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Linguagem cinematografica

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P A R A V E R , E N T E N D E R E F A Z E R C I N E M AP A R A V E R , E N T E N D E R E F A Z E R C I N E M AP A R A V E R , E N T E N D E R E F A Z E R C I N E M AP A R A V E R , E N T E N D E R E F A Z E R C I N E M A 
 
APOSTILA DE TÉCNICA CINEMATOGRÁFICA 
2ª Parte - Volume II – A Linguagem Cinematográfica 
 
ORIENTAÇÕES DO PROJETO PONTÃO DE CULTURA RAPSÓDIA AUSENTE VISANDO A 
QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO DOS PARTICIPANTES PARA A PRODUÇÃO DIGITAL. 
 
 2 
OFICINAS DE EXPERIMENTAÇÃO 
APOSTILAS DE TÉCNICA CINEMATOGRÁFICA 
(2ª PARTE – Volume II – A Linguagem Cinematográfica) 
 
INTRODUÇÃO 
 
Esta apostila faz parte do material de apoio às oficinas do projeto 
Rapsódia Ausente e é fruto do trabalho de nossas equipes de oficinistas em dois 
projetos. 
Esta segunda parte é mais técnica e há uma razoável minúcia de 
informação, orientando você a cumprir determinadas funções técnicas dentro da 
realização de um filme. Aqui você encontrará desde um curso relâmpago de 
como escrever roteiros para cinema até uma coleção das planilhas técnicas 
básicas que uma produção precisa, passando pela assistência de direção, 
captação de som direto, decupagem, edição e a assistência de câmera. 
De forma clara e sucinta, mas sem a pretensão de ser soberana, a 
primeira parte orienta, informa e auxilia na formação de jovens realizadores e a 
segunda dá as bases para formar roteiristas e técnicos de cinema. 
Mas é na prática concreta de uma produção que este trabalho didático se 
completa. Por isto, precisa ser colocado em prática por você ou por seu grupo de 
amigos. E mais: a apostila vai permitir a você conhecer as muitas funções 
técnicas ou artísticas dentro de um filme e talvez escolher uma delas, pois a 
vantagem de uma produção cinematográfica é esta: há lugar para todos, do 
narcisista ao introspectivo. 
Mas deixamos uma lacuna: não se chegou ao atrevimento e à pretensão 
de ensinar você a ser um diretor de cinema, pois tenho plena convicção de que 
isto é impossível de se colocar no papel. Não existe bula que ensine alguém a ser 
artista e não há como se formar diretores a partir de lições teóricas. Somente a 
prática do set dirá se alguém está talhado para a direção e será resolvendo os 
problemas de mise-en-scène, por tentativa e erro, que se construirá uma 
promessa de carreira. 
Portanto, os oficinistas do projeto Caravana Holiday, projeto de inclusão 
audiovisual em atividade desde 2001 e que deu origem ao Pontão de Audiovisual 
Rapsódia Ausente, se dedicaram nesta apostila a tarefa menos espinhosa, 
embora muito trabalhosa: a de estabelecer e destrinchar de forma sucinta e de 
 3 
fácil entendimento, todos os parâmetros e passos para se chegar ao final de uma 
produção. 
Faça bom proveito e esteja à vontade pelo site 
www.animatographo.org.br/rapsodiaausente ou pelo skype “rapsodia ausente” 
para tirar dúvidas ou dar sugestões para a melhoria deste trabalho de equipe que 
ora iniciamos. 
Nos orientou nesse trabalho o repúdio coletivo às mistificações nas artes 
industriais. Acreditamos, com sinceridade, que todo mundo pode tudo. 
 
FLÁVIO CÂNDIDO 
coordenador 
 
 
As equipes dos projetos Caravana Holiday e Rapsódia Ausente, co-
autores destas apostilas. 
 
