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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
PÓS-GRADUAÇÃO EM gestão financeira
COPA DO MUNDO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
2018
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO FINANCEIRA
COPA DO MUNDO
O IMPACTO DA COPA NO BRASIL
Cássio Henrique de Souza - RA 7112170035-1
RIO CLARO – SP
2018
Cássio Henrique de Souza
COPA DO MUNDO
O IMPACTO DA COPA NO BRASIL
Pré-projeto de monografia apresentado como requisito básico para a conclusão da disciplina de Metodologia Científica.
Professor (a) responsável: Msc Adriana Terra Nasciutti
RIO CLARO– SP
2018
RESUMO
O presente estudo de caso diz respeito ao impacto que eventos de grande porte como a Copa do Mundo, geram para os países que os sediam; nosso estudo de caso será focado no Brasil e na última Copa do Mundo que ocorreu em 2014 no mesmo. Iremos fazer uma breve análise sobre os países que já sediaram o mesmo evento, faremos também um comparativo entre as Copas de 1950 e 2014; ambas sediadas no Brasil. E qual o impacto econômico e político que tal evento gerou ao país no seu cenário atual, analisaremos seus pontos positivos e negativos, bem como a forma como afetou a população brasileira.
Palavras- chave: Copa do Mundo, economia, impacto, política, Brasil, população. 
ABSTRACT
The present case study concerns the impact that large events such as the World Cup, generate for the countries that host them; our case study will focus on Brazil and the last World Cup that took place in 2014. We will make a brief analysis of the countries that have hosted the same event, we will also make a comparison between the World Cups of 1950 and 2014; both based in Brazil. And what economic and political impact this event has generated on the country in its current scenario, we will analyze its positives and negatives, as well as the way it affected the Brazilian population.
Keywords: World Cup, economy, impact, politics, Brazil, population.
SUMÁRIO
	1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................
	06
	
	
	2. COPA DO MUNDO – UM POUCO DE HISTÓRIA ...........................................
	09
	2.1. MEGA EVENTOS ESPORTIVOS ..................................................................
	10
	
	
	3. ECONOMIA BRASILEIRA E SEUS POSSÍVEIS IMPACTOS .........................
	13
	3.1. POLÍTICA E A COPA DO MUNDO ................................................................
	15
	
	
	4. ANÁLISE DOS IMPACTOS DA COPA DO MUNDO DE 2014 NO BRASIL ....
	20
	4.1. EMPREGOS TEMPORÁRIOS .......................................................................
	24
	4.2. ASPECTO SOCIAL ........................................................................................
	24
	
	
	5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................
	26
	6. REFERÊNCIAS .................................................................................................
	27
1. INTRODUÇÃO 
 O presente trabalho vem apresentar um estudo de caso sobre o impacto da Copa do Mundo no Brasil.
A Copa do Mundo foi criada em 1928 pelo francês Jules Rimet e organizada pela Federation International Football Association (FIFA), e é considerado o maior acontecimento esportivo do mundo.
A cada quatro anos reúnem-se as melhores seleções do mundo, antes da copa as seleções realizam eliminatórias para que as melhores equipes de cada continente participem do evento; são 32 equipes na competição que costuma durar quase um mês em um país-sede escolhido previamente.
A primeira Copa do Mundo ocorreu na cidade de Montevidéu, em 1930, contou com treze equipes participantes e o campeão foi o Uruguai, a copa não foi disputada nos anos de 1942 e 1946 em decorrência da Segunda Guerra Mundial.
A última Copa do Mundo, ocorrida em junho/2014, realizou-se aqui no Brasil, para tal foram investidos milhões em segurança, construção e reformas de estádios, e outras tantas operações que tornassem o país viável para receber um evento deste porte.
O Brasil já havia sediado a Copa do Mundo no ano de 1950, nesta época foi construído o Estádio do Maracanã, e a final da copa foi entre Brasil e Uruguai, onde o Uruguai conquistou a vitória.
A escolha do país-sede de uma Copa do Mundo é feita com pelo menos seis anos de antecedência do evento esportivo, antigamente os países americanos e europeus tinham o domínio de sede, porém a partir da década de 90 a Fifa decidiu que realizaria um revezamento entre os continentes que sediam a Copa; para que assim todos tivessem a oportunidade para tal.
Porém para sediar a Copa do Mundo o país escolhido deve seguir algumas exigências da entidade máxima do esporte (CBDeL – Confederação Brasileira de Desportes Eletrônicos), sendo a primeira delas que este país tenha no mínimo 12 campos de futebol que comportem 40 mil pessoas; além disso o país deve oferecer estrutura para comunicação, transporte, acomodação e capacidade para gerar transmissões televisivas para todo o mundo.
Como já dito anteriormente o Brasil sediou a última Copa do Mundo, em 2014, sendo esta a 20º edição da mesma, este representou os países sul-americanos.
