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MÓDULO 1
Bases de controle de infecção, 
biossegurança em saúde e 
preparo da equipe
Caro(a) aluno(a), 
Inicialmente, desejamos cumprimentá-lo por realizar o Curso de 
atualização para técnicos de enfermagem em cuidados intensivos a 
pacientes críticos com Covid-19. Neste momento de enfrentamento 
à pandemia, é fundamental a sua participação, que demonstra o 
seu compromisso com a atualização e o crescimento profissional, 
além do aprimoramento no cuidado das pessoas com suspeita 
ou confirmadas da Covid-19. Este módulo é composto por cinco 
unidades: Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde 
e enfermagem. Normas regulamentadores do Conselho Federal 
de Enfermagem (Cofen), Ministério da Saúde, Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (Anvisa), Organização Mundial de Saúde (OMS) 
e outras entidades de classe na abordagem do Covid-19; Utilização 
correta de EPIs pela equipe de enfermagem; Principais cuidados 
diretos ao paciente acometido pelo Covid-19: pressões invasivas 
e não invasivas, higiene, alimentação, medicações, cuidados com 
aparelhos, passagem de sondas e cateteres, aspiração, entre outros; 
Orientação e preparo da equipe de enfermagem para transporte e 
admissão na UTI de pacientes com Covid-19 confirmado ou suspeito; 
Diretrizes para coleta, manuseio e testes de amostras clínicas de 
pessoas ou suspeitas da Covid-19. Diretrizes recomendadas para 
uso prolongado e reutilização limitada dos respiradores; N95 em 
ambientes de assistência hospitalar. 
Desta forma, convidamos você a se engajar nesta iniciativa, para 
que possa trilhar o processo de aprendizagem rumo a um cuidado 
de Enfermagem que possa ser prestado de forma cada vez mais 
segura e qualificada.
CARTA AO LEITOR
Objetivo
Carga horária: 40 horas
Capacitar técnicos de enfermagem em cuidados intensivos sobre 
o atendimento de pacientes críticos com a Covid-19. Ao final deste 
Curso você deverá ser capaz de conhecer e aplicar na prática os 
cuidados ao paciente crítico com foco na Covid-19.
Olá, cursista! 
Bem-vindo(a) ao primeiro módulo do curso de Atualização para 
técnicos de enfermagem em cuidados intensivos a pacientes 
críticos com Covid-19.
Neste módulo você conhecerá as bases de controle de infecção e 
biossegurança em saúde e enfermagem, bem como as principais 
normas reguladoras de diferentes organizações na abordagem 
da Covid-19. Também aprenderá como utilizar corretamente os 
EPIs, os principais cuidados ao paciente acometido pelo Covid-19, 
orientação e preparo da equipe de enfermagem para transporte e 
admissão na UTI de pacientes com Covid-19, a coleta, manuseio 
e teste de amostras, e recomendações para o uso prolongado e 
reutilização dos respiradores N95. 
Como a Covid-19 é uma doença nova, continuamente são rea-
lizadas novas pesquisas, com geração de novos conhecimentos 
que passam a ser incorporados na prática. Assim, ressaltamos que 
mesmo durante a realização deste curso, você deve ficar alerta ao 
surgimento de novas descobertas.
APRESENTAÇÃO
Estrutura do Módulo 
Para este módulo inicial organizamos as unidades com os assun-
tos a seguir:
Unidade 1.1 – Bases de controle de infecção, biossegurança em 
saúde e enfermagem. Normas regulamentadores do Conselho Fe-
deral de Enfermagem (Cofen), Ministério da Saúde, Agência Nacio-
nal de Vigilância Sanitária (Anvisa), Organização Mundial de Saúde 
(OMS) e outras entidades de classe na abordagem da Covid-19. 
Unidade 1.2 – Utilização correta de EPIs pela equipe de enferma-
gem (máscara, luvas, aventais, óculos, gorro, proteção para os pés, 
colocação e descarte). 
Unidade 1.3 – Principais cuidados diretos ao paciente acometido 
pela Covid- 19: pressões invasivas e não invasivas, higiene, alimen-
tação, medicações, cuidados com aparelhos, passagem de sondas 
e cateteres, aspiração, entre outros. 
Unidade 1.4 – Orientação e preparo da equipe de enfermagem 
para transporte e admissão na UTI  de pacientes com Covid-19 
confirmado ou suspeito. 
Unidade 1.5 – Diretrizes para coleta, manuseio e testes de amos-
tras clínicas de pessoas ou suspeitas da Covid-19. Diretrizes reco-
mendadas para uso prolongado e reutilização limitada dos respi-
radores N95 em ambientes de assistência hospitalar.
SUMÁRIO
Módulo 1: Bases de controle de infecção, 
biossegurança em saúde e preparo 
da equipe
17
30
40
48
05 UNIDADE 1.1 – Bases de controle de infecção, biossegu-
rança em saúde e enfermagem. Normas regulamentadoras 
do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Ministério 
da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 
Organização Mundial de Saúde (OMS) e outras entidades 
de classe na abordagem da Covid-19 
UNIDADE 1.2 – Utilização correta de EPIs pela equipe 
de Enfermagem (máscara, luvas, aventais, óculos, gorro, 
proteção para os pés, colocação e descarte)
UNIDADE 1.3 – Principais cuidados diretos ao paciente 
acometido pela Covid-19 pressões invasivas e não invasivas, 
higiene, alimentação, medicações, cuidados com aparelhos, 
passagem de sondas e cateteres, aspiração, entre outros
UNIDADE 1.4 – Orientação e preparo da equipe de enferma-
gem para transporte e admissão na UTI de pacientes com 
Covid-19 confirmados ou suspeitos
UNIDADE 1.5 – Diretrizes para coleta, manuseio e testes de 
amostras clínicas de pessoas suspeitas da Covid-19. Dire-
trizes recomendadas para uso prolongado e reutilização 
limitada dos respiradores particulados N95 em ambientes 
de assistência hospitalar
6
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
UNIDADE 1.1 – Bases de controle 
de infecção, biossegurança em 
saúde e enfermagem. Normas 
regulamentadoras do Conselho Federal 
de Enfermagem (Cofen), Ministério da 
Saúde, Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa), Organização Mundial 
de Saúde (OMS) e outras entidades de 
classe na abordagem da Covid-19 
Nesta unidade estudaremos as medidas de biossegurança, de con-
trole de infecção e as principais normas regulamentadoras para 
o enfrentamento da pandemia Covid-19, estas são informações 
essenciais para a sua segurança e redução de riscos durante a 
atividade profissional.
O novo coronavírus (SARS-CoV-2) tem fácil disseminação e alta 
probabilidade de efeitos graves da doença. De acordo com estudos 
recentes, a sua via de transmissão ocorre de pessoa a pessoa por 
meio de gotículas respiratórias (fala, tosse ou espirro), tanto pelo 
contato direto quanto pelo contato indireto com pessoas infecta-
das ou por meio das mãos, objetos ou superfícies contaminadas.
Precisamos sempre ter em mente que o vírus também pode ser 
transmitido em procedimentos que geram aerossóis, como na intu-
bação endotraqueal (BRASIL, 2020). Profissionais da linha de frente 
estão expostos ao risco de contaminação pelo novo coronavírus, 
além de outros riscos decorrentes do cuidado, como o contato 
com sangue, fezes, vômitos, urina e outras secreções corporais.
Introdução
Clique no 
link e veja as 
recomendações 
da Anvisa 
para correta 
higienização 
das mãos.
Aprofunde
https://bit.ly/2WzV9u5
7
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Figura 1: 
Vestindo EPIs. 
Fonte: 
Freepik (2020).
Por isso, diante desse cenário de emergência global, é importante 
que os(as) técnicos(as) de enfermagem se apropriem das medidas 
de biossegurança, prevenção e controle recomendadas pelas au-
toridades de saúde e entidades de classe, para uma prática segura 
e com redução de riscos (BRASIL, 2020). Confira as orientações 
sobre as lesões em profissionais pelo uso de EPIs.
ALERTA DO PROFISSIONAL
O cuidado para a manutenção da integridade da pele dos 
profissionais de enfermagem da linha de frente é essen-
cial, considerando que a higiene frequente das mãos e o uso 
de luvas aumentam os riscos de dermatites e dermatoses. 
E o uso prolongado de óculos de proteção e máscaras (N95) 
também podem levar a lesões por pressão relacionadas a 
dispositivos médicos (RAMALHO, 2020). 
O grupo de pesquisa em Estomaterapia da Escola de Enfer-
magem da USP,em parceria com a Associação Brasileira de 
Estomaterapia (Sobest), lançou um guia de prevenção de le-
sões de pele relacionadas ao uso de EPIs em profissionais de 
saúde. Proteja-se seguindo as recomendações:
!
8
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
• Higienize a pele com sabonete líquido com pH levemente 
acidificado (compatível com a pele) e hidrate a pele dia-
riamente.
• Proteja a pele na área de apoio e fixação de máscara e 
óculos com curativos profiláticos (espuma de poliuretano, 
silicone, filme transparente ou placas de hidrocolóide de 
espessura fina ou extrafina).
• Programe alguns minutos de alívio de pressão, estabele-
cendo a retirada na técnica correta da máscara e óculos, 
no mínimo a cada 2 horas.
• Evite o uso de máscara e óculos de proteção sobre áreas 
com lesões.
A organização do trabalho em tempos de pandemia requer agilida-
de e comunicação clara entre os membros da equipe no planeja-
mento e assistência de quem está diretamente envolvido no aten-
dimento a pacientes suspeitos ou contaminados com Covid-19 
(ABRAMEDE, 2020). Além disso, o respeito às normas regulamen-
tadoras (especialmente a NR32) e de biossegurança são determi-
nantes para o bom desempenho da equipe de enfermagem.
Siga atento(a) para melhor entender as noções de biossegurança 
e agente biológico descritas a seguir. 
Clique no link para 
acessar o texto 
completo da NR32.
Aprofunde
https://bit.ly/3cN8nt6
9
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Confira na figura o detalhamento de dois principais conceitos 
abordados neste estudo:
A seguir, veja a classificação de risco dos agentes biológicos:
O novo coronavírus (SARS-CoV-2) se enquadra na classe de 
risco 3 de agentes biológicos, tornando-se um risco ocupacional 
aos profissionais de saúde. (BRASIL, 2020).
