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Radiologia Bucal

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Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
1 
 
Radiologia Bucal 
Introdução 
A radiologia é o ramo da ciência que estuda as 
radiações ionizantes e suas aplicações. 
Em 1895 Wilhelm Conrad Roentgen, que era um 
professor de física alemão, no dia 08/11/1895 fazendo 
suas pesquisas que eram feitas em um tubo, uma caixa 
onde dentro dela não havia ar, ou seja, era vácuo e ele 
conectava essa mesma caixa a rede elétrica, assim 
fazendo passar dentro desse tubo, dessa caixa uma 
corrente elétrica em alto potencial. 
Nesse dia fazendo suas pesquisas, ele tinha um papelão 
(tipo uma cartolina) branco no canto da parede, que era 
impregnada de alguns tipos de cristais principalmente o 
platinocianeto de bário, quando ele conecta a caixa a 
rede elétrica fazendo passar dentro desse tubo, dessa 
caixa uma corrente elétrica em alto potencial , assim 
atingindo aquela cartolina e promovendo uma alta 
fluorescência. Ele percebeu que tinha acontecido algo 
diferente então, pegou uma cartolina preta e envolveu 
o tubo, e testou novamente se surpreendendo com a 
corrente elétrica que ultrapassou o a cartolina preta e 
continuou provocando a fluorescência. 
A partir dessa descoberta, ele começou a testar com 
filme fotográfico colocando certa distância do tubo e 
colocava quaisquer objetos (tesoura, espingarda) entre 
os dois, assim vendo que apareceu a imagem dos 
objetos. Até que um dia ele pediu a sua esposa Ana 
Bertha pra posicionar a mão entre o filme e o tubo, 
porém botou a mão com a aliança, assim vendo que 
tinham aparecido os ossos da mulher dele. 
Dr. Otto Walkhoff foi quem realizou a primeira 
radiografia dentária. Ele radiografou sua própria boca, e 
esse episódio aconteceu 14 dias após a descoberta dos 
raios-x. 
Raios-X 
É uma forma de radiação proveniente de uma ampola 
a vácuo quando atravessada por uma corrente elétrica 
de alto potencial. 
Radiação 
É a propagação de energia através do espaço da 
matéria ou do vácuo. 
Natureza dos Raios-X 
➯Corpusculares 
São as que se propagam em forma de partículas ou 
corpúsculos, e possuem massa. 
Ex: radiações emitidas pelos elementos radioativos. 
➯Eletromagnéticas 
São as radiações que não possuem massa, nada mais 
são do que a energia em movimento. 
Ex: rádio, televisão, radares, raios ultravioletas e os 
raios-x. 
Obs: essa categoria é a utilizada na odontologia. 
Propriedades dos Raios-X 
Propaga-se a uma velocidade igual a da luz (300.00 
km/s) em linha reta e movimento ondulatório. 
Possui a propriedade de tornar fluorescente 
determinadas substâncias químicas, como o tungstano 
de cálcio e o platinocianeto de bário. 
São invisíveis e possuem a capacidade de atravessa 
corpos opacos, além de impressionar chapas 
radiográficas e de estimular ou destruir tecidos vivos. 
Aparelhos Radiográficos 
Industriais; 
Médicos; 
Odontológicos (podem ser convencionais ou especiais). 
a) Convencionais – são instrabucais e geralmente 
encontrados em consultórios. 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
2 
 
 
 
 
b) Especiais – aparelhos panorâmicos e para 
cefalometria. 
Filmes Radiográficos 
O filme dos raios-x é o meio usado para registrar a 
imagem depois de ter sido exposto à radiação e 
processado nas soluções adequadas. 
A radiografia é a imagem fotográfica de um objeto, 
obtida com o emprego dos raios-x em lugar da luz. 
➯Constituição 
1. Base ou Suporte 
-Vidro; 
-Nitrato de Celulose; 
-Acetato de Celulose; 
-Poliéster. 
2. Emulsão 
-Gelatina; 
-Halogenetos de Prata (brometo de prata + iodeto de 
prata). 
3. Envoltório 
O envoltório preto evita a sensibilização pela luz. 
4. Lamínula de Chumbo 
A lamínula de chumbo reduz a dose de radiação ao 
paciente e evita velamento (escurecimento) pela 
radiação secundária retrógrada dos tecidos moles e não 
deixa que a radiação retorne. 
5. Envelope 
O envelope branco impermeabiliza o filme, evitando a 
umidade. Possui duas faces: 
-Face ativa: é a parte branca, e onde está localizado o 
picote. É a região do filme que recebe a radiação. 
-Face posterior: é colorida, e onde se localiza a lingueta 
e a lamínula de chumbo. 
 
Figura 1 créditos à @dentistaconselheira 
 
 
Figura 2 créditos à @dentistaconselheira 
➯Classificação 
1. Quanto à embalagem 
-Simples: uma película; 
-Dupla: duas películas. 
2. Quanto à utilização 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
3 
 
Intrabucais: podem ser periapicais, interproximais e 
oclusais. 
a) Periapicais: registra imagem das coroas, raízes e 
periápices. 
Nº Zero (infantil): 22x35mm; 
Nº 1 (projeções anteriores): 24x40mm; 
Nº 2 (standard): 32x41mm. 
 
b) Interproximais (bite-wing): registrar imagens das 
coroas e cristas alveolares da maxila e da mandíbula 
em imagem única. 
Bite-Wing Posterior: 5,4x2,0cm; 
Bite-Wing Anterior: 2,4x3,2cm; 
Filme periapical padrão adaptado: 3,2x4,1cm. 
 
Figura 3 Filme periapical adaptado. 
c) Oclusais: registrar imagens de maior amplitude da 
maxila e da mandíbula em imagem única. 
5x7cm. 
 
