Aula 1 Noções Básicas do Ambiente Digital

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Projeto Assistido por Computador
Aula 1: Noções Básicas do Ambiente Digital
Apresentação
O avanço tecnológico permitiu uma melhora nas ferramentas de projetos, antes feitos à mão com pranchetas, réguas T
etc., mas agora a maioria deles realizados com o auxílio de monitores, computadores, teclados e mouses, os quais são
cada vez mais exatos, precisos e de fácil visualização. Todo esse instrumental facilita o trabalho do projetista, mas não lhe
garante a qualidade do projeto como um todo, e sim a otimização do tempo, uma melhor qualidade de imagem, a
possibilidade de uma in�nidade de repetições e outros facilitadores que tornam hoje a utilização de computadores para a
atividade projetual não mais um luxo, mas um recurso econômico sem antecedentes.
Quando pensamos em iniciar um projeto com ferramentas computacionais, temos de lembrar que, ao contrário do
desenho técnico feito à mão, usar um programa exige outra forma de pensar e fazer o projeto. O computador permite
copiar elementos, criar rotinas, gerar desenhos, cotas, renderizações, criar modelos 3D, criar �lmes e muito mais –
recursos esses que, antes, não existiam. Diante dessa nova realidade, podemos lançar mão desses facilitadores para
ganhar tempo e qualidade nos projetos.
Objetivos
Descrever a importância dos sistemas informatizados na Engenharia, Arquitetura e em áreas a�ns;
Ilustrar como é possível tornar a elaboração de projetos e desenhos muito mais produtiva.
1. Premissa
Começar um projeto é como começar a escrever um livro: o fato de sabermos escrever não nos torna escritores; também
o fato de sabermos os comandos de um programa de desenho não nos torna bons projetistas.
Então, para um bom desenho técnico, não basta saber utilizar adequadamente as ferramentas de desenho de um
programa; devemos saber sobre o que vamos projetar.
Saber se expressar na forma escrita, falada ou grá�ca, como é o
caso de um projeto, é o que torna a comunicação entre o emissor e
o receptor um valor econômico no ambiente da Engenharia.
Assim como um relatório escrito de maneira errada ou uma frase malformada, um projeto pode di�cultar o entendimento.
Não importa se a escrita é feita em um programa de edição de texto ou se a comunicação verbal se dá com belas
palavras; o que vale é a clareza na comunicação. Da mesma forma, independentemente se o projeto for realizado em um
programa de computador ou não, ele será bom se transmitir com �delidade a ideia do emissor. A ferramenta pode ajudar
no processo, mas não mais que isso.
O avanço tecnológico permitiu melhoras nas ferramentas
de projetos, antes feitos à mão com pranchetas, réguas T
etc., mas agora a maioria deles realizados com o auxílio
de monitores, computadores, teclados e mouses cada
vez mais exatos, precisos e de fácil visualização.
Atenção
Todo esse instrumental facilita o trabalho do projetista, mas não garante a qualidade do projeto, e sim uma otimização do
tempo, uma melhor qualidade de imagem, a possibilidade de uma in�nidade de repetições e outros facilitadores que tornam
hoje a utilização de computadores para a atividade projetual não mais um luxo, mas um recurso econômico sem
antecedentes.
Quando pensamos em iniciar um projeto com ferramentas computacionais, temos de lembrar que, ao contrário do
desenho técnico feito à mão, usar um programa exige outra forma de pensar e fazer o projeto.
O computador permite copiar elementos, criar rotinas, gerar desenhos, cotas, renderizações, criar modelos 3D, criar �lmes
e muito mais – recursos esses que não existiam. Diante dessa nova realidade, podemos lançar mão desses facilitadores
para ganhar tempo e qualidade nos projetos.
Nesta unidade, veremos noções básicas desse novo ambiente, dessa nova maneira de pensar o projeto, criando
facilitadores e rotinas para dinamizar o tempo, sem deixar de manter a qualidade desejada.
 Fonte: Shutterstock
Para começarmos, observe a Figura 1.1, referente ao desenho de um cilindro no AutoCAD .
Antes de apresentarmos a tela de trabalho, os menus e seus principais comandos, vamos mostrar como o princípio do
desenho informatizado deve ser repensado quando estamos no ambiente digital.