CLEUMO SEGOND 
DANIELA ALMEIDA 
DAVY ALEXANDRISKY 
EDUARDO SANCHEZ 
FLÁVIO CÂNDIDO 
LUCIA SEIXAS 
MARCELO PAES DE CARVALHO 
MARCELO RIBEIRO 
MÁRCIO GUIMARÃES 
MÁRCIO AZEVEDO 
MAURO DUQUE ESTRADA 
SANIN CHERQUES (in memoriam) 
RONALD 
SILVIA ANDUEZA 
 
 
 
Texto final e revisão 
FLÁVIO CÂNDIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
A LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA 
 
 Aqui vão termos, conceitos e definições da linguagem 
cinematográfica em todos os tempos, inclusive da era digital. No set e no 
escritório este saber tem que estar na ponta da língua para todos os que 
estão envolvidos na produção. 
 
ANÁLISE TÉCNICA – Planilha para ordenação de todas as variáveis 
necessárias para a realização do filme. 
 
ANGULAÇÃO – Posição vertical da câmera em relação à cena. Pode ser 
normal, superior (PLONGÉE) ou inferior (CONTRA-PLONGÉE). 
 
ARARA – Cabide longo e móvel de metal utilizado para pendurar os 
figurinos. 
 
BANDA SONORA – Faixa estreita, geralmente ao longo de um dos bordos 
dos fotogramas de um filme sonoro, na qual o som é gravado sob a forma 
de ligeiros traços com diferentes graus de transmissão de luz. 
CARRINHO – Termo geral aplicado a vários tipos de veículos providos de 
rodas, com pneus ou movendo-se sobre trilhos, nos quais a câmara e o 
cinegrafista podem movimentar-se durante uma tomada em travelling. 
 
CAMMATE – Um tipo leve de grua para instalação de um câmera de vídeo 
e dotada de controle remoto (ou sistema de cabos) comandado por um só 
operador do chão. Muito utilizada em transmissões esportivas de TV. 
 
CENA – Resultado da decupagem de uma seqüência de um roteiro 
cinematográfico. Unidade mínima de uma seqüência depois que ela é 
decupada. Quando uma cena só define uma seqüência inteira, diz-se 
então que se tem um PLANO-SEQUÊNCIA. 
 
 5 
CLAQUETE – Par de tábuas ligadas por dobradiças em uma das 
extremidades, que são batidas uma contra a outra diante da câmara no 
início de uma tomada a fim de permitir a sincronização entre o copião e a 
trilha sonora na sala de corte. O choque entre as duas tábuas é que 
determinam o sincronismo. Hoje, as claquetes são digitais, com 
informações visuais precisas de tempo e sincronizadas à câmera. 
 
CLAREAMENTO (FADE-IN) – Começo de um plano que parte do escuro e 
atinge gradualmente a plena iluminação. 
 
CLOSE-UP – Plano filmado com a câmara muito próxima do assunto 
revelando apenas parte dele. Em relação à figura humana, plano mostra 
somente o rosto, ou somente as mãos, etc. Também chamado PRIMEIRO 
PLANO. 
 
 
CONTINUISTA – Técnico responsável pela anotação no BOLETIM DE 
CONTINUIDADE dos detalhes cada tomada durante a filmagem, visando 
evitar discrepâncias entre os diversos planos por ocasião da montagem do 
material. 
 
COPIÃO – Cópia positiva do negativo filmado e com a qual o montador faz 
Close-up 
Plano Médio Plano de Conjunto 
 6 
a primeira montagem na MOVIOLA, e que são vistas, preferencialmente, 
no dia seguinte à filmagem. 
 
CHROMA KEY – Trucagem ótica realizada geralmente em estúdio e muito 
utilizada para superposição de imagens, em que um personagem é filmado 
sobre fundo azul ou verde (ou outra cor uniforme e ausente no 
personagem e nos seus adereços) e nesse fundo é projetada ou inserida 
eletronicamente uma outra cena. Por exemplo: quando um homem voa, 
voa em chroma key. 
 
CROQUIS – Para a cenografia: desenhos e esboços feitos à mão ou por 
computador dos projetos cenográficos para cada ambiente. Para o 
figurino: figuras humanas vestidas com as roupas e peças pensadas para 
cada personagem. 
 
