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2020-Guia-Medidas de Proteção no manejo da COVID-19 na atenção especializada - Ministério da Saúde

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Secretaria de Gestão do Trabalho
e da Educação na Saúde - SGTES
Ministério
da Saúde
Medidas de proteção no manejo da 
COVID-19 na Atenção Especializada
UFSC 2020
FLORIANÓPOLIS
Medidas de proteção no manejo da 
COVID-19 na Atenção Especializada
Organizadores:
Sheila Rubia Lindner
Thays Berger Conceição
Carolina Carvalho Bolsoni
Deise Warmling
Dalvan Antonio de Campos
COVID-19
GOVERNO FEDERAL
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde - SGTES
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Reitor: Ubaldo Cesar Balthazar
Vice-Reitora: Alacoque Lorenzini Erdmann 
Pró-Reitor de Pós-Graduação: Cristiane Derani 
Pró-Reitor de Pesquisa: Sebastião Roberto Soares 
Pró-Reitor de Extensão: Rogério Cid Bastos 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
Diretor: Celso Spada 
Vice-Diretor: Fabrício de Souza Neves 
DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA
Chefe do Departamento: Fabrício Augusto Menegon
Subchefe do Departamento: Lúcio José Botelho 
Gestora geral do Projeto Sheila Rubia Lindner
Coordenação de Produção Elza Berger Salema Coelho
 de Material
Organizadores Sheila Rubia Lindner 
 Thays Berger Conceição 
 Carolina Carvalho Bolsoni 
 Deise Warmling 
 Dalvan Antonio de Campos
COVID-19
Revisor 
Antônio Fernando Barreto Miranda
 
Equipe Editorial Thays Berger Conceição 
 Carolina Carvalho Bolsoni
 Deise Warmling
 Dalvan Antonio de Campos
Assessoria Pedagógica Márcia Regina Luz
Equipe Executiva Gisélida Garcia da Silva Vieira
 Mariáh Silva Guzmãn
 Eurizon de Oliveira Neto
Design Instrucional/ Soraya Falqueiro 
Revisão de Português e ABNT/ 
Elaboração das questões avaliativas
Colaboradores na Revisão Técnica do Conteúdo
Bethania Ramos Meireles
Coordenação-Geral de Ações Estratégicas, Inovação 
e Avaliação da Educação em Saúde (CGIED)
Departamento de Gestão da Educação na Saúde (DEGES)
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES)
Mariana Borges Dias
Coordenação-Geral de Atenção Hospitalar e Domiciliar (CGAHD) 
Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência (DAHU)
Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES)
Fernanda Almeida dos Santos
Gabinete/Secretaria de Atenção à Saúde (SAPS)
COVID-19
Ficha catalográfica
Projeto Gráfico/Diagramação Laura Martins Rodrigues
Esquemáticos/Infográficos
Projeto Gráfico/Moodleface Pedro Paulo Delpino Bernardes
Esquemáticos/Infográficos Web Naiane Cristina Salvi 
Desenvolvedor Web Paulo Lefol
Suporte Moodle Tcharles Dejandir Schimitt
Fonte para Imagem Adobe Stock, Iconfinder e Rawpixel
e Esquemáticos
COVID-19
2.7.3 Transporte do corpo 30
2.7.4 Orientações para funerárias 30
U3 Uso de EPIs por pacientes 
e profissionais de saúde 31
3.1 Máscaras 35
3.2 Luvas 38
3.3 Protetor ocular ou protetor de face 39
3.4 Capote/avental 39
3.5 Gorro 40
U4 Manejo de amostras para testagem 
de COVID-19 41
4.1 Precaução padrão, de contato e respiratória, 
para coleta de material respiratório 42
4.1.1 Colocação dos EPIs 42
4.1.2 Retirada dos EPIs 43
4.2 Recomendações gerais para manipulação 
de material potencialmente infectante 43
U5 Limpeza, higienização e manejo de 
resíduos nos serviços de atenção à saúde 45
5.1 Superfícies 46
5.2 Roupas 47
5.3 Tratamento de resíduos 47
Encerramento do curso 48
Referências 49
Apresentação 7
U1 O novo coronavírus (SARS-CoV-2) e a COVID-19 9
U2 Estratégias de prevenção e controle de 
infecção na atenção a casos de COVID-19 13
2.1 Atendimento pré-hospitalar móvel de 
urgência e transporte interinstitucional 14
2.2 Atendimento ambulatorial 
e pronto atendimento 15
2.3 Atendimento a pacientes em isolamento 17
2.4 Atendimento nos serviços de diálise 19
2.4.1 Orientações gerais 19
2.4.2 Orientações diante de casos 
suspeitos e confirmados de COVID-19 20
2.5 Serviços de Atenção Domiciliar 23
2.6 Atendimento nos serviços odontológicos 23
2.6.1 Atendimento de urgências 
e emergências 24
2.6.2 Medidas de proteção em casos suspeitos 
de infecção pelo novo coronavírus 24
2.6.3 Orientações para atendimento 
odontológicos de pacientes críticos em 
Unidades de Terapia Intensiva (UTI) 25
2.7 Cuidados após a morte 26
2.7.1 Orientações 26
2.7.2 Autópsia 28
COVID-19
Neste micro curso, vamos abordar as medidas de proteção para 
segurança pessoal e de demais pessoas envolvidos na Atenção 
Especializada. Todo o conteúdo deste micro curso é baseado em 
publicações oriundas do Ministério da Saúde, da Organização 
Pan-Americana de Saúde e da Organização Mundial da Saúde, 
e as referências de base se encontram ao final do documento.
Atenção: estas orientações são baseadas nas informações 
atualmente disponíveis sobre a COVID-19 e podem ser atua-
lizadas à medida que mais informações estiverem disponí-
veis ou que as necessidades de resposta mudem no país.
Por fim, para realização da leitura e compreensão das informa-
ções abordadas a seguir, é necessária uma carga horária de 15 
horas.
Desejamos a você bons estudos!
Apresentação
Olá! 
Seja bem-vindo ao curso Medidas de proteção no manejo da 
COVID-19 na Atenção Especializada!
Este curso foi elaborado especialmente para você, pensando no 
desafio que será trabalhar no contexto da Atenção Especializa-
da, frente à pandemia do novo coronavírus, também chamado 
SARS-CoV-2, que se instalou recentemente. Consciente dessa 
realidade, o Ministério da Saúde, em parceria com a Universida-
de Aberta do SUS (UNA-SUS), lançou diversos micro cursos para 
capacitação de estudantes e profissionais da saúde, para o en-
frentamento e a prevenção da COVID-19, sendo a Universidade 
Federal de Santa Catarina (UFSC) uma parceira neste processo. 
As evidências sobre a gravidade e outros fatores associados à 
COVID-19 continuam sendo pesquisadas, por isso, as medidas 
de proteção se baseiam em protocolos de proteção a síndromes 
respiratórias agudas. Enquanto as investigações estão em an-
damento em todo o mundo, a melhor maneira de prevenir essa 
doença é adotar ações para impedir a propagação e diminuir 
a exposição dos trabalhadores dos serviços de saúde ao vírus.
COVID-19
Objetivos de aprendizagem:
Ao final deste curso, você deverá ser capaz de:
 • Identificar a extensão da transmissão da infecção pelo 
novo coronavírus e reconhecer seus fatores de risco entre 
os profissionais da saúde.
 • Compreender a efetividade das medidas de prevenção e 
controle de infecção por SARS-CoV-2.
 • Identificar o uso correto de Equipamento de Proteção 
Individual (EPI) no atendimento de casos relacionados à 
COVID-19. 
 • Reconhecer o processo de coleta, acondicionamento e en-
caminhamento de amostra para testagem de COVID-19. 
 • Identificar os procedimentos de desinfecção de superfí-
cies, roupas e tratamento de resíduos.
 • Entender e orientar os demais profissionais sobre as 
recomendações de medidas de prevenção e controle da 
disseminação
 • Reconhecer a infecção relacionada ao novo coronavírus na 
assistência à saúde no âmbito da Atenção Especializada.
Apresentação
COVID-19
9
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA 
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U1 O novo coronavírus (SARS-CoV-2) e a COVID-19
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 30 de 
janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelo novo 
coronavírus, a COVID-19, constitui uma Emergência de Saúde 
Pública de Importância Internacional – o mais alto nível de aler-
ta da organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário 
Internacional. Em 11 de março de 2020, foi caracterizada pela 
OMS como uma pandemia.
A COVID-19 é uma doença respiratória aguda causada por 
um novo coronavírus humano (SARS-CoV-2), que causa maior 
mortalidade em pessoas com idade superior a 60 anos e em 
pessoas com condições médicas subjacentes, como doença 
cardiovascular, doença respiratória crônica, diabetes e câncer.
O paciente com a doença COVID-19 apresenta geralmente os 
seguintes sintomas e sinais:
 • febre (≥37,8°C);
 • tosse;
 • dispneia;
 • mialgia e fadiga;
 • sintomas respiratórios superiores; e
 • sintomas gastrointestinais, como diarreia (mais raros).
Oquadro clínico, típico de uma Síndrome Gripal, pode variar 
seus sintomas desde uma apresentação leve e assintomática 
(não se sabe a frequência), principalmente em jovens adultos e 
crianças, até uma apresentação grave, incluindo choque séptico 
e falência respiratória.
Unidade 1
O novo coronavírus 
(SARS-CoV-2) e a COVID-19
COVID-19
10
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA 
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U1 O novo coronavírus (SARS-CoV-2) e a COVID-19
flexionado ou com um lenço e em seguida, higienizar as mãos, 
entre outras medidas de prevenção. A Anvisa recomenda que a 
desinfecção de superfícies seja feita com álcool a 70%, solução 
clorada 0,5% a 1% ou outro saneante regularizado pela Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) reduz significativa-
mente e infectividade dos coronavírus. Quanto aos sinais e 
sintomas da COVID-19, em resumo, se uma pessoa tiver esses 
três sintomas: tosse ou dificuldade respiratória ou dor de gar-
ganta, com ou sem febre, deve procurar atendimento médico 
assim que possível.