Com o mouse, poderíamos desenhar manualmente o cilindro, como se a tela do AutoCAD fosse uma prancheta, e, com
algumas construções geométricas depois, teríamos a forma dada. Porém, podemos começar a pensar direto, tal como
funciona no desenho informatizado, que é baseado em primitivos básicos. Entender o desenho é importante para
visualizar e otimizar formas de desenhar e projetar mais rapidamente.
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 Figura 1.1 Um retângulo revolucionado pelo eixo da sua borda longitudinal pode gerar um cilindro. Um círculo extrudado pelo seu eixo no sentido do seu plano também gera
um cilindro, sem a necessidade de muitos traços ou construções geométricas. / Fonte: Os autores (2019).
Com poucos comandos, podemos fazer o cilindro como ele é na terceira dimensão. Já usando comandos manuais, com
construções similares a réguas, compassos etc., é possível chegarmos a uma imagem parecida, porém não um objeto em
3D; não teríamos como ver o objeto de outras formas.
Essa visão espacial é importante para o projetista se ele quiser
ganhar tempo nos projetos.
Veja, a seguir, quantas �guras espaciais são geradas por um retângulo, que, muitas vezes, não é “visto” nem entendido
pelos iniciados na arte de usar a ferramenta computacional para fazer projetos (Figura 1.2).
 Figura 1.2 Um retângulo revolucionado por diversos eixos, gerando objetos que, sem atenção, não seriam entendidos como iniciados por esse retângulo revolucionado.
Fonte: Os autores (2019).
De início, é necessário saber o objetivo do projeto, quem fará a leitura da planta e a �nalidade dela. Isso muda a forma de
desenhar, detalhar e apresentar o projeto.
Exemplo
Se o propósito é mostrar ambientes, sem buscar muitas informações nem detalhes, em duas dimensões apenas, basta uma
planta à mão ou no AutoCAD (Figura 1.3). A diferença não será muito grande, apenas na velocidade do desenho e na
praticidade da sua continuidade.
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 Figura 1.3 Uma planta feita à mão e uma feita em AutoCAD . Fonte: montesuacasa.com.br.®
Quando buscamos fazer modelagens mais complexas, desenhos em 3D, detalhes técnicos e projetos executivos, a
diferença se torna marcante. Cada desenho manual consome muito tempo, e qualquer mudança no projeto nos obriga a
recomeçar o desenho, enquanto o meio digital possibilita a alteração de todas as pranchas automaticamente.
Assim, o conceito de CAD (do inglês, Computer ss, ou Desenho
Auxiliado pelo Computador) é uma ferramenta que ajuda arquitetos
e engenheiros a criarem desenhos e projetos.
Seria, para um escritor, a evolução da máquina de escrever para um editor de texto como o Word .
No entanto, recentemente se introduziu um conceito novo, que vem sendo considerado como a próxima geração de CAD:
trata-se do BIM (do inglês, Building Information Modeling, ou Modelagem de Informação da Construção).
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A diferença básica é que no BIM os elementos de projeto estão
associados a dados e informações. Nesse sistema, tudo pode ser
calculado, orçado e planilhado, gerando muitas informações que um
sistema CAD não consegue gerar.
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Nosso objetivo, porém, é ensinar o CAD, uma ferramenta que deve ser entendida e usada antes de entrarmos no conceito
de BIM.
 Fonte: Shutterstock
 2. Ambiente de Trabalho
O AutoCAD é um software do tipo CAD, o mais utilizado
no mundo, desenvolvido e comercializado pela Autodesk,
Inc desde 1982.
Ele permite criar ambientes bidimensionais (comprimento
e largura) e tridimensionais (perspectivas, �lmes) no
computador. Desse modo, o aluno consegue visualizar a
forma e o espaço, os materiais, as texturas, as cores, as
luzes e as sombras.
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Ele pode ser baixado por estudantes gratuitamente pelo site Autodesck.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Saiba mais
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Conheças as teclas de controle e de função do programa.
Comentário
As principais extensões de arquivosde trabalho do AutoCAD são o DWG e o DXF. O AutoCAD ainda permite a entrada e
saída de arquivos de imagens raster, ASCII, e outros softwares CAD e GIS.
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As ferramentas contidas no AutoCAD são autoexplicativas. O próprio programa trabalha junto a você, gerando lembretes
que aparecem no command line, uma barra horizontal no canto inferior da tela (Figura 1.4), que mostra qual sequência de
comandos o programa obedece (chamada de prompt).
