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Indenização dano moral

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ESTADO DO PARÁ DEFENSORIA PÚBLICA
EXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ(A) DE DIREITO DA	VARA CÍVEL DA COMARCA DE 	
{NOME	AUTOR}, {NACIONALIDADE},	{ESTADO
CIVIL}, {PROFISSÃO}, portador(a) da carteira de identidade n.º {CARTEIRA DE IDENTIDADE} e do CPF n.º {CPF}, residente e domiciliado(a) no(a) {ENDEREÇO}, juridicamente assistidos(as) pela Defensoria Pública do Estado do Pará, vem, à presença de Vossa Excelência, com o devido acatamento, propor a presente
Pública do Estado, pelo defensor público infra-assinado, propor a presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
em face do Governo do Estado do Pará, pessoa jurídica de direito público interno,	pelos motivos de fato e direito a seguir aduzidos:
DOS FATOS
O requerente participou da constituição da Cooperativa Cooperindus como sócio fundador, conforme consta na ATA de formação da instituição. No dia 	, após o fim de seu mandato, o senhor afastou-se da direção da mesma, deixando de participar da diretoria da cooperativa.
No ano 2002, fulano de tal ajuizou ação na Justiça do Trabalho contra a Cooperindus, alegando não ter recebido alguns valores referentes aos seus direitos rescisórios de contrato de trabalho.
Cabe ressaltar que o requerente não pertencia mais à direção da Cooperativa desde 2000, conforme faz prova ATA de formação da Cooperativa Cooperindus anexa.
A justiça do Trabalho proferiu decisão favorável fulana de tal no processo trabalhista movido por ela contra a Cooperindus, e requereu ao Estado do Pará que indicasse os
bens	da	cooperativa	passíveis	de	penhora,	para	que	pudesse	ser executada a sentença trabalhista.
O Estado do Pará, representado por sua Procuradoria Geral, indicou, erroneamente, o nome do requerente como se este ainda fosse diretor da Cooperindus, para ser executado.
A partir de imprudente e totalmente errada informação, foi decretado o bloqueio da conta do requerente no banco do Brasil, conforme faz prova comunicação de bloqueio judicial em conta anexo.
Diante de tal constrangimento, e sentimento de discriminação perante a sociedade, o requerente vem diante de Vossa Excelência, sob a proteção do nosso ordenamento jurídico, requerer indenização pelos danos morais sofridos.
DO DIREITO
Com o advento da Constituição de 88, que normatizou a possibilidade da reparação do dano moral, inúmeras leis vêm sendo produzidas em nosso país, ampliando, dessa forma, a gama de possibilidades para o cultivo, isto é, para a propositura de ações nesse campo.
A Constituição Federal, expressamente, estabelece que:
“Art. 5.º (...)
X – São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”
O ser humano é imbuído por um conjunto de valores que compõem o seu patrimônio, e que podem vir a ser objeto de lesões, em decorrência de atos ilícitos (artigo 186, CC). Há, sem dúvida, a existência de um patrimônio moral e a necessidade de sua reparação, caso fique constatado o dano. Desta feita, existem circunstâncias em que o ato lesivo afeta a personalidade do indivíduo, sua honra, seu bem-estar íntimo, seu brio, amor próprio, enfim, sua individualidade. Dessa forma, a reparação, em tais casos, reside no pagamento de uma pecúnia, alvitrada pelo juiz, que possibilite ao lesado uma tentativa de satisfação compensatória da sua dor íntima.
Confrontando o caso em tela com o exposto no item acima, evidencia-se que o patrimônio moral da REQUERENTE foi realmente ofendido e merece reparação. Não é fácil para ninguém ficar com sua credibilidade e honestidade em xeque, mormente sabendo que se trata de uma injustiça. Embora a indenização não consiga
desfazer o ato ilícito, não resta dúvida de que possui um caráter paliativo e consolador, visto que amenizará, ao menos um pouco, o constrangimento sentido pela REQUERENTE.
Uma das funções da indenização por danos morais, é de compensar a vítima pelo dano sofrido. Entretanto, não se pode confundir a indenização por danos morais, com o preço da dor. Entendemos ser isto imoral.
Claro é o entendimento de que a dor não tem preço, mas por vivermos num sistema capitalista onde tudo gira em torno do dinheiro e do lucro, a indenização in pecunia servirá para proporcionar a vítima do dano, meios que somente o dinheiro pode proporcionar, ou seja, diminuição de sua dor.
