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Odontologia 2020.1/Bioquímica Bucal Atividade de Consolidação de Conhecimento- ACC acad. : Durvalina Brito F. Rodrigues/ Matr. : 201042409 ACC Lipídios-Semana 07 1. Defina lipídios e seus diferentes tipos. Lipídios são substâncias orgânicas encontradas em organismos vivos, solúveis em solventes apolares ou fracamente polares como (hexano, éter dietílico, diclorometano e clorofórmio). A palavra lipídio vem do grego lipos, que significa ‘gordura’. São biomoléculas compostas por Carbono, Oxigênio e Hidrogênio. Essas substâncias são classificadas como lipídios em virtude de terem como base uma propriedade física (a solubilidade em solventes orgânicos) e não como resultado de suas estruturas como os carboidratos e as proteínas. Lipídios incluem substâncias como as gorduras, óleos, ceras, terpenos, esteroides e muitas vitaminas. Os lipídios são classificados em dois tipos: aqueles como as gorduras e as ceras, que contém ligações de ésteres e podem ser hidrolisados, e aqueles como o colesterol e outros esteróides, que não contém ligações ésteres e não podem ser hidrolisados. (Carotenóides, Ceras, Fosfolipídios, Glicerídeos, Esteroides ). 2. Qual é a principal propriedade dos lipídeos? Propriedades Físicas Pontos de fusão e ebulição - Aumentam com o aumento da cadeia e são influenciados pelo comprimento, presença de ramificações, n° e posição das duplas ligações; A viscosidade de uma gordura deve-se a fricção interna entre os lipídios que a constituem; Apresentam alta viscosidade; Apresentam baixa densidade; O índice de refração da gordura aumenta quando aumenta o comprimento da cadeia, bem como com a insaturação; O índice de refração diminui conforme aumenta a temperatura; Polimorfismo; Importante na indústria de óleos e gorduras, já que a consistência de gorduras hidrogenadas, manteiga, margarina, gorduras animais, vai depender também da forma cristalina dos ácidos graxos; Admitem-se pelo menos três formas distintas designadas; Miscíveis em solventes apolares; totalmente insolúveis em solventes polares, e parcialmente solúveis em solventes de polaridade intermediária; A solubilidade em solventes orgânicos diminui à medida que aumentam o comprimento da cadeia e o grau de insaturação; Os fosfolipídios podem interagir com a água. Propriedades químicas Reação de neutralização - Consiste na neutralização do grupo carboxílico do A.G na presença de uma base forte; Reação de Hidrogenação- Adição de hidrogênio as duplas ligações, conversão de óleos em gorduras utilizáveis na indústria de elaboração de margarinas e gorduras emulsificantes. Após a hidrogenação, as gorduras melhoram a cor e são menos suscetíveis à oxidação, sendo, por isso, mais estáveis; Reação de Saponificação - É qualquer reação de um éster com uma base para produzir um álcool e um sal alcalino de um ácido carboxílico. 3. Cite a classificação dos lipídeos. Os lipídios são classificados em simples, compostos e derivados. Os lipídios simples são compostos que por hidrólise total dão origem somente a ácidos graxos e álcoois. Esta categoria inclui os óleos e gorduras, representados pelos ésteres de ácidos graxos e glicerol, sendo denominados acilgliceróis; e as ceras, ésteres de ácidos graxos e monohidroxiálcoois de alto peso molecular geralmente de cadeia linear. Os lipídios compostos são aqueles que contêm outros grupos na molécula, além de ácidos graxos e álcoois. Este grupo inclui os fosfolipídios (ou fosfatídios), que consistem de ésteres de ácidos graxos, que contêm ainda na molécula ácido fosfórico e um composto nitrogenado; e os cerebrosídios (ou glicolipídios), compostos formados por ácidos graxos, um grupo nitrogenado e um carboidrato. São chamados lipídios derivados as substâncias obtidas na sua maioria por hidrólise dos lipídios simples e compostos. Este grupo inclui ácidos graxos; alcoóis, como glicerol, alcoóis de cadeia reta de alto peso molecular, e esteróis; hidrocarbonetos; vitaminas lipossolúveis; pigmentos; e compostos nitrogenados, entre os quais colina, serina, esfingosina e aminoetanol. A melhor classificação para os lipídios é aquela baseada na presença ou não de ácidos graxos em sua composição. Os lipídios com ácidos graxos em sua composição são saponificáveis, pois reagem com bases formando sabões. Tem pode ser classificados: Quanto ao tipo de ligação de Carbono (C-C), como saturado ( ligações simples) e instaurados ( Monoinsaturados → 1 ou Poliinsaturados → 2 ou mais); e Quanto à síntese em animais como Essenciais( Poliinsaturados -linoléico ou linolênico) ou Não essenciais (Saturados Monoinsaturados). 