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PARA VOCÊ QUE QUER SER UM LÍDER

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A 
 PRÓLOGO 
 
 Em cada época Deus tem confiado a homens e mulheres de talento e 
devoção, graves responsabilidades em conexão com Sua Igreja na Terra. Liderados 
por Cristo, a cabeça invisível da Igreja, homens e mulheres consagrados têm dado 
vida e direção à causa de Deus. Têm servido a esta causa com incansável energia e 
fé. 
 A ordem divina realizada pelos líderes espirituais através dos conselhos das 
Escrituras e do Espírito de Profecia, tem sido desde o começo uma parte integrante 
da Igreja Adventista. O modelo de organização idealizado e as qualidades exigidas 
de liderança, têm resistido à prova do tempo. Agora que as nossas atividades têm-se 
estendido até os confins da Terra, com a ameaça de divisão e fragmentação de 
esforços marchando ousadamente ao lado da igreja, há a necessidade de fortalecer, e 
não debilitar, a estrutura da igreja. Há necessidade de promover, não desencorajar, 
qualidades de verdadeira liderança. Há necessidade de preparar obreiros de Deus na 
arte e na ciência da verdadeira liderança evangélica. 
 O autor de ENTÃO VOCÊ QUER SER UM LÍDER, escreve respaldado por 
uma grande experiência como obreiro na vinha de Deus. 
 Depois de entrar no ministério evangélico em 1933 como pastor e 
evangelistas na Associação de GEORGIA - CUMBERLAND, Robert H. Pierson 
imediatamente compartilhou com outros o seu zelo pela salvação de almas, 
participando na liderança das atividades de obreiros voluntários. Pouco depois, em 
1935, a Divisão Sul Asiática, o chamou para servir como pastor e diretor das 
atividades leigas na União Ocidental Indiana, onde permaneceu até 1939. Contudo, 
sua habilidade para selecionar pessoas, treiná-las e inspirá-las a alcançar novas 
realizações para Cristo se tornou mais evidente, quando posteriormente (até 1942), 
serviu como presidente da União Sul Indiana. 
 
 
 
 B 
 Depois de servir durante a guerra como pastor em Washington, D. C., e 
rádio-evangelismo na cidade de Nova York, no meado da década de 40, foi 
promovido a um posto administrativo de maior responsabilidade nas Uniões das 
Índias ocidentais e do Caribe, que estavam em rápida expansão, onde serviu até 
1950. Daí a assembléia da Associação Geral o chamou para ser presidente da 
Divisão Sul Asiática. 
 A seguir veio um intervalo de quatro anos de trabalho em sua terra natal 
como presidente da Associação, primeiro de KENTUCKY-TENNESSEE e depois 
TEXAS. Em 1958 voltou ao campo missionário como presidente da Divisão 
Transafricana. 
 Através dos anos o pastor Pierson tem praticado os princípios aqui 
estabelecidos. Seus conceitos emanam da fonte de sua própria liderança capaz e 
consagrada. Aqui, neste livro, ele partilha o talento da liderança que cresceu de uma 
estreita comunhão com o Mestre dos homens, 
 
 WALTER R. BEACH. 
 
 
 
 
 
 
 
 NOTA DO AUTOR 
 PARA VOCÊ QUE QUER SER UM LÍDER, não é um livro que se refere 
aos aspectos mecânicos e estatísticos da administração denominacional. Porém, é um 
enfoque espiritual, humano e promocional das qualidades dos líderes e 
 
 
 
 C 
administradores em todos os níveis da igreja local em Prakasapuramà Associação 
Geral, em Washington. 
 Apenas uma palavra: Por favor, não procure identificar os ministros ou 
dirigentes mencionados em minhas ilustrações. Qualquer tentativa de identificação, 
provavelmente será um equívoco. Exceto nos casos em que se utiliza os nomes dos 
líderes bem conhecidos, a maioria dos personagens são camuflados com nomes 
coloridos como Brown, Blue, White, Black, e outros nomes fictícios. O material 
deste livro foi reunido num processo de colecionamento por mais de um quarto de 
século e foi extraído de muitos diferentes países. 
 Se o leitor encontras, nas páginas deste livro, alguns pensamentos que o 
ajudem a aprofundar a sua devoção pela causa do advento e inspirar-lhe maior zelo 
pela terminação da obra de Deus em todo o mundo, os anos gastos na preparação 
deste material não terão sido em vão. 
 R. H. P. 
 
 CAPÍTULO I 
 POR QUE A IGREJA NECESSITA DE LÍDERES? 
 
 "Procura-se... homens capazes, 
tementes a Deus... põe-nos so- 
 bre eles por chefes de mil, che- 
 fes de cem, chefes de cinqüenta, 
 e chefes de dez" (Ex. 18:21). 
 
 O Congo recebeu a sua liberdade com um ato de vingança! Dentro de poucas 
horas depois que a Bélgica outorgou a soberania a sua populosa colônia da África 
Central, estourou a anarquia. Tropas amotinadas, providas de armas modernas, se 
 
 
 
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lançaram cegamente à luta. A cerveja e o sangue fluíram abundantemente. Pessoas 
de todas as raças sofreram. 
 Missionários, sitiados e ameaçados, foram apanhados num turbilhão de 
terror. Centenas destas vítimas finalmente se salvaram destas áreas turbulentas pela 
força aérea norte-americana. Muitos deles chegaram a Salisbury, Rodéi do Sul, 
unicamente com a roupa do corpo. Seus lares foram saqueados. Dinheiro, mobílias, 
roupas, bens pessoais - e praticamente tudo que possuiam - foram destruídos ou 
roubados. 
 Alguns desses missionários refugiados, voluntários de Deus, não tinham uma 
organização missionária para sustentá-los no campo, e nenhum membro de igreja 
para ajudá-los. Não tinham nenhuma idéia de onde ir a busca de abrigo e cuidado. O 
futuro era escuro e incerto. Posteriormente, muitos regressaram aos seus países de 
origem, deixando obra de suas respectivas missões numa condição precária. 
 Os missionários adventistas enfrentaram as condições com perspectivas mais 
esperançosas. Sabiam que seus amigos estariam esperando-os no aeroporto. Tinham 
confiança em Deus e na organização de sua igreja. Sabiam que "os irmãos" lhes 
proporcionariam o necessário de imediato e ajudariam a planejar o futuro. O trabalho 
das missões, que abandonaram, estava nas mãos de africanos capazes, de acordo com 
um plano preestabelecidos. 
 "Graças a Deus pela organização de nossa Igreja", repetiam muitas vezes os 
nossos obreiros.”Quão agradecidos estamos por uma igreja que conta com um 
sistema estabelecido funcionamento". 
 Esta organização, nascida pelo Espírito Santo, estava capacitada a socorrer 
os seus obreiros desvalidos numa situação de desastre. Dirigentes responsáveis 
tinham estabelecido planos para uma possível emergência. Durante os dias de 
incerteza e tensão que precederam à conflagração, foram feitos contatos com os 
diferentes níveis de administração. Os planos de emergência foram executados com 
toda a eficácia permitida pelos meios primitivos da comunicação. Os obreiros 
sabiam aonde deveriam ir, Foram orientados consoante ao melhor meio e rota a 
seguir para alcançar o seu destino. Arranjos foram feitos para quando chegassem. 
 
 
 
 E 
Uma organização abençoada por Deus fez planos, tinha o pessoal e fundos 
disponíveis para enfrentar a crise. 
 Isto ocorre repetidamente, à medida que se apresentam situações críticas em 
distintas partes do mundo. Cada membro e obreiro que milita no movimento 
adventista poderá dizer: “Graças a Deus pela organização de nossa igreja". 
 Contudo a função primordial da administração adventista consiste em 
proporcionar planos e regulamentos que asseguram o bem-estar e o crescimento da 
igreja sob condições normais. Em tempo de paz também podemos dizer, “Graças a 
Deus pela organização de nossa igreja". 
 Um ministro de uma outra denominação visitou a dois dirigentes de nossa 
associação na África do sul, para tratar da aquisição deum templo localizado no 
centro de Johannesburg. Tínhamos interesse em vendê-lo a fim de mudarmos para 
uma zona menos congestionada. 
 O Sr. Blank se agradou de nossa propriedade. Estava muito bem localizada 
para o propósito que queria. Tinha as dimensões adequadas. Era justamente o que 
desejava. Mesmo o preço era conveniente. Porém, tinha um problema: a obtenção de 
fundos. 
 "Vocês compreendam", explicou o Sr. Blank, " não tenho nenhuma junta 
missionária nos Estados Unidos para que me envie os fundos". 
 "Como vocês reúnem os recursos necessários para levar avante os seus 
projetos?" Pergunto-lhe o Pastor Coetzee. 
 "Escrevo cartas aos meus amigos de minha Terra", replicou o ministro. 
“Também escrevo artigos para vários periódicos norte-americanos, explicando as 
necessidades das minhas congregações. Espero e oro que os membros de minha terra 
natal leiam os meus artigos, e que me enviem o dinheiro, possibilitando levar avante 
o meu trabalho". 
 Não quero diminuir a importância deste método de "escrever e esperar". 
Seria bom que os adventistas aprendessem lições de confiança em Deus, mantendo 
uma missão de fé, baseadas em amigos. Contudo, pessoalmente, agradeço a Deus 
por uma organização eficaz, através da qual Ele trabalha, suprindo os obreiros e 
 
 
 