Conceitos iniciais
Conjunto de medidas e 
procedimentos técnicos 
necessários para a 
manipulação de agentes e 
materiais biológicos capazes 
de prevenir, reduzir, 
controlar ou eliminar riscos 
inerentes às atividades que 
podem comprometer a 
saúde humana, animal, 
vegetal e o meio ambiente.
Todo organismo ou molécula 
com potencial ação biológica 
infecciosa sobre o homem, 
animais, plantas ou meio 
ambiente em geral; incluindo 
vírus, bactérias, archaea, 
fungos, protozoários, 
parasitos, ou entidades 
acelulares como príons, RNA 
ou DNA e partículas virais.
Biossegurança Agente biológico
Figura 2: 
Conceitos em 
destaque. 
Fonte: 
Brasil (2017, 2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Figura 3: 
Classificação de 
risco dos agentes 
biológicos. 
Fonte: 
Brasil (2017, 2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
2
Classe de risco 2: moderado risco individual e limitado 
risco para a comunidade (exemplo: vírus rubéola).
1
Classe de risco 1: baixo risco individual e para a 
comunidade (exemplo: lactobacillus).
3
Classe de risco 3: alto risco individual e moderado 
risco para a comunidade (exemplo: novo coronavírus).
4
Classe de risco 4: alto risco individual e para a 
comunidade (exemplo: vírus Ebola).
10
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
O técnico de enfermagem na Covid-19
Recomendações gerais de biossegurança
O(A) técnico(a) de enfermagem exerce atividades essenciais na 
equipe de enfermagem, atuando junto ao(a) enfermeiro(a) no 
planejamento, programação, orientação e prestação de cuida-
dos diretos aos pacientes críticos suspeitos ou confirmados com 
Covid-19. Por isso, a capacitação desse importante membro da 
equipe é fundamental, assim como da incorporação, na prática, 
de ações contínuas na prevenção e controle da infecção durante 
a assistência de enfermagem (COFEN, 2020).
Considerando os diferentes cenários de atuação dos técnicos(as) 
de enfermagem no enfrentamento à Covid-19, esse profissional 
deve se manter constantemente atualizado sobre as instruções 
das autoridades de saúde e entidades de classe.
Leia atentamente as 11 orientações destacadas a respeito dos pro-
cedimentos de biossegurança atualmente indicados:
Saiba quais são os 
cinco momentos 
da higiene para as 
mãos, clique 
no link.
Aprofunde
Higienize as mãos frequentemente com água e sabão líquido ou 
preparação alcoólica a 70%. Reforce a necessidade dessa 
higienização a pacientes e seus acompanhantes.
Utilize EPIs (óculos de proteção ou protetor facial, máscara cirúrgica 
ou N95/PFF2, avental, luvas de procedimento e gorro).
Reforce a necessidade do uso de lenços de papel no caso de tosse, 
espirros e secreção nasal.
1
2
3
Retire adornos (relógio, brinco, piercing, crachá com cordão etc.); 
mantenha as unhas curtas; use calçados fechados com solado de 
borracha; mantenha o cabelo preso; retire ou apare a barba.
4
Posicione-se na entrada da recepção para receber os pacientes. 
Pergunte a eles e a seus acompanhantes sobre a presença de 
sintomas e forneça máscara cirúrgica.
5
Auxilie no isolamento de pacientes que chegam com sintomas de 
cansaço, dificuldade respiratória, tosse e febre em área separada 
com porta fechada e ventilada até a consulta.
6
https://bit.ly/2LqKGus
11
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Sempre considere suspeitos ou contaminados com Covid-19 os 
pacientes inconscientes ou casos em que histórico clínico não 
possa ser verificado.
7
Limite a circulação de pessoas, permitindo apenas o paciente 
(liberar acompanhante somente para menores de 18 anos, 
deficientes físicos e dependentes de locomoção).
8
Restrinja o uso de itens compartilhados por pacientes (canetas, 
pranchetas etc.) e de equipamentos (estetoscópio termômetro etc.), 
realizando a desinfecção após o uso.
9
Considere banho ou troca de roupa após participar de 
procedimentos cirúrgicos ou endoscópicos de pacientes com 
suspeita ou confirmados com Covid-19.
10
Redobre a atenção na higienização de celulares. Use-o em 
embalagens plásticas durante plantão a atenda ligações somente 
se necessário. Descarte o plástico ao fim do plantão.
11
Figura 4: 
Recomendações de 
biossegurança. 
Fonte: 
Abramede (2020); 
BrasilL (2020); Cofen 
(2020); Sobecc 
(2020), adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Em seguida, você tem acesso a orientações das autoridades de 
saúde sobre os procedimentos preventivos e de controle do novo 
coronavírus nas UTIs. 
Medidas de prevenção e controle na UTI
Oxigenioterapia
Alguns cuidados específicos precisam ser tomados durante a as-
sistência ao paciente crítico com Covid-19 (BRASIL, 2020). Leia as 
recomendações e entenda como melhor atuar nos casos de oxi-
genioterapia, medicação e banho e higiene. 
Administre oxigênio por cateter nasal ou máscara (o mais fechada 
possível). Evite dispositivos de nebulização geradores de aerossóis, 
dê preferência à medicação broncodilatadora em puff, a cada dose 
liberada, com sistema fechado ou aerocâmara retrátil. A ventilação 
não invasiva é desaconselhada, dê preferência a ventilação mecâ-
nica invasiva precoce. Durante a intubação todo material deve ser 
preparado fora do box do paciente, e um circulante permanece do 
lado de fora do isolamento para atender às solicitações da equipe 
interna. É recomendado instalar sistema fechado de aspiração.
12
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Medicação
Banho e higiene
Precauções e isolamento adotados para 
a assistência
Os medicamentos deverão ser preparados fora do quarto, box do 
paciente ou na área de isolamento. Não entre no box do paciente 
com prancheta, caneta ou prescrição impressa.
Pacientes em isolamento com banheiro privativo e que tiverem 
condições físicas devem ser estimulados a irem ao banheiro. Nas 
situações em que não há condições de sair do leito ou de quartos 
sem banheiro, os pacientes deverão evacuar na fralda descartável 
e a fralda deve ser descartada em saco para resíduo contaminado. 
Não é recomendado o uso de comadres. Prefira banho no leito, in-
clusive para pacientes acordados, para evitar o compartilhamentodo banheiro (caso o box ou quarto não tenha banheiro exclusivo).
As seguintes precauções devem ser implementadas para todos os 
casos suspeitos ou confirmados de Covid-19:
• precaução padrão;
• precaução de contato;
• precaução para gotículas; e
Pratique as recomendações e socialize-as com seus colegas, as 
orientações indicadas devem ser seguidas. 
Cuidado limpo e seguro: higienização das mãos. 
Uma das formas mais eficientes de combatermos o novo coronavírus é 
a higienização das mãos, realizada com a técnica correta, água e sabo-
nete líquido ou preparação alcoólica a 70%. Os cinco momentos para 
a higiene das mãos devem ser rigorosamente seguidos nos serviços de 
saúde (BRASIL, 2020), assim como as demais orientações de medidas 
de biossegurança.
13
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
• precaução para aerossóis (em procedimentos como: intubação, 
aspiração traqueal, ventilação mecânica não invasiva, ressusci-
tação cardiopulmonar, coleta de amostras nasotraqueais, bron-
coscopias) (BRASIL, 2020).
Observe atentamente como proceder em cada um desses casos:
Precauções padrão
Precauções de contato
As precauções padrão devem ser seguidas por todos os pacientes, 
independente da suspeita ou não de infecções. 
Observe a figura e confira como proceder nos casos de infecção 
ou colonização por microrganismo multirresistente, varicela, in-
fecções de pele e tecidos moles com secreções não contidas no 
curativo, impetigo, herpes zoster disseminado ou em imunos-
suprimido etc.
Acompanhe agora as recomendações sobre as medidas em rela-
ção às áreas de contato.
Higienização 
das mãos
Lave as mãos com 
água e sabonete ou 
friccione as mãos 
com álcool a 70% 
antes e após o 
contato com 
qualquer paciente, 
após a remoção das 
luvas e após o 
contato com sangue 
ou secreções.
Luvas e 
avental
Use luvas quando 
houver risco de 
contato com sangue, 
secreções ou 
membranas 
mucosas. Coloque-as 
imediatamente antes 
do contato.
Óculos 
e máscara
Óculos 
e máscara
Use óculos, máscara 
e/ou avental quando 
houver risco de 
contato de sangue ou 
secreções da mucosa 
de olhos, boca, nariz, 
roupa e superfície 
corporais.
Caixa 
perfurocortante
Descarte, em 
recipientes 
apropriados, seringas 
e agulhas, sem 
desconectá-las ou 
reencapá-las.Figura 5: 
Precauções padrão. 
Fonte: 
Anvisa (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
14
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Figura 6: 
Precauções de 
contato. 
Fonte: 
Anvisa (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Figura 7: 
Precauções para 
gotículas. 
Fonte: 
Anvisa (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Luvas e 
avental
Quarto 
privativo
Quando não houver 
disponibilidade de 
quarto privativo, a 
distância mínima 
entre os leitos deve 
ser de um metro.
Use luvas e avental 
durante toda a manipu-
lação do paciente, de 
cateteres e sondas, do 
circuito do equipamento 
ventilatório e de outras 
superfícies ao leito. 
Coloque-os imedia-
tamente antes do 
contato com o paciente 
ou as superfícies e 
retire-os logo após o uso, 
higienizando as mãos 
em seguida.
Óculos 
e máscara
Equipamentos
Equipamentos como 
termômetros, 
esfigmomanômetro e 
estetoscópio devem 
ser de uso exclusivo 
do paciente.
Siga e veja quais medidas implementar em procedimentos que 
envolvem gotículas.
A seguir, entenda como melhor proceder nos casos com aerossóis.
Precauções para gotículas
Em situações que envolvem meningites bacterianas, coqueluche, 
difteria, caxumba, influenza, rubéola e afins, as precauções de 
cuidado indicadas são as seguintes:
Compartilhamento 
de quarto
Distância de 
segurança
A distância mínima 
entre dois leitos 
deve ser de 
um metro.
Quando não houver 
disponibilidade de 
quarto privativo, o 
paciente pode ser 
internado com outros 
infectados pelo 
mesmo 
microrganismo.
