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Avaliação do pH dos Tônicos faciais 
1Catia Simone Novicki – Acadêmica do Curso de Tecnologia em Cosmetologia e 
Estética da Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, Santa Catarina 
(Univali). 
2Samandra Batista de Souza� �� Acadêmica do Curso de Tecnologia em 
Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, 
Santa Catarina (Univali). 
3Daniela da Silva – Orientadora. Professora Msc. de Tecnologia em Cosmetologia e 
Estética da Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú, Santa Catariana 
(Univali). 
Contato: 
1catianovicki@hotmail.com 
2sambdesouza@hotmail.com 
3daniela@univali.br 
 
RESUMO 
Para que a pele se mantenha com aparência saudável é necessário cultivar o hábito 
de limpá-la diariamente. Para a finalização da limpeza são utilizados os tônicos 
faciais, os quais objetivam equilibrar a acidez fisiológica da pele, que é medida 
através do pH, ou seja, o potencial hidrogeniônico, que varia de 0 a 14. Um tônica 
facial adequado, também denominado loção tônica, não deve irritar a pele nem 
sensibilizá-la, proporcionando sensação de frescor e bem estar. De acordo com 
diagnóstico de cada tipo de pele há um tônica específico. Na prática, o pH é medido 
com indicadores ácido-base. Com base nos conceitos disponíveis, foi efetuada a 
verificação do valor de pH dos tônicos faciais do laboratório de Cosmetologia e 
Estética da Universidade do Vale do Itajaí, mediante o uso do medidor de pH, pois 
em diversas literaturas esse produto teria como finalidade regular o pH cutâneo e 
auxiliar os profissionais da área de estética na escolha do produto mais adequado. A 
bibliografia consultada indica que o pH cutâneo, que varia de indivíduo para 
indivíduo, pode oscilar entre 4,6 e 5,8. As medições efetuadas demonstraram uma 
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prevalência no valor de pH da ordem de 4,5 (35%) e 5 (35%), sendo que 32% dos 
tônicas analisados apresentaram um índice � a 5 e < que 6. 
Palavras-chaves: pH, tônico facial, princípios ativos 
 