 
Propriedades dos Filmes 
➯Densidade 
É o grau de escurecimento de uma radiografia, 
determinado pela precipitação da prata metálica que é 
preta, após o processamento radiográfico. 
➯Contraste 
É a diferença entre as densidades radiográficas das 
diferentes regiões de uma radiografia. Consiste na 
diferença entre o radiopaco e radiolúcido. 
➯Sensibilidade 
É a capacidade do filme produzir imagens radiográficas 
com maior ou menor quantidade de radiação. 
➯Detalhe 
É a capacidade que a radiografia apresenta de 
reproduzir o objeto radiografado, portanto diz respeito 
à nitidez da imagem. 
A radiografia deve apresentar média densidade e 
contraste e abundância de detalhes. 
➯Formação da Imagem Latente 
Quando os cristais de brometo de prata, que existem 
nas emulsões, absorvem fótons de raios-x, modificam-
se formando um conjunto de partículas de prata que 
denominamos imagem latente, porém nem todos os 
cristais serão atingidos pelos raios-x. Somente serão 
atingidos aqueles cristais que serão responsáveis pela 
formação do objeto. 
O grau de absorção dos raios-x está em função dos 
seguintes fatores: 1) comprimento de onda e 2) 
composição, densidade e espessura do objeto. 
Armazenamento dos Filmes 
O filme não deve ser exposto às radiações secundárias. 
Devem ser protegidos contra vapores químicos, 
umidade e altas temperaturas. 
O ideal é armazenar os filmes em local refrigerado com 
uma temperatura entre 10 a 20ºC. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
4 
 
Radiolúcido X Radiopaco 
➯Imagem Radiolúcida 
Os corpos que não apresentam resistência à passagem 
dos raios-x, radiograficamente se apresentam 
radiolúcidos (imagens escuras). Ex: tecidos moles, seios 
etc. 
 
➯Imagem Radiopaca 
Os corpos que apresentam resistência a passagem dos 
raios-x, radiograficamente nos fornecem imagens 
radiopacas (imagens claras). Ex: dente, ossos, 
restaurações etc. 
 
Radiografia Digital 
Nesta tecnologia, o paciente sofre exposição aos raios-x 
e a informação é enviada para a memória do 
computador. 
➯Direta 
O processo ocorre através dos sensores intrabucais 
ligados ao computador. 
 
 
➯Indireta 
O scanner de alta definição, câmeras de vídeo ou 
fotográficas digitais capturam a imagem da radiografia e 
enviam para o computador. 
➯Vantagens 
Reduz o tempo de exposição à radiação em até 90%; 
Dispensa filmes e processamento; 
Permite ampliar e inverter imagens; 
Permite variar densidades. 
➯Desvantagens 
Alto custo; 
Necessidade de conhecimento em informática; 
Menor área abrangida pelo CCD. 
Efeitos Biológicos das Radiações Ionizantes 
Exposição → Absorção → Efeitos Biológicos 
(genéticos e somáticos). 
Ionização é o processo através do qual um átomo ou 
uma molécula estável eletricamente torna-se estável. 
Radiação ionizante é aquela que tem a propriedade de 
remover um elétron orbital de um átomo, tornando-o 
um átomo instável. 
 
Os efeitosdas radiações ionizantes podem ser diretos 
ou indiretos. 
➯Efeitos Diretos 
Quando a radiação atinge diretamente as 
macromoléculas da célula (DNA e proteínas), lesando-as. 
 
http://2.bp.blogspot.com/-9-ZU9zmeIu0/Um8O1YScWKI/AAAAAAAABpU/y-_gjyEbdjM/s1600/1+-+FOSSAS+NASAIS.png
http://4.bp.blogspot.com/-slnfoubd0jU/Um8O-y-YuLI/AAAAAAAABpc/cDvDQLoDMJg/s1600/2+-+Septo+nasal.png
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwjE5syF1K_jAhXGH7kGHQqNDpwQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fwww.sapralandauer.com.br%2Fprotecao-radiologica-saiba-sobre-os-principais-aspectos-normas-e-tecnologias-empregadas%2Fo-que-e-radiacao-nocoes-basicas-de-protecao-radiologica%2F&psig=AOvVaw0UmHcxfVoiSAF1vs69CK-B&ust=1563030372077713
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
5 
 
➯Efeitos Indiretos 
Quando as macromoléculas são inativadas por radicais, a 
partir da água, produzindo substâncias incompatíveis 
com os tecidos do organismo. Ex: HeOe (peróxido de 
hidrogênio). 
As radiações ionizantes são compostas por dois grupos 
principais, sendo as radiações corpusculares e 
eletromagnéticas. 
➯Radiações Corpusculares 
São dotadas de carga e massa. Ex: partículas alfa, beta, 
prótons, nêutrons e partículas subatômicas. 
➯Radiações Eletromagnéticas 
São as radiações que não possuem massa. Ex: raios-x 
que são produzidos através de um aparelho e os raios 
gama que são emitidos por instabilidade nuclear. 
Efeitos Somáticos 
São os efeitos que podem ocorrer apenas nas células 
constitutivas do corpo, promovendo alterações ou 
destruindo essas células. 
Não se relaciona com a progênie (células relacionadas 
com a reprodução e a hereditariedade). 
➯Radiosensibilidade 
O efeito das radiações é maior nas células menos 
diferenciadas e em grande atividade reprodutora. Isto é, 
a radiosensibilidade é diretamente proporcional à 
atividade mitótica e inversamente proporcional ao grau 
de diferenciação celular. 
-Escala decrescente de radiosensibilidade: 
1. Células embrionárias; 
2. Células genéticas; 
3. Sangue e medula óssea; 
4. Células epiteliais e endoteliais; 
5. Tecido conjuntivo; 
6. Túbulos do rim; 
7. Células ósseas; 
8. Células nervosas; 
9. Células musculares. 
➯Efeitos em decorrência da dose ou área 
1. Grande quantidade de radiação no corpo todo. 
Ex: explosões atômicas e acidentes com reatores 
nucleares. 
 