Porém, questionou-se muito na época o montante de dinheiro investido para tal acontecimento enquanto os hospitais, a saúde de um modo geral, a educação e tantos outros setores se encontravam “carentes” de recursos e mão de obra qualificada.
Será feito uma análise dos interesses políticos também, visto que ir-se-á nos deparar com várias questões envolvendo-o durante o processo.
O foco deste estudo é o impacto que eventos desse porte geram para o país e seus mais diversos segmentos (econômico, político, turístico, etc), bem como os altos investimentos que são feitos para que o país sedie tal evento.
[...] refere-se aos conteúdos concretos, pois é, a configuração dos programas políticos, aos problemas técnicos e ao conteúdo material das decisões políticas. (FREY, 2000, p. 217)
Nota-se aqui a importância de uma gestão financeira séria e comprometida com a população, onde está possa ter garantido que suas necessidades básicas como: saúde, educação, moradia, entre outras; não sejam negligenciadas pelas autoridades políticas em prol de um evento que demandou uma grande verba; verba esta que poderia ser aplicada para outros fins. 
Para tanto faz-se necessário uma análise eficaz, para estabelecer e compreender algumas considerações sobre o planejamento desenvolvimentista e as capacidades dos governos para implementá-los.
[...] dois problemas básicos – tanto da perspectiva empírica quanto da teórica – da administração para o desenvolvimento. Primeiro, no que se refere aos fins, constata que a visão de futuro dos países subdesenvolvidos é a imagem e semelhança dos países desenvolvidos. Nesse sentido, a administração para o desenvolvimento estaria buscando mapear as diferenças e os obstáculos na conversão de sociedades tradicionais em transicionais e, sucessivamente, modernas (os países desenvolvidos). Segundo, no que se refere aos meios, constata que a forma básica de promover a capacidade de governo consiste em implementar um padrão de burocracia governamental ortodoxa, orientada para a eficiência e eficácia, refletindo um deslumbramento pela evolução das concepções de gestão dos países desenvolvidos. (MARTINS, 2004, p. 40).
O objetivo principal deste trabalho é o de identificar a intensidade, o impacto, que um evento como a Copa do Mundo gera para o país que irá sedia-la, bem como para a população brasileira. 
Não pode-se deixar de falar sobre a importância de uma análise e administração financeira comprometida, onde os riscos e infortúnios sejam pensados e analisados antes de tomadas de decisões.
Os objetivos específicos deste trabalho são:
· Entender quais as responsabilidades do país que irá sediar a Copa do Mundo;
· Analise dos pontos positivos e negativos para o país;
· Dar ênfase a importância de uma boa gestão financeira, com base em referenciais bibliográficos;
· Como cada cidade que sediou os jogos foi afetada turística e economicamente;
· Analisar os conflitos de interessepolíticos e do povo brasileiro.
Sendo assim pode-se dizer que os objetivos deste trabalho é mostrar através de fatos, com embasamento teórico, se a Copa do Mundo de 2014, sediada pelo Brasil; trouxe mais benefícios ou infortúnios para o povo brasileiro, bem como se a demanda populacional teve todas as suas necessidades atendidas ou foram negligenciadas por falta de verba pública.
[...] um processo endógeno registrado em pequenas unidades territoriais e agrupamentos humanos capaz de promover o dinamismo econômico e a melhoria da qualidade de vida da população. Representa uma singular transformação nas bases econômicas e na organização social em nível local, resultante da mobilização das energias da sociedade, explorando as suas capacidades e potencialidades específicas (SANTOS, 2006, p. 59 apud BUARQUE, 2001, p. 14).
Sendo assim a escolha do tema, Copa do Mundo – O impacto da Copa no Brasil, se deu por ser um tema de suma importância para a sociedade e para a administração pública (política); onde uma má administração dos recursos pode gerar grandes problemas para ambos e um grande impacto na economia do país.
 [...] a estratégia de desenvolvimento local pressupõe que as ações baseadas nas condições de cada localidade e região e que tratam de utilizar eficientemente as potencialidades de desenvolvimento devem ser combinadas com as políticas setoriais e regionais que propiciam as administrações centrais com o fim de fornecer a reestruturação produtiva e a mudança estrutural da economia. Portanto, de acordo com a estratégia do desenvolvimento local, as economias locais e regionais estão integradas no sistema econômico nacional e internacional e que, por conseguinte, os seus problemas são sempre problemas nacionais, devido ao fato de que os sistemas produtivos regionais e locais são componentes dos sistemas nacionais (SANTOS, 2006, p. 59).
Assim este trabalho se torna importante pois busca responder a questões da realidade da sociedade brasileira, bem como da política, buscando fazer uma análise da realidade do país, e acima de tudo mostrará que o desenvolvimento positivo do país está diretamente ligado a uma gestão financeira bem preparada e a uma estrutura política consciente.