Transporte de 
paciente
Transporte do 
paciente deve ser 
evitado, mas quando 
necessário, ele 
deverá usar máscara 
cirúrgica durante 
toda a sua 
permanência fora do 
quarto.
1
m
etro
15
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Precauções para aerossóis
Destaques importantes
No cuidado com aerossóis, os procedimentos devem ser realiza-
dos, preferencialmente, em uma unidade de isolamento respira-
tório com pressão negativa e filtro HEPA (High Efficiency Particu-
late Arrestance). Os profissionais devem, obrigatoriamente, usar 
máscara de proteção respiratória (tipo N95, N99, N100, PFF2 ou 
PFF3), além dos outros EPIs recomendados (BRASIL, 2020).
Salientamos que os pacientes de Covid-19 devem ser isolados em 
quarto privativo sempre que possível. Caso não seja viável, devem 
ser acomodados em coorte, ou seja, em área destinada apenas para 
esses pacientes, com a distância mínima de 1 metro entre os leitos 
e restringindo o número de acessos ao local, inclusive de visitantes. 
Além disso, lembre-se que quartos ou áreas de isolamento devem 
permanecer com a porta fechada e bem ventilados (janelas aber-
tas), com sinalização de alerta na entrada indicando as precau-
ções adotadas (BRASIL, 2020).
Fique atento(a) a cada uma dessas precauções. Elas são impres-
cindíveis para que você saiba como proceder em cada situação 
para evitar contaminação.
Transporte de 
paciente Quarto
Mantenha a porta 
sempre fechada e 
coloque a máscara 
antes de entrar 
no quarto.
 O transporte do 
paciente deve ser 
evitado, mas quando 
necessário, ele 
deverá usar máscara 
cirúrgica durante 
toda a sua 
permanência fora do 
quarto. Já o 
profissional deve 
usar máscara 
PFF2/N-95.
Compartilhamento 
de quarto
Quando não houver 
disponibilidade de 
quarto privativo, o 
paciente pode ser 
internado com outros 
pacientes com 
infecção pelo mesmo 
microrganismo. OBS: 
Pacientes com 
suspeita de tuber-
culose resistente ao 
tratamento não 
podem dividir o 
mesmo quarto com 
outros pacientes com 
tuberculose.
Figura 8: 
Precauções para 
aerossóis. 
Fonte: 
Anvisa (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
16
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
ALERTA DO PROFISSIONAL
CUIDANDO DE QUEM CUIDA
Caso você apresente sintomas de febre, tosse, cansaço e fal-
ta de ar, você deve ser afastado do trabalho imediatamente. 
Cada instituição possui uma rotina para encaminhamento aos 
profissionais com sintomas do novo coronavírus. Informe-se 
e sempre fique atento(a) aos cuidados com a colocação, uso, 
ajuste e retirada dos EPIs, pois o descuido pode levar à con-
taminação. Siga as orientações recomendadas e proteja-se!
!
Nas UTIs para o atendimento de pacientes com Covid-19, preferen-
cialmente, elas devem ser exclusivas para esses casos. Na ausência 
de boxes fechados, recomenda-se delimitar fisicamente o espaço, 
afixando sinalização escrita no chão (exemplo: Covid-19), na área de 
entrada dos boxes ou na área de coorte.
Os profissionais de saúde que atuam na assistência direta a esses 
pacientes devem ser organizados para trabalharem somente na área 
de coorte durante todo o seu turno, não sendo recomendado sua cir-
culação e prestação de assistência em outras áreas (BRASIL, 2020). 
Procure relembrar sempre os assuntos tratados aqui e comparti-
lhe as informações com os seus colegas de trabalho. 
Atenção! As recomendações apresentadas neste material são baseadas 
nos conhecimentos que se tem até o momento das organizações de saú-
de e entidades de classe. É importante destacar que a transmissão e o 
impacto na saúde humana do novo coronavírus ainda estão em estudo. 
Estamos diante de um inimigo que desestruturou os sistemas de saúde 
no mundo. A cada momento novas descobertas científicas são levantadas 
sobre a Covid-19. Por isso, informe-se! Prepare-se! Cuide-se!
17
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Fechamento
Nesta unidade vimos as medidas fundamentais de biossegurança 
(correta higiene das mãos, utilização de EPIs, orientaçãoa pa-
cientes, isolamento e precauções padrão, de contato, para gotí-
culas e aerossóis) e as principais regulamentações na abordagem 
da Covid-19. Agora que você conhece as ações e regulamenta-
ções para sua proteção durante a assistência a pacientes com a 
Covid-19, siga-as continuamente e compartilhe essas orientações 
com seus colegas. 
18
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
UNIDADE 1.2 – Utilização correta de EPIs 
pela equipe de enfermagem (máscara, 
luvas, aventais, óculos, gorro, proteção 
para pés, colocação e descarte)
Nesta unidade você ampliará seus conhecimentos sobre a utili-
zação correta dos equipamentos de proteção individuais (EPIs), 
indicados para atendimento ao paciente suspeito ou confirmado 
de Covid-19, e as instruções para uso de forma segura durante a 
colocação e retirada destes.
Os EPIs são essenciais para proteção da sua saúde e manuten-
ção da sua integridade física, protegendo contra os riscos do 
ambiente de trabalho. Foram reportados ao Cofen o afastamen-
to de mais 10.748 profissionais de enfermagem, destes, aproxi-
madamente 2.813 tiveram exame positivo para o Covid-19, e os 
demais estão aguardando resultado ou não foram testados até 
o dia 06/05/2020. Ainda, foram registradas até o momento mais 
de 75 mortes de profissionais de enfermagem com diagnósti-
co confirmado além de mais de 16 com diagnóstico suspeito de 
Covid-19 (COFEN, 2020). 
Assim, é urgente a necessidade de capacitação dos profissionais 
para melhorar sua proteção. O uso dos EPIs pode variar conforme 
a área de atuação, seja em locais de triagem, informação, interna-
ção, emergência ou em unidades de terapia intensiva (UTI), dentre 
outros. Neste cenário, o trabalho do profissional técnico de en-
fermagem deve se embasar em princípios técnicos e científicos 
relacionados à precaução, considerando a finalidade de cada EPI, 
temas que serão abordados nesta unidade.
Introdução
Conceitos iniciais
O risco biológico é inerente à profissão de enfermagem. Diversas 
formas de proteção ao profissional de saúde estão disponíveis 
na atualidade (organização estrutural e ergonômica, aquisição de 
materiais de qualidade, dimensionamento de pessoal conforme 
demanda, entre outras). Considerando o contexto da Covid-19, 
 
19
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
o uso adequado dos EPIs, sua colocação e retirada, estão entre os 
principais métodos preventivos.
A via de transmissão do novo coronavírus se dá por meio de gotí-
culas respiratórias e por contato direto com pessoas infectadas. 
A possibilidade de transmissão do vírus por aerossóis gerados em 
alguns procedimentos tem sido estudada, merecendo a sua aten-
ção. Fique atento! Pois a correta utilização dos EPIs é essencial 
para a quebra da cadeia de transmissão (BRASIL, 2020).
A precaução padrão é indicada para o cuidado prestado a todo e 
qualquer paciente, independente do diagnóstico, assim como a 
intensificação da higienização das mãos, de acordo com os cinco 
momentos preconizados pela Anvisa. 
Figura 9: 
Enfermeira colocando 
o EPI. 
Fonte: 
Pexels (2020).
ALERTA DO PROFISSIONAL
Muita atenção ao ajustar a máscara no seu rosto! Para pre-
venir lesões, ajuste-a sem realizar pressão excessiva, mas 
moldando na face. De tempos em tempos, tente aliviar a 
pressão sobre a pele (no máximo 4 horas). O uso de cremes 
de barreiras, espumas ou hidrocolóides deve ser considera-
do, porém observar se não interferem na eficácia dos EPIs. 
!
20
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
As luvas podem também machucar a pele se as mãos não es-
tiverem adequadamente secas. Todas estas recomendações 
devem ser discutidas juntamente com a comissão de infec-
ção hospitalar da instituição (ALVES, 2020).
Aos pacientes suspeitos ou confirmados com a Covid-19 são ne-
cessários cuidados adicionais com a precaução por contato, as-
sociada à precauções por gotículas (procedimentos não geradores 
de aerossóis) ou precauções por aerossóis (procedimentos gera-
dores de aerossóis).
Os profissionais de enfermagem devem saber utilizar o EPI apro-
priado para cada situação, lembrando que este é um recurso im-
prescindível à segurança dos profissionais e pacientes. Veremos 
a seguir a finalidade, correta utilização e manejo adequado para 
cada um dos EPIs.
As máscaras cirúrgicas são utilizadas para evitar a contaminação 
da boca e nariz, do profissional de saúde por gotículas respirató-
rias, enquanto este atua em uma distância inferior a 1 metro de 
paciente suspeito ou confirmado pela Covid-19 (BRASIL, 2020).
Não esqueça de que a máscara deve cobrir toda a boca e nariz, e 
ter clipe nasal maleável, sendo descartável e de uso único. Sem-
pre que estiver úmida ou apresentar sujidades, a máscara cirúrgi-
ca deve ser substituída. Estas nunca devem ser higienizadas, pois 
perdem a capacidade de filtração. 
Finalidade, utilização correta e manejo 
dos EPIs
Máscara cirúrgica
Máscaras de tecido não são EPIs. São recomendadas somente para pa-
cientes assintomáticos, acompanhantes, profissionais de saúde que não 
tiverem contato com pacientes, profissionais cujas funções não exijam 
o uso de EPI (administrativos, por exemplo), profissionais que atuam na 
área limpa do Centro de Material e Esterilização.
21
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Para o paciente com sintomas respiratórios é indicado o uso de más-
cara cirúrgica, enquanto estiver em ambiente coletivo, tais como sa-
las de espera, ao sair do quarto e durante o transporte do paciente.
Sua utilização é recomendada na realização de procedimentos que 
possam gerar aerossóis, como intubação ou aspiração traqueal, 
ventilação não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, ventilação 
manual antes da intubação, coletas de secreções nasotraqueais, 
broncoscopias, limpeza e materiais respiratórios entre outros. Sen-
do indicado o uso da máscara de proteção respiratória ou respira-
dor particulado tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3 (BRASIL, 2020).
