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ARTIGOS SEGURANÇA NO TRABALHO

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Desde os tempos mais remotos, o homem mesmo que de forma inconsciente, estava envolvido com a segurança voltada para sua sobrevivência. Prova disso, são as cavernas em que se escondia, os instrumentos de caça, as ferramentas de proteção pessoal feitas de cobre e estanho, além do fogo que servia tanto para o preparo da alimentação como também para afugentar animais.
Com o aprimoramento da ideia de sociedade e de trabalho para subsistência, o homem voltou o conceito de segurança para atividade laboral, pois notou que em alguns casos ela podia desencadear doenças e até levar a óbito. Registros do período de 1792 a 1750 a.C de uma espécie de lei, denominada Código de Hammurabi, fazem alusão dessa "consciência" de que no trabalho é preciso existir segurança para vida humana. Nesse código havia punições para os responsáveis por alguns tipos de acidentes, por exemplo: um construtor cuja obra viesse a ruína, causando a perda de vidas (trabalhadores ou moradores), este deveria ser condenado a morte.
Após a revolução industrial, a sociedade notou o valor da segurança. Nesse período ficou evidente que as relações de trabalho e novas máquinas, apresentavam grandes riscos à vida. Foi preciso que várias pessoas e crianças morressem em decorrência de jornadas extensas de 16 horas diárias, de condições insalubres e periculosas, para que se notasse a necessidade de estipular leis que assegurassem condições dignas e seguras de trabalho. Em 1802, na Inglaterra foi aprovado a primeira lei para proteção dos trabalhadores, denominada de Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes, que estabelecia carga de trabalho diária máxima de 12 horas, proibia turnos noturnos , além de obrigar que as paredes das fábricas fossem lavadas duas vezes no ano e que as instalações tivessem ventilação.
Nos dias atuais, o conceito de segurança está muito atrelado ao trabalho, ela é considerada estratégica pra produção, crescimento e desenvolvimento das empresas. As relações entre trabalhadores e empregador, deixaram de ser simples relações de trabalho, para envolverem ações de qualidade de vida ao colaborador, a empresa e a comunidade. Porém em pleno século XXI, há empregador que considere que a segurança no trabalho seja apenas mera formalidade legal.
No Brasil a segurança no trabalho, foi efetivada somente em 1966 por meio do Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes, em que se criou a FUNDACENTRO. Antes disso, havia leis do tipo que estabeleciam: idade mínima para o trabalho, salário mínimo, repouso semanal, férias, jornada de oito horas diárias, etc. Desde então novas leis de prevencionismo foram criadas com o objetivo de assegurar melhores condições aos trabalhadores. A Portaria nº 3.214 de oito de junho de 1978 aprova normas regulamentadoras (NR's) relativas a segurança do trabalho.  Abaixo, é apresentado duas indicações para que você possa ampliar seus conhecimentos. A indicação número 2 aborda as normas regulamentadoras de segurança e saúde do trabalho, já a indicação número 1, apresenta as principais NR's comentadas.
1 - CAMISASSA, MARA QUIROGA. Segurança e saúde no trabalho: : NRs 1 a 36 comentadas e descomplicadas. São Paulo: Método, 2015. Disponível em: <http://www.norminha.net.br/Normas/Arquivos/NR-1-36Comentadaedescomplicada.pdf.pdf>. Acesso em: 22 nov. 2018.
2 - GUIA TRABALHISTA.. Normas regulamentadoras: Segurança e saúde do trabalho. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nrs.htm>. Acesso em: 22 nov. 2018.
Apesar do Brasil possuir várias NR's sobre segurança no trabalho, estimasse que ocorra 1 morte a cada 4 horas por acidente de trabalho. Conforme dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, foram registrados 14.412 mortes no país entre os anos de 2012 e 2017. No ranking dos estados com mais acidentes registados está São Paulo, seguido por Minas Gerais e Rio de Janeiro (Figura 01). Mesmo com várias normas, é preciso que o governo destine verbas para que exista a devida fiscalização e divulgação de informação, caso contrário as estatísticas tendem a crescer.
Figura 01: Dados de acidentes de trabalho no Brasil.
Fonte:Segurança do Trabalho (2018).
 