 F 
fundos, planos e regulamentos, que permitem levar avante a Sua obra às terras 
distantes. 
 Esta organização é adaptável às necessidades do trabalho em todas as partes 
do mundo. Funciona suavemente nas grandes conferências e instituições complexas 
da América. Serve adequadamente à causa nos pujantes campos missionários, onde 
abundam intermináveis problemas. 
 Uma Organização Estabelecida Por Deus 
 Nas margens do Rio Quebar o profeta Ezequiel recebeu uma visão dos céus 
abertos. Contemplou um cena de deslumbrante esplendor - "visões de Deus" (Ez. 
1:1). Viu majestosas criaturas viventes no meio de brasas candentes, relâmpagos e 
rodas dentro de rodas ( Ez. 1:5-16). 
 Quando a mensageira do Senhor descreve a " organização de Deus", refere-
se à visão de Ezequiel. "Para o profeta, uma roda dentro da outra, a aparência de 
criaturas vivas com elas relacionadas, parecia tudo intrincado e inexplicável. Mas a 
mão da sabedoria infinita é vista entre as rodas e o resultado de sua operação é a 
perfeita ordem. Cada roda trabalha em perfeita harmonia com todas as outras" (T.M., 
p. 213). 
 "Estou certa de que o Senhor operou a organização que tem sido 
aperfeiçoada", (Fundamentos da Educação Cristã, p. 254). "O Senhor deu 
testemunho após testemunho a tal respeito" (T.M., p. 26). Este "sistema de 
organização... foi edificado por um labor sábio e cuidadoso" (Testimonies, vol. 9, p. 
258). 
 "Ninguém acaricie o pensamento de que podemos dispensar a organização. 
A ereção desta estrutura custou-nos muito estudo e orações em que rogávamos 
sabedoria, e às quais sabemos que Deus ouviu. Foi a mesma edificada por Sua 
direção, por meio de muito sacrifício e contrariedades" (T.M., p.p. 27 e 28). 
 A organização na Igreja Adventista do Sétimo Dia foi idealizada de acordo 
com a ordem dada por Deus a Seu povo nos dias do Êxodo. “O governo de Israel 
caracterizou-se pela organização mais completa, maravilhosa tanto pelo seu 
acabamento como pela sua simplicidade. A ordem, tão admiravelmente ostentada na 
 
 
 
 G 
perfeição e arranjo de todas as obras criadas de Deus, era manifesta na economia 
hebréia” (P.P. p. 589). 
 A organização de Israel nasceu por necessidade nos dias de Moisés. Este 
líder de Deus estava sobrecarregado com os problemas no movimento do Êxodo 
"desde de manhã até o pôr do sol" (Êx. 18:13). 
 Que é isto que fazes ao povo? Por que te assentas só e todo o povo está em 
pé diante de ti...? "Perguntou Jetro, o sogro de Moisés". 
 "É porque o povo me vem a mim para consultar a Deus; quando têm alguma 
questão vem a mim, para que eu julgue entre um e outro, e lhes declare os estatutos 
de Deus e as suas leis" (Êx. 18:14-16). 
 "Não é bom o que fazes", advertiu-lhe Jetro. "Tu, como este povo que está 
contigo, desfalecerás; pois isto é pesado demais para ti; tu só não o podes fazer" (Êx. 
18:17, 18). 
 Logo, Jetro esboçou um sistema de delegar autoridade, que tem sido útil ao 
povo de Deus até o presente momento. "Procura, dentre o povo, homens capazes, 
tementes a Deus homens de verdade, que aborreçam a avareza; põe-nos sobre eles 
por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta, e chefes de dez, para que 
julguem este povo em todo tempo. Toda causa grave trarão a ti, mas toda causa 
pequena eles mesmos julgarão; será assim mais fácil para ti, e eles levarão a carga 
contigo" (Êx. 18: 21, 22). 
 "Moisés desempenhava o papel de seu chefe visível, em virtude de indicação 
divina, a fim de administrar as leis em Seu nome. Dos anciãos das tribos foi mais 
tarde escolhido um concílio de setenta, para auxiliar a Moisés nos negócios gerais da 
nação. Vinham em seguida os sacerdotes, que consultavam o Senhor no Santuário. 
Chefes ou príncipes governavam as tribos. Abaixo destes, estavam os capitães de 
milhares, capitães de cem, capitães de cinqüenta, e capitães de dez;, e por último, 
oficiais que poderiam ser empregados no desempenho de deveres especiais (P.P., 
p.389). 
 Paulo nos diz que no tempo do Novo Testamento a igreja primitiva adotou 
semelhantemente um sábio sistema de organização. O próprio Cristo, o Cabeça da 
 
 
 
 H 
igreja, " colocou cada um deles no corpo, como lhe aprouve" (I. Cor. 12:18). Com o 
fim de promover os diferentes aspectos do programa da igreja, Cristo dotou os 
homens com dons e talentos, constituindo uma organização, encarregada de 
proclamar Seu evangelho" a cada nação, e tribo, e língua e povo" (Apoc. 14:6). 
 "Ora os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há 
diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo" (I. Cor. 12:4, 5). " Ora, vós sois 
corpo de Cristo, e, individualmente, membros desse corpo. A uns estabeleceu Deus 
na Igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar 
mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, 
variedades de línguas" (I. Cor. 12:27, 28). 
 De maneira que as rodas dentro das outras rodas, as quais Deus tem 
designado para servir como um veículo de ordem na Sua Igreja, devem girar 
suavemente, devendo a função de uma complementar a função de outra. 
 Organização da Última Igreja de Deus 
 Nos primeiros dias do movimento Adventista, nossos pais espirituais não se 
convenceram facilmente acerca das bençãos de ter uma organização. 
 "À medida que aumentava nosso número", escreveu Ellen G. White, " 
evidenciava-se que sem uma forma de organização, se produziria uma grande 
confusão, e a obra não seria levada com êxito... Porém, existia um sentimento 
contrário muito forte entre nosso povo. Os adventistas do Primeiro Dia se opuseram 
à organização, e a maioria dos Adventistas do Sétimo Dia tinham as mesmas idéias. 
Buscamos o Senhor com fervorosa oração, a fim de que pudéssemos compreender a 
Suam vontade, e a luz foi dada pelo Seu Espírito, de que deverá haver ordem e 
completa disciplina na igreja, e que a organização era essencial" (General 
Conference Bulletin, Jan. 29,30, 1893). 
 Na igreja remanescente de Deus, há seus dez, seus cinqüenta, seus cem e 
seus mil. A primeira unidade de organização no sistema Adventista é a Igreja local. 
Quando um grupo de interessados da verdade aceita a mensagem adventista e é 
batizado, arranjos são feitos com a associação, para organizá-los numa igreja local. 
 
 
 
 I 
 A segunda unidade na organização da igreja é a associação local ou missão. 
Em alguns países, a expressão missãonão tem boa reputação, porque é associada ao 
comunismo. Em tais países se utilizam as expressões "campo" ou "seção" ou algum 
outro termo apropriado. 
 Uma associação ou missão local é um agrupamento de igrejas num estado, 
província, ou território local". (Church Manual - 1963 ed. - p. 44). Atualmente, há 
cerca de aproximadamente quatrocentas associações e missões locais ao redor do 
mundo. Cada uma é administrada por líderes e uma comissão. Associados com eles e 
com funções importantes, há departamentais, pastores, evangelistas, professores, 
colportores, funcionários de escritórios e instituições. 
 A terceira unidade de organização da igreja é a união-associação ou união-
missão. A "união" é "um agrupamento de associações ou missões dentro de um 
território maior" (Idem). É administrada por dirigentes e departamentais e outros, 
em forma muito semelhante à requerida por uma associação e missão local. 
Nalgumas uniões, há missões e associações dentro do seu território. Por exemplo, a 
União Sul-Africana tem quatro associações locais e sete missões. 
 A quarta unidade da administração Adventista é a divisão. Na realidade, uma 
divisão é uma secção da Associação Geral, abrangendo associações e missões locais 
e uniões-associações ou uniões-missões numa grande área do campo mundial" 
(Idem). 
 Treze destas divisões administrativas constituem a igreja em todo o campo 
mundial. Pouco se sabe a respeito do trabalho em duas destas divisões, por causa das 
condições políticas reinantes. Porém, ouve-se de vez em quando indicações de que o 
Senhor tem cuidado de Seus filhos, e que os dirigentes nacionais estão fazendo seu 
melhor, não somente para sustentar a obra, mas, também, para pregar a mensagem do 
advento. 
 A quinta unidade da administração de nossa igreja é, naturalmente, a 
Associação Geral, " que é o corpo geral que abarca todas as partes do mundo" 
(Idem). O manual da igreja apresenta o seguinte, consoante à posição da 
Administração Geral no programa mundial da igreja: 
 
 
 
 J 
 "A Associação Geral... está autorizada por sua constituição a criar 
organizações subordinadas para promover interesses específicos em várias regiões 
do mundo; compreende-se, pois, que todas as organizações e instituições 
subordinadas em todo o mundo, reconheçam a Associação Geral em assembléia, e a 
Comissão Executiva no intervalo das assembléias, como a mais alta autoridade, 
abaixo de Deus, entre os homens"(Idem, p. 45). 
 A mensageira do Senhor diz-nos também que a Associação Geral é a mais 
alta autoridade da Igreja em todo o mundo: " Foi-me mostrado que nenhum homem 
deve render-se ao juízo de qualquer outro homem. Mas quando é exercido o juízo da 
Associação Geral, que é a mais alta autoridade que Deus tem sobre a Terra, a 
independência e juízo individuais não devem ser mantido, mas renunciados" 
(Testimonies, Vol. 3, p. 492). 
 Necessidade de Líderes 
 Talvez você já tenha ouvido a história de Samuel e os vespões. Samuel e seu 
amigo dirigiam despreocupadamente seus cavalos por uma estada de campina. De 
vez em quando, o jovem cavaleiro chicoteava os arbustos, jogando folhas pelo chão. 
Ao longo do caminho passaram perigosamente perto de um ninho de vespões que se 
dependurava numa das árvores. 
 "Porque você não bateu naqueles vespões, Samuel?" - Gracejou o amigo. 
 "Não Senhor!" Replicou Samuel. "Eu não! Estes vespões são organizados!" 
 Samuel conhecia muito bem a eficácia da organização. O mesmo ocorre com 
a igreja remanescente de Deus. Organização cuidadosa mais líderes consagrados 
contribuirão para ganhar e conservar almas. 
 "Uma massa de homens sem organização é uma plebe". Este mesmo grupo 
de homens devidamente organizados e com uma liderança capaz pode ser convertido 
numa força eficaz para a luta ou para uma indústria próspera. No caso do movimento 
Adventista, poderia muito bem apressar ou retardar o cumprimento da tarefa dada 
por Deus, e o retorno de nosso Senhor. 
 Os cinco diferentes níveis de administração da Igreja Adventista, como 
detalhado acima, requerem liderança. Aqui é onde você pode compartilhar. 
 