2. Grande quantidade de radiação em área limitada do 
corpo. Ex: radioterapia para tratamento de tumores. 
 
3. Pequena quantidade de radiação ao corpo todo. Ex: 
fontes naturais de radiação (radiação cósmica, minérios 
radioativos). 
 
4. Pequena quantidade de radiação em área limitada do 
corpo. Ex: segurar o filme para o paciente. 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
6 
 
➯Efeitos Genéticos 
É a ação das radiações sobre os cromossomos 
responsáveis pela transmissão das características 
hereditárias nas células, alterando seu material genético 
e produzindo mutações gênicas e cromossômicas. 
➯Medidores de Radiação 
Dosímetro de bolso; 
Câmara de ionização; 
Cristais termoluminescentes. 
 
Figura 4 Dosímetro de bolso. 
➯Pontos a serem considerados durante uma 
radiografia 
1. Utilizar filmes mais sensíveis a radiação, que causam 
uma diminuição em até 40% de radiação exposta ao 
paciente. 
2. Processamento correto do filme 
-Processamento ao abrigo da luz; 
-Método tempo-temperatura; 
-Soluções de processamento; 
-Limpeza; 
-Processamentos automáticos. 
3. Feixe de radiação 
-Filtros de alumínio (0,5mm) reduzem em 50% a 
radiação sem prejuízo de tempo; 
-Colimação: o feixe de raios-x deve ultrapassar 6cm de 
diâmetro na pele do paciente. Existe um dispositivo de 
chumbo no cabeçote do aparelho com 2mm de 
espessura restringindo as áreas de exposição à 
radiação. 
4. Localizadores 
 
5. Técnica radiográfica; 
Ex: periapical, interproxmal (bite-wing), oclusal etc. 
6. Mantenedores de filme 
-Tem a função de estabilizar p filme na boca do 
paciente e dispensam radiação desnecessária no dedo 
no operador. 
 
7. Protetores para tireóide 
-Reduzem a dose de radiação em até 50%. 
8. Avental de borracha plumbífera 
-Tem uma epessura de 0,25 mm de chumbo; 
-Fazem a proteção gonadal e proteção do tecido 
hematopoiético. 
➯Proteção do Operador 
-Permanecer a 2m da cabeça do paciente em um 
ângulo de 90 a 135° com o feixe primário ou atrás da 
barreira de chumbo de 2mm de espessura. 
-Nunca permanecer na direção do feixe útil de raios-x. 
-Deve haver monitoração do profissional e pessoal 
auxiliar quando necessário feito por firma especializada 
através de dosímetros. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
7 
 
 
Processamento Radiofráfico 
Após a sensibilização dos halogenetos de prata pelos 
raios-x, a imagem ainda não é visualizada. O filme 
deverá passar por um tratamento químico chamando 
“processamento”. 
O processamento radiográfico deve ser realizado em 
local apropriado, na câmara escura ou quarto escuro, 
onde as películas estejam protegidas da luz artificial e 
natural. 
Existem 3 tipos principais de câmara escura: 
1. Portátil; 
2. Quarto escuro; 
3. Labirinto (mais usado em clínicas). 
➯Equipamentos da câmara escura 
-Mesa manipuladora; 
-Suportes; 
-Colgaduras; 
-Filtros de segurança; 
-Bastões para manipulação; 
-Relógio – alarme; 
-Negatoscópio; 
-Estufa de secagem; 
-Tanques. 
Na câmara escura em forma de labirinto ou quarto 
escuro, devemos dividi-la em 2 partes: 
 
 
1. Parte seca: onde são manipulados os filmes e para 
guardarmos os acessórios como grampos, colgaduras, 
termômetros, relógios etc. 
2. Parte úmida: onde deverão ficar os recipientes do 
processamento e água corrente. 
-Posição das Soluções 
Revelador → Àgua → Fixador 
Fixador ← Àgua ← Revelador 
 
Figura 5 Câmara escura. 
➯Soluções Processadoras 
As soluções são encontradas em três situações 
comercialmente: 
1. Prontas pra uso; 
2. Soluções concentradas; 
3. Sais para serem misturados. 
As soluções podem estar vencidas nos seguintes casos: 
1. Degradação das soluções – oxidação pelo ar; 
2. Exaustão – pela quantidade de películas processadas. 
O revelador apresenta cor de “Coca-Cola” neste caso. 
O uso de soluções vencidas pode provocar velamento 
nas radiografias. 
As soluções quando novas, apresentam cor cristalina. 
As soluções classificam-se como reveladoras e 
fixadoras: 
a) Solução Reveladora: é uma solução química que 
converte a imagem invisível no filme em imagem visível. 
Afeta somente os sais de prata metálica que foram 
sensibilizados pelos raios-x, tirando-lhes o elemento 
halogenado e deixando um depósito negro de prata 
metálica sobre o filme. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
8 
 
b) Solução Fixadora: tem a função de dissolver os sais 
de prata remanescentes que não foram expostos aos 
raios-x, removendo-os da emulsão e fixando assim 
permanentemente as imagens produzidas pelo 
revelador. Outra função é endurecer a gelatina para 
que o filme apresente resistência à abrasão e seque 
rapidamente. 
Revelador (1min) → Lavagem intermediária (30s) → 
Fixador (3-4min) → Lavagem Final → Secagem 
➯Métodos de Revelação 
O processamento das radiografias pode ser: 
1. Manual-visual; 
2. Tempo-temperatura; 
3. Automático. 
Técnicas Radiográficas Intrabucais 
Técnica Periapical da Bissetriz 
Localizador Curto 
A lei isométrica de Cieszinski (1907) diz que “A imagem 
projetada tem o mesmo comprimento e as mesmas 
proporções do objeto, desde que o feixe central de 
raios-x seja perpendicular à bissetriz do ângulo formado 
pelo longo eixo do filme e o longo eixo do dente”. 
 