A máscara de proteção respiratória deve ser de uso individual e 
ficar ajustada a sua face. Além disso, é recomendado a realização 
do teste de vedação em todos os usos. O teste determina se a 
máscara está devidamente encaixada no rosto ou se precisa ser 
reajustada (CDC, 2020). Vamos então conhecer como fazer os tes-
tes de vedação?
Existem dois tipos de verificação de vedação: a verificação de 
pressão positiva e a verificação de pressão negativa:
O Cofen indica o uso de N95 ou PFF2 durante toda a assistên-
cia em áreas críticas, como UTIs, salas de emergência, enferma-
rias especializadas, centros cirúrgicos e unidades de atendimento 
pré-hospitalar, dentre outras (COFEN, 2020). 
Máscara de proteção respiratória (respirador par-
ticulado – N95, peça facial filtrante 2 - PFF2)
Tipos de verificação de vedação
Para realizar a verificação de pressão positiva: 
coloque e ajuste a máscara adequadamente. Em 
seguida, expire suavemente pela máscara facial. O 
ajuste da face é considerado satisfatório se uma leve 
pressão positiva puder ser acumulada dentro da 
máscara sem qualquer evidência de vazamento de ar 
para o exterior.
Para realizar uma verificação de pressão negativa: 
coloque e ajuste a máscara adequadamente; inspire 
suavemente para que a peça facial fique levemente 
tensionada e prenda a respiração por dez segundos. Se 
a peça facial permanecer levemente tensionada e 
nenhum vazamento interno de ar for detectado, a 
tensão da máscara é considerada satisfatória.
Figura 10: 
Tipos de verificação 
e vedação. 
Fonte: 
CDC (2020), adaptado 
por labSEAD-UFSC 
(2020).
Veja o teste de 
vedação assistindo 
ao vídeo no link. 
Ative a legenda em 
português.
Aprofunde
Veja como 
reutilizar a 
máscara N95, 
assistindo ao 
vídeo no link. 
Ative a legenda 
em português.
Aprofunde
https://www.youtube.com/watch?v=CoSb-HJJ5tk
https://www.youtube.com/watch?v=Cfw2tvjiCxM
22
Bases de controle de infecção,biossegurança em saúde e preparo da equipe
Para a remoção da máscara N95/PFF2 ou equivalente, toque apenas nas 
alças laterais e mantenha os cuidados no caso de uso estendido do EPI. Se 
necessário, reutilizar a máscara, coloque-a em um papel absorvente ou 
poroso após o uso e, identifique-a do lado externo da embalagem. Obser-
ve sempre sua integridade e siga o protocolo de sua instituição 
O uso de luvas não substitui a higienização das mãos. Não higienize mãos 
enluvadas. Não é necessário usar dois pares de luvas, pois não aumenta 
o nível de segurança do profissional.
As luvas não estéreis protegem os profissionais de saúde em 
situações onde há risco de contato com sangue ou secreções. 
É importante escolher luvas do tamanho compatível com as mãos. 
Luvas justas demais tendem a se romper e quando largas, podem 
expor os punhos do profissional. 
Para procedimentos assépticos é indicado o uso de luvas estéreis 
(BRASIL, 2020).
Os óculos de proteção estão indicados como Precaução Padrão 
para situações com risco de projeção de sangue ou secreções du-
rante atividade profissional. E no contexto do cuidado ao paciente 
com a Covid-19, trata-se de uma proteção também contra a expo-
sição de gotículas respiratórias. 
Devem ser de uso individual, com lateral e parte superior fecha-
das. Lembrando que, os óculos com lentes corretivas não prote-
gem o profissional de saúde, assim os óculos de sobreposição são 
então indicados nestes casos.
Luvas
Óculos de proteção e protetores faciais
23
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
ALERTA DO PROFISSIONAL
Após o uso dos óculos ou do protetor facial, é necessário re-
alizar a limpeza e desinfecção desse material. 
Se tiver substâncias orgânicas ou sujidades, lave com água 
e detergente. A desinfecção só é efetiva em material limpo. 
E quais são esses produtos?
Têm potencial para desinfecção, desinfetantes a base de clo-
ro, álcoois, alguns fenóis e alguns iodóforos e o quaternário 
de amônia. 
Lembre-se que a diluição e concentração indicadas interfe-
rem no poder de desinfecção do produto. Alguns produtos 
requerem imersão. O tempo de imersão e o controle da vali-
dade e qualidade desinfetante são essenciais.
Para a desinfecção com álcool a 70 %, passe três vezes su-
cessivas – até sua evaporação completa, o que mantém os 
20 a 30 segundos mínimos indicados para o contato.
Use luvas ao manipular seu material sujo.
Os equipamentos de proteção individual devem ser nossos 
aliados, não podemos permitir que se tornem fontes de con-
taminação com uma higienização e desinfecção inadequadas.
!
O protetor facial (face shield) deve cobrir a frente e as laterais do 
rosto, podendo ser utilizado com óculos de proteção, porém, o uso 
concomitante deste EPI deve ser recomendado somente quando o 
protetor facial utilizado não é regularizado como EPI para uso do 
profissional de saúde.
O protetor facial é também utilizado para proteção do respirador 
particulado.
24
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
É indicado para cobrir a região do colo, braços, tórax, abdome, 
quadril e membros inferiores até os joelhos. A Anvisa recomenda 
gramatura mínima de 30 g/m2 com o objetivo de proteger sua pele 
e roupas de uma possível contaminação. Dependendo do quadro 
clínico, (vômitos, diarreia, hipersecreção orotraqueal, sangramen-
to, etc) o profissional deverá utilizar o avental impermeável (gra-
matura mínima de 50 g/m2) (BRASIL, 2020).
Para áreas críticas, o Cofen recomenda que durante toda a as-
sistência, na pandemia do novo coronavírus, o uso de avental/
capote de TNT impermeável longo (gramatura mínima de 50 g/m2) 
ou vestimenta impermeável de corpo inteiro, tipo macacão, com 
proteção da cabeça e costura selada, descartável ou reprocessá-
vel (COFEN, 2020).
O uso do gorro ou touca é indicado para proteção dos cabelos 
e cabeça dos profissionais em procedimentos que possam gerar 
aerossóis (BRASIL, 2020). Quando a touca é a última peça a ser 
colocada (após máscara, óculos e protetor facial), protege as áre-
as que serão tocadas no momento da retirada da paramentação.
Capote ou avental
Gorro ou touca
Figura 11: 
Enfermeira 
paramentada com 
os EPIs. 
Fonte: 
Pexels (2020).
25
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
A sequência de colocação dos EPIs pode variar de acordo com a 
presença de antessala.
Para o uso seguro dos EPIs, veja a seguir a sequência que deve 
ser realizada.
Antes de você entrar no quarto siga as seguintes orientações:
Sequência recomendada para paramentação 
(Anvisa 2020)
Sequência de paramentação e retirada 
da paramentação para atendimento a 
pacientes com suspeita ou confirmação 
da Covid-19
ALERTA DO PROFISSIONAL
O uso do EPI é um aliado na proteção ao profissional, po-
rém pode também ser fonte de contaminação quando não 
for adequado ou quando a retirada não for cuidadosa e nos 
padrões técnicos. Sempre que possível coloque e retire a pa-
ramentação em dupla.
!
26
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Higienização das 
mãos com água 
e sabão ou 
com solução 
alcoólica a 70%.
Máscara cirúrgica 
(sem aerossóis) 
ajuste-a cobrindo 
totalmente o nariz 
e boca, ajuste o clip 
nasal sem apertar 
ou deixar frouxo.
Respirador particulado 
- N95, PFF2 ou 
equivalente (com 
aerossóis). Segure na 
parte da frente, adapte 
à face, ajuste os 
tirantes, ajuste o clip 
nasal, realize o teste de 
vedação e higienize 
suas mãos.
Óculos de 
proteção
Protetor Facial 
(Face Shield): 
ajuste sem apertar 
ou deixar frouxo.
Avental, com a 
abertura para atrás. 
O laço do avental 
deve ser feito na 
parte de trás ou ao 
lado. Evite fazer o 
laço na frente, pois 
favorece o risco a 
contaminação no 
momento da 
retirada.
Touca, cobrindo a 
cabeça, orelhas, as 
laterais do protetor 
facial, as laterais 
dos óculos e os 
tirantes elásticos da 
máscara cirúrgica 
ou do respirador 
particulado.
Figura 12: 
Paramentação dos 
EPIs antes de entrar 
no quarto. 
Fonte: 
Anvisa (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Fique atento em colocar as luvas dentro do quarto, cobrindo as 
ribanas ou punhos do avental.
Confira a sequência de colocação dos EPIs para procedimentos 
não geradores de aerossóis e para procedimentos geradores de 
aerossóis:
27
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
COLOCAÇÃO DOS EPIs COLOÇÃO DOS EPIs 
Paramentação para procedimentos 
que NÂO geram aerossóis
Ações
fora do
quarto
Ações
dentro do
quarto
Ações
dentro do
quarto
Higienizar as mãos
5. Gorro
5. Gorro
2. Máscara
3. Óculos
4. Face Shield
1. Avental 1. Avental
4. Face Shield
3. Óculos
2. Máscara N95
Higienizar 
as mãos
Paramentação para procedimentos 
que POSSAM gerar aerossóis
6. Luvas
Ações
dentro do
quarto
6. Luvas
Higienizar as mãos
Higienizar as mãos Higienizar as mãos
Figura 13: 
Colocação de 
aramentação que 
possa ou não gerar 
aerossóis. 
Fonte: 
Anvisa (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC 
(2020)..
Veja a seguir a forma indicada para fazer a retirada dos equipa-
mentos de proteção individuais.
O momento da retirada dos EPIs é crucial, devendo ser criterioso 
devido ao risco de contaminação. Sempre que possível, retire os 
EPIs sob a supervisão de um colega, confira a sequência:
Sequência recomendada para retirada dos EPIs
28
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Antes de sair do quarto você deve:
Após sair do quarto você deve:
1
Segure na parte externa de uma luva com os dedos da 
mão oposta. Segure a luva removida com a mão que 
ainda está enluvada. Toque na parte interna do punho 
da mão enluvada com o dedo indicador oposto, sem 
luvas e retire a outra luva. Descarte em lixeira infectante.
Higienize as mãos, preferencialmente com solução 
alcoólica a 70%.
