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Kurt Lewin - Minorias Psicologicas

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Psicologia Social 
 
@lulu_sarto 
 
2º Bimestre
As Minorias Psicológicas: Kurt Lewin 
 
- O primeiro problema social ao qual Lewin dedica sua atenção é a psicologia 
de seu próprio grupo étnico. 
- Estuda a psicologia dos grupos minoritários 
- Dedica-se à teoria da dinâmica dos grupos 
 
Democracia e Psicologia: 
A democracia utiliza os termos minoria e 
maioria em sentidos diferentes da 
psicologia. 
Demografia – quantidade de pessoas 
Menos de 50% - minoria 
Mais de 50% - maioria 
PSICOLOGIA – Não é a quantidade (%) 
de pessoas que estão no foco da 
análise. 
Em Psicologia, um grupo é 
considerado maioria psicológica 
quando: 
 DISPÕE DE ESTRUTURAS 
 DE UM ESTATUTO 
 DE DIREITOS 
 AUTODETERMINAR-SE NO PLANO 
DO SEU FUTURO COLETIVO 
Portanto é considerado como maioria pelo 
psicólogo social, todo grupo humano que 
se percebe na posse de plenos direitos 
que dele fazem um grupo autônomo. 
Minorias Psicológicas: 
- Seu destino coletivo depende da boa 
vontade de um outro grupo. 
- Este grupo percebe-se como menor, 
isto é, como não possuindo direitos totais 
@lulu_sarto 
ou um estatuto completo que lhe 
permitam optar ou orientar-se nos 
sentidos mais favoráveis a seu futuro. 
- Estado de tutela. 
Minoria Discriminada: 
Toda minoria psicológica, é sempre 
uma minoria discriminada, pelo fato 
de sua sorte e seu destino estarem 
na dependência do grupo majoritário. 
Minoria Privilegiada: 
(Maioria Psicológica): Toda maioria 
psicológica tende a tornar-se, mais 
ou menos rapidamente, um grupo 
privilegiado. Frequentemente, as 
maiorias. psicológicas estratificam-se, 
e dentro delas uma minoria vai 
constituir-se em oligarquia e atribuir-
se ou reservar-se privilégios 
exclusivos. 
A minoria privilegiada é portanto uma 
minoria demográfica (pequena 
quantidade de pessoas) no seio de 
uma maioria psicológica que ela 
CONTROLA e MANIPULA a seu favor. 
As Minorias Judias: 
Kurt Lewin publicou 4 estudos sobre 
a psicologia dos judeus. Mas o 1º 
estudo é um esboço dos outros 3. 
 
1 – When Facing Danger 
(quando enfrentando o perigo) 
• Trata do futuro ou das 
possibilidades de sobrevivência das 
minorias judias no Ocidente. 
• “Como pode sobreviver uma 
minoria em um contexto de perseguição 
como o vivido pelos judeus?” 
• Os direitos dos judeus são 
inseparáveis de uma filosofia da 
igualdade dos homens. Os regimes 
políticos que perseguiram os judeus 
nestes últimos tempos tentaram 
sempre fazer prevalecer a teoria da 
inferioridade de certas raças e a 
superioridade da sua. 
• Para Lewin o problema judeu 
não é um problema individual e sim 
um problema essencialmente social. 
Um caso de minoria discriminada. 
O que caracteriza os grupos não 
privilegiados é que em todos os casos 
eles têm algo em comum: não 
existem senão porque são tolerados. 
• O que caracteriza os grupos não 
privilegiados é que em todos os casos 
eles têm algo em comum: não 
existem senão porque são tolerados. 
• O antissemitismo tem por 
fundamento, cada vez que se 
manifesta, a necessidade para a 
@lulu_sarto 
maioria psicológica de um BODE 
EXPIATÓRIO. A minoria privilegiada 
consegue MOBILIZAR e MANIPULAR 
para seus fins uma multidão cuja 
agressão canaliza contra uma minoria 
discriminada (minoria rejeitada, minoria 
psicológica). 
• Na medida em que os judeus 
se sobressaem, arriscam-se a ser 
perseguidos. 
 
2 – Bringing Up The Jewish Child 
(educando crianças judias) 
• Trata da educação que deveria 
receber o jovem judeu para evoluir 
normalmente. 
• Lewin compara a educação do 
jovem judeu à educação de uma 
criança adotada. O grupo ao qual um 
indivíduo pertence pode lhe dar ou 
negar, seu status social. 
• Na medida em que o grupo lhe 
dá um status social, o indivíduo se 
sente em segurança; ao contrário, se 
o grupo não lhe concede nenhum 
status sociais, torna-se fonte de 
insegurança para o indivíduo. Estas 
relacionam-se com a solidez ou fluidez 
do terreno sobre o qual o indivíduo se 
mantém, uma vez que ele pode ou 
não identificar-se com seu grupo. 
Além de ser uma fonte de proteção 
e de segurança, todo grupo 
desenvolve suas leis, seus tabus, suas 
proibições coletivas, e conforme seja 
largo ou restrito o espaço de 
movimento livre dentro dos grupos, 
o indivíduo terá maior ou menor 
facilidade de se adaptar à vida social. 
• Não é o fato de pertencer a 
vários grupos que constitui a origem 
dos conflitos, mas a incerteza sobre 
sua própria participação num grupo 
determinado. 
• Lewin sugere que, assim como 
a criança adotada se beneficia ao 
conhecer sua condição, também a 
criança do grupo minoritário deve 
conhecer o mais cedo possível o fato 
de o grupo ser objeto de vexames, 
discriminações, em uma situação não 
privilegiada. E quanto mais tardarem 
em revelar-lhe o fato, mais arriscam 
comprometer sua adaptação social. 
• A educação deve procurar 
sensibiliza-lo muito cedo ao fato de 
que a questão judia é antes de tudo 
uma questão social. 
• É necessário libertar a criança 
judia do mito de que será facilmente 
aceita pelos não-judeus se se 
sobressair. 
@lulu_sarto 
• O que constitui essencialmente 
um grupo e dele faz um todo 
dinâmico é a interdependência da 
sorte de seus membros. 
 
