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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ISABELLA KOBNER JORGE FILHO MATZEMBACHER IMPACTOS DO PLANEJAMENTO NO CUSTO FINAL DA OBRA CURITIBA 2015 ISABELLA KOBNER JORGE FILHO MATZEMBACHER IMPACTOS DO PLANEJAMENTO NO CUSTO FINAL DA OBRA Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências Exatas e de Tecnologia da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau de Engenheiro Civil. Orientador: Marisa Weber CURITIBA 2015 AGRADECIMENTOS Agradecemos ao Curso dе Engenharia Civil dа Universidade Tuiuti do Paraná, е às pessoas cоm quem convivemos nesses espaços ао longo desses anos. А experiência dе υmа produção compartilhada nа comunhão cоm amigos nesses espaços foram а melhor experiência de nossa formação acadêmica. Agradeço а Deus pois sеm Ele nãо teriamos forças pаrа essa longa jornada, agradecemos аos professores е аоs colegas qυе ajudaram nа conclusão dа monografia. À professora Marisa Weber, pоr seus ensinamentos, paciência е confiança ао longo dаs supervisões dаs nossas atividades. É υm prazer tê-la nа banca examinadora. Аоs familiares que mesmo longe, torcem dando muito incentivo е apoio constante. RESUMO São conhecidas as vantagens que se obtém em realizar um trabalho com base no planejamento, no caso da construção civil não é diferente. Benefícios como otimização de mão de obra, redução de material e de prazo são alguns dos impactos do planejamento no custo final de uma obra. Trabalhar com foco no planejamento e controle tem significativa importância nesse setor dada a crescente competitividade, as margens vão diminuindo no contexto orçamentário e de custos disponíveis. Assim tornam-se fundamentais as ações de planejamento que podem ser desenvolvidas através de um estudo de viabilidade, por meio da elaboração de um orçamento detalhando da obra e planejamento dos custos através de cronograma físico financeiro, que envolve tempo, mão de obra, qualidade de equipamentos e demais fatores. O presente estudo se dedica a demonstrar os impactos provenientes da falta de planejamento no custo final da obra através dos objetivos citados. Para tanto foi realizado o estudo de orçamento de uma obra, com composições abertas, feito análise do custo real, avaliado a produtividade da mão de obra e equipamentos e as soluções técnicas aplicadas para reduzir os custos da obra. Ao longo dos estudos foi possível identificar os impactos significativos que o planejamento é capaz de proporcionar no custo final da obra. Palavras-Chave: Planejamento de obras; Controle de custo; Gerenciamento de obras; Orçamento; Custos. LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – AS CINCO FASES DO CICLO DE PLANEJAMENTO.......................11 FIGURA 2 – CICLO DE VIDA DE UM PROJETO...................................................14 FIGURA 3 – CURVA ABC.......................................................................................43 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 – PREVISTO X REALIZADO X VALOR DISPONÍVEL.......................52 LISTA DE QUADROS QUADRO 1 – GRUPO DE PROCESSOS SEGUNDO O PMI ..................................12 QUADRO 2 – LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS DE MATERIAIS.................29 QUADRO 3 – DETALHAMENTO DE BDI..................................................................37 QUADRO 4 – DETALHAMENTO DE BDI EXECUÇÃO GLOBAL..............................38 QUADRO 5 – DETALHAMENTO DE BDI EXECUÇÃO PARCIAL.............................38 QUADRO 6 – DETALHAMENTO DE BDI COM RESULTADO FINAL.......................39 QUADRO 7 – CURVA ABC - SERVIÇOS..................................................................40 QUADRO 8 – CURVA ABC - INSUMOS....................................................................41 QUADRO 9 – FATURAS DIRETAS...........................................................................43 QUADRO 10 – COMPARATIVO................................................................................44 QUADRO 11 – SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO FINAL.........................................44 QUADRO 12 – SERVIÇOS DE ATERRO..................................................................45 QUADRO 13 – PREVISTO X REALIZADO X VERBA DISPONÍVEL........................47 LISTA DE SIGLAS ACIII Argamassas Colante de alta resistencia Acum. Acumulado ART Anotação de Responsabilidade Técnica BDI Benefícios e Despesas Indiretas CA-50/60 Categoria do aço CA-25 barras de aço com superfície lisa CBUQ Concreto Betuminoso Usinado a Quente CHECK Verificação CPII Cimento portland composto com pozolana cj Conjunto CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido cm Centímetro COFINS Contribuição para Financiamento da Seguridade Social DWG extensão de arquivos de desenho e Espessura EPC Equipamento de proteção Coletiva EPI Equipamento de proteção individual ERP Planejamento de recurso corporativo fck Resistência Característica do Concreto à Compressão h Hora h.h Hora homem INSS Instituto Nacional do Seguro Social IRPJ Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas ISS Imposto sobre serviços Kg Quilograma Kg/m Quilograma por metro l Litro mm Milimetros Mpa Mega Pascal m² Metro quadrado m³ metro cubico MO Mão de obra PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil PDCA PLAN - DO - CHECK - ACT / Plan-Do-Check-Adjust PLAN Planejamento PIS Programa de Integração Social PMI Project Management Institute PMBOK Project Management Body of Knowledge Q196 Tela Soldada Nervurada Gerdau rl Rolo SPDA Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas t/m² toneladas por metro quadrado Ton Toneladas un Unidade Vb Verba LISTA DE SÍMBOLOS Ø Diâmetro % Porcentagem x Multiplicação + Soma - Subtração R$ Real (moeda) SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11 1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 13 1.1.1 Objetivo geral .................................... ............................................................ 13 1.1.2 Objetivos específicos ............................. ...................................................... 13 2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................... .................................................... 14 2.1 PLANEJAMENTO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES .............................................. 14 2.1.1 A efetividade do planejamento na execução de projet os ......................... 16 2.1.2 O papel do gestor para o cumprimento do planejament o ......................... 19 2.1.3 Planejamento e controle ........................... ................................................... 21 2.2 O CONTROLE ORÇAMENTÁRIO DA OBRA ..................................................... 22 2.2.1 Necessidades e vantagens do controle orçamentário . ............................. 24 3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................... ..................................................... 28 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................... ............................................... 36 5 CONCLUSÃO ......................................... .............................................................. 56 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................ ................................................. 58 ANEXOS ................................................................................................................... 61 11 1 INTRODUÇÃOA indústria da construção civil tem grande importância para a economia do país. Difere das demais, por que apresenta peculiaridades que são o reflexo de sua estrutura dinâmica e complexa. A arte de construir reúne um conjunto de máquinas, equipamentos, materiais e profissionais que, associados, produzem a obra planejada, fatores estes que carecem de um planejamento para que prazos e custos sejam atendidos. A importância do planejamento ainda não foi absorvida por completo pelos gestores de obra aqui no Brasil, haja vista que são poucos os empreendimentos que de fato se utilizam desse sistema ao longo do território nacional. Postura esta que reflete uma realidade distante do que deveria ser a execução de um projeto, uma vez que se o planejamento não for elaborado ou seguido, impactos negativos podem afetar o processo e encarecer o custo total da obra. Estudar a quantificação do montante de gastos a serem despendidos é fundamental para o sucesso de qualquer projeto, considerando questões diversas como segurança, hora extra, entre outros. O gerenciamento de custos começa na criação do projeto, deve ser contemplado já nos primeiros estudos de viabilidade, onde o nível de precisão geralmente é alto. Segundo Assed (1986), o planejamento é a função administrativa que compreende a seleção de objetivos, diretrizes, planos, processos e programas. A falta de planejamento tem potencial de ser uma das causas de tantas obras inacabadas, construída de forma precária e sem contemplar qualquer função econômica. Fator este que vem justificar a relevância do presente estudo, uma vez que tais questões geram reflexos de ordem econômica e social. Com o intuito de analisar os impactos gerados pelo planejamento no final de uma obra foi que se realizou este estudo, onde foram levantadas as características de um planejamento, o que ele aborda no escopo do projeto, quais as necessidades a serem contempladas e de que forma ele se comporta ao longo da execução do projeto no tocante ao andamento dos trabalhos e alocamento dos custos. Todo estudo se norteia diante de uma problemática, aqui