Acesse a Nota Técnica nº 04/2020 da GVIMS/GGTES/
ANVISA no link: <https://www.unasus.gov.br/especial/
covid19/pdf/23>
Acesse o link e veja uma ilustração da Organização Pana-
mericana da Saúde (OPAS), para facilitar a compreensão 
sobre sintomas, formas de transmissões do vírus, medidas 
preventivas, tratamento e o público-alvo com mais riscos 
de se infectar:
<https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_
content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=875>
Link
A doença apresenta fundamentalmente complicações respira-
tórias: pneumonia e Síndrome da Angústia Respiratória Aguda 
– SARA.
As definições de caso e critérios clínicos para a avaliação diag-
nóstica ainda não são consenso entre os especialistas. Entre-
tanto, pode-se avaliar o quadro da COVID-19 de maneira clínica 
e laboratorial. O quadro clínico inicial da doença é caracterizado 
como Síndrome Gripal, caracterizada pelos sinais e sintomas 
citados anteriormente.
O diagnóstico sindrômico depende da investigação clínico-epi-
demiológica e do exame físico. O diagnóstico laboratorial é 
realizado por meio das técnicas de transcriptase-reversa Poly-
merase Chain Reaction (RT-PCR) e sequenciamento parcial ou 
total do genoma viral.
Não se sabe ao certo quanto tempo o vírus sobrevive nos dife-
rentes tipos de superficies. Evidências da literatura a respeito 
dos agentes SARS-CoV e MERS-Cov demonstram que os corona-
vírus humanos podem permanecer infectantes em superfícies 
inanimadas por até 9 (nove) dias. Além do tipo de superfície, a 
temperatura e a umidade do ambiente podem influenciar no 
tempo de sobrevivência desses vírus.
As medidas de proteção são as mesmas utilizadas para prevenir 
doenças respiratórias; lavar as mãos com água e sabão ou com 
soluções à base de álcool – com concentrações entre 62-70%; 
ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com o cotovelo 
https://www.unasus.gov.br/especial/covid19/pdf/23
https://www.unasus.gov.br/especial/covid19/pdf/23
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=875
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=875
COVID-19
11
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA 
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U1 O novo coronavírus (SARS-CoV-2) e a COVID-19
O vírus que causa a COVID-19 pode 
ser transmitido pelo ar?
Estudos até o momento sugerem que esse vírus chamado 
SARS-CoV-2 é transmitido principalmente pelo contato com 
gotículas respiratórias – e não pelo ar.
É possível pegar COVID-19 de uma pessoa 
que não apresenta sintomas?
A maioria das pessoas com o novo coronavírus tem apenas 
sintomas leves – particularmente nos estágios iniciais da 
doença. Portanto, é possível pegar COVID-19 de alguém que 
tenha, por exemplo, apenas uma tosse leve e não se sinta 
mal. A OMS está avaliando pesquisas em andamento sobre o 
período de transmissão da doença e continuará a comparti-
lhar descobertas atualizada
Veja algumas perguntas e repostas para melhorar o entendi-
mento sobre a COVID-19 e evitar informações equivocadas, 
acompanhe.
Os coronavírus podem ser transmitidos 
de pessoa para pessoa?
Sim, este é o meio mais importante de propagação juntamen-
te com o contato de superfícies e objetos infectados por gotí-
culas respiratórias. Ocorre geralmente após contato próximo 
com um paciente infectado, por exemplo, em casa, no local 
de trabalho ou em uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
Como o vírus responsável pela COVID-19 se propaga?
O vírus causador da COVID-19 pode se propagar de pessoa 
para pessoa por meio de gotículas do nariz ou da boca, que 
se espalham quando alguém com COVID-19 tosse, fala ou es-
pirra. Por isso, a importância de ficar a mais de 1 metro de 
distância de uma pessoa doente. A OMS está avaliando pes-
quisas em andamento sobre a maneira como o vírus causa-
dor da COVID-19 é disseminado e continuará a compartilhar 
descobertas atualizadas
COVID-19
12
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA 
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U1 O novo coronavírus (SARS-CoV-2) e a COVID-19
Posso pegar COVID-19 de fezes de 
alguém com a doença?
O risco de pegar COVID-19 de fezes de uma pessoa infecta-
da é aparentemente baixo. Embora as investigações iniciais 
apontem que o vírus possa estar presente nas fezes em al-
guns casos, a disseminação por essa via não é uma das ca-
racterísticas principais da pandemia. Esse é mais um motivo 
para limpar as mãos regularmente, depois de usar o banhei-
ro e antes de comer.
Existe uma vacina ou medicamento contra COVID-19?
Ainda não. Até o momento, não há vacina nem medicamen-
to antiviral específico para prevenir ou tratar a COVID-19. As 
pessoas infectadas devem receber cuidados de saúde para 
aliviar os sintomas. Pessoas que desenvolvem a forma grave 
da doença devem ser hospitalizadas. A maioria dos pacientes 
se recupera graças aos cuidados de suporte.
Atualmente, estão sendo investigadas possíveis vacinas e al-
guns tratamentos medicamentosos específicos, com testes 
por meio de ensaios clínicos. A OMS está coordenando esfor-
ços para desenvolver vacinas e medicamentos para prevenir 
e tratar a COVID-19.
Fonte: Organização Pan-Americana da Saúde, 2020.
A seguir, selecionamos algumas informações sobre prevenção 
e controle da infecção.
COVID-19
13
U2 Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
Os serviços de saúde devem adotar medidas de prevenção 
e controle de infecções. Deve-se garantir que todos os casos 
suspeitos ou confirmados de infecção pelo SARS-CoV-2 ou outra 
infecção respiratória sigam os procedimentos de higiene das 
mãos e etiqueta respiratória durante o período de permanência 
no serviço de saúde. Para isso, esses serviços podem utilizar 
de alertas visuais (cartazes, placas, pôsteres) na entrada e em 
locais estratégicos.
Todos os pacientes que buscarem os serviços de saúde (Atenção 
Primária à Saúde, Unidade de Pronto Atendimento, Pronto So-
corro, Atendimento Pré-Hospitalar Móvel e Hospitalar) deverão 
ser submetidos à triagem clínica, que inclui reconhecer um caso 
suspeito e, se necessário, encaminhá-lo imediatamente para 
uma área separada dos demais pacientes
É fundamental considerar as informações disponíveis até o 
momento, que indicam a via de transmissão do novo corona-
vírus pelo contato direto, principalmente por meio de gotículas 
respiratórias e pelo contato indireto por meio das mãos, ob-
jetos ou superfícies contaminadas, de forma semelhante com 
que outros patógenos respiratórios se espalham. Portanto, os 
profissionais da saúde e profissionais de apoio ao sistema da 
saúde deverão redobrar a atenção.
Unidade 2
Estratégias de prevenção 
e controle de infecção na 
atenção a casos de COVID-19
COVID-19
14
U2 Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
2.1 Atendimento pré-hospitalar móvelde 
urgência e transporte interinstitucional 
Confira, agora, as medidas para o atendimento pré-hospitalar 
móvel de urgência relacionadas ao paciente, ao profissional da 
saúde e quanto ao transporte interinstitucional.
Medidas para o paciente:
 • Isolar precocemente pacientes suspeitos durante 
o transporte. Os mesmos deverão utilizar másca-
ra cirúrgica todo o momento, desde a identifica-
ção até chegada ao local de isolamento. 
 • Orientar pacientes e possíveis acompanhantes 
quanto à importância da higienização frequente 
das mãos. 
Medidas para o profissional:
 • Utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) 
quando em contato com o caso suspeito.
 • Realizar higiene das mãos com preparação alcoó-
lica frequentemente. 
 • Comunicar imediatamente aos profissionais dos 
serviços de atendimento ambulatorial ou pronto 
atendimento se caso suspeito ou confirmado. 
Para conhecer o fluxo de atendimento na Rede de Atenção 
à Saúde para o novo coronavírus (2019-NCOV), acesse os 
fluxogramas elaborados pelo Ministério da Saúde:
Fluxograma de atendimento na APS:
<https://egestorab.saude.gov.br/image/?file=20200210_N_
EmktCoronaVirusFluxoV2_6121956549677603461.pdf>
Fluxograma de atendimento em pronto atendimento UPA 
24 horas e unidade hospitalar não definida como referência: 
<https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/
marco/05/Fluxogramas-COVID-19-SAES-1.pdf>
Fluxograma de atendimento em hospital de referência
para indivíduos por demanda espontânea: <https://
portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/05/
Fluxogramas-COVID-19-SAES-2.pdf>
Link
Vamos conhecer, a seguir, quais são as principais medidas de 
proteção a serem adotadas nos diversos tipos de atendimento 
na Atenção Especializada.
https://egestorab.saude.gov.br/image/?file=20200210_N_EmktCoronaVirusFluxoV2_6121956549677603461.pdf
https://egestorab.saude.gov.br/image/?file=20200210_N_EmktCoronaVirusFluxoV2_6121956549677603461.pdf
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/05/Fluxogramas-COVID-19-SAES-1.pdf
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/05/Fluxogramas-COVID-19-SAES-1.pdf
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/05/Fluxogramas-COVID-19-SAES-2.pdf
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/05/Fluxogramas-COVID-19-SAES-2.pdf
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/05/Fluxogramas-COVID-19-SAES-2.pdf
COVID-19
15
U2 Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
2.2 Atendimento ambulatorial e pronto atendimento
Na chegada ao serviço de saúde, instrua os pacientes e acompa-
nhantes a informar se estiverem com sintomas de alguma infec-
ção respiratória (tosse, coriza, febre, dificuldade para respirar) 
e tomar as ações preventivas apropriadas como, por exemplo, 
usar máscara cirúrgica a partir da entrada do serviço, se puder 
ser tolerada. Para indivíduos que não podem tolerar o uso da 
máscara cirúrgica devido, por exemplo, a secreção excessiva ou 
falta de ar, deve-se orientá-lo a realizar rigorosamente a higiene 
respiratória, ou seja, cobrir a boca e o nariz quando tossir ou 
espirrar com papel descartável e realizar a higiene das mãos 
com água e sabonete líquido OU álcool gel 70%, imediatamente.
Agora, acompanhe medidas necessárias quanto ao atendimen-
to ambulatorial ou pronto atendimento aos casos suspeitos ou 
confirmados pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).
