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CENTRO UNIVERSITÁRIO DOS GUARARAPES - UNIFG CURSO DE FARMÁCIA ESTUDO DE CASO – HOSPITAL OTÁVIO DE FREITAS PROCESSOS BIOLÓGICOS DEIVID ALISSON ELIAS GONÇALVES EDINILSON FERREIRA SILVA JUNIOR ERINALDO PAULO DE OLIVEIRA JACIELMA LOPES DE ALMEIDA JOSÉ RAMOS DA SILVA NETO JULIANA CANDIDO DA SILVA MARÍLIA MARIA DA SILVA MAYARA SEDÍCIAS DOS SANTOS NAYARA KALLYNE BATISTA DO NASCIMENTO JABOATÃO DOS GUARARAPES 2020 CENTRO UNIVERSITÁRIO DOS GUARARAPES - UNIFG CURSO DE FARMÁCIA ESTUDO DE CASO – HOSPITAL OTÁVIO DE FREITAS PROCESSOS BIOLÓGICOS Atividade apresentada ao Centro Universitário dos Guararapes – A2, como exigência da disciplina de Processos Biológicos. Orientador: Profº Cleber Duarte JABOATÃO DOS GUARARAPES 2020 ESTUDO DE CASO Foi realizado um estudo envolvendo 15 pacientes que apresentaram baixa massa óssea no Hospital Otávio de Freitas, bairro de Tejipió, na Zona Oeste do Recife. Todos os selecionados, eram do sexo feminino, com idade entre 60 a 70 anos. Além disso, 73,3% das pacientes foram consideradas analfabetas e apresentando uma renda familiar mensal inferior a R$2.013,00. Após a avaliação do grupo foi constatada a baixa ingestão de macronutrientes, conforme recomendado pelas DRI (Dietary References Intakes). Dentre os micronutrientes analisados, os valores medianos de cálcio e vitamina D consumidos entre os participantes, também, estavam abaixo da ingestão diária recomendada pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos – IOM. O consumo mediano de magnésio não se alterou significantemente, porém o consumo de fósforo esteve acima do recomendado pela DRI, podendo contribuir para a hiperfosfatemia, com resultante hipocalcemia. A orientação nutricional durante o período de oito meses de estudo não se mostrou eficiente na otimização desta ingestão. Entretanto, observou-se que a maioria dos pacientes apresentaram impossibilidade de obtenção de esqueleto com resistência ideal, reabsorção óssea excessiva, e desarranjo da arquitetura; com consequente, hiperparatireoidismosecundário. QUESTÕES NORTEADORAS DO ESTUDO DE CASO 1. Defina hiperfosfatemia, hipocalcemia e hiperparatiroidismo. “A hiperfosfatemia caracteriza-se pela concentração plasmática de fosfato > ,5 mg/dL (> 1,6 mmol/L. As causas incluem doença renal crônica, hipoparatireoidismo e acidose metabólica ou respiratória. As características clínicas podem decorrer de hipocalcemia concomitante e incluem tetania. O diagnostico se faer pela medicação de fosfato. O Tratamento inclui a restrição de fosfato e a administração de antiácidos ligadores de fosfato, como carnato de cálcio.” (LEWIS, James L, Hipocalcemia, 2018. Manual MSD Versão para Profissionais de Saúde.) Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e- metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-eletrol%C3%ADticos/hiperfosfatemia “A hipocalcemia é a concentração total de cálcio <88 mg/dL (< 2,2 mmol/L) na presença de concentrações normais de proteínas plasmáticas ou concentração plasmática de cálcio iônico < 4,7 mg/dL (< 1,17 mmol/L). As causas incluem hipoparatireoidismo, deficiência de vitamina D e doenças renais. As manifestações incluem paresterias, tetania e, se for grave, convulsões, encefalopatia e insuficiência cardíaca. O diagnóstico envolve medida de cálcio plasmático ajudada pela concentração de albumina plasmática. O tratamento consiste na administração de cálcio e, às vezes, de vitamina D.” (LEWIS, James L, Hipocalcemia, 2018. Manual MSD Versão para Profissionais de Saúde.) Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e- metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-eletrol%C3%ADticos/hipocalcemia) Acesso: 03 de Maio de 2020 O hiperparatireoidismo primário é caracterizado pelo funcionamento exagerado de uma ou mais glândulas paratireoides, levando a um aumento da produção do hormônio paratireoideano (paratormônio) na circulação. O hiperparatireoidismo secundário é causado por alguma doença sistêmica (geralmente renal) que ative essas glândulas. ABCMED, 2013. Hiperparatireoidismo: tipos, definição, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/348634/hiperparatireoidismo-tipos- definicao-causas-sintomas-diagnostico-tratamento-e-prevencao.htm>. 