Retire os laços do avental. Deslize o dedo da mão por 
baixo da manga contrária e puxe um pouco a manga do 
avental sem retirartotalmente. Com a mão que está por 
baixo dessa manga, puxe a outra manga (por cima do 
avental), retirando totalmente o avental, enrolando-o 
pelo lado avesso. Descarte em lixeira infectante.
Higienize das mãos preferencialmente com solução 
alcoólica a 70%.
2
3
4
Touca 
Retire a touca 
puxando pela 
parte posterior 
e inferior.
Protetor facial
Retire pelas 
laterais e deposite 
em uma bandeja 
para posterior 
higienização.
Óculos de 
proteção
Retire pelas 
laterais e deposite 
em uma bandeja 
para posterior 
higienização.
Higienize suas 
mãos com água e 
sabão ou com 
solução alcoólica 
a 70%.
Máscara 
cirúrgica
Retire pelas 
laterais e despreze 
em lixeiro 
infectante. Se for 
respirador parti-
culado, pode ser 
armazenada 
envolta em papel 
absorvente.
Figura 14: 
Retirada dos EPIs 
dentro do quarto. 
Fonte: 
Anvisa (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Figura 15: 
Retirada dos EPIs fora 
do quarto. 
Fonte: 
Anvisa (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
29
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Caso a unidade esteja sendo considerada contaminada, ou não te-
nha portas, mantenha a máscara até sair desse ambiente. Confira 
também, a seguir, a sequência de retirada dos EPIs para procedi-
mentos não geradores de aerossóis e para procedimentos gerado-
res de aerossóis:
Esteja atendo e faça o procedimento de colocada e retirada dos 
EPIs, da forma correta, pois assim você estará mais seguro no 
combate a Covid-19.
RETIRADA DOS EPIS 
NÃO GERADORES DE 
AEROSSÓIS
RETIRADA DOS EPIs 
GERADORES DE 
AEROSSÓIS
Ações
dentro do
quarto
Ações
dentro do
quarto
3. Gorro
6. Máscara
5. Óculos
4. Face Shield
2. Avental
Ações
fora do
quarto
Higienizar as mãos.
1. Luvas
Higienizar as mãos.
2. Avental
Higienizar as mãos
1. Luvas
Higienizar as mãos
3. Gorro
6. Máscara N95
5. Óculos
4. Face Shield
Ações
fora do
quartoFigura 16: 
Retirada de 
paramentação que 
possa ou não gerar 
aerossóis. 
Fonte: 
Anvisa (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
30
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Fechamento
Para escolher os EPIs é importante conhecer os riscos, forma 
de transmissão da doença e as fragilidades do vírus. Para o en-
frentamento da pandemia as precauções indicadas são a padrão, 
por contato e por gotículas ou aerossóis a depender da situação. 
O correto ajuste destes EPIs no corpo da equipe de enfermagem 
vai garantir sua eficiência e minimizar desconfortos. O seu uso 
consciente e de acordo com as recomendações é o melhor cami-
nho a seguir em tempos de pandemia.
Nessa unidade você aprendeu sobre os EPIs relacionados ao en-
frentamento da Covid-19, suas indicações e como utilizá-los de 
forma segura. Aproveite estes conhecimentos e continue estu-
dando, o conhecimento é nosso aliado para o enfrentamento 
desta pandemia.
31
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
UNIDADE 1.3 – Principais cuidados 
diretos ao paciente acometido pela 
Covid-19: pressões invasivas e não 
invasivas, higiene, alimentação, 
medicações, cuidados com aparelhos, 
passagem de sondas e cateteres, 
aspiração, entre outros
Nesta unidade você terá a oportunidade de conhecer como deve 
prestar cuidados diretos ao paciente acometido pela Covid-19 com 
segurança, como realizar os cuidados de maneira específica para 
os pacientes com a Covid-19 e compreender também a importân-
cia de manter as normas de biossegurança durante o atendimento 
do paciente acometido pela Covid-19.
No Brasil, a equipe de enfermagem em cuidados críticos é com-
posta por enfermeiros e técnicos de enfermagem, e é a segunda 
categoria que soma o maior número de profissionais envolvidos 
nesses cuidados.
Estes profissionais realizam cuidados aos pacientes por 24h inin-
terruptas, realizando de forma direta e contínua serviços como 
higiene e conforto, alimentação, passagens de cateteres, dentre 
outros. 
Com o surgimento da pandemia causada pelo novo coronavírus, a 
exposição destes profissionais ao vírus está sendo da forma mais 
direta, exigindo que estejam sempre atentos e atualizados conti-
nuamente para poderem realizar os cuidados da melhor maneira 
e reestabelecer a saúde destes doentes, e também para se man-
terem seguros.
Desta forma, nesta unidade iremos abordar os principais cuidados 
aos pacientes com Covid-19 (pressões invasivas e não invasivas, 
higiene, alimentação, medicações, cuidados com aparelhos, pas-
sagem de sondas e cateteres, aspiração, entre outros). Com isso, 
esperamos auxiliar, você profissional da enfermagem, a se sentir 
mais seguro durante a prestação destes cuidados.
Introdução
32
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
O que se sabe até o momento é que cerca de 5% das pessoas 
que adquirem o vírus necessitam de cuidados intensivos, devido 
o quadro de insuficiência respiratória aguda. No entanto, a classi-
ficação clínica do paciente vai de casos leves, moderados, graves 
e críticos. Os casos críticos ainda são divididos em 3 estágios 
(inicial, intermediário e terminal), sendo este último com risco de 
mortalidade aumentada.
Segundo as atuais informações disponíveis, a via de transmissão 
do novo coronavírus ocorre por meio de gotículas respiratórias, 
por aerossóis formados durante a manipulação das vias aéreas 
(que ocorre em procedimentos como aspiração, intubação, entre 
outros) e também pelo contato direto com pessoas infectadas ou 
indireto, por meio das mãos, objetos ou superfícies contaminadas.
Entender como ocorre a transmissão de pessoa a pessoa é de ex-
trema importância para que se possa realizar ações preventivas, 
a fim de evitar essa transmissão. O foco central é o uso adequado 
de equipamentos de proteção individual (EPIs), higiene correta das 
mãos e a manutenção da precaução de contato e respiratória, dos 
casos suspeitos ou confirmados de Covid-19.
Ao preparar o material para realização de procedimentos, você 
deve fazer dupla checagem do material que será utilizado para 
que não haja esquecimento, evitando o excesso de circulação 
desnecessária entre diferentes espaços durante os procedimen-
tos. Vamos ver a seguir cada um destes cuidados, acompanhe.
É importante destacar que para pacientes com suspeita ou 
confirmação da Covid-19 não é recomendado o uso de máscara 
de Venturi ou tipo tenda (macronebulização), cateter de O2 de alto 
fluxo, ventilação não invasiva (VNI) por Bipap de circuito único, dis-
positivos bolsa-válvula-máscara (Ambu®) supra glóticos (máscara 
laríngea) pelo potencial de aerossolização.
Definições operacionais
Cuidados durante a assistência direta aos 
pacientes com Covid-19
Cuidados com oxigenação/ventilação mecânica
Acesse a nota 
técnica da Anvisa 
nº 04/2020 sobre 
as Orientações 
durante a 
assistência 
no link.
Aprofunde
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/Nota+T%C3%A9cnica+n+04-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA/ab598660-3de4-4f14-8e6f-b9341c196b28
33
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Veja abaixo os principais cuidados com oxigenação/ventilação 
mecânica.
Os sinais vitais do paciente devem ser monitorados continuamente, 
especialmente alterações na consciência, frequência respiratória e 
saturação de oxigênio. Observe também sinais e sintomas como 
tosse, escarro, aperto no peito, dispneia, cianose e assincronia com 
a ventilação mecânica no caso de pacientes intubados. 
1
Elevar o ângulo de inclinação da cama do paciente em 30°- 45°, 
se nenhuma contraindicação for apresentada, principalmente em 
pacientes intubados, para evitar pneumonia associada à 
ventilação mecânica. 
2
Checar frequentemente as conexões dos circuitos do ventilador 
para evitar desconexões acidentais, sendo que durante o banho no 
leito ou na mudança de decúbito este cuidado desse ser redobrado, 
tendo em vista a manipulação excessiva do doente.
3
Realizar fixação do tubo orotraqueal (TOT) de maneira a evitar o seu 
deslocamentoe risco de extubação acidental. Destacando a 
importância de proteger a pele contra o atrito do cadarço e do TOT e 
da realização de alternância da posição do TOT.
4
Lembrar a equipe quando necessitar desconectar paciente da 
ventilação mecânica (VM) de clampear o TOT com pinça apropriada 
e pausar momentaneamente a VM.
5
Optar por sistema de aspiração fechado, durante a aspiração dos 
pacientes, para que não haja a aerossolização e evitar o uso de 
ventiladores manuais (Ambu®), pelo mesmo motivo.
6
Estar sempre atento durante a colocação do paciente em posição 
ventral (prona), distrações durante essa manobra podem ocasionar 
extubação, perda de cateteres, dentre outros eventos adversos.
7
Atentar no momento de alternância da cabeça do paciente, 
enquanto estiver em posição prona, pelo risco de desconexões e 
extubação. Este procedimento deve ser realizado a cada duas horas, 
por dois profissionais.
8
Lembrar a recomendação de que o frasco com conteúdo de 
aspiração traqueal seja desprezado ao final de 24 horas de plantão. 
Eleger um profissional para coletar com o técnico do leito, levar e 
desprezar no expurgo.
9Figura 17: 
Cuidados com 
oxigenação/ventilação 
mecânica. 
Fonte: 
labSEAD-UFSC (2020).
34
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Certifique-se que estas orientações sejam feitas pela equipe e 
compartilhe-as com os seus colegas.
Agora, veja na figura a seguir quais os principais protocolos refe-
rentes às pressões invasivas e não invasivas.
Sobre os cuidados na administração de medicações, ainda não 
existe tratamento medicamentoso com eficácia comprovada para 
a Covid-19. Pacientes graves, com Síndrome Respiratória Agu-
da Grave (SRAG), normalmente necessitam de tratamento para 
as complicações da Covid-19, necessitando de antimicrobianos, 
drogas vasoativas, sedativas, bloqueadores neuromusculares, 
dentre outros. 
Veja na imagem a seguir as principais orientações para os cuida-
dos na administração de medicações.