não se faz diferente, levanta-se como questão a ser solucionada sanar dúvidas sobre como o planejamento pode interferir no custo de uma obra. Dessa forma, a principal motivação para este estudo refere-se da necessidade de analisar o resultado financeiro obtido nas obras com uso do planejamento como ferramenta principal. O 12 trabalho justifica-se por ter o potencial de contribuir, do ponto de vista social e econômico, já que almeja obter resultados que influenciam no aspecto financeiro e de durabilidade, quando comparado com sistema sem planejamento. Além do que o tema proposto está inserido num dos mais importantes assuntos que englobam a construção civil, que é o controle de custos, o que de modo geral, está baseado na identificação de variações negativas entre os custos orçados e os custos reais, que podem interferir na qualidade dos empreendimentos. Apresenta-se aqui, portanto, um trabalho de conclusão de curso elaborado por meio da metodologia da pesquisa bibliográfica, para a efetivação da pesquisa aqui apresentada tomou-se por metodologia um conjunto de técnicas. Segundo Gil (1999, p. 26), a investigação científica depende de um “conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos”. Portanto, a análise de dados técnicos também foi um método utilizado, foram pesquisados e analisados alguns gráficos, relatórios e levantamentos feitos pela própria empresa em questão sobre a condição das prováveis perdas para assim poderem ser apresentadas as possiblidades de detecção. Para caracterizar a metodologia utilizada sob o ponto de vista da forma de abordagem do tema, é possível afirmar que a presente pesquisa pode ser considerada como de caráter qualitativo, isso porque segundo o entendimento de Silva e Menezes (2000) o método qualitativo faz relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, com vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzida em números. Para os autores a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são questões básicas no processo de pesquisa qualitativa. O ambiente natural – onde acontece o fato em estudo – é a fonte direta para coleta de dados, e o pesquisador é o instrumento-chave. Na pesquisa descritiva, os pesquisadores em questão tendem a analisar seus dados indutivamente e os processos e seu significado são os focos principais de abordagem. Inicialmente são apresentados alguns conceitos fundamentais sobre planejamento, custos, orçamento e controle gerencial. Em seguida, é mostrado um diagnóstico dos impactos da falta de planejamento no custo final da obra. 13 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo geral Analisar as estratégias de planejamento, visando atingir metas, que impactam no custo final da obra de um prédio industrial no município de Curitiba. 1.1.2 Objetivos específicos a) Definir Empreitada utilizando a técnica de gestão de qualidade, uma estratégia de planejamento no orçamento, comparando em particular Global e Parcial; b) Classificar uma planilha de BDI em Parcial e Global, para o caso do Prédio Industrial; c) Apresentar insumos mensuráveis para negociações de faturas diretas e ganhos de compras; d) Comparar lucro das etapas de obras entre previsto e realizado; e) Apresentar soluções técnicas para reduções nos custos da obra; 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 PLANEJAMENTO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES O planejamento tem sido colocado por diversos autores como um fator preponderante para que seja alcançado êxito na coordenação entre várias entidades participantes de uma obra, sendo considerado como uma função gerencial básica (LAUFER e TUCKER, 1987). No entendimento de Laufer (1990), o planejamento é fundamental devido a uma série de questões, das quais ele cita: obter melhor compreensão dos objetivos, classificá-los e aumentar a possibilidade de atendê-los; definir todos os trabalhos exigidos para habilitar cada participante do empreendimento a identificar e planejar a sua parcela de trabalho e assim não gerar horas extras nem ociosas; desenvolver uma referência básica para processos de orçamento e programação mais precisos; disponibilizar uma melhor coordenação e integração; produzir informações e decisões mais consistentes; evitar decisões errôneas em projetos futuros, através da análise das decisões atuais; melhorar o planejamento através da consideração e análise de mais alternativas; acelerar a velocidade de respostas. Para conceituar o planejamento, também é possível tomar posse da definição de Bernardes (1996), ele afirma que o planejamento pode ser visto como um processo de desenvolvimento de alternativas que permite a escolha de uma dentre as várias identificadas, de acordo com determinados critérios, visando a consecução de determinado objetivo. Para Varalla (2003, p. 36), planejamento trata-se de um processo de previsão de decisões que envolve “estabelecimento de metas e definição dos recursos necessários para atingí-las”. O autor complementa que a realização do planejamento envolve uma grande quantidade de atividades, dentre elas: definição das pessoas envolvidas e suas responsabilidades; estabelecimento de prazos; definição dos recursos necessários (ferramentas e técnicas do planejamento); definição do grau de detalhes de planejamento que se pretende atingir. Já Formoso (1991), define o planejamento como um processo gerencial de estabelecimento de objetivos e dos meios para atingí-los, sendo efetivo somente se acompanhado de um processo de controle das atividades executadas. 15 Para Laufer & Tucker (1987), o planejamento se define por um processo, o qual envolve cinco fases, que são demonstradas na Figura 1: a) planejamento do processo de planejamento;b) coleta da informação; c) preparação de planos; d) difusão da informação e; e) avaliação do processo de planejamento. A primeira fase do processo de planejamento estabelece a necessidade de se pensar em um plano de ação e em como executá-lo, na fase seguinte, a coleta de informação, estabelece-se a necessidade de levantamento de informações a respeito do que se pretende na obra, acerca de prazos, mão de obra e custos, basicamente. A seguir, na fase de preparação de planos, passa-se para o momento de preparar os planos estabelecendo responsáveis e modo de fazer com base nas informações levantadas na fase anterior, na sequência as informações devem ser difundidas entre os principais envolvidos. Após completado esse ciclo, finalmente é realizada e avaliação do processo de planejamento a fim de perceber se houveram discrepâncias com relação ao planejado, caso sejam percebidas desconexões entre previsto e realizado, o ciclo é refeito (LAUFER & TUCKER, 1987) . FIGURA 1 – AS CINCO FASES DO CICLO DE PLANEJAMENTO FONTE: LAUFER & TUCKER (1987) 16 2.1.1 A efetividade do planejamento na execução de projetos Segundo o Project Management Institute (PMI, 2004, p. 5) “um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. A sua natureza temporária indica um início e um término definidos”. O PMI, indica que um projeto chega ao fim quando, pelo menos uma das alternativas a seguir for verdadeira: objetivos alcançados e a obra finalizada; quando ficar definido que os objetivos não serão ou não poderão ser atingidos ou quando o projeto não tem mais razão de existir. Pode-se dizer que o produto de um projeto é um bem ou um serviço descrito em seu objetivo ou escopo. Os projetos são compostos por uma série de ações, denominadas atividades e executadas de forma cadenciada. E esse conjunto precisa estar alinhado, em funcionamento, prazos e demais fatores para que não venha a gerar impactos no tocante ao custo final da obra (PMI, 2004). Como destaca Agostini (apud COHEN e FRANCO, 1993, p. 85) a Organização das Nações Unidas (ONU) diz que um “projeto é um empreendimento planejado que consiste em um conjunto de atividades inter-relacionadas e coordenadas para alcançar objetivos específicos dentro dos limites de um orçamento e de um período de tempo dados”. Desta forma um projeto deve ter uma data específica para começar e para concluir um determinado escopo dentro de um custo predefinido. Para que um projeto possa evoluir de forma organizada desde o seu início até a sua conclusão ele precisa de uma sequência estrutural lógica. Desta forma, o PMI (2004) descreve um modelo de processos gerais por fase do projeto. 17 QUADRO 1 - GRUPO DE PROCESSOS SEGUNDO O PMI (2004) GRUPO DE PROCESSO DESCRIÇÃO INICIAÇÃO Consiste nos processos que formalizam o início do projeto ou de uma fase do projeto, como a documentação dos interesses de todos os envolvidos no projeto. Os principais documentos produzidos nesta fase tratam-se do Termo de Abertura, documento que oficializa o início do projeto e dá nome ao gerente do projeto, além do Registro das Partes Interessadas, que documenta todos os requisitos dos envolvidos ou impactados pelo projeto. PLANEJAMENTO Como o próprio nome diz, é neste processo que são planejados o escopo do projeto, orçamento, prazo de execução, comunicação, recursos humanos, riscos, suprimentos que, ao final, em conjunto, constitui-se o principal documento do projeto: Plano de Gerenciamento do Projeto. O Plano de Gerenciamento do Projeto é o principal documento deste processo, o qual irá orientar a sua execução; EXECUÇÃO Neste processo, executa-se o Plano de Gerenciamento do Projeto, produzido no Processo de Planejamento. Sua principal função é produzir as entregas planejadas dentro do custo, escopo e prazo contido no Plano de Gerenciamento do Projeto. Além da execução, neste processo, trata-se das solicitações de mudança, do controle de qualidade das entregas, etc. MONITORAMENTO E CONTROLE No processo de Monitoramento e Controle há o acompanhamento e o gerenciamento de tudo que foi planejado e se essas etapas estão sendo executadas conforme o Plano de Gerenciamento do Projeto. Este processo engloba todos os outros processos, pois o monitoramento e o controle acontecem durante todo o ciclo de vida do projeto. ENCERRAMENTO Neste processo são encerradas, formalmente, as fases do projeto, as entregas são avaliadas, os contratos com fornecedores são encerrados e o projeto finalizado. FONTE: adaptado do PMBOK (PMI, 2004). 