RESUMO
Nesse tópico foi abordado de forma breve a história da segurança desde a época do homem primitivo; em que a segurança era voltada para sua sobrevivência, até os dias atuais em que a segurança é relacionada ao trabalho pra sua subsistência. Foi apresentado um breve panorama da situação brasileira sobre acidentes relacionados com trabalho laboral, quais as normas que o governo criou para inibir esse tipo de situação e o que ele precisa fazer para diminuir as péssimas estatísticas.
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 FREITAS, LUÍS CONCEIÇÃO. Introdução à Segurança e Saúde do Trabalho: EVOLUÇÃO DA SST. In: FREITAS, Luís Conceição. Manual de Segurança e Saúde do Trabalho. 3. ed. Lisboa: Sílabo, 2016. Cap. 1. p. 21-54.
 
SEGURANÇA DO TRABALHO: País tem uma morte a cada quatro horas por acidente de trabalho. Londrina, 6 mar. 2018. Disponível em: <https://www.folhadelondrina.com.br/geral/seguranca-do-trabalho-pais-tem-uma-morte-a-cada-quatro-horas-por-acidente-de-trabalho-1001626.html>. Acesso em: 22 nov. 2018.
 
TOTAL DE ACIDENTES DE TRABALHO NO PAÍS OCULTA REALIDADE. São Paulo. 18 mar. 2018. Disonível em:<https://www1.folha.uol.com.br/sobretudo/carreiras/2018/03/1961002-total-de-acidentes-de-trabalho-no-pais-oculta-realidade.shtml>. Acesso em: 22 nov. 2018.
Segurança do Trabalho (ST) , pode ser definida de forma simples, como sendo toda medida que seja adotada com o intuito de proteger a integridade e capacidade de trabalho dos colaboradores de uma empresa.
No Brasil a ST é norteada pela: Constituição Federal, na Consolidação das Leis de trabalho (CLT), nas Normas Regulamentadoras (NR's), decretos e convenções internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dentre estas bases, da-se destaque as Normas Regulamentadoras. Elas abordam procedimentos e requisitos relativos a segurança que empresas públicas e privadas, assim como o governo devem seguir.  Em 1978, ela Portaria nº. 3.214, foram criadas 28 normas, mas atualmente existem 36 normas regulamentadoras (Figura 01). 
Figura 01: NR's
Fonte: Sintracoop (2018).
 Para saber o que cada uma dessas NR's trata, sugere-se o material de leitura:
- CAMISASSA, MARA QUEIROGA. Segurança e saúde no trabalho: : NRs 1 a 36 comentadas e descomplicadas. São Paulo: Método, 2015. Disponível em: <http://www.norminha.net.br/Normas/Arquivos/NR-1-36Comentadaedescomplicada.pdf.pdf>. Acesso em: 22 nov. 2018.
Para aplicar as NR's de forma correta, é preciso identificar os riscos ocupacionais (Figura 02) que cada ambiente proporciona ao trabalhador. O risco ocupacional é composto por 5 grupos:
 
Grupo 1: representado pelas condições físicas do ambiente de trabalho, exemplos: ruído, calor, frio, vibração e radiações.
Grupo 2: composto por agentes químicos que podem penetrar no corpo humano por meio da pele, ingestão ou respiração, exemplos: poeiras,fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, substâncias compostas ou produtos químicos que podem prejudicar a saúde do trabalhador.
Grupo 3: são os riscos biológicos que envolvem: vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas e bacilos.
Grupo 4: abrange riscos ergonômicos como por exemplo: esforço físico, levantamento de peso, trabalho noturno, repetitividade, etc.
Grupo 5: engloba os riscos de acidentes que são causados por: máquinas e equipamentos sem proteção, fogo, explosão, armazenamento inadequado, etc.
Figura 02: Riscos ocupacionais.
Fonte: Adaptado de NR 12 sem segredos (2018).
Caso deseje conhecer o passo a passo de como elaborar uma análise de riscos, sugere-se o material:
- NR 12 SEM SEGREDOS. 3 passos para fazer uma análise de riscos e atender a NR12. Disponível em: <https://www.nr12semsegredos.com.br/riscos-ocupacionais-no-trabalho-o-que-sao-e-como-classifica-los/>. Acesso em: 22 nov. 2018.
 