A seguir veremos os cuidados com a administração de medicações 
aos pacientes com a Covid-19. Como este assunto pode sofrer al-
terações devido as pesquisas científicas que estão sendo realiza-
das em todo mundo, busque estar informado(a) sobre o assunto.
Cuidados com pressões invasivas e não invasivas
Cuidados na administração de medicações
2 Paciente com pressão arterial invasiva (PAI), observar a curva 
constantemente, atentando para a presença de coágulos e 
permeabilidade do sistema; manutenção da pressurização em 
torno de 300mmhg e checar sinais de infecção relacionada ao 
cateter e complicações como má perfusão do membro.
1 O uso de estetoscópio, esfigmomanômetro e inclusive 
termômetro deve ser preferencialmente individual, caso necessite 
ser compartilhado deve-se ter rigor extremo durante a 
desinfecção conforme o protocolo institucional disposto pela CCIH.
Figura 18: 
Cuidados com 
pressões invasivas e 
não invasivas. 
Fonte: 
labSEAD-UFSC (2020).
35
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Figura 19: 
Cuidados na 
administração de 
medicações. 
Fonte: 
labSEAD-UFSC (2020).
Figura 20: 
Cuidados de higiene e 
conforto com a pele. 
Fonte: 
labSEAD-UFSC (2020).
Veja a seguir os cuidados que você deve ter na higienização, con-
forto e com a sua pele.
Para a higiene dos pacientes com Covid-19 acamados, siga as 
recomendações a seguir.
Cuidados de higiene e conforto com a pele
Recomenda-se preparar as medicações fora do box do paciente. 
Para o descarte, deve-se armazenar em saco plástico e descartar o 
saco na lixeira interna do box.
1
 O aprazamento das medicações deve ser realizado de modo a 
minimizar entradas frequentes no box.
2
A higiene bucal dos pacientes em UTI deve ser mantida. 
Em pacientes intubados suspeitos com confirmados para Covid-19 recomenda-se 
aplicar gaze embebida em 15ml de peróxido de hidrogênio a 1% ou povidona a 
0,2% por 1 minuto, 2 vezes ao dia, previamente a higiene bucal com clorexidina 
visando a redução da carga viral. 
No caso pacientes conscientes e orientados e em ar ambiente, realizar 
bochecho de 15ml de peróxido de hidrogênio a 1% ou povidona a 0,2% por um 
minuto, 1 vez ao dia.
Recomenda-se banho a seco 
(compressas úmidas) para todos 
os pacientes acamados. 
Recomenda-se banho de leito 
inclusive para acordados. Se for 
encaminhado ao banheiro, 
recomenda-se interditar para 
higienização imediatamente.
Na retirada da roupa 
suja deve haver o mínimo de 
agitação e manuseio.
Estar atento para áreas de pressão 
(calcâneos, região occipital etc.), 
diminuindo a pressão sobre essas 
áreas, com uso de coxins próprios 
para este fim, disponíveis 
na instituição.
Manter dispositivos (sondas, 
cateteres etc.) sempre fixados 
adequadamente e limpos, evitando 
lesões e contaminação.
Quanto à evacuação, os pacientes que estiverem em isolamen-
to com banheiro privativo e tiverem condições físicas devem ir 
ao banheiro. Os que não tiverem condição de sair do leito ou 
estiverem em quartos sem banheiro deverão evacuar na fralda 
descartável e a fralda deve ser descartada em saco para resíduo 
36
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Siga as instruções a seguir para manter os cuidados corretos em 
relação a cateteres e sondas.
É importante destacar que a colocação de qualquer dispositivo de 
acesso entérico pode provocar tosse e deve ser considerado um 
procedimento gerador de aerossol. Portanto, todos os profissio-
nais devem usar máscara N95 e os demais EPIs recomendados na 
realização deste procedimento.
Cuidados com cateteres e sondas
Cuidados com alimentação
contaminado. É muito importante ressaltar que não é recomendado 
o uso de comadres.
Curativos ou fixações devem ser realizados de forma a ficarem 
firmes evitando a troca frequente e exteriorizações acidentais.
1
Esvaziar a bolsa coletora de diurese de pacientes com sonda vesical 
a cada 6h ou antes de atingir a capacidade da bolsa para diminuir a 
oportunidade de contato com o fluido.
2
Em homens não sondados não se recomenda o uso de papagaio, 
deverá ser colocado dispositivo externo (Uropen®).
3
Manter os aparelhos (monitores, bombas de infusão, e superfícies) 
sempre limpos, realizando a desinfecção quantas vezes julgar 
necessária durante o turno de trabalho.
4
Figura 21: 
Cuidados com 
cateteres e sondas. 
Fonte: 
labSEAD-UFSC (2020).
37
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Os pacientes que permanecerem por mais de 48h na UTI devem 
ser considerados em risco de desnutrição e alterações glicêmicas, 
estar atento aos sinais de hipo/hiperglicemia, comunicar sempre 
que houver alterações.
Preferencialmente, os pratos, copos e talheres devem 
ser descartáveis.
1
2
3
Nos casos de alimentação por sonda enteral, recomenda-se a 
oferta de maneira contínua, em bomba de infusão, com cabeceira 
da cama com ângulo em 30°- 45°.
4
Registrar e comunicar alterações nas eliminações intestinais. 
A presença de diarreia pode piorar o quadro clínico do paciente.
5
A alimentação por via oral é a preferencial em pacientes não graves 
com diagnóstico de Covid-19, caso necessite auxílio, além do uso de 
EPI adequado, o profissional deve evitar ao máximo conversar com 
o paciente durante o cuidado.
Figura 22: 
Cuidados com 
alimentação. 
Fonte: 
labSEAD-UFSC (2020).
Para falar sobre os cuidados com a nutrição enteral para os pa-
cientes em posição prona veja as orientações a seguir. 
Acesse o link para 
saber mais sobre 
a posição prona 
no tratamento 
Covid-19.
Assista o vídeo de 
demonstração da 
Posição prona em 
UTI no link.
Aprofunde
ALERTA DO PROFISSIONAL
Olá!
Hoje vamos falar sobre as orientações para o uso de dieta 
enteral em paciente em posição prona.
Mas afinal, qual a finalidade da posição prona? Esta posição é 
usada no tratamento de pacientes com síndrome do descon-
forto respiratório agudo. Consiste em posicionar o pacien-
te em decúbito ventral, o quedeve resultar em distribuição 
mais uniforme do estresse e da tensão pulmonar, melhora 
da relação ventilação/perfusão, da mecânica pulmonar e da 
parede torácica, contribuindo para redução do tempo dos 
pacientes em uso de ventilação mecânica e da diminuição 
da taxa de mortalidade. Para saber mais sobre este procedi-
mento clique no link disponível no item aprofunde mais.
!
https://assobrafir.com.br/wp-content/uploads/2020/03/ASSOBRAFIR_COVID-19_PRONA.v3-1.pdf
https://youtu.be/w0mk4uq5cS0
38
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Vamos lá, para falar sobre os cuidados ao ofertar nutrição 
parenteral para os pacientes pronados seguiremos as orien-
tações disponíveis no parecer da Sociedade Brasileira de Nu-
trição Parenteral e Enteral em conjunto com a Associação 
de Medicina Intensiva Brasileira para o Enfrentamento da 
Covid-19, neste parecer sugere-se que a nutrição enteral seja 
continuada durante a posição prona. Destacando-se o cuida-
do em pausar a dieta antes de movimentar o paciente para 
esta posição, conforme o tempo sugerido por protocolo local. 
Manter cabeceira elevada em 25 - 30º, também chamado 
Trendelemburg Reverso; ofertar a dieta de maneira contínua, 
em bomba de infusão; iniciar a dieta após a primeira hora e 
manter até 1 hora antes do retorno à posição supina.
Atenção! Se o paciente já estiver em uso de terapia nutri-
cional antes de ser colocado na posição prona, sugere-se 
pausar a dieta e abrir a sonda em sifonagem 2 horas antes da 
manobra e reiniciar 1 hora após. 
Já a nutrição parenteral não é necessária ser pausada para 
execução desta manobra.
Seu cuidado é essencial para o reestabelecimento da saúde 
de seus pacientes!
Siga estudando e até breve.
O Cofen até o dia 06 de maio desse ano, já havia registrado 75 
óbitos por Covid-19 e 16 mortes suspeitas desta doença, além de 
2.813 afastamentos de profissionais de enfermagem das suas ati-
vidades laborais. 
Estudos recentes demonstraram eficácia no combate ao novo co-
ronavírus a utilização de agentes oxidantes (peróxido de hidro-
gênio) na higiene bucal. Assim, está sendo recomendado o uso 
destes agentes na expectativa de obter redução de carga viral e 
por ser um colutório já utilizado pela Odontologia. Importante 
ressaltar que, não há na literatura até o momento, outro agente 
antimicrobiano que demonstre ação comprovada e que possa ser 
Evidências Científicas
O Cofen 
disponibilizou uma 
nota técnica sobre 
o uso de EPIs em 
áreas críticas, 
acesse no link.
Aprofunde
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2020/05/NOTA_TECNICA-COFEN.pdf
39
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
aplicado às estruturas bucais. A Iodopovidona apresenta compro-
vadamente um maior risco de eventos alérgicos, devendo, por isso, 
ter o seu uso restrito aos hospitais (ANVISA, 2020).
Prestar cuidados seguros, tanto para o paciente quanto para o 
profissional envolvido, nunca foi tão primordial quanto no cenário 
em que estamos vivendo devido a pandemia pela Covid-19. Por tal 
motivo, vamos reforçar o que vimos nesta unidade?
Fechamento
Figura 23: 
Cuidados diretos 
ao paciente com 
Covid-19. 
Fonte: 
labSEAD-UFSC (2020).
40
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Até mesmo os profissionais mais experientes estão sentindo uma 
pressão intensa durante esta crise mundial. Para tornar este mo-
mento menos crítico devemos nos manter informados, mas bus-
que essas informações em fontes seguras. Manter-se atualiza-
do é a melhor estratégia para o enfrentamento das dificuldades 
impostas no ambiente hospitalar, em especial nesse momento 
dinâmico que vivenciamos. 
