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Psicologia Construtivista

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Campus Marques de São Vicente - Noturno 
 
 
Daniela do Monte Eugênio RA N476893 
Larissa Silva Santos RA Nº D9594A-6 
Natalia Fernandes de Oliveira da Silva RA Nº D986317 
Raissa de Moura Zanatto Mafra RA N° N490GA9 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2020 
 
 
Daniela do Monte Eugênio RA N° N476893 
Larissa Silva Santos RA Nº D9594A-6 
Natalia Fernandes de Oliveira da Silva RA Nº D986317 
Raissa de Moura Zanatto Mafra RA N° N490GA9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise dos desenhos de crianças de 
4 e 8 anos apresentado a matéria de 
Psicologia Construtivista, abordando 
os aspectos da sob os olhares de três 
autores: Piaget, Luquet e Lowenfeld. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2020 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO 
2. OS AUTORES 
3. O GRAFISMO 
4. O GRAFISMO SEGUNDO OS AUTORES 
5. OS DESENHOS 
6. CONCLUSÃO 
7. BIBLIOGRAFIA 
8. TERMO DE CONSENTIMENTO 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Grafismo, para psicologia, trata-se de na maioria das vezes, representações 
simbólicas sobre como a criança vê o mundo a sua volta sobre as coisas, pessoas e 
culturas ao seu redor e da forma que foi criada. As fases de acordo com a 
abordagem de cada autor é uma base para compreendê-las e entender seu 
desenvolvimento 
Piaget, Luquet e Lowenfeld são os principais autores das teorias sobre o 
desenvolvimento do grafismo infantil e possuem diferentes formas de abordar as 
fases dos estágios ou estádios dos desenhos feitos por elas, dentro disso 
analisamos dois desenhos feitos de modo livre por crianças de diferentes idades 
abordando a visão dos três autores em cada um deles buscando compreender o 
estádio/estágio de desenvolvimento de cada uma e as especificidades relacionadas 
à inteligência infantil. 
 
2. OS AUTORES 
 
George-Henri-Luquet foi um filósofo francês e foi pioneiro no estudo de desenho das 
crianças, sua tese de doutorado foi desenvolvida em cima desta questão, em 1913 
ele apresentou “Os desenhos de uma criança” a sua bancada e este livro foi um 
marco pelo método escolhido e pelos resultados, sendo referência até hoje. 
Luquet entender o quê, e como a criança desenhava a partir de um ponto de vista da 
evolução cognitiva 
 
Jean Piaget foi biólogo, psicólogo e epistemólogo nascido na Suíça. Piaget teve 
diversos grandes feitos na Psicologia, não só especificamente para o estudo do 
desenho infantil, mas para psicologia em geral. Tornou-se mundialmente 
reconhecido pela sua revolução epistemológica e deixou na terra mais de 50 livros e 
centenas de arquivos sobre suas teorias. 
No que se refere ao desenvolvimento infantil, Piaget aproximou-se mais e publicou 
seus primeiros artigos durante 1925 e 1931 onde teve filhos e ampliou seu convívio 
com a criança em todas as suas fases. 
Piaget compreende o desenho como um elemento básico para analisar o 
desenvolvimento infantil. Para ele, o desenho é uma forma e a expressão da 
comunicação entre o jogo simbólico e a imagem mental. A função simbólica é a 
capacidade que a criança desenvolve de reconstrução mental de objetos que nem 
sempre estão presentes, sendo que a capacidade simbólica, via de regra, advém da 
imitação da criança de aspectos da realidade. 
 
Viktor Lowenfeld foi um austríaco professor de educação artística em universidades 
da Pensilvânia, dentre suas centenas de artigos, Lowenfeld enfatizou o 
tema "Maneiras pelas quais crianças em diferentes estágios de desenvolvimento 
artístico devem ser estimuladas por meios e temas apropriados”. 
Lowenfeld afirma que “através da compreensão da forma, como o jovem desenha, e 
dos métodos que usa para retratar seu meio, podemos penetrar em seu 
comportamento e desenvolver a apreciação dos vários complexos modos como ele 
cresce e se desenvolve”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. O GRAFISMO 
 