4. Discuta 05 funções dos lipídeos. ● Os lipídios são os principais depósitos de energia, e constituem o combustível celular ideal, pois cada molécula carreia grandes quantidades de energia por unidade de peso e podem ser encontrados livres nas células como reserva energética e são as moléculas mais eficientes como reserva energética. Os ácidos graxos são as biomoléculas mais calóricas, apesar dos carboidratos serem bem mais eficazes na produção de energia. O metabolismo energético dos lipídios acontece, portanto, secundariamente ao dos carboidratos, o que torna os lipídios que contém ácidos graxos, notadamente os triacilgliceróis (trigligerídeos), as principais biomoléculas de reserva energética. Um grama de gordura contém cerca de nove calorias de energia, mais que o dobro da capacidade armazenadora de energia de uma quantidade igual de carboidratos e proteínas. ● A gordura é um elemento de grande importância na alimentação humana devido às suas propriedades nutricionais, funcionais e organolépticas. É vital para o metabolismo pleno do organismo humano, pois fornece ácidos graxos essenciais necessários à estrutura das membranas celulares e prostaglandinas, além do que serve como transportadora das vitaminas lipossolúveis A, D, E e K2. ● A membrana plasmática é um envoltório que delimita a célula. Quimicamente, a membrana plasmática é composta de lipídios e proteínas. Os lipídios fornecem fluidez e facilitam os transportes passivos; os glicídios, externos, são associados às proteínas e lipídios, exercendo papel protetor e de reconhecimento de substâncias que tocam a célula. O colesterol, presente nas células animais, confere maior grau de rigidez à membrana. ● A gordura é fundamental para o desenvolvimento cerebral, porque é necessária para a mielinização e crescimento dos neurônios e também para o desenvolvimento da retina. ● Produção de hormônios e sais biliares - O colesterol é o esterol mais abundante dos tecidos animais, podendo servir como precursor para a síntese de outros esteroides, como os hormônios sexuais e do córtex da glândula suprarrenal, sais biliares e vitamina D. 5. Mostre a estrutura genérica de um ácido graxo. Ácidos graxos são substâncias orgânicas encontradas em temperatura ambiente em fases sólida, líquida e semissólida. Apresenta a carboxila, carbono ligado ao Hidrogênio e a uma Hidroxila. De uma forma geral eles apresentam cadeias carbônicas abertas saturadas oi insaturadas nas quais o número de carbonos pode variar entre 04 e 22 átomos. Fórmula estrutural geral de um ácido graxo Fórmula estrutural do ácido linoleico (monoinsaturado) . 6. Diferencie e discuta as propriedades dos ácidos graxos saturados e insaturados. OS ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS não possuem duplas ligações e são geralmente sólidos à temperatura ambiente. As gorduras de origem animal são geralmente ricas em ácidos graxos saturados (carne bovina, porco, galinha, gema do ovo (principalmente produtos animais); óleo de coco, folhas de palmeiras). OS ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS possuem uma ou mais duplas ligações sendo mono (uma ligação dupla) ou poli-insaturados (duas ou mais ligações duplas). São geralmente líquidos à temperaturaambiente. Os óleos de origem vegetal são ricos em ácidos graxos insaturados. As gorduras são formadas principalmente por ácidos graxos saturados, que não apresentam nenhuma dupla ligação entre carbonos ao longo da cadeira. Tal fato confere a consistência sólida das gorduras em temperatura ambiente. São exemplos de alimentos com maior quantidade de ácidos graxos saturados: manteiga, óleo de coco, óleo de palma, cacau, gordura animal, leite integral. Já nos óleos há predominância de ácidos graxos insaturados, que possuem uma ou mais duplas ligações entre carbonos ao longo das cadeias. É a presença da instauração que confere a consistência líquida aos óleos. São alimentos ricos em ácidos graxos insaturados: óleo de soja, de milho, de girassol, de canola e de oliva. Além disso, os ácidos graxos insaturados são divididos em monoinsaturados (quando possuem apenas uma dupla ligação) ou poli-insaturados (quando possuem duas ou mais duplas ligações). Nosso organismo consegue sintetizar ácidos graxos saturados e monoinsaturados (ômega 09), mas não sintetiza poli-insaturados (ômega 3 e 6), por isso, são considerados ácidos graxos essenciais, devendo ser consumidos através de alimentos como: óleo de soja, óleo de milho, óleo de canola e óleo de peixe. 