➯Detalhes Técnicos 
1. Posição da Cabeça do Paciente 
a) Plano Sagital Mediano 
Plano que divide a cabeça em lado esquerdo e direito. 
Deverá estar perpendicular ao plano sagital horizontal. 
 
b) Plano de Camper 
Passa pelos pontos pório e espinha nasal anterior 
internamente e externamente pela linhado trágus à 
asa do nariz. 
c) Maxila 
Plano de Camper, linha que vai do trágus à asa do nariz 
na horizontal e Plano Sagital Mediano na perpendicular 
em relação ao solo. 
 
d) Mandíbula 
Plano de Camper, linha que vai do trágus à comissura 
labial na horizontal, e o Plano Sagital Mediano na 
perpendicular em relação ao solo. 
 
2. Divisão da Arcada Dentária 
Para o exame completo da boca, dividimos a arcada em 
14 regiões: 7 superiores e 7 inferiores. 
Inicia-se pelos molares direitos da maxila até o lado 
oposto (esquerdo), em seguida os molares inferiores do 
lado esquerdo até o lado oposto (direito). 
 
3. Colocação do filme na boca 
-Lado ativo do filme (lado de exposição) voltado para a 
fonte de radiação; 
-A região deve ser centralizada; 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
9 
 
-O picote voltado para a coroa dentária; 
-A borda superior ou inferior do filme deve ultrapassar 
a face oclusal/incisal de 2 a 3mm; 
-Para os dentes posteriores o filme deve estar na 
horizontal e os anteriores na vertical. 
4. Manutenção/Fixação do Filme 
a) Maxila 
O dedo polegar da mão do lado oposto a ser 
radiografado e os outros dedos apoiados na face 
fazendo continência. Ou pode-se fazer também o uso 
do posicionador. 
 
b) Mandíbula 
O dedo indicador da mão do lado oposto e os dedos 
restantes dobrados com o polegar apoiado sob a 
mandíbula. Ou pode-se fazer também o uso do 
posicionador. 
 
5. Pontos de Referência 
Na técnica periapical da bissetriz, o feixe central de 
raios-x dirigido para os pontos de referência, 
corresponde internamente aos ápices dentários. 
a) Maxila 
-Molares: ponto de intersecção formado pela linha que 
passa 1cm para trás do canto externo da órbita e o 
Plano de Camper. 
Com posicionador: o filme vai até o final da boca e para 
na mesial do 2° pré-molar superior. 
-Pré-Molares: ponto de interseção formado pela linha 
que parte do centro da pupila (paciente olhando para 
frente) e o Plano de Camper. 
Com posicionador: o filme vai até o 2° pré-molar 
superior e para na mesial do incisivo lateral. 
-Canino e Lateral: na asa do nariz. 
Com posicionador: a borda do filme se localiza entre os 
incisivos centrais. 
-Incisivos Centrais: no ápice nasal 
Com posicionador: o filme deve estar centralizado. 
b) Mandíbula 
O feixe central de raios-x direcionado para uma linha 
imaginária que passa meio centímetro acima da borda 
inferior da mandíbula, estando o localizador centralizado 
para a região a radiografar. 
6. Ângulos de Incidência dos Raios-x 
São de extrema importância na obtenção da radiografia 
dentária, uma vez que determinam o tamanho da 
imagem do dente radiografado. 
Devido à conformação anatômica dos maxilares, e 
consequentemente à posição que torna o filme para 
cada região, torna-se necessário uma inclinação no 
tubo de raios-x para que não haja distorções do 
tamanho real da imagem. 
a) Ângulo Vertical 
É dado pelo movimento vertical do tubo de raios-x. 
torna-se. Torna-se necessário modificar o ângulo de 
cada região da arcada, para que o feixe central de 
raios-x dirijam-se perpendicularmente à bissetriz do 
ângulo formado pelo filme e o dente, levando-se em 
consideração: posição da cabeça do dente, altura da 
abóboda palatina e assolho de boca. 
b) Ângulo Horizontal 
É dado pelo movimento horizontal do tubo de raios-x. 
O feixe central de raios-x deve ser parelo às faces dos 
dentes para evitar a superposição das mesmas. 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
10 
 
 
7. Tempo de Exposição 
O tempo de exposição é fornecido pelo fabricante do 
filme, pois relaciona-se com a sensibilidade, kilovoltagem 
e miliamperagem utilizadas. 
8. Processamento do Filme 
Os filmes deverão ser processados seguindo-se as 
especificações e as tabelas fornecidas pelo fabricante 
do revelador e fixador. 
Técnica Interproximal 
 