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 Figura 1.4 Tela de trabalho do AutoCAD 2016. Fonte: Os autores (2019).®
A leitura constante no prompt de comando do software leva o pro�ssional
a adquirir domínio sobre o programa.
O AutoCAD 2016 traz uma tela (new tab), na qual o usuário pode iniciar um projeto novo, clicando em Start Drawing, ou
trabalhar em um projeto anterior, escolhendo-o na coluna Recent Documents (Figura 1.5). Além disso, pode conectar-se ao
Autodesk 360 ou enviar feedbacks.
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 Figura 1.5 Tela inicial do AutoCAD . Fonte: Os autores (2019).®
O sistema Ribbon funciona de forma similar ao utilizado atualmente em pacotes da linha O�ce da Microsoft . Nele, os
comandos estão divididos em painéis de mesma função (Desenhos, Modi�cações, Anotações etc.), que, por sua vez,
estão divididos em abas. Clicar em um dos ícones corresponde a inserir um comando na Caixa de Comando (Figura 1.6).
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 Figura 1.6 Interface Ribbon do AutoCAD 2016. Fonte: Os autores (2019).®
A caixa de comando é o local de interatividade entre o usuário e os procedimentos computacionais do programa. É por
meio dela que o AutoCAD “conversa” com o usuário (Figura 1.7). Ao inserir um comando, inicia-se um diálogo com o
programa, em que o AutoCAD pede informações necessárias para a execução daquela função, por exemplo.
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 Figura 1.7 Caixa de comando e diálogo do comando Circle. Fonte: Os autores (2019).
É importante sempre estar atento ao conteúdo mostrado na Caixa de
Comando, pois ela pode tanto pedir informações quanto expor opções
O AutoCAD é dividido em duas grandes áreas:
dentro do mesmo comando.
Essas opções aparecem entre colchetes – [ ] – e podem ser selecionadas digitando-se a letra que estiver maiúscula (nem
sempre é a inicial). Também chamada de prompt.
A Barra de Status situa-se na parte inferior do programa, abaixo da Caixa de Comando (Figura 1.8), e contém botões
referentes ao funcionamento do AutoCAD , que podem estar ligados (em azul) ou desligados (em cinza).®
 Figura 1.8 Barra de Status. Fonte: Os autores (2019).
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Clique nos botões para ver as informações.
É basicamente um espaço de três dimensões in�nito, onde o usuário irá desenhar tudo o que quiser, em duas ou três
dimensões.
Model Space 
É a representação digital do papel onde esse desenho será impresso; por isso, é nele que se prepara o projeto para a
impressão �nal, colocando suas legendas, anotações, tabelas, entre outros (Figura 1.9).
Paper Space 
A alternância entre as duas áreas pode ser feita pelos botões Model ( ) e Layout ( ) localizados na Barra de Status, no canto
inferior esquerdo da tela. No Model Space à direita encontra-se a Navigation Bar, que auxilia principalmente a utilização do
programa em notebooks e/ou com mouses sem Scroll, pois traz ferramentas como Full Navegation Wheel, Pan
(movimentação no plano), Zoom e Orbit (navegação em 3D). E, �nalmente, no canto superior direito, o View Cube, que
auxilia também na navegação e alternância entre vistas.
 Figura 1.9 Área de desenho e área de impressão. Fonte: Os autores (2019).
Para entender bem o AutoCAD , é necessário compreender o conceito de comando.®
Comando é uma instrução dada ao programa, uma tecla ou uma
sequência de teclas, a qual será processada, de�nindo-se a ação
desejada.
Você pode entrar em um comando usando o teclado ou um clique do mouse sobre o ícone do comando. Alguns
comandos também abreviaram nomes chamados pseudônimos de comando. Por exemplo, a tecla L representa a função
*LINE; Li signi�ca *LIST; E signi�ca *ERASE etc.
Quando entrar com um comando, você verá um conjunto de opções ou uma caixa de diálogo.
Exemplo
Quando entrar no comando Circle na linha de comando, é exibido o seguinte lembrete: “Especi�que ponto de centro para
círculo ou [3P/2P/Ttr (tangente, tangente, raio)]”.