INTRODUÇÃO 
 O corpo humano é recoberto em sua quase totalidade pela pele, esta possui 
uma superfície aproximada de 2m², e um peso de 3 a 5 kg em um indivíduo adulto. 
A pele pode ser definida como uma barreira ativa que separa o interior do organismo 
do meio ambiente. Por este motivo destaca-se a importância com os cuidados e 
manutenção, para permitir que esta cumpra corretamente suas funções fisiológicas 
(GARROTE; BONET, 2001). 
A pele é o campo de ação das técnicas de beleza, as quais devem prevenir 
os sinais de fraqueza dessa máquina complexa, auxiliá-la em alguns dos seus 
mecanismos e liberar ou orientar algumas de suas funções. Assim sendo, a 
finalidade da cosmetologia é manter a pele nas melhores condições fisiológicas e 
procurar esconder as suas imperfeições, quando está maltratada ou sujeita às 
perturbações (BARATA, 2003). 
Segundo Rebello (2005), para que a pele se mantenha com aparência 
saudável, é necessário cultivar o hábito de limpá-la diariamente, visando remover as 
células mortas, maquilagem, secreções sebáceas e impurezas. Para este 
procedimento frequentemente utilizam-se cosméticos constituídos de tensoativos, 
como os sabonetes, podendo estes estar na forma líquida ou sólida. 
A maioria dos sabonetes sólidos possui um pH inadequado (alcalino) para uso 
permanente, podendo ocasionar um ressecamento da pele, destruição do manto ácido 
tornando-a mais suscetível à agressão dos agentes externos e mais permeável. Já os 
sabonetes líquidos têm se tornado uma real alternativa, pois ao contrário da maioria dos 
sabonetes sólidos mantêm o equilíbrio ácido-básico da superfície cutânea 
(GROSSKOPF; ALBRECHT, 2009). 
Há outras formas de produtos destinados à higienização da pele, como os 
leites ou loções de limpeza, que além de limpar, formam um filme emoliente 
proporcionando maciez e suavidade à mesma. Os géis de limpeza e soluções 
hidroalcóolicas são produtos de limpeza alternativos, contendo em suas formulações 
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detergentes suaves. Visando uma limpeza mais profunda, através do estímulo da 
retirada das células do estrato córneo, os produtos de limpeza podem conter em sua 
formulação esfoliantes (REBELLO, 2005). 
Após a limpeza da pele, constituindo um passo intermediário da rotina de 
tratamentos estéticos, recomenda-se a aplicação de loções tônicas, que têm como 
propriedade finalizar a limpeza, retirando os resíduos que não foram totalmente 
removidos na fase anterior, além de equilibrar o pH da pele. Suas ações podem ser 
transitórias, normalizando características estéticas (tônicas adstringentes) ou 
funcionais (tônicas descongestionantes) (KEDE; SABATOVICH, 2004; GOMES, 
2006; PERIONTO, 2008). 
Uma loção tônica adequada, também denominada de tônico facial, não deve 
irritar a pele, nem sensibilizá-la. Deve desenvolver sensação de frescor e bem estar 
e possuir conservação estável, tanto nas suas características organolépticas, como 
nas suas propriedades (BARATA, 2003). 
A propósito, importa salientar que a literatura não relata qual o pH ideal para 
os produtos cosméticos destinados à tonificação (BOMBASSARO; FERNANDES, 
2009), em contrapartida os autores descrevem que a maioria dos produtos 
cosméticos deve ter como pH ideal o mais próximo ao da pele, para que não 
ocorram modificações nos mecanismos de defesa (KEDE; SABATOVICH, 2004; 
HARRIS, 2005; REBELLO, 2005;GOMES, 2006; PERIONTO 2008). 
 Tendo como base teórica o acima exposto, o objetivo do presente trabalho 
foi verificar o valor de pH dos tônicos faciais utilizados no laboratório de 
Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí. 
 Nesse sentido, faz-se necessário abordar alguns aspectos relevantes no 
desenvolvimento do trabalho. 
 
 
pH (Potencial Hidrogeniônico) 
 
Em química, pH é o símbolo para a grandeza físico-química “potencial 
hidrogeniônico”. Essa grandeza é um índice que indica o grau de acidez, 
neutralidade ou alcalinidade de uma substância líquida. O conceito foi introduzido 
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por Sorensen em 1909. O "p" vem do alemão potenz, que significa poder de 
concentração, e o "H" é para o íon de hidrogênio (H+) (FELTRE, 2005). 
O pH mede a quantidade de (H+) e (OH-) existente em um meio (solução ou 
emulsão). Determina a medida em números, da acidez ou da alcalinidade, que está 
associado à presença dos íons H+ livres numa solução (PEYFERRITTE; MARTINI; 
CHIVOT, 1998; CONSTANZO, 2004; REBELLO, 2005). 
 Quando a concentração de H+ aumenta, o pH diminui, conferindo 
características de acidez, sendo que quando a concentração de H+ diminui o pH 
aumenta, tornando-se alcalino. Por meio de cálculos essa medição foi simplificada
para uma escala, denominada escala de pH, que varia de zero a quatorze. O valor
médio desta escala é sete, indicando que a substância é neutra, portanto a 
concentração de íons H+ e OH- são iguais, valores abaixo deste terão características 
ácidas, e as com valores acima de sete, características alcalinas (PEYREFITTE; 
MARTINI; CHIVOT, 1998; BARATA, 2003; CONSTANZO, 2004; FELTRE, 2005; 
REBELLO, 2005). 
O pH pode ser determinado através de um medidor de pH, também 
conhecido como pHmetro, acoplado a um eletrodo de pH. O medidor de pH é um 
milivoltímetro com uma escala que converte o valor de potencial do eletrodo em 
unidades de pH, ou pode ser medido com a ajuda de determinados corantes ou tiras 
de papel contendo substâncias indicadoras, que variam de cor dependendo da 
acidez ou alcalinidade do meio onde foram introduzidas (PEYREFITTE; MARTINI; 
CHIVOT, 1998; BARATA, 2003; REBELLO, 2005). 
Embora a medição com aparelhagem elétrica seja mais precisa, o uso dos 
indicadores é bastante freqüente, devido à sua comodidade. Os químicos dispõem 
de um grande número de indicadores, que mudam de cor em diferentes valores de 
pH (FELTRE, 2005). 
 