SITUAÇÃO PROBLEMA
Você faz parte da equipe de ST de uma empresa que está implementando as NR's, e ficou responsável por realizara identificação dos riscos ocupacionais. Ao findar a tarefa, o que fará com essa informação?
O correto, é elaborar um mapa de riscos. Esse tipo de mapa alia o layout físico da empresa e as informações que você coletou na tarefa anterior. Ele permite determinar medidas de prevenção ou anulação dos riscos já identificados. Para saber como montar esse mapa, sugere-se o seguinte vídeo:
- COMO ELABORAR MAPA DE RISCO? Passo a Passo.. [s.i]: Segurança do Trabalho Acz, 2017. P&B. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2H_ysfGPG4U>. Acesso em: 23 nov. 2018.
A NR 5 - CIPA, determina que o mapa de riscos seja elaborado pela CIPA em conjunto com o SESMT (Figura 03). Caso a empresa não possuir SESMT ou CIPA, deve-se contratar um profissional capacitado para elabora-lo.
Figura 03: CIPA  x SESMT.
Fonte: elaborada pelo autor.
A CIPA é obrigatória para empresas com mais de 20 trabalhadores, independente do risco que possa oferecer, e seus integrantes são definidos por eleição.
Questão.
Conforme a NR 5, toda empresa privada ou pública bem como órgãos governamentais que possuam empregados em regime de CLT devem organizar uma CIPA. A respeito dela, são feitas as afirmativas:
I. Investiga causas, circunstâncias e consequências de acidentes.
II. Aciona o alarme de abandono da área em caso de incêndio.
III. Inspeciona as dependências da empresa.
Quais afirmativas estão corretas?
R: As afirmativas I e II estão corretas.
 
RESUMO
Nesse tópico foi abordado de forma breve o que é Segurança do Trabalho e em que leis ela se baseia. Apresentou-se 36 as Normas Regulamentadoras que as empresas brasileiras devem seguir (conforme seu ramo). Tratou-se também sobre mapa de risco, com que dados, como  e por quem ele é gerado.
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GUIA TRABALHISTA.. Normas regulamentadoras: Segurança e saúde do trabalho. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nrs.htm>. Acesso em: 22 nov. 2018.
 
NR 12 SEM SEGREDOS. Riscos ocupacionais no trabalho: o que são e como classifica-los?. Disponível em: <https://www.nr12semsegredos.com.br/riscos-ocupacionais-no-trabalho-o-que-sao-e-como-classifica-los/>. Acesso em: 22 nov. 2018.
 
OLIVEIRA, MARCELA FERNANDA TOME; VENTURA, AcÁcia de FÁtima. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes: CIPA. In: MOSTRA ACADEMICA UNIMEP, 6., 2008, Piracicaba. Artigo. Piracicaba: Unimep, 2008. p. 1 - 3. Disponível em: <http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/6mostra/4/108.pdf>. Acesso em: 23 nov. 2018.
 
SINTRACOOP (Paraná). Normas Regulamentadoras relativas à segurança e medicina do trabalho. 2018. Disponível em: <http://www.sintracoop.com.br/?p=61276>. Acesso em: 22 nov. 2018.
Como já visto anteriormente, a ST pode abranger várias medidas para salvaguardar a vida e a capacidade do trabalhador. Dentre essas medidas, já estudamos: 
· NR's;
· identificação de riscos ocupacionais;
· mapeamento dos riscos ocupacionais;
· a CIPA  (a respeito da CIPA, recomenda-se o vídeo:
- CIPA NR 5: O que é e para que serve? [s.i]: ProLife Saúde e Segurança do Trabalho, 2017. P&B. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2H_ysfGPG4U>. Acesso em: 23 nov. 2018.)
Agora chegou a hora de tratarmos das medidas: prevenção e combate a incêndios, EPI's e EPC.
Todo ambiente de trabalho está suscetível a ser tomado por fogo, pois este, precisa somente de 3 componentes para a combustão: combustível (papéis, madeiras, álcool), comburente (ar) e calor (lâmpadas, cigarro, maçaricos).
São várias as técnicas para prevenção de incêndio, algumas delas: armazenamento correto dos materiais de trabalho, aplicar manutenção adequada, pisos antifaísca, instalações elétricas, etc. 
A respeito da prevenção de incêndio, recomenda-se a leitura do artigo abaixo. Ele aborda sobre os itens relacionados à prevenção contra incêndio e pânico que mais são negligenciados em condomínios residenciais.
- LIBERATO, DANIEL JOSÉ DE MATOS; SOUZA, MARIA DE FÁTIMA. Levantamento dos itens relacionados à prevenção contra incêndio e pânico em edificações residenciais multifamiliares verticais em Natal. Holos,  v. 6, n. 31, p.484-501, nov. 2015. Disponível em: <http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/2382/1244>. Acesso em: 23 nov. 2018.
 