CUT LIST – listagem de planos extraída da ilha de edição para o corte e 
montagem do negativo de filme. 
 
DUBLAGEM – 1. Regravação da trilha sonora de um filme, substituindo-se 
as falas da língua original pela tradução falada em outra língua. 2. 
Gravação em estúdio das falas ou efeitos sonoros não captados 
diretamente durante a filmagem. 
 
EDIÇÃO DA TRILHA MUSICAL – Composição de uma trilha musical para o 
filme a partir de várias músicas compostas especialmente ou já existentes. 
 
EFEITOS ESPECIAIS (em inglês FX) – Quaisquer efeitos introduzidos num 
filme por meios óticos, mecânicos ou eletrônicos para corrigir ou compor 
uma cena. Por exemplo: a multiplicação de figurantes, o desaparecimento 
de um personagem na cena, naves espaciais, humanos contracenando 
com desenhos, etc.. 
 
 7 
EIXO - Determinação de uma linha imaginária sobre a qual não se pode 
"pular" com a câmera segundo os parâmetros do cinema clássico narrativo 
e que deve ser respeitado tanto para os filmes de ficção (inclusive 
animação) quanto para documentários. O eixo delimita um semicírculo por 
onde a câmera pode circularlivremente sem que o espectador se espante 
na troca de ponto de vista da câmera de um personagem para outro. 
Numa cena entre dois homens que conversam, por exemplo, a câmera 
estará sempre do mesmo lado do eixo formado pelo corte longitudinal das 
cabeças dos atores (plano e contra-plano). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÂMERA 
POSIÇÃO 1 
ATOR Nº 1 ATOR Nº 2 
EIXO 
CÂMERA 
POSIÇÃO 2 
CÂMERA 
POSIÇÃO 3 
 8 
Se o eixo não for respeitado, por exemplo, numa conversa entre dois 
personagens, quando você trocar o ponto de vista da câmera, os dois 
personagens irão aparecer na tela como estivessem olhando para a 
mesma direção ou área da tela e não frente a frente como é de se esperar 
quando duas pessoas conversam, o que poderá causar confusão na cabeça 
do espectador. Quando houver três ou mais elementos em cena, é 
desejável que se coloque antes um plano geral e depois se vá à dicotomia 
plano/contraplano para melhor situar o espectador no ambiente. 
Considere o eixo como a linha sobre os dois que estão contracenando 
diretamente ou sobre os dois mais próximos da câmera. Mas se houver 
uma conversa entre muitos serão tantos os eixos quantos os debatedores, 
porém sempre um a um. Continuísta, assistente de direção e fotógrafo 
tem muito trabalho nesta hora e todo cuidado será pouco. 
 
ESCURECIMENTO – em inglês, FADE OUT – a partir de uma imagem 
normal, o quadro se fecha até o preto total. 
 
FICHA DE FIGURINO – Ficha contendo, individualmente, todos os itens 
que compõem um determinado figurino. 
 
FOTOGRAMA – Cada uma das fotografias de uma série registradas por um 
pedaço de filme cinematográfico. A velocidade normal de um filme é de 24 
fotogramas por segundo. 
 
FADE-IN – clareamento do quadro partindo do preto total até a imagem 
que se quer mostrar com iluminação plena. 
 
FADE-OUT – escurecimento do quadro partindo da plena iluminação até o 
preto total. 
 
FLASHBACK – Seqüência de um filme que leva a ação ao passado. 
Utilizada para lembrar o espectador de um evento anterior ou para indicar 
 9 
as reminiscências de um personagem. 
 
FRAME – Unidade de imagem em vídeo equivalente ao fotograma. Uma 
câmera de vídeo comum tem o batimento de 30 frames por segundo (na 
verdade são 29,796 fps). As câmeras com padrão europeu batem a 25 
fps. As câmeras modernas para cinema digital que são utilizadas para 
gravar imagens em vídeo que depois serão transferidas para película tem 
a velocidade de 24 fps (23,976), perfeita para esse fim, pois se encaixa 
quase perfeitamente com a velocidade do projetor de cinema (24 quadros 
por segundo precisos). 
 
