histórico. A população da cidade é 
predominantemente jovem. Talvez por suas diferenças culturais e diversidade de 
costumes, esses jovens não incorporaram à sua pronúncia qualquer dos sotaques 
regionais trazidos de tantos locais. Às festas, aos costumes, ao folclore, à cultura, 
certamente devem permanecer enraizados os regionalismos mais fortemente ensaiados 
aqui pelas correntes migratórias vindas de todos os pontos cardeais. O tempo e essa 
gente vêm definindo o que fica e o que sai de lá. Esses jovens vão, progressivamente, 
marcando a identidade cultural da cidade. 
 
QUESTÃO 26 _____________________________ 
 
Acerca da realidade étnica, social, histórica, geográfica, cultura, política e econômica do 
Distrito Federal e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal – RIDE e suas 
inúmeras implicações e atualizações com os diversos temas que ela suscita marque a 
alternativa CORRETA. 
 
A) As atuais Cidades Satélites do DF que num passado recente eram denominadas de 
Regiões Administrativas – RA’s, geograficamente são na verdade e na prática verdadeiras e 
típicas cidades, mas com a particularidade de não possuir prefeitos nem vereadores e sim 
administradores regionais eleitos periodicamente pela população alistada no Tribunal 
Regional Eleitoral do DF do Distrito Federal. 
 
COMENTÁRIO: ERRADA – O termo Cidades Satélites aparece historicamente relativo as 
áreas que se formaram em torno do Plano Piloto de Brasília-DF . A Lei Orgânica não 
cita, em nenhum momento, o termo “cidades-satélites”, termo usual com o qual nos 
referimos às regiões administrativas, pela população trabalhadora de baixa renda, que 
não tinham condição de morar no plano piloto de Brasília, transformando se em 
grandes cidades sem infraestrutura adequada, e atualmente o governo do Distrito 
Federal esta tentando suprir suas deficiências com a construção de transportes 
coletivos/metro e demais obras de infraestrutura. Então num passado recente as 
cidadessatélites do DF formam uma complexa periferia. Na atualidade são 31 RA’s, 
mas existiam 19 Regiões Administrativas criadas por lei no DF e Brasília e uma dessas 
 
 
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regiões. Nenhuma RA pode ser politicamente autônoma do DF, de acordo com a 
constituição. Por isso ela não são e não podem ser municípios. 
 
B) O projeto para o Plano Piloto foi escolhido através de um concurso promovido pela 
NOVACAP em 1957, do qual participaram urbanistas de renome internacional, cujo o 
vencedor da proposta que veio a ser premiada foi Oscar Niemeyer, definida pela comissão 
julgadora como clara, direta, imparcial e fundamentalmente simples. Em pouco mais de três 
anos, foi construída a estrutura básica do Plano Piloto, e hoje se constata que o desenho 
original, embora acrescido de pequenas alterações aprovadas pelo autor, deu certo e funciona 
na íntegra conforme planejado. 
 
COMENTÁRIO: ERRADA – A solução urbanística vencedora foi a do Arquiteto e 
Urbanista Lúcio Costa que partiu do traçado de dois eixos cruzando-se em ângulo reto, 
como o sinal da cruz. Um deles, o Eixo Rodoviário, foi levemente arqueado para dar à 
cruz a forma de um avião, levando as áreas residenciais do Plano Piloto a serem 
chamadas de Asa Norte e Asa Sul. O corpo do avião é o Eixo Monumental, com 16 
quilômetros de extensão, que abriga no lado leste os prédios públicos e os palácios do 
Governo Federal; no centro, a Rodoviária e a Torre de TV; e no lado oeste, os prédios 
do Governo do Distrito Federal. As Asas Norte e Sul são semelhantes, somam 14,3 
quilômetros de extensão e têm como via principal o Eixo Rodoviário, formado por uma 
pista principal com seis faixas, chamada de eixão, e eixos auxiliares conhecidos como 
eixinhos, separando as quadras residenciais numeradas com as centenas 200 e 400, do 
lado leste, e 100 e 300, do lado oeste. Toda a estrutura residencial do Plano Piloto é 
baseada nas superquadras, que têm cerca de 200 x 200 metros cada. Os blocos de 
apartamentos são dispostos de maneira diversa, mas obedecem a um padrão geral: 
máximo de três andares nas quadras 400, máximo de seis nas quadras 200, 100 e 300, 
com vegetação e iluminação abundante. As superquadras são separadas por vias 
transversais, onde funciona o comércio local, destinado a servir aos moradores. Cada 
conjunto de oito superquadras constitui uma unidade de vizinhança, com espaços 
reservados para áreas de esporte, templos e postos policiais. Há de se destacar 
também a importante colaboração do arquiteto Milton Ramos, falecido em 02 de agosto 
de 2008, no projeto do Ministério das Relações Exteriores, Justiça, Teatro Nacional 
além de dezenas de outros menores (ele quem projetou, a convite do Ministério da 
Aeronáutica, o Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte MG). 
 