7. Defina lipídios de armazenamento. Qual é a sua fonte? São substâncias usadas como moléculas que armazenam energia ou carbono nos seres vivos (animais e vegetais), são os lipídios considerados neutros (ácido graxo + glicerol) = triglicérides, que não possuem nenhuma polaridade. Sua principal função é a de armazenamento de energia, sendo os lipídios encontrados em maior quantidade nos alimentos. Dentre as gorduras, as fontes de triglicérides vão desde os óleos vegetais, incluindo o azeite, laticínios integrais como manteiga, iogurtes, queijos e requeijões a carne bovina e todo tipo de gordura animal. Triglicérides são as principais gorduras do nosso organismo e servem como uma reserva de energia. Mas se você tem um nível alto no sangue, isso pode aumentar o risco de uma doença cardíaca e outros problemas de saúde. Por isso, é importante monitorar e saber o que fazer para diminuir seus triglicérides. 8. Quais são as vantagens dos lipídeos sobre os carboidratos como substâncias de reserva? Quais as desvantagens? Os lipídios são os principais depósitos de energia. Constituem o combustível celular ideal, pois cada molécula carreia grandes quantidades de energia por unidade de peso. Podem ser encontrados livres nas células como reserva energética e são as moléculas mais eficientes como reserva energética. Os ácidos graxos são as biomoléculas mais calóricas, apesar dos carboidratos serem bem mais eficazes na produção de energia. O metabolismo energético dos lipídios acontece, portanto, secundariamente ao dos carboidratos, o que torna os lipídios que contém ácidos graxos, notadamente os triacilgliceróis (triglicerídeos), as principais biomoléculas de reserva energética. Um grama de gordura contém cerca de nove calorias de energia, mais que o dobro da capacidade armazenadora de energia de uma quantidade igual de carboidratos e proteínas. A maior parte dessa gordura fica disponível para a produção de energia, especialmente durante o exercício prolongado. Os nutrientes em excesso, que não as gorduras, são transformadas prontamente em gordura para serem armazenados. Dessa forma, a gordura funciona como principal depósito do excesso de energia alimentar. À semelhança do que ocorre com os carboidratos, a utilização de gorduras como combustível poupa proteínas para suas importantes funções de síntese e reparo dos tecidos. Mas, apesar da enorme quantidade de energia acumulada nas gorduras, a velocidade com que estas são oxidadas para a produção de energia, principalmente em exercícios intensos de curta duração, é relativamente menor do que a dos carboidratos. Por isso, quando o organismo necessita de maior quantidade de energia por unidade de tempo, utiliza os carboidratos. Já nos exercícios de resistência (como corrida ou ciclismo), conforme diminui a intensidade do esforço, os lipídios passam a ser responsáveis por maior produção de energia. Cada grama de lipídio fornece nove calorias, enquanto cada grama de proteínas e de carboidratos fornece quatro calorias. Apesar disso, os carboidratos são vistos como a principal e é a mais eficiente fonte energética, já que necessitam menos oxigênio para a sua oxidação quando comparados aos lipídios e proteínas. 9. Qual é a diferença entre gordura e óleo? Em nutrição e alimentação, a diferenciação entre óleos e gorduras se faz pela estrutura mais sólida ou líquida. Os óleos derivam de ácidos graxos com estruturas insaturadas e por isso essas são mais curvas e resiste pouco a ação da temperatura, são mais líquidos visualmente. As gorduras, geralmente ácidos graxos de origem animal, são sólidas à temperatura ambiente, característica derivada de estruturas lineares e facilmente compressivas, necessitando de maior energia para se desfazer, e atingir fase líquida. Ambos são classificados como materiais graxos, variando apenas a sua origem: um vem de origem animal (gordura) e o outro tem origem vegetal (óleo). 