Medidas para o serviço:
 • Estabelecer previamente critérios de triagem 
para identificação e atendimento dos casos. 
 • Manter casos suspeitos em área separada até 
atendimento ou encaminhamento ao serviço de 
referência (se necessário), limitando sua movi-
mentação fora da área de isolamento. 
Medidas para o transporte:
 • Melhorar a ventilação do veículo para aumentar a 
troca de ar durante o transporte. 
 • Limpar e desinfetar todas as superfícies internas 
do veículo após a realização do transporte. A de-
sinfecção pode ser feita com álcool a 70%, hipo-
clorito de sódio ou outro desinfetante indicado 
para este fim e seguindo procedimento operacio-
nal padrão definido para a atividade de limpeza e 
desinfecção do veículo e seus equipamentos. 
 • Reforçar a provisão de todos os insumos (más-
caras cirúrgicas, máscaras N95, sabonete líquido 
ou preparação alcoólica, lenços de papel, avental 
impermeável, óculos de proteção e luvas de pro-
cedimento) do veículo de transporte.
 • Sempre notificar previamente o serviço de saúde 
para onde o caso suspeito ou confirmado será 
encaminhado.
Deve-se evitar o transporte interinstitucional de casos sus-
peitos ou confirmados. Se a transferência do paciente for 
realmente necessária, este deve utilizar máscara cirúrgica, 
obrigatoriamente.
Importante
COVID-19
16
U2 Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
Medidas para o paciente:
 • Disponibilizar máscara cirúrgica para pacientes sintomáti-
cos e orientar sobre a higiene adequada das mãos. 
 • Indicar, quando possível, que o acompanhante espere do 
lado de fora do serviço de saúde.
 • Orientar os pacientes a cobrir boca e nariz ao tossir ou 
espirrar (com cotovelo flexionado ou utilizando-se de um 
lenço descartável para higiene nasal), evitar o toque em 
mucosas de olho, nariz e boca e realizar higiene das mãos 
frequentemente.
 • Eliminar ou restringir o uso de itens compartilhados por 
pacientes como canetas, pranchetas e telefones. 
Medidas para o profissional:
 • Orientar os trabalhadores dos serviços de saúde quanto 
aos cuidados e medidas de prevenção a serem adotadas. 
 • Realizar a limpeza e desinfecção de equipamentos e pro-
dutos para saúde que tenha sido utilizado na assistência 
ao paciente. 
 • Orientar os profissionais de saúde para que evitem tocar 
superfícies próximas ao paciente e aquelas fora do am-
biente próximo ao paciente, com luvas ou outros EPIs con-
taminados ou mãos contaminadas. 
 • Notificar a transferência do paciente previamente ao servi-
ço referenciado, se houver necessidade de encaminhamen-
to para outro serviço de saúde.
 • Coordenar com o serviço de limpeza para que a desinfecção da 
sala de espera e áreas comuns seja feita múltiplas vezes ao dia.
 • Realizar a limpeza e desinfecção das superfícies do consultório 
e de outros ambientes utilizados pelo paciente.
 • Manter os ambientes ventilados. 
 • Prover condições para higiene simples das mãos: lavatório/pia 
com dispensador de sabonete líquido, suporte para papel toa-
lha, papel toalha, lixeira com tampa e abertura sem contato 
manual.
 • Prover dispensadores com preparações alcoólicas (sob as for-
mas gel ou solução) para a higiene das mãos nas salas de espe-
ra e estimular a higiene das mãos após contato com secreções 
respiratórias.
 • Prover lenços descartáveis para higiene nasal na sala de espera 
e lixeira com acionamento por pedal para o descarte de lenços. 
 • Assegurar a provisão de todos os insumos (máscaras cirúrgicas, 
máscaras N95, PFF2 ou equivalente, sabonete líquido ou pre-
paração alcoólica, lenços de papel, avental impermeável, gorro, 
óculos de proteção, luvas de procedimento, higienizantes para 
o ambiente e outros) deve ser reforçada pelo serviço de saúde. 
COVID-19
17
U2 Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
 • Os profissionais da saúde que atuarem na assistência di-
reta aos casos suspeitos ou confirmados devem ser orga-
nizados para trabalharem somente na área de isolamento, 
evitando circulação para outras áreas de assistência. 
 • A área estabelecida como isolamento deverá ser devida-
mente sinalizada, inclusive quanto às medidas de precaução 
a serem adotadas: padrão, específica (gotículas e contato ou 
aerossóis) e empírica. Acompanhe no infográfico a seguir. 
Para acessar as informações sobre osEPIs necessários para 
cada tipo de atividade e categoria profissional, veja a Unidade 3 
deste curso.
Não se deve circular pelo serviço de saúde utilizando os 
EPIs. Estes devem ser imediatamente removidos após a saí-
da do quarto, enfermaria ou área de isolamento.
Importante
2.3 Atendimento a pacientes em isolamento
São orientações referentes ao atendimento a pacientes em 
isolamento:
 • O isolamento dos casos suspeitos ou confirmados de 
infecção pelo novo coronavírus deve ser realizado, pre-
ferencialmente, em quarto privativo com porta fechada e 
bem ventilado. 
 • Caso o serviço de saúde não disponha de quartos privati-
vos em número suficiente para atendimento necessário, 
deve-se proceder com o isolamento por coorte, ou seja, 
separar em uma mesma enfermaria ou área os pacientes 
com suspeita ou confirmação para COVID-19. 
 • Deverá ser respeitada distância mínima de 1 metro entre 
os leitos e restringir ao máximo o número de acessos à 
área (inclusive de visitantes). 
PRECAUÇÕES PADRÃO
Devem ser aplicadas no atendimento a todos os 
pacientes, na presença de risco de contato com sangue; 
fluidos corpóreos, secreções e excreções (exceção: suor); 
pele com solução de continuidade; e mucosas.
PRECAUÇÕES ESPECÍFICAS
Elaboradas de acordo com o mecanismo de transmissão 
das patologias e designadas para pacientes suspeitos ou 
sabidamente infectados ou colonizados - por patógenos 
transmissíveis e de importância epidemiológica - baseada 
em três vias principais de transmissão: transmissão por 
contato, transmissão aérea por gotículas, transmissão 
aérea por aerossóis.
PRECAUÇÕES EMPÍRICAS
São indicadas em síndromes clínicas de importância 
epidemiológica sem a confirmação da etiologia.
COVID-19
18
U2 Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
PRECAUÇÕES ESPECÍFICAS
Incluem as precauções de contato, 
para gotículas e para aerossóis
PRECAUÇÕES PADRÃO
Devem ser seguidas para TODOS OS PACIENTES,
independente da suspeita ou não de infecções
· Óculos· Máscara· Avental· Luvas
Caixa
pérfuro-cortante
Higienização
das mãos
PRECAUÇÕES
PARA GOTÍCULAS
PRECAUÇÕES
PARA AEROSSÓIS
PRECAUÇÕES
DE CONTATO
Higienização
das mãos · Avental· LuvasQuarto privativo
Higienização
das mãos
Quarto 
privativo
Máscara cirúrgica
· para o profissional· para o paciente durante 
o transporte
Máscara cirúrgica 
para o paciente
Higienização
das mãos
Máscara PFF2 (N-95) 
para o profissional
Quarto 
privativo
COVID-19
19
U2 Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
Além disso, deve-se orientar a obrigatoriedade do uso da 
máscara de proteção respiratória (respirador particulado) 
com eficácia mínima na filtração de 95% de partículas de 
até 0,3μ (tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3) pelos profis-
sionais de saúde.
 • Normas e rotinas de procedimento deverão ser elabora-
das e disponibilizadas pelo serviço de saúde a todos os 
profissionais envolvidos na assistência aos casos suspei-
tos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus.
 • A descontinuação das precauções e isolamento deverão 
ser determinadas caso a caso, em conjunto com as autori-
dades de saúde locais, estaduais e federais.
2.4 Atendimento nos serviços de diálise
Os serviços de diálise devem observar as orientações a seguir.
2.4.1 Orientações gerais
 • Como parte do programa de prevenção e controle de 
infecção, os serviços de diálise devem definir políticas e 
práticas para reduzir a disseminação de patógenos respi-
ratórios contagiosos, incluindo o vírus SARS-CoV2. 
 • Os serviços de diálise devem reforçar aos pacientes 
instruções sobre higiene respiratória e etiqueta da tosse 
e disponibilizar perto de poltronas de diálise e postos 
 • Alguns procedimentos realizados em pacientes com infec-
ção suspeita ou confirmada pelo novo coronavírus podem 
gerar aerossóis (como por exemplo, procedimentos que 
induzem a tosse, intubação ou aspiração traqueal, venti-
lação invasiva e não invasiva, ressuscitação cardiopulmo-
nar, ventilação manual antes da intubação, indução de 
escarro, coletas de amostras nasotraqueais). Para esses 
casos, utilizar precauções para aerossóis.
 • Os procedimentos que podem gerar aerossóis devem ser 
realizados preferencialmente em uma unidade de isola-
mento respiratório com pressão negativa e filtro HEPA 
(High Efficiency Particulate Arrestance). Na ausência desse 
tipo de unidade, deve-se colocar o paciente em um quarto 
com portas fechadas (com janelas abertas) e restringir o 
número de profissionais durante esses procedimentos. 
COVID-19
20
U2 Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
 • Todos os pacientes e acompanhantes devem ser orienta-
dos a não compartilhar objetos e alimentos com outros 
pacientes e acompanhantes.
 • Permitir a presença de acompanhantes apenas de casos 
excepcionais ou definidos por lei. 
 • Quando houver suspeita ou confirmação de COVID-19, 
conforme definição de caso do Ministério da Saúde, o 
serviço de diálise deve fazer a notificação do caso suspeito 
ou confirmado.
2.4.2 Orientações diante de casos suspeitos 
e confirmados de COVID-19
Os serviços de diálise devem estabelecer estratégias para identifi-
car pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem infecção 
pelo novo coronavírus, antes mesmo de chegar ao serviço ou de 
entrar na área de tratamento, de forma que a equipe possa se or-
ganizar/planejar o atendimento. Entre essas estratégias, sugere-se: 
 • Os pacientes devem ser orientados a informar previa-
mente ao serviço de diálise, (por exemplo: por ligação 
telefônica antes de dirigir-se à clínica, de preferência, ou 
ao chegar ao serviço) caso apresentem febre e sintomas 
respiratórios ou caso sejam suspeitos ou confirmados de 
apresentarem COVID -19). 