Grafismo no que se refere a esta disciplina são os traços infantis e o que expressam, 
podem ser qualificados de acordo com teorias de alguns autores que estudaram a 
área com o objetivo de compreendermos a trajetória desta criança, sua vida, seu 
desenvolvimento, seu meio social, movimento que a criança apresenta e a intenção 
além das características de ação, pesquisa e exercício em seus traçados. 
Como resultado dos estudos de diversos autores percebeu-se claramente as etapas 
de desenvolvimento cognitivo e motor da criança estudada através de seus 
desenhos e também a possibilidade de identificar como a criança se manifesta 
emocionalmente ao desenhar. As leituras e reflexões acerca do desenvolvimento e 
expressão infantis através do desenho vão muito além de entender a evolução das 
formas gráficas. O grafismo é uma manifestação, que se bem estudada, pode ajudar 
de forma decisiva a entendermos o universo infantil e nosso próprio universo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. O GRAFISMO SEGUNDO OS AUTORES 
 
JEAN PIAGET 
Jean Piaget foi (1896-1980), foi um renomado Psicólogo suíço, que dedicou sua 
carreira a responder uma pergunta: Como o sujeito constrói o seu conhecimento? E 
chamou sua teoria de Epistemologia Genética de Piaget usa uma abordagem que 
procura compreender o desenvolvimento do conhecimento, desde o momento em 
que o indivíduo nasce até o momento em que é capaz de ter um raciocínio 
complexo. Portanto, o objeto de estudo de Piaget era o Conhecimento e não o 
desenvolvimento, tratando sempre em uma escala universal, ou seja, um estuda o 
ser humano sem acepção.Segundo Piaget o conceito de Estádio consiste é, cada 
estádio tem como base o anterior e estão sempre interligados. Sendo assim, uma 
criança no estágio Operatório concreto tem seu conhecimento (inteligência) baseado 
nos estágios Sensório-Motor e no Pré-operatório. 
Adaptação – trata-se de o sujeito se adaptar ao meio. 
A inteligência é uma organização de processos, maior grau de organização é tido 
como maior inteligência. 
Seus conceitos: 
Assimilação: Quando uma pessoa entra em contato com um objeto de conhecimento 
e retira desse objeto algumas informações retidas e assimila a informações já 
aprendidas, ou seja, assimilação consiste em assimilar o mundo através de sua 
perspectiva. 
Equilibrarão: O sujeito que entra em contato com um objeto novo, e esse contato 
pode gerar conflitos, e o período de adaptação e chamado de equilibração. 
Acomodação: As estruturas mentais que a pessoa tem para conhecer o mundo, elas 
são capazes de se modificar para dar conta das singularidades do objeto, e esse 
modificação tem por nome acomodação. 
Estádio: É quando o processo de equilibrarão toma a forma de períodos 
seqüenciais, e que existe sempre uma ruptura, ou seja, a criança para por uma serie 
de descobertas, conquistas, que serve como base para o próximo estádio. O estádio 
anterior não foi excluído, nem faltava nada, mas era um todo que se organiza a 
novos conhecimentos. 
Seus estádios: 
Sensório Motor,0 á 2 Anos 
Nesse período ocorre uma série de descobertas, e experiências que preparam a 
criança a falar sua primeiras palavras ou significantes por volta dos 2 anos, assim a 
criança tem o que falar pois construiu esse mundo antes.Essa fase também é 
conhecida como inteligência prática, pois é a fase de desenvolvimento 
 
desinteligência onde a criança não tem a linguagem, tem somente suas ações e 
percepções.Dentro desse período, há uma seqüência de sue estádios, que geram 
ações através do processo de adaptação-assimilação em três formas: 
Assimilação Funcional: repetição de esquema. 
Assimilação Generalizada: utilização do esquema em diferentes situações. 
Assimilação cognitiva: Reconhecimento dos esquemas. 
Pré-Operatório, 2 a 6 anos 
Nessa fase tem o surgimento da linguagem como interação social, o egocêntrico, e 
algumas características comuns que segundo Piaget:Imitação Diferida: Imita as 
coisas ao seu redor, do seu próprio jeito. Mas não se tratade imitar,mas da 
capacidade de representação. 
Jogo Simbólico: Trata-se do faz de conta, imaginação. 
Imagem mental: São representações internas (símbolos) de objetos ou experiências 
perceptivas passadas, por meio de imagens mentais (imitação interiorizada) 
Operatório concreto, 6 a 12 anos 
Nessa fase ocorre um significativo declínio do egocentrismo intelectual e certa 
ascensão do pensamento lógico. A criança tem a capacidade cognitiva de coordenar 
diferentes pontos.Nesse período a criança também tem a capacidade de interiorizar 
antes uma ação e depois manifestá-la, ou seja, raciocinar antes de ter ações. 
Operatório formal, 12 a 15anos 
Nesse período o adolescente tem a capacidade intelectual de elaborar conceitos, 
moral, justiça e etc. Tem a capacidade de lidar com operações abstratas como o 
amor, saudade, sentimentos. Essa fase também é marcada pela inserção na 
sociedade, com maiores responsabilidade e aumenta a cobrança, gerando assim 
operações formais mais sofisticadas. (PIAGET, J; INHELDER, B; 2003) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIKTOR LOWENFELD 
Viktor Lowenfeld (1903-1960) também realizou vários estudos sobre o grafismo 
infantil e, entre as publicações a respeito, destacam-se no Brasil duas obras: A 
criança e sua arte (1954/1976) e Desenvolvimento da Capacidade Criadora 
(1947/1977) em coautoria com W. Lambert Brittain. 
 