2. COPA DO MUNDO – UM POUCO DE HISTÓRIA
A história da Copa do Mundo iniciou-se em 1928, durante um congresso da entidade quando o francês Jules Rimet conseguiu a aprovação para criar um torneio internacional.
 Como pode-se ver, é o maior evento esportivo do mundo, e realizou-se pela primeira vez no ano de 1930, o evento já foi sediado em vários países: Uruguai (1930), Itália (1934), França (1938), Brasil (1950), Suíça (1954), Suécia (1958), Chile (1962), Inglaterra (1966), México (1970), Alemanha Ocidental (1974), Argentina (1978), Espanha (1982), México (1986), Itália (1990), Estados Unidos (1994), França (1998), Coréia do Sul/Japão (2002), Alemanha (2006), África do Sul (2010), Brasil (2014) e este ano a copa será sediada na Rússia (2018).
Os únicos anos em que o evento não foi realizado foram os anos de 1942 e 1946 em virtude da Segunda Guerra Mundial. 
A Copa do Mundo de 2014 gerou uma grande expectativa para o Brasil, visto que o país nunca tinha sediado um evento esportivo deste porte, apesar de já ter sido sede da Copa do Mundo em 1950; esta não se compara a grandeza da de 2014, uma vez que se comparado o nível de investimento desta foi imensurável em relação à anterior.
Em 2014, o Brasil do futebol mais vitorioso e festejado do mundo terá encontro marcado com o Brasil que é pereba na infraestrutura, perna de pau na educação, consistente na desigualdade social e matador na corrupção. Nenhum dos dois é uma mentira, mas, naturalmente, estranham-se no espelho. (RODRIGUES, 2014).
Os gastos para sediar a Copa do Mundo refletiu diretamente no povo brasileiro, gerando pontos positivos e negativos a cerca deste evento, pode-se dizer que todo esse investimento resultou em uma melhora na infra-estrutura urbana, que é caracterizado como sendo um bem público, já que a sociedade usufrui as melhorias causadas por eles sem ter nenhuma participação direta no seu fornecimento.
Outro fator a ser avaliado diz respeito à viabilidade de se considerar a construção e reforma de estádios e arenas como bons investimentos públicos, visto que entretenimento esportivo é considerado um bem de luxo, fazendo com que países desenvolvidos tendam a atrair um número maior de espectadores.
Em contrapartida, podemos dizer que países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, apresentam gastos com infra-estruturas muito altos para se adequar a sediar um evento de tal porte, o que afeta a verba destinada a outros setores; por exemplo com o dinheiro que se foi gasto na construção e/ou reforma de estádios poderiam ser construídos inúmeros hospitais, ao ainda equipar corretamente os já existentes, entre tantas outras coisas.
Por outro lado, sediar a Copa do Mundo tem um grande potencial de transformação, visto que um evento desta grandeza pode servir de catalisador para a construção de modernos sistemas de transporte, comunicação, entre outros, que geralmente beneficiam as áreas menos desenvolvidas.
Não pode-se deixar de citar também a questão do turismo, que faz com que o capital de giro do país cresça, como o maior aproveitamento do potencial turístico do país, a melhoria da qualidade de serviços, a maior exposição de produtos e serviços, sobretudo daqueles nos quais o Brasil tenha vantagens comparativas.
Este ano de 2018 a Copa do Mundo será sedia na Rússia, onde os gastos para se adequar a receber tal evento também são altos, passando de 510 milhões de euros (R$ 1,95 bilhão).
2.1. MEGA EVENTOS ESPORTIVOS
Quando fala-se de mega eventos já associa-se a um acontecimento de grande porte, com uma logística complexa e bem estruturada, podemos dizer que tem duas características que tornam um evento “mega”: o seu forte apelo popular e sua significância internacional.
Sendo assim, pode-se dizer que a região que sedia tal evento passará por significativas alterações sócio-econômicas, além de atrair a mídia internacional e espectadores de diversas nações do mundo. 
A principal razão pela qual a Copa do Mundo atrai tanto a população (mundialmente falando), é o aspecto da competição esportiva, onde os cidadãos do mundo todo torcem por suas respectivas nações. 
Porém este estudo pretende fazer uma análise minuciosa dos fatores que envolvem este mega evento e não apenas os fatores ligados ao esporte, fazendo com que os olhares se voltem para outros aspectos; tais como:
· o Governo do país-sede, patrocinadores e investidores, cujo desembolso de fundos tem como intenção atingir recompensas como benefícios econômicos e maior reconhecimento internacional, são responsáveis pelo planejamento do evento e, inclusive, por tomadas de decisões no tocante a requerimentos para construção e reforma de estádios, hotelaria, propaganda, transmissão, relações públicas, entre outros fatores; 
· setores de atividade comercial, os quais provavelmente aumentarão suas equipes de funcionários durante as fases de planejamento, preparação e execução do evento;
· grupos de interesse locais e residentes, que serão beneficiados diretamente pelos gastos em infra-estrutura e pelo aumento do turismo da região, mas ao custo de potencial perturbação no dia a dia, em função de congestionamento do tráfego e escassez de recursos. 