 
 
 K 
 Milhares de igrejas Adventistas do Sétimo Dia, espalhadas através do 
mundo, necessitam de líderes. Estas unidades funcionarão eficazmente para Deus 
quando tiverem um "staff" de anciãos, diáconos, diaconisas, secretários, tesoureiros, 
diretores missionários, diretores de Escola Sabatina e Sociedade dos Jovens, e outros 
consagrados dirigentes. Pense no desafio que representa a direção de todas essas 
igrejas. Somente na primeira unidade Administrativa, a igreja mundial possivelmente 
precisa de mais de 150.000 líderes. Precisamos saber o que Deus espera dos líderes 
da Sua Igreja remanescente. Precisamos saber com exercer uma direção eficaz para 
estas horas finais da história. 
 Com cerca de 500 uniões, associações e missões locais, através do mundo, 
que requerem administradores e diretores, departamentais e milhares de pastores, 
mestres e outros líderes, pense qual deveria ser a demanda de sua liderança 
denominacional! 
 E isto não é tudo. A Associação Geral e mais de 700 instituições médicas, 
educacionais, publicações em diferentes terras, também necessitam de líderes e 
obreiros dedicados. 
 Que desafio! Reune você as condições necessárias de um líder? 
Provavelmente saberá melhor após ler o próximo capítulo deste livro. 
 
 CAPITULO II 
 VOCÊ TEM AS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS? 
 
 "O que... vistes em mim, is- so 
praticai". (Fp. 4:9). 
 
 Ele é um dínamo humano. Cada dia que passo ele a minha vida se enriquece. 
Meus horizontes se ampliam. Estimula meu pensamento. Faz-me querer ser um 
homem maior e melhor - e desejar terminar rapidamente a obra de Deus. 
 
 
 
 L 
 Meu amigo é um verdadeiro líder, porque o verdadeiro líder sempre afeta 
desta maneira os seus associados. Inspiram e estimulam as pessoas. A mensageira do 
Senhor explicou isto corretamente quando escreveu: " O povo refletirá em alto grau 
o espírito manifestado pelo dirigente" (S.C., p. 177). O espírito do verdadeiro líder é 
contagioso. Prontamente todos os que o rodeiam compartilham de seu pesar e do 
seu entusiasmo. O grupo está desejoso de segui-lo, de fazer dos seus sonhos o seu 
próprio sonho, de afastar as barreiras que bloqueiam sua passagem para as estrelas. 
 Os homens são mais importantes do que os métodos, mais essenciais do que 
os planos e praxes. O êxito de qualquer organização ou projeto depende mais do 
fator humano do que orçamento ou qualquer outro fator. Se uma associação, um 
campo, ou uma instituição conta com tal líder, crescerá e se desenvolverá a despeito 
de obstáculos ou problemas. 
 Então você quer ser um líder? Ótimo, que bom, mas você tem as condições 
necessárias? Vamos contemplar-nos a nós mesmos! 
 
 Um Verdadeiro Líder Cristão é um homem Espiritual 
 Nunca encontrei uma pessoa semelhante ao Dr. Green. É um bom homem, 
um dos melhores cristãos que já conheci. De fato, é tão bom que o povo tem se 
aproveitado dele. 
 O Dr. Green aceitava literalmente as palavras de nosso Senhor: "Quem tiver 
duas túnicas, reparta com quem não tem" (Lc. 3:11). Tenho-o visto compartilhar 
desta maneira sem hesitar com pessoas menos afortunadas que ele. 
 Às vezes tenho pensado que o doutor pertencia mais a outro mundo do que 
ao nosso. Na realidade ele era um homem espiritual, um homem de Deus. 
 O Senhor uso a homens como o meu amigo médico, eu creio, para relembrar-
nos de que não devemos esquecer o lado espiritual de nossa liderança. Pode ser que 
nem todos somos tirados da mesma peça de tecido que ele, todavia, cada verdadeirolíder cristão deve ser espiritual. 
 Que quero dizer com espiritual? 
 
 
 
 M 
 Noé era um líder espiritual. Não era um visionário. Não era acomodado. Ele 
era um administrador de primeira classe. Foi responsável pelo maior contrato de 
construção do mundo antigo. Era um líder de homens e animais. Era um homem de 
profunda percepção espiritual." Noé andava com Deus" (Gên. 6:9). 
 Isto foi cerca de 4.000 anos atrás. Que podemos dizer dos homens na era 
espacial? 
 O pastor Blank passou o fim de semana na escola da missão. Ao se despedir, 
ele e sua esposa, ele apertou calorosamente a mão do diretor. 
 "Podemos ter uma palavra de oração antes de nos retirarmos?" Ele 
perguntou. 
 Quando se levantaram dos seus joelhos havia lágrimas nos olhos do diretor. 
"Pastor", ele disse, possivelmente ficará surpreso que já faz aproximadamente trinta 
anos que estou em campo missionário, e esta é a segunda vez que um de nossos 
irmãos visitantes ora conosco. certamente isto significa muito para nós". 
 Orar com um obreiro uma vez não faz dele um líder espiritual, porém, um 
líder espiritual formará o hábito de orar com os seus obreiros ou membros por onde 
ele for. 
 Um líder espiritual faz de Jesus o seu modelo. Aprende do Salvador o poder 
da bondade e a magia da compreensão. Nunca encontra no Mestre nenhum traço de 
aspereza ou descortesia, e com a Sua ajuda o líder espiritual já livrou sua própria 
vida dos aspectos anticristãos. Como seu mestre, o líder espiritual enfoca os seus 
problemas com um espírito de amor e na semelhança de Cristo. Não é de se admirar 
que os outros o amem, o busquem para conselho e oração. 
 A pessoa não se torna um líder espiritual por nascimento, nem por classe 
social, nem por educação. A espiritualidade não é derramada sobre uma pessoa pela 
mesa da associação ou comissão de igreja. Uma liderança espiritual vem pelo poder 
do Espírito Santo. Vem através da oração, lágrimas e confissão de pecado. Requer 
uma grande dose de investigação própria e sacrifício. Mas somente quando nos 
tornamos obreiros espirituais pode a nossa liderança produzir impacto espiritual tão 
importante ao êxito. 
 
 
 
 N 
 
 Um Líder Cristão Verdadeiro é Um Homem de Visão 
 Certa vez ouvi W.R. Beach dizer: " A visão separa os homens que fazem 
daqueles que não fazem". Que ótima definição de visão! 
 Frente a obstáculos e oposições, o orgulho e preconceito, vinho e 
mundanismo, a mensagem de Cristo aos Seus seguidores foi: " Erguei os vossos 
olhos!" Obtenha nova visão! "Os campos branquejam para a ceifa" (Jo. 4:35). Sua 
mensagem desafiou-lhes a fé e provocou-lhes a coragem ao enfrentarem uma tarefa 
difícil. 
 Que mensagem para os obreiros na causa de Deus hoje! "Levantem os olhos! 
Elevem as vistas! Estendam os horizontes! Mil e novecentos anos depois, a 
mensagem de Deus para a igreja remanescente ecoou as palavras do seu Senhor: 
"Oh! como me parece ouvir a voz dia e noite: 'Avançai; acrescentai novo território,... 
e dai ao mundo a derradeira mensagem de advertência. não há tempo para perder' " ( 
Evangelismo, p. 67). 
 "Onde não há visão, o povo perece" (Prov. 29: 18 KJV), escreveu Salomão. 
Admite-se que o homem sábio estava falando de uma visão profética, contudo é 
igualmente certo que a igreja de Deus hoje necessita de líderes inspirados - homens 
que hajam captado uma visão da obra terminada na sua geração. Quando esta visão 
não os estimula, o povo há de perecer antes de alcançar o reino. A igreja 
remanescente precisa de líderes com visão elevada. 
 "Visão" de acordo com Webster, é " discernimento ou previsão inusitada". 
 Um líder com visão vê almas em cidades e países que agora parecem 
tenebrosos. Vê edifícios de igreja onde agora existem somente terrenos baldios. Para 
o obreiro de visão não há Alpes, Rockies ou Everestes! Sua fé valente, irrestrita, 
supera todos os obstáculos. Campanhas evangelísticas, escolas, hospitais, clínicas e 
edifícios e edifícios de igreja surgem sob o toque mágico do Mestre quando o 
homem de fé e visão aceita as promessas e desafia o onipotente Deus. 
 Naturalmente há problemas! Naturalmente há obstáculos! Mas isto não 
amedronta de seu propósito os homens de visão santificada. Com a força de Deus 
 
 
 
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avançam para realizar seus planos a despeito dos impedimentos que desanimariam 
uma pessoa de menos intrepidez. 
 Visão é divino descontentamento. É algo santificado que Deus implanta 
profundamente no coração do homem de forma que ele não se conforma com 
realizações do passado. Ele é impelido a avançar continuamente, tentando e 
realizando com a ajuda dos céus grandes coisas para Deus. A visão nunca permitirá a 
um homem parar antes de alcançar o alvo proposto. De algum modo, indo por baixo 
ou por cima, ao redor dos obstáculos, lutará para obter a vitória. 
 Há uma verdade desafiadora que deveria arder na mente de cada obreiro na 
causa de Deus: uma organização raramente alcança mais do que os seus líderes 
crêem que pode realizar. Poucas vezes uma igreja local ultrapassa a visão do seu 
pastor. Uma associação ou missão raramente excedem a medida de fé manifestada 
pelos seus líderes. Com um líder a obra avança. Com outro o trabalho fica estagnado 
e no mesmo campo. O fator determinante poderá ser a medida da visão consagrada 
do líder. 
 Oh Deus, dá-nos visão! Abre-nos os olhos, amplia nossa visão! Tanto 
depende disto! Dá-nos obreiros cujos olhos estejam voltados para os Céus, acima 
dos outeiros estéreis de nossas experiências e realizações ordinárias. Que hora! Que 
tarefa a nos desafiar! Que assombroso dia de oportunidade! 
 Oportuna é a estimulante declaração do Dr. Frank Lauback: " O céu treme 
por nosso insuficiência e tardança, pelos nossos fracos hábitos quando Deus 
impulsiona-nos a grandes coisas... Fico atônito por alguns... que não têm fogo e nem 
visão..., que começam a considerar que isto é difícil, sem precedente, prematuro se 
não for propriamente examinado, demasiado informal, ou muito grande. O tipo de 
quem somente freia, ou vamos devagar... pode arruinar o programa de Deus. Oh, 
vocês de pouca fé, tirem o pé do freio... Quem ouviu dizer que Deus está nos 
detendo? Ele chora por nós como fez por Jerusalém. Não temos nada a temer; não 
cairemos quando Deus nos empurra. Eu vos digo a que devemos temer: temamos a 
nossa condição atual, porque não somos suficientemente bons, suficientemente 
arrojados, suficientemente visionários para esta esplêndida hora". 
 
