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Fichamento Ilicitude Fernando Capez

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CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, volume 1, parte geral – 22 ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
p. 418
26. ILICITUDE
26.1. Conceito
É a contradição entre a conduta e o ordenamento jurídico, pela qual a ação ou omissão típicas tornam-se ilícitas.
Primeiro, deve-se verificar se o fato é típico ou não.
Não. Não interessa saber se é lícito ou não. Princípio da reserva legal se não está previsto como crime é irrelevante penalmente.
O fato é
Típico?
		Sim. 		É ilícito?	Sim, haverá crime.
Todo fato penalmente ilícito é, antes de mais nada, típico.
Um fato típico, não necessariamente é ilícito. Homicídio em legítima defesa, o fato é típico, mas não ilícito, não resulta em crime.
26.2. Antijuridicidade e ilicitude
Antijuridicidade pode ser utilizada como sinônimo de ilicitude.
Art. 21 – Parte Geral do Código Penal: “erro sobre a ilicitude do fato”, e, no art. 23, de “causas de exclusão da ilicitude”
p. 419
26.3. Diferença entre ilícito e injusto
Ilícito 
· consiste na contrariedade entre o fato e a lei. Não tem grau, ou contraria a lei ou a ela se ajusta.
Injusto 
· é a contrariedade do fato em relação ao sentimento social de justiça, é aquilo que o homem médio tem por certo, justo.
· LCP, art. 39 – associação secreta, pequenos apostadores de jogo do bicho etc. Um fato pode ser ilícito, mas considerado justo por grande parte das pessoas)
· Tem diferentes graus dependendo da intensidade da repulsa provocada pela conduta.
26.4. O caráter indiciário da ilicitude
p. 420
Fato típico contém um caráter indiciário da ilicitude.
Constatada a tipicidade de uma conduta, passa a incidir sobre ela uma presunção de que seja ilícita, afinal de contas no tipo penal somente estão descritas condutas indesejáveis.
Se um fato típico foi realizado, tudo indica que foi praticado uma conduta socialmente danosa. Todo fato típico, em regra, também será ilícito.
26.5. Exame da ilicitude: análise por exclusão
A análise da ilicitude é feita a partir da contrário sensu, se não estiver presente em nenhuma causa de exclusão da ilicitude (legítima defesa, estado de necessidade etc) o fato será considerado ilícito, passando a constituir crime.
A ilicitude nada mais é do que o estudo das suas causas de exclusão, pois, se estas não estiverem presentes, presumir-se-á a ilicitude.
p. 421
26.6. Espécies
26.6.1. Ilicitude formal
O fato é considerado ilícito porque não estão presentes as causas de justificação, pouco importando se a coletividade reputa o reprovável. 
26.6.2. Ilicitude material
Trata-se de requisito da tipicidade, daí a impropriedade de ser denominada “ilicitude” material.
Com efeito, o juízo de valor quanto ao conteúdo material da conduta, ou seja, se esta é lesiva ou não, socialmente adequada ou inadequada, relevante ou insignificante etc., não pertence ao terreno da antijuridicidade, mas ao tipo penal.
p. 422
A ilicitude é meramente formal, consistindo na análise da presença ou não das causas excludentes (legítima defesa, estado de necessidade etc.), sendo totalmente inadequado o termo “ilicitude material” (o que é material é a tipicidade, e não a ilicitude).
26.6.3. Ilicitude subjetiva

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