· o capital investido no país para receber um evento deste porte, no caso do Brasil que apresenta precariedade em vários setores, poderia ser direcionado a melhoria e construção de novos hospitais, escolas, moradia, entre tantos outros que refletiriam no bem estar da população brasileira. 
A Copa do Mundo é organizada pela FIFA, e todos os direitos pertencem a tal, ou seja o posicionamento final a cerca do evento vem desta, incluindo qual país sediará o evento em questão.
Todos os países interessados podem se inscrever para sediar a copa, porém como em um leilão é feito uma análise de alguns requisitos para que este possa participar do sorteio final.
Os requisitosanalisados para a candidatura de um país a copa é orientado pela qualidade, ou seja, os países que tem interesse em sediar o evento apresentam um pacote de insumos (novos estádios e outras instalações) e este é avaliado pelo Comitê Executivo da FIFA.
O processo para a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo iniciou-se no ano de 2003, quando ficou decidido que algum membro da CONMEBOL sediaria o evento, na época três países foram indicados como potenciais: Colômbia, Argentina e Brasil.
 Porém em 2006, a confederação decidiu que apresentaria o Brasil como único candidato, sem nenhum concorrente só seria necessário atender às exigências da FIFA. 
Depois da visita dos fiscais ocorrida em 2007, foi anunciado que a Copa do Mundo de 2014 aconteceria em nosso país, e dois anos depois, em maio de 2009, foram anunciadas as 12 cidades que sediariam os jogos da copa; que são estes: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Curitiba, Salvador, Recife, Natal, Fortaleza, Manaus e Cuiabá. 
Fonte: http://pt.fifa.com/worldcup/destination/stadiums/index.html
Portanto pode-se disser que mega eventos esportivos são como eventos culturais de grande escala que possuem forte apelo popular e significância internacional; eles são tipicamente organizados por uma combinação variável de organizações governamentais e não governamentais.
Sendo assim resta a seguinte pergunta: será que o Brasil estava preparado, no sentindo de bem estruturado em seus diversos setores para sediar uma Copa do Mundo? 
É o que ir-se-á descobrir a seguir fazendo uma análise do país e da sua situação econômica.
3. ECONOMIA BRASILEIRA E SEUS POSSÍVEIS IMPACTOS
A promoção de grandes eventos esportivos são usados como estratégias para atrair investimentos, sendo que o benefício econômico desse evento é uma forma de justificar os altos gastos públicos.
Como percebe-se, a FIFA faz algumas imposições para que um país sedie uma Copa do Mundo, no caso do Brasil foram gastos bilhões na construção e reforma de estádios para que estes tivessem uma infra-estrutrura adequada para tal evento, além de tantos outros setores como turismo, comércio e transportes.
O Brasil é um país que se encontra em desenvolvimento, ou seja, vários setores deste ainda se encontram de forma simplória e precária, como por exemplo: saúde, educação, moradia, desemprego, entre outros.
Sob esse aspecto pode questionar como tal país sediou a última Copa do Mundo? 
A Copa do Mundo já foi sediada aqui no Brasil no ano de 1950, onde o estádio do Maracanã virou um símbolo do legado da Copa de 1950, a qual não demandou a construção ou ampliação de outros estádios, pois tirou proveito dos estádios existentes. 
Naquela época também o futebol ainda era visto como um espetáculo popular sem todo o marketing atual, porém aos poucos a Copa do Mundo foi se transformando em um megaevento que exige cada vez mais complexas estruturas, como os melhores estádios e centros de treinamentos, ampla mobilidade urbana e condições adequadas de hospedagem para os turistas.
 Com todas as exigências da FIFA, os países emergentes como a África do Sul, que sediou a Copa do Mundo de 2010, e o Brasil, que sediou a Copa do Mundo de 2014, apresentam infraestrutura insuficiente para abranger um megaevento desse porte, e precisaram mobilizar muitos recursos para ter condições de cumprir todos os requisitos, como já mencionado.
[...] os efeitos do globalização podem beneficiar ou prejudicar alguns países, regiões, segmentos, indústrias, trabalhadores, entre outros, pois esse processo não é isento de riscos e de efeitos nocivos para aqueles que apresentam algum tipo de desvantagem nesse novo cenário mundial. (MATIAS, 2007, p. 21).