 
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C) Visto do alto, essa Região Administrativa de número III/3 assemelha-se a uma colmeia, 
devido ao seu formato hexagonal. Quem chega à essa Região Administrativa percebe 
semelhança com o abrigo das abelhas também por outros aspectos. A cidade é uma das mais 
dinâmicas do Distrito Federal, e seu desenvolvimento segue em ritmo acelerado. Cada vez 
mais independente do Plano Piloto, ela possui movimentos culturais que já se firmaram e 
atraem público de outras localidades, como o Festival de Música Popular e no passado as 
apresentações de filmes e peças teatrais no Cineclube Porta Aberta. 
 
COMENTÁRIO: ERRADA - A RA III – É DENOMINADA DE TAGUATINGA, e no caso o 
item faz referência ao GAMA, no caso RA II/2, Distante 30,2 quilômetros do Plano 
Piloto, o Gama foi a quarta cidade-satélite a ser oficializada no DF. Ela nasceu em 1960, 
no mesmo dia da inauguração de Brasília, para abrigar os operários que trabalhavam na 
construção da barragem do Lago Paranoá. O nome foi escolhido em homenagem ao 
padre Luiz Gama Mendonça, que celebrou a primeira missa no local. Com 377,60 
quilômetros quadrados de área, a cidade se divide nos setores Norte, Sul, Leste, Oeste 
e Central, todos com áreas residenciais e comerciais. Taguatinga é uma região 
administrativa e, se fosse considerada um município independente, seria um dos que 
mais cresceram em todo o país na última década. Com 60 anos a serem completados 
em junho de 2018, Taguatinga é considerada a capital econômica do Distrito Federal, 
com indústria moderna e comércio forte e variado, é a 12ª maior arrecadadora de ICMS 
dentre todos os municípios brasileiros. Os novos arranha-céus que surgem a cada dia, 
a animada vida noturna e o trânsito intenso nas largas avenidas contribuem para dar à 
cidade ares de metrópole. Taguatinga, hoje, não lembra mais a cidade que nasceu como 
acampamento de operários da construção de Brasília, mais tarde destinada a abrigar as 
invasões formadas ao redor do Plano Piloto. Atualmente, os investimentos em 
Taguatinga são cada vez mais numerosos, sobretudo no setor imobiliário. A vida 
noturna é uma das mais badaladas do Distrito Federal, com seus bares e restaurantes 
que já conquistaram não só os moradores locais, como também os de outras cidades e 
do Plano Piloto, distante apenas 20,9 quilômetros. As boates, situadas em sua maioria 
no centro da cidade, atraem os visitantes nos fins de semana, e diversos clubes 
recreativos mantêm programações variada. A cultura tem sido incentivada e ganha, 
cada vez mais, força em Taguatinga, que já revelou muitos artistas, grupos musicais e 
teatrais. Os artistas locais e nacionais apresentam-se em espaços como a tradicional 
Feira Comércio e Indústria de Taguatinga (Facita), realizada em junho e considerada um 
 
 
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dos mais movimentados eventos do Distrito Federal. O nome da cidade surgiu do tupi-
guarani tauá-tingá, que significa barro branco. Com área de 121,34 quilômetros 
quadrados, Taguatinga divide-se em três setores: Central, composto pela Avenida 
Central, praças, comércio, hotéis, bancos e escritórios; Norte e Sul, formados por 
quadras residenciais, comerciais e industriais. Tombada pelo Patrimônio Histórico, a 
Praça do Relógio, no Setor Central, é um dos pontos mais movimentados de 
Taguatinga. A cidade tem, entre outras atrações, seis clubes sociais, dois cinemas, uma 
feira permanente localizada na QNL 7, e um grande número de restaurantes e bares. Os 
eventos principais são a Festa do Peão Boiadeiro, em 5 de junho, e a Facita, também 
em junho. O ponto turístico mais procurado é o Parque Vivencial Saburo Onoyama. 
 
