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Aula_07 slide TEORIA DA LITERATURA III

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TEORIA DA LITERATURA III
Aula 07: O pós-estruturalismo e a desconstrução 
Aula 07: O pós-estruturalismo e a desconstrução
TEORIA DA LITERATURA III
Aula 07: O pós-estruturalismo e a desconstrução
 
	Nesta aula abordaremos o pós-estruturalismo e a desconstrução. 
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TEORIA DA LITERATURA III
	Pós-estruturalismo: não se trata de uma época histórica; ele representa uma continuação no tempo e também uma transformação e transição do paradigma do estruturalismo. É um sistema teórico ou uma sistematização teórica, utilizado para referir uma gama de discursos teóricos nos quais há uma crítica das noções de conhecimento de um objetivo e de um sujeito capaz de se conhecer. Tanto o feminismo, as teorias psicanalíticas, o marxismo e historicismo contemporâneos participam dele. 
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	Pós-estruturalismo designa também a desconstrução e o trabalho de Jacques Derrida. São representantes de primeira geração do pós-estruturalismo Jacques Derrida e Michel Foucault. Na segunda geração dos pós-estruturalistas, encontramos Gilles Deleuze, Félix Guatarri, Kristeva e Jacques Lacan.
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	É importante lembrar que, num certo sentido, a palavra “desconstrução” é anterior a Derrida; ela vem de Heidegger, de um período inicial da sua trajetória filosófica. Ele propunha um projeto que chamou de “destruição da metafísica”, o qual nada tinha de destrutivo, muito pelo contrário, pois buscava libertar os conceitos que, ao longo da tradição, haviam se consolidado pelo hábito de sua transmissão, em estruturas semânticas estáveis, fazendo-os retornar à experiência originária de pensamento da qual haviam brotado.
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	Derrida optou pelo termo desconstrução, uma vez que seria muito difícil afastar o sentido negativo do termo “Destruição” utilizado por Heidegger ao traduzi-lo para o francês. A palavra desconstrução captava a ideia de uma desmontagem que libera e permite retomada da experiência original, inicialmente contida no projeto de Heidegger. 
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	Também não é a repetição ou uma versão do projeto de Heidegger, pois ela é transpassada por várias influências como o pensamento de Nietzsche, a psicanálise, a linguística, o pensamento do outro, entre outros; a leitura de Derrida assume um estilo inteiramente diverso e envereda por caminhos muito distintos daqueles percorridos pelo filósofo alemão.
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	Mesmo tendo uma certa identificação com a suspeita heideggeriana de que a evidência do sentido guarda em si o impensado de sua proveniência. A proveniência foi refletida por Derrida de uma forma muito diferente. Para ele, o conceito jamais poderá ser restituído ou mesmo orientar-se em direção à sua origem, ao seu momento inicial, ao seu solo, ambiente ou contexto próprio. 
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	Logo, ao invés de encarnar a ideia de uma desmontagem com o intuito de liberar aquilo que, tendo sua origem ocultada, esquecida, acha-se impedido de ir ao encontro do que lhe é próprio, o alvo da desconstrução derridiana é a ideia mesma ou a ilusão de uma presença, de “algo” – a ideia, o espírito, a razão, a história, etc. – que pode e deve ser retomado para a realização do que é ou deveria ser.
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	A desconstrução é frequentemente entendida como uma corrente teórica que pretendia abalar as correntes hierárquicas sustentadoras do pensamento ocidental: dentro/fora; literal/metafórico; corpo/mente; fala/escrita; presença/ausência; natureza/cultura; forma/sentido.
	Descontruir uma oposição é mostrar que ela não é natural ou inevitável, mas sim uma construção feita por discursos que nela se apoiam, e que ela é uma construção em um trabalho de desconstrução que busca demoli-la e reinscrevê-la. Não é sinônimo de destruir, mas dar uma estrutura e funcionamento diferentes é um procedimento de questionamento. 
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	Como uma modalidade de leitura a desconstrução é, segundo Barbara Johnson, “a separação das forças de significação em guerra interior de um texto”, uma investigação da tensão entre modalidades de significação. (Culler).
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	O trabalho realizado por Derrida vai muito além da Filosofia e da Literatura. É, na verdade, um incansável trabalho de investigação que coloca sob suspeita os discursos da Filosofia e das Ciências Humanas, da Literatura e da História, da Fenomenologia e da Psicanálise, ao questionar, inclusive, o próprio conceito clássico de ciência.
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	“Um dos pontos chaves da estratégia desconstrutivista tem sido a de interrogar sem piedade as oposições binárias com que nos acostumamos a raciocinar. Estamos nos referindo aos pares de termos como natureza/cultura, realidade/aparência, causa/efeito, língua/fala, fala/escrita, significante/significado, homem/mulher, etc.” (Rajagopalan, 2000, p.121). 
	Os binários serão elementos de análise que permitirão a comparação e revelação daquilo que é marginalizado no conceito, trazendo à tona elementos oprimidos pela prática do discurso dominante.
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	A desconstrução, além de uma estratégia intelectual em relação a concepções de mundo, pode ser vista também, em relação ao texto literário, como um "modo de leitura". 
	O leitor, no jogo subjetivo da recepção, pode subverter a intencionalidade artística do autor e desconstruir o texto a seu modo. 
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	Os autores podem desconstruir uma visão filosófica do mundo vigente numa determinada época, uma atitude e uma concepção de vida aceita pela tradição durante séculos. Podem, também, desconstituir um estilo ou técnica literária e partir em seus textos para uma desconstrução, postulando outra visão de mundo ou outra estética. 
	Para isto, a desconstrução começará por identificar no texto as operações retóricas que dão lugar à suposta base de argumentação, ao conceito-chave ou à premissa. 
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	Desconstruindo Harry (Woody Allen) 
	Harry Block (Woody Allen) é um escritor e está vivendo um bloqueio criativo. 
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	Monteiro Lobato
	O presidente negro
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	Nesta aula abordamos o pós-estruturalismo e a desconstrução.

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