Você pode especi�car o ponto de centro ou entrando em coordenadas X,Y ou usando o mouse, clicando sobre um ponto
na tela. É possível escolher uma opção diferente entre as anteriores, selecionando uma das opções nos parênteses. Pode
entrar com letras maiúsculas ou minúsculas. Por exemplo, para escolher a opção de três-ponto (3P), digite 3p.
Se quiser repetir um comando que usou por último, dando ENTER ou SPACEBAR, o comando se repete.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
A lista de comandos do AutoCAD é encontrada na pasta onde foi
instalado o programa ou no menu da barra �utuante Tools/
Customize/ Edit Program Parameters (acad.pgp).
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O programa lhe dá condições de editar os comandos pré-de�nidos.
Dica
Se você quiser obter o Guia do Mochileiro para o AutoCAD (Figura 1.10), pode acessar a própria página da Autodesk, que
disponibiliza várias aulas e dicas interessantes.
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 Figura 1.10 O Guia do Mochileiro para o AutoCAD Básico. Fonte: knowledge.autodesk.com.®
 Conceito de Armazenamento, Processamento de Informação e Periférico
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Conceito de Armazenamento, Processamento de Informação e Periférico
1 -Armazenamento
O AutoCAD pode salvar um arquivo em diferentes extensões, dependendo da �nalidade com a qual o arquivo
será usado. Possui 4 principais tipos de extensão de arquivos que podem ser salvos. São eles: DWG, DXF, DWT e
DWS.
Dentre esses quatro, os mais usados são o DWG e o DXF. Os outros tipos não são usuais nem acessíveis, pois se
trata, em sua maioria, de extensões especiais para complementos do AutoCAD .
No entanto, você pode, por exemplo, exportar arquivos em CAD para PDF, permitindo que aqueles que não têm o
programa instalado em seu computador possam vê-lo – o que é bastante útil ao entregar cópias do projeto para
seus clientes.
A extensão DWG é o formato-padrão em que são feitos todos os desenhos básicos do AutoCAD , como planta
baixa, cortes, fachadas, topogra�a, entre outros. Por se tratar de uma extensão principal, outros programas
similares ao AutoCAD também utilizam esse formado para os desenhos, ou pelo menos são capazes de ler o
formato em questão.
Não é necessário escolher a extensão do formato DWG para salvar os arquivos, a�nal, por padrão, o próprio
programa automaticamente salva nesse tipo de extensão. Em alguns casos, é necessário apenas mudar a versão
de salvamento, como, por exemplo, quando alguém usa o AutoCAD 2015 e precisa salvar com compatibilidade
para o AutoCAD 2007, a �m de que este consiga abrir o arquivo.
A extensão DXF é um formato de intercâmbio para modelos de CAD, no qual o arquivo pode ser aberto facilmente
por outros programas, como Adobe Illustrator , Corel Draw e outros.
Quando clicamos no ícone de salvar, abre-se uma janela que permite escolher o local onde será armazenado o
arquivo criado (Figura 1.11). Existe ainda a opção de salvar os arquivos na nuvem, de modo que o arquivo �que
disponível para vários dispositivos.
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 Figura 1.11 Como salvar os arquivos. Fonte: Os autores (2019).
O A360 é uma ferramenta de colaboração que ajuda os pro�ssionais a visualizar, compartilhar e localizar arquivos
de projetos 2D e 3D em um espaço de trabalho central. Ele mantém seus projetos, arquivos e equipes atualizados,
independentemente de você estar no escritório ou no campo. Os recursos do AutoCAD 360 incluem uma
interface fácil de usar e ferramentas móveis para carregar, abrir e editar desenhos em extensão DWG.
Os serviços e o armazenamento na nuvem estão disponíveis mediante uma assinatura ou plano de manutenção
de alguns softwares. Também é possível assinar separadamente determinados serviçosem nuvem à medida que
você precisar, ou com os produtos e aplicativos Autodesk, sendo compatíveis com Dropbox, OneDrive e Google
Drive.
2- Processamento de Informação
O AutoCAD é um programa que necessita de um computador ou notebook mais modesto. Dependendo do
tamanho dos arquivos e da �nalidade do trabalho, a con�guração deve ser bem robusta.
Ninguém gosta quando o AutoCAD trava, até mesmo porque isso pode resultar em um temido FATAL ERROR!