D) Distante pouco mais de 40 quilômetros do Plano Piloto, a cidade atualmente revela a forte 
influência recebida da construção de Brasília. O rápido crescimento populacional fez surgir 
novos setores residenciais, embora isso não tenha tirado de Brazlândia suas características 
de cidade de interior, marcantes, principalmente, no Setor Tradicional, como ficou conhecida 
sua parte antiga. A condição de cidade emancipada do Arraial Santa Luzia (atualmente 
Luziânia – Goiás) só foi outorgada à Brazlândia na década de 1960, ano em que verifica-se 
um processo de crescimento mais significativo em relação à décadas anteriores. 
 
COMENTÁRIO: CORRETA – A RA IV – BRAZLÂNDIA - Brazlândia tem histórias para 
contar. Nasceu bem antes de Brasília, em 1852, com uma área povoada nas 
proximidades da fazenda da família Braz, de onde se originou o nome. A propriedade 
dos Braz ficava próxima à trilha das comitivas que se deslocavam do sul para o norte 
de Goiás. Passavam por ali, também, viajantes vindos principalmente daBahia. 
Atualmente, Brazlândia vem se destacando por sua forte vocação agrícola. Em torno da 
cidade, várias chácaras e fazendas formam um imenso cinturão verde, tornando a 
região a principal abastecedora dos hortigranjeiros do DF. Numa dessas propriedades 
rurais está a conhecida Farmácia Verde, de Seu Beija, que cultiva ervas medicinais e 
fornece receitas, gratuitamente, a pessoas do DF e de vários pontos do país. Além da 
farmácia do Seu Beija, o turista tem outros motivos para ir a Brazlândia, onde existem 
belezas naturais típicas do Planalto Central. São cachoeiras como a do Rio do Sal, 
Mumunhas e Poço Azul. Há, também, a Gruta do Rio do Sal, muito procurada pelos 
visitantes, e clubes como o Balneário Veredinha - o primeiro da cidade - e o Texas, que 
possui área de camping. 
 
 
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E) Conhecida como a Petrópolis do Planalto Central, a Região Administrativa VI de Planaltina-
DF, que devido ao clima agradável e à vegetação densa e diversificada recebeu esse titulo 
informal, a cidade de Planaltina originou-se de uma fazenda do mesmo nome. Fundada no 
início da década de 1960, consta da sua história, que a cidade era uma rota comercial no 
passado e que se transformaram em marco geográfico para os viajantes da época. 
 
COMENTÁRIO: ERRADA - As características são relativas a RA V (Sobradinho) e não a 
RA VI Planaltina. Sobradinho é dominado por casarios baixos, o traçado da cidade é 
integrado pelas quadras residenciais, separadas por quadras onde se localizam as 
áreas de esporte, escolas, templos e comércio. Na Quadra Central, estão concentrados 
os prédios da Administração Regional, Rodoviária e órgãos de serviços públicos. 
Extensas faixas verdes e um sistema viário amplo completam o quadro urbano da 
cidade. Os primeiros habitantes foram as famílias transferidas do Acampamento 
Bananal e da Vila Amauri, próxima à vila Planalto, cuja área foi inundada quando se 
formou o Lago Paranoá. Mais tarde, fixaram-se na cidade os moradores que compraram 
os lotes lançados no mercado imobiliário. Em 1961, Sobradinho se transformou em 
subprefeitura do Distrito Federal e, em 1964, a Lei 4,545 dividiu o Distrito Federal em 
regiões administrativa e Sobradinho passou a ser RA V, com 569,40 quilômetros 
quadrados. A vocação de suas terras garantiu à RA V a implantação de dois núcleos 
rurais- Sobradinho I e II, administrados pela Fundação Zoobotânica do Distrito Federal, 
além de áreas isoladas de produção e de comunidades agrícolas diversas, com áreas 
que variam de um a 1.000 hectares. Na área industrial, a especialização local está na 
produção de minerais não metálicos, principalmente o cimento. Já o comércio é 
orientado, basicamente, para as necessidades da população local. Sobradinho conta 
com uma grande quantidade de artesãos, na confecção de trabalhos em madeira, couro 
e pedra. Os produtos são comercializados em feiras livres. A RA V foi escolhida para 
abrigar as instalações do Polo de Cinema e Vídeo do Distrito Federal. As principais 
festas são o aniversário da cidade, em 13 de maio, as juninas e do Peão Boiadeiro, que 
ocorrem em junho. 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÃO 27_____________________________ 
Quem acredita que Brasília é um símbolo apenas da modernidade pode se surpreender 
ao visitar a secular cidade, que tecnicamente trata-se de uma Região Administrativa do DF de. 
A aproximadamente 40 quilômetros do Plano Piloto, historicamente por já existir como 
município goiano antes mesmo da capital ser construída e consequentemente transferida, é a 
mais antiga das regiões administrativas do Distrito Federal conservam, em ruas estreitas, 
centenários casarões que testemunharam, em 1892, a passagem da Missão Cruls, 
encarregada de estudar a localização da nova capital do país. O local, na época levava o 
nome de um homem importante na região, na verdade a um armeiro que morou por lá, era 
ponto de escoamento do ouro retirado de Goiás. 
Acerca do assunto abordado pelo texto acima e suas inúmeras considerações histórico-
geográficas-culturais, marque a opção que apresenta corretamente as características de 
qual Região Administrativa da atualidade no DF. 
 