 • Antes da entrada na área de tratamento, ainda na recep-
ção, deve ser aplicado um pequeno “questionário” a todos 
de enfermagem suprimentos/insumos para estimular a 
adesão. Isso inclui lenços de papel e lixeira com tampa e 
abertura sem contato manual.
 • Também devem reforçar importância e orientações sobre 
higiene das mãos e prover preparação alcoólica (dis-
pensadores de preparação alcoólica a 70%) e com água 
e sabonete líquido (lavatório/pia com dispensador de 
sabonete líquido, suporte para papel toalha, papel toalha, 
lixeira com tampa e abertura sem contato manual).
 • Os serviços de diálise devem implementar políticas, que 
não sejam punitivas, para permitir que o profissional da 
saúde que apresente sintomas respiratórios seja afastado 
do trabalho.
 • Todos os pacientes e acompanhantes devem ser orientados 
a não transitar pelas áreas da clínica desnecessariamente. 
COVID-19
21
U2 Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
2. quando existir a sala, mas o serviço não possui 
pacientes com hepatite B. 
b. Se não tiver condições de colocar esses pacientes 
em uma sala separada, os mesmos devem ser diali-
sados no turno com o menor número de pacientes, 
nas máquinas mais afastadas do grupo, e longe do 
fluxo principal de tráfego, quando possível. Deve ser 
estabelecida uma distância mínima de 1 metro entre 
os pacientes. 
c. Caso haja mais de um paciente suspeito ou confirmado 
de apresentar COVID-19 sugere-se realizar o isolamen-
to por coorte, ou seja, colocar em uma mesma área 
pacientes com infecção pelo mesmo agente infeccioso. 
Sugere-se ainda que sejam separadas as últimas se-
ções do dia para esses pacientes OU, no caso de haver 
muitos pacientes com COVID-19 confirmada, o serviço 
deve remanejar os turnos de todos os pacientes, de 
forma a manter aqueles com COVID-19 suspeita ou 
confirmada dialisando em um turno exclusivo para 
esses pacientes (de preferênciao último turno do dia). 
A coorte não deve ser realizada entre pacientes com doen-
ças respiratórias de etiologias diferentes. Por exemplo, pa-
cientes com influenza confirmada e com COVID-19 não de-
vem ficar na mesma coorte. 
Importante
os pacientes com perguntas sobre o seu estado geral, pre-
sença de febre ou sintomas respiratórios, contato prévio 
com pessoas com febre ou sintomas respiratórios ou com 
COVID-19 suspeita ou confirmada. 
 • Os serviços de diálise devem organizar o espaço físico da 
área de recepção, espera e diálise para que os pacientes sus-
peitos ou confirmados de apresentarem COVID-19 fiquem a 
uma distância mínima de 1 metro dos outros pacientes.
 • Devem ser disponibilizadas máscaras cirúrgicas na entra-
da do serviço para que sejam oferecidas aos pacientes sus-
peitos ou confirmados de apresentarem COVID-19, logo 
na chegada ao serviço de diálise, as mascarás deverão ser 
utilizadas durante todo o período de permanência no ser-
viço. Pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem 
COVID-19 devem ser levados para uma área de tratamen-
to o mais rápido possível, a fim de minimizar o tempo na 
área de espera e a exposição de outros pacientes. 
 • Pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem 
COVID-19 devem preferencialmente ser dialisados em 
uma sala separada, bem ventilada e com a porta fechada, 
respeitando-se a distância mínima de 1 metro: 
a. As salas de isolamento de hepatite B podem ser 
usadas para esses pacientes em diálise apenas se:
1. o paciente tiver antígeno de superfície da he-
patite B positivo ou
COVID-19
22
U2 Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
contato, incluindo a máquina, a poltrona, a mesa lateral, e 
qualquer superfície e equipamentos localizados a menos 
de um metro da área do paciente ou que possam ter sido 
tocados ou utilizados por ele.
Os serviços de diálise devem garantir que o tratamento dia-
lítico continue sendo prestado. Portanto, não devem se ne-
gar a receber pacientes suspeitos ou confirmados de apre-
sentarem COVID-19 ou pacientes que estavam realizando o 
tratamento dialítico fora do seu domicílio (no mesmo esta-
do ou em outro estado).
Importante
Os pacientes não podem ficar sem receber o tratamento dialíti-
co, dessa forma, cabe ao serviço de diálise ajustar os seus fluxos 
para o manejo de casos e seguir as orientações do Ministério 
da Saúde de forma a realizar uma assistência segura para os 
pacientes e profissionais de saúde.
Para mais informações sobre o atendimento no serviço de 
diálise acesse o Anexo II da Nota Técnica nº 04/2020 da 
GVIMS/GGTES/ANVISA no link:
<https://www.unasus.gov.br/especial/covid19/pdf/23>
Link
 • O serviço de diálise deve avaliar a viabilidade de prestar o 
atendimento no domicílio do paciente suspeito ou confir-
mado de apresentar COVID -19 (caso seja possível). 
 • Devem ser definidos profissionais exclusivos para o 
atendimento dos pacientes suspeitos ou confirmados de 
apresentarem COVID -19 (coorte de profissionais). 
 • As linhas de diálise e dialisadores utilizados em pacientes 
suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo corona-
vírus (SARS-Cov-2) devem ser descartadas após o uso, não 
podendo assim ser reaproveitados, nem mesmo para o 
próprio paciente. 
 • Utilizar produtos para saúde exclusivos para pacientes 
suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID-19 
(termômetros, esfigmomanômetros, etc). Caso não seja 
possível, proceder a rigorosa limpeza e desinfecção após 
o uso (pode ser utilizado álcool líquido a 70%, desde que 
os produtos e equipamentos não sejam de tecidos). 
 • Devem ser instituídas as precauções de contato e de gotí-
culas, além das precauções padrão por todos os profissio-
nais que forem prestar assistência a pacientes suspeitos 
ou confirmados de apresentarem COVID-19. Isso inclui o 
uso adequado dos EPIs.
 • Após o processo dialítico deve ser realizada uma rigorosa 
limpeza e desinfecção de toda a área que o paciente teve 
https://www.unasus.gov.br/especial/covid19/pdf/23
COVID-19
23
U2 Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
2.6 Atendimento nos serviços odontológicos
A assistência odontológica apresenta um alto risco para a disse-
minação do novo coronavírus, devido à grande possibilidade de 
exposição aos materiais biológicos proporcionada pela geração 
de aerossóis durante os procedimentos.
Com o objetivo de diminuir o número de infectados pela 
COVID-2019, entendendo que os profissionais de saúde bu-
cal realizam procedimentos que aumentam a probabilidade 
de contaminação cruzada, o Ministério da Saúde orienta a 
suspensão dos atendimentos odontológicos eletivos, man-
tendo-se o atendimento das urgências odontológicas.
Importante
Os profissionais de saúde bucal de nível superior (Cirurgiões 
Dentistas) deverão auxiliar no atendimento através do FAST-
-TRACK COVID-19 na fase de avaliação de sintomas e notificação 
(se necessário), colaborando com os profissionais de enferma-
gem de nível superior.
Para conhecer o fluxograma de atendimento odontológico, 
acesse: <https://saude.gov.br/images/pdf/2020/
marco/30/20200330-AtendimentoOdontologico-Fluxo-
ver002-Final.pdf>.
Link
2.5 Serviços de Atenção Domiciliar
Nos municípios onde estão em funcionamento Serviços de 
Atenção Domiciliar (SAD) pelo Programa Federal Melhor em 
Casa, os profissionais deverão proceder a avaliação de casos 
em atendimento para avaliar possibilidade de espaçamento das 
visitas na medida do possível, de forma que não gerem risco de 
agravamento e necessidade de reinternação destes pacientes. 
Durante a pandemia de COVID-19 as equipes deverão focar 
tanto no trabalho regular do SAD intensificando a desospitaliza-
ção para auxiliar na liberação de leitos hospitalares, quanto na 
desospitalização precoce de casos estabilizados de COVID-19, 
mediante avaliação de condições clínicas.
Informações detalhadas, inclusive sobre as medidas de pro-
teção dos profissionais, encontram-se na Nota Técnica nº 
9/2020 da CGAHD/DAHU/SAES/MS, disponível no link:
<https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/24/
NOTA-T--CNICA-N----9-2020-CGAHD-DAHU-SAES.pdf>.
Link
https://saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/30/20200330-AtendimentoOdontologico-Fluxo-ver002-Final.pdf
https://saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/30/20200330-AtendimentoOdontologico-Fluxo-ver002-Final.pdf
https://saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/30/20200330-AtendimentoOdontologico-Fluxo-ver002-Final.pdf
https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/24/NOTA-T--CNICA-N----9-2020-CGAHD-DAHU-SAES.pdf
https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/24/NOTA-T--CNICA-N----9-2020-CGAHD-DAHU-SAES.pdf
COVID-19
24
U2 Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
 • Evitar radiografias intraorais (estimula a secreção salivar 
e a tosse). Optar pelas extraorais, como a panorâmica e a 
tomografia computadorizada, com feixe cônico.
 • Em casos em que o isolamento com dique de borracha não 
for possível, são recomendados dispositivos manuais, como 
as curetas para remoção de cáries e raspagem periodontal, 
a fim de minimizar ao máximo a geração de aerossol.
 • Outras medidas para minimizar a geração de aerossol de-
vem ser tomadas como: colocar o paciente na posição mais 
adequada; nunca usar a seringa tríplice na sua forma em 
névoa (spray) acionando os dois botões simultaneamente; 
regular a saída de água de refrigeração; usar o dique de 
borracha sempre que possível; sempre usar sugadores de 
alta potência.
 • Esterilizar em autoclave todos os instrumentais conside-
rados críticos, inclusive as canetas de alta e baixa rotação.