Para evitarmos travamentos, podemos alterar algumas opções que exigem mais memória e vídeo do
computador. Vejamos algumas delas:
Show rollover tool tips: Esta opção está em Options, na aba Display. Quando paramos o cursor sobre algum
objeto, se essa opção estiver marcada, o AutoCAD exibirá um pequeno quadro com um resumo das
propriedades do objeto. O problema é que às vezes, só de passarmos o cursor sobre o desenho, o AutoCAD
trava, pois tenta processar as informações de cada objeto pelo qual o cursor passou. Esse travamento é bem
comum com objetos grandes, como curvas de nível, por exemplo.
Aumente o tempo entre salvamentos automáticos, em Options, na aba Open and Save, mas lembre-se de
sempre salvar seus arquivos;
Desligue o realce dos objetos, em Options, na aba Selection, em Selection Preview;
Desligue o Dynamic Input, usando F12;
Não selecione objetos antes de usar um comando; selecione sempre quando já estiver no comando.
Uma máquina para uso moderado do AutoCAD , para as versões 2016/2017, deve ter no mínimo:
1. Processador Intel Core i7 ;
2. 12 GB de memória DDR3;
3. Uma placa de vídeo (GPU) de no mínimo 2 GB dedicado;
4. Um monitor de 21 polegadas WideScreen full HD;
5. Um mouse de 2000 DPI; e
6. Um bom teclado com espaçamento ideal de teclas e teclado numérico;
7. Microsoft Windows 7 Home Premium ou versões mais recentes (64 bits);
8. Internet Explorer 9.0 ou posterior;
9. 10 GB para a instalação (arquivo baixado) e 6 GB para arquivos do programa.
3 - Periféricos
Antes de iniciar o uso dos comandos, deve-se ter familiaridade com o funcionamento do mouse e do teclado,
a�nal, por meio deles serão enviados os comandos para o programa.
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Mouse
Botão Esquerdo: utilizado para ações de seleção (Figura 1.12);
Botão Direito: abre menus �utuantes com opções variando conforme o comando ativo;
Scroll: um modo prático de aproximar ou afastar a visão (zoom) é rolando o Scroll para frente ou para
trás.
Existem também mouses adaptados e especí�cos para usar o AutoCAD , sendo eles mais caros, mas igualmente
mais produtivos (Figura 1.13).
 Figura 1.12 Comandos do mouse. Fonte: Os autores (2019).
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 Figura 1.13 Mouses com mais recursos de Desenho.
O mouse precisa ter tamanho confortável, a�nal, mouses pequenos aumentam o esforço nas articulações da
mão, podendo causar lesões. Com o intuito de sempre tê-los conosco, acabamos optando por mouses pequenos,
os quais possamos carregar sem problemas, até porque a utilização de Notebooks e laptops para o trabalho
cresceu bastante.
No entanto, mesmo que pareça mais correto ter um mouse pequeno que se possa carregar, opte por um mouse
maior e mais confortável.
Outra característica importante na hora de escolher um mouse é sua resolução (sim, mouse também tem
resolução!). Então busque um mouse com resolução acima de 2000 DPI, pois terá maior precisão nos
movimentos, o que é bem importante, porque facilita na hora de selecionar algo no CAD.
Optar por mouses ergonômicos também é uma boa pedida, pois pode diminuir os efeitos nocivos dos
movimentos repetitivos.
3.3.2 Teclado
O teclado não tem muito segredo, pois a única preocupação é de caráter ergonômico – relacionado à sua altura
relativa, a�nal, não há um teclado mais preciso que outro, existem, sim, teclas mais macias, com espaçamento
melhor, mas isso depende mais da melhor adaptação de cada pessoa (Figura 1.14). Algo que pode tornar mais
rápido o trabalho é a presença de um teclado numérico separado.
 Fonte: 3dconnexion.com.
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Monitor
Ter um monitor de bom tamanho é de extrema importância para um trabalho mais confortável com o AutoCAD
ou qualquer outro software CAD, mas monitores grandes demais causam uma movimentação muito intensa do
pescoço. Então, um com tamanho ideal seria de 21″ até 30” polegadas.
Uma boa resolução é sempre fundamental, pois não é nada agradável utilizar o CAD com um monitor embaçado,
dando aquela sensação de que há algo na vista. Sendo assim, busque monitores Full HD de 1920 × 1080 pixels,
pois você terá mais conforto para observar as linhas de seu desenho no CAD (Figura 1.15).