A) PARANOÁ – RA VII 
COMENTÁRIO: ERRADA – O texto refere-se a Planaltina-DF - No caso o Paranoá 
localizada a apenas 28 quilômetros do Terminal Rodoviário do Plano Piloto, o Paranoá é 
limitada ao norte com as regiões administrativas de Planaltina e Sobradinho, ao sul e ao 
leste com o estado de Goiás e a oeste com o Plano Piloto e a região administrativa do 
Gama, a cidade está situada em local de altitude privilegiada, que oferece uma bela 
vista do Lago Paranoá e do Plano Piloto. Foi a partir da instalação do canteiro de obras 
da construção da Barragem do Paranoá, que se formou o núcleo habitacional que deu 
origem, inicialmente, à Vila Paranoá. Com o crescimento do número de famílias que ali 
foi se fixando a partir dessa época, a Vila transformou-se em cidade-satélite e, em 1989, 
passou a integrar a Região Administrativa VII, através de decreto do Governo do 
Distrito Federal. A data do decreto, 25 de outubro, transformou-se no dia de 
comemoração do aniversário da cidade. Organizada em dois setores - Paranoá Velho e 
Paranoá Novo -, a cidade possui infraestrutura básica e tem, entre os projetos de 
urbanização, a previsão para a construção de um grande parque turístico, que 
aproveitará o potencial oferecido pela beleza da Barragem do Paranoá, onde já existe 
uma churrascaria. 
B) NÚCLEO BANDEIRANTE – RA VIII 
COMENTÁRIO: ERRADA - O texto refere-se a Planaltina-DF – No caso a RA VIII - 
NÚCLEO BANDEIRANTE é conhecida como "Cidade Livre" durante a construção de 
 