 
 
 P 
 
 O Verdadeiro Líder Cristão é Um Homem da Palavra 
 Os primeiros líderes do movimento adventista eram homens da palavra. 
Esquadrinhavam as Escrituras para compreender a vontade de Deus para eles. 
Gastavam noites inteiras em oração investigando a verdade. 
 Que exemplo para nós, que temos o grande privilégio de edificar sobre os 
seus bem estabelecidos fundamentos. Descrevendo os líderes da igreja de Deus, a 
serva do Senhor disse: "Devem ser... inteligentes estudantes da palavra, aptos para 
ensinar a outros também, tirando do tesouro coisas novas e velhas" (O.E., p.413). 
 Um administrador pode facilmente se tornar tão absorvido em resolver os 
problemas e dirigir a obra que não estuda a Bíblia. Quando um líder está demasiado 
ocupado para dedicar cada dia tempo a Deus e Sua Palavra, está mais ocupado do 
que o céu deseja. Como podemos manter uma estreita relação com o nosso Grande 
Líder se nossos olhos e ouvidos não estão constantemente alerta para captar Suas 
ordens de marcha? 
 Quando estamos demasiado ocupados para estudar, este fato é rapidamente 
refletido em nossa pregação. Apresentamos sermões "administrativos" em vez da 
confortante mensagem evangélica que estimula o coraçãodos homens e proporciona 
alimento a suas almas. 
 "Alguns administradores têm tendência de se interessarem menos na 
pregação do que a faziam quando eram pastores ou quando estavam em alguma outra 
atividade da obra do Senhor", disse certa vez W.E. Murray. 
 É conveniente que como líderes nos controlemos com freqüência a fim de 
assegurarmo-nos de que não relegamos o estudo da Bíblia e a pregação de sermões a 
um lugar de segunda importância em nosso ocupado programa. 
 
 O Verdadeiro Líder Cristão é Um Homem Humilde 
 
 
 
 Q 
 Nunca esquecerei esse espetáculo. Ali estava de joelhos um obreiro que 
ocupava uma posição elevada na igreja de Deus, lavando os pés de um coobreiro que 
poucos dias antes dissera coisas falsas e inverídicas contra ele. 
 "Ainda há cristianismo em ação", pensei enquanto testemunhava tal cena. 
"Há um verdadeiro líder em Israel". 
 Um verdadeiro líder cristão, como seu grande Exemplo, é um homem 
humilde. Pensa unicamente nos outros, está disposto a ser de pouca reputação por 
amor dos outros. 
 "O maior dentre vós será vosso servo", disse Cristo um dia à multidão. 
"Quem a si mesmo se exaltar, será humilhado, e quem a si mesmo se humilhar será 
exaltado" (Mt. 23: 11,12). 
 "Quem não aceita a aparência do homem" (Gal. 2:6), relembra-nos Paulo. 
"Porque se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se 
engana"(Gal. 6:3). 
 Diótrefes deveria ter sido um homem orgulhoso e ambicioso, porque João o 
descreve como alguém " que gosta de exercer a primazia" (III João 9). A obra de 
Deus de então e agora pode continuar sem Diótrefes e seus comparsas. Somos todos 
homens pequenos ocupados num grande trabalho, e unicamente a mensagem que 
representamos nos engrandece em qualquer sentido desta palavra. Os verdadeiros 
líderes de Deus, com o seu grande Modelo, são humildes. 
 
 O Verdadeiro Líder Cristão Deve Ser Paciente 
 "Não nos preocupamos muito quando as faces do pastor White ficam 
enrubescidas", disse certa vez um obreiro. "Mesmo quando seu pescoço começa a 
ficar rosado, as coisas ainda não vão tão mal porém quando as suas orelhas ficam 
vermelhas - então cuidado! Sua paciência acabou, e ai devemos nos preparar para o 
que vier!" 
 Liderança envolve uma pessoa em muitas situações exasperantes. As pessoas 
não se movem tão rapidamente. Não podem ver com suficiente penetração e rapidez 
 
 
 
 R 
os problemas e planos. Não fazem o que se lhe diz. Não fazem nada a menos que se 
lhes ordene. As pessoas não colaboram, são irrazoáveis, e às vezes estúpidas. Se não 
crê nisto, pondere por um momento as experiências que tem tido com pessoas. Se 
isto não é uma prova suficiente, recorde como você mesmo tem agido em certas 
ocasiões. Estou julgando unicamente por experiência e minha própria conduta em 
certos momentos. 
 "É necessário grande paciência para lidar com pessoas", disse-me certa feita 
um amigo inglês. E assim é. Se um líder perde sua paciência muito depressa e com 
freqüência, está falado a ter problemas. 
 Aconselha Tiago: "Todo homem, pois, seja pronto ouvir, tardio para falar, 
tardio para se irar" (Tiago 1:19). Perder a calma e dizer o que alguém se sentiria 
tentado a dizer debaixo de pressão é um luxo que nenhum cristão pode permitir-se. 
A perda da calma tem levado líderes em potencial a perder a chance de desenvolver 
sua completa habilidade. Ninguém se sente à vontade quando as orelhas de um líder 
se tornam vermelhas! 
 
 O Verdadeiro Líder Cristão é Bondoso e Compassivo 
 Certa vez visitei um posto missionário com o presidente de um campo. 
Quando nosso carro parou em frente da casa da missão várias crianças correram 
velozmente para ver quem chegava primeiro ao encontro de nosso amigo. Uma 
menina de aspecto sério permaneceu segurando a sua mão a maior parte do tempo 
que estivemos no posto da missão. Era evidente que ela pensava muito bem do seu 
"tio"/ Todos os meus esforços para captar algo de sua atenção resultaram em 
fracassos. 
 Esta pessoa era conhecida através do seu campo, tanto pelos jovens como 
pelos mais velhos, como um dirigente bondoso e compassivo. Era assim mesmo. Eu 
sei, trabalhei com ele, e enriqueci-me muito ao viajar e estar associado com ele. 
 "Sede uns para com os outros benignos, compassivos"(Ef. 4:32), escreveu 
Paulo. "Seja vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o 
Senhor"(Fil. 4:5). 
 
 
 
 S 
 Somente Cristo no coração pode fazer um líder bondoso e compreensivo. "Se 
Cristo habitar em nós, seremos pacientes, bondosos e indulgentes, alegres nomeio 
das contrariedades e irritações" (A Ciência do Bom Viver, p. 487). 
 Paulo disse: "No ensino, mostra integridade, reverência" (Tito 2:7). Este é 
um bom conselho para os líderes quando obreiros ou membros os procuram com 
problemas que parecem triviais, principalmente no fim de um cansativo dia de 
trabalho. A manifestação da compreensão e bondade em tais circunstância, bem 
poderia provar que se trata de líderes verdadeiramente cristãos. 
 "Se cristo habitar em nós", escreve a Sra. White, "seremos pacientes, 
bondosos e indulgentes" ( A Ciência do Bom Viver, p.487). "Aquele que é um 
cristão terá palavras bondosas para os... associados. Será bondoso, cortês, amável, 
simpático... Falará com gentileza... Entre os filhos de Deus não mora espírito de 
aspereza" (My Life Today, p. 196). 
 Quando tentados a usar a autoridade para "fazer pagar" alguém que nos 
prejudicou, seria mais conveniente que seguíssemos o exemplo do poeta italiano 
Tasso. Quando alcançou o auge de sua carreira estava em condições de vingar-se de 
um homem que o havia prejudicado enormemente anos atrás. 
 "Não desejo despojá-lo", disse o poeta, " contudo, há uma coisa que gostaria 
de tirar dele". 
 "Sua honra, sua riqueza, sua vida?" Perguntou a Tasso. 
 "Não", contestou benevolentemente. "O que gostaria de tomar-lhe eu 
procurarei obter através do exercício da bondade, da paciência e da clemência". 
 A bondade é uma luz consoladora que penetra nos corações 
 entristecidos, 
 E os ilumina com uma flama de nova esperança, novo gozo e 
 logo se esvaece. 
 A bondade é uma preocupação desinteressada, com obras 
 generosas e amigáveis, 
 
 
 
 T 
 Inspirada no desejo de ajudar a um irmão que está em 
 necessidade. 
 A bondade é o esquecimento de nossas próprias aspirações 
 mundanas, 
 Esquecimento de tudo, menos dos pedidos de nosso próximo 
 necessitado. 
 A bondade é um guia amante que nos mostra como devemos 
 viver, 
 Um tesouro que quanto mais gastamos, tanto mais temos para 
 dar". 
 - Nick Kenny 
 
 Demétrio é um personagem bíblico de quem sabemos muito pouco. 
Contudo, deveria ter sido bondoso e compreensivo, porque o apóstolo João deixou o 
seguinte registro acerca dele: "Todos lhe dão testemunho... e nós também damos 
testemunho" (III João 12). 
 Senhor, dá-nos mais Demétrios entre nossos líderes em todos os níveis. 
 
 O Verdadeiro Líder Cristão Tem Responsabilidade 
 e Determinação 
 Foi um episódio trivial, porém, ilustra o meu ponto de vista. O irmão Kivuku 
acabava de ser eleito secretário-tesoureiro de uma missão. O presidente do campo, 
que já trabalhava por algum tempo, passava-lhe o cargo. 
 "Aqui estão as chaves do cofre", disse-lhe com um sorriso, "você 
provavelmente vai necessitar delas no seu trabalho!" 
 "Não me obrigue a aceitá-las", ele se lamentou. "Alguém poderia matar-me!" 
 