FUSÃO – Dissolvência gradual do fim de um plano para o início de outro 
produzida por dois efeitos ao mesmo tempo: pela superposição de um 
escurecimento sobre um clareamento de igual comprimento. 
 
GRUA – 1. Equipamento pesado móvel onde a câmara é montada em uma 
espécie de guindaste para conjugar movimentos verticais, horizontais e 
em diagonal. A grua, ao contrário da cammate, comporta em seu bojo, 
além da câmera, dois operadores. 2. Movimento de Grua: movimento 
permitido pelo equipamento e que conjuga PANS e TILTS com liberdade. 
 
IRIS – Máscara circular que se abre e fecha, fazendo aparecer ou 
desaparecer uma imagem sobre outra. Técnica muito empregada no 
cinema silencioso. 
 
KINESCOPAGEM (TRANSFER) – Processo de transferência da imagem 
captada em vídeo para película cinematográfica. Modernamente usa-se o 
termo transfer. 
 
GRANDE ANGULAR ((LENTE) – Lente de curta distância focal (lentes 18 e 
24) com grande ângulo de visão e grande profundidade de campo. 
Também chamada de lente OLHO DE PEIXE. 
 10 
 
MAKING OF – documentário que registra os bastidores de uma produção 
cinematográfica e que tem como motivo a divulgação e como destino a 
exibição na TV. 
 
MAPA DO PERSONAGEM – Planilha para ordenação de todas as peças 
necessárias para a confecção do figurino de um personagem. 
 
MASTER ou INTERMEDIÁRIO POSITIVO – Cópia especialmente suave 
(lavanda ou grilo fino) feita de um negativo original, para que dela possa 
ser feito um contratipo. 
 
MASTER SHOT – Plano único de todo um trecho de ação dramática, 
filmado para facilitar a montagem dos planos detalhados com os quais a 
seqüência será finalmente montada. 
 
MIXAGEM – Mistura e composição da trilha de som de um filme a partir de 
todos os registros sonoros que compõem o desenho de som do filme. 
 
MIXER – 1. Técnico encarregado da rnixagem de trilhas sonoras para 
regravação. 2. Aparelho para mixagem de trilhas sonoras. 
 
MONTAGEM ASSOCIATIVA – Montagem de planos que sugerem 
associações de idéias. Técnica desenvolvida na época do cinema 
silencioso, principalmente pelos cineastas soviéticos na década de 1920. 
 
MONTAGEM PARALELA – Recurso de construção da narrativa no qual o 
desenrolar de dois trechos de ação são apresentados simultaneamente, 
mostrando-se primeiro um fragmento de um, depois um fragmento do 
outro, e assim por diante, alternadamente. 
 
 11 
OFF – Diz-se de todo som e imagem não explicitado no plano 
cinematográfico. 
 
PANORÂMICA – Ação de girar a câmara num plano horizontal durante a 
filmagem. Abrevia-se como PAN. 
 
PLANO – unidade mínima em que se divide uma cena (ou sequênia) 
Quando o plano açambarca toda uma sequência (ou cena) é chamado 
então de PLANO SEQUÊNCIA. 
 
PLANO AMERICANO (em inglês, MEDIUM CLOSE SHOT ou CLOSE MEDIUM 
SHOT.) – Em relação ao ser humano, plano que mostre a figura 
aproximadamente da cabeça até os joelhos (geralmente usa-se uma lente 
32). 
 
PLANO DE ARQUIVO – Plano usado num filme mas não rodado espe-
cialmente para o mesmo; plano retirado de uma filmoteca ou arquivo de 
planos conservados para uso futuro. 
 
PLANO DE CONJUNTO – Plano filmado a uma considerável distância do 
assunto. Por exemplo: o plano geral de uma sala e seus ocupantes, que 
aparecem de corpo inteiro. 
 