41
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
UNIDADE 1.4 – Orientação e preparo 
da equipe de enfermagem para 
transporte e admissão na UTI de 
pacientes com Covid-19 confirmados 
ou suspeitos
Nesta unidade de aprendizagem você conseguirá identificar os as-
pectos mais importantes para a organização da equipe de enfer-
magem no transporte e admissão de pacientes com suspeita ou 
confirmação de Covid-19 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) fun-
damentados nas evidências científicas disponíveis no momento.
Desde dezembro de 2019 a pneumonia causada pelo RNA vírus, 
denominada Covid-19, tem causado preocupação mundial, sobre-
tudo, aos sistemas de saúde. Ao mesmo tempo que a doença se 
espalha pelo mundo, os profissionais que atuam em terapia in-
tensiva se preparam para o enfrentamento das consequências da 
pandemia. Assim, a organização da UTI para um aumento substan-
cial na capacidade de leitos não está apenas relacionada com a 
infraestrutura e suprimentos, mas também com o gerenciamento 
da equipe de saúde (PHUA et al, 2020).
A racionalização dos fluxos de trabalho para o diagnóstico e isola-
mento rápidos, gerenciamento clínico e prevenção de infecções é 
importante não apenas para pacientes com Covid-19, mas também 
para profissionais de saúde e outros pacientes (PHUA et al, 2020).
Para melhor compreensão dos assuntos desta unidade, será dis-
cutido sobre o transporte intra-hospitalar envolvendo paciente 
com suspeita ou confirmação de Covid-19 e a necessidade de leito 
de cuidado intensivo.
Para o transporte do paciente com necessidade de internação em 
cuidados intensivos, é preciso um planejamento prévio e organiza-
do da equipe de enfermagem. Trataremos desses assuntos adiante.
Introdução
Atendimento do paciente com suspeita ou 
confirmação de Covid-19
42
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Antes de realizar o transporte do paciente é necessário que haja 
equipamentos de proteção individual (EPIs) para todos os membros 
da equipe, e que seja adequado para o atendimento de pacientes 
com suspeita, ou confirmação, de Covid-19, com o objetivo de:
Veja na sequência a figura que mostra como se higienizar antes do 
transporte do paciente para o leito adequado.
Proteção da equipe para o transporte do paciente
• Assegurar que os profissionais tenham o treinamento adequado sobre 
as técnicas de precaução padrão, por contato e por aerossóis (TAO et 
al., 2020).
• Utilizar EPI adequado (Avental/capote de TNT impermeável longo ou 
vestimenta impermeável de corpo inteiro, óculos ou protetor facial, 
máscara N95/PFF2 ou equivalente, luvas, gorro) e higienizar as mãos 
antes e após colocar e retirar o EPI (COFEN, 2020).
Calçar NOVAS 
LUVAS de 
procedimento.
Os pacientes que tiverem contato com 
o paciente e que irão participar do 
transporte deverão, antes do transpor-
te, tomar as seguintes medidas de 
segurança:
Transporte de paciente com 
suspeita, ou confirmação, de 
Covid-19.
RETIRAR LUVAS
de procedimento
Higienizar 
as mãos
Higienizar 
as mãos
1
RETIRAR AVENTAL
descartável
Higienizar 
as mãos
3 4
VESTIR NOVO AVENTAL descartável 
e permanecer com a máscara N95, 
gorro e óculos de proteção.
5
Prosseguir para o transporte 
do paciente.
86 7
2
Figura 24: 
Transporte de 
paciente com 
suspeita, ou 
confirmação, de 
Covid-19. 
Fonte: 
SCIH (2020), adaptado 
por labSEAD-UFSC 
(2020).
43
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Tenha sempre muita atenção, pois durante o transporte deve ser 
utilizado avental descartável e luvas de procedimento limpos. Es-
colha um profissional para te auxiliar apenas tocando em super-
fícies como maçanetas e elevadores durante o transporte. Isso 
evita a contaminação do ambiente. 
Além de garantir que todos os profissionais da equipe de transpor-
te façam uso dos EPIs de forma adequada, é imprescindível que 
haja uma organização do transporte. Para que isso ocorra, é preciso 
estar ciente dos materiais necessários ao transporte do paciente. 
Vejamos a seguir quais são eles:
Após saber quais são os materiais necessários para o transporte 
do paciente, é importante ter algumas orientações do que fazer na 
sequência. Vejamos:
• É importante que haja uma conferência dos equipamentose 
medicamentos necessários para o atendimento do paciente 
durante o transporte.
Organização do transporte intra-hospitalar
Figura 25: 
Materiais necessários 
ao transporte do 
paciente. 
Fonte: 
Cofen (2018), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Lista de 
materiais 
necessários 
ao transporte 
do paciente
Monitorização 
portátil
Ressuscitador com 
reservatório
Maleta de 
medicamentos
Cilindro de oxigênio 
com fluxômetro e 
intermediário
Ventilador 
mecânico
44
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
• Caso o paciente esteja em uso de tubo traqueal, verifique a 
necessidade de aspiração que pode ser realizada por um téc-
nico(a) de enfermagem, desde que avaliada e prescrita pelo(a) 
enfermeiro(a) (COFEN, 2017). 
• A fixação e a centralização do tubo orotraqueal, assim como 
a monitorização da pressão do cüff (balonete) da prótese em 
níveis seguros é de competência do(a) enfermeiro(a), mas é im-
portante que o(a) técnico(a) de enfermagem confirme se esses 
cuidados foram realizados (COFEN, 2020). 
• Ajuste e reforce as conexões do circuito respiratório e cheque o 
funcionamento das bombas infusoras em modo bateria.
• É de suma importância que a equipe de saúde direcione um 
profissional para conduzir a ventilação mecânica, e que este 
mantenha os cuidados com o circuito respiratório e tubo 
traqueal durante todo o transporte para evitar desconexões e 
extubação acidental. Além disso, a desconexão do circuito res-
piratório poderá ocasionar aerossolização do ambiente e expor 
a equipe aos riscos de contaminação.
• Cuide para que não ocorra a desconexão de cateteres, a fim de 
assegurar o suporte hemodinâmico do paciente o mais estável 
possível (LIEW et al, 2020).
• Preveja possível intercorrência durante o transporte e monitore 
continuamente níveis pressóricos, frequência cardíaca, satura-
ção de oxigênio, nível de consciência e estado geral do paciente 
(LIEW et al, 2020).
Ao chegar à unidade de destino evite circular de forma indevida, 
ajude a repassar o caso à equipe receptora e atente aos cuidados 
pós-transporte, conforme informações a seguir.
45
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
1
2
Antes de sair do quarto do paciente
Retirar as luvas de procedimento.
Higienizar as mãos.
3 Calçar novas luvas de procedimento.
4 Realizar a limpeza e desinfecção da maca e equipamentos.
5 Retirar luvas de procedimento.
6 Higienizar as mãos.
7 Retirar avental descartável.
8 Higienizar as mãos.
1
2
Após o transporte do paciente
Higienizar as mãos.
Retirar óculos de proteção.
3 Retirar máscara N95.
4 Higienizar as mãos.
Figura 26: 
Orientações para 
o transporte de 
paciente (antes de 
sair do quarto). 
Fonte: 
SCIH (2020), adaptado 
por labSEAD-UFSC 
(2020).
Finalizado o transporte do paciente, há alguns cuidados necessá-
rios ao sair do quarto. Lembre-se sempre de descartar EPIs utili-
zados, potencialmente infectados, no saco de lixo. Veja as orien-
tações a seguir.
Após saber as orientações para o transporte intra-hospitalar do 
paciente com a Covid-19, é importante compreender a seguir como 
deve ocorrer a organização do processo de admissão do paciente 
na UTI.
Figura 27: 
Orientações para 
o transporte de 
paciente (depois de 
sair do quarto). 
Fonte: 
SCIH (2020), adaptado 
por labSEAD-UFSC 
(2020).
46
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Para a admissão do paciente em UTI, é necessário um planeja-
mento prévio e a organização da equipe de enfermagem. Portanto, 
veremos a seguir as orientações no preparo da equipe de enfer-
magem, na organização do leito e no manejo inicial do paciente.
Os profissionais da enfermagem estão diariamente expostos ao 
risco de contaminação e desenvolvimento da Covid-19. No Brasil, 
já são mais de 10 mil enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfer-
magem afastados pela doença, com 88 óbitos segundo as últimas 
atualizações. As mortes são mais que o dobro do número absoluto 
registrado entre profissionais de enfermagem na Itália, primeiro 
epicentro do novo coronavírus no ocidente (COFEN, 2020). 
Algumas providências precisam ser tomadas urgentemente para 
evitar novos casos e mortes, como a aquisição de EPIs de qualida-
de e com quantitativo suficiente para toda a equipe que está na li-
nha de frente do cuidado. Com a garantia dessa proteção, a equipe 
de enfermagem também precisa ser treinada para a paramentação 
correta e desparamentação, pois já foi evidenciado em outros pa-
íses que a incorreta maneira de se desparamentar é propícia para 
a contaminação do vírus.
Considerando que alguns profissionais podem adoecer e se afastar 
do serviço, bem como o aumento da sobrecarga de trabalho oca-
sionada pela demanda de internações em terapia intensiva, é preci-
so prever quantitativo de pessoal e se necessário recrutar equipes 
de outras áreas (AMIB, 2020; PHUA et al, 2020; QIU et al, 2020).
Para melhor preparo da equipe de enfermagem, que lidará com 
uma doença pandêmica devastadora com excesso de pacientes 
nas UTIs, o treinamento prévio é necessário, baseado em protoco-
los institucionais atuais e embasados cientificamente.
Organização do processo de admissão do 
paciente na UTI
Preparo da equipe de enfermagem
Organização do leito
Para saber a 
forma correta da 
desparamentação, 
recomendamos 
que você assista 
ao vídeo, no link.
Aprofunde
O(A) técnico(a) de enfermagem tem como uma de suas atribui-
ções a organização e preparo do leito do paciente. Para preparar 
https://www.youtube.com/watch?v=PQxOc13DxvQ
47
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
o leito, é preciso dispor de lençóis, fronhas, travesseiros e outros 
instrumentos necessários. 
Além disso, é preciso também disponibilizar materiais e equipa-
mentos no quarto, como ventilador mecânico e circuitos, bom-
bas infusoras, monitor multiparâmetros e cabos, eletrodos, além 
de outros equipamentos como fonte de oxigênio, fonte de vácuo, 
fonte de ar comprimido, frasco de aspiração intermediários de 
silicone, suporte de soro, materiais de higiene individual e outros 
(de acordo com o protocolo institucional local).