SITUAÇÃO PROBLEMA
Todos sempre ouvimos o ditado que "prevenir é melhor do que remediar". Porém mesmo aplicando as técnicas de prevenção, existe a possibilidade, de ocorrer um incêndio. Mas o que fazer? Deve-se esperar os bombeiros chegar no local?
Quando o incêndio já está instalado, pode-se empregar algumas técnicas para minimizar as chamas enquanto o bombeiro está a caminho. Uma delas é utilizar extintores (Figura 01), mas é preciso  ter conhecimento da finalidade de cada tipo. Outra opção é o uso de hidrantes e chuveiros automáticos que conectados a reserva técnica conseguem vazão por até 60 min.
Figura 01: Extintores x classes de fogo.
Fonte: Royale Engenharia (2018).
Existe também a opção da brigada de incêndios, sendo que eles podem atuar tanto na prevenção quanto no combate. Sobre a brigada recomenda-se o vídeo:
- NORMA ABNT 14.276/2006. Brigada de incêndio, requisitos e principais tópicos. [s.i]: Segurança do Trabalho Acz, 2017. P&B. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=2H_ysfGPG4U>. Acesso em: 23 nov. 2018.
Outra medida importante para a ST, é o uso de equipamentos de proteção, tanto individuais (EPI) quanto coletivos (EPC).
O emprego de EPI, é imposto pela NR 6 com objetivo de proteger a integridade física e psíquica do trabalhador, diminuindo os riscos de acidentes. É obrigação do empregador fornecer, controlar e disciplinar seu uso, o não  cumprimento do uso, implica em ações de responsabilidade civil e penal. No mercado existem vários tipos de EPIs, e devem ser usados de acordo  com os riscos existentes no local de trabalho. Os mais comuns  são apresentados na Figura 02.
Figura 02: EPI.
Fonte: WS Soluções Corportativas (2018).
A respeito da importância do uso de EPI, sugere-se a leitura do artigo abaixo. Ele trata sobre o reconhecimento da importância do uso de EPI, sobre a ótica de pessoas que passaram por acidentes de trabalho que as levaram a ficarem internadas na unidade de queimados.
- MARTINS, Caroline Lemos et al. Equipamentos de proteção individual na perspectiva de trabalhadores que sofreram queimaduras no trabalho. Revista de Enfermagem da Ufsm, [s.l.], v. 3, p.668-678, 12 mar. 2014. Universidad Federal de Santa Maria. http://dx.doi.org/10.5902/2179769211060. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/11060/pdf>. Acesso em: 23 nov. 2018.
Os equipamentos de proteção coletiva (EPC), é a primeira forma de reduzir riscos no ambiente de trabalho, isso porque é usado para diminuir os riscos para o conjunto de trabalhadores. Como exemplo de EPCs tem-se: guarda-corpo, escadas com corrimão, telas de proteção, cabine biológica, etc. Partes da NR18, também descrevem alguns EPCs como por exemplo o comumente chamado bandejão que fica em volta dos prédios para o risco de queda, e a linha de vida. Na Figura 03 apresenta-se exemplo de uso.
Figura 03: Uso de EPC
Fonte: Corais (2018).
Questão.
Qual equipamento de proteção é empregado quando há riscos do tipo: impactos de partículas sólidas ou líquidas, poeiras, neblinas, radiação luminosa e fumaças?
a) Óculos de proteção.
b) Máscara com filtro.
c) Telas de proteção.
d) Kit de primeiro socorros.
e) Cabine biológica.
R: Óculos de proteção.
 