18 Na Figura 2 se exemplifica um modelo de ciclo de vida e o posicionamento dos grupos de processos ao longo da execução do projeto. Indica que em função do tempo e do custo, o projeto passa pela fase da iniciação, entram em ação paralelamento o planejamento e controle, que antecedem a execução, sendo que o planejamento passa por um pico inicial, antes da execução ter início e, ao chegar a fase de encerramento esta é acompanhada pelo planejamento e controle que se mantêm ao longo de toda a obra (PMI, 2004). FIGURA 1 - CICLO DE VIDA DE UM PROJETO FONTE: adaptado do PMBOK (PMI, 2004). Assim como em qualquer ramo de atividade industrial o planejamento é uma atividade essencial no contexto da construção civil. Alberton e Ensslin (1994), dizem que se faz essencial porque os projetos civis combinam uma série de recursos, os quais estão em constante conversação e necessitam contar uns com os outros. Diferentes materiais, diversas equipes de mão-de-obra, variados equipamentos, todos entrelaçados em um único capital de investimento que está sujeito a sofrer restrições por fatores externos ou internos à obra. A ausência de um planejamento é uma das deficiências encontradas no antes, durante e no depois da execução de obras em construção civil, isso porque é o planejamento que define as etapas e ordena as atividades a serem desenvolvidas numa sequência lógica, procurando atingir o controle da qualidade, do desperdício e da velocidade nos canteiros de obra (ALBERTON e ENSSLIN, 1994). A alocação de recursos no devido tempo e o fornecimento de dados e fatos para o controle somente são possíveis através de um eficiente sistema de planejamento e programação. Assed (1986), defende que o custo de uma obra decresce à medida que ela é mais planejada e controlada, pois assim eliminam-se 19 custos adicionais provenientes de improvisações, perdas, baixa produtividade entre outros fatores. Para Assed (1986), os objetivos de uma empresa podem ser alcançados, dentro da máxima eficiência, se houver harmonia entre os recursos físicos e financeiros, o que se dá por meio de um planejamento racional, pré-requisito básico para se obter uma definição precisa dos recursos necessários, compatíveis com os prazos e custos. Deficiências na administração da obra podem gerar inúmeros descontroles que irão certamente, impactar no custo final da obra, tais como: falta ou excesso de mão- de-obra e materiais, atrasos e interrupções na produção, entre outros. As análises comparativas, sobre alternativas do que e como fazer, e a definição do ritmo mais econômico de produção são estudos pertinentes para a eficiência do processo de tomada de decisões. O planejamento tem que ser implementado na empresa como empreendimento, para se evitar a minimização de sua aplicação, devendo a equipe de planejamento funcionar como suporte aos setores usuários na utilização das técnicas de acompanhamento (ASSED, 1986). Gerenciamento de projetos é a forma de gerenciamento baseado na aplicação de um conjunto de ferramentas de trabalho que permitem que a organização desenvolva um conjunto de habilidades, incluindo conhecimento e capacidades individuais, destinados ao controle de eventos não repetitivos, únicos e complexos, dentrode um cenário de tempo, custo e qualidade pré- determinados (PEREIRA, 2007, p. 6). Importante salientar que conforme as colocações de Pereira (2007) o gerenciamento de projetos fornece as ferramentas e as técnicas para que a equipe de projetos organize o trabalho para lidar com as variáveis: escopo, tempo, custo e qualidade. As quais, por sua vez, podem sofrer interferências de clientes externos ou internos. A determinação dos valores dessas variáveis fica a critério do gerente do projeto, com base em técnicas de estimativas. 2.1.2 O papel do gestor para o cumprimento do planejamento É indiscutível a relevância que possui a ordem hierárquica em qualquer processo, quando se fala de uma obra e de planejamento, esta necessidade fica 20 ainda mais óbvia. Para que falhas organizacionais não ocorram, cabe aos gestores, conforme defende Daft (1999), serem rigorosos em relação ao controle, e ainda, busquem informações apropriadas para que o processo decisório flua com maior confiabilidade. Os administradores de uma obra, seja ele um engenheiro responsável ou especialista em gestão, deve ter em mente que nem sempre o que funciona bem em uma empresa irá funcionar em outra, as decisões e avaliações devem ser exclusivas. A organização deve também focar no monitoramento das atividades dos funcionários, verificando se a mesma está no caminho certo para atingir seus objetivos, além de efetuar as devidas correções que se fizerem necessárias ao longo do processo (DAFT, 1999). Mintzberg (2005), defende que o papel do gestor e suas ações dizem respeito a categorias específicas de comportamento gerencial. O autor cita alguns papéis, desse importante elemento dentro da obra, agrupados em torno de três temas: relações interpessoais, transferências de informações e tomada de decisões. Fatores que precisam ser acompanhados no planejamento para evitar impactos negativos no fim da obra. Na parte de relações interpessoais Mintzberg (2005) evidencia esta atividade como sendo o principal contato para fontes externas de fornecimento de informações para o gerente, que envolve indivíduos ou grupos internos ou externos. Já com os papéis informacionais, os gestores adquirem conhecimentos através de organizações e instituições externas, assumindo um papel de disseminador. Por último está o papel decisorial que engloba quatro atores que trabalham em torno das escolhas: empreendedores, controladores de conflitos, alocadores de recursos e negociadores. Chiavenato (2000) sugere que o controle, em suas várias formas, objetiva auxiliar nas decisões da alta gerência, no controle e no desempenho da empresa de forma sistêmica e integrada. Uma vez estabelecidos os objetivos a serem atingidos, elaboram-se os planos para alcançá-los, sendo que o controle estará desempenhando a função de aferir as reais condições, seu confronto com os padrões, além de direcionar a empresa no rumo certo aos objetivos pretendidos. De forma geral, entende-se que a missão do gerenciamento de projetos é atingir, e se possível até exceder, as necessidades e expectativas das partes interessadas, com relação aos objetivos do projeto (escopo, prazo e custo) (CHIAVENATO, 2000). 21 2.1.3 Planejamento e controle O alcance da eficiência total, ou seja, que obtenha-se ganhos na qualidade, que seja efetiva a redução de custos e que ocorra maior agilidade e flexibilidade na obra, é uma busca contínua nas empresas de construção civil. E, no entendimento de Jungles (2006) um dos pontos de vital importância neste processo é um gerenciamento eficaz e eficiente. Dentro desse gerenciamento, pode-se destacar dois processos de extrema importância: o planejamento e o controle. “Planejar significa decidir antecipadamente” (ACKOFF et al., 1984 apud FREZATTI, 1999). Conforme Alberton e Ensslin (1994), o controle que se faz mediante o acompanhamento do planejamento é realizado pela equipe que gerencia a obra, dessa forma, cabe ao gerente de projetos essa função. O controle gerencial é de extrema importância no decorrer da obra, e trata-se basicamente da realização de uma comparação sistemática entre o previsto e o realizado, cujo objetivo é fornecer subsídios para as análises físicas, econômicas e financeiras e estabelecer os critérios lógicos para a tomada de decisões. Assim, o controle como função do gestor nada mais é que a comparação sistemática entre o previsto e o realizado, tendo como principal objetivo fornecer subsídios para as análises físicas, econômicas e financeiras e estabelecer os critérios lógicos para a tomada de decisões ao longo da da exuecução da obra (ALBERTON E ENSSLIN, 1994). Decidir implica em analisar e escolher alternativas de ações, segundo as preferências, disponibilidades, custos, grau de risco, que a obra pode ser exposta (FREZATTI, 1999). Esse processo de planejamento, sem um posterior acompanhamento, que é o controle, do que foi executado, é algo sem valor. É tempo – e no caso de uma obra também dinheiro - desperdiçado. Ackoff (1976, apud BERNARDES, 1996, p. 78) prepondera que planejamento pode ser considerado como a “definição de um futuro desejado e de meios eficazes de alcançá-lo”. Diante dessa definição, mais uma vez percebe-se que o planejamento está diretamente ligado à tomada de decisões. E, consequentemente, posterior ao planejamento deve proceder o controle do que foi executado. É possível afirmar que o controle, no caso de uma obra, é o processo pelo qual o engenheiro responsável verifica se os recursos necessários à execução de 22 determinado serviço são obtidos e utilizados com eficiência e de acordo com o planejado. Por recursos, entende-se os materiais e insumos, assim como a mão-de- obra (ALBERTON e ENSSLIN, 1994). De acordo com os pesquisadores Alberton e Ensslin (1994), existem várias técnicas que aplicadas no contexto da obra ajudam no planejamento e controle: como diagrama de barras, cronogramas, redes e tantas outras que possibilitam melhorias substanciais em termos de desempenho global. Sua utilização é necessária para evitar o incoveniente da tomada de decisão ao acaso, mas sim baseada em dados substanciais. Os autores reforçam que a maioria dos problemas surge de ações emergenciais motivadas por circunstâncias próprias dos trabalhos e surgimento de problemas no dia-a-dia da obra, que poderiam ser previstos e assim, eliminados com a ajuda do planejamento (ALBERTON e ENSSLIN, 1994). O processo de planejamento e controle não deve ser confundido com a aplicação de técnicas de planejamento, pois tem um âmbito muito mais amplo, muito mais organizacional do que técnico, envolvendo diversas etapas: coleta de dados, geração de plano (no qual são aplicadas as técnicas), controle, avaliação e replanejamento. Dentre as várias inovações que vêm sendo adotadas, pelas empresas de construção, na área de planejamento e controle, destacam-se, segundo citado por Scardoelli (1994): informatização do planejamento; exposição de planos de obras simplificados no próprio canteiro, de forma a engajar a mão-de-obra mais intensamente no alcance das metas; coleta sistemática de dados para o controle. 