03 de Maio de 2020 2. Existe alguma relação entre a hiperfosfatemia, hipocalcemia e hiperparatiroidismo no caso em questão? Segundo o Ministério da Saúde, a concentração plasmática de fosfato é basicamente mantido pelo aumento nos níveis de hormônio da paratireóide (PTH), porém quando esse mecanismo não é capaz de suprir gera hiperfosfatemia. O Hiperparatireoidismo primário (HPTP) está ligado a hipercalcemia, porque há uma liberação muito grande de PTH e as glândulas adrenais se tornam insuficiente. Logo, ocorre uma deficiência no organismo de lidar com o excesso de cálcio. Enquanto que a hipocalcemia em consequência também da hiperfosfatemia é gerada em pessoas com doença renal crônica, pois o nível de fosfato está alto e o de cálcio baixo. Portanto, o PTH será produzido para retirar o Ca dos ossos e depositar no sangue, onde o aumento dessa quantidade possibilita um Hiperparatireodismo secundário (HPTS). https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-eletrol%C3%ADticos/hiperfosfatemia https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-eletrol%C3%ADticos/hiperfosfatemia https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-eletrol%C3%ADticos/hipocalcemia https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-eletrol%C3%ADticos/hipocalcemia 3. Nesse estudo foi levantado que a maioria das pessoas apresentavam renda familiar baixa. Como isso pode ter relação com o caso em questão? Para analisarmos essa relação, partimos do princípio que de acordo com o estudo feito um dos fatores que pode ter contribuído para a baixa massa óssea das pacientes foi a pouca ingestão de macronutrientes, o que está diretamente ligado aos padrões de consumo de alimentos que por sua vez tende a variar muito de acordo com a classe social do indivíduo. No caso da população de baixa renda mesmo tendo acesso a o alimento geralmente se mostra propensa a economizar na compra, o que pode significar a redução da qualidade e variedade dos alimentos. Além disso o baixo conhecimento sobre o devido processamento e conservação desses alimentos também dificulta o bom aproveitamento dos nutrientes o que prejudica uma alimentação devidamente balanceada. 4. Segundo a avaliação do estudo, constatou-se a baixa ingestão de macronutrientes, conforme recomendado pelas DRI (Dietary References Intakes). De quê macronutrientes estão falando? Quais as quantidades diárias recomendadas? Além de fornecerem a energia necessária para o corpo, também é componentes fundamentais para o organismo, são as proteína, carboidrato e lipídio (Gordura) A quantidade de macronutrientes, diária constituem em: 10-12% calorias de proteínas 60-70% calorias de carboidratos 20-25% calorias de lipídios 5. Segundo esse estudo os valores médios de cálcio e vitamina D consumidos entre os participantes, também, estavam abaixo da ingestão diária recomendada pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos (IOM). Quais os valores diários ideais para cálcio e vitamina D? Existem alguma relação entre vitamina D e a hipocalcemia observada no caso? De acordo com o Instituto de Medicina dos Estados Unidos (IOM) e o Diretary Referência Instantes (DRI), o consumo diário de cálcio é de 100mg/dia e devitamina D 15ug/dia. A vitamina D tem função na fabricação do Hiperparatireoidismo Secundário (HPTS), necessário para aumentar o nível de cálcio em pacientes com hipocalcemia. 6. Por que esse estudo foi realizado apenas com mulheres? Porque as mulheres sofrem modificações hormonais, o que pode causar desequilíbrio da massa óssea. Como o artigo nos informa a média de idade das pacientes, entre 60 a 70 anos, presumimos que estavam na menopausa. Neste período à uma redução na produção de estrogênio, principal hormônio relacionado a fixação do cálcio nos ossos. 7. Como o profissional da sua área pode atuar no tratamento das pessoas no caso em questão? A Organização Mundial de Saúde (OMS) menciona o Farmacêutico como crucial na promoção da saúde pública e no uso racional do medicamento. Tem, ainda, como responsabilidade, informar e aconselhar o utente sobre o medicamento e a sua utilização (Wiedenmayer, K. et alii., 2006). É primordial que o Farmacêutico esclareça as dúvidas que o paciente tenha em relação ao tratamento medicamentoso recomendando pelo médico, aconselhar que, caso ocorra algum efeito inesperado, interrompa de imediato o uso das medicações e procure auxílio médico. 8. Após passarem por uma equipe multiprofissional, como a pessoa pode manter uma resistência óssea ideal? Para manter a saúde óssea resistente, orienta-se: praticar atividade física regularmente; manter uma dieta rica em cálcio; expor-se ao sol, para fixação de vitamina D no organismo; evitar o consumo abusivo de bebidas alcoólicas, cigarros e medicamentos.
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