10. Lipídios ou gorduras são vistos pela população em geral como algo maléfico. Discuta três aspectos positivos dos lipídios em seu corpo. Estes compostos cumprem várias funções importantes para o organismo, dentre elas fazer parte da estrutura de todas as células do organismo, ser o maior meio de estocar nutrientes, funcionando como reserva de energia, serem os precursores de hormônios (como testosterona, estradiol, progesterona e muitos mais), de vitaminas e da bile, atuam como protetores de órgãos vitais e são importantes para o isolamento térmico. Por essas razões, as gorduras são indispensáveis para o organismo. O colesterol muitas vezes é mal visto, porém ele não faz mal à saúde. Pelo contrário, o colesterol é importante para o funcionamento normal do organismo. O que faz mal à saúde é o excesso de colesterol. São estocados na forma de glicogênio no fígado e músculos, e esta reserva é utilizada para proporcionar um bom rendimento durante a prática de atividade física por exemplo. A gordura é um elemento de grande importância na alimentação humana devido as suas propriedades nutricionais, funcionais e organolépticas. É vital para o metabolismo pleno do organismo humano, pois fornece ácidos graxos essenciais necessários à estrutura das membranas celulares e prostaglandinas, além do que serve como transportadora das vitaminas lipossolúveis A, D, E e K2 . As gorduras provenientes da dieta correspondem em média de 40% a 45% do consumo de calorias diárias dos indivíduos. A gordura é um termo genérico para uma classe de lipídios. 11. Defina lipases. A lipase é uma enzima digestiva produzida principalmente no pâncreas e tem como função quebrar a gordura da alimentação em moléculas menores, para que assim possam ser absorvidas pelo intestino. Além do pâncreas, a boca e o estômago também produzem um pouco de lipase para facilitar a digestão. Sua principal função é catalisar a hidrólise de triacilglicerol em glicerol e ácidos graxos livres e são encontradas em uma grande variedade de seres vivos. Lipase é uma enzima que cliva hidroliticamente um ânion de ácido graxo de um triglicerídeo e fosfolipídio, ou seja, é responsável pela quebra e absorção de gorduras nos intestinos. 12. Descreva de que forma os triacilgliceróis podem se converter em corpos cetônicos. Corpos cetônicos são produtos da transformação de lipídios de armazenamento (triglicérides) em glicose, apresenta grupo funcional cetona, são combustíveis alternativos à glicose, em uma condição de jejum propriamente dito a jejum prolongado. São sintetizados na matriz mitocondrial dos hepatócitos no fígado, a partir de umexcesso acetil-coA causado pelo excesso de lipólise causado por uma baixa glicemia, ou seja, jejum prolongado que aumenta a lipólise. O fígado está fazendo gliconeogênese para a produção de glicose, com isso está utilizando oxaloacetato e o acetil-coA não poderá se combinar com o mesmo para a formação de citrato e iniciar o ciclo de Krebs, tendo-se então um excedente de acetil-coA. No fígado dentro da mitocôndria o acetil-coA acumulado sofrerá ação das tiolases e se juntarão para a formação dos corpos cetônicos (ácido acetoacético ou acetoacetato). Estes corpos cetônicos sairão da mitocôndria e serão lançados na corrente sanguínea aonde irão para os tecidos neural (cérebro) e muscular que são consumidores do mesmo para produção de energia. 13. Relacione a oxidação dos triacilgliceróis (TAG) com o metabolismo glicídico. De que forma os TAG podem contribuir com a glicólise e ou gliconeogênese? O metabolismo glicídico é pegar a glicose, o glicogênio do nosso corpo para transformar em energia. É muito mais rápido, dá muito mais energia e é muito eficiente. A mobilização do depósito de triglicérides é obtida pela ação das lipases dos adipócitos (células de gordura), que são enzimas sujeitas à regulação hormonal, que hidrolisa os triacilgliceróis a ácidos graxos e glicerol, sendo estes produtos oxidados por vias diferentes. O glicerol não pode ser reaproveitado pelos adipócitos, por esses não terem a glicerol quinase, e são, por isso, liberados na circulação. Já no fígado e em outros tecidos, que têm essa quinase, o glicerol é convertido a glicerol-3-fosfato e depois transformado em diidroxiacetona fosfato, um intermediário da glicólise e da neoglicogênese. Na alimentação, eles estão disponíveis nos alimentos ricos em carboidratos simples (açúcar, farinha branca, etc.) e nos gordurosos − principalmente de origem animal, como carnes, leite integral e queijos amarelos. O armazenamento de ácidos graxos na forma de triglicerídeos é o mais eficiente e quantitativamente mais importante do que o de carboidratos na forma de glicogênio. Quando hormônios sinalizam a necessidade de energia metabólica, promove-se a liberação destes com o objetivo de convertê-los em ácidos graxos livres, os quais serão oxidados para produzir energia. 