2.2 O CONTROLE ORÇAMENTÁRIO DA OBRA O principal item de um planejamento, segundo Souza (1987), quanto a viabilidade e rentabilidade de um empreendimento, é o orçamento. No entender de Sampaio o sucesso do controle orçamentário está diretamente relacionado com o detalhamento das informações. “Orçamento é o calculo dos custos para executar uma obra ou um empreendimento, quanto mais detalhado, mais se aproximará do custo real” (SAMPAIO, 1989, p. 17). Segundo Cardoso (2009), orçamento é um documento valioso em qualquer estudo preliminar ou de viabilidade. 23 No tocante ao controle de valores, apurações de custos e orçamentos estes já eram aplicados pelos povos antigos do Egito e da Mesopotâmiaem seus processos comerciais. Essa necessidade de registrar os dados contábeis existe desde o tempo em que os povos passaram a negociar nos mercados de troca. Antigamente, a análise de caixa era suficiente para determinar se um empreendimento havia sido bem ou mal sucedido (JOHNSON e KAPLAN, 1993). Quando se fala em planejamento a busca mais focada é para o controle dos custos, uma vez que qualquer discrepância que surja na obra vai impactar nesse item. É importante que se conheça esse fator para ponderar o alcance que tem dentro do projeto. Assed (1986), esclarece que o termo custos é empregado por engenheiros, economistas, administradores, contadores e outros, e que abrange diferentes tipos. Assim sendo, quando pretende especificá-lo, é necessário definir seu propósito: custo direto, indireto, estimado, fixo, variável, etc. Em especial na construção civil são utilizados, normalmente, os custos diretos e indiretos. No entendimento de Assed (1986), os diretos representam as partes do custo que dependem da quantidade de serviço existente e correspondem aos valores destinados à aquisição de bens de uso, tais como: terrenos, materiais, equipamentos e mão-de-obra de construção e montagem. Já os custos indiretos, explica o autor, representam as partes que não dependem da quantidade de serviços produzidos, e podem ser: custos de engenharia (estudos de viabilidade, projeto básico, etc.); custos de construção e montagem do canteiro de obras; fiscalização por parte do cliente, etc. Considerando esse cenário, na opinião de Assed (1986), o custo de uma obra decresce à medida que ela é mais planejada e controlada, pois assim eliminam-se custos adicionais provenientes de improvisações, perdas, baixa produtividade, erros de medição ou hora extra. Observa-se que muitas empresas de construção civil deparam-se com algumas dificuldades na gestão de seus custos em razão da natureza de seus produtos, pois, diferente da maioria de outras indústrias de manufatura, o produto da construção civil é único, necessita geralmente de longo tempo de maturação, além de ser produzido no próprio local de entrega, vulnerável às condições climáticas (KERN, 2005), possuindo, também, a capacidade de atender a vários consumidores. As dificuldades nos sistemas da gestão de custos na construção civil começam na orçamentação, com o emprego de composições que utilizam coeficientes de 24 consumo de materiais e mão-de-obra de origem obscura, de apropriação difícil à realidade da empresa (MARCHESAN apud KERN e FORMOSO, 2002), originando, desde a fase de planejamento da obra, uma referência com pouca credibilidade. Segundo Kaplan e Cooper (apud MARCHESAN, 2001), um dos maiores problemas verificados nos sistemas tradicionais de custeio é a forma arbitrária e simplista como são tratados os custos indiretos da produção, nas indústrias modernas, nas quais os custos indiretos constituem grande parcela dos custos totais. Esse tipo de alocação implica consideráveis distorções no custeio do produto. Bornia (2002) acentua que a alocação dos custos indiretos causa a maior parte das dificuldades e deficiências dos sistemas de custeio, especialmente em empresas nas quais estes custos estão se tornando cada vez mais significativos, fazendo com que a discussão sobre a alocação deles tenha relevância crescente. Kim (apud KERN, 2005) assinala que nas organizações de construção civil a participação dos custos indiretos aumentou nos últimos anos, embora sua estimativa tenha sido uma tarefa custosa. Contudo, planejar e controlar também derivam despesas, por isso, é preciso estar atento para não ultrapassar os limites do planejamento e controle, exagerando em ferramentas ou engessando processos, ou seja, é essencial manter-se em uniformidade com a obra e a necessidades de controlar para que a relação custo x benefício não seja negativa (AZEVEDO, 1985). 2.2.1 Necessidades e vantagens do controle orçamentário No atual cenário da indústria da construção, cada vez mais competitivo, em que a diversidade e a volatilidade de produtos associados à complexidade de processos constituem as características das empresas de sucesso, em nível global, Azevedo (1985) constata a necessidade de um novo enfoque para os custos. Quando associados aos resultados obtidos os custos definem a rentabilidade de um empreendimento, no tempo de aplicação e de retorno. Para que se possa obter rentabilidade, necessita-se de um planejamento que reflita, de forma bem realista, as características do empreendimento em questão. Quando corretamente dimensionado, é possível avaliar a viabilidade econômica. Este novo enfoque, de acompanhamento e 25 controle, pode ser transformado em ferramenta fundamental no processo de competitividade (AZEVEDO, 1985). No entendimento de Souza (1987), orçar uma obra ou um empreendimento consiste em calcular o seu custo, sendo isto feito da forma mais detalhada possível, elencando todas as ramificações da obra, a fim de que o valor calculado seja o mais próximo possível do real. A elaboração do orçamento dá suporte à criação de um cronograma físico-financeiro para programação de diversos recursos, os humanos e físicos, e consequentemente de suprimentos para abastecer a obra, o que evita atrasos e desperdícios, além de facilitar o acompanhamento das atividades criando diretrizes e sistemática de trabalho, através do controle de materiais e/ou serviços que têm grande participação no total da obra. Tisaka (2011) concorda com a afirmação e complementa que o orçamento ao ser elaborado, deverá conter todos os serviços que serão executados na obra, compreendendo o levantamento dos quantitativos físicos do projeto e da composição dos custos unitários de cada serviço, incluindo os custos das leis sociais e encargos complementares, apresentados em planilha. Foi a necessidade de se ter a garantia de sucesso na conclusão de empreendimentos que fez com que novas informações de custos se tornassem essenciais para avaliar o sucesso dos empreendimentos o qual pode ser monitorado pelo planejamento e controle bem executados. De uma maneira geral, Zdanowicz (1984) diz que o orçamento se caracteriza como um instrumento de ação, cujo objetivo principal é orientar o processo de tomada de decisões econômicas de uma empresa. É função desta ferramenta, estabelecer uma visão antecipada dos resultados operacionais a serem atingidos e, em função disso, permitir a elaboração de um programa de desempenho uniforme dos diversos setores de atividade que compreendem a empresa. Seja na construção civil ou em qualquer setor da economia, a confecção de orçamentos, visa a determinação de custos para produtos e serviços. Mas, em função das peculiaridades dos produtos oferecidos pela construção civil - como longo prazo de maturação, dependência do trabalho manual, condicionamento às condições climáticas, interdependências entre atividades de produção, é de grande importância considerar o impacto que o prazo impõe no custo de uma obra. Assim, o planejamento na construção civil [com a elaboração de orçamentos] assume um considerável papel na gestão de custos de empreendimentos, sendo necessária a 26 integração do orçamento com a produção no sentido de trocar informações, tanto na fase de levantamento de custos quanto nas fases de controle e apropriação destes custos (KERN, 2004). A avaliação criteriosa do projeto norteia os valores que irão compor a planilha orçamentária e os itens relacionados para a execução da construção, o tempo necessário e a mão de obra a ser despendida para os trabalhos. Cabe ao engenheiro analisar área a ser construída e