 
 
 U 
 Eu não sei o que era justamente que o tesoureiro esperava que o seu trabalho 
fosse, ou quem pensava deveria encarregar-se do dinheiro, mas a sua primeira reação 
foi sucumbir-se diante da responsabilidade.Muitas pessoas que estão procurando administração não estão dispostas a 
assumir as responsabilidades que isto exige. São administradores malabaristas. Um 
amigo certa vez me disse: "Seus exercícios favoritos são esquivar-se dos problemas, 
saltar para as conclusões, e passar a responsabilidade para outros". A irmã White 
estava aconselhando o irmão A , consoante ao seu fracasso em levar 
responsabilidades: "Você não tem estado disposto a levar responsabilidades", ela 
escreveu. "Você tem a inclinação natural de evitá-las... deve levar cargas em 
conexão com a obra de Deus. O excesso de comodidade e o evitar responsabilidades 
têm tornado débeis e pigmeus aqueles que deveriam ter sido homens de 
responsabilidades, de poder moral e de poderosa fibra espiritual" (Testimonies, V. 3, 
p. 495). 
 Um líder não pode ser nem débil nem pigmeu. 
 "Aquele que trabalha segundo a habilidade que lhe é confiada, tornar-se-á 
sábio construtor para o Mestre; pois está sob o aprendizado de Cristo, aprendendo a 
fazer as obras de Deus. Não fugirá a encargos de responsabilidade, pois reconhecerá 
que cada qual deve, na causa de Deus, ajudar até nos limites de sua capacidade, e 
coloca-se sob a pressão do trabalho; mas Jesus não abandona Seu servo voluntário e 
obediente, deixando que seja esmagado. Não é o homem que tem pesadas 
responsabilidades na causa de Deus que precisa de vossa piedade, pois ele é fiel e 
verdadeiro na cooperação com Deus; e mediante a união do esforço divino com o 
humano, a obra se completa. É aquele que foge das responsabilidades, reconhecendo 
o privilégio para o qual é chamado, que merece piedade". ( Mensagens Escolhidas, 
Vol. I p. 276). 
 Você quer ser um líder? Então ouça o conselho inspirado: "Portanto, vê-de 
prudentemente como andais, não como néscios, e, sim, como sábios" (Ef. 5:15). 
 
 
 
 V 
 "Os teus olhos olhem direito e as tuas pálpebras, diretamente diante de ti" 
(Prov. 4:25) disse o homem sábio. "Não declines nem para a direita nem para a 
esquerda" (Prov. 4:27). 
 "Vede que seja seguro o vosso fundamento; construí então firmemente, e 
com persistente esforço, mas com brandura, mansidão e amor" (Conselhos aos 
Professores, p. 57). 
 Aceite sua responsabilidade, cinja os lombos, e avance com unidade de 
propósito. Esta é a marca distintiva de um verdadeiro líder. 
 Antes de passar para um outro ponto, deixe-me acrescentar um pequeno 
pensamento: 
 "O que disse uma vez com muita sabedoria: 
 Assegura-se que está bem certo, então avance, 
 Bem poderia ter acrescentado: 
 Quando sabe que está errado, apressa-se a retirar-se!" 
 -Autor desconhecido 
 
 O Verdadeiro Líder Cristão é Um Homem de Coragem 
 Um grupo rebelde avançava sobre o nosso posto missionário de Bigodo, ao 
sul do Congo, deixando atrás de si uma esteira de carnificina e belicosa destruição. A 
fumaça das cabanas, incendiadas cada vez mais se aproximava de nossa missão. O 
pastor Simeon Mahune, diretor do posto, enfrentava uma angustiosa decisão. 
Deveria juntamente com os outros coobreiros e suas famílias fugir para floresta, 
deixando a propriedade da missão sob os caprichos de um exército dopado? Decidiu 
não recuar. 
 Quando os rebeldes chegaram, foram recebidos na porta da missão pelos 
pastores Mahune e Kasam, um obreiro jubilado. Era necessário muita coragem para 
enfrentar a turba que pulava e gritava e rogar aos líderes deles que poupassem a 
propriedade do Senhor. Mas a coragem deles salvou o posto! Em cinqüenta 
 
 
 
 W 
quilômetros ao redor, todas as cabanas e edifícios foram destruídos. Algumas outras 
missões foram arrasadas. Somente Bigodo permaneceu intocada, como um 
monumento ao poder protetor de Deus e à intrepidez dos dois líderes missionários 
que se recusaram a escapar freqüente ao perigo de possível morte. 
 Nossos líderes devem ser corajosos em consonância com o tempo em que 
vivemos e dignos do povo que Deus chamou a conduzir. quando o líder perde a 
coragem a causa está perdida. 
 "Precisam homens de fibra", diz o Espírito de Profecia, "homens que não 
estejam à espera de ver seu caminho aplanado e removidos todos os obstáculos; 
homens que alentem com um zelo novo os desfalecidos esforços dos trabalhadores, e 
cujo coração esteja inflamado de amor cristão e cujas mãos sejam fortes para obra do 
Senhor" (A ciência do Bom Viver, p. 497). 
 Reveses? Algumas vezes! Frustrações? Possivelmente! Problemas? 
Certamente! - até que o Senhor venha. Dificuldades? Muitas! Mas desencorajamento 
ou derrota? Nunca! Não quando o Deus que servimos vai à nossa frente. 
 "Não devemos permitir que o futuro, com seus difíceis problemas, suas não 
satisfatórias perspectivas, façam nosso coração desfalecer,... Seja qual for nossa 
situação, se somos cumpridores de sua Palavra, temos um Guia a nos dirigir o 
caminho; seja qual for nossa perplexidade, temos um seguro Conselheiro" ( A 
Ciência do Bom Viver, pp. 248, 249). 
 "Mede-se melhor uma árvore quando está caída", disse uma vez Abraão 
Lincoln. Qual é a sua estatura quando está indo mal? 
 
 O Verdadeiro Líder Cristão é Íntegro 
 Vinte e duas almas estavam se preparando para o batismo. Nunca antes na 
história de nossa obra neste lugar difícil tinha havido perspectivas tão animadoras. 
Brevemente se organizaria uma igreja nesta capital. 
 Porém, veio o golpe. 
 
 
 
 X 
 Circulou a notícia de que o pregador era infiel a sua esposa. Uma jovem na 
comunidade ficara grávida. Numa noite escura o pregador desapareceu, deixando 
desconsolados e sem recursos a sua esposa e seus filhos. "Pela sua muita loucura, 
perdido cambaleia" (Prov. 5:23). Ele deu, na verdade, como disse o sábio rei, a sua 
"honra aos outros" (prov. 5:9). 
 Isto foi lamentável. 
 Pouco depois chegou um novo pastor para substituir o irmão caído. 
Imediatamente começou a trabalhar ativamente com o propósito de reunir os restos 
de um trabalho que tinha sido promissor. Somente quatro ou cinco pessoas estavam 
dispostas a abrir suas portas ao novo dirigente. O resto declarou: "Não queremos 
saber nada com uma religião que produz tais enganos". 
 A oração e perseverança salvaram cerca de metade do interesse original. 
Perspectivas promissoras haviam sido desbaratadas por causa da debilidade de um 
líder. Até hoje um ar de difamatória suspeita, recai sobre o nosso trabalho naquela 
cidade. Quem pode medir a perda de fé, a desilusão, a diminuição de confiança, os 
corações familiares partidos, o desperdício dos meios de Deus, por causa da queda 
de um líder? 
 Não é de admirar o que o apóstolo Paulo escreveu: "Para aprovardes as 
coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o dia de Cristo, cheios de fruto 
da justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para glória e Louvor de Deus" (Fil. 1: 
10,11). 
 "Purificai-vos, os que levais os utensílios do Senhor" (Is. 52:11), apela o 
evangelho profético. O apóstolo Paulo roga: "Abstende-vos de toda forma de mal" (I 
Tess. 5:22). 
 Como líderes, nossa única segurança está em permanecermos fora do terreno 
encantado de Satanás, e nos abstermos sempre da "aparência do mal" (I TESS 2:22). 
Se uma pessoa brinca com fogo, é muito provável que se queime. "Tomará alguém 
fogo no seio, sem que as suas vestes se incendeiem? Ou andará alguém sobre brasas, 
sem que se queimem os pés?" (Provérbios 6:27-28). 
 
 
 
 Y 
 Os líderes de Deus devem ser limpos, homens e mulheres de impecável 
integridade. 
 
 O Verdadeiro Líder Cristão é Leal a Seu Deus, 
 a Sua Igreja e a Seus Irmão 
 Os jovens que servem no exército prestam um juramento de lealdade. Houve 
um tempo em que os recrutas do exército britânico juravam sua lealdade ao monarcasegurando uma moeda com a esfinge do rei. No gesto de "tomar a moeda do rei" 
estavam prometendo ser leais até a morte. 
 Como líderes e obreiros na causa de Deus, temos "tomado a moeda do rei"? 
Assim fazendo temos nos entregado a Ele para sempre. "Permanecei firmes", disse 
Paulo, "e guardai as tradições que vos foram ensinadas" (II Tess. 2:15). "Sê fiel até a 
morte", fala-nos o Senhor ressuscitado através do revelador, "e dar-te-ei a coroa da 
vida" (Apoc. 2:10). Nunca deveria existir nenhuma sombra de variação. Nossa 
vocação como cristãos e obreiros é para toda a vida. Não deve haver escolha de 
outro mestre ou profissão. Deus exige nossa lealdade e a recompensa será abundante. 
 Devemos ser leais para com os nossos líderes companheiros e irmãos que 
estão "por cima" ou "por baixo" de nós. "A fidelidade para com Deus compreende a 
fidelidade para com o homem" (Educação, p. 77). A experiência da Davi na caverna 
ilustra muito bem a nossa fidelidade para com o ungido do Senhor. Davi tinha a 
possibilidade de tirar a vida do rei, todavia, recusou fazê-lo. "O Senhor me guarde de 
que eu faça tal coisa ao meu senhor" disse Davi, que eu estenda a mão contra ele, 
pois é ungido do Senhor" (I Sam. 24:6). 
 Em nossos dias Deus requer semelhante lealdade para com os líderes da 
igreja. Qualquer pessoa que é desleal para com os seu líderes e companheiros na 
obra, é indigna da posição de confiança que ocupa. 
 "Deus pede homens de decidida fidelidade. Não há utilidade, para Ele, em 
uma emergência, para homens de duplicidade. Quer homens que ponham as mãos 
numa ação errada e digam: 'Isto não está segundo a vontade de Deus'" (Mensagens 
Escolhidas, Vol. II, p. 153). 
 