14. Defina ceras. Qual particularidade elas possuem? As ceras são lipídios simples constituídos por uma molécula de álcool ligada a uma ou mais moléculas de ácidos graxos. São substâncias de alto peso molecular, de cadeia carbônica linear, apresentam solubilidade em lipídios e outros solventes orgânicos (benzina, terebentina, éter e clorofórmio, por exemplo), são maleáveis, amolecem a uma temperatura a partir de 35°C e apresentam densidade próxima à da água, são completamente insolúveis em água, atuando, portanto, como isolantes elétricos. A principal característica das ceras é a sua total insolubilidade em água e isso faz com que elas sejam muito úteis a plantas e animais. As folhas de diversos tipos de plantas têm sua superfície envolta pela cera, tornando-as impermeáveis, o que evita a perda excessiva de água pela transpiração. O corpo de certos animais também é revestido por ceras, como é o caso das aves aquáticas, que têm suas penas recobertas de ceras produzidas pelas glândulas uropigianas utilizadas, sobretudo, para facilitar a sua flutuação. No ouvido humano, as ceras (ou cerume) são produzidas e expelidas pelas glândulas sebáceas e desempenham a função de proteger a estrutura contra infecções por microrganismos. 15. Defina fosfolipídios, exemplificando-os. Os fosfolipídios são lipídios compostos por a molécula de glicerol, por uma cadeia insaturada de ácido graxo e uma cadeia saturada, por um ou dois grupos fosfato e uma molécula polar ligada a ele, são moléculas anfipáticas, ou seja, possuem parte da molécula que é hidrofílica e a outra parte que é hidrofóbica: Possuem uma cabeça constituída pelo grupo fosfato (polar) ligada a uma cauda constituída por cadeias de ácidos graxos (apolares). Na membrana celular as cabeças polares ficam voltadas para o exterior e as caudas apolares para o interior. Os lipídios das membranas são os fosfolipídios (subdivididos em glicerofosfolipídeos e ) e os esteróis. esfingolipídios Glicerofosfolipídeos são as principais classes de lipídios nas membranas, estando presente na membrana plasmática de procariontes e eucariontes e nas membranas das organelas do citoplasma de eucariontes. Os esfingolipídios são a segunda classe mais abundante de lipídios nas membranas, encontrados somente em eucariontes e são lipídios anfipáticos contendo um ácido graxo de cadeia muito longa, uma esfingosina um aminoálcool e uma parte polar variável como nos glicerofosfolipídeos, muitos deles são glicolipídios, estando à porção carboidrato sempre voltado para fora da célula formado o glicocálix, são abundantes na membrana plasmática de neurônios, formando a bainha de mielina para a transmissão do Impulso nervoso e são sítios de reconhecimento celular e principalmente nas hemácias, determinando os grupos sanguíneos humanos. Os esteróides são a terceira classe de lipídios nas membranas. Sua estrutura anfipática contém uma região polar geralmente uma hidroxila no carbono 03 e uma região apolar composta por 4 anéis de carbonos, sendo 3 de seis carbonos e 1 de cinco carbonos (núcleo esteróide) e uma cadeia hidrocarboneto não cíclica. O esterol das células animais é o colesterol. As células dos outros seres vivos (exceto procariontes) também apresentam esteróis nas membranas: fitoesteróis nas células vegetais, ergosterol nos fungos etc. 16. Defina esteróides. Qual é a importância da molécula de colesterol? Os esteróides também são lipídios porque são substâncias apolares. Devido ao seu caráter apolar eles atravessam membranas celulares, podendo deixar as células nas quais são sintetizados e entrar nas células alvo. Dentre esses compostos estão os hormônios sexuais femininos e masculinos, os hormônios adrenocorticóides, as vitaminas D, os ácidos biliares e o colesterol. São lipídios que possuem um núcleo tetracíclico em sua estrutura. Um exemplo importante é o colesterol, o qual é o esteróide mais abundante nos tecidos animais e serve de precursor para a síntese de outros esteróides, como hormônios esteróides (hormônios sexuais e do córtex de glândulas suprarrenais), sais biliares e vitamina D. Além disso, está presente na membrana celular e é importante para a fluidez da membrana, uma vez que diminui a interação dos fosfolipídios saturados. Nos tecidos vegetais, a concentração de colesterol é, em média, 100 vezes menor que nos animais. Possuem maior quantidade de outros esteróides, como os fitoesteróides, que diferem do colesterol pelos substituintes da cadeia lateral. O membro mais abundante da família dos esteróides nos animais é o colesterol, precursor de todos