 
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Brasília, onde o comércio era livre e não se cobrava impostos, funcionou como centro 
comercial e recreativo daqueles que estavam diretamente ligados à construção da nova 
capital. A cidade surgiu, efetivamente, em 19 de dezembro de 1956, sendo a primeira 
área destinada a abrigar os trabalhadores pioneiros. Em 20 de dezembro de 1961, a Lei 
nº 4.020 estabeleceu os seus primeiros limites geográficos, que abrangiam 1,15 
quilômetros quadrados. Algumas construções de madeira foram mantidas na forma 
original. São casas, sobrados e construções do porte da escola Metropolitana e do 
Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO), tombado pelo Patrimônio Histórico 
do GDF, e onde hoje funciona o Museu Vivo da Memória Candanga. Situado a 13,3 
quilômetros do Plano Piloto, o Núcleo Bandeirante possui uma população de 31.205 
habitantes, distribuídos em 82,39 quilômetros quadrados. Totalmente urbanizada, a 
cidade possui um comércio forte, onde se destaca o setor atacadista. Foi implantando 
há pouco tempo o Setor Industrial Bernardo Sayão (gemologia, gráfica e informática) e 
a Placa da Mercedes (armazenamento, indústria e abastecimento). Nesses setores 
serão implantados pequenas indústrias, comércio atacadista, de material de 
construção, beneficiamento de cereais, informática e lapidação de pedras preciosas, 
entre outros. São vários os pontos turísticos da cidade, destacando-se a Igreja da 
Metropolitana, construída em madeira e tombada pelo Patrimônio Histórico; Igreja Dom 
Bosco, erguida no mesmo local onde Padre Roque iniciou a construção original em 
madeira; o Mercadão, antigo Mercado Diamantina, que abriga comércio diversificado e 
restaurantes de comidas típicas de vários estados, principalmente do nordeste; a Casa 
do Pioneiro, construção em madeiraonde funciona uma Biblioteca Pública; e o Museu 
Vivo da Memória Candanga, conjunto formado por construções em madeira, e pela 
Escola do Saber Fazer, que oferece cursos de artesanato, principalmente cerâmica, aos 
menores da cidade. 
C) CEILÂNDIA – RA IX 
COMENTÁRIO: ERRADA - O texto refere-se a Planaltina-DF – No caso a RA IX – 
CEILÂNDIA é considerada um dos maiores colégio eleitoral do DF, Ceilândia teve um 
crescimento acelerado, proporcional à esperança dos migrantes de encontrar, na 
região, trabalho e melhoria de vida. Surgiu a partir da Campanha de Erradicação de 
Invasões (CEI), realizada em 1971 pelo Governo do DF, de onde se originou o nome da 
Ceilândia. A cidade divide-se nos setores M, N, O, P , Q e R, dispostos em torno de dois 
eixos que se cruzam em ângulo de 90º. A maioria dos habitantes de Ceilândia, são em 
sua maioria, migrantes que vieram de Goiás, Minas Gerais, da região Norte e, 
 
 
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principalmente, do Nordeste, fazendo da cidade um ponto de convergência e de difusão 
da cultura nordestina. Um exemplo é Casa do Cantador, projetada por Oscar Niemeyer 
para sediar a Federação Nacional das Associações de Cantores, repentistas e Poetas 
Cordelistas, que promovem encontros e festivais. A população da cidade marcou a 
história da organização comunitária no Distrito Federal, com a criação da combativa 
Associação dos Incansáveis Moradores da Ceilândia. As quadras residenciais são 
compostas, além das habitações, de comércio local e templos. Os demais 
equipamentos urbanos são distribuídos em áreas especiais. Aos domingos, o centro é 
ocupado por duas feiras, a Feira Central, um onde se encontram todos os tipos de 
produtos, e a Feira do Rolo, que utiliza o sistema de trocas para negociar desde 
eletrodoméstico até literatura de cordel. Localizada a 24 quilômetros do Plano Piloto, 
com acesso através da Via Estrutural e da EPTG, Ceilândia possui uma área de 232 
quilômetros quadrados e seu traçado urbanístico é do arquiteto Ney Gabriel de Souza. 
Sua principal atração é a Barragem do Rio Descoberto, cujo acesso é através da BR-
070. As principais Festas são o aniversário da cidade, no dia 27 de março, a Festa 
Colônia Nordestina, na primeira semana de julho e os jogos da Primavera, em 
setembro. 
D) CRUZEIRO – RA XI 
COMENTÁRIO: ERRADA - O texto refere-se a Planaltina-DF – No caso a RA XI – 
CRUZEIRO: Região Administrativas mais próxima do Plano Piloto, o Cruzeiro tornou-se 
conhecido como um reduto do samba, com as constantes festas promovidas pela 
Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro, a famosa ARUC, escola de samba 
mais premiada dos carnavais do Distrito Federal. A cidade nasceu de um conjunto 
construído em 1958 para abrigar os primeiros funcionários que chegaram à capital, e 
recebeu este nome por estar a cruz erguida do ponto mais alto do Eixo Monumental, 
onde em 1957, foi celebrada primeira missa de Brasília. Muito antes disso, em 1894, a 
área onde hoje se encontra a cidade, abrigou um acampamento da Missão Cruls, que ali 
instalou um observatório. As primeiras casas construídas foram habitações geminadas 
de um pavimento, com áreas para comércio, serviços, recreação e templos. Na década 
de 70 foi construído um conjunto de edifícios residenciais que passou a ser conhecido 
como Cruzeiro Novo. Oficialmente chamado Setor de Habitações Coletivas Econômicas 
Sul (SHCES), é formado por blocos de apartamentos de quatro e cinco andares. A parte 
antiga, que ficou conhecida como Cruzeiro Velho, é formado por 60 quadras. 
Oficializado como Região Administrativa em 1989, possuindo uma área de 8,99 
 