 
 
 Z 
 "Permanecer em defesa da verdade e da justiça quando a maioria nos 
abandona, ferir as batalhas do Senhor quando são poucos os campeões, -essa será 
nossa prova. Naquele tempo devemos tirar calor da frieza dos outros, coragem de sua 
covardia e lealdade de sua traição" (Testemunhos Seletos, Vol. II, p. 31). 
 "Ele espera lealdade de cada um" (Profetas e Reis, p. 175). 
 Que Deus nos faça líderes leais - leais ao nosso Deus e leais aos nossos 
irmãos. 
 Como nos classificamos? 
Ao contemplarmos as exigências do trabalho sobre nós, se estamos começando uma 
liderança ascendente ou já temos levado responsabilidades por muitos anos, sem 
dúvida somos levados a exclamar como o apóstolo, "Quem , porém, é suficiente para 
estas coisas?" (II Cor. 2:16). Somente quando aceitamos a segurança da resposta que 
Paulo deu à sua própria pergunta, podemos avançar como líderes: "Tudo posso 
Naquele que me fortalece" (Fil. 4:13). Ele é a nossa única esperança. 
 "Devemos conservar-nos bem perto de nosso grande Líder" (Testemunho 
para Ministros, p. 432). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AA 
 
 CAPÍTULO III 
 VOCÊ SABE PARA ONDE VAI E POR QUE? 
 
 "Sei donde vim e para onde 
 vou" (João 8:14). 
 
 Ser uma tartaruga com duas cabeças é uma experiência enlouquecedora! Há 
poucos anos, nos pântanos de Lousiana, um pesquisador encontrou exatamente essa 
preciosidade da natureza. Um biólogo, numa faculdade de Mississipe, que mais tarde 
examinou a tartaruga, informou que cada cabeça era capaz de dirigir a ação da 
metade do corpo inteiramente independente da outra. 
 Pobre Harold - nome que deram a essa tartaruga de duas cabeças - 
freqüentemente se achava em situações as mais frustrantes. Enquanto uma cabeça e 
uma metade do seu corpo desejava nada menos do que deitar-se preguiçosamente 
por causa do cálido sol do sol, a outra cabeça e a outra parte sentia fome dormindo e 
outra metade arrastando-se, o pobre e velho Harold passava a maior parte de seu 
tempo andando em círculos. 
 1. Um dos Primeiros Objetivos da Administração da Igreja consiste em 
Operar uma Organização Eficaz. 
 Se é uma tartaruga ou sociedade de Missionários voluntários, uma igreja ou 
uma associação, um par de cabeças que não cooperam significa desastre. O normal é 
que exista uma só cabeça. Numa igreja ou associação deve haver alguém que 
coordene e aconselhe os que fazem operar a instituição. A menos que uma 
organização tenha uma cabeça, gastará muito tempo andando em círculos como o 
pobre Harold. 
 Numa sociedade de Missionários Voluntários, a cabeça está representada 
pelo seu diretor: na igreja, pelo seu pastor, e numa associação, pelo seu presidente. 
 
 
 
 BB 
 Agora, se você é presidente de qualquer organização da igreja, permita-me 
contar-lhe uma pequena história para que a importância de sua posição não assuma 
proporções indevidas aos seus próprios olhos. 
 Quase sem fôlego, um menino chegou para sua mãe. "Mamãe! Mamãe! 
Acabo de ser eleito presidente de nosso clube de meninos!" 
 "Muito bem, que maravilhoso", disse carinhosamente a sua mãe. "Diga-me, 
querido, como é que o escolheram para tão grande honra". 
 "Veja só, mamãe", continuava Billy com mais compostura, "eles me queriam 
para secretário, mas não sei escrever. Então queriam que fosse tesoureiro, mas não 
sei contar. Assim elegeram-me como presidente!" 
 Agora que todos nós, presidentes, pastores, e líderes, fomos trazidos a uma 
perspectiva adequada, podemos proceder à consideração de nossos objetivos como 
administradores e líderes cristãos. Queremos manter em funcionamento uma 
organização eficaz. Para cumprir esse objetivo, o trabalho de vários departamentos, 
instituições e escritórios deve estar sincronizado. Vários livros de autores bem 
conhecidos têm sido escritos acerca dos aspectos técnicos da liderança e 
administração denominacional. Limitar-nos-emos aqui a tratar de alguns aspectos 
menos complicados, mais óbvios em promover uma organização eficaz. 
 
 Homens Certos nos Lugares Certos 
 O pastor Steedywell era um pastor de primeira classe, de bom 
relacionamento e um visitador infatigável. Seus sermões revelavam profunda 
espiritualidade e discernimento das necessidades do rebanho. Os negócios da igreja 
eram bem cuidados. Seu povo o amava. 
 Nunca pude compreender porque os membros da mesa da associação 
sentiram que o irmão Steedywell poderia ser um diretor do Departamento dos 
Missionários Voluntários. Seja como for, ele foi apontado. Fez o melhor que sabia, 
todavia os irmãos logo descobriram que eles tinham "uma estaca quadrada dentro de 
um orifício redondo". ele não tinha entusiasmo, imaginação nem a assistência física 
requerida para ser um líder de jovens de tempo integral. 
 
 
 
 CC 
 Pôr homens certos (ou mulheres) em posições chaves é de suma importância 
em operar uma organização eficaz, seja uma igreja ou uma associação. Os 
antecedentes de um líder, educação, experiência, relacionamento, habilidade no falar 
e adaptabilidade são fatores determinantes. Devem ser estudados cuidadosamente 
por aqueles que são responsáveis em tomar decisões. 
 Uma pessoa pode ter todas as qualificações para ser um ancião eficaz e, 
contudo, ser uma completa negação como diretor dos Missionários Voluntários. 
Outro pode ser excelente diretor do Departamento de Educação, mas falhar 
lamentavelmente no Departamento de Atividades Missionárias. Conheço 
evangelistas dinâmicos e de êxito cujo período de trabalho foi encurtado ao serem 
designados como pastores de igrejas. 
 Homens certos em posições certas! 
 
 Cada Um Deveria Saber o Que se Espera Dele 
 A seguir estes "homens certos" devem saber o que se espera deles. Seja qual 
for o programa levado a efeito na igreja, numa instituição ou associação, os obreiros 
ou membros devem saber claramente a parte que lhes corresponde. Alguns líderes 
deixam essesdetalhes ao acaso, e os resultados são um completo fracasso ou 
somente em êxito parcial. 
 Se o pastor Busyfellow deve entrar em contato com os funcionários para 
obter permissão para a obra de beneficência, o compromisso deve ser claramente 
estabelecido. Se a irmã Shouderall for responsável pela coleta de roupas e outros 
artigos numa determinada área, o dirigente deverá informar-lhe o seu território, 
quem irá ajudá-la, quando e onde os materiais coletados deverão ser depositados, e 
qualquer outro detalhe relacionado com o trabalho. 
 Muitos bons planos e programas falham simplesmente porque o líder não fez 
claro os seus colaboradores o que se espera deles. 
 Então (preciso acrescentar), depois de explicar aos seus obreiros o que você 
espera deles, espera-se que cada obreiro ou membro faça o que foi designado - não 
 
 
 
 DD 
menos. Isto nem sempre é fácil, mas é um desafio de liderança e espero que este 
livro forneça sugestões e ajudas que facilitem a consecução deste objetivo. 
 
 Arranjos Para Que Pessoas Compatíveis 
 Trabalhem Juntas 
 Certo líder disse-me que duas pessoas que não se afinam no trabalho no 
mesmo escritório ou instituição deveriam ficar juntas para acertares suas diferenças. 
Francamente, não creio nesta filosofia. Indubitavelmente há ocasiões em que não é 
possível fazer um ajustamento imediato do pessoal e assim aliviar as tensões e 
aumentar a eficácia de uma organização, todavia faça isto toda vez que for possível. 
A vida é tão curta e as úlceras são demasiado perniciosas para se fazer diferente. Não 
force Paulo e Barnabé a trabalharem juntos no mesmo posto missionário ou no 
mesmo departamento de uma associação por mais tempo que o necessário. 
 Quer seja o trabalho da Igreja ou associação, em terra nativa ou campos 
distantes, se logrará mais, com menos problemas e com melhor espírito, se permitir 
que os obreiros que se dão bem trabalhem juntos. 
 
 Trabalhar em Estreita Relação Com a Comissão ou Mesa 
 Para ter êxito, o líder deve trabalhar estreitamente relacionado com a sua 
comissão da igreja, a mesa da associação ou instituição. Antes de levar a efeito os 
planos na igreja, na instituição ou associação, deveriam ser eles cabalmente 
analisados, aprovados, ou alterados pela respectiva comissão ou mesa. Isto sela com 
autoridade o programa e assegura apoio necessário quando as coisas não andam bem 
ou há necessidade de mais ímpeto. 
 Antes de levar os planos para a igreja ou para o campo, apresente-o à 
comissão ou mesa! 
 