2.6.2 Medidas de proteção em casos suspeitos 
de infecção pelo novo coronavírus
 • Manter um ambiente limpo e seco irá ajudar a reduzir a 
persistência do coronavírus nassuperfícies.
 • Procedimentos com alta ou baixa rotação devem ser rea-
lizados com isolamento absoluto (sempre que possível), e 
protetores faciais ou óculos de proteção.
O atendimento à urgência odontológica deverá ocorrer indivi-
dualmente, evitando-se o compartilhamento de espaços devido 
à transmissão de microrganismos, principalmente quando há 
uso de equipamentos que produzam aerossóis.
Deve-se atentar para atendimentos com maiores intervalos 
entre as consultas, com vistas a proporcionar maior tempo para 
realizar adequada descontaminação dos ambientes.
2.6.1 Atendimento de urgências e emergências
Para atendimento das urgências e emergências, as seguintes 
medidas devem ser adotadas a fim de reduzir o risco de conta-
minação:
 • Realizar frequentemente a higiene das mãos com água 
e sabonete líquido OU preparação alcoólica (70%), usar 
gorro, óculos de proteção ou protetor facial (preferencial-
mente o protetor facial), avental impermeável, luvas de 
procedimento, máscaras N95 (PFF2) ou equivalente.
 • Antes e após a utilização de máscaras deve-se realizar a 
higiene das mãos com água e sabonete líquido OU prepa-
ração alcoólica (70%). Todos os profissionais envolvidos de-
vem ser orientados sobre como usar, remover e descartar.
 • Deve ser realizada a sucção constante da saliva e se possí-
vel trabalhar a quatro mãos (EPI semelhante para ambos).
COVID-19
25
U2 Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
tomografia computadorizada do tórax deve ser prescrita, 
para excluir suspeita de infecção.
 • Depois do tratamento deve-se realizar os procedimentos 
de limpeza e desinfecção ambiental. Como alternativa, os 
pacientes podem ser tratados em uma sala isolada e bem 
ventilada ou salas com pressão negativa.
2.6.3 Orientações para atendimento 
odontológicos de pacientes críticos em 
Unidades de Terapia Intensiva (UTI)
 • Não realizar a oroscopia, a menos que o paciente apre-
sente sinais e sintomas de alterações bucais que gerem 
implicações sistêmicas (infecções bucais agudas, lesões 
em mucosa bucal, sangramento de origem bucal e trava-
mento mandibular) ou a pedido médico.
 • Promover a avaliação e procedimentos odontológicos 
utilizando gorro, máscara N95 (PFF2) ou equivalente, pro-
tetor facial (face shield), avental impermeável e luvas.
 • Suspender o uso de alta ou baixa rotação e spray de água 
em procedimentos. Em casos de necessidade absoluta, 
os mesmos devem ser realizados em centro cirúrgicos, 
com o uso de isolamento absoluto, protetores faciais e 
máscaras N95.
 • Aspiradores de saliva de alta potência podem ajudar a 
minimizar o aerossol ou respingos em procedimentos 
odontológicos.
 • Para pacientes com contusão de tecidos moles faciais, 
devem ser realizados desbridamentos e suturas de pre-
ferência com o fio absorvível. Recomenda-se enxaguar a 
ferida lentamente e usar o sugador de saliva para evitar a 
pulverização.
 • Casos com risco de morte, com lesões bucais e maxilofa-
ciais, devem ser admitidos em hospital imediatamente e a 
COVID-19
26
U2 Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
2.7.1 Orientações 
Orientações pós-óbito de pessoas com infecção suspeita ou 
confirmada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2):
 • Durante os cuidados com o cadáver, só devem estar 
presentes no quarto ou área os profissionais estritamente 
necessários (todos com EPI).
 • Considerando a possibilidade de monitoramento, reco-
menda-se que sejam registrados nomes, datas e atividades 
de todos os trabalhadores que participaram dos cuidados 
post-mortem, incluindo a limpeza do quarto/enfermaria.
 • Todos os profissionais que tiverem contato com o cadáver 
devem usar: gorro, óculos de proteção ou protetor facial, 
avental impermeável de manga comprida, bota imper-
meável, luvas nitrílicas e máscara cirúrgica. ATENÇÃO: 
Se for necessário realizar procedimentos que geram ae-
rossol, como extubação, usar máscara do tipo N95, PFF2, 
ou equivalente. O descarte de todo o material e rouparia 
deve ser feito imediatamente e em local adequado.
 • Os tubos, drenos e cateteres devem ser removidos do 
corpo, tendo cuidado especial com a remoção de catete-
res intravenosos, outros dispositivos cortantes e do tubo 
endotraqueal.
 • Utilizar dispositivos manuais (como as curetas periodon-
tais) para a remoção de cáries e raspagem periodontais, a 
fim de minimizar ao máximo a geração de aerossóis.
 • Utilizar aspirador descartável em todo atendimento.
 • Evitar radiografias intra-orais.
Para conhecer mais sobre a classificação dos procedimen-
tos odontológicos (urgência e emergência) e medidas a 
serem adotadas a fim de reduzir o risco de contaminação, 
acesse o Anexo 4 da Nota Técnica nº 04/2020 da GVIMS/
GGTES/ANVISA, disponível no link: <https://www.unasus.
gov.br/especial/covid19/pdf/23>.
Link
2.7 Cuidados após a morte
Como o SARS-COV2 é transmitido por contato, é fundamental 
que os profissionais sejam protegidos da exposição a sangue 
e fluidos corporais infectados, objetos ou outras superfícies 
ambientais contaminadas. Assim, os princípios das precauções 
padrão de controle de infecção e precauções baseadas na trans-
missão devem continuar sendo aplicados no manuseio do corpo.
https://www.unasus.gov.br/especial/covid19/pdf/23
https://www.unasus.gov.br/especial/covid19/pdf/23
COVID-19
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U2 Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
 • Acondicionar o corpo em três camadas: 1ª - enrolar o 
corpo com lençóis; 2ª - colocar o corpo em saco imper-
meável próprio; 3ª - colocar o corpo em um segundo saco 
(externo) e desinfetar com álcool a 70%, solução clorada 
0,5% a 1% ou outro saneante regularizado pela Anvisa, 
compatível com o material do saco.
 • Colocar etiqueta com identificação do falecido.
 • Identificar adequadamente o cadáver.
 • Identificar o saco externo de transporte com a informação 
relativa a risco biológico; no contexto da COVID-19: agente 
biológico classe de risco 3.
 • Usar luvas descartáveis nitrílicas ao manusear o saco de 
acondicionamento do cadáver.
 • A maca de transporte de cadáveres deve ser utilizada 
apenas para esse fim e ser de fácil limpeza e desinfeção.
 • Após remover os EPI, sempre proceder à higienização das 
mãos.
É essencial descrever no prontuário dados acerca de todos os 
sinais externos e marcas de nascença/tatuagens, órteses, pró-
teses que possam identificar o corpo. Se for possível, o reconhe-
cimento do corpo deve ser por meio de fotografias, evitando 
contato ou exposição. Caso contrário, limitar o reconhecimento 
do corpo a um único familiar/responsável.
 • Descartar imediatamente os resíduos perfurocortantes 
em recipientes rígidos, à prova de perfuração e vazamen-
to, e com o símbolo de resíduo infectante.
 • Recomenda-se desinfetar e tapar/bloquear os orifícios de 
drenagem de feridas e punção de cateter com cobertura 
impermeável.
 • Limpar as secreções nos orifícios orais e nasais com com-
pressas.
 • Tapar/bloquear orifícios naturais do cadáver (boca, nariz, ou-
vido, ânus) para evitar extravasamento de fluidos corporais.
COVID-19
28
U2 Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
Quando, por motivos especiais, a autópsia tiver de ser realizada, 
deverão ser observadas as seguintes orientações:
 • Não é recomendado realizar tanatopraxia (formolização e 
embalsamamento).
 • O número de pessoas autorizadas na sala de autópsia 
deve ser limitado às estritamente necessárias aos proce-
dimentos. O ideal é ter apenas um técnico e um médico 
patologista.
 • Devem ser realizados em salas de autópsia que possuam 
sistemas de tratamento de ar adequados. Isso inclui sis-
temas que mantêm pressão negativa emrelação às áreas 
adjacentes e que fornecem um mínimo de 6 trocas de ar 
(estruturas existentes) ou 12 trocas de ar (nova construção 
ou reforma) por hora.
 • O ar ambiente deve sair diretamente para o exterior ou 
passar por um filtro HEPA.
 • As portas da sala devem ser mantidas fechadas, exceto 
durante a entrada e saída.
 • Procedimentos que geram aerossóis devem ser evitados.
 • Considere usar métodos preferencialmente manuais, 
para evitar que as secreções respinguem ou disseminem 
pelo ar. Se for necessário o uso de serra oscilante, conecte 
uma cobertura de vácuo para conter os aerossóis.
Não pode haver contato direto entre o familiar/responsável 
e o corpo, devendo-se manter uma distância de dois metros 
entre eles. Se houver necessidade de aproximação, o familiar/
responsável deverá fazer uso de máscara cirúrgica, luvas e 
aventais de proteção.
Identificar adequadamente o cadáver, contendo sempre que 
possível, o nome completo, número do prontuário, número do 
Cartão Nacional de Saúde (CNS), data de nascimento, nome da 
mãe e CPF, utilizando esparadrapo, com letras legíveis, fixado 
na região torácica.
Durante a embalagem, que deve ocorrer no local de ocorrência 
do óbito, manipular o corpo o mínimo possível, evitando 
procedimentos que gerem gases ou extravasamento de fluidos 
corpóreos.
2.7.2 Autópsia
As autópsias em cadáveres de pessoas que morreram com 
doenças infecciosas causadas por patógenos das categorias de 
risco biológico 2 ou 3 expõem a equipe a riscos adicionais que 
deverão ser evitados.
A autópsia não deve ser realizada e é desnecessária em 
caso de confirmação ante-mortem da COVID-19.
Importante
COVID-19
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U2 Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
 • Luvas não estéreis e nitrílicas ao manusear materiais po-
tencialmente infecciosos.
 • Se houver risco de cortes, perfurações ou outros ferimen-
tos na pele, usar luvas resistentes sob as luvas de nitrila.