Mesmo sendo função do(a) técnico(a) de enfermagem organizar os 
materiais do quarto, é competência do(a) enfermeiro(a) a monito-
rização, a checagem de alarmes, o ajuste inicial e o manejo dos 
parâmetros da ventilação mecânica tanto na estratégia invasiva 
quanto não-invasiva.
ALERTA DO PROFISSIONAL
Cabe destacar que alguns procedimentos são realizados so-
mente sob coordenação médica, como o ajuste inicial e o ma-
nejo dos parâmetros da ventilação mecânica. (COFEN, 2020).
!
Os pacientes devem ser, idealmente, admitidos em salas ou quar-
tos de isolamento com pressão negativa em relação às áreas cir-
cundantes, com pias acessíveis e dispensers de álcool gel para a 
higiene das mãos. No entanto, sabemos que são poucos os ser-
viços que possuem quartos com pressão negativa. Assim, quando 
indisponível, o paciente deverá ficar isolado em quarto com as 
portas fechadas. 
Nos locais em que não há quartos individuais, é preciso proceder 
com o isolamento por coorte (ANZICS, 2020; WHO, 2020; CDC, 
2020; PHUA et al, 2020).
48
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
No atendimento inicial ao paciente com suspeita ou confirmação 
de Covid-19, é recomendado que se retire a roupa pessoal e use 
apenas roupas disponibilizadas pela instituição e os devidos EPIs, 
como também seguir as orientações:
Na atual crise sanitária de Covid-19, a equipe de enfermagem está 
na linha de frente da assistência aos pacientes com suspeita ou 
confirmação da doença e diariamente lida com desafios no aten-
dimento. Para minimizar as dificuldades, é preciso adotar medidas 
que otimizem uma assistência adequada e segura para os envol-
vidos no processo. Nessa unidade, vimos recomendações para o 
transporte intra-hospitalar de pacientes para a UTI, como aspec-
tos importantes paraa segurança do paciente e o(a) técnico(a) de 
enfermagem e para a organização do leito hospitalar.
Por fim, em caso de necessidade de utilização de ambú® (bolsa 
ventilatória), é recomendado o uso com reservatório, impedindo a 
dispersão de aerossóis. Lembre-se, devem ser priorizados equi-
pamentos portáteis de raios-x e/ou outros equipamentos de diag-
nóstico importantes.
Manejo inicial do paciente
Fechamento
Quando atuar na 
assistência direta aos 
casos suspeitos, ou 
confirmados, 
idealmente, trabalhar 
somente na área de 
isolamento. 
Atendimento 1:1 
sempre que possível.
Não entrar no quarto 
com objetos que 
possam servir como 
veículo de 
disseminação do vírus. 
Anotar os sinais vitais 
visualizando o monitor 
pelo vidro após 
conferir seu adequado 
funcionamento.
O transporte do 
paciente para fora da 
UTI deve ser limitado, 
a menos que seja 
clinicamente 
necessário.
Figura 28: 
Orientações para 
o manejo inicial do 
paciente. 
Fonte: 
AMIB (2020); ANZICS 
(2020), adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Para conhecer 
mais sobre as 
recomendações 
da Associação de 
Medicina Intensiva 
Brasileira (AMIB) 
para a abordagem 
da Covid-19 
em medicina 
intensiva, acesse 
o link. 
Aprofunde
http://www.amib.org.br/fileadmin/user_upload/amib/2020/abril/13/Recomendaco__es_AMIB-atual.-16.04.pdf
49
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
UNIDADE 1.5 – Diretrizes para coleta, 
manuseio e testes de amostras 
clínicas de pessoas suspeitas da 
Covid-19. Diretrizes recomendadas 
para uso prolongado e reutilização 
limitada dos respiradores 
particulados N95 em ambientes de 
assistência hospitalar 
Nesta unidade de aprendizagem você deverá reconhecer as diretri-
zes para a coleta, armazenamento e teste de amostras clínicas de 
pacientes suspeitos de Covid-19, bem como as diretrizes recomen-
dadas para o uso prolongado e reutilização limitada dos respirado-
res particulados N95 em ambientes de assistência hospitalar.
O surgimento de um novo coronavírus humano, o SARS-CoV-2, tor-
nou-se um problema de saúde global, causando graves infecções 
do trato respiratório em humanos.  As transmissões de humano 
para humano foram descritas com tempos de incubação entre 2 a 
10 dias, facilitando sua propagação por gotículas, mãos ou superfí-
cies contaminadas (BRASIL, 2020). 
Sabemos que esse vírus tem alta transmissibilidade e provoca uma 
síndrome respiratória aguda que varia de casos leves a casos muito 
graves com insuficiência respiratória. Sua letalidade varia, princi-
palmente, conforme a faixa etária e condições clínicas associadas. 
Portanto, tornam-se necessárias ações que visem minimizar o po-
tencial de contaminação de profissionais de saúde na assistência a 
pacientes suspeitos ou casos confirmados de Covid-19 (WHO, 2020).
Introdução
50
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Figura 29: 
Novas evidências 
sobre o Covid-19 
reportadas pela 
comunidade científica. 
Fonte: 
Pixabay (2020).
Para esse fim, as melhores e mais recentes evidências foram uti-
lizadas na elaboração dessa unidade de aprendizagem, incluindo 
aspectos da coleta, transporte e manuseio de amostras clínicas 
que possam conter o SARS-CoV2, além das principais recomen-
dações quanto ao uso prolongado e reutilização limitada dos res-
piradores N95 em ambientes de assistência hospitalar.
Vale ressaltar que, pela dinâmica da pandemia e da produção de 
conhecimento associada a ela, as informações podem sofrer alte-
rações conforme avance o conhecimento sobre a doença. 
Durante esta unidade utilizaremos algumas definições sobre os 
tipos de testagem e coleta de amostras que serão demonstrados 
na figura a seguir:
Conceitos Iniciais
51
Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Objetivo: identificar a presença do vírus 
em secreção nasal ou orofaríngea.
Indicação: para pessoas com sintomas 
sugestivos de Covid-19 (tosse, falta de ar, 
febre, diarreia, dores musculares, coriza, 
dor de cabeça e/ou perda de olfato.
Material de coleta: uso de cotonete para 
coleta de secreção do nariz e boca.
Tempo para coleta: a partir de 
48 horas do início dos sintomas.
Tempo de demora dos exames: 
de 2 a 3 dias úteis
Atenção: este teste não é indicado para 
pessoas assintomáticas.
RT-PCR: TESTE PADRÃO-OURO PARA 
DIAGNÓSTICO DE COVID-19
Objetivo: Identificar a presença de 
anticorpos de fase aguda (lgM) ou de 
contato prévio (lgG) com SARS-CoV-2.
Indicação: para pessoas que 
apresentem sintomas sugestivos de 
Covid-19 há mais de 7 dias, sem ter 
coletado exame prévio, ou que 
tenham resultado de RT-PCR negativo. 
Material de coleta: retirada de 
4 ml de sangue.
Tempo para coleta: a partir de 7 dias 
do início dos sintomas.
Tempo de demora dos exames: 
2 dias úteis.
TESTES SOROLÓGICOS LGG/LGM – 
DETECÇÃO DE ANTICORPOS PARA O
 NOVO CORONAVÍRUS
Figura 30: 
Testes diagnósticos 
para Covid-19. 
Fonte: 
Instituto de Pesquisa 
em Saúde (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Figura 31: 
Tipos de uso de 
respiradores N95. 
Fonte: 
Centers for Disease 
Control and 
Prevention (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Note que cada tipo de teste tem suas particularidades e deverá 
ser empregado de acordo com as características de indicação, 
material de coleta disponível e tempo desde o início dos sintomas. 
Em relação à adoção dos respiradores N95 em ambientes de as-
sistência hospitalar, existem duas situações cujas recomendações 
de uso deverão ser seguidas. 
Reutilização: Refere-se à prática de usar o mesmo 
respirador particulado N95/PFF2 para vários encontros 
com pacientes, mas removendo após cada encontro.
Uso prolongado: Refere-se à prática de usar o mesmo 
respirador particulado N95/PFF2 para encontros repetidos 
de contato com vários pacientes, sem removê-lo entre 
estes encontros com o paciente.
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Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
O uso prolongado é adequado para situações em que vários pa-
cientes são infectados com o mesmo patógeno respiratório e são 
colocados juntos em salas dedicadas ou enfermarias de hospitais. 
O uso prolongado tem sido recomendado como uma opção para 
conservar os equipamentos durante surtos e pandemias de pató-
genos respiratórios.
No caso da reutilização o respirador é armazenado entre os en-
contros com os pacientes para ser colocado novamente antes do 
próximo encontro com o paciente.
Em posse dos conceitos apresentados, seguiremos agora para con-
teúdos práticos de como aplicá-los durante a rotina de trabalho.
Todos os testes para SARS-CoV-2 devem ser realizados após avalia-
ção criteriosa dos pacientes suspeitos de infecção respiratória, ba-
seados em sinais clínicos e relacionados a fatores epidemiológicos.
Atente para os seguintes pontos que deverão ser respeitados antes 
da coleta, na figura a seguir.
Coleta e manuseio de amostras de 
forma segura
As amostras devem ser coletadas o mais rápido possível, independente-
mente do momento do início dos sintomas. Para testes de diagnóstico 
inicial para SARS-CoV-2, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) 
recomenda a coleta e o teste de amostras de trato respiratório superior.
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Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde e preparo da equipe
Realize a 
limpeza e a 
desinfeção das 
superfícies da sala 
de coleta 
imediatamente 
antes da coleta.
A coleta de 
amostras deve ser 
realizada em uma 
sala de exame normal 
com a porta fechada, 
ou quarto 
individual.
O número de 
profissionais presentes 
durante o procedimento 
deve ser limitado apenas 
aos essenciais para o 
atendimento ao paciente. 
Não é permitida a 
presença de acom-
panhante.
O profissional 
de saúde na sala 
deve usar respirador 
N95, óculos de 
proteção, luvas 
e avental 
impermeável.
1
2
3
4
Figura 32: 
Procedimentos 
de pré-coleta de 
amostras. 
Fonte: 
BRASIL (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Figura 33: 
Tipos de coletas 
adequadas para

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