O orçamento inicial para o Brasil sediar a Copa estava estimado em R$ 20 bilhões, porém de acordo com o Ministério dos Esportes, esse valor ultrapassou os R$ 30 bilhões, o que nos leva a refletir sobre a inexperiência e a falta de uma gestão financeira consciente dos políticos e governantes do país de um modo geral, pois todo essa verba poderia (e deveria) ser investida em prol das classes sociais menos favorecidas, a fim de minimizar as desigualdades sociais; da melhoria na educação pública bem como dos hospitais e saúde em geral do país.
Todo essa verba investida para realização da Copa do Mundo nos leva a uma importante reflexão sobre o que significa o esporte, pois antes quando se falava em Copa do Mundo vinha à mente uma festa popular, do povo, voltada para o entretenimento, porém deste a copa de 1994 essa visão sobre o evento vem se modificando; passou a ser vista como um evento da elite e dos turistas endinheirados. 
Em 2014, o Brasil do futebol mais vitorioso e festejado do mundo terá encontro marcado com o Brasil que é pereba na infraestrutura, perna de pau na educação, consistente na desigualdade social e matador na corrupção. Nenhum dos dois é uma mentira, mas, naturalmente, estranham-se no espelho. (RODRIGUES, 2014).
A população brasileira se dividiu muito a cerca deste fato, existem o que acreditam que a Copa do Mundo beneficiou o país por toda a infra-estrutura que trouxe ao mesmo, o giro de capital nos setores comerciais, turísticos e de transporte, vistos como um bem que ficará para uso da população brasileira.
Outra parcela viu a Copa da Mundo como um “elefante branco”, onde houve muito investimento “desnecessário”, por exemplo dificilmente alguns estádios terão uso depois do megaevento, visto que algumas cidades sede não possuem nenhum clube com expressão no cenário do futebol nacional; também acreditam que melhorias como o transporte público é uma obrigação do país de forma geral para com o povo brasileiro; e principalmente esta verba poderia ser investida em educação e saúde, dois setores que se encontram muito precários no país, tornando assim o Brasil um lugar melhor para se viver.
Também vale lembrar que os empregos gerados pela Copa do Mundo são todos temporários, passageiros, e de forma alguma sanou o problema do desemprego no Brasil; no fim os lucros sempre são absorvidos pela FIFA e por tantas outras empresas privadas, podemos usar aqui como exemplo a África do Sul, após a copa o país se viu muito endividado justamente por tratar-se de lucros temporários.
Sendo assim, analisar-se-á como os políticos brasileiros se posicionaram perante esta divisão de ideais da população e mais quais os impactos positivos e negativos de tal fato para o Brasil.
3.1. POLÍTICA E A COPA DO MUNDO
O Brasil vem passando por um cenário político muito delicado, até vergonhoso, ultimamente, onde a corrupção de anos a fio tem finalmente vindo à tona e atingido a população brasileira em diversos aspectos.
A corrupção infelizmente sempre fez parte da política brasileira o desvio de dinheiro e o superfaturamento em obras são um dos exemplos desta lamentável realidade, onde os políticos não valorizam o que é público; este é um ponto crucial que justifica o não desenvolvimento do país.
A Copa chegou ao Brasil impondo suas “leis” segundo as Leis da Fifa, passando por cima das leis do país, desmerecendo os direitos conquistados historicamente pelos brasileiros.
Na cerimônia de sorteio das Chaves da Copa das Confederações a presidenta Dilma Rousseff fez um discurso enganoso sobre a realidade do país em alguns aspectos: 
Temos a certeza de que nós nos preparamos bem para realizar um extraordinário espetáculo esportivo. Vamos mostrar, em junho de 2013, que o Brasil tem todas as condições de fazer a Copa de 2014. O Brasil, que é um país democrático, que convive em paz com todos os seus vizinhos, que tem uma economia forte, que perseguiu e conquistou a inclusão de milhões de brasileiros, que não tem uma cultura de preconceitos, nem tão pouco uma cultura de exclusão: um país que preza os direitos humanos. (Dilma Rousseff – Cerimônia de sorteio das Chaves da Copa de Confederações. Fonte: GLOBO NEWS)
Todo esse cenário onde o país se encontra atualmente leva-se a refletir sobre o investimento de milhões realizado pelo governo para que a Copa do Mundo de 2014 fosse sedia pelomesmo.
O valor gasto para que que tal evento se realizasse foi de pouco mais de 30 bilhões como já mencionado, e o Copa do Mundo é paga com dinheiro público em sua maior parte, no entanto o maior lucro fica com as empresas privadas.
Vale lembrar também que o que consumiu a maior verba foi o investimento na construção de estádios, estes apareciam mais caros a cada atualização de verba, sendo 51% mais elevado o valor do que o previsto inicialmente.
Fonte: http://esportes.terra.com.br/futebol/copa-2014/estadios-da-copa-do-mundo-ja-estao-51-mais-caros-que--%20previsto,25377e4508cfb310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html
Mediando o quadro político brasileiro, com todos os problemas ligados a corrupção e a desigualdade social, os governantes do Brasil usam a Copa do Mundo para ofuscar a população, ou seja, é durante esses eventos que leis e emendas importantes e polêmicas são votadas; como foi o caso da PEC 32, que felizmente não foi aprovada.