 
RESUMO
Nesse tópico foi recapitulado algumas das medidas que fazem parte  da Segurança do Trabalho e apresentadas novas medidas: prevenção e combate de incêndio, EPI e EPC.  Nas indicações de vídeo, você poderá ter ideia de como funciona a CIPA e a brigada de incêndio. Nas recomendações de leitura, você terá a oportunidade de ler sobre quais as negligencias comuns em condomínios residenciais no quesito prevenção de incêndio e outro artigo sobre a importância do EPI para evitar acidentes de trabalho que levem a queimadura.
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORAIS. O que é um EPC? Disponível em: < http://www.corais.org/node/96855>. Acesso em: 23 nov. 2018.MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Curso Técnico em Segurança do Trabalho: Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e Equipamentos de Proteção Individual (EPI).. Rio Grande do Norte: Equipe Sedis, 2009. Disponível em: <http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_amb_saude_seguranca/tec_seguranca/seg_trabalho/291012_seg_trab_a10.pdf>. Acesso em: 23 nov. 2018.
ROYALE ENGENHARIA. Quais são os tipos de extintores? Disponível em: <http://www.engenhariagoiania.com.br/tipos-de-extintores-de-incendio/>. Acesso em: 23 nov. 2018.
WS SOLUÇÕES CORPORATIVAS. Por que usar EPI’s? Disponível em: <https://www.ws.com.br/noticias/por-que-usar-epi-s/index.html>. Acesso em: 23 nov. 2018.
Administração, Ciência do Ambiente e Segurança do Trabalho
As empresas industriais estão sendo desafiadas a encontrar novas formas de organização e administração do processamento de produtos e serviços que atendam às exigências de qualidade, segurança e as questões ambientais e de saúde.
Gestão Integrado de Qualidade, Segurança, Meio-Ambiente (SGA) e Saúde (QSMS), com o seguinte objetivo: “Fornecer, aos clientes, produtos e serviços de qualidade, buscando a sua satisfação, atuando sempre de modo seguro, saudável e com responsabilidade ambiental”.
Tais procedimentos vêm de encontro com a realidade da importância de estar alinhado com a Qualidade como um todo e proporcionando assim um diferencial competitivo tangível e visível aos funcionários, ao mercado e a sociedade.
A integração entre os sistemas é importante para a empresa, pois na unificação dos esforços em termos de mão de obra, redução os custos de manutenção de distintos sistemas é que é permitido iniciar um processo sistêmico para os gestores da empresa.
Destaca-se que este é um processo que precisa de um monitoramento contínuo, que deve ser patrocinado e estimulado pela alta administração da organização, com o objetivo que todos os colaboradores assimilem e coloquem em prática no seu ambiente de trabalho, diariamente.
Este processo precisa fazer parte do desempenho diário, de todos e não simplesmente um cumprimento de normas e procedimentos. Não correr-se o risco de um engessamento da organização, mas construir um processo dinâmico e evolutivo.
· 1. Introdução
Qualidade, Segurança, Saúde, Meio-Ambiente e Ergonomia são conceitos fundamentais que foram sendo desenvolvidos por especialistas, e incorporados a gestão das empresas com métodos e abordagens singulares e de forma dispersa e heterogênea. As empresas têm ampliado a gestão sobre os seus negócios, não focando somente o produto, mas atentando para os seus colaboradores, para a sua saúde física e proporcionando condições de trabalho em ambiente seguro.
As práticas difundidas na empresa proporcionam condições operacionais de trabalho eficaz, podem ser absorvidas pelas pessoas, tem aplicação praticas, na vida diária, alcançando também a mão de obra terceirizada, e proporcionando o bem estar multiplicando-se para toda a sociedade.
A necessária conscientização das organizações com o meio-ambiente tem levado as empresas a adotar uma atitude pró-ativa ou compulsória, com o objetivo de realizar investimentos, visando compensar e minimizar o impacto causado no meio ambiente, na execução das suas atividades operacionais.
A qualidade dos produtos comercializados, certificados pelas normas reguladoras proporcionam para as empresas oportunidades de atuarem em mercados extremamente competitivos, dinâmicos e cada vez com maior grau de exigência, proporcionando uma vantagem competitiva em relação aos novos entrantes do setor, além de promover a permanência mercado internacional, altamente competitivo. (Frozini, 1995)
Os mercados financeiros mundiais oferecem melhores condições e taxas quando a organização candidata a obtenção de financiamentos adota práticas e participa de projetos que visam minimizar o impacto ambiental.
 