pH Cutâneo 
 
O pH, ou seja, a concentração hidrogeniônica da superfície cutânea é visto por 
alguns autores comoum importante indicador funcional da pele, devendo-se à 
produção de ácido láctico e conferindo à superfície cutânea aquilo que se 
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convencionou designar por “manto ácido cutâneo” (LEONARDI, GASPAR, 
CAMPOS, 2002). 
Segundo Barata (1995), para uma pele saudável é essencial um equilíbrio 
ácido-base. No estado normal, a superfície da pele tem sempre reação ácida, devido 
à presença de ácidos orgânicos (acético, propiônico, caprílico e outros, como o 
láctico, cítrico, ascórbico) que se encontram em concentração elevada devido à 
evaporação do suor que os contém. O grau de acidez varia de indivíduo para 
indivíduo e de acordo com o sexo e idade. A reação torna-se alcalina à medida que 
penetra nos tecidos e a tendência muito precoce para alcalose é sintoma patológico 
e sinal de degenerescência da epiderme. 
 É muito importante a preservação do manto ácido da epiderme, que possui 
um importante papel em relação aos agentes exteriores, isto é, comporta-se como 
uma barreira em relação à penetração dos microorganismos e fungos, que toleram 
mal a acidez (BARATA, 2003; SOUZA, 2004; REBELLO, 2005). 
 A pele apresenta pH levemente ácido (4,6 – 5,8), que contribui para que 
ocorra proteção bactericida e fungicida em sua superfície. Além disso, as secreções 
cutâneas apresentam apreciável capacidade tamponante, importante propriedade, 
uma vez que o pH da pele é frequentemente alterado em consequência da utilização 
de produtos tópicos inadequados, expondo a pele a uma série de agentes 
agressores, em especial microorganismos. A determinação e o controle do pH 
cutâneo, sob o ponto de vista cosmético e/ou dermatológico, são de extrema 
utilidade, uma vez que o contato com substâncias agressivas, como detergentes, 
costuma ser frequente, ou até mesmo para evitar a utilização de produtos tópicos 
inadequados (LEONARDI, GASPAR , CAMPOS, 2002). 
 
 
Interferência do pH dos Cosméticos 
 
 Os cosméticos são utilizados com diversas finalidades, tais como, higiene, 
proteção, correção e prevenção das alterações da pele e seus anexos, sendo que o 
veículo deve ser adequado a cada tipo cutâneo e os princípios ativos compatíveis às 
suas necessidades ou de seus anexos, sem provocar efeitos indesejáveis de 
qualquer natureza (GOMES, 2006). 
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 Valores de pH de formulações cosméticas, podem refletir a estabilidade de 
um produto, pois são indicativos das reações químicas que ocorrem. Os valores de 
pH fornecem informações sobre a qualidade do produto ou das matérias-primas, 
como também alerta sobre possíveis problemas advindos das formulações 
(PEYREFITTE; MARTINI; CHIVOT, 1998; SCHULLER; ROMANOWSKI, 2002). 
 Atualmente se aceita a teoria de que o emprego repetido dos agentes de 
limpeza pode alterar o pH da superfície cutânea a longo prazo, ou seja, o pH 
aumenta com o uso regular do sabão alcalino e diminui com o uso de um produto 
ácido, sendo que se o pH se alterar em caráter permanente a pele perde a sua 
capacidade defensiva (VOLOCHTCHUK et al, 2000). 
 Conhecer o pH dos produtos a serem utilizados é de extrema importância, 
pois a partir da obtenção dessa informação é que poderá ser feita a escolha 
apropriada do produto a ser utilizado, assim variando de acordo com a função e 
utilização de cada cosmético (GROSSKOPF; ALBRECHT, 2009). 
 Os relatos mostram que, dentre os efeitos indesejáveis em utilizar 
cosméticos com pH diferente da pele, destacam-se o potencial irritante e 
desidratante dos produtos de limpeza como os sabonete em barra, devido ao pH 
alcalino. A literatura preconiza o uso de sabonetes com pH ácido, uma vez que não 
interferem tão intensamente na microflora cutânea e são menos nocivos à mesma. A 
utilização de sabão convencional torna a pele mais alcalina, enquanto que um 
produto ácido diminui o pH cutâneo. Os sabonetes alcalinos devem ser 
desaconselhados às pessoas com dermatite atópica, uma vez que são mais 
suscetíveis aos efeitos irritantes e desidratante dos mesmos. Para essas pessoas, 
uma boa alternativa é o uso de sabonetes com pH ácido. O mesmo se aplica às 
pessoas com xerodermatoses e àquelas com algum grau de hipersensibilidade aos 
produtos de higiene. A pele sadia também pode se beneficiar da utilização dos 
produtos de pH ácido, pois eles se aproximam do pH fisiológico da mesma 
(VOLOCHTCHUK et al, 2000). 
 Segundo Gomes (2006), após a limpeza da pele geralmente empregam-se 
loções tônicas, as quais promovem o fechamento dos poros e o ajuste do pH. 
 