PLANO DE DETALHE – Plano filmado com a câmara mais próxima do 
assunto do que seria necessário para um close-up. Em relação ao corpo 
humano, por exemplo, um plano que mostre apenas parte do rosto. 
Denominação utilizada preferencialmente quando o assunto é um objeto 
inanimado ou seres não humanos. 
 
PLANO GERAL – Plano filmado a uma distância extremamente grande, 
mostrando uma vasta área. 
 
 12 
PLANO DE ORIENTAÇÃO – Plano (geralmente de conjunto) utilizado no 
começo ou próximo ao começo de uma cena para estabelecer o inter-
relacionamento entre os detalhes, que serão depois mostrados em planos 
filmados a menor distância. Muito utilizado em séries de TV. 
PLANO DE TRUCAGEM – Plano no qual parte do assunto ou da ação é 
subtraída à visão, de modo a tornar a parte filmada parecer diferente do 
que é na realidade. P. ex, o plano de um homem que cai do topo de um 
edifício para uma rede colocada a dois metros abaixo dele, mas excluindo 
a rede, de sorte a sugerir que ele cai de grande altura. 
 
 PLANO MÉDIO – Plano filmado com a câmara colocada a uma distância 
menor do assunto que para um plano geral ou um Plano Americano, mas 
 
não tão perto quanto para um close-up. Em relação à figura humana, 
plano de uma pessoa vista aproximadamente da cintura para cima ou do 
peito para cima. 
 
PLANO INTERMEDIÁRIO OU DE LIGAÇÃO – Plano utilizado para preencher 
um lapso de tempo ou qualquer outra quebra de continuidade. PLANO 
MÉDIO. Veja-se PLANO APROXIMADO. 
 
Plano Geral 
Plano Americano 
Plano de Conjunto 
 13 
PLANO-SEQUÊNCIA – Plano longo e extremamente complexo, que exige 
muito movimento da câmara (e ensaios) e durante o qual toda uma 
sequência é filmada sem cortes. 
PLAY-BACK – Utilização de uma trilha musical com equipamento de som 
amplificado no set durante a filmagem para permitir que a ação seja 
sincronizada com a mesma. Essencial para a realização de vídeo clips. 
 
PONTA – 1. Pedaço de filme emendado ao começo de um rolo para enrolar 
no projetor, nacâmara, etc.. 2. Para o elenco significa o papel de pequena 
aparição. 
 
PÓS-SINCRONIZAÇÃO – Gravação e aplicação do som à imagem depois 
que esta foi filmada 
 
PROFUNDIDADE DE CAMPO – Distância entre os pontos mais próximo e 
mais distante da câmara nos quais o assunto é visto com aceitável nitidez. 
 
RUÍDOS DE SALA – produção em estúdio de ruídos que reforcem os ruídos 
de cena captados em som direto ou que sejam incluídos especialmente em 
cenas dubladas em estúdio. Tais ruídos são preparados em salas especiais 
dotadas de pisos que reproduzem os mais diversos pisos da vida real, 
além de líquidos e objetos para reproduzir o som de um copo sendo cheio, 
de uma porta batendo, de um vidro quebrando, etc.. 
 
SEQUÊNCIA – Conjunto de cenas que formam uma unidade dramática de 
um roteiro. Alguns roteiristas e diretores preferem o termo CENA a 
SEQUÊNCIA. E dividem a “CENA” em “PLANOS”. 
 
SINCRONIZAR – Colocar, durante a montagem, a trilha sonora numa 
posição tal em relação à trilha da imagem que, na projeção, determinado 
som será ouvido ao mesmo tempo em que uma determinada imagem 
aparece na tela. 
 14 
SINCRONIZADOR – Aparelho que facilita a operação mecânica de sin-
cronizar duas trilhas. 
 
SOM AMBIENTE – Som dos ambientes onde foram rodadas as cenas, 
captado pelo técnico de som após a saída de todos. 
 