2. Desenvolvimento
Considerar gestão isolada dos sistemas de Qualidade, Segurança, Meio-Ambiente e Saúde, representa uma série de desvantagens para a organização podendo dar origem a um sistema de gestão demasiado complexo, confuso. Acrescido aos aspectos de que a manutenção isolada dos sistemas representa custo, alocação de pessoal para atender os requisitos de cada sistema.
O sistema integrando a Gestão da Qualidade, Segurança, Meio-Ambiente e Saúde, uma vez implantado corretamente, minimiza e aperfeiçoa processos e componentes de vários sistemas. Criar um único sistema de gestão, centrando as atenções para um conjunto único de procedimentos, que associam as áreas de interesse. Estes princípios são também aplicados nas atividades fora do trabalho.
O QSMS busca garantir a eficácia da organização, com redução simultânea dos riscos associados à sua atividade e redução dos respectivos impactos ambientais.
Para a organização, qualidade é a capacidade de um conjunto completo de características inerentes do produto, sistema ou processo em atender aos requisitos do cliente e outras partes interessadas, com as características físicas, sensoriais, comportamentais, temporais, ergonômicas e funcionais.
Assim, espera-se que a integração da gestão de QSMS, proporcione:
· Processos de QSMS integrados;
· Uma única política de QSMS;
· Auditorias internas e externas integradas de QSMS;
· Documentação para QSMS;
· Análise crítica integrada de QSMS;
· Definição dos objetivos de QSMS.
Ao implantar a gestão integrada de QSMS, a organização tem os seguintes objetivos:
· Aumentar a satisfação das partes interessadas;
· Aumentar a capacidade de fornecer produtos que atendam aos requisitos dos clientes;
· Eliminar e reduzir riscos à saúde e segurança;
· Eliminar ou reduzir impactos ambientais.
 
A fim de garantir os resultados do cumprimento dos objetivos traçados, a organização deve desenvolver um sistema de acompanhamento e medição de um conjunto de indicadores integrados, dentre os quais, destacam-se:
CPED - Cumprimento do prazo de entrega;
IAS - Índice de Atos Seguros;
IEA - Índice de Emissões Atmosféricas;
IEH - Índice de Efluentes Hídricos;
Índice de Resíduos;
ISC - Índice de Satisfação dos Clientes;
ISE - Índice de Satisfação dos Empregados;
Lucro Líquido;
Mídia Impressa;
Realização PCMSO e
TFCA - Taxa de Frequência de Acidentes.
 
A Base Integrada da Qualidade
As ferramentas de Qualidade evidenciados pela organização e a preocupação com o Meio-Ambiente, o bem-estar dos seus colaboradores tem propiciado a integração dos Sistemas de Gestão:
FROSINI & CARVALHO (1995) conceitua um sistema de gestão como o conjunto de pessoal, recursos e procedimentos, dentro de qualquer nível de complexidade, cujos componentes associados interagem de uma maneira organizada para realizar uma tarefa específica e atingem ou mantém um dado resultado.
No conceito de CHIAVENATO (2000), o sistema é um conjunto de elementos interdependentes, cujo resultado final é maior do que a soma dos resultados que esses elementos teriam caso operassem de maneira isolada.
Os objetivos podem ser alcançados quando da adoção de um método de análise e solução de problemas, para estabelecer um controle de cada ação. Há diversos métodos sendo utilizados atualmente. A maioria deles está baseada no método PDCA – Plan, Do, Check, Act, que se constitui em um referencial teórico básico para diversos sistemas de gestão.
A figura 1 apresenta o processo do ciclo do PDCA, no qual:
· Planejar (P - Plan) - Estabelecer objetivos e processos;
· Fazer (D - Do) - Executar os processos;
· Verificar (C – Check) - Monitorar / Medir Processos e produtos (requisitos produtos);
· Agir (A – Act) - Agir para melhorar continuamente o desempenho dos processos.
                                            