 
 
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Tônicos Faciais 
 A aplicação dos tônicos é coadjuvante nos tratamentos de beleza, uma 
vez que a sua utilização prepara e facilita qualquer tratamento cosmético posterior 
aos tratamentos de limpeza. Nem todos os tipos de pele apresentam as mesmas 
características, motivo pelo qual a composição dos tônicos faciais se adapta à 
variabilidade do substrato sobre os quais vai ser aplicado, o que inclui diferentes 
substâncias em função do tipo de pele a que se destinam (GARROTE; BONET, 
2001). 
 Os tônicos faciais são produtos destinados a serem aplicados após a 
limpeza, com a finalidade de refrescar e garantir a perfeita higiene da pele. Em 
alguns casos, a essas ações básicas são acrescidas outras, como por exemplo, um 
efeito calmante, relaxante, regenerador ou, inclusive, uma ação antisséptica. Como 
regra geral, os tônicos faciais costumam apresentar um pH ligeiramente ácido, o que 
é extremamente útil para restabelecer a acidez fisiológica da pele (GARROTE; 
BONET, 2001; KEDE; SABATOVICH, 2004; GOMES, 2006; PERIONTO, 2008). 
O mercado dispõe de uma grande variedade de produtos para tonificação, 
os quais apresentam apelos diferenciados para cada tipo de pele. Por apresentar 
propriedades e composição diferentes, devem ser aplicados de formas distintas. 
Alguns podem conter álcool em sua formulação, sendo que é importante que o teor 
alcoólico não seja muito alto para não provocar ressecamento da pele com seu uso 
contínuo (BOMBASSARO; FERNANDES, 2009). 
Segundo Rebello (2005), a quantidade de álcool nos tônicos faciais diminui 
conforme o tipo de pele, ou seja, oleosa, normal e seca e, atualmente, se utilizam 
loções tônicas sem álcool pelo fato de serem menos sensibilizantes, evitando o 
ressecamento e a desidratação. 
Em estudo realizado por Bombassaro e Fernandes (2009), foram analisados 
os tônicos faciais quanto à sua formulação e real função, concluindo-se que a função 
do tônico facial não é totalmente esclarecida na literatura, constatou-se, outrossim, 
que os produtos garantem regular o pH cutâneo e fechar os poros. Porém, somente 
os tônicos com princípios ativos adstringentes têm a propriedade de fechar os poros. 
Pelo fato de regular o pH da pele, o produto tônico deveria ser utilizado somente 
quando o pH fosse alterado, devido ao uso de algum cosmético ou procedimento 
estético. Outro aspecto relevante observado foi a utilização errônea do termo loção 
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tônica, pois uma loção é definida como emulsão, apresentando obrigatoriamente 
uma fase oleosa e as formulações analisadas apresentaram-se na forma de 
soluções. 
 