Ao finalizar o procedimento:
 • Os EPI devem ser removidos antes de sair do conjunto de 
autópsia e descartados, apropriadamente, como resíduos 
infectantes (RDC nº 222/2018).
 • Imediatamente após retirar os EPIs, realizar a higienização 
das mãos.
 • Artigos não descartáveis deverão ser encaminhados para 
limpeza e desinfecção/esterilização, conforme rotina do 
serviço e em conformidade com a normatização.
 • Os materiais descartáveis devem ser dispensados em sa-
cos amarelos e encaminhados para incineração, conforme 
gerenciamento de resíduos infectantes (grupo A1).
Para mais informações acesse o documento Manejo de cor-
pos no contexto do novo corona vírus (COVID-19), disponí-
vel em:
<https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/25/
manejo-corpos-coronavirus-versao1-25mar20-rev5.pdf>.
Link
 • Preferir equipamentos que promovam menor lançamento 
de fragmentos teciduais, como alicates, por exemplo.
 • Quando necessário, coletar tecidos por meio de técnica de 
autópsia minimamente invasiva. Esse método consiste em 
diagnóstico por imagem e intervenção percutânea.
 • A manipulação e exame de amostras menores, devem ser 
feitas obrigatoriamente em Cabines de Segurança Biológi-
ca (CSB) classe 2.
 • Os sistemas de tratamento de ar devem permanecer liga-
dos enquanto é realizada a limpeza do local.
Os EPIs para os profissionais que realizam a autopsia incluem:
 • Luvas cirúrgicas duplas interpostas com uma camada de 
luvas de malha sintética à prova de corte.
 • Capote (resistente ou impermeável) a fluidos.
 • Avental impermeável.
 • Óculos ou protetor facial.
 • Capas de sapatos ou botas impermeáveis.
 • Máscaras de proteção respiratória tipo N95 ou superior.
Os EPI para os profissionais que manipulam os corpos:
 • Máscaras N95 ou superior
https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/25/manejo-corpos-coronavirus-versao1-25mar20-rev5.pdf
https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/25/manejo-corpos-coronavirus-versao1-25mar20-rev5.pdf
COVID-19
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U2 Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
2.7.3 Transporte do corpo
Para o transporte do corpo, as orientações são as seguintes:
 • O transporte do corpo deve ser feito conforme procedi-
mentos de rotina, com utilização de revestimentos imper-
meáveis para impedir o vazamento de líquido, quando fei-
to por carro funerário. Este também deve ser submetido 
à limpeza e desinfecção de rotina após o transporte do 
corpo.
 • Todos os profissionais que atuam no transporte, guarda 
do corpo e colocação do corpo no caixão também devem 
adotar as medidas de precaução, que devem ser mantidas 
até o fechamento do caixão.
2.7.4 Orientações para funerárias
São orientações para as funerárias: 
 • É importante que os envolvidos no manuseio do corpo, 
equipe da funerária e os responsáveis pelo funeral sejam 
informados sobre o risco biológico classe de risco 3, para 
que medidas apropriadas possam ser tomadas para se 
proteger contra a infecção.
 • O manuseio do corpo deve ser o menor possível.
 • O corpo não deve ser embalsamado.
 • De preferência, cremar os cadáveres, embora não seja 
obrigatório fazê-lo.
 • Deve-se limpar a superfície da urna lacrada com solução 
clorada 0,5%.
 • Após o uso, os sacos de cadáver vazios devem ser descar-
tados como resíduos enquadrados na RDC 222/2018.
Acesse a RDC nº 222, de 28 de março de 2018, no link:
<http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/3427425/
RDC_222_2018_.pdf/c5d3081d-b331-4626-8448-
c9aa426ec410>
Link
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/3427425/RDC_222_2018_.pdf/c5d3081d-b331-4626-8448-c9aa426ec410
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/3427425/RDC_222_2018_.pdf/c5d3081d-b331-4626-8448-c9aa426ec410
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/3427425/RDC_222_2018_.pdf/c5d3081d-b331-4626-8448-c9aa426ec410
COVID-19
31
U3 Uso de EPIs por pacientes e profissionais de saúdeMEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
O uso racional de EPI nos serviços de saúde é recomendado, 
visto que o aumento da demanda global – impulsionado não 
apenas pelo número de casos de COVID-19, mas também por 
desinformação, compra de pânico e estocagem – resultará em 
mais escassez de EPI globalmente. A capacidade de expandir 
a produção é limitada e a demanda atual por respiradores e 
máscaras pode não ser atendida, especialmente se o uso inade-
quado generalizado de EPI continuar.
Recomenda-se que as atividades de cuidado sejam agrupadas 
para minimizar o número de vezes que se entra em contato com 
um paciente com COVID-19 e para diminuir a quantidade de EPI 
utilizada. Pode-se, por exemplo, verificar os sinais vitais durante 
a administração do medicamento e programar procedimentos 
perto do horário das refeições, assim a comida pode ser en-
tregue pelos profissionais de saúde enquanto eles executam 
outros cuidados, etc.
Observe a seguir o quadro sobre uso de EPI recomendado 
durante durante a pandemia de coronavírus, de acordo com a 
configuração, a função e o tipo de atividade. Recomenda-se a 
impressão deste material e fixação em local visível aos profis-
sionais.
Unidade 3
Uso de EPIs por pacientes 
e profissionais de saúde
COVID-19
32
U3 Uso de EPIs por pacientes e profissionais de saúdeMEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
Público Atividades Tipo de EPI
Instalações dos serviços de saúde
Quarto/salas/alas
Profissionais da saúde
Prestam cuidados diretos a pacientes com 
COVID-19 
 • Máscara cirúrgica
 • Avental impermeável de manga longa
 • Luvas
 • Protetor ocular ou protetor de face
 • Gorro
Realizam procedimentos geradores de 
aerossóis em pacientes com COVID-19
 • Máscara tipo N95 ou PFF2
 • Avental impermeável de manga longa
 • Luvas
 • Protetor ocular ou protetor de face
 • Gorro
Profissionais que 
prestam serviços de 
limpeza
Entrando no local com pacientes com COVID-19
 • Máscara cirúrgica
 • Aventalimpermeável de manga longa
 • Luvas 
 • Protetor ocular 
 • Botas ou sapatos fechados
 • Gorro
Triagem
Profissionais da saúde Triagem preliminar que não envolve contato direto
 • Manter uma distância espacial de pelo menos 1 metro
 • Avaliar a necessidade de máscara
Pacientes sem sintomas 
respiratórios -- • Máscara cirúrgica deve ser fornecida ao paciente
COVID-19
33
U3 Uso de EPIs por pacientes e profissionais de saúdeMEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
Público Atividades Tipo de EPI
Triagem
Pacientes com sintomas 
respiratótios (suspeita 
de COVID-19)
-- • Máscara cirúrgica deve ser fornecida ao paciente
Laboratório
Técnicos e farmacêuticos Manipulação de amostras respiratórias
 • Máscara cirúrgica
 • Avental
 • Luvas 
 • Protetor ocular 
Áreas administrativas
Todo o staff inclusive os 
profissionais da saúde
Tarefas administrativas que não envolvem 
contato com pacientes com COVID-19 • Não é necessário EPI
SAMU, ambulância ou veículo de transferência de pacientes
Profissionais da saúde Transporte de pacientes suspeitos de COVID-19 para o serviço de referência de saúde
 • Máscara cirúrgica
 • Avental impermeável de manga longa
 • Luvas 
 • Protetor ocular 
 • Gorro
Motorista
 • Envolvido apenas na condução do paciente 
com suspeita de COVID-19 
 • O compartimento do motorista é separado 
do paciente com COVID-19
 • Não é necessário EPI
 • Manter uma distância espacial de pelo menos 1 metro
COVID-19
34
U3 Uso de EPIs por pacientes e profissionais de saúdeMEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
Público Atividades Tipo de EPI
SAMU, ambulância ou veículo de transferência de pacientes
Motorista
Auxiliar no carregamento ou descarregamento 
de pacientes com suspeita de COVID-19
 • Máscara cirúrgica
 • Avental impermeável de manga longa
 • Luvas 
 • Protetor ocular 
 • Gorro
Não tem contato direto com o paciente com 
suspeita de COVID-19, mas o automóvel não 
possui separação entre os compartimentos do 
motorista e do paciente
 • Máscara cirúrgica
Pacientes com sintomas 
respiratótios (suspeita 
de COVID-19)
Transporte para o serviço de saúde de referência • Máscara cirúrgica deve ser fornecida ao paciente
Profissionais que 
prestam serviços de 
limpeza
Limpeza após e entre o transporte de pacientes 
com suspeita de COVID-19 para a serviço de 
saúde de referência
 • Máscara cirúrgica
 • Avental impermeável de manga longa
 • Luvas 
 • Protetor ocular 
 • Botas ou sapatos fechados
 • Gorro
Fonte: Adaptado de OMS (2020).
COVID-19
35
U3 Uso de EPIs por pacientes e profissionais de saúdeMEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
A máscara de proteção respiratória deve ser usada quando o 
profissional atuar em procedimentos com risco de geração de 
aerossol nos pacientes com infecção suspeita ou confirmada 
pelo novo coronavírus. Deve utilizar a máscara de proteção 
respiratória (respirador particulado) com eficácia mínima na 
filtração de 95% de partículas de até 0,3 (tipo N95, N99, N100, 
PFF2 ou PFF3). A máscara deverá estar apropriadamente ajus-
tada à face e nunca deve ser compartilhada entre profissionais. 
A forma de uso, manipulação e armazenamento deve seguir as 
recomendações do fabricante.
Neste link você pode assistir a um vídeo com detalhamento 
sobre a colocação e testes de vedação que o profissional 
deve realizar ao utilizar a máscara de proteção respiratória:
<https://youtu.be/G_tU7nvD5BI>.
Vídeo
Como vestir uma máscara corretamente:
1. Antes de tocar na máscara, limpe as mãos com um higie-
nizador à base de álcool ou água e sabão.
2. Pegue a máscara e verifique se está rasgada ou com bu-
racos.