Sistemas de Gestão da Qualidade
A preocupação com a qualidade, no sentido mais amplo da palavra, começou com Walter. A. Shewhart, estatístico norte-americano que, já na década de 20, tinha um grande questionamento com a qualidade e com a variabilidade encontrada na produção de bens e serviços. CARVALHO & PALADIN (2005), relatam que Shewhart propôs o Ciclo PDCA (Plan, Do, Check e Action), método essencialda gestão da qualidade, que foi melhorado e difundido em conjunto com W. Edwards Deming.
No entendimento de OLIVEIRA (2004), a evolução da qualidade passou por três fases marcantes, que são elas: Era da inspeção, a era do controle estatístico e por último a era da qualidade total.
Qualidade, enquanto conceito é um valor conhecido por todos e, no entanto, definido de forma diferenciada por diferentes grupos ou camadas da sociedade, ou seja, de caráter espontâneo e intrínseco a qualquer situação MARSHALL (2006). Nos relatos do mesmo autor, a percepção dos indivíduos é diferente em relação aos mesmos produtos ou serviços, em função de suas necessidades, experiências e expectativas.
Da gestão da qualidade total depende a sobrevivência das organizações que precisam garantir aos seus clientes a total satisfação com os bens e serviços produzidos, contendo características intrínsecas de qualidade, a preços que os clientes possam pagar, e entregues dentro do prazo esperado.
Para PALADIN (2004), o ápice da Gestão da Qualidade tem como indicativos claros dos resultados através do grau de fidelidade do consumidor e a possibilidade de transformar clientes em consumidores. Sendo que é fundamental atender e, preferencialmente, exceder às expectativas dos clientes. A obtenção da qualidade total parte de ouvir e entender o que o cliente realmente deseja e necessita, para que o bem ou serviço possa ser concebido, realizado e prestado com excelência.
Escolher o sistema de gestão de qualidade para a criação do Programa da Qualidade deve levar em conta duas perspectivas principais: a estratégia da empresa e as competências para a melhoria contínua.
Denota uma exigência fundamental: que se desenvolvam competências para a melhoria contínua. Gerenciar esse processo efetivamente depende em ver a melhoria contínua não como um estado binário ou uma atividade de curto prazo, mas a evolução e a agregação de um conjunto de rotinas comportamentais básicas dentro da empresa.
 
 
Certificações de conformidade ISO 9001
A ISO é a organização com a maior representatividade na emissão de normas internacionais de âmbito global. Tem, em sua origem o objetivo de facilitar a coordenação internacional e a unificação de padrões técnicos, porém atualmente está ligada também à normalização de padrões de gestão, com alta repercussão econômica e social, tendo impacto não somente no setor de produção de bens tangíveis, mas também na área de serviços, contribuindo para a sociedade como um todo, principalmente nos aspectos de segurança e atendimento às exigências legais.
Conforme FROSINI & CARVALHO (1995), ISO não é uma sigla, e sim um nome. Como “International Organization for Standardization” pode ser abreviada de diversas formas, em diversos idiomas (OIN em português, IOS em inglês, OIN em francês etc.), optou se por utilizar uma palavra curta e simples, derivada do grego isos, que independente do idioma poderia preservar seu significado (International Organization for Standardization).
A ISO 9001 é um conjunto de requisitos que tem como objetivo orientar as empresas no sistema de gestão da qualidade, com o objetivo de satisfazer os clientes, buscar a melhoria contínua e assegurar a competitividade da empresa. Esta norma pode ser aplicada a qualquer tipo e porte de empresa.
A NBR ISO 9001 não especifica requisitos para bens ou serviços os quais serão comprados.
Cabe à empresa definir, tornando claras as suas próprias necessidades e expectativas para o produto. Sua especificação pode ser feita através da referência a uma norma ou regulamento, ou mesmo a um catálogo, bem como a anexação de um projeto, folha de dados, etc.
 
Sistema de Gestão Ambiental – SGA
O Sistema de Gestão Ambiental consiste em um conjunto de atividades planejadas, formalmente, que a empresa realiza para gerir ou administrar sua relação com o meio ambiente. É a forma pela qual a empresa se mobiliza, interna e externamente, para atingir e demonstrar um desempenho ambiental correto, controlando os impactos de suas atividades, produtos e serviços no meio ambiente.
 