quais as especificações contidas no projeto para assim dar início à construção da planilha orçamentária e assim estabelecer os valores que podem ser trabalhados ao longo dos desenvolvimentos da obra (KERN, 2004). Pode-sedizer que quando aplicado a engenharia civil especificamente, os custos dizem respeito aos valores que correspondem, principalmente, aos ativos como compra de materiais e desmobilização de equipamento. Segundo o PMBOK, o gerenciamento de custos do projeto inclui o planejamento, a estimativa, o orçamento e o controle de custos. E no que se refere às vantagens e necessidades do controle orçamentário o planejamento visa contribuir para a obra terminar com orçamento final dentro do aprovado (PMI, 2004). Planejar, estimar os custos, orçar e ter controle dos custos trazem vantagens para a obra no tocante ao orçamento. Pelo PMI (2004) tem-se como vantagens: Planejamento dos recursos: determinar quais recursos (pessoas, equipamentos, materiais) e que quantidade de cada deve ser usada para executar as atividades do projeto; Estimativa de custos: desenvolver uma estimativa dos custos dos recursos necessários a implementação das atividades do projeto; Orçamento dos custos: alocar as estimativas de custos globais aos itens individuais de trabalho; Controle de custos: controlar as mudanças no orçamento do projeto. Jungles (2006), consegue perceber uma série de vantagens na implementação de um processo de planejamento orçamentário em atividades de construção civil. Segundo ele, o planejamento e controle do orçamento atinge as várias facetas de uma obra, desde a base de pessoal até os níveis mais complexos que envolvem um empreendimento: o controle orçamentário tem um efeito positivo na motivação do corpo funcional da empresa, uma vez que leva a percepção de que todos estão trabalhando para um objetivo comum; Indica desvios ocorridos ao longo da obra e permite que sejam adotadas medidas corretivas para tal; ajuda no aprendizado com a 27 experiência passada, uma vez que são criados documentos e registros, o que permite aos gerentes analisar e isolar o erro, bem como avaliar a causa; cria um ambiente para o desenvolvimento de novas idéias e a efetivação de novas propostas para soluções futuras, pois permite distintas percepções quanto a realização do orçamento pelos membros da organização (JUNGLES, 2006). 28 3 MATERIAIS E MÉTODOS Para superar a necessidade do concorrido mercado da construção civil e honrar as obrigações com os clientes e as expectativas destes é preciso que se desenvolvam métodos e ferramentas que auxiliem no acompanhamento da obra, para assim alcançar mais eficiência e sustentabilidade ao fim do projeto, construindo bons relacionamentos com clientes e colaboradores e mantendo dentro do previsto o principal item que é o custo. Para chegar numa conclusão sobre quais os métodos e ferramentas ideais foi desenvolvido um estudo que auxiliou no apontamento dos impactos do planejamento no custo final da obra. A pesquisa aqui relatada foi feita através de observação e análise em uma obra industrial localizada na região de Curitiba. As etapas acompanhadas foram: orçamento, planejamento e controle. A seguir as atividades desenvolvidas: • Levantamento de quantitativos de material; • Levantamento de quantitativos de mão de obra (MO); • Gerenciamento de obra; • Orçamento de materiais e MO; • Planejamento; • Controle e Custos financeiros; • Equalização de orçamentos; • Elaboração de cronogramas e • Relatórios semanais. No orçamento da obra foi realizado o levantamento de quantitativos de material, feito através de projetos. Alguns exemplos desse levantamento da obra em estudo: 29 QUADRO 2 – LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS DE MATERIAIS PRÉDIO INDUSTRIAL SERVIÇOS TÉCNICOS CANTEIRO E ADMINISTRAÇÃO OBRA SERVIÇOS PRELIMINARES TERRAPLANAGEM, PAVIMENTAÇÃO E DRENAGEM ESTRUTURA DE CONCRETO PIT PARA BALANÇA PISO INDUSTRIAL ESTRUTURA METÁLICA TRATAMENTO DA COBERTURA ALVENARIA E DIVISÓRIAS REVESTIMENTOS DE PAREDES INTERNAS, PISOS E FORROS - BWC ESQUADRIAS INSTALAÇÕES SISTEMA DE RENOVAÇÃO DE AR - BWC PINTURA SERVIÇOS COMPLEMENTARES FONTE: próprios autores Considerando os objetivos elencados para esta pesquisa, no tocante a intenção de apresentar o estudo de um orçamento de obra, com composições abertas, o material utilizado é o orçamento da empresa em questão. O método de estudo deste orçamento é o planilhamento dos itens que compõem a obra, a apresentação do o custo real da obra, com composições abertas será feita por meio das facilidades que o sistema Sienge oferece para tal procedimento. Para este estudo foi utilizado o sistema Sienge, o qual aumenta a velocidade na montagem do orçamento e possibilita o reaproveitamento das informações de banco de dados. Para obter a planilha do Quadro 3, os dados referentes a serviços e custos foram lançados nesse sistema que auxilia a gestão da obra. Conforme descrito no site da marca que produz e administra o sistema, o Sienge é um software que suporta um sistema de gestão, também chamado de ERP – Enterprise Resource Planning, e que é especializado na indústria da construção civil. Com o auxílio desta ferramenta é possível gerenciar e integrar todas as áreas de uma empresa da indústria da construção civil, sem ter que abrir mão de um software que atenda com propriedade a produção da empresa. Ou seja, ele pode interagir e se comunicar com um sistema preexistente. Ele acompanha e direciona todos os passos de um projeto, esse processo tem início já no primeiro orçamento. 30 Com esse sistema fica fácil elaborar a planilha de orçamento da obra, pois é possível configurar composições, etapas e subetapas específicas para cada obra, orçando com maior ou menor detalhamento de níveis, o que facilita muita a vida dos orçamentistas, ele possui composições prontas que foram implantadas pela empresa, segue exemplo de planilha orçamentária aberta com a composição de serviços da empresa em estudo (ANEXO 1) Para a definição dos custos unitários de produção, é necessário conhecer a produtividade da mão de obra e dos equipamentos, bem como a utilização de insumos. Os custos unitários, são determinados para cada unidade de serviço (m2, m3, unidades, h.h., kg etc.). Com materiais e mão de obra planilhados é possível fazer o planejamento da obra que pode ser lincado ou não com o Sistema Sienge. É uma função de apoio à coordenação das várias atividades de acordo com os planos de execuções pré estabelecidos pelo coordenador técnico, de modo que os programas possam ser atendidos com economia e eficiência. O planejamento consiste basicamente na definição do momento em que cada atividade deve ser concluída e o desenvolvimento de um plano de produção que mostre as entregas das atividades conforme necessidade e ordem de execução. O planejamento é responsável em demonstrar o tipo de atividades a ser executada, quando executar, os sistemas construtivos e os recursos utilizados. Com o planejamento estabelecido as compras são liberadas para os engenheiros, quando então passa a ser feito o controle de solicitações de compras e pedidos de compras. Todo esse controle, gerenciamento e acompanhamento das obras é para entender, conferir e apurar as quantidades de serviços realizados no período, os materiais empregados, a mão-de-obra, efetuando cálculo dos reajustes com base nos parâmetros do contrato para fins de cobrança e manutenção do custo estabelecido. Também faz parte do processo de planejamento e controle, realizar previsões do faturamento da obra, calculando os custos a curto-prazo baseado no cronograma e no andamento das etapas, elaborando relatórios gerenciais contendo informações gerais da obra. No que se refere ao levantamento de quantitativo de mão de obra, este levantamento é realizado para duas finalidades. A primeira é que o levantamento é feito inicialmente através de projetos, onde é levantado toda a mão de obra necessáriapara execução dos serviços, realizando posteriormente o orçamento para 31 a contratação da empreiteira ou fornecedor. A segunda é quando o levantamento é feito após a execução, esta finalidade serve para que os pagamentos dos serviços sejam liberados, ou também para controle e planejamento de obra, entre outras finalidades. Para verificar a aplicação dos serviços e insumos da obra um método bastante eficaz utilizado é a curva ABC, também conhedida como método 80-20, que é baseado no teorema do economista Vilfredo Pareto (1848-1923). Foi desenvolvido na Itália, no século XIX, num estudo sobre a renda e riqueza, em que Pareto observou uma pequena parcela da população (20%), que concentrava a maior parte da riqueza (80%) (KOCH, 2000). O método hierarquiza insumos e serviços em A, B ou C. Koch (2000), explica que os materiais, negociações e cotações mais relevantes ocupam o topo da tabela, estabelecido como A. As intermediárias se distribuem na faixa B e as que requerem menos prioridades distribuem-se na parte inferior da planilha, denominada C. O conceito da Curva ABC é usado em todas as etapas do andamento da obra. Inicia junto com o projeto, após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas da seguinte forma, conforme ilustrado na Figura 3. Classe A: Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma atenção especial pela administração. Classe B: Grupo de itens intermediários entre a classe A e B. Classe C: Grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção por parte da administração (KOCH, 2000). 