os outros esteróides. Colesterol palavra derivada das combinações do grego “bile” (choles) e “sólido” (stereos), é componente importante das membranas celulares, ele é essencial à vida. 17. Quais são as moléculas responsáveis pelo transporte de lipídeos no plasma? Especifique cada uma delas. Devido à sua natureza hidrofóbica, os lipídios, após sua absorção, são transportados no plasma pelas lipoproteínas – partículas formadas por uma capa hidrofílica constituída por fosfolipídios, colesterol livre e proteínas, envolvendo um núcleo hidrofóbico que contém TAG e colesterol esterificado. As proteínas que constituem as lipoproteínas são denominadas apolipoproteínas ou apoproteínas (apo), e estão envolvidas na regulação de importantes processos fisiológicos, sendo o principal a facilitação no transporte lipídios sintetizado, endogenamente ou adquiridos pela dieta, como o colesterol, os triglicerídeos e os fosfolipídios, pelo plasma sanguíneo. A estrutura básica das lipoproteínas é idêntica,variando somente de tamanho e proporção entre os seus componentes. A fração proteica é composta por apoproteínas, enquanto que a parte lipídica é formada por colesterol, triglicerídeos e fosfoglicerídeos. De acordo com as suas características físico-químicas são divididas em: , quilomícrons (lipoproteína de muito baixa densidade), LDL (lipoproteína de baixa VLDL densidade) e HDL (lipoproteína de alta densidade). Consistem em moléculas grandes de lipoproteínas sintetizadas pelas células do Quilomícrons: intestino, formado em 85-95% de triglicerídeos de origem alimentar (exógeno), pequena quantidade de colesterol livre, fosfolipídeos e 1-2% de proteínas. Uma vez que possui muito mais lipídeos do que proteínas, os quilomícrons são menos densos do que o plasma sanguíneo, flutuando nesse líquido, conferindo um aspecto leitoso ao mesmo, levando a formação de uma camada cremosa quando este é deixado em repouso. VLDL (very low density lipoprotein),: São lipoproteínas de grande tamanho, porém menores do que os quilomicrons, sintetizadas no fígado. Sua composição compreende 50% de triglicerídeos, 40% de colesterol e fosfolipídeos e 0% de proteínas, especialmente a Apo B- 100, Apo C e alguma Apo E. Este tipo de lipoproteína tem como função transportar os triglicerídeos endógenos e colesterol para os tecidos periféricos, locais onde serão estocados ou utilizados como fontes de energia. Igualmente aos quilomícrons, são capazes de turvar o plasma. LDL (low density lipoprotein): são as lipoproteínas de baixa densidade, são partículas diminutas que, mesmo quando emgrandes concentrações, não são capazes de turvar plasma. Aproximadamente 25% desta lipoproteína são composta por proteínas, em particular a Apo B-100 e pequena quantidade de Apo C, o resto é composto por fosfolipídios e triglicerídeos. O LDL é a lipoproteína que mais transporta colesterol para locais onde ela exerce uma função fisiológica, como, por exemplo, para a produção de esteróides. HDL (high density lipoprotein): são partículas pequenas, compostas de 50% por proteínas (especialmente a Apo A II, e uma pequena parcela de Apo C e Apo E), 20% de colesterol, 30% de triglicerídeos e vestígios de fosfolipídeos. Esta lipoproteína se divide em duas subclasses distintas: HDL 2 e HDL 3. Estas subclasses são distintas em tamanho,composição e densidade, principalmente no que diz respeito ao tipo de apoproteínas. Possuem a função de carrear o colesterol até o fígado diretamente, ou transferem ésteres de colesterol para outras lipoproteínas, em especial as VLDL. A HDL 2 é conhecida pelo papel protetor na formação de aterosclerose. 18. Por que o VLDL é menos denso que o HDL? Está relacionado à função de cada um como lipoproteína transportadora, o HDL que é mais denso, e é considerado Bom Colesterol por agir fazendo o transporte reverso desse colesterol que é depositado nos vasos e artérias, sendo deixado pelo VLDL, que por possuir baixa densidade o colesterol acaba se ligando a ele e levando-os facilmente para tecidos importantes, e essa baixa densidade faz com que esse colesterol fique pelo caminho se depositando nas paredes desses vasos trazendo vários prejuízos, como a diminuição do fluxo sanguíneo, e é aí onde entra a importância de o HDL ser mais denso, pois tem a função de carregar o colesterol depositado nas paredes desses vasos, se movendo contra a corrente transportando elas de volta ao fígado para serem metabolizadas e formar energia celular. 