 Não se Organize Exageradamente 
 
 
 
 EE 
 Não faz muito ouvi uma história interessante. Dois jovens construíram um 
barco que deveria ter propulsão a vapor. Para o barco ser mais "autêntico" instalaram 
um apito de um grande vapor presenteado por um amigo vendedor de ferro velho. 
 O dia do lançamento do barco à água chegou. A pequena cadeira estava bem 
provisionada, e o vapor tinha boa pressão. Enquanto estavam se preparando para 
zarpar para sua primeira viagem numa pequena lagoa, os jovens puxaram a corda do 
grande apito. Foi realmente um grande sonido. Mas houve somente uma dificuldade. 
Houve tanta necessidade de vapor para fazer soar o apito que não sobrou o suficiente 
para mover o barco! 
 Às vezes organizamos excessivamente. Instalamos tantas rodas que a 
máquina quebra. A organização da igreja ou do campo pode se tornar tão complicada 
que os membros e os obreiros ficam confundidos. Há necessidade de tanto vapor 
para assoprar o apito que não resta o suficiente para impulsionar o programa. 
 "A organização não deve ser excessiva, para evitar que os obreiros se tornem 
como Davi dentro da armadura de Saul; para que seu potencial de trabalho não se 
desgaste em rotinas; para que não se assemelhe a uma poderosa máquina que não 
tem suficiente poder para funcionar. Que a maquinaria seja simples, e o poder divino 
do Espírito Santo seja abundante. Para isto deve haver muita oração e paciente 
confiança em Deus" (S. L. Brengle, The Soul Winner's Secret, p. 75). 
 2 - Para Manter Um Programa Bem Equilibrado 
 O pastor Oneside era um bom homem. Era um organizador eficaz. Tudo em 
que tocava as mãos prosperava. Sabia como resolver os problemas financeiros do 
campo. A maior parte dos seus obreiros respeitavam-no profundamente. Iniciou seu 
trabalho no magistério. 
 O programa de trabalho do pastor Oneside prosperava no seu campo. Suas 
escolas recebiam subvenções para construções e equipamentos. Ele cria na obra 
educacional. Por falar nisso, todos os líderes deveriam crer nela. Falhar em colocar 
ampla ênfase na educação cristã em todos os níveis certamente traria um grande 
desastre a qualquer tempo. 
 
 
 
 FF 
 O que nos interessa destacar é o seguinte: Além de boas e bem equipadas 
escolas, a associação do pastor Oneside também necessita de outras coisas -um 
vigoroso programa de publicações, mais escolas sabatinas filiais, alguns programas 
radiofônicos, novos edifícios de igrejas e dezenas de esforços evangelísticos. Nas 
palavras do nosso Senhor: "Fazer estas coisas sem omitir aquelas" (Mat. 23:23). O 
segundo maior objetivo de uma eficiente administração de igreja é, então, planejar e 
manter um programa bem equilibrado em todos os níveis. 
 
 Dar Atenção a Cada departamento da Igreja 
 O programa de uma igreja ou associações que está dominado pelo trabalho 
de assistência social em detrimento da educação cristã, não está bem equilibrado. 
Uma associação possivelmente pode ter grandes reservas no banco, seu capital 
operativo pode ultrapassar os 100% autorizado, mas se o evangelismo ou os jovens 
estão sendo negligenciados, é então um triste quadro unilateral. 
 Um programa bem equilibrado, seja na igreja local, instituição ou associação, 
incluirá cada departamento, cada obreiro e cada membro. Deus tem graciosa e 
sabiamente nos dado uma variedade de talentos. alguns cantam maravilhosamente. 
Outros são oradores. Alguns são professores. Alguns são extrovertidos. Outros são 
introvertidos. Alguns brilham em público. Outros trabalham mais eficazmente nos 
bastidores. Alguns são excelentes no trabalho da escola sabatina. Outros são líderes 
natos dos jovens. alguns nasceram com o dom de recoltar. Outros sobressaem como 
ministros de publicações. Alguns são ajudantes. Outros são poderosos na oração. 
 Que programa você poderá ter em sua igreja, em sua associação, no seu 
trabalho missionário, se tomar tempo e cuidado para aproveitar todas as variedades 
de talentos que Deus tem colocado à sua disposição. Terá pregadores voluntários, 
líderes de escolas sabatinas filiais, colportores-evangelistas, oradores de temperança, 
professores, secretários de imprensa, recoltistas, assistentes sociais, intercessores - 
de tudo, se tão somente desejar usá-los. Assim teria um programa bem equilibrado. 
 
 
 
 GG 
 Qual é a sua qualificação neste sentido? Você tem uma visão unilateral? Se 
você quer ser um poderoso líder para Deus, tome genuíno interesse em todos os 
departamentos da obra. 
 
 3- Par Promover Um Programa Bem Planificado 
 Assisti a uma mesa da União. Assentado ao redor de uma mesa estava uma 
grupo de líderes dedicados e excelentes. Amavam o Senhor. Trabalhadores 
aplicados. Porém, quando examinamos os resultados do programa de trabalho do ano 
anterior, descobrimos números que deixavam muito a desejar. 
 Por alguns motivos as coisas não funcionaram muito bem. O número de 
esforços evangelísticos era impressionante. Mas os resultados não estavam em 
consonância com o trabalho e fundos invertidos. A campanha da recolta foi 
promovida satisfatóriamente, porém, foi um fracasso. Os congressos campais não 
proporcionaram o máximo de bençãos espirituaispara o campo. 
 Ao estudar juntos a situação, imediatamente descobrimos a causa. Os líderes 
não gastaram suficiente tempo planificando. A campanha da recolta entrou no 
período dos congressos locais. Desafortunadamente os obreiros urgentemente 
necessitados em ambos os programas não eram gêmeos. 
 O esforços evangelísticos foram encurtados para permitir que certos obreiros 
chaves pudessem colaborar com os acampamentos dos jovens. Resultou no 
enfraquecimento em acompanhar os interessados e num desastroso resultado na 
colheita de almas. Os acampamentos também sofreram, porque não se permitiu o 
tempo suficientemente apropriado para preparações. Demasiada atividade para tão 
poucos meses. Ao contrário, outras partes do ano tinham poucas atividades. Uma 
cuidadosa planificação teria eliminado os conflitos e melhorado os resultados. Cada 
líder da igreja deveria conhecer muito bem este terceiro objetivo muito importante 
da administração eclesiástica; promover um programa bem planificado. 
 
 Planejar Para Todo Ano 
 
 
 
 HH 
 Bem antes de começar um novo ano um líder sábio analisará cuidadosamente 
o programa da igreja para os doze meses seguintes. Os programas ocasionais ou 
cruzadas evangelísticas, escolas bíblicas de férias, recolta, cursinhos, e 
acampamentos de jovens, deverão ser adequadamente distribuídos durante o ano. 
Deveriam escalar convenientemente para evitar conflitos do pessoal e outras 
dificuldades. 
 Na Divisão Transamericana, do hemisfério sul, as campanhas evangelísticas 
de verão duram desde novembro até março. enquanto os evangelistas estão 
conduzindo suas campanhas, os administradores realizam suas mesas de fim de ano. 
Os feriados da Páscoa, proporcionam oportunidades para concílios de obreiros. Maio 
e Junho são meses de recolta. Durante julho e agosto dezenas de reuniões exigem a 
direção dos líderes. Na última parte de agosto e setembro, e durante alguns dias de 
férias, os líderes dos jovens se ocupam com os seus congressos. Assim eles planejam 
para o ano todo. 
 Nas Índias Ocidentais costumávamos dispor numa só noite o começo de 
todos os esforços do evangelismo leigo - e o chamávamos de dia "E". O mesmo 
espírito de equipe que levava a uma ação conjunta que tornava a recolta uma 
satisfação, manifestava-se no evangelismo leigo. Em janeiro na União da Índias 
Britânicas Ocidentais iniciamos mais de 100 esforços leigos em um só domingo à 
noite. 
 Num outro mesmo dia, domingo, dedicamos dezessete novas igrejas 
adventistas na Ilha de Jamaica. A décima cerimônia foi cancelada por causa da 
enchente de um rio. Durante semanas e meses havíamos planejado para que esse 
grande dia fosse uma realidade. Com a ajuda de Associação Geral, Divisão, União e 
Associação, nove equipes de dois obreiros fizeram uma dedicação pela manhã e 
outra à tarde em diferentes partes da ilha, previamente designados. O plano resultou 
em êxito. Estimulou o interesse e o desejo de realizações. Congregações trabalharam 
em demanda de um alvo definido. Conseguiram os seus objetivos através de 
planificação cuidadosa e árduo trabalho. 
 Ciro disse: "Fazer duas coisas ao mesmo tempo é não fazer nenhuma". O 
líder sábio planejará para o seu trabalho anual deixando certas atividades para 
 
 
 
 II 
determinados meses, conservando o seu programa funcionando num todo 
suavemente. Evitando os maiores conflitos. 
 4- Para Estimular Um Espírito de Unidade e Companheirismo Cristão 
 Segundo os historiadores, Carlos V, na última parte do seu reinado, 
encontrou tantos problemas para que os homens trabalhassem juntos que finalmente 
renunciou desencorajado. Passou os seus últimos dias num mosteiro. Ali, o monarca 
reuniu seis relógios de pêndulo. Com outros cinco ajudantes, passou muito de seu 
tempo tentando que os seis pêndulos se movessem em uníssono. Todos começaram 
juntos, mas logo alguns faziam "tic" enquanto os outros faziam "tac". Carlos V 
morreu com uma mente desequilibrada procurando que os homens e relógios 
trabalhasses juntos. 
 Atualmente um dos maiores problemas dos líderes eclesiásticos é fazer com 
que os seus seguidores batam um "tic-tac" juntos. Isto requer um espírito de unidade 
e companheirismo cristão entre os obreiros e membros, o nosso quarto objetivo. Sem 
isto, qualquer aparente progresso é superficial. No Capítulo IV falaremos mais sobre 
as relações humanas, mas por agora façamos uma consideração rápida sobre outros 
aspectos deste objetivo. 
 
 Desenvolver um Espírito de Equipe 
 Quando era jovem eu estudava na escola pública, passei uma boa parte de 
meu tempo nos campos de futebol, basquetebol, beisebol. Atletismo era minha vida, 
sem dúvida gastei muito tempo mas aprendi uma importante lição: o valor do 
espírito de equipe. 
 Os astros atléticos podem ter seu êxito em esporte competitivo mas é o time 
que ganha. Quando terminam os jogos, os campeões pertencerão ao grupo de 
jogadores que constituíram numa equipe que funciona suavemente e em que cada um 
se dedicou para o êxito do todo. 
 Na obra do Senhor ocorre o mesmo. Alguns campos, associações, 
instituições, têm desenvolvido um "esprit de corps" que é recomendável e 
invencível. Os obreiros estão unidos pelo amor e lealdade a sua causa. Sentem que 
 
 
 
 JJ 
pertencem ao grupo. É seu time. O programa do campo ou da instituição é seu, e eles 
são responsáveis pelo seu êxito. 
 O presidente da União na qual trabalhei nunca nos deixava esquecer que a 
"nossa" União era a melhor do mundo. Nossa união, ele nos fazia lembrar nas 
reuniões de obreiros, deveria ser a cabeça e não a cauda, porque tinhamos uma 
missão a cumprir - um destino, se desejar. Éramos obreiros privilegiados por 
pertencer a este time. Sua liderança entusiasta nos unia em um companheirismo 
cristão. Desenvolveu entre nós um conceito de trabalho que esperamos nunca 
esquecer. Isso infundia harmonia e progresso naquela União. Um verdadeiro espírito 
de time cristão infundirá harmonia em qualquer igreja, associão ou União. 
 