3. Gerenciamento de Dados
 Figura 1.14 Teclados. Fonte: Página dos fabricantes de Teclados.
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 Figura 1.15 Monitores com tamanhos ideais e boa resolução. Fonte: Página dos fabricantes de monitores.
A melhor forma de gerenciar os dados de desenho no AutoCAD é organizando o desenho em camadas ou níveis,
também chamados de layers (Figura 1.16).
Em um desenho, os layers são utilizados tanto para agrupar informações por função quanto para aplicar ou
reforçar o tipo de linha, cor e outros padrões. As camadas (equivalentes às sobreposições feitas em rascunhos de
papel) são uma das principais ferramentas organizacionais para os desenhos.
Quando o pro�ssional está projetando, lança mão de vários layers, um para cada representação. Esse recurso de
usar os layers segundo a necessidade do projeto otimiza o trabalho.
Quando criamos os layers e os destinamos a cada objeto, podemos entender melhor o que estamos desenhando.
Outro grande diferencial é que o trabalho em layers permite que ocultemos determinados elementos desenhados,
para podermos trabalhar com outros. Por exemplo, é possível esconder as hachuras para inserir as linhas de
cotas com maior precisão, isolar o layer de paredes para colocar hachuras, ocultar representações
desnecessárias etc.
Devemos possuir o hábito de criar layers especí�cos; assim, temos uma representação mais rica e fácil de se
entender. Há quem pense que muitos layers sobrecarregam o projeto, mas isso na verdade não.
Outro fato bastante preocupante são as cores das linhas. Elas são utilizadas para a representação das
espessuras (cada cor podendo ter uma espessura diferente da outra na hora de imprimir). Isso não é regra, mas
existem alguns padrões de cores e espessuras dos quais arquitetos e engenheiros fazem uso. Muitas vezes, uma
cor é escolhida para várias representações, porém isso não prejudica o desenho, desde que não seja usada
demais. Na verdade, isso implica imprimir elementos diferentes com espessuras iguais (o que não é problema
algum).
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 Figura 1.16 Exemplo de Layers. Fonte: Os autores (2019).
Na Aula 3, você verá algumas regras e convenções referentes às espessuras e aos tipos de traçado, quando
aprenderá a desenvolver uma planta baixa com os comandos básicos do AutoCAD . Quando optamos por outras
cores, podemos ainda escolher se queremos que estas sejam impressas coloridas ou em preto – ou mesmo se
queremos que elas sejam impressas, já que podemos “travar” a opção de impressão, de modo que determinado
layer só seja visto em tela.
Devemos aproveitar ao máximo, os recursos oferecidos pelos softwares de desenho, pois eles foram criados para
auxiliar nosso trabalho. Portanto, não se sinta receoso de ter mais de 10 ou 15 layers, pois isso facilitará a
representação e a visualização dos elementos contidos no projeto durante a sua criação.
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 Interface dos Sistemas de CAD
A interface do AutoCAD 2016 é totalmente personalizável, possibilitando que você acrescente na Barra de Status os
comandos mais utilizados ou tire algum que não deseje. Você também pode acrescentar o Ribbon ou tirá-lo, deixando
apenas a Barra de Menus.
Para quem não utiliza muito o Ribbon nem a Barra de Menus Suspensos, é possível deixar a Área de Desenho maior,
ocupando toda a tela do monitor, ao optar pela Clean Screen, ativada pelo ícone na Barra de Status ou pelo comando Ctrl +
0 (Figura 1.17).
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 Figura 1.17 Clean Screen. Fonte: Os autores (2019).
Você aprenderáa personalizar a interface da maneira mais fácil para atender às suas necessidades de desenho, ganhando
mais espaço na Área de Desenho ou tendo menos comandos na sua Barra de Status. Para tirar ou colocar o Ribbon, na
Barra de Menus Suspensos há uma seta, ao lado do último Menu (Figura 1.18). Ao clicar nele, pode-se alterá-lo para
quatro modos diferentes.
 Figura 1.18 Barra de Menus Suspensos. Fonte: Os autores (2019).
Essa é uma boa opção para quem usa muito os comandos pelo teclado. Com o comando ativo, o AutoCAD sobrepõe a
Barra de Tarefas do sistema operacional, utilizando toda a área do monitor.
