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Petição NPJ - Petição Contestação

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EXCELENTÍSSINO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE LONDRINA– PR
Processo nº
Julião e Ruth, já qualificados nos autos em epígrafe, vem, por intermédio de seu advogado Pablo Neves Chaves, brasileiro, solteiro, estudante, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de Mato Grosso do Sul sob o nº, portador da cédula de identidade RG, inscrito no CPF/MF sob o nº, com escritório profissional sediado em Campo Grande (MS), onde se localiza à Rua, nº, bairro, CEP, endereço eletrônico, apresentar sua:
CONTESTAÇÃO C/C RECONVENÇÃO
À Ação de Usucapião Especial Rural, proposta por João, já qualificado nos autos, pelos motivos fáticos e jurídicos a seguir aduzidos. 
I. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Os Requeridos, não possuindo condições financeiras para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo de seu sustento e de sua família. Nesse sentido, junta declaração de hipossuficiência (doc. em anexo). 
II. SÍNTESE PROCESSUAL
O Requerente ingressou com Ação de Usucapião Especial Rural, em desfavor dos Requeridos.
Relata que possui um imóvel localizado à Rua das Bromélias, nº 100, na cidade de Londrina PR, há nove anos. Outrossim, que o imóvel encontra-se localizado na área rural e possui extensão de 35 (trinta e cinco) hectares.
Narrou, que desde que entrou agiu com ânimo de proprietário, sendo sua posse mansa e pacífica, fixando nele sua moradia, bem como de sua família, adimplindo com todas as obrigações dele advinda, ademais, tornou a terra produtiva mediante o trabalho dos que ali residem.
Disse, ainda, que nunca sofreu nenhum tipo de objeção por parte dos Requeridos, sendo sua posse mansa e pacífica sem oposição ininterrupta durante todos esses anos.
III. DA REALIDADE DOS FATOS
Ao contrário do que tenta fazer o autor, o verdadeiro desencadear dos fatos é completamente diverso da situação por ele apresentado.
Os Requeridos, são proprietários do imóvel, como se pode provar com os documentos em anexo. Os mesmos, fizeram um contrato verbal de locação com João e Marcos, ora locatários, contrato esse que se valia por tempo indeterminado, onde fora fixado um valor de R$300,00 (trezentos reais).
Também foi acordado, que os locatários, ora autores, ficariam responsáveis pelo pagamento de todos os impostos, bem como as contas de água e luz.
IV. DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICOS DE IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO
a) DA AUSÊNCIA DE ANIMUS DOMINI
Resta cristalino no caso em concreto a ausência de animus domini pelos locatários, dessa forma os mesmos possuem a posse temporária do referido imóvel, conforme está disposto no art. 1.208, do Código Civil, vejamos:
“Art. 1.208: Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade.”
b) DO CONSENTIMENTO DO CÔNJUGE
Leciona o Art. 73, do CPC que “O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.” 
Assim por ausência de consentimento do companheiro e de legitimidade ad processum, bem como pela ausência de duas testemunhas no ato do contrato verbal, conforme está disposto no art. 595, do Código Civil
, é causa de se extinguir o feito, sem a resolução do mérito. 
Nesse diapasão tem-se o julgado do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul:
'EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO C/C ACERTAMENTO DE CONTAS E REPETIÇÃO DE INDÉBITO - NULIDADE ABSOLUTA QUE PODE SER ALEGADA EM QUALQUER OPORTUNIDADE - AUSÊNCIA DE CITAÇÃO DE CÔNJUGE NA QUALIDADE DE LITISCONSORTE PASSIVO NECESSÁRIO, NOS TERMOS DO ARTIGO 10, § 1º DO CPC - AÇÃO DE NATUREZA REAL QUE DISPENSA TAL MEDIDA - LIBERAÇÃO DA HIPOTECA COMO MERA CONSEQUÊNCIA DA DECLARAÇÃO DE NULIDADE DO CONTRATO PRINCIPAL - INEXISTÊNCIA DA NULIDADE AFIRMADA - EMBARGOS ACOLHIDOS.'
(TJMS. Embargos de Declaração Cível n. 0699940-73.2000.8.12.0002, Dourados, 3ª Câmara Cível, Relator (a): Des. Oswaldo Rodrigues de Melo, j: 26/11/2006, p: 11/01/2007)
c) DA POSSE
Como podemos ver, a posse qualificada (ad usucapionem) não está presente no caso, haja vista que o autor e seu companheiro, ingressaram no referido imóvel por meio de contrato verbal de locação.
d) DA RECONVENÇÃO
Diante da Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/91) em seu art. 9º, III, o contrato de locação pode ser desfeito em decorrência da falta de pagamento, o que está presente nesse caso, como não houve pagamento de nenhuma prestação do contrato, requer-se o cancelamento do referido contrato de aluguel.
Com relação as prestações não pagas até o presente momento, o art. 62, I da mesma lei leciona: 
“Art.62,I: o pedido de rescisão da locação poderá ser cumulado com o pedido de cobrança dos aluguéis e acessórios da locação; nesta hipótese, citar-se-á o locatário para responder ao pedido de rescisão e o locatário e os fiadores para responderem ao pedido de cobrança, devendo ser apresentado, com a inicial, cálculo discriminado do valor do débito”.
Diante disso, requer-se o despejo dos inquilinos do referido imóvel, bem como o pagamento de todos os valores devidos até a presente data.
VI. DOS PEDIDOS
Ante o exposto requer:
· Total acolhimento das preliminares de mérito;
· Total improcedência da ação, bem como a condenação do Autor em litigância de má-fé;
· Que o Autor seja condenado a pagar todos os valores de aluguel devidos;
· A intimação do Autor por meio de seu patrono para que purgue a mora (conforme art. 62,II, da Lei do Inquilinato), ou para que impugne a ação reconvencional, sob pena de revelia;
Termos em que,
Pede deferimento.
Campo Grande, 02 de abril de 2020.
Pablo Neves Chaves
OAB/MS
� Art. 595. No contrato de prestação de serviço, quando qualquer das partes não souber ler, nem escrever, o instrumento poderá ser assinado a rogo e subscrito por duas testemunhas.

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