19. Explique a importância dos esteróis para a estrutura das membranas das células eucarióticas. São os principais componentes das membranas celulares; isto é especialmente importante porque as membranas são um dos maiores componentes estruturais e organizados das células. Presentes na constituição de estruturas celulares (fosfolipídios e colesterol), como a membrana plasmática, do retículo endoplasmático rugoso e liso em membranas dos organóides que as possuem (mitocôndrias, cloroplastos, etc.). Os esteróis desempenham diversas funções celulares e estão presentes na maioria das membranas celulares das células eucariotas, sendo o colesterol o principal esterol das células animais. A proporção do colesterol nas diferentes membranas é variável, o que determina propriedades como a fluidez e permeabilidade das membranas. A membrana plasmática e as demais membranas celulares são constituídas principalmente de lipídios, proteínas e hidratos de carbono. Os lipídios mais comuns nas membranas são os fosfolipídios principalmente os fosfoglicerídeos. As membranas das células animais contêm colesterol e as das células vegetais apresentam outros esteróis. Os esteróis são importantes porque através da concentração deles, a célula pode variar a fluidez das membranas. Apesar de os diversos componentes, nomeadamente os fosfolipídios constituintes da bicamada, estarem unidos por ligações fracas, o certo é que a integração dessas forças, em número extremamente elevado, confere à membrana uma determinada resistência à tracção, responsável pela manutenção da individualidade e estrutura celular. A indução da hemólise dos glóbulos vermelhos, através da sujeição destes a um meio hipotónico, põe em destaque o limiar da resistência da membrana. Isso tudo explica o modelo do mosaico fluido, para denominação da estrutura das membranas celulares. 20. Relacione o aparecimento das periodontites aos níveis de colesterol. A principal consequência do colesterol alto é o aumento considerável do risco de doenças cardiovasculares, já que devido ao aumento do LDL há maior deposição de gordura nos vasos sanguíneos, o que resulta na alteração do fluxo sanguíneo e, consequentemente, atividade do coração, então isso acaba interferindo diretamente na resposta inflamatória e a doença periodontal crônica, devido à diminuição na capacidade da resposta imunológica o seu organismo não responde bem às invasões bacterianas que ocorrem nos tecidos da cavidade bucal, bastante prevalente na população adulta, e tem sido relacionada com diversas alterações sistêmicas, entre elas as dislipidemias, em que o processo inflamatório e a atividade bacteriana no periodonto parecem aumentar o risco para a Doença aterosclerótica (O processo inflamatório do periodonto leva a um aumento das concentrações da PCR e de outros mediadores, como o fibrinogênio, gerando uma resposta sistêmica. A DP também é capaz de influenciar a ocorrência e a severidade de algumas doenças sistêmicas, como as doenças cardiovasculares). Dislipidemias também podem causar xerostomia e/ou hiposalivação como efeito secundário ao tratamento, e esses efeitos também estão relacionados às doenças periodontais, isso devido às disfunções salivares e falta de proteção de dentes e estruturas anexas, que a saliva confere. Leitura interessante: pcd.org.br/index.php/noticias/1107/em-foco/10-11-2017/estudo- indica-que-bacterias-da-boca-estao-relacionadas-a-aterosclerose Pesquisas recentes indicam que a periodontite pode estar associada ao desenvolvimento de doença cardiovascular. Uma explicação para essa associação é que as proteínas inflamatórias e as bactérias presentes no tecido periodontal penetram na corrente sanguínea, causando diversos efeitos no sistema cardiovascular. 21. O que ocorre com as macromoléculas do corpo no estado bem alimentado? E no jejum? Descreva! No estado bem alimentado: A insulina indica que a glicose no sangue está em nível mais elevado do que o normal, fazendo com que o tecido muscular a absorva para que seja transformada em glicogênio muscular. No hepatócito, essa substância também ativa a glicogênio-sintase e promove a inativação da glicogênio-fosforilase, de forma que considerável quantidade de glicose-6-fosfato é dirigida à produção de glicogênio. Esse hormônio também impulsiona o estoque do excedente de energia nas células adiposas no formato de gordura.No fígado, a insulina causa a oxidação da glicose-6-fosfato em piruvato, através do processo de glicólise, e a oxidação do último em acetil-CoA. A quantidade de