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 Atividade
1. Relacione os comandos de chamada a seguir e suas respectivas funções:
F1 1 F2 2 F3 3 F4 4 F5 5 F6 6 F7 7 F8 8 F9 9 F10 10 F11 11 F12 12
Dynamic Input: mostra os dados junto ao cursor, e não no I.
Help: abre a biblioteca de ajuda do AutoCAD .
Polar: alinha o objeto com outro objeto existente (depende do F11 ativo).
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Osnap: ativa as ferramentas de precisão.
Ortho: faz o cursor criar objetos na horizontal, vertical e perpendicular.
Plano isométrico da vista: muda a inclinação do cursor.
UCS dinâmico: pode orientar-se para onde for.
Object Snap Tracking: é usado para alinhar o objeto com outro existente (não depende do F10 ativo).
Snap: restringe o cursor a mover-se na horizontal e vertical apenas.
Grid: cria uma malha de pontos.
Tablet: é usado para digitalização de uma área.
Text Window: é uma janela de texto que mostra o histórico dos comandos usados e também os dados de um objeto listado.
2. Criar Layers em um projeto do AutoCad é importante por diversos motivos. Assinale a alternativa INCORRETA:®
a) Os arquivos organizados em Layers permitem congelar e descongelar elementos de desenho mais facilmente por grupos.
b) Os arquivos organizados em Layers possibilitam alteração de cor de todos os elementos da camada, de uma vez.
c) Os arquivos organizados em Layers tornam o arquivo final menor, ocupando menos espaço de armazenamento.
d) Os arquivos organizados em Layers permitem filtragens que otimizam e agilizam o processo de criação do projeto.
3. Em relação ao AutoCad , qual a alternativa incorreta?®
a) A caixa de comando é o local de interatividade entre o usuário e os procedimentos computacionais do programa.
b) O sistema Ribbon funciona de forma similar ao utilizado atualmente em pacotes da linha Office da Microsoft .® ®
c) Os principais formatos de arquivos de trabalho do AutoCAD são o DWG e o DXF.®
d) O Paper Space é basicamente um espaço de três dimensões infinito, onde o usuário irá desenhar tudo o que quiser, seja de duas
ou três dimensões.
4. Em relação ao AutoCad , qual a alternativa INCORRETA?®
a) Comando é uma instrução dada a um programa, uma tecla ou uma sequência de teclas, que será processada, definindo-se o
comando desejado.
b) O Mouse de Game pode ser configurado para executar comandos mais utilizados do AutoCAD .®
c) A fim de que se evite o Fatal Error!, monitores de baixa resolução podem ser usados para compensar computadores com
configuração inferior à recomendada.
d) Se você quiser repetir um comando que usou por último, dando ENTER ou SPACEBAR, o comando se repete.
5. (Prova Desenhista/Projetista – SAEG – VUNESP – 2015) Entre as peças grá�cas que compõem um projeto de
arquitetura, a vista superior do plano secante horizontal, localizado a aproximadamente 1,50 m do piso em referência, é
denominada:
a) planta de edificação.
b) fachada.
c) planta de situação.
d) elevação.
e) planta de locação.
Notas
Referências
BALDAM, R.; COSTA, L. AutoCad 2015: utilizando totalmente. 1. ed. São Paulo: Érica, 2012.
MONTENEGRO, G.A. Desenho arquitetônico. 4. ed. São Paulo: Blücher, 2005.
OBERG, L. Desenho arquitetônico. 31. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1997.
Próxima aula
Representação grá�ca arquitetônica auxiliada por meios digitais;
Representação de elementos construtivos;
Representação de elementos de cota.
Explore mais
Leia os seguintes textos:
Apostila de AutoCAD básico <http://www.ibam-concursos.org.br/documento/autocad-2.pdf> .
Apostila de AutoCAD: módulo básico <http://www.ufjf.br/petcivil/�les/2009/02/Autocad-apostila.pdf> .
Desenho assistido por computador: AutoCAD 2D
<https://edisciplinas.usp.br/plugin�le.php/130177/mod_resource/content/2/Apostila%20CAD_.pdf> .
http://www.ibam-concursos.org.br/documento/autocad-2.pdf
http://www.ufjf.br/petcivil/files/2009/02/Autocad-apostila.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/130177/mod_resource/content/2/Apostila%20CAD_.pdf