Lowenfeld (1903-1960) realizou vários estudos sobre o grafismo infantil e, cita quatro 
fases que desenvolvimento grafismo infantil sendo assim: 
Primeiro Estágio, chamado “garatujas”: Onde os desenhos saem desordenados, 
cheios de rabisco, começam do nada, imagina que podem desenvolver algo 
adquirindo todo espaço, este estágio ocorro entre os dois anos a quatro anos. 
Segundo Estágio “Pré- esquemático”: A criança no estágio pré esquemático começa 
ater noção, procura estruturar seu desenho, mas ainda assim falta organização, 
tentando representar o real, porém ainda desordenado, entre os quatro anos a sete 
anos. 
Terceiro Estágio “esquemático”: Neste estágio a criança desenha coisas que 
simbolizam o que está ao seu redor, inserido no seu meio coisas que pertencem o 
seu meio, obtém organização e lógica, isso acontece entre os sete anos aos nove 
anos. 
Quarto Estágio “Realismo”: A criança desenha coisas mais concretas e simbólicas, 
desenhos representativos de sua realidade, ocorrendo entre os noves anos a doze 
anos. A respeito das fases do desenvolvimento infantil, Lowenfeld afirma que “o 
conhecimento das mudanças, nos trabalhos que aparecem em vários níveis de 
desenvolvimento e das relações subjetivas entre a criança e seu meio, é necessário 
ao entendimento da evolução das atividades criadoras”. (PIAGET, J; INHELDER, B; 
2003) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GEORGES-HENRI LUQUET 
Luquet (1876-1965) inicia seus estudos observando de maneira sistemática os 
desenhos de seus filhos, Simone e Jean Luquet. Percebe o desenhar como um ato 
de representação da realidade, uma imitação do real através da representação e, 
nesse sentido, afirma que o desenho é realista na intenção. Portanto, o “realismo” do 
desenho é uma concepção chave em sua teoria. 
Compreende o desenvolvimento do grafismo infantil em quatro importantes etapas, 
demonstrando que o desenho sofre mudanças e destacando um realismo que se 
desenvolve na medida em que a criança vai avançando em idade. 
Essa característica realista apontada por Luquet sofre modificações ao longo do 
desenvolvimento infantil. Gradativamente o desenho vai evoluindo em etapas e em 
cada uma delas há um tipo de realismo. Em outras palavras, o realismo do desenho 
infantil ocorre em diferentes fases: 
Realismo Fortuito (2 a 3 anos): Desenho involuntário com linhas e rabiscos, onde a 
criança desenha sem intenção assimilando seus traços com a realidade. 
Realismo Falhado (3 a 4 anos): A criança não consegue representa a realidade na 
sua representação. Ou seja, não tem a capacidade de pegar os dados da realidade 
e sintetizar. 
Realismo Intelectual (4 a 8 anos): A criança se prende a realidade, mas projeta sua 
intelectualidade. Nesse período e comum o uso de legendas em seus desenhos. 
Realismo Visual è (9 a 12 anos): Apresenta elementos visuais mais sofisticados, 
desenha detalhes, tem por finalidade particularizar seus desenhos. E tem por 
característica desenhar o que seus olhos alcançam. (PIAGET, J; INHELDER, B; 
2003) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. OS DESENHOS 
Esta coleta de dados e referências busca entender como a criança se expressa 
através dessas representações e como estas mudam de acordo com o 
desenvolvimento cognitivo e motor da criança, principalmente conforme a criança 
amplia sua visão de mundo em relação a pormenores e como se vê enquanto sujeito 
criador. 
Abaixo mostramos dois desenhos de crianças em diferentes fases e idades, a 
primeira de K.M de 4 anos, e a segunda de H.M de 8 anos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
K.M, 4 anos. 
 