Também não deve-se esquecer o fato de que a Copa ocorreu em um ano de eleições, onde os futuros candidatos usaram o fato para tirar vantagens eleitorais junto à população. 
Na visão política sediar um mega evento como a Copa do Mundo tente a gerar lucros e melhorias para o país em diversos aspectos, estes só veem o lado “positivo” de tal ato.
Os políticos visão fazer outras que são visíveis, que chamem a atenção, como pontes e estradas para atrais votos, e com isso deixam de investir nos setores que realmente precisam; além de privatizarem o que antes era público.
CONFIRA COMO FICOU A ADMINISTRAÇÃO DE CADA ESTÁDIO
Como já citado, a saúde e a educação são dois segmentos que necessitam e muito de atenção e investimento, assim como o saneamento básico, que ainda é extremamente precário em vários lugares, para vários brasileiros.
Porém a realidade que se apresenta hoje, quatro anos depois, é bem diferente da visão pintada pelo governo, vive-se em um país assolado pela crise e corrupção, onde o povo brasileiro está sentindo na pele as más escolhas e falta de ética e discernimento na gestão financeira por parte dos políticos.
Fica nítido que se a verba destinada a “equipar” o país para sediar a copa fosse usado em bem feitorias vitalícias (no sentido de realmente necessárias) e porque não dizer tão mais importantes, se os políticos e o Governo como um todo tivessem feito uma análise de riscos e um planejamento financeiro consciente talvez hoje o país estivesse em outra situação.
Assim, torna-se recomendável, diante de um contexto de incertezas que o governo brasileiro adote medidas criativas na condução da política econômica [...]. Essas políticas irão permitir que o Brasil enfrente de maneira adequada nos próximos anos, os seus amplos e complexos problemas socioeconômicos, políticos e ambientais, que estão se agravando com os impactos decorrentes da crise financeira e economia mundial. (MATIAS, 2007, p.04).
Sendo assim pode-se dizer que o Governo viu a realização da Copa do Mundo de 2014 apenas com olhos políticos, voltados para suas ambições, e não pensou coerentemente na população brasileira e no impacto que o gasto para sediar tal evento iria causar ao país.
Hoje tem-se um povo descontente, que enfrenta a maior crise financeira dos últimos tempo, um povo descrente em seu governo, visto que são inúmeros os casos de corrupção que envolvem o mesmo.
4. ANALISE DOS IMPACTOS DA COPA DO MUNDO DE 2014 NO BRASIL
Como pode-se perceber a Copa do Mundo de 2014 gerou alguns benefícios como a melhoria nos meios de transporte, na infra estrutura de comércios e do turismos tais como hotéis, restaurantes, que por sua vez geraram um aumento de emprego temporário e uma falsa ilusão de capital de giro para o país; falsa pois esta é passageira.
No entanto se analisarmos atentamente, a copa não compensa para o Brasil, pois trata-se de um país em desenvolvimento, onde diversos setores requerem atenção, assistência e investimentos; e perante a verba gasta com a copa, esses setores se veem com baixo investimento por parte do Governo.
O Brasil apresenta um cenário onde grande parte de sua população não tem acesso à uma educação de qualidade, à saúde, saniamento básico, eletricidade e até mesmo água, todos esses serviços básicos são um direito do cidadão e devem, ou pelo menos deveriam, ser garantidos pelo Governo.
Os gastos com a copa são absurdamente grandes, e trata-se de um investimento secundário, visto que não é de suma importância para o bem estar da população brasileira como os itens citados acima.
Do lado da despesa você tem um forte impacto do aumento das despesas correntes, pelo menos em termos nominais pelo governo, que de um lado podemos dizer está, até certo ponto, ajudando a economia, esta colocando mais dinheiro. Mas, por outro lado, cria um flanco na área fiscal [...] então é lógico que a crise impactua diretamente o orçamento e isto está refletido nos diversos contingenciamentos que o governo vem fazendo ao longo dos anos. (FEIJÓ, 2008, p. 32)
Mediante essa análise, pode-se dizer que a verba para ser investida existe, pois foi gasta para adequar o país para sediar a Copa do Mundo de 2014, para ter-se uma ideia do que está sendo dito; vamos tomar como base um estudo feito pelo CAOI (Custo Aluno – Qualidade Inicial) que tomou como referência o valor de R$ 25,277 bilhões, estimou-se que daria para construir escolas para todos os 3,7 milhões de crianças/adolescentes de 04 à 17 anos que se encontram fora da escola atualmente.
Um país que não investe em uma educação de qualidade nunca chegará a ser um país desenvolvido, os países desenvolvidos investem seu capital nas pessoas, principalmente na educação; o que garantirá a formação de cidadãos críticos, conscientes e reflexivos.