SOM DIRETO – Som captado ao mesmo tempo em que é filmado. 
 
SOM GUIA – Som gravado para registro das falas e ruídos quando não 
houver condições da cena ser captada em som direto. Servirá também 
como orientação para atores e diretor na hora da dublagem quanto às 
entonações utilizadas durante a filmagem da cena. 
 
SOM OFF – Som colocado no filme sem sincronismo labial, geralmente 
feito por um narrador, que tanto pode ser o próprio ator, o diretor ou um 
locutor e que serve como comentário sonoro de uma cena. 
 
SOM SÓ – tomada sonora sem imagem para gravar as falas de uma 
determinada cena em que houve dificuldades de captação. Tem que ser 
feita imediatamente após a filmagem, se possível, no mesmo ambiente. 
Servirá, na montagem como som guia para posterior dublagem ou poderá 
ser aproveitado como som direto (se o editor de som tiver sorte). 
 
STOP MOTION – técnica de animação em que bonecos e objetos feitos 
geralmente de massa ou de outros materiais maleáveis são manipulados 
em posições diferentes para que, fotografados, quadro a quadro, resulte 
em ilusão de movimento quando projetadas em sequência cinematográfica 
ou de vídeo. 
 
SUPERPOSIÇÃO – Técnica de copiar dois planos, um sobre o outro, num 
mesmo trecho de filme, de sorte que um possa ser visto sobre o outro 
quando projetado na tela. 
 15 
TABLE TOP – filmagem em truca de fotografias, gráficos, recortes e 
desenhos (animados ou não) onde a câmera fica fixa perpendicularmente 
acima da mesa de luz. 
 
TAKE – o mesmo que TOMADA. Cada uma das filmagens de um mesmo 
plano de uma seqüência. 
 
TELECINAGEM – Processo de transferência para uma base de vídeo de 
imagem captada em película. O inverso de kinescopagem. 
 
TILT – Ação de girar a câmara para cima e para baixo durante a filmagem, 
de modo que o eixo da lente gire num plano vertical. 
 
TOMADA – O mesmo que TAKE. Cada uma das filmagens de um mesmo 
plano de uma sequência. 
 
TRANSFER – Processo de transferência da imagem captada em vídeo para 
película cinematográfica ou para uma fita HDCam com qualidade em alta 
definição (1920 x 1080 pixels) para exibição em projetores de cinema 
digital (acima de 2K). 
 
TRAVELLING – Movimento da câmara sobre carrinho de rodas ou trilho, 
paralelamente ao assunto que está sendo filmado. O termo é também 
usado, por extensão, para o movimento em que a câmara se aproxima ou 
se afasta do assunto. 
 
TRUCA (em inglês, OPTICAL PRINTER) – Aparelho que permite fotografar 
(fotograma por fotograma) as imagens de um filme em outro por meio de 
uma lente, utilizado para cópias reduzidas, efeitos especiais, trucagem 
ótica, etc. É o aparelho utilizado para realizar desenhos animados, créditos 
e os efeitos óticos. 
 
 16 
TRUCAGEM ÓTICA – Qualquer recurso utilizado pelo departamento ótico 
de um laboratório que trabalhe com película cinematográfica que exija o 
uso da truca; p.ex., fusões, escurecimentos, cortinas, etc. 
 
VOICE OVER – Recurso sonoro para se colocar em cena o pensamento de 
um personagem. É um comentário sonoro (em off) gravado pelo ator (em 
cena), como se ele estivesse "pensando" e o espectador pudesse ouvir. 
 
ZOOM (MOVIMENTO DE) – Recurso de afastar (wide) ou aproximar (tele) 
uma determinada parte de um plano inicial pelo emprego de uma lente 
especial, inventada em 1959, a lente Zoom, de comprimento focal variável 
(usualmente partindo de 18 mm e chegando até 200 mm), dando a 
impressão de se aproximar a câmara do assunto ou afastar-se. Também 
chamado por alguns técnicos e teóricos de TRAVELLING ÓTICO.

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