 
 
 
 
SEGUNDO PIAGET 
O estádio pré-operatório (2 a 6 anos) é marcado pela passagem da inteligência 
sensório-motora, prática para a inteligência representativa. A criança, a partir dos 
dois anos, passa a ter uma função de pensamento, uma função simbólica ou 
semiótica, que possibilita a representação de um objeto ausente (significante) por 
meio de um significado, que podem ser expressos de várias maneiras. (GOULART, 
2009, Parte I.) 
Analisando o desenho número 1 segundo Piaget (1896-1980), observamos 
características representativas conforme o estádio pré-operatório (2 a 6 anos) onde 
mostra uma imagem que visualmente aparenta ser um prédio comercial por 
determinadas características analisadas, como: o acesso aparentemente direto a 
uma grande porta principal, com poucas e grandes janelas e jardim. 
A evolução da habilidade motora associada ao aparecimento da linguagem, mesmo 
que rudimentar a princípio, amplia consideravelmente o campo de exploração físico 
e social da criança. O ambiente de convivência da criança não será mais somente o 
doméstico, de tal forma que ela se empreendera na tentativa de inserção numa 
sociedade mais ampla (RAPAPPORT, 1981c) 
 
SEGUNDO LOWENFELD 
Garatujas (2-4 anos) è São quatro tipos: desordenadas (rabiscos que não respeitam 
o limite do papel saem da folha, a criança risca a base onde está a folha); 
controladas (os riscos não saem mais da folha, a criança respeita os limites do 
papel); nomeadas (a criança começa a tirar o lápis do papel dando nome aos riscos 
que faz na folha); diagramadas (traços e linhas se interligam formando uma espécie 
de mosaico ou mandala). (PIAGET, J; INHELDER, B; 2003 pág 117-118) 
Lowenfeld (1903-1960) apresenta em sua teoria o estágio chamado “Garatujos” que 
significa gatafunho, ou rabisco, neste estágio dos 2 ao 4 anos, a criança desenvolve 
em seus desenhos, apenas rabiscos sem coerência e necessidade de sentido. 
Todavia, no desenho apresentado por K.M vemos o ingresso da criança, apesar da 
idade, no estágio pré-esquemático, onde o desenho ainda não possui ordem porém 
existe a representação de objetos concretos, vemos isso ao observar a habilidade 
de esquematizar suas idéias visto que o desenho apresenta janelas, uma porta e 
mostra um ângulo muito perto conforme o desenho que praticamente ocupa a folha 
toda representando sua forma de observação dado a idade e altura. 
É possível identificar o significante (prédio) e o significado (desenho que carrega o 
significado objetivo), formando assim a representação simbólica, ou seja, a maneira 
de como a criança assimila o mundo e as coisas. 
 
 
 
SEGUNDO LUQUET 
Segundo as explicações de Luquet (1876-1965), analisando o desenho da criança 
descartamos as características do chamado por ele de “realismo fortuito” è analogia 
entre o traço e o objeto, dando nome e isso ocorre ao acaso, fortuitamente, que 
consiste na característica de: no fortuito voluntário, linhas queainda não possuem 
consciência, apenas prazer motor em desenhar, e o realismo fortuito voluntário, 
onde ele assimila seus traços com a realidade. 
O desenho mostra característica muito próxima, do realismo fracassado, onde a 
criança reproduz objetos e formas com o que condiz com a realidade de seu 
repertório pessoal, esta fase se dá nos 3 a 4 anos de idade, que é onde o autor de 
nosso desenho analisado se encontra, além de observarmos claras características 
da fase do realismo intelectual, onde acriança não só representa o que vê, mas o 
que sabe sobre as coisas, fase caracterizada por criação de vínculos entre as 
formas apresentadas, vemos isso quando percebemos a apresentação de 
significantes com características de um jardim ou grama, que leva a entrada da 
aparente porta principal e a apresentação de janelas, formando um prédio completo. 
Concluindo, para Luquet a característica fundamental do desenho infantil é ser 
realista, a criança quando desenha expressa uma intenção de representar a 
realidade tal qual ela se apresenta. Nesse sentido, o desenho infantil é uma imitação 
do real por meio de uma representação e por isso é realista na intenção. (PIAGET, 
2003, pág 101) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENHO 2 H.M 8 ANOS 
 
 
 
 
 