3. Oriente qual lado é o lado superior (onde está a tira de metal).
Acesse mais informações sobre o uso de EPIs na Nota 
Técnica da nº 04/2020 da GVIMS/GGTES/ANVISA, por meio 
do link:
<https://www.unasus.gov.br/especial/covid19/pdf/23>
Link
Agora que você já sabe em quais situações deve utilizar os EPIs, 
vamos abordar como fazer o uso adequado de cada um deles.
3.1 Máscaras 
A máscara cirúrgica deve ser utilizada para evitar a contamina-
ção da boca e do nariz do profissional por gotículas respiratórias 
quando o mesmo atuar a uma distância inferior a 1 (um) metro 
do paciente suspeito ou confirmado de infecção pelo novo co-
ronavírus (2019-nCoV).
Nunca se deve tentar realizar a limpeza da máscara já utili-
zadas com nenhum tipo de produto. As máscaras cirúrgicas 
são descartáveis e não podem ser limpas ou desinfectadas 
para uso posterior e quando úmidas perdem a sua capaci-
dade de filtração.
Importante
https://www.unasus.gov.br/especial/covid19/pdf/23
COVID-19
36
U3 Uso de EPIs por pacientes e profissionais de saúdeMEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
4. Assegure-se de que o lado correto da máscara está volta-
do para fora (o lado colorido).
5. Coloque a máscara no seu rosto. Aperte a tira de metal 
ou a borda rígida da máscara para que ela se adapte ao 
formato do seu nariz.
6. Puxe a parte inferior da máscara para que ela cubra sua 
boca e seu queixo.
7. Amarre com segurança para minimizar os espaços entre a 
face e a máscara.
8. Enquanto estiver em uso, evite tocar na máscara.
9. Substitua as máscaras usadas por uma nova máscara lim-
pa e seca assim que esta tornar-se úmida ou danificada.
Após o uso, retire a máscara:
10. Remova as presilhas elásticas por trás das orelhas, man-
tendo a máscara afastada do rosto e das roupas, para evi-
tar o toque nas superfícies potencialmente contaminadas 
da máscara.
11. Não reutilize máscaras descartáveis, descarte-a em uma 
lixeira fechada imediatamente após o uso.
12. Higienize as mãos depois de tocar ou descartar a máscara 
- use um higienizador de mãos à base de álcool ou, se esti-
verem visivelmente sujas, lave as mãos com água e sabão.
Colocar a máscara e 
ajustar a tira de metal
Puxar a parte inferior 
para cobrir boca e queixo
Higienizar as mãos antes 
de tocar a máscara
Verificar o lado 
correto da máscara
DENTRO
FORA
SUPERIOR
COMO VESTIR UMA MÁSCARA CORRETAMENTE
COVID-19
37
U3 Uso de EPIs por pacientes e profissionais de saúdeMEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
considerar as rotinas orientadas pelas Comissões de Controle 
de Infecção Hospitalar (CCIH) do serviço de saúde e constar no 
protocolo de reutilização.
Este tipo de uso pode ser liberado APENAS devido à demanda 
urgente causada pela emergência de saúde pública da COVID-19. 
Os usuários dessas máscaras que excederam o prazo de 
validade designado pelo fabricante devem ser orientados sobre 
a importância das inspeções e verificações do selo antes do uso. 
Além disso, devem tomar as seguintes medidas de precaução 
antes de usar as máscaras N95 (além do prazo de validade 
designado pelo fabricante) no local de trabalho: 
 • Inspecione visualmente a máscara N95 para determinar 
se sua integridade foi comprometida (máscaras úmidas, 
sujas, rasgadas, amassadas ou com vincos não podem ser 
utilizadas). 
 • Verifique se componentes como tiras, ponte nasal e ma-
terial de espuma nasal não se degradaram, o que pode 
afetar a qualidade do ajuste e a vedação e, portanto, a 
eficácia da máscara. 
 • Se a integridade de qualquer parte da máscara estiver com-
prometida ou se uma verificação bem-sucedida do selo do 
usuário não puder ser realizada, descarte a máscara. 
 • Os usuários devem realizar uma verificação do selo ime-
diatamente após colocar cada máscara e não devem usar 
uma máscara que não possam executar uma verificação 
Lembre-se: a máscara deve ser usada apenas por profissionais 
da saúde, cuidadores e indivíduos com sintomas respiratórios, 
como febre e tosse. Substitua as máscaras usadas por uma 
nova máscara limpa e seca assim que esta tornar-se úmida ou 
danificada.
Pode-se considerar utilizar as máscaras com prazo de validade 
vencido, porém como designado pelo fabricante podem não 
cumprir os requisitos para os quais foram certificados,pois com 
o tempo, componentes como as tiras e o material da ponte nasal 
podem se degradar, o que pode afetar a qualidade do ajuste e 
da vedação. Veja, a seguir, uma nota emitida pela Anvisa sobre 
utilização de respiradores ou máscaras N95, para atendimento 
emergencial aos casos suspeitos ou confirmados da COVID-19.
As máscaras de proteção respiratória (N95/PFF2 ou equiva-
lente) poderão, EXCEPCIONALMENTE, ser usadas por perío-
do maior e/ou por um número de vezes maior que o pre-
visto pelo fabricante, desde que pelo mesmo profissional e 
cumpridos todos os cuidados necessários.
Importante
Os serviços de saúde, por exemplo, devem definir um 
protocolo para orientar os profissionais de saúde sobre o uso, 
retirada, acondicionamento, avaliação da integridade, tempo 
de uso e critérios para o descarte das máscaras. O número 
de reutilizações da máscara, pelo mesmo profissional, deve 
COVID-19
38
U3 Uso de EPIs por pacientes e profissionais de saúdeMEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
As recomendações quanto ao uso de luvas por profissionais de 
saúde são: 
 • As luvas devem ser colocadas antes da entrada no quarto 
do paciente ou área em que o paciente está isolado.
 • Durante o contato com o paciente, se for mudar de um 
sítio corporal contaminado para outro limpo, ou quando 
esta estiver danificada troque de luva. 
bem-sucedida do selo do usuário (teste positivo e negativo 
de vedação da máscara à face). 
A máscara cirúrgica não deve ser sobreposta à máscara 
N95 ou equivalente, pois além de não garantir proteção de 
filtração ou de contaminação, também pode levar ao des-
perdício de mais um EPI, o que pode ser muito prejudicial 
em um cenário de escassez. Nunca coloque a máscara já 
utilizada em um saco plástico, pois ela poderá ficar úmida e 
potencialmente contaminada. 
Nunca se deve tentar realizar a limpeza da máscara N95 ou 
equivalente já utilizadas, com nenhum tipo de produto.
Importante
3.2 Luvas
As luvas de procedimentos não cirúrgicos devem ser utilizadas 
quando houver risco de contato das mãos do profissional com 
sangue, fluidos corporais, secreções, excreções, mucosas, pele 
não íntegra e artigos ou equipamentos contaminados, de modo 
a reduzir a possibilidade de transmissão do novo coronavírus 
para o trabalhador de saúde, assim como de paciente para 
paciente por meio das mãos do profissional. 
Quando o procedimento a ser realizado no paciente exigir 
técnica asséptica, devem ser utilizadas luvas estéreis (de proce-
dimento cirúrgico). 
COVID-19
39
U3 Uso de EPIs por pacientes e profissionais de saúdeMEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
3.3 Protetor ocular ou protetor de face
Os óculos de proteção ou protetores faciais (que cubram a fren-
te e os lados do rosto) devem ser utilizados quando houver risco 
de exposição do profissional a respingos de sangue, secreções 
corporais e excreções. Devem ser de uso exclusivo para cada 
profissional responsável pela assistência sendo necessária a hi-
giene correta após o uso. Sugere-se, para a desinfecção, o uso de 
álcool líquido a 70%, hipoclorito de sódio ou outro desinfetante 
recomendado pelo fabricante do equipamento de proteção.
3.4 Capote/avental
O capote ou avental deve ser impermeável e utilizado durante 
procedimentos em que há risco de respingos de sangue, fluidos 
corpóreos, secreções e excreções, a fim de evitar a contamina-
ção da pele e roupa do profissional. Deve ser de mangas longas, 
punho de malha ou elástico e abertura posterior. Além disso, 
deve ser confeccionado com material de boa qualidade, não 
alergênico e resistente; proporcionar barreira antimicrobiana 
efetiva, permitir a execução de atividades com conforto e estar 
disponível em vários tamanhos. 
 • O capote ou avental sujo deve ser removido e descartado 
após a realização do procedimento e antes de sair do 
quarto do paciente ou da área de assistência. 
 • Após a remoção do capote deve-se imediatamente pro-
ceder a higiene das mãos para evitar a transmissão dos 
 • Nunca toque desnecessariamente superfícies e materiais 
(tais como telefones, maçanetas, portas) quando estiver 
com luvas. 
 • Troque as luvas sempre que for entrar em contato com 
outro paciente.
 • O uso de luvas não substitui a higiene das mãos, proceder à 
higiene das mãos imediatamente após a retirada das luvas. 
 • As luvas devem ser removidas dentro do quarto ou área 
de isolamento e descartadas como resíduo infectante. 
Observe a técnica correta de remoção de luvas para evitar 
a contaminação das mãos:
1. Retire as luvas puxando a primeira pelo lado externo 
do punho com os dedos da mão oposta.
2. Segure a luva removida com a outra mão enluvada.
3. Toque a parte interna do punho da mão enluvada 
com o dedo indicador oposto (sem luvas) e retire a 
outra luva.
Não devem ser utilizadas duas luvas para o atendimento 
dos pacientes, esta ação não garante mais segurança à as-
sistência, também não se deve utilizar novamente o mesmo 
par de luvas.
Importante
COVID-19
40
U3 Uso de EPIs por pacientes e profissionais de saúdeMEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
ção de precauções padrão constitui a 
principal medida de prevenção da trans-
missão entre pacientes e profissionais e 
deve ser adotada no cuidado de todos os 
pacientes (antes da chegada ao serviço 
de saúde, na chegada, triagem, espera 
e durante toda assistência prestada) 
independentemente dos fatores de risco 
ou doença de base, garantindo que as 
políticas e práticas internas minimizem 
a exposição a patógenos respiratórios, 
incluindo o coronavírus.