Notavelmente, educação traz desenvolvimento econômico e social, além de gerar, num contexto micro, habilidades para o indivíduo que seriam aproveitadas tanto por ele quanto por outros ao seu redor, analisando a economia norte-americana percebe-se que a maior parte do crescimento econômico do país está associado ao chamado “capital humano”, materializado em investimentos em educação, e não no “capital físico” (investimentos em infraestrutura e indústrias). 
 Ao investir em capital humano, tem-se uma maior produtividade da massa trabalhadora, o que por sua vez, ocasiona um maior crescimento nos investimentos em educação nos Estados Unidos; portanto podemos dizer que um dos fatores cruciais para um país se tornar desenvolvido é o investimento em educação que realmente contribui positivamente para o desenvolvimento econômico do mesmo.
O Governo brasileiro poderia ter optado por investir na formação de professores, coordenadores e diretores, de proporcionar escolas bem equipadas e com uma infra estrutura moderna, onde os alunos tivessem acesso a computadores (um por aluno), e tantas outras coisas que tornariam as aulas mais interessantes e produtivas; o problema então não é a pura falta de dinheiro, mas sim a falta de uma estrutura coesa e bem definida no setor. 
Também faz-se necessário mencionar o investimento, ou no caso do Brasil a falta dele, na saúde, os países desenvolvidos gastam até quatro vezes mais com saúdo do que o nosso país; segundo estudos.
O Brasil não é o único país que faz uso do Sistema Único de Saúde (SUS), a diferença esta no valor investido por cada país para que este caminhe funcionando corretamente.
No Canadá, o investimento em saúde por habitante chega a US$ 4.641, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, este valor corresponde a 10,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país; na França, outro país com sistema universal e gratuito de saúde para toda a população, o gasto per capita é de US$ 4.508, o que equivale a 11,5% do PIB.
No Brasil, os números são bem inferiores, o gasto por habitante é de cerca de US$ 1.318, apenas 8,3% da riqueza produzida no país, os hospitais são maus estruturados, faltam remédios, equipamentos médicos como máquina de raio -x, macas, leitos, centros de tratamento intensivo (UTI); entre tantos outros, o que geram as famosas “filas de esperado SUS”, que muitas vezes estendem-se por anos e em alguns casos os pacientes chegam a falecer nas mesmas.
Frente a todas essas questões, o impacto da Copa do Mundo no Brasil é visto como sendo negativo, mais que isso como uma gestão financeira irresponsável por parte do Governo brasileiro.
Observando o gráfico acima, constata-se a diferença dos valores gastos pelo Brasil em 2014, África do Sul em 2010, Alemanha em 2006 e Coreia em 2002.
E do caos fez-se o protesto. No início manifestações pequenas, degeneraram, previsivelmente, em violência e depredação. Truculências policiais, uma vaia avassaladora contra Dilma Rousseff e manifestações com outra pauta, sobre os gastos públicos na farra da Copa do Mundo, pontuaram o estágio intermediário. Enfim protestos multitudinários tomaram as ruas de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte e de Brasília. A sequencia desafia a lógica convencional e escapa as ferramentas de tradução dos políticos, mas lança alguma luz sobre uma crise larvar, que agora, emergiu. Bem na hora em que o Palácio do Planalto preparava-se para tocar novamente uma velha canção da Copa do Mundo de 1970, o céu desabou. (DEMÉTRIO MAGNÓLIO – Protesto). 
Comparado com outras Copas do Mundo, o mega evento ocorrido no Brasil em 2014 é o que mais demandou verba, em 2002 Japão e Coreia gastaram juntos US$ 4,7 bilhões (equivalente a R$ 10,1 bilhões de reais), em 2006 a Alemanha gastou 3,7 bilhões de euros (equivalente a R$ 10,7 bilhões de reais) e em 2010 na África do Sul o custo foi de US$ 3,5 bilhões (equivalente a R$ 7,3 bilhões de reais).
A diferença de gastos é discrepante, o que torna mais evidente que não é viável realizar a Copa do Mundo no Brasil, seria mais viável em um país desenvolvido com maiores e melhores (e porque não dizer reais) condições para sediar a mesma.
4.1. EMPREGOS TEMPORAIS
Quando um país realiza obras de grande infraestrutura, especialmente construção de estádios e reformas de rodovias, a demanda de mão de obra é muito grande, o que por consequência gera os trabalhos temporários; como é o caso dos trabalhos gerados em virtude da Copa do Mundo.
Segundo o Ministério do Esporte o evento gerou aproximadamente 710 mil empregos, sendo 330 mil permanentes e 380 mil temporários durante o evento, os empregos gerados foram em sua grande maioria em micros e pequenas empresas.