 
SEGUNDO PIAGET 
No estádio operatório concreto (7 a 11 anos), a principal característica é que o 
pensamento deixa de ser pré-lógico e passa a ser um pensamento operatório, ou 
seja, a criança tem a capacidade cognitiva de coordenar diferentes pontos de vista 
de maneira lógica, expressando ações cognitivas mais elaboradas. No entanto, 
embora tenha essa possibilidade de maior expressão do pensamento, para poder 
utilizá-lo de maneira lógica, é necessário o manuseio e a observação de objetos 
concretos. (PIAGET, 2003, pág 78-81) 
No desenho apresentado por esta criança, vemos características do estádio das 
operações concretas (6- a 10-12 anos), onde a criança tem capacidade cognitiva de 
apresentar diferentes pontos vendo que desenhou formas, plantas e fenômenos 
meteorológicos. Outra característica é a necessidade de coerência e lógica, visto 
que, o aparente arco-íris tem um tamanho proporcional relacionado a planta que 
está em baixo, apresentando assim o conceito de classificação. Além disto, 
observamos também traços do estádio pré-operatório, a criança mostra seu 
egocentrismo quando apresenta a necessidade de mostrar a sua autoria quando 
assina o desenho. 
 
SEGUNDO LOWENFELD 
Esquemática (7-9 anos) è aparecimento da linha de base possibilitando maior 
coordenação no desenho: objetos do chão e objetos no céu; há exageros e 
omissões, e a utilização de plano deitado e dos raios-X. (PIAGET, 2003, pág 105) 
Segundo Lowenfeld (1903-1960), a criança do desenho analisado se encontra no 
estágio esquemático que necessita organização e lógica na sua representação, os 
objetos podem ser reais no mundo físico ou somente fruto de sua imaginação, 
vemos que os objetos do desenho de H.M são reais e proporcionalmente 
apresentam uma lógica. Podemos interpretar que, trata-se da sua representação 
simbólica de objetos já conhecidos no passado. 
 
 SEGUNDO LUQUET 
Realismo Intelectual (4 a 8 anos) è a criança desenha o que sabe e não o que vê. 
Utiliza três técnicas em seus desenhos: transparência, plano deitado, rebatimento. . 
(PIAGET, 2003, pág 100) 
Para Luque (1876-1965), o desenho apresenta características do realismo 
intelectual, ou seja, a criança se prende a realidade, mas projeta sua 
intelectualidade, identificamos isso quando observamos ao parente vaso. Outras 
características observadas se encontram na fase do realismo visual, onde a criança 
desenha detalhes e tem por finalidade particularizar o seu desenho, vemos 
claramente na personalização do aparente vaso e em sua assinatura. 
 
6. CONCLUSÃO 
Conforme os principais autores estudados pelo grupo com as suas teorias sobre o 
grafismo, podemos identificar os desenhos de duas crianças com idades diferentes 
em cima das teorias dos autores, também a maneiras com que as crianças 
relacionar-se com a realidade que o rodeia ao se expressar no desenho. 
De outra forma muito importante seria a divisão das faixas etárias,ao decorrer do 
trabalho passou a ser uma referencia bastante importante, todas as crianças 
vivenciam por todas as fases, porém o início e o término de cada uma delas pode 
sofrer variações em função das características da estrutura biológica de cada 
indivíduo e também percebido dos desenhos a cima os estímulos proporcionados 
pelo meio ambiente em que ele estiver inserido. 
É na linguagem gráfica de cada criança (indivíduo), que se tem a revelação 
emocional e psíquica da criança onde deixa registrada, suas idéias, suas vontades e 
suas fantasias, aquilo que se tem vontade de expressar. É através desta evolução 
do grafismo das fases de cada autor, que podemos acompanhar as mudanças e 
evolução dos desenhos da criança e de sua identidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. BLIBIOGRAFIA 
 
• PIAGET, J.; INHELDER, B. O desenho. In: A Psicologia da Criança. 3ª ed. Trad. Octavio Mendes 
Cajado. São Paulo: Difel, 2003. 
• PIAGET, Jean (1964). A Formação do símbolo na criança. 4ª. Ed. Rio de Janeiro: LTC Livros 
Técnicos e Científicos Ed., 2010. 
• MEREDIEU, F. de O desenho infantil. São Paulo: Cultrix, 2000. 
• PILLOTTO, S. S. D.; SILVA, M. K.; MOGNOL, L. T. Grafismo infantil: linguagem do desenho. In: 
Revista Linhas - Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, Florianópolis/SC, v. 5, n. 
2, 2004.

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