 
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quilômetros quadrados, que inclui também o Setor de Habitações Coletivas - Áreas 
Octogonais (SHC, AO/Sul), formado por oito quadras em forma de octógono. Em 30 de 
novembro, a cidade comemora seu aniversário e durante todo o ano são realizadas 
festas e ensaios abertos na sede da ARUC. 
E) PLANALTINA – RA VI 
COMENTÁRIO: CORRETA - Batizada de Planaltina em 1917, a cidade assistiu em 1922, 
ano do centenário da independência do Brasil, ao lançamento da pedra fundamental da 
futura capital, pelo então presidente Epitácio Pessoa. O lançamento causou, na época, 
um surto de desenvolvimento na região. Atualmente, o local é um dos pontos turísticos 
da cidade, com uma área de 1.537,16 quilômetros quadrados. Planaltina foi incorporada 
ao Distrito Federal com a inauguração de Brasília, recebeu novos loteamentos 
habitacionais e hoje divide-se em duas áreas, a antiga e a nova, chamada de Vila 
Buritis. Quem acredita que Brasília é um símbolo apenas da modernidade pode se 
surpreender ao visitar a secular cidade de Planaltina. A 38,5 quilômetros do Plano 
Piloto, a mais antiga das regiões administrativas do Distrito Federal conserva, em ruas 
estreitas, centenários casarões que testemunharam, em 1892, a passagem da Missão 
Cruls, encarregada de estudar a localização da nova capital do país. O local, na época 
chamado de Vila Mestre D'Armas devido a um armeiro que morou na região, era ponto 
de escoamento do ouro retirado de Goiás. Privilegiada em pontos turísticos, a região 
de Planaltina oferece ao visitante atrações como a Lagoa Bonita, a Cachoeira do 
Pipiripau e o Vale do Amanhecer, uma das maiores comunidades místicas do país. A 
mais importante reserva ambiental da América do Sul, a Estação Ecológica de Águas 
Emendadas, também se localiza próximo à cidade. Na área urbana, as maiores atrações 
são a Igreja de São Sebastião, a Igreja Matriz e o Museu Histórico e Artístico de 
Planaltina, que conserva a memória da cidade e vende artesanato da região, onde se 
destacam a cerâmica e a tapeçaria. Os visitantes podem apreciar também festas 
tradicionais como a Folia do Divino, realizada no sétimo domingo após a Páscoa, e a 
Folia dos Santos Reis, no dia 6 de janeiro. O evento mais importante é a Via-Sacra, a 
mais concorrida festa religiosa do Distrito Federal, representada por atores da cidade, e 
que leva um público de cerca de 150 mil pessoas ao Morro da Capelinha, durante as 
comemorações da Semana Santa. 
 
 
 
 
 
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QUESTÃO 28_____________________________ 
 
Acerca da realidade étnica, social, histórica, geográfica, cultura, política e econômica do 
Distrito Federal e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal – RIDE e suas 
inúmeras implicações relativas a Lei Complementar 94/1998, Decreto 7.469/2011 e 
atualizações de Projetos de Lei que tramitam no Congresso Nacional, bem como com os 
diversos temas que ela suscita marque a alternativa CORRETA. 
A) Localizado no Centro-Oeste brasileiro, o estado de Goiás é segundo o IBGE e a SUDECO 
o mais populoso da Região Centro-Oeste. Faz limite com os Estados do Mato Grosso, Mato 
Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais e Tocantins, além do Distrito Federal, que foi construído 
em uma parte do território goiano, dos mais de 200 municípios goianos, mais de 30 fazem 
parte da RIDE – Região Geoeconômica de Influência do DF e do Entorno do DF. 
COMENTÁRIO: ERRADA – A área de abrangência goiana inserida na RIDE é 
constituída, pelos municípios de Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas de 
Goiás, Alexânia, Cabeceiras, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de 
Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Mimoso de Goiás, Novo Gama, Padre Bernardo, 
Pirenópolis, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso de Goiás e Vila Boa, 
Cabeceira de Goiás, ambas cidades no Estado de Goiás, ou seja 19

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