Essa técnica foi idealizada por Raper em 1925. 
Também é conhecido como bite-wing ou asa de 
mordida. 
➯Indicação 
A técnica interproximal é indicada para registrar e 
avaliar espaços interproximais dos dentes posteriores, 
como: 
-Detecção de lesões cariosas das faces proximais; 
-Extensão de penetração das lesões cariosas; 
-Tamanho da câmara pulpar e relação da mesma com 
lesões cariosas; 
-Qualidade das restaurações; 
-Integridade marginal; 
-Cárie reincidente; 
-Excesso de material restaurador; 
-Existência de cálculo proximal; 
-Avaliar pontos de contato; 
-Avaliar osso alveolar; 
-Presença ou ausência de alterações destrutivas que 
possam envolver a crista e septo alveolar. 
Obs: não se usa essa técnica para os dentes anteriores 
pois pode-se identificar cáries com um bom exame 
clínico. 
➯Filmes utilizados 
a) Bite-Wing Posterior – 2,7x5,4cm 
b) Periapical adaptado – 3,2x4,1cm 
c) Bitw-Wing Pediátrico 
d) Bite-Wing Anterior – 2,4x3,2cm 
 
Figura 4 Filme periapical adaptado. 
Obs: a fixação do filme adaptado será através da 
mordida do paciente. 
Tanto faz o lado que estará o picote, desde que seja 
padronizado para todas as radiografias. 
➯Detalhes Técnicos 
1. Posição da Cabeça do Paciente 
Plano de Camper, linha que vai do trágus à asa do nariz 
na horizontal e Plano Sagital Mediano na perpendicular 
em relação ao solo. 
2. Divisão da Arcada Dentária 
a) Filme Bite-Wing: 2 radiografias, sendo uma pro lado 
esquerdo e outra pro lado direito. 
b) Filme Periapical Adaptado: 4 radiografias, sendo 2 
para cada lado. 
3. Colocação e Manutenção do Fiilme 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
11 
 
-Face ativa do filme voltada para o localizador; 
-A asa de mordida localizada na face ativa; 
-Coloca-se a asa de mordida sobre a oclusal dos dentes 
inferiores. O paciente deve morder para fixar o filme no 
local; 
O borda mesial do filme deve estar na mesial de um 
dente a frente. 
4. Pontos de Referência para Colocação do Localizador 
Externamente, a altura do ponto de entrada deverá ser 
coindicente com a comissura labial, que corresponde 
internamente ao ponto de oclusão. 
a) Filme Bite-Wing: molares e pré-molares 
simultaneamente. O ponto de referência será a 
vestibular do 1° Molar-Superior. 
b) Filme Periapical Adaptado: um filme para cada regiao. 
Molares: vestibular do 2° molar superior; Pré-Molares: 
distal do 2° Pré-Molar Superior. 
5. Ângulos de Incidência dos Raios-x 
Determina o tamanho da imagem do dente 
radiografado. 
a) Ângulo Vertical: é dado pelo movimento vertical do 
aparelho de raios-x, que é igual a 8° positivos na teoria, 
porém na prática 10° postivos. 
 
b) Ângulo Horizontal: é dado pelo movimento horizontal 
do tubo de raios-x. O feixe central dos raios-x deve ser 
paralelo às faces dos dentes para evitar sobreposição 
das mesmas. 
 
6. Tempo de Exposição 
O tempo de exposição é fornecido pelo fabricante do 
filme, pois relaciona-se com a sensibilidade, kilovoltagem 
e miliamperagem utilizadas. 
 
7. Processamento do Filme 
Depende do fabricante e técnica escolhida. 
Técnica Oclusal 
 
A técnica oclusal foi elaborada por Simpson em 1926. 
Geralmente é indicada como um exame complementar 
ao achados obtidos. 
➯Filme Oclusal 
5,7x7,5cm. 
➯Indicações 
Pacientes edêntulos; 
Raizes residuais; 
Dentes inclusos; 
Dentes supra numerários; 
Grandes áreas patológicas; 
Fraturas maxilares; 
Pesquisa de sialolitos; 
Estudo de fendas palatinas; 
Ortodontia. 
 
 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
12 
 
➯Tipos de radiografia oclusal 
a) Maxila 
-Oclusal total; 
-Oclusal dos dentes incisivos; 
-Oclusal dos dentes caninos; 
-Oclusal dos dentes pré-molares e molares; 
-Oclusal da região do assoalho dos seios-maxilares; 
-Oclusal da região para tuber. 
b) Mandíbula 
-Oclusal total; 
-Oclusal parcial; 
-Oclusal da região de sínfese. 
➯Detalhes Técnicos 
1. Posição da Cabeça 
a) Maxila 
Plano de Camper, linha que vai do trágus à asa do nariz 
na horizontal e Plano Sagital Mediano na perpendicular 
em relaçãoao solo. 
b) Mandíbula 
Trágus à comissura labial a 45° em relação ao solo. 
2. Colocação do Filme 
Colocamos uma das bordas do filme junto a comissura 
labial, e com o dedo indicador da outra mão, afastamo o 
outro lado da comissura, giramos o filme e introduzimos 
até onde permita o bordo anterior do ramo ascendente 
da mandíbula ou até ficar 2 a 2mm do filme para fora 
da boca. 
a) Tomadas Totais: o longo eixo maior do filme deve 
estar perndicular ao plano sagital mediano. 
b) Tomadas Parciais: o longo eixo maior deve estar 
paralelo ao Plano Sagital Mediano. 
3. Fixação do Filme 
a) Pacinentes dentados: simples oclusão. 
b) Pacientes edêntulos: 
-Maxila: polegar de ambas as mãos. 
-Mandíbula: dedos indicadores e médios de ambas as 
mãos. 
Obs: nas tomadas oclusais totais para tuber: mesmo 
com os dentes, a boca deverá estar aberta e a fixação 
feita com os polegares para que o processo coronóide 
não se interponha entre o feixe de raios-x e o tuber. 
4. Divisão da Arcada Dentária, Ângulos de Incidência dos 
Raios-x e Áreas de Incidência dos Raios-x 
 
 
Figura 6 Técnica oclusal para tomadas da maxila. 
 