Nesse	sentido,	Christino	Almeida	do	Valle
explica a importância da indenização do dano moral "in pecúnia”:
"O dinheiro, ficou dito, produz conforto, euforia, passeios, enfim tudo o que possa alegrar a alma. O que é um lenitivo que, se não elide o sofrimento, pode melhorá-lo muito, produzindo, muitas vezes, o esquecimento da provação."(Valle, Christino A , "Dano Moral". Editora Aide, 1ª ed., pág. 128.)
Dessa forma, faz-se necessário o arbitramento, pelo Juiz, de um valor suficiente para satisfazer a vítima, pois o agente causador do dano não somente prejudica a vítima, mas todo uma ordem social. Uma vítima do dano moral está com sua honra e imagem lameada, portanto, está com os valores íntimos da pessoa humana abalados, valores estes que são sustentáculos sobre o qual a personalidade humana é moldada e sua postura perante as relações em sociedade é erigida.
Pontes de Miranda, citado por Valdir Florindo afirma com exatidão que:
"o homem que causa dano a outrem não prejudica somente a este, mas à ordem social,..." (Florindo, Valdir. "Dano Moral e o Direito do Trabalho" Editora LTr São Paulo, 1996, pág. 156).(G.N)
Portanto, a indenização por danos morais ao ser arbitrada pelo Juiz, deve ser suficiente para satisfazer a vítima, tendo em vista que será impossível para a vítima restituir o seu status quo ante, sendo a via de compensação a única forma de atenuar a sua dor moral.
Além da função satisfativa, a indenização por danos morais possui uma outra função, a punitiva. Isto porque, ela se mostra útil sob o aspecto de que o lesante se abstenha de praticar tais atos desqualificados, nos termos da figura do Punitive Damage do direito Norte Americano, instituto útil e de boa prática.
Tal instituto derivado do direito Norte Americano, tem por base a exigência de uma compensação financeira do Réu, por ter agido com indiferença aos direitos ou com à segurança alheia.
Segundo Clayton Reis, a indenização por dano moral deve ser de tamanho rigor para impedir que o ofensor cometa novamente o mesmo ato ilícito:
"A fixação do montante indenizatório deve ser rigoroso, na medida que esta postura contribuirá para reprimir a ação delituosa. Aliás, é uma maneira adotada pelos países civilizados para penalizar de forma contundente aqueles que praticam atos ilícitos."(Reis, Clayton. "Dano Moral", Editora Forense, 3ª ed., págs. 97/98.)
Por outro lado, a função punitiva, além da função de sua função precípua de punir o réu, tem a função de alertar a sociedade de que os atos praticados pelo Réu são desqualificados e são repudiados pelo nosso Ordenamento Jurídico, objetivando evitar, assim, reincidências.
Nesse sentido Valdir Florindo afirma:
"Segundo, que o montante das indenizações deve ser algo inibidor, para impedir investidas do gênero. Por isso, deve o juiz ser rigoroso e arbitrar cifras consideráveis, posto que o objetivo também é o castigo do autor. O montante da indenização deve traduzir- se em advertência ao lesante e a sociedade, de que comportamentos dessa ordem não se tolerá." (Florindo, Valdir. "Dano Moral e o Direito do Trabalho" Editora LTr São Paulo, 1996, pág. 144).(G.N)
Assim, a indenização deve ser suficiente para penalizar o Réu, e para isso, necessário é saber qual a posição econômica do mesmo. Uma indenização de valor ínfimo, comparando-se com o capital do Réu, perderia seu efeito, senão, estimularia o Réu
à	prática	de	tais	atos	desqualificados,	pois	acharia	que	saiu "lucrando".
Uma indenização de valor ínfimo, além de causar um dano irreparável a vítima, seria um estimulo para outros, que possuem a mesma mentalidade do Réu, pratique tais atos, prejudicando assim, a ordem social.
Portanto,ao arbitrar a indenização por danos morais, a Justiça deve atuar como guardiã, não somente dos direitos da vítima, mas sim da sociedade, devendo penalizar exemplarmente aqueles que não sabem conviver corretamente na mesma.