acetil-CoA não utilizada como combustível servirá para a produção de ácidos graxos, conduzidos do fígado para as células adiposas como triacilgliceróis, em VLDL. Por meio deste processo, será estimulada a produção de triacilgliceróis também nos adipócitos. Em síntese, as consequências provocadas pela insulina consistem em estimular a transformação do excedente da glicose do sangue através do armazenamento de glicogênio no fígado e no tecido muscular, bem como do armazenamento do triacilgliceróis no tecido adiposo. A 1ª possibilidade é formar glicogênio (glicogênese) 2ª possibilidade é produção de energia (ATP), 3ª possibilidade é a glicose formar tracilglicerol que forma VLDL que vai para o tecido adiposo, ou ir para o tecido muscular, mas é para produção de ATP e não armazenamento e a 4ª possibilidade é exportação da glicose para outros tecidos , como cérebro, adipócito e para o músculo, e boa parte vai para o músculo e tecido adiposo, quando estes tecidos não absorvem a glicose caracteriza a hiperglicemia. O fígado está lipogênico. Estado de jejum inicial: A glicemia começa a cair, e o pâncreas responde produzindo glucagon, que sinaliza a quebra de glicogênio hepático iniciando a gliconeogênese, pouco intensa, que gera glicose para repor no sangue. Neste momento inicia a proteólise muscular, marcado pela presença de alanina no sangue, ela vai para o fígado, assim como o lactato (metabolismo anaeróbico ocorre nas hemácias), precursores de gliconeogênese. Tendo início a glicogenólise. Jejum estabelecido: Quadro de hipoglicemia, o glucagon continua a ser produzido pelo pâncreas, e quem marca o fígado neste momento é a gliconeogênese. Com a queda da glicemia o fígado trabalha no sentido de repor esta glicemia, ele quebra glicogênio, mas está baixa a quantidade de glicogênio, não sendo tão importante. A gliconeogênese é feita a partir de piruvato que veio da quebra de aminoácidos que veio da quebra de proteínas. A partir da quebra de aminoácidos podem produzir intermediários do CK. Pode ocorrer gliconeogênese a partir do glicerol que veio da mobilização de TAG Pode ser usado também lactato Lipólise ocorre no jejum estabelecido. Com isso glicose – 6p é produzida retirada um fosfato tornando a glicose livre para ir para os diferentes tecidos. Mesmo no jejum em situação de luta ou fuga o glicogênio é usado pelo músculo, depois ocorre à reposição deste glicogênio no músculo. Síntese de corpos cetônicos, relacionado com a mobilização de lipídeos do tecido adiposo. O fígado está gliconeogênico. 22. Relacione a formação dos corpos cetônicos no jejum e diabetes com as periodontites bem como com a prática odontológica. O corpo produz cetonas por utilizar a gordura quando a glicose no sangue desce. Em pessoas que não têm diabetes, um baixo nível de cetonas é normal e não prejudicial. Eles aparecem se não tiver ingerido alimentos por algum tempo e após o exercício físico prolongado. Em pessoas sem diabetes, glicose, insulina e cetonas trabalham juntos para fornecer ao corpo a energia que necessita. Na diabetes, as cetonas são produzidas quando a glicemia não está bem controlada. Quando a glicemia diminui, seja por consequência de dieta ou jejum prolongado, o fígado passa a processar o glicogênio, liberando glicose no sangue que mantém a glicemia por cerca de 8h, garantindo ao cérebro nutrição para o desempenho de todas as suas atividades. Passando este período, as reservas de glicogênio do fígado acabam e se a restrição alimentar continuar, o indivíduo ficará hipoglicêmico o que eventualmente pode gerar um quadro de neuroglicopenia (pouca disponibilidade de glicose no sistema nervoso) se estas condições permanecerem. Quando a produção de corpos cetônicos é muito alta pode levar ao quadro de Cetose que é uma condição caracterizada por um aumento anormal na concentração de corpos cetônicos nos fluídos corporais (sangue, urina, leite e saliva), e esse excesso de corpos cetônicos na cavidade oral, altera primeiramente o pH local o tornando ácido, interferindo no controle da proliferação de bactérias causadoras de danos as estruturas dentais, além de causar alterações no fluxo salivar( hipossalivação e xerostomia) com consequente ressecamento e fissuras da mucosa, gengivite, e alteração da microbiota oral. Tudo isso acaba contribuindo para a diminuição na capacidade da resposta imunológica e seu organismo não responde bem às invasões bacterianas que ocorrem nos tecidos da cavidade bucal, ocasionando as doenças periodontais.