3 – Self Hatred Among Jews 
 (ódio de si entre judeus) 
 
• Trata dos mecanismos de auto-
depreciação que Kurt Lewin 
observara repetidas vezes em seu 
próprio grupo. 
• O fenômeno do ódio de si pode 
ser ao mesmo tempo individual, de 
grupo e social. Ódio de si (fenômeno 
individual, de grupo e social). 
• Como fenômeno de grupo: 
Afeta as relações intergrupais, ou seja 
relações entre os diversos grupos 
judeus. 
Ex: (Cada grupo judeu julga um outro 
grupo judeu por ser responsável por todas 
as desgraças que caem sobre eles.) 
• Como fenômeno individual: 
Rejeitam a si próprios, recusam 
aceitar-se como judeus e cedem a 
mecanismos de auto-acusação e de 
auto-punição. Este ódio não se 
manifesta abertamente. 
 
• Como fenômeno social: 
Apesar dos diversos graus em que o 
ódio de si se manifesta, depende 
muito mais das atitudes que cada 
indivíduo adota em relação ao 
problema das minorias do que das 
estruturas mentais ou emotivas de 
sua personalidade. 
 
• Este ódio de si é, observado 
em todas as minorias discriminadas; E 
não pode ser diagnosticado como do 
domínio da psicopatologia. 
• Quando os membros do grupo 
minoritário sentem atração e coesão 
pela causa de seu grupo, esse ódio 
tende a diminuir. 
Minorias e Minoritários 
1 - Origem das minorias 
• A própria existência de toda 
minoria só é possível, em última 
“Um indivíduo judeu tem ambições, 
alimenta e constrói projetos para logo 
descobrir que sua participação no grupo 
judeu constituirá sempre uma barreira 
intransponível à realização de seus 
projetos. Começa então a perceber e a 
considerar seu grupo como fonte de 
frustações e passa a odiá-lo. Logo chegará 
a conclusão de que sua ascensão social 
como indivíduo está ameaçada.” 
@lulu_sarto 
análise, graças à tolerância da maioria 
no meio da qual ela se insere. 
• Lewin acrescenta que a maioria 
tem sempre interesse em privar as 
minorias de todo direito e de todo 
privilégio. Mas, é sobretudo em 
período de tensão e de perigo 
coletivo que a maioria tende a 
exercer represálias contra as minorias 
(bode expiatório). 
 
2 - Constituintes das minorias 
As minorias aparecem constituídas de 
várias camadas. 
• No centro encontram-se as 
camadas mais solidificadas. Membros 
que aderem com a maior boa 
vontade às instituições, aos costumes, 
às tradições e aos sistemas de valores 
que distinguem seu grupo dos outros 
grupos. 
• Nas camadas periféricas, longe 
de serem solidificadas como as 
primeiras, são móveis e fluídas. São 
compostas por membros que 
experimentam uma AMBIVALÊNCIA 
marcante em relação a tudo que 
distinguee por isto isola seu grupo da 
maioria 
• É nas zonas periféricas que 
estão os minoritários de maior 
sucesso, aqueles que conseguiram 
sobressair-se em seu trabalho ou 
profissão, e em consequência sentem 
maior atração pela maioria. 
(Sua ilusão, segundo Lewin, consiste em 
esperar que seus sucessos pessoais 
facilitem sua aceitação por parte da maioria 
que lhe perdoará assim sua origem e sua 
identidade étnica) 
 
O Futuro das Minorias: 
• Se define em termos de 
sobrevivência. Há 3 opções possíveis 
segundo Lewin: 
1- Assimilação à maioria: é o caso 
daqueles que perdem a crença 
em sua sobrevivência e se 
dispõem a tudo para se 
assimilar a maioria. 
2- Integração com a maioria: é o 
caso daqueles que optam pela 
sua sobrevivência através da 
-integração- pela igualdade de 
direitos e privilégios. 
3- Independência: asseguram sua 
sobrevivência se emancipando-
se totalmente da maioria, para 
que assim conservem a 
integridade de sua cultura. 
• Para ele, só essas duas últimas 
minorias possuem alguma 
possibilidade de assegurar a sua 
sobrevivência.

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