Figura 7 Técnica oclusal para tomadas da mandíbula. 
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13 
 
Obs: na prática: para tomadas da maxila, os feixes 
devem estar direcionados para o meio do nariz; para 
tomadas da mandíbula, os feixes de raios-x devem estar 
perpendicular ao centro do assoalho de boca. 
5. Tempo de Exposição 
O tempo de exposição é fornecido pelo fabricante do 
filme. 
Obs: para oclusal de tuber, deve-se aplicar o dobro do 
tempo para compensar a grande quantidade de 
estrututas a serem atravessadas e a maior distância. 
➯Precauções 
Antes de radiografarmos o paciente, devemos remover 
apaelhos ortodônticos, próteses, óculos etc. 
Como Interpretar uma radiografia? 
 
 
 
 
 
Anatomia Radiográfica do Complexo 
Dento Maxilo-Mandibular 
A anatomia radiográfica é um substrato básico para 
compreendermos e interpretarmos radiografias para 
obtenção de diagnóstico e traçar um plano de 
tratamento. 
O objeto (dente, osso) radiografado apresenta um grau 
de absorção de acordo com a sua composição 
(espessura e densidade). Quando mais espesso, com 
maior número atômico e compacto, maior será a 
dificuldade dos feixes de raios-x para atravessá-lo e se 
o objeto for menos espesso, menos compacto, mais 
fácil será para os raios atravessá-los. 
➯Órgãos dentários e tecidos anexos 
Ordem decrescente de mais radiopacidade: 
-Esmalte; 
-Cortical alveolar (lâmina dura e crista alveolar); 
-Dentina e cemento; 
-Osso alveolar de suporte; 
-Câmara coronária e condutos radiculares; 
-Espaço ocupado pela membrana periodontal 
(ligamentos periodontais). 
 
 
 
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14 
 
Anatomia Radiográfica da Maxila 
➯Hâmulo Pterigóideo 
 
-Processo hamular, também chamado de gancho 
pterigóideo; 
-Apresenta-se na radiografia na região de molares 
superiores; 
-Asa interna da apófise pterigoide do osso esfenoide; 
-Imagem radiopaca; 
-Posterior a tuberosidade da maxila. 
➯Tuber da Maxila 
 
-Radiopacidade menor; 
-Osso com espaço medulares maiores; 
-Àrea menos resistente principalmente com extensão 
do seio maxilar; 
-Íntima relação com o 3° molar; 
-O movimento intempestivo pode levar à sua fratura. 
➯Processo Coronóide da Mandíbula 
-Imagem radiopaca; 
-Contornos nítidos, forma triangular; 
-Base inferior e vértice antero-superior geralmente 
superposto à tuberosidade da maxila e às vezes 
prejudicandp a interpretação radiográfica do 3° molar 
(sobrepõe o 3° molar); 
-Embora pertença à mandíbula, essa região anatômica 
só pode ser vista em radiografias periapicais da região 
de molares da maxila. 
➯Processo Zigomático da Maxila 
 
-Área de forte condensação óssea; 
-A maxila se articula com o osso zigomático, formando 
essa região anatômica; 
-Imagem radiopaca; 
-Se apresenta em forma de U ou V; 
-Está relacionado com os 1° e 2° molares superiores 
(em alguns casos sobrepõe as raízes do 1° molar 
superior, prejudicando a interpretação); 
➯Seios Maxilares 
 
-É o maior dos seios paranasais; 
-Tem proximidade com as raízes dos dentes; 
-Área radiolúcida; 
-Forma arredondada ou ovalada; 
-Possui contornos bem definidos por uma linha 
radiopaca que o limita; 
-Na forma normal vai do 2° pré-molar superior até o 2° 
molar superior; 
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15 
 
-Está em íntima relação com as raízes dos 1° e 2° 
molares. 
➯Extensão para o rebordo alveolar 
-Quando há a exodontia do 1° molar, a área passa a ser 
ocupada pelo seio maxilar; 
-Geralmente acontece quando o paciente perde o 
dente muito cedo; 
-Com o 1° molar presente, ocorre a extensão entre a 
trifurcação de suas raízes; 
-Em paciente edêntulos, a extensão pode constituir o 
próprio rebordo alveolar. 
➯Extensão para o tuber da maxila 
-Variabilidade de forma e erupação do 3° molar; 
-O tuber da maxila é contituídos por ossos menos 
resistentes; 
-A extensão debilita totalmente a região. 
➯Extensão para a região anterior 
-Pode atingir até o incisivo lateral; 
-Não é muito frequente. Quando ocorre, resulta em 
confusão no diagnóstico. 
Obs: o Y invertido de Ennis é formado pelo 
cruzamentoda imagem do assoalho da fossa nasal com 
a parede anterior do seio maxilar. 
 
Figura 8 Y Invertido de Ennis. 
 
 
➯Fossas Nasais 
 
-Localiza-se acima do ápice dos incisivos; 
-Duas imagens radiolúcidas, simétricas e separadas entre 
si por um traço radiopaco (septo nasal); 
-Maior ângulo vertical empregado; 
-Maior imagem das fossas nasais. 
➯Septo Nasal 
 
-Imagem de um traço radiopaco que separa as fossas 
nasais simétricamente; 
-Septo ósteocartilaginoso. 
➯Cornetos Nasais Inferiores 
 
-Duas estruturas radiopacas; 
-Apresetam-se lateralmente às áreas radiolúcidas das 
fossetas nasais. 
 