METODOLOGIA 
 
 Este trabalho baseou-se em pesquisa bibliográfica exploratória, a qual 
consiste no levantamento de informações bibliográficas pertinentes, através da 
consulta a fontes secundárias, tais como: livros, artigos científicos e sites da internet 
(GIL, 2009). 
 Foram coletados em tubo de ensaio, previamente higienizados, 20 mL dos 
tônicos faciais utilizados no laboratório de Cosmetologia e estética da UNIVALI, 
totalizando 22 amostras. As amostras foram identificadas de T1 a T22, sendo 
armazenadas em local seco e temperatura ambiente. 
 Para determinação do pH das amostras foram utilizadas duas metodologias; 
a primeira através da utilização da fita de pH (Marca Merck, lote:HC889499), análise 
baseada na imersão da fita de pH na solução durante 1 a 3 segundos e 
posteriormente comparação da cor da fita com a escala de cores, relacionandoo 
valor de pH encontrado. Este método baseia-se em uma reação colorimétrica, não 
apresentando sensibilidade quando comparado com o método do pHmetro. 
 Devido a essa característica, optou-se em confirmar o resultado dos valores 
de pH, através do equipamento (pHmetro) que apresenta sensibilidade de até 100%. 
 O pHmetro (modelo DM 20, marca Digimed) do Laboratório de Análise de 
Medicamentos – LAPAM, da Univali, foi calibrado com soluções de pH padrão de 4,7 
e 10, para posterior análise das amostras. 
 Após a obtenção dos resultados, os valores de pH dos tônicos faciais foram 
comparados e relacionados com os princípios ativos presentes na formulação. 
 Para a tabulação dos dados foi utilizado o programa Excel 97/2003®. 
 
 
 
 
 
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RESULTADOS E DISCUSSÕES 
As formulações dos 22 tônicas e loções faciais analisados apresentaram a 
composição e classificação segundo a propriedade de seus princípios ativos de 
acordo com a tabela 1. 
Tabela 1: Tônicos faciais avaliados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pode-se verificar que 100% dos produtos tônicos analisados se apresenta 
na forma de solução, sendo seu principal veículo a água, ou seja, são produtos 
basicamente hidrofílicos, apesar de alguns indicarem na sua rotulagem tratarem-se 
de loção tônica. 
Além de estarem na forma de solução, as propriedades atribuídas ao tônico, 
através do apelo dos fabricantes, é bastante variada como também a diversidade de 
princípios ativos presentes nas formulações, como pode ser observado na tabela 1. 
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O pH foi determinado através da fita de pH (série 1,em azul na figura 1) e 
pHmetro (série 2, em vermelho, na figura 1), obtendo-se diferentes valores entre as 
formulações de tônicos analisadas, estando os valores encontrados entre 3,0 e 7,31. 
Figura 1: Gráfico comparativo entre os métodos 
 
Pode-se perceber que os instrumentos utilizados para determinação do pH 
apresentam diferenças entre os valores obtidos para algumas amostras analisadas 
(figura 1), principalmente na faixa de pH entre 5 e 6. Através da medição com o 
pHmetro os valores definidos apresentam maior exatidão, devido à sensibilidade do 
método (99%). 
Apesar do método do pHmetro ser mais sensível, dentro da rotina dos 
tratamentos estéticos o mais viável é o uso da fita indicadora, sendo que os valores 
encontrados servem para contribuir na escolha de produtos adequados, resultando 
em tratamentos estéticos eficientes e dando mais segurança na escolha de um 
produto adequado, principalmente quando se refere à utilização dos tônicos faciais, 
pois se atribui ao produto propriedade de restabelecer o equilíbrio ácido-básico da 
pele. A figura 2 demonstra a prevalência dos valores de pH dos tônicos faciais 
determinados através da fita de pH. 
 