32 FIGURA 3 – CURVA ABC Fonte: Koch (2000) Os dados reais analisados e que representa a curva ABC dos insumos da empresa fonte de pesquisa do presente estudo, estão apresentados no Anexo 2. Dentre os objetivos estabelecidos para o presente estudo, está a necessidade de definição da empreitada, comparando em particular a global e a parcial, para tanto os métodos utilizados foram técnicas de gestão de qualidade e ferramentas como brainstorming, PMBOK e plano de ação, pois possibilitam análise adequada da empresa estudada. Hoje com o mercado em baixa e a competitividade muito grande, se não entramos agressivos nos orçamentos a probabilidade de ganhar uma obra é praticamente nula. Nesse estudo conseguimos distinguir bem técnicas de gestão. Neste caso uma formulação de cenários, um bom começo na identificação de variáveis e fatores envolvidos. A técnica de brainstorming auxiliou na percepção de qual seria a melhor solução, empreitada global ou empreitada parcial. Um método muito atrativo, dinâmico e principalmente democrático o brainstorming foi criado por Alex Osborn em 1938, traz percepções distintas, tendências das incertezas, críticas por meio da troca de impressões e do confronto de pensamento. Um ponto importante no brainstorming é que o grupo de pessoas que participa da discussão seja formado com foco multidisciplinar, ou seja, que ele conte com pessoas de variadas especialidades, formação, responsabilidades, experiências para 33 que cada um aborde seu ponto de vista de acordo com sua posição na organização, sugira, opine sobre todos os aspectos da discussão, para que assim a solução saia completa e atendendo todos os âmbitos que a envolvem. É importante notar que todas as contribuições de opiniões, impressões, ideias são aproveitadas, não desconsiderando nenhuma participação mesmo que seja a mais simplória. Uma vez reunidas as ideias, sugestões, pareceres, opiniões, o seguinte passo é reunir um grupo menor dos que participaram do evento brainstorming e apresentar anotadas as ideias levantadas durante o processo do brainstorming, para que nessa fase se refine ainda mais os dados, informações e ideias levantadas e finalmente se chegue a uma solução definitiva. Uma das vantagens do brainstorming é a facilidade de realizá-lo, uma vez que pode ser organizado com todo aparato e preparo específico destinado exclusivamente para uma sessão, bem como pode acontecer no corredor das empresas de diversos segmentos, como engenharia, Internet e negócios dos mais variados, e universidades. Nesta última é possível se ver alunos utilizando a cantina para realizar brainstorming de seus trabalhos no horário de intervalo, ou também na biblioteca ou mesmo nos corredores. Segundo o Sebrae (2005), a função do brainstorming, tempestade de ideias, é reunir um grupo de pessoas a fim de gerar uma quantidade considerável de ideias sobre algo que precisa ser resolvido, ações a serem tomadas em relação à empresa. Existem dois tipos de brainstorming: estruturado (todos no grupo devem dar uma ideia em cada rodada) e não estruturado (as ideias podem ser lançadas a qualquer momento, sem ter uma sequência específica). Outro método utilizado foi o PDCA, que segundo Campos (2004), significa “caminho para se chegar a um ponto além do caminho”. Werkema (1995) diz que o ciclo PDCA é um método gerencial de tomada de decisões para garantir o alcance das metas necessárias à sobrevivência de uma organização. Campos (2004), afirma que o controle dos processos é primordial, sendo necessária a participação de todos dentro da organização para alcançar os objetivos da empresa. O PDCA, é dividido em quatro partes principais: Planejamento (PLAN), para o estabelecimento de metas e propostas de como alcançá-las, execução (DO) destas propostas e a busca por mais dados concretos, verificação (CHECK), nesta etapa haverá a comparação do resultado da execução com as metas estabelecidas e o uso de ações corretivas (ACT) para eliminar os erros em busca de cumprir as propostas iniciais. 34 No comparativo entre empreitada por preço global e parcial foi possível levantar as seguintes características de cada uma delas: - Empreitada Global: é aquela em que se ajusta a execução da obra ou serviço por preço certo e total. Ou seja, a empresa contratada receberá o valor certo e total para execução de toda a obra. Será responsável pelos quantitativos e o valor total só será alterado se houver modificações de projetos ou das condições pré-estabelecidas para execução da obra, sendo as medições feitas por etapas dos serviços concluídos. O pagamento, no entanto, poderá ser efetuado parceladamente, nas datas prefixadas, na conclusão da obra ou de cada etapa, conforme ajustado entre as partes. É comum nos contratos de empreitada por preço global a exigência da especificação de preços unitários, tendo em vista a obrigação da empresa contratada de aceitar acréscimos ou supressões nos quantitativos dentro dos limites legais. É aquela em que se ajusta a execução da obra ou serviço por preço certo e total, ou seja, a empresa contratada receberá o valor certo e total para execução de toda a obra. A empresa será responsável pelos quantitativos e o valor total só será alterado se houver modificações de projetos ou das condições pré-estabelecidas para execução da obra, sendo as medições feitas por etapas dos serviços concluídos. O pagamento, no entanto, poderá ser efetuado parceladamente, nas datas prefixadas, na conclusão da obra ou de cada etapa, conforme ajustado entre as partes. Serviços inclusos: Orçamento detalhado de cada etapa de obra, para que o proprietário saiba antecipadamente o quanto irá gastar; Relação de todos os materiais gastos por etapa de execução; Compra de todos os materiais; Mão-de-obra (mestre, pedreiros, serventes, etc) especializada da DIVISI Engenharia. - Empreitada Parcial: ocorre quando há a contratação de empresa construtora ou uma empresa prestadora de serviço para execução de serviços de construção civil que podem ser partes de uma obra ou não. Importante ressaltar que a legislação faz uma relevante distinção do que é obra e do que é serviço de construção civil, o que é essencialpara saber quais as responsabilidades das partes na contratação, e o que cada um deve fazer. Quando se contrata a execução da obra ou de serviços específicos e os pagamentos podem ser efetuados pela contratante ou pela contratada, isso varia conforme padrão das empresas pagos pelo contratante, assim é possível livra-se da bitributação, sendo uma empreitada bem interessante. 35 Fazendo uma análise de soluções técnicas para reduzir os custos da obra. Tal método consiste da avaliação de cada ferramenta que compõe o sistema de planejamento e controle e o acompanhamento contínuo delas. Essa ação permite que a cada etapa da obra seja possível readequar processos, mão de obra, materiais e valores, cujas consequências são os impactos no custo final da obra, mediados pelo planejamento. Muito se baseia na programação de atividades em função do tempo disponível, de forma que se pode prever produção, faturamento, custos, efetivo de mão-de-obra. 36 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES No tocante aos resultados obtidos, o estudo dedicou-se a alcançar os objetivos propostos, para tanto algumas discussões foram cabíveis de forma a avaliar os procedimentos existentes e escolher a melhor opção para o atingimento da meta que é o planejamento e a busca pela redução de custos. É o regime de execução que disciplina a forma de apuração do valor a ser pago à empresa contratada pela prestação do serviço, gerando modalidades de empreitada, diretamente influenciadas pelo critério para apuração do valor da remuneração devida da contratante à contratada. Quando na modalidade de empreitada por preço global, o contrato definirá o valor devido ao particular tendo em vista a prestação de todo o serviço, e quando na modalidade de empreitada por preço unitário, o valor será fixado pelas unidades executadas. No tocante a classificação de uma planilha de BDI em parcial e global, para o caso do prédio industrial, a escolha do regime de execução a estratégia de administração pode reduzir em até 5,81% o valor do contrato, e torna-se uma estratégia de Planejamento no Orçamento. O detalhamento de BDI pode ser verificado no Quadro 3. O Quadro 4 demonstra o BDI para o prédio industrial no modelo de empreitada global. O Quadro 5 demonstra o BDI para o prédio industrial no modelo de empreitada parcial. O projeto de obra tinha um custo avaliado em R$ 2.089.841,50 e o Budget apresentado pelo contratante era de 2.190.000,00 com BDI e Impostos inclusos. Para se chegar nesse número foi feito um Planejamento de Orçamento, mudando o modelo de empreitada Global para Parcial esse foi um dos fatores aliados para evoluir nos números. O Quadro 6 apresenta esse resultado. 