Os setores mais impactados no contexto geral da Copa foram: construção, civil, alimentação e bebida, serviços prestados a empresa, eletricidade, água, esgoto, gás, limpeza urbana, serviços de informação, turismo e hotelaria.
Assim no que diz respeito ao mercado de trabalho metropolitano brasileiro, pode-se fazer algumas observações, com o investimento e os eventos provenientes da Copa houve um aumento dos empregos temporários e incremento nos postos de trabalho permanente; o que na época gerou um aumento da procura por ocupação, significando expansão da população economicamente ativa.
Porém se analisarmos o quadro nos dias atuas iremos nos deparar com um país pós- Copa do Mundo, onde o fim dos empregos temporários gerados pela construção das obras (estádios, arenas, hotéis, pousados, entre outros) aumentou o indicie de desemprego da população brasileira.
4.2. ASPECTO SOCIAL
Para o bom funcionamento e desenvolvimento de um país é de suma importância que sua administração seja séria e comprometida, uma gestão financeira consciente faz um país crescer e prosperar.
Um Governo que não pensa no seu povo, na sociedade e suas necessidades dificilmente se tornará um país de primeiro mundo, pois o país é feito pelo povo.
Neste contexto o aspecto social dos brasileiros também foi negligenciado para que o Brasil sediasse a Copa do Mundo de 2014, várias situações indesejáveis nas cidades sede como a falta de acesso a informação e de participação social nas decisões tomadas como um todo mostra mais uma vez o falta de preparo do país para sediar a Copa.
As ações políticas para que o Brasil pudesse sediar a Copa do Mundo geraram muita polêmica nas áreas de segurança, sistema de transporte coletivo e infraestrutura nas construções de estádios.
Nas cidades sedes, por exemplo, comunidades locais se viram serem removidas ou deslocadas de suas casas para que as obras pudessem acontecer atendendo os padrões impostos pela FIFA para que as pessoas pudessem chegar com tranquilidade e conforto aos estádios e suas dependências.
Estes megaeventos tem gerado efeitos negativos sobre diversos segmentos sócias, especialmente sobre aqueles que historicamente são excluídos/as, como: moradores/as de assentamentos informais, migrantes, moradores em situação de rua, trabalhadores/as sexuais, mulheres, crianças e adolescentes, comunidades indígenas e afrodescendentes, vendedores/as ambulantes e outros trabalhadores/as informais, inclusive da construção civil. As remoções e os despejos forçados destes grupos sociais são as violações mais comuns no Brasil e em outros países sedes de megaeventos. Seus efeitos perversos são particularmente ampliados através da imposição do Poder público e comitês promotores, dos eventos de um verdadeiro “estado de exceção”, instituído especialmente no contexto dos jogos, que permite a flexibilização das leis e suspensão de direitos antes e durante os jogos, ameaçando, assim, os mecanismos de defesa, proteção social, garantida e promoção de Direitos Humanos. (ZIMERMAN)
Sendo assim pode-se dizer que não apenas os setores econômicos e políticos foram afetados com a Copa do Mundo de 2014, mais o aspecto social da população brasileira como um todo; e de forma negativa em sua grande maioria.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho tratou do estudo de caso da Copa do Mundo de 2014 ocorrida aqui no Brasil e quais foram os seus impactos na sociedade brasileira nos mais variados segmentos.
Pode-se analisar os fatos e perceber que a população brasileira foi fortemente prejudicada por diversos fatores, e essa situação criou-se pela gestão ineficiente do Governo brasileiro.
Todos os setores do país foram lesados de alguma forma, sendo assim conclui-se que a Copa do Mundo ofereceu um certo destaque ao país, trouxe uma maior entrada de capital estrangeiro e gerou empregos mesmo que em sua grande parte temporários; porém o Brasil não se encontrava (e ainda não se encontra) preparado para sediar um evento deste porte, principalmente por ser um país em desenvolvimento.
Alias tal fato só fez atrasar ainda mais o desenvolvimento do país, agravando mais ainda os problemas econômicos e sociais, conclui-se então que o Brasil não precisava de uma Copa do Mundo, e sim de investimento em educação, saúde e saneamento básico.
Neste ponto ter-se-á que analisar e refletir sobre o quão importante é uma administração consciente, onde os lucros e benefícios políticos não sejam o único foco (aliás nem deveriam ser), mais sim o bem estar da população que tem por direito ter suas necessidades básicas atendidas e garantidas pelo Governo.
A Copa do Mundo só beneficiou e elite, além de ser um evento que de certa forma facilitou o superfaturamento, lavagem de dinheiro e corrupção; infelizmente.
Sendo assim, conclui-se que uma gestão melhor preparada, onde riscos e possibilidades sejam analisados previamente poderiam evitar situações como esta vivenciada pela população brasileira antes, durante e após a Copa do Mundo de 2014.
6. REFERÊNCIAS
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