 
 
 
 
Figura 2: Gráfico da prevalência dos valores de pH dos tônicos faciais pelo método da fita de pH. 
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 Na avaliação do pH, observou-se uma prevalência de 70% dos tônicos 
faciais com valor de pH entre 4,5 e 5,0, sendo que 17% variaram de 5,5 a 7,0 e 13% 
oscilaram entre 3,0 e 4,0. As diferenças nos pHs obtidos dos tônicos faciais 
poderiam estar relacionadas com a composição, sequência de utilização dentro dos 
protocolos estéticos e finalidade do produto, porém a formulação com menor pH 
não apresenta substância ácida na composição e tem como propriedade ação 
antisséptica. Apesar da variação do valor de pH encontrado, constata-se que a 
maioria dos tônicos apresenta pH adequado para utilização, pois de acordo com 
Barata (2003) e Rebello (2005) o pH cutâneo varia entre 4,5 e 5,5. Para uma pele 
saudável é necessário haver um equilíbrio ácido - básico, preservando o manto ácido da 
epiderme (HARRIS, 2005). 
 Outro aspecto relevante observado é que os valores de pH encontrados 
diferem quando a finalidade é relacionada, como demonstrado na figura 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Valor de pH dos tônicas em relação à finalidade. 
 
 De acordo com os dados obtidos na presente pesquisa, fica evidente que os 
tônicos faciais apresentam valor de pH variável, sendo que a utilização para regular o 
pH cutâneo dependerá dos produtos utilizados anteriormente, sendo que para essa 
função deve-se conhecer o pH do produto. Com esse entendimento, a função do 
tônico facial está muito mais relacionado com os componentes da formulação, não 
devendo ser atribuída uma função especifica ao produto. 
 Conhecer o pH dos produtos a serem utilizados é de extrema importância, pois 
a partir da obtenção dessa informação é que poderá ser feita a escolha apropriada do 
produto a ser utilizado, assim variando, de acordo com a função e utilização de cada 
cosmético (GROSSKOPF; ALBRECHT, 2009). 
 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 As medições efetuadas demonstraram que 70% dos tônicos apresentam pH 
entre 4,5 e 5,0. Embora seja recomendada a utilização dos tônicos faciais após a 
limpeza da pele, para regular o pH cutâneo, e considerando-se que as medições 
efetuadas mostraram que o tônico facial possui pH bem próximo ao da pele, é 
discutível a sua utilidade para esse fim. 
 Desta forma, concluímos que embora seja recomendado como um 
coadjuvante no tratamento estético para a remoção de resíduos não eliminados na 
fase de limpeza, se o tônico facial for utilizado apenas para a regulação do pH 
cutâneo, sua utilização é opcional. 
 Cumpre mencionar que o presente estudo não é conclusivo, tratando-se 
apenas de um levantamento de dados e relacionamento de conceitos, visando 
demonstrar aos profissionais da área estética a variabilidade dos níveis de pH dos 
tônicos faciais e a importância de determinar o pH dos produtos selecionados para 
utilização no tratamento facial. 
 Sugere-se a inclusão da determinação do pH dos tônicos faciais, através da 
medição com fita de pH, método simples e rápido e estudos mais aprofundados 
relativos á interferência do pH dos produtos cosméticosno pH da pele. 
 
REFERÊNCIAS 
BARATA, E. A. A cosmetologia: princípios básicos. São Paulo: Tecno Press, 
2003, p. 13-21, 89-90. 
 
BOMBASSARO, H. M.; FERNANDES B.; FRANÇA A. J.V.B.V. Análise dos 
produtos tônicos faciais quanto a sua formulação e real função. Trabalho de 
Conclusão de Curso – Curso de Tecnologia em Cosmetologia e Estética, da 
Universidade Vale do Itajaí (Univali), Balneário Camboriú, Santa Catarina, 2009. 
 
CONSTANZO, L. S. Fisiologia. 2. Ed., 4ª. Tiragem, Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 
 
���
FELTRE, R. Química Geral. Vol. 1. São Paulo: Moderna, 2005, p. 203-204. 
Disponível em 
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080409172018AA66LRz. 
Acessado em 18/09/2009. 
 
GARROTE, A.; BONET, R. Higiene Facial. Ámbito Farmacéutico.Dermatofarmacia, 
Vol. 20, Numero 11, dez./2001, p. 66-74. Disponível em 
http://www.doymafarma.com/doymafarma/ctl_servlet?_f=37&id=13022374, 
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