37 QUADRO 3 – DETALHAMENTO DE BDI Grupo A Despesas indiretas A.1 Administração central Total do grupo A Grupo B Bonificação B.1 Lucro Total do grupo B Grupo C Impostos C.1 INSS C.2 ISS C.3 PIS C.4 COFINS C.5 IRPJ C.6 CSLL Total do grupo C Grupo D Despesas Financeiras (F) Despesas Financeiras (F) Total do grupo D (1- I) DETALHAMENTO DE BDI PROPOSTA PRÉDIO INDUSTRIAL COMPOSIÇÃO DA TAXA DE BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRET AS Fórmula para o cálculo do B.D.I. ( benefícios e despesas indiretas ) - Este cálculo está sendo feito sobre o valor de venda BDI =A2:C30 BDI (%) = (1+A) x (1+F) x (1+B) x (1+R) - 1 x 100 FONTE: próprios autores 38 FONTE: próprios autores QUADRO 5 - BDI - PRÉDIO INDUSTRIAL - PARCIAL SUBTOTAL 926.238,16 Lucro % -12.026,65 -0,55% TOTAL 914.211,51 INSS 2,00% 20.527,93 ISS 2,00% 20.527,93 PIS 0,65% 6.671,58 COFINS 3,00% 30.791,90 IRPJ 2,20% 22.580,73 CSLL 1,08% 11.085,08 Total Custo Fiscal 10,93% 112.185,15 TOTAL 1.026.396,66 FATURAMENTO DIRETO APROXIMADAMENTE 1.163.603,3 4 VALOR TOTAL COM FATURAMENTO DIRETO 2.190.000,00 FONTE: próprios autores QUADRO 4 - BDI - PRÉDIO INDUSTRIAL - GLOBAL SUBTOTAL 2.089.841,50 Lucro % -139.208,50 -6,36% TOTAL 1.950.633,00 INSS 2,00% 43.800,00 ISS 2,00% 43.800,00 PIS 0,65% 14.235,00 COFINS 3,00% 65.700,00 IRPJ 2,20% 48.180,00 CSLL 1,08% 23.652,00 Total Custo Fiscal 10,93% 239.367,00 TOTAL 2.190.000,00 FATURAMENTO DIRETO APROXIMADAMENTE - VALOR TOTAL COM FATURAMENTO DIRETO 2.190.000,00 39 QUADRO 6 - BDI - PRÉDIO INDUSTRIAL - RESULTADO SUBTOTAL 708.323,41 Lucro % 205.888,10 9,40% TOTAL 914.211,51 INSS 2,00% 20.527,93 ISS 2,00% 20.527,93 PIS 0,65% 6.671,58 COFINS 3,00% 30.791,90 IRPJ 2,20% 22.580,73 CSLL 1,08% 11.085,08 Total Custo Fiscal 10,93% 112.185,15 TOTAL 1.026.396,66 FATURAMENTO DIRETO APROXIMADAMENTE 1.163.603,34 VALOR TOTAL COM FATURAMENTO DIRETO 2.190.000,00 FONTE: FONTE: próprios autores Assim confirmado que com a mudança de empreitada minimizamos nosso BDI de -6,36% para -0,55% tendo um resultado inicial de 9,40% de ganho. Para apresentar insumos mensuráveis para negociações de faturas diretas e ganhos de compras foi necessária a identificação dos serviços que mais impactam no custo total da obra os serviços que ficam no topo da tabela são aqueles de maior representatividade no orçamento. Desta forma, são eles que precisam ser orçados com mais atenção. No caso os ganhos maiores estão nesses itens: - Priorização para negociação - no caso de subcontratação de serviços, aqueles que ocupam posições mais altas na Curva ABC deverão ser objeto de negociação mais cautelosa do que serviços de menor representatividade no todo. - Avaliação de impactos - periodicamente durante a execução da obra é sempre bom o gestor avaliar o custo real que está obtendo nos serviços das faixas A e B da obra, porque qualquer desvio para mais ou menos terá um efeito muito maior no resultado da obra do que serviços de menor importância relativa. - Validação de orçamento - o diretor ou a equipe técnica de uma construtora deve concentrar seus esforços de validação de um orçamento justamente nos serviços que compõem as faixas A e B, pois esses poucos serviços representam 80% do custo 40 total da obra. Essa orientação ajuda a focar no que realmente importa que são os 20%. Na análise de dados, conforme representado no Quadro 7, foram constatadas de maior importância na Curva ABC de serviços: Estrutura metálica de cobertura e fechamento lateral, incluso pilares metálicos, vigas, tesouras, terças e escada marinheiro de acesso à cobertura; Fornecimento de material e mão de obra para instalação de infraestrutura de elétrica. Para as negociações com terceiros onde considera-se serviços, essa é a linha critica. QUADRO 7 - CURVA ABC - SERVIÇOS Apresentação dos serviços para Faturas diretas util izando Curva ABC de Serviços Obra Prédio Industrial Curva Descrição Un Quantida de Preço unitário Preço total % Part % Acum A Estrutura metálica de cobertura e fechamento lateral, incluso pilares metálicos, vigas, tesouras, terças e escada marinheiro de acesso à cobertura kg 25.907,71 11,30 292.808,94 14,01 14,01 20% Fornecimento de material e mão de obra para instalação de infraestrutura de elétrica vb 1,00 179.500,0 0 179.500,00 8,59 22,60 B Portas automática vectorflex S, estrutura pintada, painel WU com 2 botoeiras e lastro (5,20x5,00m), com reforço de manta e estrutura com instalação cj 6,00 29.500,00 177.000,00 8,47 31,07 30% Aterro de saibro compactado E=1,20m m³ 1.455,00 74,00 107.670,00 5,15 41,52 Pavimentação em asfalto - CBUQ e= 4cm ton 268,80 323,85 87.050,88 4,17 45,69 Armação CA-50/60 para estrutura kg 10.608,00 7,65 81.129,98 3,88 49,57 Piso industrial emconcreto armado, acabamento espelhado - h= 17 cm com tela dupla Q196 - 3,0T/m² m² 432,00 118,59 51.232,22 2,45 52,02 Armação CA-50/60 para fundação kg 6.216,00 7,65 47.539,97 2,27 54,29 Sub-base em brita 4A E=0,30m m³ 420,00 109,00 45.780,00 2,19 56,48 Reaterro compactado de vala m³ 502,72 83,36 41.906,74 2,01 58,49 FONTE: próprios autores 41 QUADRO 8 - CURVA ABC - INSUMOS Apresentação dos insumos para Faturas diretas utili zando Curva ABC de Insumos Obra Prédio Industrial Curva Descrição Um Quantidade Preço unitário Preço total %Part %Acum A Estrutura metálica Kg 25.907,71 11,30 292.808,94 14,01 14,01 20% Portão automático Um 6,00 26.500,00 159.000,00 7,61 21,62 B Material para Instalação de infra de elétrica Vb 114.500,00 1,00 114.500,00 5,48 27,10 30% Saibro m³ 1.541,40 57,64 88.846,30 4,25 36,65 Revestimento em Asfalto – CBUQ Ton 268,80 323,85 87.050,88 4,17 40,81 Aço CA-50/60 - preço médio das bitolas Kg 19.606,40 3,78 74.112,19 3,55 44,36 MO para corte, dobra e montagem de aço CA- 50/60 Kg 19.171,60 3,40 65.183,44 3,12 47,48 MO para instalação de infra de elétrica Vb 65.000,00 1,00 65.000,00 3,11 50,59 Brita graduada m³ 539,60 102,87 55.508,65 2,66 53,25 Sub-base de solo 4A compactador m³ 420,00 109,00 45.780,00 2,19 55,44 Concreto usinado fck 30,0MPa bombeado m³ 198,30 227,96 45.205,08 2,16 57,60 FONTE: próprios autores O Quadro 8, representa a curva ABC de insumos e com as duas curvas foi possível tirar os itens de maior relevância para negociações fazer as faturas diretas para o cliente, conforme demonstrado no Quadro 9. 42 QUADRO 9 – FATURAS DIRETAS Faturas Diretas Código Insumo Valor Total Fornecedor 583 Projeto Terraplanagem R$310.000,00 A - Drenagem, Pavimentação e Movimentação de Terra 20 Topógrafo 2181 Mobilização de equipamento 2781 Regularização e compactação de sub-leito 404 Saibro 2693 Compactação do subleito 392 Brita graduada 1712 Escavação, carga e transporte 2781 Regularização e compactação de sub-leito 1710 Sub-base de solo 4A compactador 392 Brita graduada 1707 Imprimação impermeabilizante com CM-30 1708 Revestimento em Asfalto – CBUQ 1786 Pintura de ligação de asfalto 1708 Revestimento em Asfalto – CBUQ 74 MO para assentamento de meio-fio/sarjeta 500 Meio fio reto 2691 Escavação mecanizada 2171 Escavação mecanica - Retroescavadeira 1265 Tubo de concreto armado / Detalhe: Ø 0,60m 1265 Tubo de concreto armado / Detalhe: Ø 0,40m 1943 Caixa de captação / inspeção 219 MO para execução de caixa de passagem 219 MO para execução de caixa de passagem 1265 Tubo de concreto armado / Detalhe: Ø 0,60m 185 Descidas de aguá em escadas 1440 Boca de bueiro para tubo de Ø 0,60m 2107 Estrutura metálica R$320.089,46 B - Estrutura Metálica 175 MO para colocação de telha metálica 502 Acessórios de fixação para telha 2116 Projeto de estrutura metálica 502 Acessórios de fixação para telha / Detalhe: Sendo: Parafuso sextavado e arruela de vedação 3047 MO para colocação de fechamento em telha metálica 297 MO para Instalação hidro-sanitário R$245.000,00 C - Instalações Elétricas e Hidráulicas 2067 Material para instalação hidro-sanitária 1770 Plataforma 2740 Material para Instalação de infra de elétrica 43 2741 MO para instalação de infra de elétrica 1206 Sistema de Exaustor 2119 Projeto elétrico, telefone, lógica e SPDA 2122 Projeto hidro-sanitário 2115 Projeto de combate e prevenção contra incêndio 1889 Portão automático R$159.000,00 D - Portas Metálicas 2977 MO para instalação de portão R$18.000,00 E - Instalação de portas metalicas 1949 Concreto usinado fck 30,0MPa bombeado R$35.000,00 F - Concreto 1969 Taxa de bombeamento do concreto 1949 Concreto usinado fck 30,0MPa bombeado 1949 Concreto usinado fck 30,0MPa bombeado / Detalhe: FctMk= 4,50 Mpa 1969 Taxa de bombeamento do concreto 2709 Calha em chapa de alumínio / Detalhe: e= 1,20 mm - Corte: 100 cm R$17.406,00 G - Calhas 517 Rufo em chapa de aluminio / Detalhe: pintado - Cor: Azul - Corte: 70cm 1737 Iluminação zenital - Domus prismatico / Detalhe: Modulos: 1,30 x 2,50 m - Sistema: Skylight Sunoptics Signature Series - Em Acrilico Bellevue - Cor: Branco Leitoso R$21.900,00 H - Domus 232 MO para execução de cura química R$12.500,00 I - M.O. Piso de concreto 268 MO para execução de piso em concreto armado 315 MO para lançamento de tela soldada 872 Cura Quimica 874 Espaçador / Detalhe: Tipo Prisma - Ref.: PP30/40 887 Lona Plástica 1806 Graxa 32 MO para aplicação de endurecedor químico 250 MO para execução de junta de construção 2980 MO para execução de junta de encontro (inclui material) 527 Telha em alumínio trapezoidal / Detalhe: E= 0,8mm - L= 1265 mm - Cor: Natural R$14.273,28 J - Telha de cobertura 539 Telha metálica / Detalhe: Perfil LR25 - Aço Pré-Pintada - Cor: Cinza Claro RAL 7035/ Branco Ral 9010 - C= 1025mm - e=0,50mm / Marca: Perfilor R$10.434,60 K - Telhas de fechamento lateral Total da Fatura Direta da obra R$1.163.603,34 Total da obra R$2.190.000,00 FONTE: próprios autores 44 O Quadro 10 apresenta um comparativo dos valores previsto e realizado, bem como os ganhos obtidos nsa negociações com os fornecedores. QUADRO 10 – COMPARATIVO Fornecedor Custo Previsto (R$) Fechamento de Faturas (R$) Ganhos com Negociações (R$) A - Drenagem, Pavimentação e Movimentação de Terra 319.000,00 R$310.000,00 9.000,00 B - Estrutura Metálica 367.880,05 R$320.089,46 47.790,59 C - Instalações Elétricas e Hidráulicas 271.200,00 R$245.000,00 26.200,00 D - Portas Metálicas 159.288,00 R$159.000,00 288,00 E - Instalação de portas metalicas 36.000,00 R$18.000,00 18.000,00 F – Concreto 35.000,00 R$35.000,00 0,00 G – Calhas 17.406,00 R$17.406,00 0,00 H – Domus 21.900,00 R$21.900,00 0,00 I - M.O. Piso de concreto 12.500,00 R$12.500,00 0,00 J - Telha de cobertura 14.273,28 R$14.273,28 0,00 K - Telhas de fechamento lateral 10.434,60 R$10.434,60 