A consagração da responsabilidade civil do Estado constitui-se em imprescindível mecanismo de defesa do indivíduo face ao Poder Público. Mediante a possibilidade de responsabilização, o cidadão tem assegurada a certeza de que todo dano a direito seu ocasionado pela ação de qualquer funcionário público no desempenho de suas atividades será prontamente ressarcido pelo Estado. Funda-se nos pilares da eqüidade e da igualdade, como salientou em doutas palavras Celso Antônio BANDEIRA DE MELO:
"Entende-se por responsabilidade patrimonial extracontratual do Estado a obrigação que lhe incumbe de reparar economicamente os danos lesivos à esfera juridicamente garantida de outrem e que lhe sejam imputáveis em decorrência de comportamentos unilaterais, lícitos ou ilícitos, comissivos ou omissivos, materiais ou jurídicos" (MELO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito
Administrativo. 4a edição. São Paulo:
Malheiros, 1993).
Vê-se que, além disso, o pedido do REQUERENTE encontra amparo nas decisões proferidas pelos nossos Tribunais, verbi gratia:
EMENTA: APELAÇÕES CÍVEIS. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ERRO DA INSTITUIÇÃO BANCÁRIA AO BLOQUEAR A CONTA-CORRENTE DA AUTORA E DEVOLVER DIVERSOS CHEQUES, NÃO OBSTANTE HOUVESSE SUFICIENTE PROVISÃO DE FUNDOS. FALHA NO SISTEMA INTERNO DO BANCO. VINCULAÇÃO INDEVIDA DA CONTA- CORRENTE EM NOME DA DEMANDANTE COM O NÚMERO DA MATRÍCULA DE SEU FALECIDO COMPANHEIRO JUNTO AO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA, ORIGINANDO O BLOQUEIO INDEVIDO DA CONTA. DEFEITO DA PRESTAÇÃO
DE SERVIÇO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. ART. 14 DO CDC. DESNECESSIDADE DE PROVA DO PREJUÍZO, QUE DECORRE DA DEVOLUÇÃO INDEVIDA DAS CÁRTULAS. VALOR DA INDENIZAÇÃO. REDUÇÃO. OBSERVÂNCIA AO BINÔMIO REPARAÇÃO/PUNIÇÃO. DISTRIBUIÇÃO DA SUCUMBÊNCIA. A ESTIMATIVA DE VALOR SUGERIDA NA INICIAL NÃO VINCULA O JUÍZO PARA FINS DE DISTRIBUIÇÃO DA SUCUMBÊNCIA. PRECEDENTES NO STJ. RECURSOS DE APELAÇÃO PARCIALMENTE
PROVIDOS. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70013624556, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Pedro Celso Dal Pra, Julgado em 12/01/2006)
DO PEDIDO
Ante o exposto, requer:
	- Os benefícios da justiça gratuita, nos termos do Art. 5º, LXXIV da Constituição Federal Brasileira, c/c a Lei 1.060/50, pois não possuem condições de arcar com os encargos decorrentes do processo sem prejuízo de seu sustento e de sua família.
	– As prerrogativas processuais de seu patrono, enumeradas no Art. 128 da Lei Complementarnº80/94 (contagem em dobro dos prazos processuais, intimação pessoal para todos os atos do processo e isenção de apresentação de instrumento de mandato).
- A intimação do ilustre representante do
Ministério Público na forma da lei;
	- a citação do requerido, para que, querendo, conteste o feito, sob pena de lhe ser aplicado os efeitos da revelia.
	- a procedência da ação, condenando o requerido ao pagamento dos danos morais, no valor de R$ , em razão dos danos morais sofrido pelo requerente.
	– a condenação ainda do Suplicado aos ônus sucumbenciais, com fixação de honorários advocatícios no percentual de 20% sobre o valor da condenação em favor do advogado, a serem revertidos ao FUNDEP – Fundo da Defensoria Pública do Estado do Pará, a ser depositado na conta corrente
de no 182900-9, banco no 037, agência no 015, instituído pela
Lei no 6.717/05.	custas processual e honorários advocatícios em 20% sobre o valor da causa.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos, inclusive juntada de documentos aos autos do processo, oitiva do requerente, e todos e quaisquer outras provas que venham a se fazer necessárias no curso do processo.
Dá-se à causa o valor de R$ Nestes termos,
Pede e espera deferimento. Local e data
Defensor Público
Rol de Testemunhas: Relação de documentos:

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