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16 
 
➯Espinha Nasal Anterior 
 
-Apresenta-se como uma crista radiopaca superposta 
ao forame incisivo por estar na linha mediana na 
direção do feixe de raios-x na tomada radiográfica 
periapical na região de incisivos. 
➯Canais Incisivos e Forame Incisivo 
 
-Iniciam o seu trajeto no assoalho da fossa nasal; 
-Na cavidade oral, os dois canais se unem abrindo-se 
entre os incisivos centrais, no forame incisivo. 
-O forame incisivo surge entre os incisivos centrais 
como uma imagem radiolúcida de forma oval; 
-Não é muito comum aparecer; 
-Dependendo da angulagem que fora utilizada, o forame 
pode se apresentar no final da raiz do incisivo lateral 
podendo ser confundido com uma lesão periapical 
(granuloma ou cisto radicular periapical). 
 
 
 
 
➯Sutura Intermaxilar 
 
-Linha radiolúcida entre os incisivos centrais; 
-Jamais deverá ser confundida com o traço de fratura; 
-Bem mais visível em pacientes jovens, pois a medida 
que envelhecemos, ela se fecha. 
Anatomia Radiográfica da Mandíbula 
➯Linha Obliqua 
 
Figura 9 Linha Obliqua Externa Figura 10 Linha Obliqua Interna. 
-Fortemente radiopaca; 
-Cruza os dois últimos molares inferiores ao nível do 
terço médio ou terço cervical; 
-Linha de reforço e dissipação de esforços da 
mandíbula. 
➯Linha Milohióidea 
-Linha radiopaca; 
-Cruza os ápices dos molares inferiores ou passa abaixo 
deles; 
-Atravessa o ramo da mandíbula diagonalmente na sua 
face interna. 
 
 
http://2.bp.blogspot.com/-NoP6Oi6UbDY/Um8S_xudgxI/AAAAAAAABss/2p_JA4wAgqY/s1600/31+-+L%C3%ADnha+Obliqua+Externa.png
http://3.bp.blogspot.com/--W6_sv-LEL8/Um8T7PEBZrI/AAAAAAAABs8/2eMxam_gVB4/s1600/Linha+Obl%C3%ADqua+Interna.png
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17 
 
➯Canal Mandibular 
 
-Incia-se no forame mandibular, na sua face medial; 
-Percorre em direção anterior passando pelo terço 
inferior do corpo da mandíbula; 
-Sofre uma ascensão na região de pré-molares 
abrindo-se no forame mental;-Apresenta-se como um traço radiolúcido limitado por 
duas linhas radiopacas que saõ suas paredes. 
➯Canal Incisivo 
-Localiza-se ao nível da região de pré-molares; 
-O canal sofre uma bifurcação, dirigindo-se ao forame 
mentual e continuando para a região anterior com o 
nome de canal incisivo nos dentes anteriores. 
➯Forame Mentoniano 
 
-Área de radiolucidez variável, formas e limites 
imprecisos; 
-Área circular ou elíptica de cerca de 3mm de 
diâmetro; 
-Reparo anatômico que traz maiores erros de 
interpretação: quando confundido com lesão observar a 
integridade da lâmina dura; 
-Modificar o ângulo horizontal empregado: se a imagem 
radiolúcida permanecer junto ao periápice será uma 
lesão. 
➯Base da Mandíbula 
 
-Linha radiopaca; 
-Aparece em função da grande reabsorção do rebordo 
alveolar (pequeno) ou devido maior aprofundamento do 
filme, ou até mesmo excesso do ângulo vertical 
empregado. 
➯Tubérculos Geni e Foramina Lingual 
 
Figura 11 Foramina Lingual. Figura 12 Tubérculo de Geni 
-Anel radiopaco com um ponto radiolúcido no meio; 
-Linha mediana abaixo dos ápices dos incisivos centrais 
inferiores; 
-Apresenta duas saliências ósseas; 
-No anel radiopaco estão inseridos os músculos genio-
hióideo e genioglosso e também o ponto radiolúcido, 
orifício de entrada de um ramo da artéria lingual. 
 
 
 
 
 
http://4.bp.blogspot.com/-69sRDjqbudc/Um8SriE91BI/AAAAAAAABsU/QIkP3vi0ePA/s1600/27+-+Canal+Mandibular.png
http://3.bp.blogspot.com/-NPpGi3qkEnM/Um8S3j70U4I/AAAAAAAABsk/ciQoTQFWypk/s1600/29+-+Forame+Mentoniano.png
http://3.bp.blogspot.com/-dRiu-UtSl-M/Um8R90xErsI/AAAAAAAABrs/mkbsBZKTB9w/s1600/22+-+Base+da+Mand%C3%ADbula.png
http://2.bp.blogspot.com/-URQQBfJkuNQ/Um8SESF5DxI/AAAAAAAABr0/6LG9sJSJxug/s1600/24+-+Foramina+Lingual.png
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18 
 
➯Protuberância Mentoniana 
 
-Área de condensação óssea da mandíbula; 
-Abaixo dos ápices da região de incisivos; 
-Dois traços de radiopacidade variada; 
-Possui o formato de um acento circunflexo. 
Anomalias Dentárias e Maxilares 
Anomalias são distúrbios de crescimento ou 
desenvolvimento nas estruturas anatômicas causando 
desvio do normal. 
Na cavidade oral, a maioria das anomalias são aquelas 
que afetam os dentes. 
As anomalias podem ter origem hereditária, congênita 
ou adquirida. 
Anomalias de Forma 
➯Macrodontia 
 
Dentes com volume maior do que o normal. 
É encontrado apenas em pacientes portadores de 
gigantismo hipofisário. Comum aos elementos 11 e 21. 
 
➯Microdontia 
 
Dentes com o volume menor do que o normal. 
Encontrado apenas em pacientes portadores de 
nanismo hipofisário. 
 