0,00 R$1.264.881,93 R$1.163.603,34 R$101.278,59 FONTE: próprios autores Nas negociações foi possível obter um ganho de 4,62%. As soluções técnicas encontradas para reduções nos custos da obra, visando a melhoria da qualidade foram a diferença de pavimentação de CBUQ e a movimentação de terra. Os serviços de pavimentação estão representados no Quadro 11. A alteração do CBUQ de 8 cm para 7 cm, vai continuar atendendo as normas rodoviárias que diz que a carga deve ser de 8,2 toneladas por eixo de caminhão, que é a carga máxima para ser transportada e pesada nas balanças rodoviárias. A carga de 3,0 t/m2 é a carga que o piso de concreto armado do barracão deve suportar. QUADRO 11 – SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO Serviços de Pavimentação Insumo Un. Quant. Orçado 1707 - Imprimação impermeabilizante com CM-30 m² 1.400,0000 5.684,00 1708 - Revestimento em Asfalto - CBUQ ton 134,4000 43.525,44 1786 - Pintura de ligação de asfalto m² 1.400,0000 3.038,00 45 1708 - Revestimento em Asfalto - CBUQ ton 134,4000 43.525,44 Total do Serviço 95.772,88 X Insumo Un. Quant. Fechado 1786 - Pintura de ligação de asfalto m² 1400,0000 6.512,10 1708 - Revestimento em Asfalto - CBUQ faixa "B" e=0,07m ton 227,9200 63.361,76 69.873,86 Diferença 25.899,02 FONTE: próprios autores No quesito movimentação de terra, utilizou-se material de 1ª categoria do estoque da planta para aterros da terraplenagem no lugar de aterro com saibro compactado, para reduzir o custo final da obra, caso contrário o valor dos serviços seria bem acima da verba pré-estabelecida. Reduziu-se o valor financeiro sem comprometer a qualidade dos serviços, conforme pode ser verificado no Quadro 12. QUADRO 12 – SERVIÇOS DE ATERRO Serviços de At erro Insumo Un. Quant. Orçado 2781 - Regularização e compactação de sub-leito m² 1.400,00 3.668,00404 – Saibro m³ 1.455,00 83.866,20 2693 - Compactação do subleito m³ 1.455,00 23.803,80 392 - Brita graduada m³ 130,00 13.373,10 Total da Obra 124.711,10 X Insumo Un. Quant. Orçado 2781 - Regularização e compactação de sub-leito m² 1.400,00 3.668,00 404 – Saibro m³ 1.455,00 56.155,10 2693 - Compactação de aterros à 95% PN m³ 1.455,00 23.803,80 392 - Brita graduada m³ 130,00 13.373,10 Total da Ob ra 97.000,00 Diferença 27.711,10 FONTE: próprios autores 46 Avaliação dos serviços e insumos mensuráveis para c hegar nas faturas diretas: Quanto maior o valor de faturas diretas, maior o ganho, com execução parcial, então da Curva ABC podemos tirar os serviços e insumos mensuráveis para a Obra Prédio Industrial. Serviços: • Estrutura metálica de cobertura e fechamento lateral, incluso pilares metálicos, vigas, tesouras, terças e escada marinheiro de acesso à cobertura • Fornecimento de material e mão de obra para instalação de infraestrutura de elétrica e hidráulica • Portas automática vectorflex S, estrutura pintada, painel WU com 2 botoeiras e lastro (5,20x5,00m), com reforço de manta e estrutura com instalação • Aterro de saibro compactado E=1,20m • Pavimentação em asfalto - CBUQ e= 4cm • Armação CA-50/60 para estrutura • Piso industrial em concreto armado, acabamento espelhado - h= 17 cm com tela dupla Q196 - 3,0T/m² • Armação CA-50/60 para fundação • Sub-base em brita 4A E=0,30m • Reaterro compactado de vala Insumos: • Estrutura metálica • Portão automático • Material para Instalação de infra de elétrica • Saibro • Revestimento em Asfalto - CBUQ • Aço CA-50/60 - preço médio das bitolas • MO para corte, dobra e montagem de aço CA-50/60 • MO para instalação de infra de elétrica • Brita graduada • Sub-base de solo 4A compactador • Concreto usinado fck 30,0MPa bombeado 47 Para realizar o comparativo de produtividade das etapas de obras entre previsto e realizado foram analisadas as planilhas cujos daos são apontados no Quadro 13. QUADRO 13 – PREVISTO X REALIZADO X VERBA DISPONÍVEL Previsto x Realizado x Verba Disponivel Código Descrição Unid. Previsto Realizado Verba disponíve l R$ R$ R$ 01 PRÉDIO INDUSTRIAL 01.001 SERVIÇOS TÉCNICOS 78.748,58 68.965,87 14.632,71 01.001.001 PROJETOS 62.080,50 60.900,00 6.030,50 01.001.001.001 Projeto Fundação e Piso em Concreto vb 5.400,00 5.400,00 0,00 01.001.001.002 Projeto Estrutura Metálica vb 7.000,00 4.500,00 2500 01.001.001.003 Projeto Arquitetônico vb 15.000,00 12.650,00 2.350,00 01.001.001.004 Projeto Elétrico, Telefone, Lógica e SPDA vb 5.000,00 5.000,00 0,00 01.001.001.005 Projeto Hidrossanitário - Águas Pluviais vb 2.500,00 2.500,00 0,00 01.001.001.006 Projeto Terraplenagem e Pavimentação vb 25.180,50 24000,00 1.180,50 01.001.001.007 Projeto Combate e Prevenção contra Incêndio - SOMENTE EXTINTORES vb 2.000,00 2.000,00 0,00 01.001.002 TAXAS 16.668,08 8.065,87 8.602,21 01.001.002.001 Taxas ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) vb 168,08 168,00 0,08 01.001.002.002 Taxa com Fotocópias e Plotagens vb 1.500,00 1232,40 267,6 01.001.002.003 Seguro de Obra vb 7.500,00 1.665,47 5834,53 01.001.002.004 Seguro de Risco de Engenharia vb 7.500,00 5000,00 2500 01.002 CANTEIRO E ADMINISTRAÇÃO OBRA 162.517,10 129.144,28 15.602,82 01.002.001 CANTEIRO DE OBRA 37.309,26 34.657,71 2.651,55 01.002.001.001 Tapume em telha metálica m² 11.404,93 9.543,26 1.861,67 01.002.001.002 Placa de Obra un 789,88 0,00 789,88 01.002.001.003 Locação de Container para Escritório mês 2.990,00 2.990,00 0,00 01.002.001.004 Locação de Container para Almoxarifado mês 3.585,40 3.585,40 0,00 01.002.001.005 Locação de Container para Vestiário mês 1.910,00 1.910,00 0,00 01.002.001.006 Locação de Container para Sanitário mês 2.585,00 2.585,00 0,00 01.002.001.007 Cobertura e proteção na área de trabalho da obra m² 424,05 424,05 0,00 01.002.001.008 Conservação e manutenção do canteiro de obra dia 6.870,00 6.870,00 0,00 01.002.001.009 Apoio civil para transportes verticais e horizontais vb 6.750,00 6.750,00 0,00 01.002.002 SINALIZAÇÃO 1.700,00 1250,00 450,00 01.002.002.001 Sinalização de Obra vb 1.700,00 1250,00 450,00 48 01.002.003 LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS 32.000,00 8.120,00 6.110,00 01.002.003.001 Locação de Retroescavadeira mês 24.000,00 17.890,00 6.110,00 01.002.003.002 Locação de Equipamentos vb 5.000,00 5.000,00 0,00 01.002.003.003 Fretes - Carga e descarga vb 3.000,00 3.000,00 0,00 01.002.004 ADMINISTRAÇÃO DIRETA DA OBRA 91.507,84 85.116,57 6.391,27 01.002.004.001 Engenheiro mês 30.750,00 30.750,00 0,00 01.002.004.002 Mestre de Obras mês 20.250,00 20.250,00 0,00 01.002.004.003 Almoxarife da Obra mês 14.250,00 14.250,00 0,00 01.002.004.004 Técnico de Segurança mês 13.500,00 13.500,00 0,00 01.002.004.005 Levantamento Topográfico vb 9.000,00 4500,00 4.500,00 01.002.004.006 Plano de segurança do trabalho (EPI, EPC, PCMAT, PPRA) vb 1.000,00 366,57 633,43 01.002.004.007 Controle tecnológico do concreto vb 2.757,84 1500,00 1.257,84 01.003 SERVIÇOS PRELIMINARES 13.282,96 13.082,09 200,87 01.003.000.001 Locação da obra m² 1.632,96 600,00 1.032,96 01.003.000.002 Remoção de entulhos - Caçambas un 6.900,00 7500,00 -600,00 01.003.000.003 Desmatamento e destocamento de árvores vb 4.750,00 4.982,09 -232,09 01.004 TERRAPLANAGEM, PAVIMENTAÇÃO E DRENAGEM 460.811,01 391.627,93 69.183,08 01.004.001 SERVIÇOS PRELIMINARES 10.575,81 10.004,15 571,66 01.004.001.001 Serviços Topográficos vb 6.379,06 6.379,06 0,00 01.004.001.002 Mobilização de equipamento vb 4.196,75 3.625,09 571,66 01.004.002 ATERRO E BASE PARA PISO 124.711,10 88.427,23 36.283,87 01.004.002.001 Regularização e compactação de sub- leito m² 3.668,00 3.847,23 -179,23 01.004.002.002 Aterro de saibro compactado E=1,20m m³ 107.670,00 75.000,00 32.670,00 01.004.002.003 Base em brita graduada E=0,30m m³ 13.373,10 9580,00 3.793,10 01.004.003 PAVIMENTO PARA TRÁFEGO PESADO 223.840,48 191.542,25 32.298,23 01.004.003.001 Escavação, carga e transporte de material para bota fora m³ 31.626,00 33.000,66 -1.374,66 01.004.003.002 Regularização e compactação de sub- leito m² 3.668,00 3.847,23 -179,23 01.004.003.003 Sub-base em brita 4A E=0,30m m³ 45.780,00 48.016,90 -2.236,90 01.004.003.004 Base em brita graduada E=0,20m m³ 28.803,60 28.803,60 0,00 01.004.003.005 Imprimação impermeabilizante m² 5.684,00 5.684,00 0,00 01.004.003.006 Pavimentação em asfalto - CBUQ e= 4cm ton 43.525,44 31.344,93 12.180,51 01.004.003.007 Pintura de ligação com emulsão m² 3.038,00 1.500,00 1538,00 01.004.003.008 Pavimentação em asfalto - CBUQ e= 4cm ton 43.525,44 31.344,93 12.180,51 01.004.003.009 Fornecimento e assentamento de meio fio pré-moldado m 18.190,00 8.000,00 10.190,00 01.004.004 DRENAGEM 101.683,62 101.654,30 29,32 01.004.004.001 Escavação mecânica de valas m³ 6.876,00 7.211,97 -335,97 49 01.004.004.002 Reaterro compactado de vala m³ 29.176,00 29176,00 0,00 01.004.004.003 Fornecimento e assentamento de tubo de Ø=0,60m m 16.175,50 16.175,50 0,00 01.004.004.004 Fornecimento e assentamento de tubo de Ø=0,40m m 8.211,20 8.211,20 0,00 01.004.004.005 Caixa de captação com grelhas de FoFo un 11.503,68 12.065,77 -562,09 01.004.004.006 Caixas de Ligação Ø=0,40m un 4.501,92 4.661,71 -159,79 01.004.004.007 Caixas de Ligação Ø=0,60m un 8.625,08 8.879,15 -254,07 01.004.004.008 Descida em escadas m 14.991,00 13650,00 1.341,00 01.004.004.009 Ala de bueiro Ø=0,60m un 1.623,24 1623,00 0,24 01.005 ESTRUTURA DE CONCRETO 127.139,16 116.333,09 19.552,14 01.005.001 FUNDAÇÃO PROFUNDA 57.685,07 52.023,75 5.661,32 01.005.001.001 Arrasamento e preparo de cabeça de estaca (1,50m) un 2.040,00 0,00 2.040,00 01.005.001.002 Mobilização de equipamento para estaca hélice monitorada vb 23.520,00 17.600,00 5.920,00 01.005.001.003
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