Lembre-se de que você também 
precisa tomar algumas medidas 
de precaução ao sair do ambiente 
de saúde e retornar para sua casa! 
Veja o vídeo no link a seguir, ele su-
mariza algumas informações sobre 
EPIs: <https://www.unasus.gov.br/
especial/covid19/video/56>.
Vídeo
Acompanhe na próxima unidade como 
deve ser realizado o manejo de amostras 
para testagem de COVID-19.
vírus para o profissional, pacientes 
e ambiente. 
3.5 Gorro
O uso de gorros ou toucas descartáveis 
proporciona barreira efetiva para o pro-
fissional, contra gotículas ou aerossóis, 
ou ainda, queda de fios de cabelo sobre 
a superfície de trabalho. Deve ser de ma-
terial descartável e removido após o uso. 
Todos os profissionais (próprios ou 
terceirizados) deverão ser capacita-
dos para a prevenção da transmis-
são de agentes infecciosos e treina-
dos para uso correto dos EPIs.
Importante
O uso racional, correto e consistente do 
EPI é uma medida efetiva na redução da 
propagação de patógenos. A efetividade 
dos EPIs depende fortemente de supri-
mentos adequados e regulares, treina-
mento adequado da equipe e higiene das 
mãos. Lembre-se de que a implementa-
https://www.unasus.gov.br/especial/covid19/video/56
https://www.unasus.gov.br/especial/covid19/video/56
COVID-19
41
U4 Manejo de amostras para testagem de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
Todas as amostras coletadas para investigações laboratoriais de-
vem ser consideradas potencialmente infecciosas. O responsável 
pela coleta, manipulação ou transporte deve aderir rigorosamen-
te às medidas de proteção pessoal e práticas de biossegurança 
para minimizar a possibilidade de exposição a patógenos.
Como abordado anteriormente, as medidas de proteção são 
as mesmas utilizadas para prevenir doenças respiratórias; 
portanto, para realizar procedimento de coleta e manejo das 
amostras deve-se usar os EPIs apropriados elencados no tópico 
relacionado ao tema neste curso. Veja os passos para realizar o 
manejo das amostras para transporte: 
 • Coloque as em sacos de amostras à prova de vazamentos 
que tenham um bolso selável separado para a amostra, ou 
seja, uma bolsa de amostras de risco biológico de plástico.
 • Identificar do lado de fora da caixa que é suspeito de 
SARS-CoV-2.
 • Ficha de solicitação de análise Gerenciador de Ambiente 
Laboratorial (GAL) impressa.
 •Ficha do Sistema de Informação de Agravos de Notificação 
(SINAN) em anexo.
As instruções de coleta e materiais clínicos indicados po-
dem variar ligeiramente entre os laboratórios, portanto é 
importante verificar e obedecer as instruções de coleta do 
laboratório realizante.
Importante
Unidade 4
Manejo de amostras para 
testagem de COVID-19
COVID-19
42
U4 Manejo de amostras para testagem de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
4.1.1 Colocação dos EPIs
Observe a seguir os passos que devem ser seguidos antes de 
entrar na sala onde será realizada a coleta.
1° passo
Vestir o avental descartável de mangas 
longas.
2° passo Colocar o gorro ou touca descartável.
3° passo Colocar a máscara N95/PFFE.
4° passo Colocar os óculos ou o escudo de proteção.
5° passo
Calçar as luvas, após a lavagem ou higieni-
zação das mãos, e ajustar sobre os punhos. 
Trocar se houver contaminação.
 Nota: A máscara conhecida como respirador 
N95 refere-se a uma classificação de filtro para 
aerossóis adotada nos EUA que equivale, no 
Brasil, à PFF2 ou ao EPR semifacial com filtro 
P2 — todos com níveis de proteção e resis-
tência equivalentes. A máscara N95 deve ser 
posicionada antes de entrar no box de coleta, 
e retirada após sair do box.
4.1 Precaução padrão, de contato e respiratória, 
para coleta de material respiratório
A utilização dos EPIs recomendados garante a sua segurança no 
atendimento de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19. 
O profissional que for realizar a coleta de material respiratório 
deve utilizar avental descartável, luvas, máscara N95, óculos de 
proteção e gorro (para procedimentos que geram aerossóis). O 
serviço de saúde deve ter uma política para colocação, uso e re-
tirada dos EPIs e a colocação e retirada deverão ser realizadas, 
na ordem descrita a seguir, para minimizar o risco de exposição.
COVID-19
43
U4 Manejo de amostras para testagem de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
4.2 Recomendações gerais para manipulação 
de material potencialmente infectante
As instruções de estabilidade de amostra e temperatura de 
acondicionamento devem seguir as orientações do laboratório 
realizante. A embalagem e o transporte das amostras biológicas 
que possam conter o SARS-CoV-2 devem seguir as recomenda-
ções da legislação vigente (atualmente, como visto, a RDC No 
20, de 10 de abril de 2014, da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária, para Substância Biológica Categoria B).
Esta resolução considera profissional sob risco de exposição 
direta ao material biológico humano aquele que tenha entre 
suas atribuições a possibilidade de manipulação do conteúdo 
interno da carga transportada. Observe os artigos do capítulo V 
das Responsabilidades, seção IV que abordam biossegurança:
Art. 37. O transporte de material biológico humano deve 
obedecer às normas de biossegurança e de saúde do 
trabalhador, de forma a prevenir riscos de exposição di-
reta dos profissionais envolvidos, dos transportadores, da 
população e do ambiente ao material biológico humano.
Art. 38. O pessoal envolvido no processo de transporte 
deve dispor de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) 
e Equipamentos de Proteção Individual (EPI), de acordo 
com o risco envolvido nas atividades de manipulação do 
material biológico.
4.1.2 Retirada dos EPIs
Veja os passos que devem ser seguidos para a retirada dos EPIs.
Antes de deixar o local de coleta
1° passo
Retirar as luvas de modo a não contami-
nar as mãos com a parte exterior.
2° passo Retirar os óculos ou escudo.
3° passo Retirar o gorro ou touca descartável.
4° passo
Lavar e higienizar imediatamente as 
mãos. 
5° passo
Retirar o avental com cuidado para não 
tocar na parte frontal. Se isso ocorrer, 
lavar e higienizar novamente as mãos.
Após deixar o local de coleta
5° passo
Retirar a máscara por trás, evitando tocar 
a região frontal. 
6° passo
Lavar as mãos com água e sabão e 
higienizá-las com álcool-gel novamente.
7° passo
Descartar o material usado em recipiente 
de descarte de lixo infectante. 
COVID-19
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U4 Manejo de amostras para testagem de COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
Você pode acessar a RDC nº 20, de 10 de abril 
de 2014, no link: <http://portal.anvisa.gov.br/
documents/10181/2867956/(1)RDC_20_2014_COMP.pdf/
fda4b2b9-fd01-483d-b006-b7ffcaa258ba>.
Acesse os itens sobre biossegurança no Guia de Vigilância 
epidemiológica integrada de síndromes respiratórias agu-
das Doença pelo Coronavírus 2019, Influenza e outros vírus 
respiratórios, no link:
<https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/06/
GuiaDeVigiEp-final.pdf>.
Link
Art. 39. O transportador deve realizar e manter regis-
tros atualizados do treinamento do pessoal envolvido 
no processo de transporte para a correta utilização dos 
equipamentos necessários em situações de emergência, 
acidente ou avaria.
Art. 40. Todo o pessoal envolvido no processo de trans-
porte sob risco de exposição direta ao material biológico 
humano deve ser vacinado de acordo com as normas de 
saúde do trabalhador.
Em caso de acidente (Art. 41), avaria ou outro fato que expo-
nha o transportador, a população ou ambiente ao risco do 
material biológico humano durante o trânsito, o transporta-
dor deve adotar as seguintes providências:
I. informar as autoridades locais competentes sobre o 
fato;
II. comunicar ao remetente e ao destinatário o ocorrido;
III. dar destino aos resíduos gerados de acordo com as 
informações fornecidas pelo remetente e demais me-
didas de proteção à população e ao meio ambiente, 
quando couber;
IV. documentar, registrar e arquivar as medidas adotadas.
Importante
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2867956/(1)RDC_20_2014_COMP.pdf/fda4b2b9-fd01-483d-b006-b7ffcaa258ba
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2867956/(1)RDC_20_2014_COMP.pdf/fda4b2b9-fd01-483d-b006-b7ffcaa258ba
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2867956/(1)RDC_20_2014_COMP.pdf/fda4b2b9-fd01-483d-b006-b7ffcaa258ba
https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/06/GuiaDeVigiEp-final.pdf
https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/06/GuiaDeVigiEp-final.pdf
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U5 Limpeza, higienização e manejo de resíduos nos serviços de atenção à saúdeMEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA
O serviço de limpeza e desinfecção de superfícies em serviços 
de saúde tem a finalidade de preparar o ambiente para suas 
atividades, mantendo a ordem e conservando equipamentos 
e instalações, evitando principalmente a disseminação de 
microrganismos responsáveis pelas infecções relacionadas à 
assistência à saúde.
A limpeza, a higienização e o manejo dos resíduos nos serviços 
de saúde deverão ser realizados de acordo com as característi-
cas, finalidade de uso e orientação dos fabricantes e métodos 
escolhidos, uma vez que, até o momento, não há uma orien-
tação especial quanto ao processamento de equipamentos, 
produtos para saúde ou artigos utilizados na assistência a casos 
suspeitos ou confirmados da COVID-19.
Além disso, as determinações previstas na RDC nº 15, de 15 de 
março de 2012, da Anvisa, que dispõe sobre os requisitos de 
boas práticas para o processamento de produtos para saúde e 
dá outras providências, deverão ser seguidas.
Você pode acessar a RDC nº 15, de 15 de março de 2012, no 
link: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/
index.php/legislacao/item/rdc-15-de-15-de-marco-
de-2012>.
Link
Acompanhe a seguir os procedimentos específicos para cada 
finalidade.
Unidade 5
Limpeza, higienização e 
manejo de resíduos nos 
serviços de atenção à saúde
https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/rdc-15-de-15-de-marco-de-2012
https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/rdc-15-de-15-de-marco-de-2012
https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/rdc-15-de-15-de-marco-de-2012
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