 Um Líder Deve Dar o Exemplo 
 Um espírito de equipe, o espírito de unidade e companheirismo - não se 
produz por casualidade. Sob a direção de Deus um líder deve se esforçar para que 
isto aconteça. Seja numa igreja, numa associação ou instituição, o " esprit de corps" 
dos membros ou pessoal administrativo grandemente refletirá o espírito do líder. ( 
Não se surpreenda ao ler esta filosofia em várias partes deste livro, porque não 
somente creio nela como creio ser altamente importante). Como um homem de Deus, 
o líder cristão deve trabalhar e orar em favor da unidade. Seu exemplo pode muito 
bem determinar a medida da comunhão cristã que prevaleça muna instituição ou 
campo. 
 Como pode um líder construir a confiança e a coesão entre seus obreiros? Já 
temos discutido alguns requisitos básicos no capítulo II. Você encontrará mais nos 
capítulos 4 e 5, mas aqui chamamos a atenção para um enfoque levemente distintivo: 
os métodos bem como o homem. ( Confesso francamente que este último tem muito 
mais importância quando se analisa este tema. O serviço da vida é sempre mais 
importante do que um serviço de lábios). 
 
 Comentar em Reuniões Especiais 
 
 
 
 KK 
 Um novo líder foi chamado para um campo onde abundavam 
problemas pessoais, onde havia discussões e frustrações com demasiada freqüência. 
Sobre o que ele falou nas suas comissões, mesas, nas reuniões de obreiros e cultos 
divinos? O desafio da tarefa não terminada? Da necessidade do progresso da obra de 
Deus? Sim, falou destes temas importantes, porém, mais do que tudo, falou da 
primeira epístola aos Coríntios, capítulo treze. Demorou muito acerca de como o 
espírito de Jesus deveriarefletir-se no sacerdote e no povo. Apelava por uma 
unidade nascida da comunhão com Deus. A resposta, ele me disse posteriormente, 
foi muito encorajadora. 
 Com freqüência um líder é convidado a falar nas comissões da igreja, mesas 
de associações, ou outras reuniões de obreiros ou membros da igreja. Tais ocasiões 
proporcionam oportunidades maravilhosas para pregar bem com praticar a unidade e 
o companheirismo cristão - para ajudar a moldar o pensamento, para desenvolver o 
caráter dos membros e obreiros. 
 
 Um Lugar nas Cartas e Boletins 
 O capítulo 11 trata da importante arte de escrever cartas em relação com o 
trabalho de um líder cristão. Quando chegar a ele, leia-o com cuidado. Nossas cartas 
têm mais que ver com o êxito dos obreiros do que alguns pensam. As cartas que 
saem do seu escritório edificam ou destroem o espírito de unidade e companheirismo 
cristão em seu campo. Una os obreiros mediante as cartas que você escreve e os 
boletins que são publicados. 
 Estude cuidadosamente as epístolas de Paulo. O velho apóstolo sabia como 
escrever cartas calculadas para criar unidade entre as igrejas primitivas. Se um líder 
quer ser bem sucedido, deve ter os seus obreiros e membros para apoiá-lo e também 
os seus programas. 
 
 Pós - escrito 
 Antes de concluir este importante assunto da unidade, deixe-me recomendar-
lhe uma cuidadosa consideração de algumas palavras de sabedoria de Paulo: "Diante 
 
 
 
 LL 
de vocês falo com muita franqueza, nas costas falo de vocês com profundo orgulho" 
(II Cor. 7:4, Phillips). 
 Seria conveniente ler estas palavras várias vezes - duas ou três vezes e então 
praticar o que ensina. 
 
 5. Para Operar Sobre uma Base Financeira Segura 
 Mais de um líder dinâmico, bem sucedido em outros pontos, tem se acabado 
nas rochas do fracasso financeiro. O opitáfio mais comum escrito para estas carreiras 
é: "Se tão somente tivesse podido manter-me dentro do meu orçamento, teria 
podido..." 
 Muitos lideres, especialmente administradores, serão responsáveis em 
diferentes graus pelo dinheiro do Senhor. Pastores, presidentes, tesoureiros, gerentes, 
todos têm ocasionalmente um compromisso com os auditores. A estes Paulo disse: " 
Que o homem que governa com autoridade pense em sua responsabilidade" (Rom. 
12:8, Phillips). No contexto deste estudo a responsabilidade financeira é o nosso 
quinto objetivo. 
 
 O Apoio de Sua Própria Unidade 
 Os Adventistas do Sétimo Dia, " desde a igreja local até Washington", opera 
num sistema de orçamento. É um sistema seguro quando é manejado por mãos 
seguras. Ouvi um líder aspirante dizer a um colega obreiro: "Se eu fosse presidente 
desta associação não passaríamos necessidade até que o último centavo fosse gasto". 
Conhecendo-o como conheço, estou seguro de que estava dizendo a verdade. Um 
orçamento nunca o preocupou. Nas suas finanças pessoais verifiquei que não havia 
nenhuma necessidade até que o último centavo fosse gasto. Após isto era um 
lamentável apelo para obter adiantamento até o dia do pagamento. Este obreiro 
nunca alcançou o pináculo da liderança que tanto aspirava. 
 As praxes da Associação Geral dizem: "Líderes que demonstram 
incapacidade para dirigir a obra em harmonia com as praxes financeiras 
 
 
 
 MM 
estabelecidas não deverão continuar com liderança executiva" (General Conference 
Working Policy, 1964, p. 234). 
 O pastor Spendwell dirigia uma boa escola. Os arredores estavam bem 
limpos, os edifícios bem cuidados. Os estudantes eram bem instruídos. De fato, 
quase todas as coisas marchavam bem, exceto o informe financeiro. O efeito que este 
importante documento tinha sobre o tesoureiro cada mês, era uma outra história, 
mais relacionada com a saúde do que com a administração. 
 Por um interessante reviravolta casual o irmão Spendwell mais tarde chegou 
a ser presidente de um campo. Como é que os irmãos esperavam que ele atuasse 
convenientemente em finanças, é uma pergunta. A mesma linha de conduta 
continuava. Cada mês o extrato financeiro mostrava um alarmante débito. Depois de 
 manter seus irmãos em apuros financeiros por quase um ano, pastor Spendwell 
recebeu um chamado para um trabalho departamental. Agora, sem preocupações 
financeiras para impedir sua paixão par o progresso, nosso irmão desempenhou um 
destacado trabalho. Encontrou o seu lugar, e o Senhor abençoou a sua liderança. 
 Assim é que os orçamentos têm ajudado os homens a encontrar o tipo de 
trabalho para o qual estão particularmente capacitados. 
 Atualmente, é muito simples operar dentro de um orçamento. Tão somente 
gastar menos dinheiro do que se recebe. É só isto - pergunte a qualquer tesoureiro. 
Se deseja mais dinheiro para gastar, tudo que precisa fazer (pelo menos 
teoricamente), é só aumentar as suas entradas. 
 Ao planejar um orçamento, não faça o que tenho visto alguns obreiros 
fazerem: anotar em primeiro lugar as despesas. Isto é colocar o carro na frente dos 
bois. Inicie com as entradas. No caso da igreja, elas incluem os fundos par as suas 
despesas gerais, Escola Sabatina e a escola paroquial e outras ofertas e pactos que 
entram periodicamente. Na associação, as entradas são constituídas normalmente de 
dízimos das igrejas, juros de investimentos, algumas vezes por subvenções das 
organizações superiores, e outras ofertas autorizadas pela mesa. As instituições 
educacionais e médicas, e o departamento de publicações dependem de quotas, 
vendas e subvenções. 
 
 
 
 NN 
 O administrador de uma igreja, uma associação ou uma instituição deve em 
primeiro lugar determinar as suas entradas para o ano seguinte antes de estabelecer o 
orçamento de suas despesas. Ao fazer o orçamento para o próximo ano, convem 
seguir o plano mais seguro de fazer uma estimativa das entradas um pouco mais 
baixo do que as do ano anterior. Se nos doze meses passados houve um aumento 
inesperado de dízimos ou outra entrada exagerada, o orçamento para o novo ano 
deve basear-se na suposição de que essas entradas extras não poderão ocorrer. 
 Depois de estabelecer as entradas em base realista, as despesas prováveis 
devem ser alistadas. Numa igreja pode-se incluir o aluguel, zelador, materiais de 
limpeza, salários para a escola (se existe), e materiais para a Escola Sabatina e outros 
departamentos. Pode ser uma lista grande e às vezes há necessidade de podá-la para 
se ajustar, mas sempre é um procedimento desagradável. 
 As associações devem pagar os salários dos seus obreiros e despesas e 
subsídios de aluguéis e outras regalias. Também têm os seus gastos de escritório, 
campanhas evangelísticas, programação dos departamentos, construção de igrejas, e 
muitas atividades - exigências que fazem os tesoureiros (e presidente) envelhecerem 
prematuramente. Dez por cento dos dízimos da associação vão para a União e, de 
acordo com uma planificação regularmente estabelecida, o dízimo dessa entrada vai 
para a Associação Geral. 
 Um colégio, a Voz da Profecia, Fé para Hoje e talvez outras organizações 
valiosas que servem a todas as associações, recebem certa porcentagem do dízimo do 
orçamento da associação. Uma porcentagem variável do dízimo vai para o fundo de 
jubilação da Associação Geral para ajudar a manter os dedicados obreiros que se 
aposentaram. em algumas partes do mundo é comum enviar 50% dos dízimos da 
associação para as organizações superiores, para diferentes projetos e propósitos. 
 Depois do orçamento ter sido estabelecido e aprovado por uma mesa 
competente, é muito fácil a continuação - não é? Tudo que os dirigentes têm que 
fazer é assegurar que cada um se mantenha dentro de seu orçamento, construir o 
capital operativo autorizado, e então viver sempre

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