➯Geminação 
 
Anomalia em que o dente apresente uma coroa dupla 
e um só conduto radicular. Comum aos elementos 11 e 
21. 
➯Fusão 
 
Apresenta dois condutos radiculares e duas raízes 
fundidas entre si, podendo atingir a dentição 
permanente e decídua. 
 
http://3.bp.blogspot.com/-BnOzSK7iSiI/Um8SY8TAywI/AAAAAAAABsE/BF0zbnjyviU/s1600/26+-+Protuber%C3%A2ncia+Mentoniana.png
http://www.scielo.br/img/revistas/bdj/v13n2/2a12f5.gif
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19 
 
➯Dens in Dente ou Dens Invaginatus 
 
Invaginação discreta ou acentuada da porção coronária 
ou radicular, podendo causar deformação na coroa 
(conoidismo) ou na raiz (encurtamento). 
➯Dentes de Hutchinson 
 
É uma anomalia congênita como aos elementos 11 e 21. 
A porção cerical da coroa é mais larga que o bordo 
incisal, dando uma forma semelhante a de chave de 
fenda. 
Altamente sugestiva de sifilis congênita. 
➯Taurodontismo 
 
Distúrbio hereditário com câmara pulpar extremamente 
grande e raízes pequenas. 
 
 
➯Dilaceração 
 
Caracteriza-se por um ângulo ou curvatura brusca na 
coroa ou na raiz do dente. 
 
Anomalias de Número 
➯Dentes Supranumerários e Acessórios 
 
É o excesso de número de dentes tanto na dentição 
decídua quanto permanente. 
Os dentes supranumerários possuem a forma 
anatômica igual à dos permanentes/decíduos, já os 
acessórios, não. 
http://www.odontoblogia.com.br/wp-content/uploads/2011/06/taurodontia-taurodontismo-rx.jpg
http://4.bp.blogspot.com/-XLvYUOu_TPw/Td4ifclETpI/AAAAAAAAAZs/gdfCxkEGRqU/s1600/fratura+de+c%25C3%25B4ndilo%252C+cisto+periodontal+apical%252C+hipercementose+e+dilacera%25C3%25A7%25C3%25A3o+radicular+4.JPG
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20 
 
 
➯Anodontia 
 
Ausência de um ou mais elementos dentários 
radiograficamente comprovada. 
Pode ser total ou parcial, falsa ou verdadeira. 
 
➯Mesiodens 
 
São supranumerários localizados na região anterior da 
maxila, entre os incisivos centrais, com proporções 
reduzidas podendo estar retidos, impedindo então a 
erupção dos dentes permanentes. Comum aos 
elementos 11 e 21. 
 
➯Raízes Suplementares 
 
Só podem ser dectadas através do exame radiográfico. 
Sua detecção é importante nos tratamentos 
endodônticos e cirurgias. 
Maior incidência nos molares infeiores. 
➯Displasia Ectodérmica 
 
É um distúrbio hereditário de origem ectodérmica. 
Caracteriza-se pela ausência total ou parcial de glândulas 
sudoríparas, pêlos bastante reduzidos e pele seca, lisa e 
fina, além de anotdontia parcial ou total e más oclusões 
frequentes. 
Anomalias de Erupção 
➯ Dente retido X dente impactado 
a) Dente retido: dente não erupacionado por falta de 
força eruptiva. Rizogênese oncompleta. 
b) Dente impactado: dente impossibilidado de erupcionar 
devido à uma barreira física (outro dente, por exemplo). 
➯Concrescência 
 
Anomalia em que os dentes se unem pelo cemento. 
 
Hurian Machado – Odontologia UNIG 
 
21 
 
 
➯Giroversão 
 
O dente sofre uma rotação em torno do seu longo 
eixo com inversão das faces. 
➯Vestíbulo e Linguoversão 
Deslocamento do dente de sua posição normal para a 
vestibular ou lingual/palatina ou da lingua/palatina para 
vestibular. 
➯Transposição Dentária 
 
Quando o dente erupciona fora de seu local habitual, 
mas dentro do arco dentário. 
 
➯Dentição Pré-Decídua ou Permanente 
Finas camadas de esmalte e dentina presa ao rebordo 
gengival com grande mobilidade. 
Apaecendo no nascimento são chamados de natais e 
aparecendo no 1° mês, neo-natais. 
➯Tranmigração Dentárias 
 
Quando o dente erupciona fora do processo alveolar. 
Anomalias da Maxilofaciais 
➯Fenda Palatina 
A fenda palatina é proveniente de um defeito na fusão 
das lâminas palatinas do processo maxilar. 
 
♡FIM♡ 
Referências 
Material de apoio cedido pelo professor. 
Recado para você que adquiriu essa apostila: 
Caso tenha alguma dúvida, entre em contato comigo 
ou tire essa dúvida com algum professor. Talvez possa 
ter coisas diferentes da forma que você aprendeu, mas 
isso não quer dizer necessariamente que eu ou você 
estejamos errados. Professores e autores têm 
diferentes pontos de vista as vezes. Essa apostila não 
pode ser vendida por terceiros e nem plagiada. Plágio é 
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwimq-SehbLjAhVOGLkGHVRLBikQjRx6BAgBEAQ&url=http%3A%2F%2Fwww.spemd.pt%2Fimagens%2Fposter_id1370.pdf&psig=AOvVaw1g8SLj2nAn0OH72giNmzB_&ust=1563112281365717
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwiZyvbJhbLjAhWjGLkGHebECZoQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fwww.opas.org.br%2Ffenda-palatina-labio-leporino-o-que-e-causas-e-tratamento%2F&psig=AOvVaw18qR5EFcaskzez6LoG2rX2&ust=1563112385724947
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crime de violação aos direitos autorais no Art. 184. 
Obrigado e bons estudos! 😊 
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