Política ambiental da organização
A política ambiental é uma declaração da empresa e o seu "termo de compromisso ambiental". O compromisso ambiental da empresa deve considerar aspectos adequados ao seu porte. A natureza de suas atividades, às tendências ambientais do mercado em que atua, além de levar em conta as características específicas da sua região.
A Política Ambiental deverá atender às seguintes exigências:
· Planejamento - Implantação e operação -Monitoramento e ação corretiva
· Análise crítica pela administração – Melhoria contínua.
· Ter compromisso com a melhoria contínua;
· Explicitar compromisso com o atendimento aos requisitos legais;
· Ser documentada e comunicada a todos;
· Ser compatível com outras políticas e normas internas (qualidade, saúde do trabalhador e segurança);
· Incluir um compromisso com a prevenção da poluição;
· Revista ao final de cada ciclo;
· Imutável dentro do ciclo.
 
Planejamento
O planejamento é um conjunto de etapas importantes para a implantação, operação e manutenção do SGA na empresa, que visa atingir os objetivos e as metas definidas na política ambiental. Deve conter, no mínimo, os seguintes itens:
· Identificação dos aspectos ambientais da empresa;
· Identificação dos requisitos legais corporativos;
· Estabelecimento de indicadores internos de desempenho ambiental;
· Estabelecimento de objetivos e metas alinhados com o compromisso ambiental;
· Elaboração de planos e programas de gestão para o cumprimento dos objetivos e metas estabelecidos.
 
Para identificação dos aspectos ambientais, levam-se em consideração  as atividades  e tarefas do processo produtivo, incluindo todas as entradas e saídas do processo produtivo.
Devem-se identificar aspectos ambientais associados às atividades:
Emissões atmosféricas; Efluentes líquidos; Resíduos; Contaminação da terra; Impacto nas comunidades; Uso de matéria-prima e de recursos naturais; Outras emissões ambientais.
 
Implantação e operação
É na implantação do programa de gestão ambiental em que todas as atividades necessárias para garantir que os objetivos ambientais da empresa sejam atingidos, devendo garantir principalmente:
· Estrutura e Responsabilidades - A definição das pessoas sejam responsáveis pelos objetivos ambientais (QUEM do item planejamento), que tenham a autoridade e os recursos necessários para a realização das suas atividades (O QUE É PRECISO do item planejamento);
· Treinamento, Conscientização e Competências - Que todas as pessoas que executam tarefas que podem criar impactos ambientais sejam treinadas sobre a importância e operação do SGA, sobre os impactos ambientais que suas tarefas podem causar ao meio ambiente e como agir em situações de emergências, evitando prejuízos ao meio ambiente;
· Comunicação;
· Documentação e Controle de Documentos - Que os documentos sejam elaborados, aprovados e alterados por pessoas com conhecimento e autoridade, não podendo existir documentos desatualizados na empresa e todas as pessoas devem ter acesso aos documentos necessários para a execução de suas tarefas;
 
 
4. Bibliografia utilizada
ABNT / ISO, NBR ISO 14004 – Sistemas de Gestão Ambiental – Diretrizes Gerais Sobre Princípios, Sistemas e Técnicas de Apoio, Rio de Janeiro, 1996.
CARVALHO, Marly M. PALADIN, Edson P. Gestão da Qualidade: Teorias e Casos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
CHIAVENATTO, I. Introdução á Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
DEMING, W. E. Qualidade: A Revolução da Administração. Rio de Janeiro: Saraiva, 1990
Documentos Orientativos sobre Certificação ISO 9001:2000, disponível em
<www.inmetro.gov.br/qualidade>, acesso em 05/08/2011.
FONSECA, Elton L. Benefícios do Sistema Integrado de Gestão ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001, São Paulo, Revista Meio Ambiente Industrial, Ed. 51. 2004.
FROSINI, L. H., CARVALHO, A. B. M. Segurança e Saúde na Qualidade e no Meio Ambiente, in: CQ Qualidade, nº 38, p. 40-45, São Paulo, 1995
MARSHALL Jr. Isnard. Gestão da Qualidade. Rio de Janeiro:Editora FGV, 2006.
OLIVEIRA, Otávio. Gestão da Qualidade: Tópicos avançados. São Paulo: Pioneira, 2004.
Revisão ISO 9001:2008, disponível em www.vanzolini.org.br, acesso em 05/08/2011.
Documentos Orientativos sobre Certificação ISO 9001:2000, disponível em
<www.inmetro.gov.br/qualidade>, acesso em 05/08/2011.

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